Descendência de D. Isaac Abravanel até Antonio Furtado de Mendonça e Meneses (do Machico)
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Descendência de D. Isaac Abravanel até Antonio Furtado de Mendonça e Meneses (do Machico)
Olá caros colegas genealogistas, estou oferecendo esse post para subsidiar uma genealogia segura entre meu tataravô o imigrante Português, Antonio Furtado de Mendonça e Meneses, nascido em 1784 em Machico, e falecido em 1866 no Ceará-Mirim (Rio Grande do Norte), no Brasil.
Foi um trabalho muito minucioso e que está disponível com maiores detalhes em meu livro:
"Da Diáspora a Baturité"
Vou começar a trabalhar sua genealogia (Que também se encontra disponível em meu Blogue, juntamente com a genealogia dos Senior Coronel):
Vou começar pela transcrição de uma escritura do Hospital S. José em Lisboa que me permitiu ligar aos Abravanel
OBS: Agradeço ao Sr. Rui Mesquita Mendes, pela transcrição que me obteve.
“Jozepe Negro, filho de Mestre Salamam Negro, o qual Jozepe depois de cristão se chamou Luís Vaz de Negro, prometeu casar e casou «segundo ordenança dos judeus» com Reyna, que depois se chamou Branca Annes, sobrinha de Álvaro Fernandes Abravamel, morador na cidade de Lisboa, filha de Cinfam, irmã do dito Álvaro, mulher que foi de Moysem Farão, mercador e morador na dita cidade. Tendo o dito Luís Vaz de Negro recebido dote de 2.000 cruzados (em dinheiro, prata, jóias e roupa de cama), segundo uma escritura de casamento feita a 2 de fevereiro de 1497 por Jozepe Cayro, que agora se chama Duarte Tristam, que foi Tabelião dos Judeus, pela qual o dito Jozepe se obrigara a manter a dita mulher com todas as mais obrigações sob pena de pagar à dita sua mulher com principal e penas 6:000 Cruzados e duzentos reais de prata, o qual de todo e em todo não cumprira antes fora contra ela e a deixara e se casara com outra mulher. Tendo a dita Reyna falecido, havia um ano e meio (1514), e vivido antes mais de 7 anos na casa do dito Álvaro (desde 1507), o qual ficara por seu herdeiro e não tendo agora tempo para arrecadar a dita fazenda fez dela doação pura e irrevogável ao Hospital Real de Todos os Santos, por escritura feita no Castelo de Lisboa pelo escrivão público por Autoridade Real «nas couzas que pertencem aos Espitaes, Capelas, Albergarias, Confrarias em a dita cidade» – Martim de Crasto, em 29-11-1515, sendo testemunhas presentes Joam Lopes, «Escudeiro de El Rei Nosso Senhor e Enfermeiro Mor do dito Hospital» e Lourenço Caldeira, alfaiate e morador no dito Castelo, e Gapar Rodrigues, criado do escrivão.” [1]
A mulher de Luís Vaz de Negro era da família Abravanel, e sobrinha de Alvaro Fernandes Abravanel, presumidamente também sobrinha do mercador lisbonense Henrique Fernandes Abravanel, ambos Alvaro e Henrique, irmãos e netos de Dom Isaac Abravanel, de quem eu irei tratar sua genealogia até Antonio Furtado de Mendonça e Meneses, do Machico:
_________________________§1 ____________________________
(I) – Dom Isaac Abravanel (nascido no ano de 1437 em Lisboa, Portugal, e falecido no ano de 1508 em Veneza, Itália) c.c Debora Abravanel?
Grande filosofo e financista, teve presumidamente cinco filhos, três homens e duas mulheres, uma delas é mãe de Henrique Fernandes Abravanel, Alvaro Fernandes Abravanel e de Cinfam Abravanel, no documento que o rei D. Manuel passa uma quantia para Henrique Fernandes, ele é citado como Ya Abravanel, o que pela época e pelo mesmo documento dizer que o dito Henrique era sobrinho de Judah Abravanel (Um dos filhos de Isaac também conhecido como Leão Hebreu) é com certeza o nome de Isaac Abravanel, Seria uma abreviatura ou erro de transcrição? Alguns livros já trazem consigo essa informação atualizada [2] fugiu em aprox. 1482 após ser avisado a tempo que seu nome estava numa conspiração e que o rei de Portugal estaria querendo enforca-lo, para a Espanha, onde viveu e fez diversos comentários da Torah, viveu lá até 1492, onde houve a expulsão decretada pelos Reis Católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela, tendo migrado para o Norte da Itália onde viveu seu final de vida.
