Abel Simões - Ciclista
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Abel Simões - Ciclista
Prezados,
Busco referências de meus antepassados em Portugal, porém possuo poucas informações.
Segundo meu pai, ele possui um tio-avô que era ciclista (ABEL SIMÕES). Inclusive ele tem uma foto datada de 1907 em Coimbra. Foto esta enviada ao seu irmão MANOEL SIMÕES no Brasil.
Caso alguém saiba de alguma informação sobre ABEL SIMÕES que se encaixe, favor me avisar.
Obrigado desde já.
Cumprimentos.
Marcelo Simões
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RE: Abel Simões - Ciclista
Caro Abel Simões;
Saudações Genealógicas;
Teria todo o gosto em o ajudar, porém será que tentar saber mais elementos.
O n/ Portugal é bem grande, e ainda maior é esse Brasil.
Como deve compreender o "Caminho faz-se caminhando", e assim o Caro Patrício terá de pôr as "Pernas a caminho" para
que esse [ CAMINHO ] se faça.!!
Ficamos à espera de notícias
cumprimentos
Ana Simões
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RE: Abel Simões - Corredor
Sabe em que clube correu?
Se esteve ao serviço duma equipa dalguma nomeada, talvez a Federação Portuguesa de Cicismo possa adiantar algo no que toca à sua naturalidade, filiação, idade, etc.:
http://www.uvp-fpc.pt/pagina.php?id_pagina_new=746
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RE: Abel Simões - Corredor
Já consultei na Federação, mas não consta nada.
Solicitei informações por e-mail também, mas até agora não obtive resposta.
Vou solicitar às associações também.
Obrigado.
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RE: Na Rota da Roda
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Foi há mais de 120 anos que surgiu a primeira bicicleta prática, leve, perfeita e de manejo fácil. Depois
da invenção dos rolamentos sobre esferas, de aros de madeira, das câmaras de ar e da corrente dentada
Simpson, estava-se em condições de produzir uma máquina com apenas 10 quilos e capaz de grande
velocidade, isto é, multiplicar quatro vezes mais a velocidade do homem, quando o primeiro automóvel fazia
15 quilómetros por hora.
Com semelhante invento, para os países pobres como o nosso, o ciclismo representava uma solução económica, viável e prática para o transporte individual. Contudo uma bicicleta custava 15 mil réis em 1897,
o que devia ser uma importância avultada para a época.
Em 1904, anunciava-se na imprensa de Lisboa a venda de bicicletas a 80 mil réis podendo estas serem
adquiridas pela modalidade de prestações semanais de mil réis, isto é, dez tostões. Assim visto à distância,tal
montante prece irrisório. Mas a verdade é que, na altura, um bom operário. qualificado e sobressaindo da
média, estava cotado na ordem dos 400 a 5oo réis diários [ quatro ou cinco tostões ], necessitando de cinco
meses de trabalho para possuir uma bicicleta.
Como seria tratando-se de um trabalhador rural?. Recordo-me da minha mãe contar que, na monda, ganhava
meio tostão por dia.
Como se vê, uma bicicleta não estava ao alcance de uma bolsa média. Os direitos alfandegários que incidiam
sobre os velocípedes eram uma das causas que elevavam fortemente o custo do veículo de duas rodas.
Para além de todas as despesas que normalmente recaíam sobre qualquer produto importado, estavam os
excessivos 27% de imposto que a alfandega cobrava. Isto sem que houvesse uma politica de protecção a
exercer, pois não existiam fábricas nem produção nacional a proteger. Mesmo quando apareceu a única
fábrica que nesses começos do ciclismo fabricou bicicletas, como utilizou componentes estrangeiros, pouco
contribuiu para o desenvolvimento da velocipedia.
As ajudas e o progresso resultaram de outros esforços e nunca de quem ele deve vir, como já é tradicional.
Como desporto,o ciclismo desenvolveu-se no nosso País nos finais do século XIX, mais por via dos franceses
que aqui entraram e promoveram a sua introdução, quando desde 1870 já tinha um grande desenvolvimento
em Inglaterra.
