Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

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Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

#295569 | josemariaferreira | 24 ene 2012 19:26

Caro confrades


Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

O Padre Paulo de Portalegre, o que foi confessor do Infante D. Fernando e depois deste morrer foi confessor do Duque de Bragança D. Fernando, seu genro.

O Padre Paulo de Portalegre, o que fez peregrinação à Terra Santa e escreveu o "Itinerário que se faz a Terra Santa" que entretanto desapareceu!!!


Antecipadamente agradeço


Zé Maria

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RE: Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

#295657 | josemariaferreira | 25 ene 2012 15:47 | In reply to: #295569

Renovo o meu pedido.

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RE: Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

#295664 | nfctf | 25 ene 2012 17:25 | In reply to: #295657

Boa tarde

Não sei se conhece este texto e se ele tem o que pretende:

http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3967.pdf

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RE: Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

#295680 | josemariaferreira | 25 ene 2012 21:02 | In reply to: #295664

Caro Nuno


Apesar que já ter lido o texto, Obrigado pelo seu empenho, apesar de já ter lido o texto sei ainda ainda muito pouco acerca desde religioso. Ele era simultaneamente amigo do Rei e de seus traidores!!!

O Padre Paulo de Portalegre era como que um intermediário que fazia a ligação entre D. Fernando Duque de Bragança, D. João II, D. Diogo, Duque de Viseu e Beja e D. Isabel, Duquesa de Bragança!!!

Era ele que levava os escritos secretos (recados) de uns para os outros!!!

Era a ele que D. Isabel pedia conselho sobre o luto que deveria de usar pela "morte" de D. Fernando, seu marido!!!


Com os meus agradecimentos

Zé Maria

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RE: Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

#295794 | josemariaferreira | 27 ene 2012 11:01 | In reply to: #295680

Caros confrades

Paulo de Portalegre descobriu o verdadeiro Ouro, transacionado entre El-Rei D. João II, Cristóvão Colombo e o seu Irmão!!!

Paulo de Portalegre descobriu também o verdadeiro Ouro transacionado entre El-Rei D. João II, D. Diogo, Duque de Viseu e o D. Fernando, Duque de Bragança!!!

Paulo de Portalegre descobriu que eram Irmãos e que o verdadeiro Ouro era uma Estrela que mesmo com o dia claro se podia ver no Céu!!! Os três Irmãos que seguiam o Sol!!!

“…na ora da sua morte passando de meio dia em tempo tão quente, e claro, muita parte dos que na praça estavam presentes, virão uma estrela mui clara no Céu, e assaz grande, e com estas cousas se consolava vossa alma..." (Paulo de Portalegre)


“aportei em Portugal, onde o rei dali entendia no descobrir Ouro, mais do que qualquer outro [mas] em catorze anos não pude fazê-lo entender o que eu dizia “ . (carta de Cristóvão Colombo aos reis Católicos da Espanha, Maio de 1505) .

Agora está a vista de todos que o Ouro, era o Sol, o mesmo Sol que consolou D. Afonso Henriques nos Campos de Ouri(que)!!!

O Sol de Panoyas!!!


Saudações fraternas

Zé Maria

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RE: Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

#295868 | Maria da Fonte | 28 ene 2012 04:30 | In reply to: #295569

Caro Senhor José Maria Ferreira

Aí está um facto da maior relevância:

O Padre Paulo de Portalegre, escreveu" O Itenerário que se faz à Terra Santa".....e MUITO CONVENIÊNTEMENTE, o livro que revela o dito itenerário desapareceu!

Parece que alguém, não queria que se descobrisse, o caminho para a SANTA TERRA!!!

Compreendo! Compreendo muitíssimo bem, porquê!

Cumprimentos

Maria da Fonte

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RE: Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

#295919 | josemariaferreira | 28 ene 2012 20:12 | In reply to: #295868

Cara Senhora Maria da Fonte

«Parece que alguém, não queria que se descobrisse, o caminho para a SANTA TERRA!!!»

O Itinerário para a Santa Terra, já a Casa de Bragança o sabia de cor e salteado. Desde o tempo de D. Afonso 1º Duque de Bragança, que os daquela Casa, se andavam a treinar para na hora H, não falharem na conquista da Terra Santa!!!

"...Quis magnificus & nobilis vir Alphonfus Comes Comitatus Barcellen. Illustrissimi Principis Domini Regis Portugalliae; consanguinei nostri charissimi filius nobis sincere dilectus singulari cordis ductus affectu Terram Sanctam."

