Franco atribuia títulos nobiliárquicos em Espanha?
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Franco atribuia títulos nobiliárquicos em Espanha?
Caros Confrades,
Reparei agora, aqui no Geneall, que o título de 1º Duque de Primo de Rivera, ao fundador da Falange, José António Primo de Rivera, foi atribuído por ... Franco. Será possível!? Em caso afirmativo que legitimidade tinha o Generalíssimo para atribuir títulos? Já sabia que ele tinha o hábito de se sentar no Trono Real, no Palácio do Oriente, nas grandes recepções, mas daí a atribuir títulos...
Agradeço a vossa ajuda.
Cumprimentos
JMSA
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RE: Franco atribuia títulos nobiliárquicos em Espanha?
Caro,
Com a aprovação, em 1947, da Lei da Sucessão do Chefe de Estado, pela qual a Espanha se reconhecia uma monarquia, (mas sem rei) e com regente vitalício, (Francisco Franco) este outorgou-se o direito de atribuir e/ou reconhecer títulos de nobreza.
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RE: Franco atribuia títulos nobiliárquicos em Espanha?
Ex.mo Senhor
A Primeira República Espanhola que regeu a Espanha desde a sua proclamação pelas Cortes, a 11 de Fevereiro de 1873, até 29 de Dezembro de 1874, data da restauração borbónica feita pelo general Martínez Campos, também concedeu títulos nobiliárquicos.
O Decreto de 25 de Maio de 1873, reconhece a vigência da nobreza titulada, e por Decreto de 25 de Junho de 1874 transfere a concessão dos títulos do Chefe de Estado para as Cortes, ficando estas com a prerrogativa de criar novas concessões nobiliárquicas, o que veio a acontecer.
O General Franco, foi dos Chefes de Estado de Espanha, dos que mais títulos concedeu.
Com os melhores cumprimentos
LBMS
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RE: Franco atribuia títulos nobiliárquicos em Espanha?
Caro confrade JMSA,
Aqui no Geneall constam esses títulos, todavia, creio que existam alguns outros (até alguns "de boca"):
Títulos Creados
Duques-
Duques de Calvo Sotelo
Duques de Mola
Duques de Primo de Rivera
Marqueses-
Marqueses de Alborán
Marqueses de Bilbao-Eguía
Marqueses de Dávila
Condes-
Condes del Alcázar de Toledo
Condes de Arruga
Condes de Arteche
Condes de Benjumea
Condes de Covadonga
Condes del Castillo de la Mota
_________
De facto, Franco é singular na história. Hoje, é mais do que provado que ele queria fundar uma dinastia. Não é à toa que protelou a investidura de um novo rei o quanto pôde (já que desde 1947 a Espanha era oficialmente uma monarquia, porém, Franco seria o Caudilho, o Regente Perpétuo do Reino), além de manipular, secretamente, todas as facções monárquicas, desde carlistas à jaimistas. Franco chegou a propor que sua filha Carmencita se casa-se com o então infante Juan Carlos, depois "Príncipe de España" (título anómalo na monarquia hispânica), possibilidade vetada terminantemente pelo Conde de Barcelona que, à época, queria casar o infante com a princesa Maria Gabriela de Savóia. Dizem que, por conta dessa negativa, Franco passou a nutrir ainda mais raiva contra o Conde de Barcelona. Todavia, ele não sossegou. Procurou quase todas as famílias reais européias. Distribuiu comendas aqui e acolá... Há quem diga que ele chegou a prometer o trono espanhol a um Hohenlohe. Ainda assim, só obteve negativas, naturalmente. No final das contas, teve que se conformar com a mediocridade de um Villaverde. Entretanto, ainda intencionou por seus bisnetos Bourbon no trono... Não deu tempo...
Melhores cumprimentos,
Granada
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RE: Franco atribuia títulos nobiliárquicos em Espanha?
Caro Granada,
"... no final das contas, teve que se conformar com a mediocridade de um Villaverde..." , cuja filha mais velha veio a casar com o Duque de Cádiz, Chefe dos Borbons, em Espanha e França, sendo seu filho SAR D. Luis Alfonso de Borbon, XX Duque de Anjou e pretendente ao trono de França.