A União Velocípédica Portuguesa nasceu no dia 14 de Dezembro de 1899 e até então os Portugueses que
entravam em competições internacionais, como aconteceu com José Bento Pessoa que, em 1897, quando
Portugal ainda competia como uma província Espanhola, por não ter uma Federação que o representasse em
provas internacionais, ganhou uma prova e bateu o recorde mundial dos 500 metros em velocidade, que estava
em poder do Francês Jaquelin, e depois, em Genebra, venceu o célebre Champion que o havia desafiado.
Também D. Sebastião Herédia conseguiu a proeza de,em 23 corridas que fez em Paris, ganhou 20 primeiros
lugares, colocando a União Velocípédica Espanhola, onde estava inscrito por falta de uma congénere Portuguesa e por determinação superior da União Internacional, em destacado plano na prática do ciclismo de
competição.
Houve ainda José Diogo de Orey, Manuel Ferreira, António Gonçalves Marques, entre outros que ganharam várias provas no estrangeiro.
Raul de Oliveira, pode ser apontado como o criador da versão Portuguesa do " Tour ". Utilizando capital seu,
organizou em 1923 aquela que seria um simulacro da Volta que foi a Primeira Volta a Lisboa. A Primeira volta
a Portugal teve inicio em 26 de Abril de 1927 e nela tomaram parte 42 concorrentes- 24 de categoria dos " fortes ", 12 na dos " fracos " e 6 na de " militares ". Terminou no dia 15 de Maio, com apenas 27 concorrentes e com a vitória de António Augusto de Carvalho,em representação do Carcavelos, a cujo clube pertencia o
vencedor da categoria dos " fracos ", António Marques.
Quando a prova entrou no Alentejo, o caminho teve que ser assinalado com bandeirolas, pois só assim se
podia evitar que os corredores pedalassem pelos caminhos da charneca, entrassem pelos montes e corressem
por trilhos privados, por estes serem tão idênticos às estradas que então tínhamos nesta província.
Artigo escrito por; Mariano Sabino dos Santos-Ponte Sôr, para o Jornal Horizonte de 01/01/2012
HRC
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RE: Abel Simões - Ciclista
Não me parece que ajude muito, mas falam de um Abel Simões, de Coimbra, neste jornal:
https://bdigital.sib.uc.pt/republica1/UCSIB-GHC-154/UCSIB-GHC-154-1905-t3/UCSIB-GHC-154-1905-t3_item2/
No ficheiro 1015-1025, página 30, sob o título "Corridas Velocipedicas" e depois na página 37 ("Corridas") e no ficheiro 1026-1036, pág. 3.
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RE: Abel Simões - Ciclista
Bom dia, estou imensamente agradecido pelas informações, pois a probabilidade de ser o mesmo Abel Simões que procuro são grandes.
Meu bisavô comentava muito com meu pai que tinha um irmão Abel Simões que era ciclista e falava muito de Coimbra, mas meu pai não tem certeza se é natural de coimbra.
Temos uma fotografia enviada por ele onde está com uma bicicleta de corrida e atrás está escrito "Coimbra - 1904".
Coimbra - jornal de 1905 - Abel Simões - Ciclismo.
São muitas semelhanças, por isso acredito ser realmente quem procuro informações.
Não sei como continuar minha pesquisa, mas certamente possuo mais elementos agora.
Grato.
Abraços,
Marcelo Simões.
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RE: Na Rota da Roda
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Caro Marcelo Simões;
... Indirectamente o ex- correspondente em Ponte de Sôr "Além- Tejo " do Jornal HORIZONTE,
na sua última mensagem [ segundo aquele jornal:-" o nosso mais antigo e regular colaborador Mariano
Sabino Santos, faleceu no dia 13 de Dezembro 2011, com 90 anos de idade ".]....além de contribuir para
dar a conhecer o aparecimento do Ciclismo em Portugal, ajudou a estabelecer as conexões da partilha
da informação.
Que o Marcelo obtenha o que tanto anseia.
Boa sorte
Cumprimentos
HRC
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RE: Abel Simões - Ciclista
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Caro Abel Simões;
Para vc. poder obter alguma resposta da Federação P, Ciclismo, sugiro
que escreva uma carta registada com aviso de recepção, onde colocará
as suas perguntas etc.