E não falharam mesmo nada, atingiram-na na "muche"!!!

O Padre Paulo de Portalegre escreveu "O Itinerário que se faz à Terra Santa" porque de facto ele estava dentro de todos os segredos do Itinerário que fizeram os Duques de Bragança e de Viseu para atingirem a Terra Santa !!!

E mesmo na hora de ser degolado, o Duque D. Fernando pediu ao seu confessor para que sua mulher enviasse um romeiro à Terra Santa!!!

E o Padre Paulo de Portalegre sempre satisfez o pedido do Duque D. Fernando, desde o levar recados escritos ao Duque D. Diogo e até ir em peregrinação à Terra Santa!!!

E o Duque D. Diogo/Cristóvão Colombo sempre apoiou o seu Irmão, o Duque D. Fernando de Bragança, pois não só lhe queria dar todas as suas terras e bens que tinha, com andou a apregoar pelo mundo que disporia de cinquenta mil homens a pé e cinco mil cavaleiros, para a conquista da Terra Santa!!!

O Padre Paulo de Portalegre sabia demais, e no “seu Itinerário” ele ainda não dizia tudo aquilo que sabia, mas só aquilo que D. João II queria que se soubesse!!!


E o seu Itinerário também passava por Roma, ou não tivesse lá o Padre Paulo de Portalegre, o seu amigo D. Jorge da Costa, o homem que usava tal como D. Afonso V, O RODÍZIO!!!

E D. João II trazia um rodízio com esta letra: Sete e ... e noutra trazia um pelicano ferindo o peito e dizia a letra: Pola lei e pola grei
de Deus!!!

Cumprimentos

Zé Maria

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RE: Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

#295983 | josemariaferreira | 29 ene 2012 20:24 | In reply to: #295919

Caros confrades


Afinal Paulo de Portalegre ainda não morreu!!!

Do que muito que escreveu Paulo de Portalegre houve algo que ainda escapou à destruição pela Inquisição, entre muitos dos seus livros estava o Novo Memorial do Estado Apostólico, que agora renasceu graças à edição critica de Cristina Sobral.

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«Novo Memorial do Estado Apostólico»: à descoberta de Ordem dos Lóios

http://www.snpcultura.org/vol_novo_memorial_do_estado_apostolico.html

Quando estudei História de Portugal, depois da «Crise de 1385», havia Ceuta, o Infante D. Henrique e a «Ínclita Geração», os Descobrimentos, Alfarrobeira, as conquistas africanas de Afonso V, D. João II, Tordesilhas, Bartolomeu Dias, D. Manuel e a descoberta da Índia. Se de história religiosa se tratava, depois da crise das ordens religiosas, só havia Trento, os Jesuítas, a reforma das ordens monásticas e a Inquisição. Portugal era, assim, uma espécie de asteróide que só os Descobrimentos e a Inquisição ligavam ao resto do universo. O seu movimento nos céus dependia unicamente da Coroa. O rei de Portugal, no seu papel de timo­neiro ao serviço de Deus, dirigia a caravela nacional com prudência e sabedoria para desvendar à Igreja e ao mundo o segredo das rotas que conduziam aos novos continentes e assim se cumprir o desígnio da vocação universal da Cristandade.

Nesta visão panorâmica, simples e lógica, tudo era claro e cheio de sentido.

Os pormenores só interessavam na medida em que acrescentavam maior relevo e mais glorioso significado à linha firmemente direccionada do destino nacional. Era preferível estudar só isto do que perder-se nos acidentes de percurso, enumerar os desvios, revelar os ensaios falhados ou as contradições, descobrir os sonhos e veleidades, a não ser como episódicos pormenores que, ao acentuarem os contrastes, sublinhavam a coerência da trajectória. Assim, por exemplo, da produção intelectual do século XV só a literatura de Avis interessava verdadeiramente; o resto eram acidentes menores. Da história das ordens religiosas só merecia a pena proceder à sombria demonstração do descalabro a que tinham chegado as ordens monásticas sob o detestável regime dos comendatários, para depois descrever as fases da implantação da reforma através da edificante luta cuja vitória Roma havia sancionado por meio das bulas que estabeleciam as novas congregações.