Franco ainda chegou a considerar como alternativa a D. Juan Carlos, Principe de Espanha (e não das Asturias, o que implicaria reconhecer o Conde de Barcelona como Rei de Espanha, algo que para Franco era impensável) o Duque de Cadiz , D. Alfonso de Borbon, chefe dos Borbons, como sucessor à Coroa Espanhola, e dai organizar o seu casamento com a sua neta Carmencita.
D.Juan Carlos, como agradecimento à familia Franco, vem a outorgar depois da sua coroação, os titulos de Duquesa de Franco e do Señorio de Meiras (GE) à viuva do Caudilho.
Cumprimentos
LBMS
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“a mediocridade de um Villaverde”!
Caro Dayher Gimenez,
“(…)a mediocridade de um Villaverde”! Não sei quem você julga que é e o que pretende dizer com isso, mas nada lhe dá o direito de ofender outras pessoas.
FFTT
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RE: Franco atribuia títulos nobiliárquicos em Espanha?
Caros Confrades,
Agradeço a todos a vossa contribuição para este tópico e os valiosos esclarecimentos feitos. Devo confessar a minha total ignorância sobre esta matéria, de tal forma, que cheguei a considerar existir um erro aqui no Geneall!!! Mas afinal, pensando melhor, tudo bate certo. Lembro-me bem das antigas moedas de Espanha (pesetas) onde se podia ler: "Francisco Franco, Caudillo de Espanã por la gracia de Dios". Quem manda cunhar assim as moedas trocando a palavra "Rey" por "Caudillo" porque não haveria de atribuir títulos?
JMSA
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“a mediocridade de um Villaverde” (José Luis de Villalonga)
Caro Sr. FFTT,
Devo lhe dizer que a frase não é minha. É do marquês de Castellvell, José Luis de Villalonga y Cabeza de Vaca, que escreveu um livro sobre o Jet Set internacional e tratou do referido assunto num tópico com um título como "dinastias e castanholas" (ou algo do tipo, preciso achar o livro para confirmar...).
Acho que se enganou.
Cumprimentos,
Granada
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RE: “a mediocridade de um Villaverde” (José Luis de Villalonga)
Caro Sr. Gimenez
Citar Villalonga como fonte deixa muito a desejar! E o livro que refere...também, infelizmente.
Cpts
Maria Benedita
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a mediocridade de um Villalonga
Cara confrada Maria Benedita Vasconcelos,
Se fiz alguma besteira, peço que me perdoem, mas, pergunto-lhes: que poderia eu fazer? A única coisa que sei do Villalonga é que ele escreveu o tal do livro... nem mais, nem menos... E o sei simplesmente porque o nome do referido consta na capa, naturalmente... O livro veio numa das várias remessas mensais de livros, revistas e jornais espanhóis (da ¡Hola! aos jornais da Falange Tradicionalista) que um primo do meu avô mandava da Espanha... E eu lia tudo com meu avô, afinal, aprendi a falar espanhol antes ou praticamente ao mesmo tempo em que o português...
No entanto, as histórias acerca do Generalíssimo são verdadeiras. Há uma porção de biografias dele que atestam tais factos. Basta apenas ler para averiguar que tenho razão.
Que posso fazer? Se pequei, confiteor! Confesso, acerca do Villalonga, minha total ignorância...
Cumprimentos,
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RE: a mediocridade de um Villalonga
Caro confrade
Não pecou! Nem sequer é pecado venial!Mas tente ler umas coisitas sobre Espanha melhores que a Hola! ( que eu também leio, mas com o devido enquadramento crítico) . A Falange Tradicionalista nunca me passou pelas mãos.
Villalonga é tudo menos um biógrafo credenciado de Franco, puxa mais para a Hola! Nesse livro, de que me lembro bem, Villalonga chega a falar de uma hipótese de casamento da filha de Franco,Carmen, com D. Juan Carlos!!!!Haja Deus!!!