Decorridos 10 dias sobre o envio da carta, deve fazer uma chamada telefónica,
para se inteirar a que Secção da Federação foi encaminhado o seu pedido. Deve
tentar acompanhar o assunto " ao milímetro ", tem que seguir o rasto da sua
carta, tem que usar de alguma imaginação ! ....[ Querer, Poder e Saber....]
http://ciclomaluco.blogspot.pt/2012/11/jose-bento-pessoa.html
http://www.idesporto.pt/ficheiros/file/Req_FPCiclismo.pdf#page=1
Cumprimentos
HRC
http://www.idesporto.pt/ficheiros/file/Req_FPCiclismo.pdf#page=1
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RE: Na Rota da Roda
Caro HRC1947
Por caso dispõe de alguma informação que comprove que Sebastião Herédia tenha sido pensado para integrar a Seleção Francesa nos Jigos Olímpicos de 1896? Ou seria a Espanhola?
Pode adiantar-me a fonte da informação que consta do seu post sobre o Sebastião Herédia? Estou a desenvolver uma pesquisa sobre a participação olímpica da família Herédia, e essa informação ser-me-ia muito útil.
Obrigado
Francisco Fernandes
fjfernandes52@gmail.com
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RE: Na Rota da Roda
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Caro Francisco;
Sobre a sua pergunta;--Sebastião Herédia integrou a Selecção Espanhola, [ Portugal na altura ainda não
tinha Federação], e por conseguinte foi a forma encontrada para os ciclistas Portugueses poderem entrar
na competição....
.... " A União Velocípédica Portuguesa nasceu no dia 14 de Dezembro de 1899 e até então os Portugueses que
entravam em competições internacionais, como aconteceu com José Bento Pessoa que, em 1897, quando
Portugal ainda competia como uma província Espanhola, por não ter uma Federação que o representasse em
provas internacionais, ganhou uma prova e bateu o recorde mundial dos 500 metros em velocidade, que estava
em poder do Francês Jaquelin, e depois, em Genebra, venceu o célebre Champion que o havia desafiado.
Também D. Sebastião Herédia conseguiu a proeza de,em 23 corridas que fez em Paris, ganhou 20 primeiros
lugares, colocando a União Velocípédica Espanhola, onde estava inscrito por falta de uma congénere Portuguesa e por determinação superior da União Internacional, em destacado plano na prática do ciclismo de
competição."
A minha fonte de informação foi obtida de um artigo escrito no Jornal Horizonte, Vila de Avelar- Distrito de
Leiria, por um correspondente de Ponte de Sôr- Alentejo, falecido há cerca de dois anos, com 90 anos, e que
teria deixado " pendente " para ser publicado em último lugar, [ pois é uma história verdadeira, escrita por
quem viveu aqueles tempos, ...estava sempre actualizada para ser publicada em qualquer altura....]
Sempre ao dispor.
Os m/ cumprimentos
HRC
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RE: Na Rota da Roda
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http://www.abola.pt/img/fotos/centenario/dcar20.jpg
A mais de 70 km/hora num... «carro do Diabo»!
A bicicleta que o ginasta fabricou com um... cano de espingarda e a aventura que foi ir com ela de Lisboa a Sintra. O rico industrial do Linhó que cruzou festa religiosa e por pouco não foi linchado. E a história de José Bento Pessoa, o primeiro recordista mundial e o primeiro profissional do desporto português – que ficou nome de estádio porque Salazar achou que merecia mais do que ele...