________________________Teve:_________________________
(II) – Judah Abravanel (Leão Hebreu)
(II) – Joseph Abravanel
(II) – Samuel Abravanel
(II) – Esther Abravanel (que segue)
(II) – Luna Abravanel (Provavelmente) [3]
_________________________§2____________________________
(II) – Esther Abravanel (Provavelmente a mãe dos filhos a seguir) c.c ???
________________________Teve:_________________________
(III) – Alvaro Fernandes Abravanel
(III) – Henrique Fernandes Abravanel
(III) – Cinfam Abravanel (que segue)
_________________________§3 ____________________________
(III) – Cinfam Abravanel c.c Moisés Farão
________________________Teve:_________________________
(IV) – Reina Abravanel (Alias Branca Anes) c.c Joseph Negro (Alias Luís Vaz de Negro, fº de Mestre Salomão Negro)
________________________Teve:_________________________
(V) – Manuel Rodrigues de Negro (Mercador em Funchal, falecido em 1561) [4] que segue
(V) Felipe Rodrigues de Negro
(V) Francisco Rodrigues de Negro
(V) Gabriel de Negro (falecido em Amsterdã?)
Nota: Luís Vaz de Negro teve de seu segundo casamento por hipótese uma meia irmã dos citados acima segundo o processo inquisitorial do filho de Manuel Rodrigues de Negro (A seguir) [5]
(V) – Elvira Gonçalves c.c Francisco Caro (Ilha da Madeira)
________________________§4_________________________
(V) – Manuel Rodrigues de Negro c.c Aldonça Luís (Cristã Velha)
________________________Teve:_________________________
(VI) – Pedro Gonçalves de Negro (que segue)
(VI) – Isabel Rodrigues (Solteira em 1594)
_________________________§5 ____________________________
(VI) – Pedro Gonçalves de Negro (Processado em 1592 na Ilha da Madeira, Ourives de Ouro) c.c Maria Viana (Cristã Velha)
________________________Teve:_________________________
(VII) – Felipe Rodrigues (que segue)
(VII) – Manuel Rodrigues
_________________________§6 ____________________________
(VII) – Felipe Rodrigues (Que minha pesquisa apontou como sendo ele morador no Machico, tendo vivido por lá, e isso confirma sua possível filiação com Pedro Gonçalves de Negro, pelo fato dos filhos de Felipe Rodrigues encontrado no Machico, um deles se chamar Manuel Rodrigues, ou seja uma forte evidencia, sem falar que o nome Felipe Rodrigues era raro na Ilha da Madeira, um dos únicos se não o ÚNICO que eu encontrei com data aproximada sendo filho de Pedro Gonçalves foi este do Machico, vide que no processo de Pedro Gonçalves de Negro, há na seção de genealogia os dois filhos Manuel e Felipe Rodrigues, o que significa que ele era mesmo filho de Pedro Gonçalves de Negro [6]) c.c Maria Gonçalves
________________________Teve:_________________________
(VIII) – Maria da Corte (Casada em 1638 no Machico)
(VIII) – Miguel [Rodrigues?] (batizado em 1624)
(VIII) – Leonor (Batizada em 1634)
(VIII) – Manuel Rodrigues (casado em 1650)
(VIII) – Manuel Nunes da Corte (Casado em 1653) que segue.
_________________________§7____________________________
(VIII) – Manuel Nunes da Corte c.c [...] dos Santos, em Machico
________________________Teve:_________________________
(IX) – Antonio Nunes c.c Catarina de Mendonça, no Machico
________________________Teve:_________________________
(X) – Manuel Nunes de Mendonça c.c Isabel da Silva, no Machico
________________________Teve:_________________________
(XI) – Isabel da Silva de Sousa c.c Vasco Furtado de Mendonça, em 1738, no Machico
________________________Teve:_________________________
(XII) – José Furtado de Mendonça c.c Maria de Meneses, em 1783, no Machico
________________________Teve:_________________________
(XIII) – Antonio Furtado de Mendonça e Meneses, n. 1784 em Machico, e f. no Ceará-Mirim, c.g. no Ceará e no Rio Grande do Norte, chegou em 1810 numa comitiva, e se casou em 1815 no Riacho do Sangue (Atual Jaguaretama) [7]
Conclusão: Esta genealogia permite subsidiar uma ligação do Português Antonio Furtado de Mendonça e Meneses até D. Isaac Abravanel, por meio do mercador Luís Vaz de Negro, que se casou com uma bisneta de D. Isaac, é muito gratificante ter chegado nesse grande e ilustre homem, maiores detalhes podem ser obtidos no meu livro que estarei lançando em breve "Da Diáspora a Baturité"
Fontes:
[1] – Torre do Tombo, Hospital de São José, Liv. 1118, ff. 70v-segs. INFO DADA PELO PESQUISADOR RUI MANUEL;
[2] – Divre Ha-Kongres Ha-‘olami … Le-mada’e Ha-Yahadut, Parte 2,Volume 1World Union of Jewish Studies, 1993
http://goo.gl/N3Rn2i – O livro sugere ser Ya na verdade Isaac Abravanel, também conforme o outro livro: Los Judíos en Portugal – Maria José Pimenta Ferro Tavares Mapfre, Editorial, S.A., 1992 – 393 páginas, http://goo.gl/hS2G4s Ambos pelo Google Livros.