Neste contexto, a História da Cultura em Portugal de António José Saraiva vinha abrir novos horizontes, mas foi preciso esperar duas décadas até alguns espíritos menos conformistas começarem a explorá-los. As Correntes do sentimento religioso em Portugal, séculos XVI a XVIII rasgavam ainda mais as nuvens que cobriam o imenso panorama da literatura e da cultura portuguesa do fim da Idade Média, mas também permaneceram como uma espécie de monumento isolado que só de vez em quando inspirava tentativas de exploração restrita, sem verdadeiramente preparar novas sínteses coerentes e completas.

Creio que este panorama resulta, em grande parte, do atraso da historiogra­fia religiosa portuguesa, afectada por século e meio de positivismo e de anti­clericalismo. Para os investigadores da história política, os Descobrimentos nada tinham que ver com a Igreja. Eram o fruto do humanismo renascentista e da coragem de um punhado de marinheiros dispostos a dissipar as trevas do obscurantismo medieval; para outro sector intelectual, variante do anterior, os Descobrimentos revelavam o progresso trazido ao mundo pelos mercadores e burgueses que, por meio do lucro, começavam a levar a melhor na sua luta contra o modo de produção feudal. Para os raros investigadores da história religiosa, só interessava o esplendor alcançado pela Contra-Reforma, e a evidência da vitalidade eclesial manifestada na missionação, que trazia ao rebanho do Povo de Deus os novos fiéis que vinham preencher o lugar dos réprobos seduzidos pela revolta luterana.

Nem uns nem outros pareciam imaginar que por detrás da gesta dos Descobrimentos havia uma complexa teia de correntes económicas, culturais, religiosas e políticas que agiam uma sobre as outras e que tinham, muitas vezes, protagonistas comuns, com trajectórias individuais e de grupo, mas inserindo-se em movimentos com uma coerência própria, alguns dos quais dotados de imensas riquezas intelectuais e espirituais. A compreensão destas correntes obriga a estudos aprofundados que, sem esquecer o contexto global e a evolução de conjunto, expliquem a sua própria coerência e permitam medir o papel que desempenharam na história portuguesa. Não se trata de responder a uma mera curiosidade, nem de satisfazer pruridos de originalidade, estudando o que ninguém até agora ex­plorou. Também não se recomenda a exploração dos vários campos implicados no contexto que invoquei a quem precisa de despachar com custos reduzidos exigências curriculares. Enfim, o objectivo não é juntar mais um artigo à enciclo­pédia. O que é preciso é detectar as linhas de fundo e definir o seu rumo, medir a sua influência, avaliar o que vem de raízes profundas e o que fica à superfície, compreender os grandes fenómenos. Para isso é preciso escolher o que merece a pena estudar, e levar o empreendimento até ao fim, mesmo que as fontes sejam escassas e o investimento erudito pesado.

Assim, o fenómeno da religiosidade portuguesa - dos leigos e do clero; diocesana e regular; institucional e espontânea; supersticiosa, devocional e litúrgica - tem uma importância estrutural para a compreensão da cultura portuguesa nos séculos XIV e XV, seja por causa da sua incidência sobre os conceitos, os valores, os modelos e as expressões literárias, seja da sua relação com a distribuição dos poderes políticos e económicos e sobre a organização da sociedade, seja das reacções que provoca em fenómenos demográficos e na distribuição espacial da população. Tudo isto tem muito que ver, como é óbvio, tanto com o problema da vida da Igreja na época da chamada crise pré-tridentina (religiosa e institucional), como com a génese dos Descobrimentos. Na minha opinião, falta ainda muito para se perceberem devidamente os fenómenos mais importantes desta época.

Deste ponto de vista, entre as questões concretas que considero prioritárias, não posso deixar de apontar a das origens e evolução da ordem dos Cónegos de São João Evangelista, vulgarmente chamados Lóios, até ao concílio de Trento. Era uma ordem religiosa tipicamente portuguesa, embora filiada depois da sua fundação na ordem italiana dos Cónegos de S. Jorge de Alga. O facto de ter desaparecido por completo no século XIX, explica, em parte, a quase completa ausência de estudos históricos sobre ela. Todavia exerceu uma influência enorme no século XV. A formação intelectual de vários dos seus membros, o entusiasmo que suscitou em meios próximos da corte e das estruturas diocesanas, o facto de alguns dos seus cónegos terem desempenhado funções importantes na vida da Igreja, e as próprias controvérsias em que estiveram envolvidos, tomam esta congregação um dos objectos históricos de maior relevância dentro da perspectiva que mencionei.

