Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
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Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Procuro saber quem foram os meus antepassados.
Avô - Joaquim da Silva Lourenço
Avó - Lucrécia Maria
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Os meus avós residiam no Monte da Boizana, Freguesia de Panóias , Concelho de Ourique.
Penso que o meu avô (Joaquim da Silva Lourenço)nasceu em Panóias, sendo a minha avó (Lucrécia Maria filha de Maria da Cola) descendente de família de Silves.
Os meus avós tiveram 4 filhos:
Francisco da Silva Lourenço
José Lourenço da Silva
Justina da Silva Lourenço
Assunção da Silva Lourenço
O meu avô teve mais uma filha do 1º casamento que só sei o primeiro nome - Hortense.
Gostaria de saber se alguém me poderá fornecer informações sobre os meus antepassados, pois sei que alguns participantes do fórum têm informações sobre famílias de Panóias e Ourique
Obrigada
Maria Matos
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Cara Maria de Matos
A sua família é descendente de André Lourenço Camacho, oriundo de Bordeira, Algarve, que se estabeleceu no antigo concelho de Panoyas na segunda metade do século XVIII. Aí desempenhou vários cargos nobres e foi lavrador na Herdade das Creiras, depois os seus descendentes passaram á Herdade da Cabeça do Marco, Malha Ferro, Laborela e por último Boizana. Deixou geração que chegou aos nossos dias e que ainda habitam na freguesia de Panoyas e arredores. Curiosamente ainda há poucos dias tive conhecimento de um seu descendente que ainda ostenta o seu nome André, um neto de Manuel Faustino do Monte Novo do Ameixial.
http://coudelariamanuelfaustino.blogspot.com/
Com os meus cumprimentos
Zé Maria
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Caros confrades,
penso que o site www.genealogiadoalgarve.com poderá ser útil.
Os melhores cumprimentos
Vieira-Raposo
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Caro José Maria
Antes de mais quero agradecer-lhe a informação que me forneceu acerca do meu antepassado André Lourenço Camacho.
Agora a partir daqui vou tentar obter mais informações. Relativamente ao André conheço, é meu primo, trineto de Joaquim da Silva Lourenço.
Cumprimentos
Maria Matos
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Cara Maria Matos
Se me fornecer a filiação de Joaquim da Silva Lourenço, terei muito gosto em lhe disponibilizar todos os dados que tenho para fazer a sua árvore de costados até ao capitão André Lourenço Camacho. Para isso é imprescindível que me forneça a filiação do seu avô, na medida que tenho muitos homónimos e não sei a qual se refere. Para isso, será necessário que tenha, ou obtenha, um documento comprovativo, certidão de nascimento, casamento ou outro.
Com os meus cumprimentos
Zé Maria
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Caro José Maria
Finalmente consegui as certidões junto do arquivo distrital de Beja e aproveitando a sua disponibilidade em me ajudar estou a enviar-lhe os dados que me pediu.
Meu avô Joaquim da Silva Lourenço nasceu a 15.02.1878 era filho de José Lourenço (natural da freguesia de Panoias) e de Maria Jacintha (natural da freguesia do Vale) , neto paterno de Manuel Lourenço e de Mariana da Silva e neto materno de Manuel Marques e de Jacintha Paes.
Agradeço desde já toda a sua disponibilidade e fico a aguardar notícias.
Cumprimentos
Maria Matos
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Cara Maria de Matos
Afinal o casal Manuel Lourenço e Mariana da Silva não entronca ainda no ramo dos Lourenço Camacho da Laborela.
Serão possivelmente ainda parentes.
No entanto tinha já registado este casal donde você descende, inclusive o registo de baptismo dos filhos, o seu avô Joaquim da Silva Lourenço com data de 21 de Março de 1878 e o do seu tio-avô José (da Silva Lourenço) com data 6 de Julho de 1876, cujos padrinhos foram Joaquim da Silva do Monte Velho http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=189668 e o seu tio paterno Francisco Lourenço da Laborela.
Este casal Manuel Lourenço e Mariana da Silva tenho-o a viver na Laborela a partir de 1832, altura em que o seu trisavô Manuel Lourenço consta da relação dos donativos que ofereceram os habitantes de Villa de Panoyas, com 3 alqueires de farinha, de apoio ás tropas de D. Miguel.