Cumprimentos
Maria Benedita
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ciberdúvidas da língua portuguesa
http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=12087
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RE: a mediocridade de um Villalonga
Caríssima confrada,
Fico-lhe grato pela bondade e compreenção.
Não costumo ler Hola ou revistas do gênero, enfim que tratem de "jornalismo social". Não gosto. Aliás, como a confrada, critico-as, e muito. Vanitas vanitatum! Tenho a certeza de que concorda comigo quanto a isso. Eu "lia" "essas coisas" quando meu avô era vivo... Já faz 9 anos que ele faleceu, levando-se em conta que eu tinha 12 quando isso aconteceu. Deus o tenha! E, aliás, gastava muitíssimo mais tempo com os livros e com os jornais, felizmente. Desde 1932, meus bisavós e avós recebiam essa papelada toda da Espanha, inicialmente por meio de um primo padre que, com a república, também veio para o Brasil (como medo de ser "martirizado"...), passando antes um tempinho na Suiça, e, depois, por meio dum outro primo, da Marinha Real. Como não podiam e queriam regressar em definitivo (inicialmente, por medo dos comunistas, anarquistas e afins; depois, com a 2ª Guerra, ficaram de vez, só regressando em definitivo a Espanha alguns irmãos, primos e dois filhos do meu bisavô - então, de idade muito avançada), tinham que se contentar com rádio, livros (quantos e quantos!), revistas e jornais, como meio de "ver a pátria"; é o tradicional ópio do exilado. Por isso, é fácil entender o porque de, inicialmente, praticamente todos apoiarem Franco: graças a ele, a Espanha não se tornou uma Albânia, enfim, os republicanos mais exaltados (de todos os "coloridos ideológicos") foram sufocados. Os boletins/periódicos da Falange eram e são velhos, das décadas de 40 e 50. Depois dos anos 60, meu bisavô não quis mais recebê-las, pois tinha Franco por traidor, não obstante seus chaveiros (que eu guardo comigo) serem todas moedas com a efígie do Generalíssimo... De facto: Haja Deus!
Sinceros e respeitosos cumprimentos,
Granada
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RE: a mediocridade de um Villalonga
Onde lê-se o horripilante termo "compreenção" deve se ler "compreensão".
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RE: a mediocridade de um Villalonga
Caros confrades
sabiam que o presidente da república francesa, em teoria, pode conceder títulos nobiliárquicos , mesmo que a classe "nobreza" já não exista no ordemanento jurídico francês(existem casos de concessão no princípio do sec XX)?
Sabiam que o mesmo presidente também é princípe de Andorra?
cumprimentos
ptp
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RE: a mediocridade de um Villalonga
Caro Confrade,
O Presidente da Républica Francesa é co-principe de Andorra, sendo o outro co-principe o Bispo de Urgel. A ambos compete a chefia de estado do Principado de Andorra.
Cumprimentos
LBMS
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RE: a mediocridade de um Villalonga
Caro confrade luso,
Certamente!
E isso apenas prova, mais uma vez, que as elites tituladas não são oriundas e passíveis de existência apenas em estados monárquicos, mas que, com certeza, podem muito bem se compatibilizar com outros regimes e sistemas. As civilizações humanas sempre fizeram uso de sistemas premiais meritórios, tanto simbólicos/honoríficos quanto concretos. A essência é a mesma, enfim, mesmo com os tradicionais títulos, hierarquia e nomes oriundos da tradição medieval clássica, é bem possível que um presidente possa ser um duque, um marquês, um conde, um visconde ou barão, ou mesmo fazê-los.
Cumprimentos,
D.
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A Sereníssima República de São Marino também concede títulos nobiliárquicos
Caro Confrade,
A denominada Sereníssima República de São Marino também concede títulos nobiliárquicos.
Leia-se a transcrição do livro de «Gonzalez-Doria, Fernando - Diccionario Heraldico Y Nobiliario, Editorial Bitacora, Madrid 1994, pág. 292» sobre «Títulos nobiliários extranjeros autorizados para ser usados en España»: Marqués de Olivara - concedido por la Serenísima República de San Marino el 26 de julio de 1976 a D. José Maria Ruiz-Mateos Y Jiménez de Tejada, casado con Dª. Maria Teresa de Regla Rivero y Sánchez-Romate, al que se autorizó a usarlo en España en 11 de octubre de 1982.
