António Ferreira Ramos, genro de Ramalhor Ortigão e empresário do Teatro São Luís
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António Ferreira Ramos, genro de Ramalhor Ortigão e empresário do Teatro São Luís
Caros Confrades,
Procuro informações sobre António Ferreira Ramos, empresário do teatro São Luís, Dona Amélia à época, e negociante no Brasil. Estava interessado na sua naturalidade, bem como no nome dos seus pais. A freguesia e data do seu casamento com D. Berta Ramalho Ortigão, filha do ilustre escritor Ramalho Ortigão, seria já uma grande ajuda!
Na minha família, consta que existiria um parentesco.
Muito obrigado,
João Capella Ramos
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RE: António Ferreira Ramos, genro de Ramalhor Ortigão e empresário do Teatro São Luís
Caro João Capella Ramos
No livro de Rodrigo Ortigão de Oliveira, "A Família Ramalho Ortigão" (2000), p. 216, refere que o casamento foi a ...-3-1888 em Lisboa, não indicando porém a freguesia, com certeza por desconhecimento. Os filhos nasceram todos na mesma cidade, como pode ver no livro e aqui no Geneall, as duas primeiras em Santa Isabel. Se procurar na Torre do Tombo os baptismos destas, indicaram certamente o lugar de casamento dos pais, a naturalidade do pai e o nome dos avós paternos.
Outro "caminho" será o óbito de António Ferreira Ramos, que morreu nesta cidade a 16 de Setembro de 1921, segundo o Genealll na freguesia de Santa Catarina. Obtenha a certidão de óbito que dará o nome dos pais e a freguesia de nascimento.
Cumprimentos
Lourenço Correia de Matos
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RE: António Ferreira Ramos, genro de Ramalhor Ortigão e empresário do Teatro São Luís
Caro Lourenço Correia de Matos,
Muito obrigado pelas dicas. Vou então começar pelos paroquiais de Santa Isabel.
Cumprimentos,
João Capella Ramos
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RE: António Ferreira Ramos "primo" de Augusto Ferreira Ramos?
Caro João Capella Ramos,
Na minha família a tradição oral liga-nos ao Rao Kyao através dos Ramos. Pesquisando na base de dados apercebo-me que o antepassado que refere, António Ferreira Ramos, partilha o mesmo sobrenome do meu bisavô, Augusto Ferreira Ramos (*Ermesinde? c.1885), pelo que a tradição oral é credível. Infelizmente, este é um ramo que eu ainda não investiguei, pelo que não tenho mais informação disponível para além de saber que ele teria apenas um irmão padre de nome Manuel (Ferreira?) Ramos, que teria uma empresa de transportes a cavalo e que os pais dele seriam os donos do Hotel de Ermesinde.
Se puder partilhar informação sobre os seus Ramos, teria todo o interesse em saber se somos parentes.
Muito obrigado e cumprimentos,
Diogo GA
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RE: António Ferreira Ramos, genro de Ramalhor Ortigão e empresário do Teatro São Luís
Entretanto, descobri este texto sobre Luís de Braga, que faz referência a António Ferreira Ramos (de Miranda?):
"Visconde São Luís de Braga / Luís de Braga Júnior
Nasceu no Rio Grande do Sul – Brasil – em 26 de Março de 1850, filho de pais portugueses e morreu no Porto a 15 de Março de 1918.
Foi ponto de teatro e depois sócio de uma empresa artística no Teatro Recreio Dramático do Rio de Janeiro.
Isolou-se como empresário, adquiriu o espolio da empresa Ester de Carvalho e, com a companhia que organizou, percorreu o Brasil de Norte a sul, ganhando largamente, sobretudo com as operetas O Periquito e D. Juanita.
Associou-se depois com Celestino da Silva em várias empresas teatrais, mas foi depois do advento da República Brasileira que, em diversos negócios de fundos e de companhias comerciais, conseguiu reunir avultados meios de fortuna.
Veio depois para Lisboa, onde fixou residência, e passou a dedicar-se a negócios de teatro, sua paixão predilecta. Com o actor Guilherme da Silveira, que conhecera no Brasil, os capitalistas, Celestino da Silva, antigo empresário no Brasil, e António Ferreira Ramos de Miranda, negociante no Rio de Janeiro, fez parte de uma empresa, que, por iniciativa do actor Guilherme da Silveira, fundou o teatro D. Amélia, depois chamado da República e hoje de S. Luís, que abriu a 22 de Maio de 1894.
Para desenvolver o teatro, passou a escriturar alguns dos maiores artistas estrangeiros que representaram em Lisboa […], além das melhores companhias espanholas de zarzuela, de alta comédia francesa e de ópera cómica italiana.
Em companhias portuguesas reuniu sempre os melhores artistas, com representação de obras originais ou traduzidas pelos escritores mais considerados, não esquecendo a oferta do palco do seu teatro para várias festas a favor de instituições de beneficência.
Foi no seu teatro que se realizaram as épocas mais brilhantes do moderno teatro português e alcançaram os maiores triunfos, bem como ali foram representados, nas suas obras mais notáveis, Júlio Dantas, Marcelino de Mesquita […], e todos os grandes nomes da dramaturgia estrangeira.
Também do antigo D. Amélia, que foi destruído por um grande incêndio e depois reconstruído em moldes de grande beleza e sumptuosidade, provem uma grande plêiade de artistas que se agruparam em torno de Amélia Rey Colaço, que neste teatro se estreou.
Casou com D. Aurora Ruffete Garcia, que nasceu em Valência Espanha, em 1873 e morreu em Lisboa em 1959.
O título foi-lhe concedido por D. Carlos em 1891."
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António Ferreira Ramos, genro de Ramalhor Ortigão e empresário do Teatro São Luís
Vai tarde esta resposta, mas antes tarde que nunca.
António Ferreira Ramos casou com Berta Ramalho Ortigão na freguesia de Santa Catarina, Lisboa, em 10.3.1888. Ela na verdade nasceu no Porto, na freguesia de Santo Ildefonso. Ele, nasceu em 1850 na freguesia de São Cosme, Gondomar, filho de Manuel Ferreira Ramos e Maria de Sousa. Quando casou estava de passagem por Lisboa, onde vivia nos Mártires.
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António Ferreira Ramos, genro de Ramalhor Ortigão e empresário do Teatro São Luís
http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4816592 ver a imagem 899, assento de casamento de António e Berta.
J. Resende
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