Manuel Lourenço era lavrador na Herdade da Laborela e é dado como natural de Messejana e Mariana (ou Jerónima?)da Silva era natural de Santa Luzia. Tiveram pelo menos os seguintes filhos:
Maria (da Silva )Lourenço cc. José António a 26 de Fevereiro de 1867
Francisco (da Silva) Lourenço- (Solteiro aquela data)
José da Silva Lourenço cc. Maria Jacinta Paes.
José da Silva Lourenço cc. Maria Jacinta Paes. Tiveram:
Mariana,(da Silva) Lourenço baptizada em 1867 cc. Manuel Franco, em 18 de Novembro de 1897.
Joaquim (da Silva ) Lourenço, baptizado em 1878
José da Silva Lourenço , baptizado em 1876
Joaquim da Silva Lourenço cc.(em 1ª nupcias) Maria dos Santos.Tiveram:
-Joaquim, baptizado a 18 de Dezembro de 1904
-Hortense (sua informação)
Joaquim da Silva Lourenço cc. (em 2ª núpcias) Lucrécia Maria (sua informação)
É tudo o que tenho de momento, acerca dos seus antepassados da Vila de Panoyas.
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Caro José Maria
Em primeiro lugar quero agradecer-lhe imenso o facto de me ter ajudado a conhecer mais um pouco da minha história.
Acha que é fácil conseguir saber quem foram os antepassados de Manuel Lourenço e Mariana da Silva? Será que através do arquivo distrital de Beja conseguirei obter essas informações, dado que não tenho datas de nascimento dos mesmos?
Agora que iniciei esta pesquisa gostaria de conseguir saber o mais possível.
Obrigado e cumprimentos
Maria Matos
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Cara Maria Matos
É provável que Manuel Lourenço e Mariana da Silva tenham casado em Santa Luzia ou Panóias cerca de 1830.
Eu tenho alguns casamentos de Panóias, mas não tenho registado o de Manuel Lourenço com Mariana ou Jerónima da Silva. Pode pedir a procura do casamento dos seus trisavós que os técnicos fazem a pesquisa que abrange um intervalo de anos, com um pouco de sorte pode ser que consigam logo à primeira, mas como também não tem a certeza da freguesia onde se realizou o casamento, pode torna-se muito moroso e dispendioso. No entanto numa eventualidade de encontrar o casamento dos seus trisavôs, eu lhe participarei.
A sua família Silva Lourenço é aparentada com os Nobre Lança da Torre Vã e penso que também com os Silva da Laborela. http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=321426
Encontro algumas vezes os Nobre Lança a apadrinhar na sua família, aliás a Herdade da Boizana que agora pertence à sua família, pertenceu anteriormente aos Nobre Lança que depois a venderam a um dos parentes Silva Lourenco da Boizana.
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Caros Ze Maria e Maria Matos
Somos da familia Maia Julio de Colos e Vale de Santiago e somos desde ha geraçoes proprietarios da Herdade da Laborela. Estamos a tentar perceber quem foram os antigos proprietarios.
Visto que nas vossas pesquisas falam de pessoas que viveram na Laborela gostariamos de saber se teriam mais alguma informaçao pois gostariamos de saber ha quantas geraçoes a Herdade nos pertence.
Temos tambem varios registos e apontamentos pessoais das geraçoes anteriores que fazem referencia a propriedades e pessoas da regiao que colocamos ao dispor de quem estiver interessado.
Obrigada
Marisa
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Cara Marisa
A Herdade da Laborela pertencia no Séc. XVII a Manuel Gomes Malveiro cc. Maria Jorge[Silva] e em 1829 pertencia a
Francisco Jorge Silva http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=189668, não tenho confirmação documental, mas tudo leva em crêr, decendente do primeiro casal.(família Jorge Silva)
Se você descende de Francisco Jorge Silva, então provavelmente a Herdade da Laborela terá estado sempre na posse da mesma família desde o Séc. XVII, pelo menos.
Quanto às pessoas que antigamente viveram na Laborela, foram várias através dos tempos, uns como trabalhadores (criados) e outros como lavradores arrendatários, além de alguns dos proprietários.
