A descendência desconhecida de André Furtado de Mendonça, governador da Índia
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A descendência desconhecida de André Furtado de Mendonça, governador da Índia
Caros Miguel Côrte-Real, Rui Pereira, Artur Camisão, Maria Elisa e todos os interessados
Independentemente de ser ou não ascendente dos Furtados de Monchique, objectivo que ainda não perdi tentar comprovar ou infirmar, André Furtado de Mendonça, o grande capitão e governador da Índia, documenta-se agora com descendência, e precisamente a que lhe dá Manso de Lima.
Como já tinha sido provado, e que comuniquei em tempo ao Luís Amaral que aqui colocou na base do Genea, André Furtado de Mendonça foi pai de D. Mariana de Mendonça que obteve dispensa para casar em 1618 com Duarte Carvalho de Barbuda.
Na altura, e de acordo com essa dispensa matrimonial, considerei que D. Mariana (pelo seu tratamento de dona e pelo facto de se referir ser filha de André Furtado de Mendonça e de D. Isabel) seria filha legítima de uma casamento de André FM.
Procurei amiúde esse casamento em Lisboa nas diversas freguesias mas sem sucesso.
Entretanto o nosso confrade Miguel Gorjão-Henriques encontrou o casamento de D. Mariana com Duarte Carvalho de Barbuda e comunicou-mo.
Casaram nesse mesmo anos de 1618, a 31.8, na freguesia de Santa Engrácia em Lisboa, sendo testemunhas o padre Bernardo do Quental, beneficiado na igreja de Santa Engrácia, o padre Manuel Veloso, tesoureiro da mesma, Matias Gomes, criado de Manuel Rodrigues, João Pereira, ourives do ouro, Bartolomeu Moreira, morador em Alverca, e Catarina Martins, moradora no mosteiro de Santos. Nada que se compare com as testemunhas dos casamentos dos restantes nobres residentes à época nessa freguesia, e que são muitos. Parece pois um casamento completamente fora do meio social donde ela era oriunda. Ainda assim, ela era à época moradora em casa de Pedro de Mendonça Furtado, certamente seu parente, e ele, Duarte, era morador em casa de um D. Pedro, na freguesia de São Vicente de Fora desta cidade.
O curioso deste casamento, para além de se indicarem os nomes dos pais dele, que ficam assim documentados (tal como os trás Manso de Lima), Bernardim de Barbuda e Catarina Carvalho, é o facto de se dizer expressamente que ela era filha bastarda de André Furtado de Mendonça que foi governador da Índia, e de sua mãe não sabe o nome nem dela nunca ouviu falar. Parece pois que algum segredo se esconde quanto à sua filiação materna tendo talvez sido instruída para lhe não revelar o nome já que anteriormente o tinha feito (D. Isabel) aquando da dispensa dos banhos para casar.
Este casamento não foi de todo do agrado dos seus familiares Furtado de Mendonça (já que os outros, pelo lado da mãe, desconhecemos na totalidade), como se comprova da dispensa de banhos que diz claramente "e porque teme que, de julgando-se o casamento e correndo-se os banhos, seus parentes lhe empidam maliciosamente o casamento pede a V.M. que, justificando sumariamente o sobredito e dando fiança a correr depois os banhos, lhe dê licença para agora se poder receber com o dito Duarte de Carvalho de Barbuda sem se correrem os banhos", e o assento de casamento refere "o tal recebimento fiz sem se correrem os banhos por se provar impedimento malicioso". Quem sabe para que não houvesse descendência que reivindicasse os bens do grande capitão que afinal seu irmão João foi herdar e suceder nomeadamente no Algarve.
Deste casamento confirma-se descendência. Precisamente as Isabel e Catarina que nos dá Manso de Lima e que o dr. Maurício Antonino Fernandes refere serem as Isabel Furtado e Catarina Furtado que viveramem Monchique. Sobre este assunto muito se tem já falado. Facto é que isso ainda não se comprova e não pretendo levantar polémicas sobre o assunto antes de ter alguma prova que o confirme ou infirme. Comprometi-me a voltar aqui quando tivesse novos dados, e aqui estou com os que tenho.
Assim, Isabel foi baptizada 4.6.1620 em Lisboa, Santa Engrácia, sendo seu padrinho Pedro da Cunha, e Catarina foi baptizada a 27.5.1622 em Lisboa, Santa Engrácia, sendo padrinho António Fonseca.
Curioso é o facto de se provar a imediata "decadência" social desta Família que não lhes deu a nenhuma delas o direito ao tratamento de dona como têm todas as crianças raparigas nascidas nesta freguesia descendentes dos nobres que aí vivam.
Lembro-me há tempos de ter posto em causa que estas pudessem ser as mesmas de Monchique pois nem o tratamento de dona as de Monchique tinham. Pois bem, fraco argumento o meu pois as "originais" também não o tiveram.
Constata-se ainda que o casal Duarte Carvalho de Barbuda e D. Mariana de Mendonça a partir de 1622 desaparecem dos paroquiais de Santa Engrácia. Quer isto dizer que se tiveram mais filhos (Manso de Lima não lhes dá mais e eu não encontrei mais) não nasceram nesta freguesia. E penso que nem noutras de Lisboa pois também os não encontrei. E parece que terão ido mesmo para fora de Lisboa. Em Santa Engrácia não casa nem Isabel nem Catarina e em Santa Engrácia não morre nem Duarte nem D. Mariana.