[3] – O baú de Abravanel: uma crônica de sete séculos até Silvio Santos, Companhia das Letras, 1990 – 170 páginas, Citada na pág. 124, como tia do Henrique Fernandes Abravanel, e provável filha de Isaac Abravanel. http://goo.gl/lZJ95h
[4] – Google Books, Para a história do Funchal, Antonio Aragão, Pág. 164
Disponível em: http://goo.gl/1Tx4Yw
[5] – Torre do Tombo, Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, proc. 3317, processo de Pedro Gonçalves;
[6] – Idem, Parte de Genealogia do processo de Pedro Gonçalves, e a listagem de filhos de Felipe Rodrigues, dada por email, pela pesquisadora Mary Frost;
[7] – RIC (Revista do Instituto do Ceará) 1980, Claras Figuras do Passado, Guarino Alves;
Muito Obrigado a todos pela paciência em analisar a genealogia;
Tenham uma boa tarde, e excelentes pesquisas;
Att.
Pedro Arruda.
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Caro Pedro Arruda,
Muito interessante. Tem evidencia mais forte para o entroncamento de Filipe Rodrigues em Pedro Gonçalves de Negro? No processo diz que Pedro Gonçalves, ou algum dos seus filhos, eram moradores no Machico, onde viveu o Filipe R. casado com Maria Gonçalves? Penso que o nome Filipe Rodrigues não será assim tão raro que nos permita dispensar automaticamente a existência de pelo menos dois homónimos da mesma ilha.
Cps.
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Caro amigo, sim há evidencias mais fortes, alem do nome Felipe Rodrigues, pois o mesmo quando foi referido no processo de Pedro Gonçalves de Negro, só tinha apenas 4 anos, não falava onde vivia, mas o Felipe Rodrigues meu ancestral que eu documentei teria um filho chamado Manuel Rodrigues (Uma alusão ao avô? Pois o pai de Pedro Gonçalves era referido Manuel Rodrigues de Negro) e seria de data aproximada da qual o dito Felipe Rodrigues citado no processo nasceu, logo permitiu-me deduzir esse tão valioso fato; Muito obrigado pelo interesse! Att. Pedro.
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Caro Pedro,
Entendi, mas Manuel Rodrigues ainda é mais comum do que Filipe! ou seja, por si só não é possível deduzir que tenha sido dado em homenagem ao suposto bisavô. Para alem disso, a indicação do ofício deste como ourives sugere que o lugar de residência seria talvez no Funchal (cidade com população e comércio que justificaria o ofício) ao invés do Machico (área rural).
Talvez lendo o processo do Pedro Gonçalves encontre referencia a Machico (ou a outro lugar). Ou talvez procurando nos paroquiais antigos do Machico, encontre referência ao mesmo (quiçá nos óbitos). Até lá, só com esses dados, parece-me que a ligação é ainda demasiado ténue para ser considerada como válida.
Cps,
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Na BD do arquivo da madeira encontro mais:
Filipe Rodrigues cc Maria da Ponte 1621 canhas
Filipe Rodrigues cc N 1630 são roque
Filipe Rodrigues cc. Ana Gomes 1630 canhas.
Filipe Rodrigues cc Catarina Gomes 1638 s-roque
O que prova que na ilha na mesma época haviam vários Filipes Rodrigues.Pelo critério onomástico qualquer um destes poderia ser filho do Pedro Gonçalves de Negro. E aposto que pelo menos um destes tiveram filho chamado Manuel (Rodrigues)...
Cps.