No primeiro quartel do séc. XIX, era seu arrendatário Inácio José de Vilhena, vereador do Senado da Câmara de Panoyas e Procurador às Côrtes.
Estou a fazer o historial de todas as Herdades existentes no antigo concelho de Panoyas, inclusivé, com o nome dos seus antigos proprietários, mas sobre a Laborela ainda tenho pouco, pelo que tudo o que puder dispôr é bem vindo!!!
Os meus cumprimentos
Zé Maria
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Caro zé Maria:
Em primeiro lugar peço desculpa pela demora na resposta.
Em segundo lugar quero agradecer-lhe as suas informações e disponibilidade.
Consultando a minha árvores genealógica encontro uma tetravó Maria do Espirito Santo Malveiro (1838 - 1880) cc Eduardo Rodrigues (1836 - 1902), que deve descender dessa dita familia. Deste casal descende Bárbara da Conceição Malveiro que casou com Carlos Maria de Jesus Maia. Descende também Joaquim Eduardo Júlio casado com Mariana da Encarnação Prazeres. No total, os meus tetravós tiveram 7 flhos dando às raparigas o apelido Malveiro e aos rapazes o apelido Júlio.
Não quero maça-lo mas tenho esperança que estes dados o possam ajudar de alguma forma.
Menciono os descentes Bárbara da Conceição Malveiro e seu irmão Joaquim Eduardo Julio porque ambos são meus trisavós vistos os seus filhos, primos direitos terem casado entre si. São eles: Teresa Eduarda da Conceição de Jesus Maia e Carlos Júlio pais da minha avó Mariana Prazeres da Maia Júlio.
Consultando uma tia soube que Joaquim Eduardo Júlio, meu trisavô foi proprietário da Laborela e que morava no Vale de Santiago, mas estas são fontes orais e não fontes escritas o que sempre pode decorrer em erro.
O que consta na familia é que uma parte da Herdade da Laborela hoje com 620 hectares foi herdada e outra parte comprada. As actuais proprietárias são Mariana Prazeres da Maia júlio, minha avó e suas irmãs, Maria Adelina e Maria Bárbara da Maia Júlio.
O problema resta no facto de que praticamente todas as pessoas que teriam informações uteis já faleceram ou já não têm cabeça para poderem passar o testemunho. Muitos dos papeis que se encontravam guardados na nossa casa em Colos foram deitados fora e não sabemos em que consistiam.
Estou neste momento a começar a investigar mais a fundo a minha familia e espero que com o tempo lhe possa dar mais informações.
Temos em nosso poder umas agendas pessoais de Carlos Maria de Jesus Maia e de seu genro Carlos Júlio, meu trisavô e bisavô respectivamente, ambos, penso eu, proprietários da Laborela, em que constam apenas registos comerciais e alguns nascimentos da familia. São essencialmente transações de animais e produtos, compras de material mas por vezes mencionam "comprei xx a fulano da herdade tal" e isso talvez lhe possa interessar. Temos as agendas dos seguintes anos 1919 até 1923, 1925, 1928-31, 1933, 1935, 1950. Estão à sua disposição mas encontram-se em Colos na casa da familia.
Se quiser enviar-me a lista das herdades que anda a estudar posso tentar saber se mais alguma fez parte do património da familia visto que a mesma é muito grande. Tenho no entanto a sensação que a maioria das herdades se encontram já fora do concelho de panoyas mas não custa tentar.
Se tiver alguma sugestão de onde posso encontrar os registos de propriedade da Laborela ou outros documentos que me ajudem nesta reconstrução histórica serão bem vindos.
Mais uma vez obrigada
Marisa Alves
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Cara Maria Alves
O que eu tenho sobre a sua tretavó Maria do Espírito Santo Malveiro é que ela era filha de António Francisco e Teresa Malveiro de Garvão e foi casada com Eduardo Rodrigues [Júlio].