Parece-me, pois, extremamente bem vinda a publicação da mais importante fonte narrativa hoje existente acerca da origem dos Lóios: a obra de Fr. Paulo de Portalegre intitulada Novo memorial do estado apostólico, de que a Prof.ª Cristina Sobral apresenta agora uma excelente edição crítica, antecedida de um estudo sobre o seu autor e de uma breve história da Congregação até ao fim do século XV, Por esta breve exposição se vê, desde logo, como a ordem dos Lóios é uma verdadeira encruzilhada de correntes, de influências e de iniciativas cuja compreensão, quando a investigação sobre ela estiver suficientemente delineada, virá iluminar muita coisa à sua volta. Espera-se que a dissertação de doutoramento que está a ser preparada por Isabel Castro Pina venha em breve situar em termos de história científica moderna - quer dizer, de um ponto de vista racional e científico - a narrativa que o olhar de um membro quatrocentista da mesma ordem produziu acerca da sua própria família religiosa.

Para terminar, não podemos deixar de salientar o facto de esta edição ser subsidiada pela Fundação Robinson, de Portalegre, e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, que reconhecem assim o contributo que esta publicação vem dar ao aprofundamento da historiografia religiosa portuguesa de nível académico. O seu interesse foi também, a seu modo, um contributo para o progresso dos nossos conhecimentos científicos sobre o passado do País, caminho seguro para o enriquecimento da consciência cívica local e nacional.



A origem dos Lóios

A Congregação de S. João Evangelista (Lóios), de fundação portuguesa, nasceu no século XV animada pelos movimentos de reforma eclesiástica do final da Idade Média. Constituída por Cónegos seculares, que não faziam votos perpétuos, por razões históricas e espirituais filiou-se na Congregação de S. Jorge em Alga de Veneza, partilhou experiências e vocações com o movimento reformador italiano, nomeadamente com a reforma dos beneditinos levada a cabo por Luís Barbo e por D. Gomes Eanes, abade de Florença, e envolveu-se na corrente espiritual da devotio moderna.

Em Roma, os Lóios beneficiaram do favor do papa Eugénio IV. Em Portugal, acharam-se no meio de lutas políticas, entre D. Fernando da Guerra, Arcebispo de Braga, e D. Afonso, primeiro Duque de Bragança. Gozaram da protecção de D. Isabel e de D. Afonso V, foram confessores dos grandes do reino, pregadores famosos, representantes de interesses régios em Roma.

Em 1425 obtiveram a sua primeira casa, o Convento de S. Salvador de Vilar de Frades (Barcelos), e, apesar dos conflitos de poder em que se envolveram, ao terminar o século possuíam já seis conventos, espalhados pelo reino: Vilar de Frades (1425), S. Jorge de Recião (1436), S. Elói de Lisboa (1440), S. João Evangelista (ou S. Bento) de Xabregas (1456), S. João Evangelista de Évora (1491), S. Elói do Porto (1493).

Apesar de a Congregação ter sido objecto de alguns estudos no âmbito da História e da História da Arte, pela sua importância merece investigação mais alargada. Os autores que sobre ela se debruçaram são unânimes em reconhecer a falta de fontes narrativas contemporâneas da fundação quatrocentista que iluminassem as linhas de espiritualidade que orientaram os fundadores. (...)

O texto que agora edito é (...) a fonte quatrocentista da fundação dos Lóios que tem faltado. Relato testemunhal de quem conheceu pessoalmente as figuras biografadas e viveu boa parte dos acontecimentos narrados, o texto de Paulo de Portalegre vem preencher silêncios e questionar leituras (...). Além do interesse da obra para a história da cultura e da espiritualidade, o Memorial oferece interessante matéria de estudo literário pela formalização discursiva hagiográfica que apresenta e pela expressão de um universo em que os factos históricos convivem com visões, milagres e profecias.



José Mattoso (Apresentação)
Cristina Sobral («A orgem dos Lóios)
In Novo Memorial do Estado Apostólico, Roma Editora
30.05.09

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Saudações fraternas

Zé Maria

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RE: Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

#296010 | Maria da Fonte | 30 ene 2012 02:13 | In reply to: #295919

Caro Senhor

Não creio, que alguma vez se compreenda verdadeiramente, o que esteve subjacente a todos os acontecimentos daquela época.
Pior! Quanto mais se descobre, menos se entende!

Ao princípio, julguei que fosse a luta pela posse da América, ou Mérica, em dialecto venéto... Memórias do Tempo em que Tróis fazia a travessia do Atlântico, o cerne da questão.

A Memória de uma Remota Civilização, perdida na luta entre dois Povos distintos.
Mas é muito mais do que isso!