Deixo aqui o link interessantíssimo sobre a Rep. de São Marino, a república mais antiga do mundo (3-9-301) com a constituição mais antiga em exercício (1600) http://pt.wikipedia.org/wiki/San_Marino.
Com os meus cumprimentos,
José Pedro Castro
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EL IMPOSTOR QUE LLEGO A PRINCIPE: BORIS I
Confrade Luso,
Compartilho contigo esse interessante artigo, publicado ainda ontem no blog Doce Linajes de Soria. Demorei para postar por conta de problemas para entrar no fórum... Já resolvido, então: eis o artigo logo abaixo.
Melhores cumprimentos,
Granada
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http://docelinajes.blogspot.com/2010/08/el-impostor-que-llego-principe-boris-i.html
jueves 26 de agosto de 2010
EL IMPOSTOR QUE LLEGO A PRINCIPE: BORIS I
Por el Dr. D. José Maria de Montells y Galán Heraldo Mayor de esta Casa Troncal.
Encuentro por pura casualidad en una rebaja veraniega de libros, una novela con un título muy sugestivo. «Boris I, rey de Andorra», de Antonio Morell publicada por Destino en 2007. Confieso que no conocía la aventura del ruso Boris Skósyrev y que me ha cautivado.
El soberano Príncipe de Andorra, autonombrado conde de Orange y barón de Skósyrev era, en realidad, un mentiroso compulsivo que provisto de una gran ambición y unas enormes dosis de cara dura, consiguió hacerse con un trono. Contrariamente a lo que es creencia común, episodios como este abundan en la historia con una asiduidad pasmosa. Mi lista de impostores es bastante copiosa. Cuando uno se topa con aventureros como el ruso, siempre le viene a la memoria la odisea de Rodolfo Rassendyll que se cuenta en mi admirada novela “El Prisionero de Zenda” de Anthony Hope.
Se dice que Boris Mijáilovich Skósyrev Mavrusov, había nacido en Vilna o Vilnius en el antiguo Imperio Ruso en 1896 en el seno de una familia de la baja nobleza muy vinculada al ejército. Su biografía oficial sugiere que con motivo de la revolución bolchevique de 1917 se exilió en la Gran Bretaña sirviendo en misiones secretas a cargo del Foreing Office en Rusia, lo que hace posible que fuera uno de los agentes reclutados por Bruce Lockhart para organizar una gran red antibolchevique en el interior de la URSS y que teniendo su cabeza visible en Boris Savinkov, terminaría siendo infiltrada y utilizada para su financiación por agentes dobles de la Checa soviética. Pese a esto, nada se sabe de su peripecia humana real anterior a su vida pública como príncipe. En un autor británico, cuyo apellido no recuerdo, se sostiene que se llamaba de verdadero nombre Boris Andonoff y había sido sargento en el ejército del zar antes de la revolución.
Así las cosas, su azarosa vida se enreda en mil aventuras más, de tal forma que su biografía mantiene que abandonando el servicio secreto británico en 1925, se instaló en los Países Bajos donde pretendió haber estado al servicio de la Reina Guillermina I de Holanda quién se supone que le otorgó el título de Conde de Orange, del que no hay ninguna evidencia documental, casándose en 1931 con una acaudalada viuda diez años mayor que él a la que abandonó unos meses después de la boda para seguir a una jovencita inglesa hasta Andorra.
En Andorra, el aventurero ruso provisto de un aristocrático monóculo, un bastón y tres trajes bien cortados, se instaló en las proximidades de Sant Juliá de Lória donde entró en contacto con la realidad andorrana anidando en él, el pensamiento de que tal vez pudiera aprovechar el descontento reinante en el principado para hacerse con el trono figurado de Andorra, desplazando del mismo nada menos que al mismísimo Presidente de la República Francesa y al Obispo de la Seo de Urgel.