O seu tretavô Eduardo Rodrigues [Júlio] aparece muitas vezes a apadrinhar na Vila de Panoyas, principalmente na família Costa oriunda de Santa Luzia donde ele também era natural, mas então já morador no Vale onde estava estabelecido. No ano de 1870 baptizaram um filho na Igreja de Santa Catarina ao qual puseram o nome de António, tendo por padrinhos Joaquim Inácio, Lavrador do Monte de Cima e Maria Bernarda, que era minha tretavó, moradora no Monte da Fornalha.
O seu tretavô Eduardo Rodrigues [Júlio] era uma pessoa muito popular e conhecida na região, digo isto pelas inúmeras vezes que o encontro a apadrinhar, até parece que lidava com o fogo do Espírito Santo, pois baptizava muito em nome do Espírito Santo ou não fosse ele casado com uma Maria do Espírito Santo, cuja família Malveiro pertencia à confraria do Espírito Santo!!!
O seu tretavô Eduardo Rodrigues [Júlio] era assim, ainda primo irmão de Eduardo de Brito Júlio, pai de José Júlio da Costa que assassinou Sidónio Pais, pois eram ambos netos de Joaquim Rodrigues do Vale e Maria Júlia de Santa Luzia.
O seu tretavô Eduardo Rodrigues [Júlio] foi também padrinho em Panoyas de Amélia Costa que casará mais tarde com Manuel da Costa, irmão de José Júlio da Costa.
António da Costa, natural de Panoyas, filho de Francisco Martinho e Maria Costa de Santa Luzia casou com Leonor Marques na Igreja Matriz de Panoyas, no dia 17 de Outubro de 1894. Foram testemunhas deste casamento Eduardo Rodrigues [Júlio], viúvo, lavrador, natural de Santa Luzia e morador no Vale de Santiago.Tiveram:
-Maria, baptizada no dia 24 de Abril de 1898. Foram padrinhos Eduardo Rodrigues, viúvo, lavrador do Vale de Santiago, e madrinha Maria do Nascimento, casada e moradora na freguesia.
-Eduardo, nascido a 7 de Novembro de 1899 e baptizado a 18 de Dezembro de 1899. Foi seu padrinho Eduardo Rodrigues, proprietário de Santa Luzia e morador no Vale de Santiago e madrinha Maria do Nascimento, natural da freguesia de Panoyas e moradora na freguesia de Messejana.
- Amélia, nascida a 24 de Junho de 1903 e baptizada a 30 de Agosto de 1903, casou no dia 4 de Maio de 1922 com Manuel da Costa Júlio, de Garvão, filho de Eduardo de Brito Júlio e Maria Gestrudes da Costa, nascido a 11 de Novembro de 1897 e baptizado a 12 de Fevereiro de 1898 e falecido em Lisboa na freguesia do Campo Grande a 16 de Dezembro de 1976. Faleceu no dia 15 de Setembro de 1974 em Carnaxide, concelho de Oeiras.
Portanto no primeiro quartel do séc. XVII a Herdade da Laborela, assim como a Herdade do Arzila (sic) e muitas outras herdades nos arredores e termo de Garvão, estão na posse dos Malveiros. Malveiros que em 1618 já eram moradores na Vila de Panoyas, onde Manuel Gomes Malveiro deu fiança a André Machado, morador na Vila de Garvão, para poder desempenhar o ofício de escrivão dos órfãos.
…Manuel Guomes Malveiro morador no termo desta Vila de Panoyas, por elle foi dito a mim tabelião e diamte das ditas ditas testemunhas que elle sabia que Amdré Machado proprietário dos oficios de Tabeliam do Judicial e Notas e assim escrivão dos orfãos da dita villa de Gravão e se era necessário dar fiança pera aver de serviço os ditos oficios que jurava verdade....tomava a sua Herdade chamada Cerca (?) termo da villa de Garvão a dita Herdade que bem vale 1000.000 Reis e assim disse que dava a dita faiamsa ... as terras que ele tem nas vinhas da dita vila que bem valem outros 1000.000 Reis. Testemunhas Manuel Dias, Manuel Gomes Malveiro, Pedro de Castro Ferreira moradores nesta vila de Panoyas.
Manuel Gomes Malveiro parece ser o mesmo que conjuntamente com Manuel Gomes Raposo, o Rei D. Filipe III lhe concedeu carta de perdão, por ter sido acusado pelo Ouvidor por seus gados serem daninhos nos campos vedados do couto de Garvão.
