Amália Meneses, nascida no Porto, nos meados do século XIX
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Amália Meneses, nascida no Porto, nos meados do século XIX
Caros Confrades
Quem poderá ser uma senhora Amália de Meneses, natural do Porto, casada com um senhor Manuel (Manoel, grafia de todos os Manuel na época) de Carvalho, que passam ao Brasil e têm um filho (a), neto(a), ou bisneto que decide assumir representações nobiliárquicas que não tem, e, segundo naturais do Rio de Janeiro, conhecidos do pai do referido indivíduo, nunca tal foi reivindicado?
Primeiro, porque conhecem a família e sabem que esta não é quem o referido senhor diz que é: segundo porque sendo parentes dessa família, têm a genealogia familiar; e terceiro porque têm acesso, ao que o referido aparentemente megalómano cidadão brasileiro não tem, aos encartamentos reais e registos no Conselho de Nobreza e Instituto de Nobreza Portuguesa, indo a ignorância(?) do referido cidadão brasileiro ao ponto de alterar dados da Wilkipedia, um meio de informação canadiano acerca da nobreza portuguesa. Quem pretende enganar? A Família Imperial? De certeza que não. A nobreza brasileira? Não, uma vez que é a primeira a desmascará-lo, incluíndo parentes. A nobreza portuguesa? Não seria possível.
Pretenderá ser motivo de troça nos meios monárquicos brasileiros? É-o há muito. Nos meios monárquicos portugueses? É totalmente desconhecido.
Aconselharia o referido cidadão primeiro a consultar os encartamentos e alvarás passados pela entidades competentes; em seguida a ler as genealogias dos Grandes do Reino e depois remeter-se ao silêncio discreto de que pretendeu voar, quiçá demasiado alto, mas
não saiu do seu lugar, onde continua e não sairá.
José Menezes
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RE: Amália Meneses, nascida no Porto, nos meados do século XIX
Meu Caro Zé,
Como bem sabes tenho acomapanhado a evolução desta TRAPALHADA(quiçá própria do Carnaval...). O que afirmas faz todo o sentido e é reconhecido pelas autiridades competentes.
O Sr. Dr. Eduardo André Chaves Nedehf Marquês de Viana está registado com esse nome..."pretensamente" como descendende de um GRANDE DO IMPÉRIO?? Mesmo se fosse esse o caso...isso não bastaria, pois teria de ser reconhecido pelos seus PARES e pelas AUTORIDADES COMPETENTES. Ora...não me parece que o tenha sido; para além do mais onde é que se vislumbra alguma traditio??
Grande abraço,
Artur
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RE: Amália Meneses, nascida no Porto, nos meados do século XIX
Caro Artur
Tens toda a razão. Toda a gente sabe que não é.
Primeiro, os Marqueses de Vianna, vivendo com a corte no Rio, não iam de repente ao Porto ter uma filha; segundo nunca uma senhora da alta nobreza casaria com o sr. Carvalho; terceiro os registos nobiliárquicos na época eram rígidos e precisos; quarto, o tal senhor Carvalho nunca poderia ser marquês, quando o 3o. e verdadeiro Marquês, afilhado d'El Rei D. Manuel II, era marquês nessa época; quinto por existirem traços fisionómicos muito característicos na família; sexto porque um brasileiro não é marquês porque de repente lhe apetece quando se trata de um título português; sétimo, porque eu tenho em meu poder as certidões que foram forjadas; oitavo porque parentes do referido cidadão não o reconhecem como tal, e muitos ignoravam tal pretensão; nono porque esse cidadão é aceite num instituto brasileiro de que faço parte como apenas sr.professor; décimo porque quem tem os diários que esse senhor afirma ter, sou eu; décimo primeiro porque os meus parente no Rio, nomes que não citarei em público não o conhecem nem o reconhecem e afirmam que certas atitudes que esse cidadão toma não são próprias da família a que gostaria de pertencer: e décimo segundo porque quem tem os arquivos de família sou eu,: mercês, certidões. diários, cartas, etc.
Tudo isto é carnavalesco, é a época. Só que, mesmo no Brasil, com arquivos de nobreza, e há uma resenha dos descendentes do marquês de Belas, Castelo Melhor por nascimento, figura muito importante na corte d'El-Rei D. João VI, uma espécie de resenha dos seus descendentes, que diz tudo.
O marquês de Vianna, que bem conheces, ri-se imenso desta pretensão. E no fundo é uma anedota, que pode sair cara ao cidadão, ao abrigo da lei que tu bem conheces.
Um grande abraço
Zé
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RE: Amália Meneses, nascida no Porto, nos meados do século XIX
Em tempo
Meu caro Artur,
No Império, esse cidadão terá o que tiver. O título que não tem, nem lhe pertence é anterior à Independência. E, embora o marquesado tenha a carta de mercê no Rio de Janeiro, foi concecido à chegada a Lisboa, junto à Torre de Belém. É um título português. Nada tem a ver com o Império Brasileiro. Mais tarde, a república permitiu que os descendentes de titulares do Império usassem os títulos como sobrenome. Mais uma prova de que o referido cidadão passou ao lado em tudo.
Um grande abraço
Zé
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