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Na Madeira entre 1600 e 1650 há 5 registos de casamentos em que o noivo se chama Filipe Rodrigues.
Ou seja ou era o mesmo que casaria várias vezes e/ou deveria haver mais que um. Penso que será um pouco de cada.
E casamentos entre Filipe e Maria Gonçalves apenas há um em 1616 na Sé em que ele usa o apelido Dias e tem a nota que não tem filiação no registo.
Haverá um documento sobre os "Negro" que se não conhecer lhe pode interessar e que fala de David Negro, importante personagem de Lisboa.
Cumpts
Rui Correia
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Olá meus amigos, desculpem se me limitei a colocar dados mais precisos, mas é que Felipe Rodrigues realmente parece-me ser uma lacuna, no entanto vale lembrar que quem era Ourives era o Pedro Gonçalves de Negro, e não Felipe que só tinha 4 anos quando o pai foi processado pelo Santo Oficio, eu irei me dedicar a encontrar mais informações sobre esse detalhe, no entanto vale ressaltar que o irmão de Felipe Rodrigues (Citado no Processo) também era Manuel Rodrigues, o que indica que esse nome já existia na família em várias outras gerações, O Machico é realmente uma área rural, mas segundo a pesquisadora Mary Frost poderia ser que Felipe Rodrigues tenha migrado para lá, como já ocorreu com alguns de meus outros ancestrais pelo meu tataravô Madeirense, quando a moradora em Funchal a Cristã-nova Leonor Ribeira, teve sua descendência que chegou ao Machico, Talvez pela proximidade com Funchal, outro detalhe seria descobrir quem foi Maria Gonçalves, pelo nome poderia ser uma prima caso Felipe Rodrigues fosse realmente filho de Pedro Gonçalves de Negro, enfim vou verificar a documentação novamente e passo aqui para dar um retorno, Obrigado a todos os que me chamaram a atenção para este detalhe! Até mais, Att. Pedro.
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Caro Pedro
Achar que só havia um Filipe Rodrigues era uma falha, porque Rodrigues era um apelido corrente e Filipe (por ser o nome dos reis) também se tornou mais usual.
O mesmo se passa com Gonçalves que é muito frequente. Marias Gonçalves serão mais que muitas.
Não significa com isto que a sua informação não esteja correcta e seja válida.
Tem é que se tentar confirmar com alguma fonte, com a dificuldade que alguns livros não estão disponíveis para consulta nem digitalizados.
Por exemplo o registo do baptismo dum filho de Filipe pode trazer o nome dos avós.
Rui
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Acha que o Filipe Rodrigues casado em S. Roque em 1630 pode ser uma hipótese? Parece-me tardio mas pode descender do outro.
Pedro Gonçalves de Negro e Helena Rodrigues (seria esposa?) foram padrinhos nessa paróquia (S. Roque) de Pedro Gonçalves, filho de Belchior Gonçalves em 21.09.1589.
S. Roque fica no Funchal, centro de comércio de toda a ilha e mesmo que vivesse em Machico seria possível que tivesse que ir ali com frequência (a distância serão uns 30 km) muitas vezes feitos de barco.
Rui
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Aparentemente pela sua mensagem Pedro Gonçalves de Negro era morador em S.Roque, no funchal tal como por acaso tinha sugerido na outra mensagem.
Não sei se esse Filipe Rodrigues era descendente. Relatei esse casamento para sensibilizar o confrade Pedro para a existência de vários Filipes Rodrigues na ilha, num mesmo periodo.
Dado que acabou de documentar Pedro Glz de negro em s.roque, creio ser muito improvável o Filipe Rodrigues que aparece em machico anos depois ser o seu filho. A menos que se encontre algum documento que relacione os dois, claro. É preciso esquadrinhar com cuidado os paroquiais de ambas as freguesias mas este que casou em 1630 agora ser um candidato mais forte (pelo menos a neto).
Cps.
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Caro Pedro
Os seus dados devem estar certos
Trata-se duma família de mercadores italianos, possivelmente genoveses.
Emanuelle Rodrigues de Nero ou Manuel Rodrigues de Negro (faleceu no Funchal em 1561).
Tinha dois irmãos Francisco e Filipe.
Este Felipe é o pai de Pedro Gonçalves (de Negro). Que pode muito bem ter filhos com nomes Manuel e Filipe, que são os do avô e tio.
Aquele Filipe em 1630 fica fora cronologicamente.