Em Colos tenho eu a minha ascendência em Filipe Rodrigues Garrás da Herdade da Garraza. Felipe Rodrigues Garraz casou a 30 de Agosto de 1678 com Catarina Rodrigues de S.Martinho, tendo como testemunhas João Loução Botelho do Castelão e Afonso Bernardes. Tiveram:
-Maria,baptizada a 20/2/1690 em Garvão a qual teve como padrinho Luís de Mesquita e Castro, moço fidalgo da Casa Real, morgado de Panoyas e procurador da Vila de Panoyas às Cortes, e madrinha Ana Guerreiro, mulher de João Loução Botelho do Monte do Castelão, e que faleceu a 18/2/1708, e foi sepultada na Igreja Matriz de Colos.
-Mayor Queimado, que casou no dia 5/10/1698 na Igreja Matriz de Colos com o Capitão Manuel Capela de Colos.
-Inês Queimado, que casou Belchior dos Reis Camacho de Barbuda do Reguengo de S. Luís- Odemira. (meus 7º avôs)
Os Camacho de Barbuda foi uma família que se estabeleceu depois na Laborela, e tinha ligações familiares aos Faleiros de Castro Verde. O Monte da Laborela também era então conhecido pelo Monte dos Camachos, e era lá que morava o sargento–mór das Ordenanças da Vila de Panoyas, João Martins Pereira casado com Catarina Guerreiro Camacho de Barbuda, filha de André Guerreiro Camacho e Maria Mestre [Faleiro] da Vila de Panoyas.
Possivelmente ainda haverá alguma ligação familiar remota entre nós na medida em que a minha tretavó Maria Bernarda da Herdade da Fornalha foi madrinha de António, irmão de Barbara e Joaquim.
Para encontrar registos da propriedade da Laborela, salvo melhor informação, eu aconselhava-a, a ir à Conservatória do Registo Predial de Ourique e pedir não certidão, mas cópia não homologada com as descrições e inscrições do Prédio Rústico que pretende, tirada do respectico livro das descrições prediais, convém pedir até ao registo mais antigo e lá devem constar todos os nomes porque passou a posse da respectiva propriedade. Para datas que não constem na Conservatória Predial de Ourique pode dirigir-se ao Instituto Geográfico e Cadastral (IGC), na Rua Artilharia Um, nº 107, em Lisboa.(penso que lá também poderá encontrar alguma coisa para datas mais antigas)
Por alturas das festas costumo ir a Garvão visitar uma minha tia e passo muitas vezes por Colos, gostava de ter a oportunidade de contactar a sua família e se possível, e agradecendo desde já a amabilidade, de me facultarem o acesso a alguma informação das respectivas agendas, que creio serem de grande utilidade para a história do Alentejo.
Com os meus cumprimentos
Zé Maria
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Cara Maria Alves
O que eu tenho sobre a sua tretavó Maria do Espírito Santo Malveiro é que ela era filha de António Francisco e Teresa Malveiro de Garvão e foi casada com Eduardo Rodrigues [Júlio].
O seu tretavô Eduardo Rodrigues [Júlio] aparece muitas vezes a apadrinhar na Vila de Panoyas, principalmente na família Costa oriunda de Santa Luzia donde ele também era natural, mas então já morador no Vale onde estava estabelecido. No ano de 1870 baptizaram um filho na Igreja de Santa Catarina ao qual puseram o nome de António, tendo por padrinhos Joaquim Inácio, Lavrador do Monte de Cima e Maria Bernarda, que era minha tretavó, moradora no Monte da Fornalha.
O seu tretavô Eduardo Rodrigues [Júlio] era uma pessoa muito popular e conhecida na região, digo isto pelas inúmeras vezes que o encontro a apadrinhar, até parece que lidava com o fogo do Espírito Santo, pois baptizava muito em nome do Espírito Santo ou não fosse ele casado com uma Maria do Espírito Santo, cuja família Malveiro pertencia à confraria do Espírito Santo!!!