El 17 de Mayo de 1934, Boris dirigió una carta al Consejo del Gobierno de Andorra donde dejaba claras sus intenciones, prometiendo modernizar el principado convirtiéndolo en un paraíso fiscal al igual que Suiza y otros minúsculos principados europeos, para recibir una respuesta adversa y ser expulsado del territorio andorrano cinco días después.
Tras abandonar Andorra se instaló como “Príncipe en el Exilio” en la Seo de Urgel desde donde empezó una gran campaña propagandística reclamando el trono del principado que tuvo gran repercusión en la prensa nacional e internacional, llegando a afirmar en el periódico izquierdista madrileño “Ahora”: “no tengo ningún derecho histórico para mi pretensión. Lo hago únicamente como caballero para entender que defiendo los derechos de los españoles que residen en Andorra y son vejados por la República vecina”.
En el exilio en la Seo de Urgel, Boris y su reducido consejo principesco integrado por su joven amante inglesa, la millonaria norteamericana Florence Mazmon y el consejero Pere Torras Ribas, su Primer Ministro redactan un texto constitucional que modificaba el sistema político tradicional dotándole de plenas libertades democráticas, una modernización de sus instituciones medievales, la apertura a inversiones extranjeras y el auto-reconocimiento como paraíso fiscal. Boris se presentaba en el texto como Alteza Serenísima, lugarteniente del Rey de Francia, sin duda por preservar nominalmente al menos la co-soberanía gala.
Para la ocasión se imprimieron diez mil ejemplares del texto, lo que ya era una exageración, que se distribuyeron entre numerosas personalidades españolas y francesas, siendo únicamente el Obispo de la Seo de Urgel, don Justí Guitart, la única autoridad que muestra su descontento, desaprobación y franca hostilidad.
El 7 de Julio de 1934 el Consejo General, convocado por el Síndico General de los Valles de Andorra, aprobó legal y democráticamente, por 23 votos frente a 1, la instauración de la monarquía andorrana en la persona de Boris Skosyrev.
A partir de ese momento los acontecimientos se precipitan con rápidos movimientos políticos de todas las partes implicadas: el consejero contrario al nombramiento de Boris como Príncipe de Andorra, comunica lo sucedido al Obispo de la Seo de Urgel quien urge la intervención en el Principado, Francia comunica oficialmente que no intervendrá en los Valles, considerando válida la monarquía en la persona de Boris I, por su parte en el Principado, convertido en reino independiente, se nombra un gobierno provisional y entra en vigor la nueva constitución instaurándose la más absoluta libertad política, religiosa y de imprenta afirmando Boris I que las directrices de su gobierno estarían dirigidas a conseguir la “protección al necesitado, educación universal y deporte, mucho deporte. Pero nada de juegos prohibidos”.
No obstante de la legítima instauración monárquica en Andorra, amparada en principios democráticos y legalmente establecida con el apoyo de las instituciones andorranas y con el prácticamente reconocimiento de la República Francesa, el señor Obispo de la Seo de Urgel, pide auxilio al Gobierno Español para que restituya el antiguo orden y su soberanía sobre el Principado. El 21 de Julio de 1934, España envía a cuatro guardias civiles al mando de un sargento con la orden de detener a Boris I en una operación militar que más bien tenía las características de un golpe de estado contra un disparate político apoyado por la ignorancia y la ambición de unos andorranos que todavía no habían salido de la Edad Media. El aventurero había reinado una semana.
Boris I fue detenido, conducido esposado a Barcelona donde al amparo de la Ley de Vagos y Maleantes se le instruyó causa por el Juez Bellón y finalmente expulsado a Portugal desde donde regresaría a Francia, siendo ingresado en 1939 en un campo de concentración francés junto con republicanos españoles, antifascistas italianos y centroeuropeos de las regiones ocupadas por el III Reich desconociéndose las causas de su confinamiento y los cargos que se le imputaban. En 1944 fue trasladado por los alemanes al campo de concentración de Rieucros donde se supone que fue asesinado.