Rui
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Obrigado pelas respostas! Caro Rui Correia, Manuel Rodrigues de Negro não era Genovês e sim Português, filho de Luís Vaz de Negro, pois basta olhar o processo inquisitorial de Pedro Gonçalves de Negro
http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=2303266
Lá consta no fólio de genealogia (fl. 34) do dito processo que ele era filho de Manuel Rodrigues e de Aldonça Luís, o primeiro Cristão-novo, e a ultima Cristã-velha, e tem os filhos dele nos fólios seguintes, que eu deixo as transcrições de um fragmento do meu livro:
Filiação:
“[...] Seu pai se chamava Manuel Roiz [Rodrigues de Negro] e sua mãe Aldonça Luís Xpã-velha [Cristã Velha] e seu pai Xpão-novo [Cristão-novo ] defunto [...]” fólio 18; linhas 12 - 14;
Tios e Tias:
“ [...] E que tem hum tio da parte de seu pai, Felipe Roiz [Rodrigues de Negro], mercador, morador na Ilha da Madeira, e huã tia Elvira Glz [Gonçalves], casada com Francisco Caro, mercador e morador na dita Ilha da Madeira, E que ela he mea [Meia] irmaã [...] fólio 18; linhas 14 - 16;
Irmãos, mulher, filhos:
“[...] E que tem uma sua irmã, de nome Isabel Roiz [Rodrigues], solteira, que vive com sua mãe, e que elle he casado com Maria Vianna Xpã-velha [Cristã Velha] da qual tem dois filhos: Manuel e Felipe, o menor he de quatro annos [...] fólio 18v linhas 2 - 8;
Parentes processados pela Inquisição:
“[..] E hum tio, seu sobredito, que foi preso na inquisição das Canarias, e saiu livre [...]” fólio 18v linhas 11 - 13;
Página 31 do meu livro "Da Diáspora a Baturité";
Obrigado a todos! Espero puder encontrar mais dados para a solução dessa polemica;
Pedro Arruda.
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O usar Roiz/Rodrigues seria para mim indicador duma origem ibérica.
O ser mercador seria mais indicador para a origem italiana apontada para a origem do Negros na Madeira e que vi num espaço dedicado a italianos na Madeira falando precisamente destes.
Pode ter falseado a origem para esconder a origem judaica?
Haverá que pesquisar mais. Para a semana (da minha parte)
Rui
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Caro Pedro,
Estive a observar a sua Genealogia, o seu Nº V – Gabriel de Negro, provavelmente deve ser o mesmo individuo que casou com Violante Henriques, irmã de Nuno Henriques. Este último casou com D. Elvira, e foram progenitores de Henrique Nunes, conhecido entre os Judeus por D. Abraham Bemvenisti, nascido no lugar de Pero Viegas (Santo António do Tojal), a 23 de Janeiro de 1531, no ano de “grandes tremores de terra e pestes”, preso pela Inquisição de Lisboa em Agosto de 1576, aos 46 anos de idade (Proc. Nº 2931).
Não sei se já consultou, caso queira consultar é um processo interessante (Genealogia TIF 98):
http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=2302864
(TIF 162, consta informação sobre Gabriel Negro)
Cumprimentos,
Luís
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Caro Pedro,
O mencionado Henriques Nunes tinha uma irmã chamada Grácia Bemveniste, que vivia em Ferrara, casada com D. Leão Abravanel (TIF 188)
Cumprimentos,
Luís
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Interessante, Luís, pode ser que esse Gabriel de Negro seja o mesmo filho de Luís Vaz de Negro, mas o Gabriel de Negro havia fugido para Antuérpia, o que deixou uma documentação garantindo que ele era Judeu Português o que deixou a certeza que essa família não é Italiana, e sim judaica; O fato de ter um Leão Abravanel me deixou surpreso, muito interessante esse detalhe, mas pode ser que seja também coincidência, com o tempo as duvidas irão desaparecer; Att. Pedro,
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Olá a todos, Gostaria de pedir desculpas, pois eu cometi um equivoco, não é Dom. Isaac Abravanel, conforme vi alguns livros, e sim Dom YA Abravanel, a principio eu deduzi que Ya fosse uma variante de Isaac por causa de alguns livros que afirmavam que Ya Abravanel era na verdade Isaac Abravanel, mas verifiquei que essa informação não é correta, pois de acordo com um trabalho da Drª Maria José Pimenta Ferro Tavares, Ya era o tio de Dom Isaac, minhas sinceras desculpas! Só esse pequeno detalhe que eu atualizei em meu blogue. Att.
