Pedido de ajuda - Poderá ser este tipo de assento um assento de casamento?
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Pedido de ajuda - Poderá ser este tipo de assento um assento de casamento?
Caros confrades,
Será correto considerar-se que existem «assentos de denunciação/denunciações»?
Pela primeira vez surgem-me, na freguesia de Nespereira, Lousada, uns assentos que suponho não poderem, julgo eu, serem considerados de casamento; e que me parecem apenas de denunciações.
Todos começam das seguinte forma, por exemplo: «Aos seis, treze e vinte de Fevereiro, de mil oitocentos e três, fiz as denunciações matrimoniais de (...)».
Como não encontro o respetivo assento de casamento, mas encontro este tipo, poderei inferir que os nubentes terão casado a 23 de Fevereiro, data que consta no final do dito assento?
Ver em: http://pesquisa.adporto.pt/cravfrontoffice/WebSearch/ODDisplay.aspx?move=next&DigitalObjectID=17731&FileID=_641168 (1.º assento do fólio esquerdo).
Agradeço antecipadamente algum esclarecimento.
Cumprimentos, PP.
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RE: Pedido de ajuda - Poderá ser este tipo de assento um assento de casamento?
CAroPP
Eu diria que se trata de registos dos "banhos" ou "proclamas" que são obrigatórios antes do casamento para averiguar se há impedimentos
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: Pedido de ajuda - Poderá ser este tipo de assento um assento de casamento?
Caro PP
O assento do casamento deve estar na outra fregª
Cumprimentos
José Antº Reis
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RE: Pedido de ajuda - Poderá ser este tipo de assento um assento de casamento?
Caro confrade,
Como já lhe disseram trata-se um registo de proclamas ou banhos que tinham de ser lidas em três Domingos sucessivos nas freguesias do nascimento e da residência dos nubentes. Cumprida esta formalidade o pároco efectuava o registo e enviava certidão (ou entregava ao nubente) que teria de ficar integrada no processo matrimonial da freguesia em que se efectuava o casamento ou, se fosse em bispado diferente, na Câmara Eclesiástica de onde era depois enviada uma provisão à freguesia em que se efectuava o casamento.
Infelizmente para nós, a enorme maioria dos párocos não registava as proclamas no livro dos assentos de casamento e assim esses registos não foram integrados no Registo Civil em 1911; também na enorme maioria dos casos perderam-se porque os párocos não viram interesse em mantê-los ou necessitavam de espaço ou iam proceder a obras na sacristia, etc., etc., e o mesmo aconteceu aos processos matrimoniais nas paróquias (os das Câmaras Eclesiásticas conservam-se pelo menos na grande maioria).
No seu caso, a data de 23 foi a data em que foi feito o registo e quase certamente a mesma em que foi expedida ou entregue à nubente a certidão. O casamento dificilmente ocorreria na mesma data mas seria pouco depois. Se desconhece o local de nascimento dos filhos - que será a melhor probabilidade para localizar a freguesia em que se efectuou o casamento - deve procurar nas freguesias de nascimento dos nubentes que constam do registo. E deve também agradecer a sorte que teve e que é rara.
A. Luciano
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