Como la raza humana no deja de sorprender, comentando este episodio con un conocido, muy versado en genealogías y tronos lejanos, me conminó a encontrarle un sucesor, a lo que me ofrecí generosamente, pero me rechazó violentamente, pretextando que no hay enlace posible entre este Boris y yo. Debe desconocer algunas imposturas genealógicas de gran calado que se han dado y se dan en el divertido y a veces grotesco mundo nobiliarista.
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RE: “a mediocridade de um Villaverde” (José Luis de Villalonga)
José Luis de Vilallonga, Marquês de Castellvell e Grande de Espanha (Madri, 29 de Janeiro de 1920 - Andratx; Mallorca, 30 de Agosto de 2007) foi um aristocrata, escritor e actor espanhol.
Em 1951 instalou-se em Paris. Desde então efetuou numerosas viagens e publicou entrevistas com grandes estadistas e celebridades, integrando-se ao mundo cultural francês como escritor de êxito e ator de cinema. Também em Paris, foi o porta-voz da Junta Democrática de Espanha. De regresso a Madri, colaborou em numerosos periódicos. Publicou mais de vinte livros (romances e memórias), três peças de teatro e incontáveis artigos. Participou como ator em 77 películas. Também escreveu roteiros para filmes e televisão.
Dentre seus livros cabe destacar: "Solo", "Fiesta", "Fúria", "A queda", "Allegro Bárbaro", "El Rey", "O sabre do Caudilho", "Franco e o Rei" e "Inolvidáveis Mulheres". Publicou seus três volumes de "memórias não autorizadas": "La cruda y tierna verdad", "Otros mundos otras vidas" e "La flor y la nata". Em 1994 recebeu o grau de oficial da Legião de Honra por sua obra, escrita originariamente em francês.
Estimada Srª Mavasc:
Porquê não gosta deste Sr. agraciado com o titulo de Grande de Espanha ?
Como fonte, que esteve tanto no Estoril, como na corte de Espanha, tanto de Franco como do actual Rei, que lhe sugere ser fonte que deixa muito a desejar?
fertelde
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RE: “a mediocridade de um Villaverde” (José Luis de Villalonga)
Ex.mo Senhor
José Luis de Vilallonga, Marquês de Castellvell (GE) que conheci muito bem pessoalmente, era um verdadeirp "playboy" que disfrutou da vida como pouca gente, e era uma pessoa do beautiful people internacional...
Mas permita-me alguma correçõea ao seu texto :
"Porquê não gosta deste Sr. agraciado com o titulo de Grande de Espanha ?" - José Luis Villalonga nunca foi agraciado com a Grandeza de Espanha(GE). Esta era inerente ao titulo de Marquês de Castellvell , desde 1924, e foi concedido à 7ª Marquesa de Castellvell doña Maria de lass Dolores de Cácer y Amat, Marquesa de Castellmeyá, Baronesa de Maldá y Baronesa de Maldanell. José Luis Villalonga herdou o Marquesado de Castelvell e a respectiva e inerente GE, em 1979.
"Como fonte, que esteve tanto no Estoril, como na corte de Espanha, tanto de Franco como do actual Rei..." - Não existe corte em Espanha. Nem os actuais reis de Espanha têm corte, nem tão pouco Franco a teve....
Com os melhores cumprimentos
LBMS
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RE: “a mediocridade de um Villaverde” (José Luis de Villalonga)
Estimado Sr. LBMS:
Já agora agradeço que me indique se o Sr. José Luis de Vilallonga esteve em Vila Giralda, Palacio da Zarzuela e no Prado.
Também agradeçido pela indicação que foi Grande de Espanha por herança e não por Graça
Melhores cumprimentos,
Fertelde
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RE: José Luis de Villalonga
Ex.mo Senhor,
Como deve calcular não conhecia a agenda pessoal de José Luis de Villalonga, que nasceu em 1920, pelo que sendo vivo já teria 90 anos, idade para ser quase meu avô ... Mas o que poso adiantar-lhe é que Sua Majestade tinha grande estima e apreço por ele, apesar de ser uma pessoa controversa. A prova disso é a publicação do livro O REI, saido em 1993, de José Luis de Villalonga, e que é uma entrevista e uma conversa intima entre o Rei D. Juan Carlos e José Luis de Villalonga, onde são abordados todo o tipo de temas e inquietações, que atormentavam duas gerações diferentes, com preocupações civicas e humanas muito grandes.