Para onde terão ido?
Para Monchique?
Um abraço
Luís Soveral Varella
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RE: A descendência desconhecida de André Furtado de Mendonça, governador da Índia
Caro Luís Soveral Varella,
Sem ter nada a ver com este assunto, tem alguma novidade sobre o seu livro dos Guerreiro de Aboim?
Cumprimentos,
Vasco Quintanilha Fernandes
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RE: A descendência desconhecida de André Furtado de Mendonça, governador da Índia
Caro Luís Soveral Varela,
Agradeço-lhe muito a mensagem e os novos dados aduzidos. Aquela é importante, para além do mais, a nível sociológico.
Um abraço,
Artur Camisão Soares
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RE: A descendência desconhecida de André Furtado de Mendonça, governador da Índia
Caro Luís,
Muito obrigado pela informação. É o que se chama encontrar uma "agulha no palheiro"... de Lisboa!
Como deves calcular a minha posição mantém-se. Até prova em contrário, os Furtados de Monchique são autóctones, daqueles que por lá pululam desde o século XVI.
Força para os Guerreiros!
Um abraço e obrigado,
Miguel Côrte-Real
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RE: A descendência desconhecida de André Furtado de Mendonça, governador da Índia
Caro Vasco Quintanilha de Mendonça
Só lhe posso responder, para logo que puder.
Esse trabalho está mesmo quase nos "finalmente" mas preciso ainda de uns largos dias passados na TT a acabar as consultas nas chancelarias dos Filipes para que não deixe ficar de fora nada que possa ser interessante. Depois há que reorganizar o texto em alguns pontos.
O tempo não tem sido muito e esperava ter conseguido prepara-lo para antes deste Natal. Não consegui. Vamos ver se durante o próximo ano fica finalmente acabado.
Esse como o trabalho sobre os Heredia são a minha prioridade neste momento mas, como qualquer profissional liberal, acabo por não ter horários, o trabalho por vezes acumula-se e os planos para outras actividades acabam por se dissolver nos dias que vão passando sem nada acontecer.
Um abraço
Luís Soveral Varella
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RE: A descendência desconhecida de André Furtado de Mendonça, governador da Índia
Caro Luís,
Boa noite. Como tem passado?
Que "impedimento malicioso" seria...??
Por outro lado, é curioso o não uso do "Dona"; restando saber se essa situação sempre se manteve noutros assentos!?
Renovado abraço,
Artur
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RE: A descendência desconhecida de André Furtado de Mendonça, governador da Índia
http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=4613892
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A descendência desconhecida de André Furtado de Mendonça, governador da Índia
Boa tarde,
No próprio Geneall consta o registo de Catarina Furtado Mendonça em https://geneall.net/pt/nome/34434/catarina-furtado-de-mendoca/ que casou em Monchique, sendo parate da minha ascendência.
Cumprimentos,
Elsa Rosa Lopes
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A descendência desconhecida de André Furtado de Mendonça, governador da Índia
Caro Luís Soveral Varela
A ser como se faz referência também eu faria parte da descendência desconhecida de André Furtado Mendonça, pois que aqui no geneall em:https://geneall.net/pt/nome/34434/catarina-furtado-de-mendoca/ Diogo Pires Duarte que casou com Maria Águas Álvares são meus 8.ºavós. Só que nas minhas pesquisas genealógicas sobre este casal de que descendo encontrei sempre o Diogo Pires Duarte como filho de Diogo Pires e Catarina Nunes e não de Catarina Furtado de Mendonça. Podia-me elucidar sobre o equívoco, talvez no fim eu possa dar mais algumas novidades sobre D. Mariana Furtado, a filha de Andrea Furtado de Mendonça, governador da Índia.
Cumprimentos
Zé Maria
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A descendência desconhecida de André Furtado de Mendonça, governador da Índia
Bom dia, os nomes que refere são meus 9ºs avós. A sua linhagem continuou em que localidades?
Cumprimentos,
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A descendência desconhecida de André Furtado de Mendonça, governador da Índia
Cara Elsa
A ser como diz temos ascendentes comuns. Perguntava-me sobre as localidades em que continuou a descendência destes nossos avoengos. No que respeita a minha geração sei-lhe dizer, mas como compreenderá não tenho uma noção sobre todas as terras em que se espalhou a descendência de Diogo Pires e de Catarina Nunes, talvez se possa afirmar mesmo que estará espalhada por todo o Mundo. No meu caso os meus ascendentes, deste ramo, partiram de Monchique, passaram a Odemira
>S. Teotónio >Relíquias >Vale de Santiago > Panoias, esta última de onde sou natural.
Cumprimentos
Zé Maria
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Caro José Maria Ferreira
O mito dos Furtados de Monchique serem descendentes de André Furtado de Mendonça, e os Barbuda de Monchique, e que eu tanto investiguei para confirmar ou infirmar, pois essa era a informação que me foi passada pelo Dr. Maurício Antonino Fernandes, está já desmitificado e foi publicado por mim em 2014 estando disponível on-line em http(doispontos)(barrabarra)www(ponto)arede(ponto)eu(barra)img(barra)CADERNOS_BARAO_DE_AREDE_2(ponto)pdf das páginas 195 a 220.
Aí se demonstra inequivocamente que essa não era a sua linhagem. E é tido o que lhe posso adinatar sobre o assunto, pois mais não sei.
Os meus melhores cumprimentos
Luís SV
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