O seu tretavô Eduardo Rodrigues [Júlio] era assim, ainda primo irmão de Eduardo de Brito Júlio, pai de José Júlio da Costa que assassinou Sidónio Pais, pois eram ambos netos de Joaquim Rodrigues do Vale e Maria Júlia de Santa Luzia.
O seu tretavô Eduardo Rodrigues [Júlio] foi também padrinho em Panoyas de Maria e Eduardo irmãos de Amélia Costa que casará mais tarde com Manuel da Costa, irmão de José Júlio da Costa.
António da Costa, natural de Panoyas, filho de Francisco Martinho e Maria Costa de Santa Luzia casou com Leonor Marques na Igreja Matriz de Panoyas, no dia 17 de Outubro de 1894. Foram testemunhas deste casamento Eduardo Rodrigues [Júlio], viúvo, lavrador, natural de Santa Luzia e morador no Vale de Santiago.Tiveram:
-Maria, baptizada no dia 24 de Abril de 1898. Foram padrinhos Eduardo Rodrigues, viúvo, lavrador do Vale de Santiago, e madrinha Maria do Nascimento, casada e moradora na freguesia.
-Eduardo, nascido a 7 de Novembro de 1899 e baptizado a 18 de Dezembro de 1899. Foi seu padrinho Eduardo Rodrigues, proprietário de Santa Luzia e morador no Vale de Santiago e madrinha Maria do Nascimento, natural da freguesia de Panoyas e moradora na freguesia de Messejana.
- Amélia, nascida a 24 de Junho de 1903 e baptizada a 30 de Agosto de 1903, casou no dia 4 de Maio de 1922 com Manuel da Costa Júlio, de Garvão, filho de Eduardo de Brito Júlio e Maria Gestrudes da Costa, nascido a 11 de Novembro de 1897 e baptizado a 12 de Fevereiro de 1898 e falecido em Lisboa na freguesia do Campo Grande a 16 de Dezembro de 1976. Faleceu no dia 15 de Setembro de 1974 em Carnaxide, concelho de Oeiras.
Portanto no primeiro quartel do séc. XVII a Herdade da Laborela, assim como a Herdade do Arzila (sic) e muitas outras herdades nos arredores e termo de Garvão, estão na posse dos Malveiros. Malveiros que em 1618 já eram moradores na Vila de Panoyas, onde Manuel Gomes Malveiro deu fiança a André Machado, morador na Vila de Garvão, para poder desempenhar o ofício de escrivão dos órfãos.
…Manuel Guomes Malveiro morador no termo desta Vila de Panoyas, por elle foi dito a mim tabelião e diamte das ditas ditas testemunhas que elle sabia que Amdré Machado proprietário dos oficios de Tabeliam do Judicial e Notas e assim escrivão dos orfãos da dita villa de Gravão e se era necessário dar fiança pera aver de serviço os ditos oficios que jurava verdade....tomava a sua Herdade chamada Cerca (?) termo da villa de Garvão a dita Herdade que bem vale 1000.000 Reis e assim disse que dava a dita faiamsa ... as terras que ele tem nas vinhas da dita vila que bem valem outros 1000.000 Reis. Testemunhas Manuel Dias, Manuel Gomes Malveiro, Pedro de Castro Ferreira moradores nesta vila de Panoyas.
Manuel Gomes Malveiro parece ser o mesmo que conjuntamente com Manuel Gomes Raposo, o Rei D. Filipe III lhe concedeu carta de perdão, por ter sido acusado pelo Ouvidor por seus gados serem daninhos nos campos vedados do couto de Garvão.
Em Colos tenho eu a minha ascendência em Filipe Rodrigues Garrás da Herdade da Garraza. Felipe Rodrigues Garraz casou a 30 de Agosto de 1678 com Catarina Rodrigues de S.Martinho, tendo como testemunhas João Loução Botelho do Castelão e Afonso Bernardes. Tiveram:
-Maria,baptizada a 20/2/1690 em Garvão a qual teve como padrinho Luís de Mesquita e Castro, moço fidalgo da Casa Real, morgado de Panoyas e procurador da Vila de Panoyas às Cortes, e madrinha Ana Guerreiro, mulher de João Loução Botelho do Monte do Castelão, e que faleceu a 18/2/1708, e foi sepultada na Igreja Matriz de Colos.