Foi uma tosca máquina de madeira de duas rodas, semelhante à funâmbula que se usava no Circo Price da Calçada do Salitre o primeiro vestígio de ciclismo em Portugal. Fê-la Artur Seabra, um dos fundadores do Ginásio Clube Português – algures pela segunda metade do século XIX. Depois, ao saber que por França se construíra velocípede de aço, Seabra, que para além de ginasta era conhecido pelas suas engenhocas, usou um cano de espingarda para construir outro «byciclo» – e com ele se exercitava na cerca do Hospital de Rilhafoles, palácio que se transformara em hospício de doidos, quem passava, contava-se, achava que era um louco também em estranhas acrobacias. A última vez que esse «byciclo» de Artur Seabra andou foi numa excursão a Sintra para que desafiou João Possolo. Possolo também era aluno de Luís Monteiro no Real Ginásio Clube Português – e em 1893 ganhou medalha de ouro num torneio internacional em Badajoz, foi o primeiro triunfo no estrangeiro de um desportista nacional. Quatro anos passados, tornou-se o primeiro ginasta amador no mundo a dar em triplos salto mortal da primeira para a terceira barra e em 1901, quando no GCP já havia ginástica «salutar e pedagógica para mulheres» e se fazia, «gratuita e generosamente ginástica educativa e correctiva nos asilos pobres da Assistência Social», ele, Walter Awata e Levy Jenochio deslumbravam plateias com espectáculo de «voos castiços de olhos vendados e séries sem pousar», rezavam crónicas desse tempo.
E a aventura em que Artur Seabra pôs João Possolo contou-a assim Gil Moreira em A História do Ciclismo Português: «Quando chegaram ao alto da Avenida deu-se o primeiro percalço. O aparelho já estava velhote e, além disso, funcionava em condições precárias. Formado de arranjos e peças adaptadas partiu-se-lhe um pedal. Possolo era, porém, brioso e dotado de uma tenacidade pouco vulgar. Tinha-se combinado o passeio e este havia de fazer-se. Pedal a mais, pedal a menos, que importava? Prosseguiu a marcha pedalando só com um pé! Já próximo de Sintra, numa das ladeiras, ocorreu outro incidente e esse podia ter provocado consequências graves. Felizmente, assumiu apenas, apesar de algumas contusões e arranhaduras para Possolo, um aspecto picaresco. Precisamente numa rampa, quando a descia vertiginosamente, fugiu o outro pedal! Possolo fez prodígios de equilíbrio, mas surgiu uma cova inoportuna e traiçoeira. A máquina fez um pino e foi arremessado a grande distância. Os calções que vestia ficaram esfarrapados, «alguma coisa indiscretos» - empregando a metáfora do narrador – e o pouco afortunado ciclista entrou em Sintra, na casa de Frederico Macieira, com um casaco a servir de saiote!»
De repente, começaram a chegar bicicletas do estrangeiro – para os endinheirados. Contestação ou remoque encontraram contudo nas primeiras vezes em que se atreveram à estrada. Por exemplo, Guerra Junqueiro escreveu que «a bicicleta era o único veículo em que a besta puxava sentada» - e em 1896 a polícia de Lisboa entrava na roda da chacota quando via transeuntes a insultar quem se atrevia a pedalar pelas ruas. O Diário de Notícias lançou petição contra as bicicletas, achando que se «tornava caca vez mais perigoso o trânsito na cidade devido à velocidade dos pedalantes» - e um industrial têxtil do Linhó, nos arredores de Sintra, foi selvaticamente agredido por ter cruzado a localidade de byciclo durante uma festa religiosa, porque os fiéis julgaram que... «ia montado num carro do Diabo». Contudo, cinco anos depois, em 1903, o Patriarcado decidiu comprar bicicletas aos padres que as quisessem para melhor se deslocarem nas suas missões!
Bicicleta por 170 dias de trabalho
Bem antes disso, a primeira competição de ciclismo em Portugal, a 17 de Maio de 1885. No hipódromo de Belém, organizada pelo Real Club Ginásio Português – «a favor das Escolas Móveis pelo método João de Deus», poucos meses antes o Paris-Ruão tornara-se a primeira prova oficial de estrada no Mundo. Três especialidades houve e os vencedores foram Domingos Bastos, Jorge Norton e Carlos Bernes. Alguns meses depois surgiram por Portugal as primeiras com «borrachas maciças», pesavam 16 quilos – e foi com elas que em 1886 Herbert Dagge, Raimundo Geovery e Domingos Bastos fizeram Lisboa-Porto, descontadas as paragens, em 32 horas e 25 minutos, à média de 11 km/h. As corridas nunca mais pararam, espalharam-se por Portugal inteiro – e começaram a ter dinheiro até. Em 1888, na prova Benfica-Belas-Benfica o vencedor, Gastão de Almeida, ganhou 200 mil réis de prémio. Uma bicicleta custava então 150 mil réis, o que representava 170 dias de trabalho de um operário especializado.
