sobrenome da realeza
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sobrenome da realeza
Olá;
Venho pedir a opinião dos demais sobre uma dúvida.
É sabido que nobres não possuíam sobrenomes, especialmente os da realeza, no século XIX para trás. O que ora tomamos por "sobrenomes" eram na verdade designações de suas casas reais.
Assim, o nome completo de D. Pedro II do Brasil era "Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga". Seu nome não tinha "Bragança e Habsburgo". Não teve um assento de batismo com esses termos.
Minha dúvida é sobre os demais membros da casa de Bragança: João VI, Maria II, Pedro IV e demais. Pode-se considerar que, por exemplo, o nome completo de João VI era "João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança" ou simplesmente "João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael"? (na minha opinião, era o último)
Sobrenome, como conhecemos hoje, é uma construção moderna, desenvolvida à medida que os registros civis foram consolidando-se. No século XIX, nem pessoas comuns tinham (tenho assentos de batismo de meus bisavós, nascidos em Viseu em fins do XIX, e não constam sobrenomes).
Contudo, além de suas opiniões, peço-lhe mais uma coisa: que me indiquem referências para tanto. Livros ou mesmo documentos (são conhecidos os assentos de batismo deles?).
Certo de sua compreensão, agradeço.
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RE: sobrenome da realeza
Parece-me que era comum nos registros de batismos apenas constar o nome (próprio) de quem era batizado, em referência a sobrenomes ou apelidos. Às vezes constava que o indivíduo era "o segundo do nome", isto é, recebia igual nome de algum irmão ou irmã anterior (e, geralmente, mas nem sempre, aquele descendente anterior havia morrido precocemente). A propósito, nos batches de batismos digitados para o FamilySearch, geralmente são acrescentados (arbitrariamente) sobrenomes, paternos e/ou paternos, copiados dos nomes dos pais que constam do registro de batismo. São, portanto, não confiáveis nesse aspecto. Deixo de exemplificar, mas se fôr necessário, ... Digno de nota, também, é que o nome deve(ia) ser o mesmo de algum santo católico (que seria protetor do batizado/a), isto é, não absolutamente profano. Assim, os inúmeros sobrenomes (?): da Assunção, da Encarnação, do Espírito Santo, de Jesus, etc.
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