-Mayor Queimado, que casou no dia 5/10/1698 na Igreja Matriz de Colos com o Capitão Manuel Capela de Colos.
-Inês Queimado, que casou Belchior dos Reis Camacho de Barbuda do Reguengo de S. Luís- Odemira. (meus 7º avôs)
Os Camacho de Barbuda foi uma família que se estabeleceu depois na Laborela, e tinha ligações familiares aos Faleiros de Castro Verde. O Monte da Laborela também era então conhecido pelo Monte dos Camachos, e era lá que morava o sargento–mór das Ordenanças da Vila de Panoyas, João Martins Pereira casado com Catarina Guerreiro Camacho de Barbuda, filha de André Guerreiro Camacho e Maria Mestre [Faleiro] da Vila de Panoyas.
Possivelmente ainda haverá alguma ligação familiar remota entre nós na medida em que a minha tretavó Maria Bernarda da Herdade da Fornalha foi madrinha de António, irmão de Barbara e Joaquim.
Para encontrar registos da propriedade da Laborela, salvo melhor informação, eu aconselhava-a, a ir à Conservatória do Registo Predial de Ourique e pedir não certidão, mas cópia não homologada com as descrições e inscrições do Prédio Rústico que pretende, tirada do respectico livro das descrições prediais, convém pedir até ao registo mais antigo e lá devem constar todos os nomes porque passou a posse da respectiva propriedade. Para datas que não constem na Conservatória Predial de Ourique pode dirigir-se ao Instituto Geográfico e Cadastral (IGC), na Rua Artilharia Um, nº 107, em Lisboa.(penso que lá também poderá encontrar alguma coisa para datas mais antigas)
Por alturas das festas costumo ir a Garvão visitar uma minha tia e passo muitas vezes por Colos, gostava de ter a oportunidade de contactar a sua família e se possível, e agradecendo desde já a amabilidade, de me facultarem o acesso a alguma informação das respectivas agendas, que creio serem de grande utilidade para a história do Alentejo.
Com os meus cumprimentos
Zé Maria
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Errata: tetravó em vez de tretavó.
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Caro Zé Maria:
Desculpe demorar 7 meses para lhe agradecer toda a preciosa informação que me enviou.
Não lhe respondi logo e depois não consegui voltar a encontrar a nossa conversa aqui no forum.. Não sou muito despachada informaticamente. Foi um amigo que teve a ideia de procurar o tópico Laborela através do google e foi assim que voltei à nossa conversa :)
Estive a assimilar toda a informação que me deu e de certa forma já construi uma boa parte da árvore genealógia dos Júlios e dos Malveiro mas ainda falta muita coisa.
Não tenho tido tempo para investigar mais a fundo a questão da Herdade da Laborela. Estou na licenciatura em História e trabalho ao mesmo tempo. Não consigo ter muita disponibilidade para pesquisar nos arquivos outros assuntos fora dos tópicos para os quais tenho que fazer trabalhos mas espero no Verão voltar em força.
Quando são as festas de Garvão e como nos poderiamos contactar sem ser através do forúm?
As agendas estão ao seu dispor mas não sei se terão interesse para os seus estudos. Debruçam-se principalmente sobre o preço dos produtos e o que foi vendido e a quem. Talvez tenham interesse para a história económica do Alentejo :)
Grata por toda a sua disponibilidade e informação dada, pedindo mais uma vez desculpa,
Cumprimentos
Marisa Alves
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RE: Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Cara Marisa Alves
Não tem nada que agradecer, o pouco que tinha sobre os Malveiros e a Herdade da Laborela, foi com muito gosto que lhe o enviei. Também a documentação sobre a Herdade, que eu conheça, é escassa, tenho conhecimento de um documento na TT do reinado de D. Afonso V, que a liga aos Paulistas da Serra de Ossa, como outras nos arredores de Panoyas que também pertenceram aos Paulistas de Palmela.
Mas os Paulistas por apoiarem Cristóvão Colombo, no reinado de D. Manuel I tiveram que procurar outras bandas lá para o Novo Mundo, sobretudo no Brasil. No entanto os lavradores que se ficaram pela Laborela, Arzil e Columbaes permaneceram ligados ao culto do Espírito Santo e ainda nos século XVIII e XIX faziam parte da Irmandade do Espírito Santo: António Malveiro, André Malveiro, Joaquim Malveiro, Joaquim José Malveiro, António Pedro Malveiro, Francisco José Malveiro.