A sorte do tornozelo partido
No Porto já se fizera o Real Velo Clube do Porto, que até acolhera como sócio o infante D. Afonso – e D. Carlos lhe concedera-lhe a quinta do seu palácio da Rua do Triunfo para a construção de um velódromo. Em Algés, montou-se o Velódromo D. Carlos – pista de 500 metros em macadame, inaugurada a 21 de Junho de 1896. Porque a Corte se encontrava de luto devido à morte do duque de Nemour, o rei e a rainha estiveram ausentes – e nas provas destacaram-se José Diogo d´Orey (filho de um alemão que se refugiara em Lisboa na sequência da guerra de Weimar) e José Bento Pessoa.
Ciclista por acaso, antes Bento Pessoa praticara natação, atletismo e remo – e jogara futebol como guarda-redes. Partiu um tornozelo, numa queda que “lhe poderia ter sido fatal”, como se pode ler na biografia de Romeu Correia, complicada estava a recuperação – e um médico aconselhou-lhe, então, exercícios de bicicleta. Filho de um comerciante de calçado – achou que comprar uma era «extravagância em demasia», pediu emprestada a um amigo, depois alugou outra. Com 17 anos, em 1891, viu uma corrida – e sonhou imitar José Diogo d´Orey... Tornou-se, assim, primeiro português a bater um record do mundo, o primeiro português a ganhar dinheiro com o desporto.
Em 1896 deixou a Figueira da Foz, foi viver para Lisboa – e deixou de correr com bicicleta Brennador, passou a correr com uma Raleigh, representando a Casa M.A. Esteves (Sucessores), que para isso lhe pagava 40 mil réis por mês. E num «Grande Prémio Internacional» disputado no Velódromo D. Carlos – ganhou prémio de 100 mil réis. E gastara das Caldas da Rainha a Lisboa, 5.12 horas - o feito foi reportado de «estupendo», rezam as crónicas que ganhou uma medalha de ouro «que valia mais de 20 mil réis» (!) e outro tanto «recebeu em dinheiro».
O recorde do mundo a... 70 à hora!
A 27 de Maio de 1897, no velódromo de Chamartin, em Madrid – correu 500 metros na sua nova Raleigh de nove quilos e meio em 33 segundos e 1/5, estilhaçando o recorde mundial do francês Jacquelin. A notícia chegou à Figueira da Foz em telégrafo e, conta-se, «a fachada do Ginásio foi iluminada e uma fanfarra, composta de músicos das duas filarmónicas locais, veio para a rua em marcha aux flambeaux para felicitar a mãe de José Bento». Oito meses andou por Espanha, 68 corridas ganhou em 68 que fez. E foi também nesse ano que venceu o primeiro Campeonato Nacional de Espanha, nos 100 quilómetros de Ávila – e Romeu Correia contou também: «Vinha catalogado como um bom sprinter e a sua inclusão na prova de fundo não deixou de fazer sorrir alguns ciclistas e dirigentes. E maior surpresa suscitou ainda quando viram o ciclista da Figueira a utilizar uma bicicleta de pista… Soube-se mais tarde (este episódio foi evocado pelo próprio José Bento) que um dirigente espanhol se condoera por isso, dizendo-lhe: Oh, homem, mas se você me tivesse dito eu arranjava-lhe uma boa bicicleta para esta prova!...»
Várias vitórias retumbantes assinou na Alemanha, na França e em Itália – mas nenhuma como a que levou do velódromo de Jonction diante do famoso suíço Champion. O «tempo fantástico» de Chamartin levantara, sobretudo entre os suíços dúvidas e piadolas, que marca assim só mesmo com os cronómetros que a tiraram: os rosskopf, desacreditados por serem fabricados em Espanha. Houve então quem desafiasse Bento Pessoa para tira-teimas, duelo em Genebra – com Champion, porque a Suíça ganhara já fama na indústria dos relógios e ele era o seu maior ídolo, considerado o maior ciclista mundial.