E não são Lendas, nem Mitos!
Foi a realidade!
E essa mesma realidade foi tão estranha, tão insólita, que hoje, não temos a mínima capacidade de a compreender. Até poderemos descobrir a maior parte dos factos encobertos, Mas a verdadeira essência transcender-nos-há sempre.

Como se o Universo inteiro, se erguesse entre nós.

Lamento!

Cumprimentos

Maria da Fonte

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RE: Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

#296011 | Maria da Fonte | 30 ene 2012 02:15 | In reply to: #296010

Deve lêr-se: ....Tróia...

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RE: Quem foi o Padre Paulo de Portalegre?

#296308 | josemariaferreira | 02 feb 2012 21:19 | In reply to: #296011

Caros confrades


PAULO DE PORTALEGRE, nasceu nesta Cidade Episcopal, então Vila, que tomou por apelido. Desde os primeiros anos mostrou tal modéstia no semblante, e gravidade nas palavras que vaticinaram com assombro da natureza haver de ser por indulgência da graça Varão consumado em todo o género de virtudes. Quando contava oito anos de idade elegeram seus Pais para director das suas acções a Fr. João de Santa Maria religioso de S. Jerónimo, de cuja doutrina frequentada pelo espaço de nove anos saiu tão erudito nas Ciências, como prático nas virtudes. Querendo fugir do tumulto do mundo buscou como tranquilo centro da sua consciência a Congregação dos Cónegos Seculares do Evangelista, recebendo a murça em o Convento de Santo Elói de Lisboa a 24 de Junho de 1449, onde se constituiu ideia da perfeição religiosa. Para conservar ilesa a flor da pureza se armava de espinhos nos rigorosos cilícios, e ásperas disciplinas com que macerava o corpo. Na Oração vocal gastava muitas horas recitando quotidianamente alem do Oficio Divino, o de N. Senhora de quem era cordial devoto, como também o dos Defuntos. Não era menos fervoroso na Mental contemplando desde o fim das Matinas até a hora de Prima a excelência dos divinos atributos. Todas estas virtuosas acções o elevara outras vezes á dignidade de Geral da Congregação, quatro a Reitor do Convento de Vilar, duas do Convento de S. Eloy de Lisboa, uma do Convento de Recião, e outra do Porto conservando em todos estes lugares amor de Pai, e zelo de Prelado. Sendo eleito Procurador a Roma de negócios importantes á sua Congregação conciliou na Curia as estimações do Sumo Pontífice, e muitos Cardeais principalmente do nosso D. Jorge da Costa que o conhecia por douto, e Santo. Voltando para o Reino com a feliz conclusão dos negócios a que fora mandado se foi aumentando a sua fama, sendo chamado muitas vezes ao Paço por El-Rei D. João II para o consultar em matérias pertencentes á quietação da sua consciência, como ao governo da Republica. O Duque de Bragança D. Fernando II, o elegeu por seu Confessor, e lhe assistiu na fatal hora em que foi degolado na Praça de Évora a 22 de Junho de 1483 pela culpa de inconfidente á Majestade de D. João II.em cuja execução deixou este Príncipe mais suspeitosa, que qualificada a sua rectidão. Certificado este Monarca de seu grande talento o mandou a Roma para serenar alguns escrúpulos em que flutuava a sua consciência, cuja incumbência concluiu felizmente. Ao tempo que estava para partir recebeu uma carta D`el-Rei em que o fazia Bispo de Lamego, cuja dignidade como repugnante ao seu espirito rejeitou, e partindo para Jerusalém venerou devotamente os lugares santificados com a presença do Divino Verbo. Restituído a Portugal recebeu particulares favores del Rei D. João II, e retirando-se ao Convento de Vilar, como mais solitário para ter comercio mais livre com Deus foi obrigado pelo mesmo Príncipe a assistir na Corte, onde dirigia muitas almas ao caminho do Ceu. Contava 80 anos de idade, e 60 de Religião dedicados todos em obséquio da salvação dos próximos, quando se sentiu acometido da última enfermidade, e conhecendo ser a porta para entrar na Bem-aventurança se alegrou com excessivo jubilo de tal sorte, que recitando-lhe os assistentes o Salmo Miserere mei Deus, chegando àquelas palavras Redde mihi latiriam salutaris tui. Voou o seu espirito a lograr o prémio devido aos seus trabalhos em o Convento de Santo Elói de Lisboa a 5 de Agosto de 1510.

Cumprimentos

Zé Maria

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