Pela proximidade que existiu entre ambos e por José Luis de Villalonga ser GE é naturalissimo que tenha estado em Vila Giralda, no Palácio da Zarzuela ou no Palácio do Prado. Eu, que não sou espanhol, estive por várias vezes com Suas Majestades na Zarzuela e no Prado, assim como outras tantas em Villa Giralda , com SSAARR os Condes de Barcelona.
Com os melhores cumprimentos
LBMS
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R: José Luis de Villalonga
Exmº Sr.:
Agradecido mais uma vez pela gentileza da sua resposta.
As minhas dúvidas ficam bastante esclarecidas sobre a proximidade entre a Casa Real de Espanha e o Sr. de Villalonga.
Deste modo, creio que a entrevista entre o Monarca de Espanha e o Sr. de Villalonga, que deu origem ao livro "O REI", terá credibilidade suficiente para aceitar como válido o que alí aparece escrito. Estou certo de que, sem a aprovação da Casa Real de Espanha, a entrevista e posteriormente o livro referido, nunca poderiam ter visto a luz.-
Assim, pareceu_me que a qualificação de mediocre ao Sr. de Villalonga, que apareceu no presente tópico do forum, excedeu em muinto a prudencia de quem o qualificou como tal._
Com a reiteração dos meus melhores cumprimentos,
Fertelde
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RE: “a mediocridade de um Villaverde” (José Luis de Villalonga)
Estimado confrade Fertelde
Eu nem gosto nem deixo de gostar de José Luís de Villalonga! Apenas não o considero fonte fiável numa hipotética biografia de Franco já que li, escritas por ele, hipóteses cronologicamente, para não dizer outra coisa, impensáveis. E nem sequer o qualifico como medíocre, pelo contrário, era um homem multifacetado e devia ser interesante, aliás, fisicamente, era-o.
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: R: José Luis de Villalonga
Caro confrade Fertelde,
Totalmente de acordo. Seria impensável , para não dizer impossivel que sem a aprovação da Casa Real de Espanha, a entrevista e posteriormente o livro "O REI", nunca poderiam ter visto a luz do dia. O livro tem toda a credibilidade para se aceitar como válido, o que alí aparece escrito.
Com os melhores cumprimentos
LBMS
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RE: “a mediocridade de um Villaverde” (José Luis de Villalonga)
Estimada Srª Mª Benedita:
O Sr. de Villalonga foi pessoa que frequentou as esferas do poder na época de Franco, assim, o que ele escreva deverá estar perto da realidade que ele viveu. Outra questão será aceitar os pontos de vista que ele, como qualquer outro escritor, verta nos seus escritos. Quando ele aponta a mediocridade do Marques de Villaverde, não faz mais do que transmitir o sentir da maioria das pessoas que analizam aquela época. Ao Marques se deve as primeiras tentativas de transplante cardiaco em Espanha, coisa que agora se sabe ter sido uma aventura para a qual o Sr. Villaverde não estaria tecnicamente preparado... Só o fez por ser quem era na familia de Franco. Outro teria sido acusado de intrusismo com resultado de morte.-
A cronologia do regime franquista é muito fácil de seguir pois, Franco, ao contrario de Salazar, gostava de aparecer em público, estava casado e a sua espôsa aparecia constantemente em actos sociais. Como em Espanha não houve revolução, mas transição, falar e escrever sobre Franco continuou a ser algo fluido, com apoiantes e detratores livremente expondo os seus pontos de vista e as memórias dos que com os Franco conviveram são algo banal em Espanha, algo impensável no após 25 de Abril...
Quanto ao fisico do Sr. de Villalonga, isso deixo- lhe a sí qualificar- lo-
Melhores cumprimentos,
Fertelde
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