No contra-relógio, Bento Pessoa repetiu a marca de Madrid e logo de seguida bateu Champion no confronto em linha, recebendo de prémio 270 mil réis – o equivalente a 540 dias de salário de um operário graduado. E nesse dia toda a gente ficou com a certeza – de que era mesmo português o ciclista mais rápido do mundo. Calcularam-lhe ponta-final a 70 km/h, nos primeiros alvarás que o governo civil haveria de emitir para licenças de condução automóvel havia um ponto que dizia que era proibida velocidade superior a 30 km/h fora dos povoados – e a 10 km/h dentro deles.
Salazar sem nome no estádio
Bento Pessoa retirou-se de competição em 1901, depois de uma digressão pelo Brasil – que lhe rendeu 16 contos fortes. Com isso comprou um forno de cal – montou o Cal-Hidráulico do Mondego, Lda. e uma quinta. Foi o seu negócio até ao fim da vida, em 1954. A Câmara da Figueira da Foz estava a construir parque de jogos – decidiu que se chamaria Estádio Municipal Oliveira Salazar. Dias antes da sua inauguração, o presidente da autarquia recebeu um ofício do gabinete da Presidência do Conselho, dizendo: «Sua Exª sem deixar de se sentir sensibilizado com a ideia, propõe que seja dado o nome de desportista famoso da Figueira da Foz, como por exemplo o de José Bento Pessoa» - e foi exactamente isso que aconteceu.
http://www.abola.pt/img/fotos/centenario/CICLI01.JPG
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http://www.google.pt/#output=search&sclient=psy-ab&q=Sebasti%C3%A3o+Her%C3%A9dia-ciclista+anos+1930&oq=Sebasti%C3%A3o+Her%C3%A9dia-ciclista+anos+1930&gs_l=hp.12...3632.21546.0.24110.20.20.0.0.0.0.196.2450.0j20.20.0....0...1c.1j2.21.psy-ab.LmPbLDB94NY&pbx=1&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.49478099,d.ZWU&fp=bbae423a4e4b51f1&biw=848&bih=565
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HRC
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RE: Na Rota da Roda
Caro HRC
Obrigado pelas suas notas. A ser assim, estando Herédia na UVE, não faz sentido aquilo que alguma literatura refere como tendo sido convidado pela França para intergrar a representação Francesos nos 1,ºs J.O. da Era Moderna, em 1896. Quando muito, o episódio poder-se-ia referir a um eventual convite de Espanha, mas este país não participou nesses jogos e, na edição seguinte, em 1900, já tinha nascido a UVP.
Vou tentar obter o jornal a que se refere!
Cumprimentos
Francisco Fernandes
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RE: Na Rota da Roda
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Caro Francisco;
"Também D. Sebastião Herédia conseguiu a proeza de,em 23 corridas que fez em Paris, ganhou 20 primeiros
lugares, colocando a União Velocípédica Espanhola, onde estava inscrito por falta de uma congénere Portuguesa e por determinação superior da União Internacional, em destacado plano na prática do ciclismo de
competição."......
Este caso relatado do D. Sebastião Heredia, nada nos indica que teria sido em 1896..... Poderia ter sido uns anos antes!....
Repare, o correspondente do Jornal Horizonte faz uma análise detalhada dos acontecimentos, quanto a mim
com classe!....[ o que infelizmente já não se vê....], mas não vai ao pormenor de dizer o ano.......
Da literatura que tenho consultado sobre o assunto, devo dizer que todos os autores dizem a mesma coisa, portanto a reportagem do nosso Mariano Sabino dos Santos-Ponte Sôr, para o Jornal Horizonte de 01/01/2012, está correcta, sem qualquer falha.
Entretanto a titulo informativo, creio que o Sebastião Heredia, seria descendente Francisco Correia de Herédia, Visconde da Ribeira Brava......http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=6030
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Também me quer parecer que o Sebastião Heredia, além de ser ciclista, praticou esgrima, engº de formação.
Quanto a entrar em contacto com o Jornal Horizonte......http://www.mediaonline.net/link.asp?idioma=en&target=/jornalhorizonte
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O artigo inserido naquele jornal sobre o " ciclismo ", vc. tem a sua reprodução ao milimetro neste tópico.