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Caro Pedro,
Sobre os Abravanel talvez seja oportuno deixar no Fórum o Link para aceder ao seu Blogue:
http://gallaeciacores.wordpress.com/2013/11/26/suposta-ligacao-entre-a-crista-nova-branca-rodrigues-e-a-familia-abravanel/
Aproveito a oportunidade para lhe transmitir que trago em estudo todas as linhas xn de Montemor-o-Novo, onde consta um Matias Quaresma, barbeiro, casado com Catarina da Silva, sem descendência (TIF 43, informação que antecede a referencia ao batismo), preso pela Inquisição em 1674, aos 30 anos de idade.
Será que estamos a falar do mesmo individuo que casou com Rufina Franca?
http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=2303610
(Genealogia - TIF 42)
No Processo do neto, João Miles de Macedo, consta que os avos, Matias Quaresma “Homem de Negócios”, natural de Santarém, e Rufina Franca, natural de Arrifana.
http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=2310225
(Genealogia - TIF 20)
Cumprimentos,
Luís
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LOPES – IX
§ 1
I – N., nascido (a) anteriormente a 1567. Casou com N.. Foram residente em Montemor-o-Novo. Tiveram os seguintes filhos:
1. (II) Margarida Lopes (xn), que se segue:
2. (II) Maria Lopes (xn), natural e residente em Montemor-o-Novo. Casou com Jerónimo Mendes. Tiveram os seguintes filhos:
1. (III) Isabel Mendes, natural e residente em Montemor-o-Novo. Acusada de Judaísmo foi presa pela inquisição de Évora, em 1630 (Proc. Nº 9475 IE). Casou com Jacinto Botelho, Sapateiro, filho de Simão Dias e de Filipa Botelho. (SEGUE NO Nº IV – TÍTULO GOMES V)
II – Margarida Lopes, natural e residente em Montemor-o-Novo, nascida anteriormente a 1592. Casou na Igreja de Santa Maria do Bispo (Montemor-o-Novo), a 8 de Janeiro de 1607 com Sebastião Dias, Priostes em Lavre (Montemor-o-Novo), e Vinhateiro. Testemunharam o Padre Manuel Soudo e o Padre João Rodrigues Frias, Henrique Silveira e Belchior Rosado. Tiveram os seguintes filhos:
1. (III) Maria Dias, que se segue:
2. (III) Isabel Banha, natural e residente em Montemor-o-Novo, já defunta em 1674. Casou com João das Neves, Marchante.
3. (III) Filipa da Cruz, natural e residente em Montemor-o-Novo. Foi apresentada na inquisição de Évora, em Julho de 1666, aos 36 anos de idade, por culpas de Judaísmo (Proc. Nº 2491 IE).
4. (III) Ana Quaresma, natural e residente em Montemor-o-Novo. Foi apresentada na inquisição de Évora, em 1666, por culpas de Judaísmo (Proc. Nº 2114 IE). Casou com Gaspar Rodrigues, Correeiro, natural de Montemor-o-Novo, filho de Manuel Rodrigues (xn) e de Maria Jorge (xv). (SEGUE NO Nº 4 (III) – TÍTULO LOPES VIII)
III – Maria Dias, natural e residente em Montemor-o-Novo. Casou com Domingos Luís Murteira (xv) , Lavrador. Tiveram os seguintes filhos:
1. (IV) Matias Quaresma, Barbeiro, nasceu em 1644 e foi batizado na Igreja de Santa Maria do Bispo (Montemor-o-Novo), foi seu padrinho o Padre António Lopes Jorge. Acusado de Judaísmo foi preso pela Inquisição de Lisboa, em Abril de 1674, aos 30 anos de idade (Proc. Nº 2710 IL). Casou com Catarina da Silva (xv).
2. (IV) André Murteira, que se segue:
3. (IV) Paula Murteira, natural e residente em Montemor-o-Novo. Foi apresentada na inquisição de Évora, em Julho de 1666, aos 25 anos de idade, por culpas de Judaísmo (Proc. Nº 5431 IE).
4. (IV) Ana Murteira, natural e residente em Montemor-o-Novo. Foi apresentada na inquisição de Évora, em Julho de 1666, por culpas de Judaísmo (Proc. Nº 2115 IE). Casou com Braz Mendes (xv), Sapateiro, já defunto em 1666.
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António Carlos Mendonça furtado de Meneses (att: inversão do apelido) (Brasil e Portugal) - século XVIII/XIX, terá haver com este António Furtado de Mendonça e Meneses?
Grata.
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