Não sei se já encontrou na sua árvore genealógica alguns dos Malveiros que atrás mencionei, mas estes são todos descendentes de Manuel Guomes Malveiro morador na Vila de Panoyas. Este ano, tenho férias por altura das festas de Garvão, mas não sei me é possível ir até lá. No entanto deixo-lhe o meu contacto
ze_ferreira@netvisao.pt
Os meus cumprimentos
Zé Maria
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Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Caro José Maria
Sou neta do Joaquim da Silva Lourenço e da Lucrécia Maria, que moraram no monte da Boizana.
Estive a ler os dados que forneceu à minha prima e dei conta que falta uma irmã do meu avô. Chamava-se Maria José, era uma tia avó de quem eu gostava muito. Sempre ouvi falar que o meu avô perdeu os pais muito novo e ficou com as duas irmãs. Na informação do Zé Maria consta um José (possivelmente morreu em pequenino?).
Grata pela sua atenção
Maria Lucrécia da Silva Martins
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Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Cara Maria Lucrécia da Silva
Estive a consultar melhor o meu arquivo e de facto já consta essa sua tia-avó que por lapso não a citei aqui. Foi baptizada no dia 23 de Agosto de 1883. Foram seus padrinhos Francisco Lourenço, solteiro, proprietário e morador no Monte da Boizana da freg. de Panoias e Maria Eduarda, solteira e natural do Vale de Santiago. Casou com João Francisco na Igreja Paroquial de S. Pedro da vila de Panoias no dia 22 de Setembro de 1904, tendo como testemunhas do mesmo Francisco Lourenço, solteiro, proprietário e morador na vila de Panoias e António Joaquim Loução, natural de Santa Luzia e morador na freg. do Campo Grande em Lisboa. Casamento esse dissolvido por morte do cônjuge em 17 de Dezembro de 1936. Faleceu na freg. de Panoias no dia 28 de Fevereiro de 1973.
Sobre o José, o outro seu tio avô o que tenho é o seguinte:
José, filho de José Lourenço e Maria Jacinta, faleceu no dia 28 de Janeiro de 1883, com 7 anos de idade, às 3 horas da noite no Monte da Boizana. Foi sepultado no cemitério público da vila de Panoias.
Portanto o José faleceu no mesmo ano em que a Maria nasceu.
Cumprimentos
Zé Maria
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Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Caro José Maria Ferreira,
Sou trineta do casal que menciona na sua mensagem, Eduardo Rodrigues e Maria do Espírito Santo Malveiro. Se me permite, gostaria de fazer apenas uma correcção: o meu trisavô Eduardo Rodrigues era filho e não neto do casal Joaquim Rodrigues do Vale de Santiago e de Maria Júlia de Santa Luzia.
Consegui recuar esta linha até a José Rodrigues, que calculo tenha nascido antes de 1693 no Cercal (não consegui encontrar livros paroquiais de baptismos desta freguesia anteriores a esta data),filho de Bartolomeu Rodrigues e Isabel de Campos.
Não sei se entretanto conseguiu encontrar mais alguma informação relativamente a estas duas famílias para além do valioso contributo que já proporcionou a este fórum.
Desde já o meu agradecimento.
Beatriz Reis Rodrigues
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Família Silva Lourenço, Panóias Ourique
Cara Beatriz Reis Rodrigues.
Só agora dei pela sua mensagem. Obrigado pelo reparo, era de facto filho de Joaquim Rodrigues e de Maria Júlia, sendo assim Eduardo Rodrigues seria tio e não primo de Eduardo de Brito Júlio.
No óbito de Eduardo Rodrigues também se confirma isso mesmo:
12/5/1902. Falecimento de Eduardo Rodrigues, viúvo de Maria do Espírito Santo, de idade de 65 anos natural da freg. de S. Luzia filho de Joaquim Rodrigues e de Júlia Maria.
Obrigado
Os meus cumprimentos
Zé Maria
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