Sendo o que se me oferece, aproveito a oportunidade para endereçar os m/ melhores cumprimentos.
HRC
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RE: Na Rota da Roda
Obrigado.
Sim, o Sebastião (Sancho Gil) Herédia a que me refiro é filho do Visconde da Ribeira Brava. Acontece que o filho deste também se chama Sebastião (Freitas Branco) Herédia, foram ambos desportistas de eleição, e ambos participaram nos Jogos Olímpicos de 1928. Por terem oficialmente o mesmo nome, Sebastião Herédia, isso tem dado origem a grandes confusões na literatura.
Já tenho o artigo do 'Horizonte', o qual me será muito útil.
Grato pela colaboração, apresento os meus cumprimentos
Francisco Fernandes
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RE: Na Rota da Roda
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OK.
Agradeço também a clarificação que fez o favor
de dar.
Os m/ cumprimentos
HRC
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RE: Abel Simões - Ciclista
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http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=332609&fview=e
HRC
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RE: Na Rota da Roda ... ALENTEJO
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A Primeira volta a Portugal em bicicleta....
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"Quando a prova entrou no Alentejo, o caminho teve que ser assinalado com bandeirolas, pois só assim se
podia evitar que os corredores pedalassem pelos caminhos da charneca, entrassem pelos montes e corressem
por trilhos privados, por estes serem tão idênticos às estradas que então tínhamos nesta província."
... De 1927 à actualidade........
https://www.youtube.com/watch_popup?feature=player_embedded&v=9IyNsusb7Zo
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HRC
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RE: Abel Simões - Ciclista
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RE: Localizar antepassado em Coimbra 27-06-2013, 23:42
Autor: Marcelo Simões [responder para o fórum]
Oi, busco informações de meus antepassados em Portugal, mas sei muito pouco.
Um irmão de meu bisavô chamava-se Abel Simões. Meu bisavô Manoel Simões conta que o Abel Simões era ciclista no início do século passado e que eram de Coimbra. Não sei ao certo se nascidos em Coimbra ou não.
Temos uma fotografia com o Abel Simões junto a uma bicicleta de corrida e no verso consta "Coimbra - 1907".
Hoje recebi imagens do jornal Resistência - Coimbra, datados de 1905 onde consta em matérias de corridas de bicicleta o nome Abel Simões. Imagino ser ele, pois são algumas coincidências (Abel Simões - Coimbra - Ciclismo - datas).
Tentei sem sucesso localizar referências ao Ciclo Clube de Coimbra, pois imagino que ele deveria ser associado. Acredito que existam registros dos associados, mas onde estarão? Se minha pesquisa está correta esta associação foi encerrada quando da criação da Federação.
Enviei e-mail a Federação Portuguesa de Ciclismo hoje. Em 2012 enviei também, mas não obtive resposta.
Abel Simões e Manoel Simões são filhos de Joaquim Simões. Este quando veio para o Brasil (sozinho) trabalhava como relojoeiro. Meu pai ouvia falar nos relógios Ômega, mas não sabe se trabalhou com estes relógios aqui no Brasil ou em Portugal.
Manoel Simões era cerâmico aqui no Brasil. Imagino que também era antes de vir para cá. Casado com Maria José Fernandes Simões.
Estas informações de nomes e grafias me foram informadas por meu pai, mas não possuo ainda nenhum documentos comprobatório. Em 10 dias estarei com cópia de certidão de nascimento de meu avô, filho de Manoel Simões e neto de Joaquim Simões e espero conseguir comprovar ao menos os nomes.
Se alguém puder me ajudar nesta busca sem muitos elementos agradeço imensamente.
Grato.
Marcelo Simões
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RE: Abel Simões - Ciclista
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Desejo um Feliz Natal para os participantes deste tópico,
extensivo aos restantes Confrades.
Abraço Fraterno.
Rfmc
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Volta a França Bicicleta 2016
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https://prologo.ativo.com/especiais/tour-de-france-conheca-o-percurso-de-2016/
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José Bento Pessoa- Ciclista
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http://www.cinemateca.pt/Cinemateca-Digital/Ficha.aspx?obraid=2311&type=Video
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