Barão da Folgosa e o mistério (?) da sua ascendência "Almeida Brandão e Sousa"
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Barão da Folgosa e o mistério (?) da sua ascendência "Almeida Brandão e Sousa"
Caros confrades,
Tanto quanto sei, tudo o que se conhece da ascendência do Barão da Folgosa é o que consta da "Resenha das Familias Titulares ...".
É dito ter nascido em Mortágua em 30 de Setembro de 1801. No entanto não consegui vislumbrar o seu registo de nascimento nos paroquiais.
As outras datas que lá vêm indicadas - datas de casamento e óbito, data de nascimento e casamento da filha, datas de nascimento e casamento de irmãos e sobrinhos, como só têm a indicação da sua ocorrência em LISBOA, são muito dificilmente verificáveis.
A sua bem sucedida vida comercial foi severamente julgada por boa parte da sociedade da sua época. Aliás, já a de seu pai, Francisco de Almeida Brandão de Sousa, também o fora.
Os supostos mistérios (?) prendem-se com:
1.º --- Quem foi a mãe do Barão da Folgosa chamada de D. Maria Teresa "Brandão" na obra "Resenhas das Familias Titulares..." ?
Com o apelido "Brandão" usado pelo marido, Francisco de Almeida Brandão e Sousa.
2.º --- Quem foi o avô paterno do Barão?
Não vislumbro nenhum filho Francisco do avô paterno, João de Sousa Brandão, que aquela obra lhe atribui.
3.º --- O pai sucedeu ao avô paterno como "monteiro mor" de Mortágua ? Ou será patranha para "legitimar" a ascendência ?
4.º --- Quem é a avó paterna - "D. Maria Teresa da Silva" - referida naquela obra ?
Onde se diz que "D. Maria Teresa da Silva" foi casada com João de Sousa Brandão o que é falso.
Agradecia toda a ajuda que me possam dar na clarificação das questões que aqui coloco.
Seria um formidável avanço na ascendência de umas quantas casas titulares que permanecem com um nível de conhecimento rudimentar - parado num esboço de final do século XIX e papagueado depois daí.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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Barão da Folgosa e o mistério (?) da sua ascendência
Caro António Taveira,
Na tentativa de o conseguir ajudar, fiz umas pesquisas.
O casamento do Barão da Folgosa já consta indexado aqui no Geneall e também no Nòs Portugueses.
Casou na freguesia de São Julião em 25/04/1824 (Livro 5-C, folhas 59 verso).
Como verificará pelo registo, casou como Jerónimo de Almeida Brandão, "baptizado nesta freguesia de São Julião", filho legítimo de Francisco de Almeida Brandão e de Maria Teresa, com Maria Joaquina, filha legítima de José Joaquim de Castro e de Maria Ferreira, "baptizada nesta freguesia".
Registo do lado esquerdo na imagem 433:
https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4822514&FileID=PT-ADLSB-PRQ-PLSB60-002-C5_m0433.TIF
Como é referido como baptizado em São Julião/Lisboa (e não em Mortágua), procurei o baptismo.
Nasceu efectivamente em 30/09/1801 e foi baptizado a 18/10 do mesmo ano, mas não em Mortágua e sim em São Julião (Livro B-8, folhas 166), como referido no seu registo de casamento.
Foi baptizado como filho legítimo de Francisco de Almeida Brandão e Sousa, "natural e baptizado na freguesia da Vila de Mortágua", e de Maria Teresa, "natural e baptizada na freguesia da Encarnação desta Cidade e recebidos na dita freguesia da Encarnação".
Quarto registo do lado direito na imagem 174:
https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4822489&FileID=PT-ADLSB-PRQ-PLSB60-001-B6_m0174.TIF
Francisco de Almeida Brandão e Maria Teresa casaram na freguesia da Encarnação em 30/10/1797 mas o registo deste casamento está nos livros de São Julião (Livro C-4 a folhas 96 verso), freguesia onde ambos os noivos residiam "na Rua Nova d' ElRei".
Ele filho legítimo de João de Sousa Brandão e de Catarina de Almeida, "todos naturais e pais baptizados e recebidos na freguesia de Morte d'Agoa, Bispado de Coimbra".
Ela "baptizada nesta freguesia de Nossa Senhora da Encarnação". Filha Legítima de Timóteo da Silva, "baptizado na freguesia de Alcabideche", e de Luisa Teresa, "baptizada na freguesia de São Pedro Mártir do lugar de Val Verde do Bispado de Viseu e recebidos nesta freguesia".
Nota: Existe Sumário Matrimonial deste casal na TT (Francisco de Almeida Brandão e Maria Teresa, 1797, Mº 1156, nº 88).
Registo do lado esquerdo na imagem 294:
https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4822513&FileID=PT-ADLSB-PRQ-PLSB60-002-C4_m0294.TIF
Não consultei o registo, mas os pais de Maria Teresa, Timóteo da Silva e Luisa Teresa, terão casado na freguesia da Encarnação em 25/07/1781 (Livro 13-C, folhas 48 verso).
Nota: Também existe Sumário Matrimonial deste casal (Timóteo da Silva e Luísa Teresa, 1781, Mº 1085, nº 100).
Com estes dados penso que já conseguirá "apanhar o fio da meada".
Cumprimentos
João Clímaco Lilaia
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Barão da Folgosa e a sua ascendência
Caro João Clímaco Lilaia,
Muito grato lhe fico por todo o trabalho que teve. Muito e muito obrigado
Fica a situação esclarecida.
O barão da Folgosa era filho de Francisco de Almeida Brandão e Sousa e de Maria Teresa da Silva.
Neto paterno de João de Sousa Brandão e de s.m. Catarina Maria de Almeida e Morais, de Mortágua.
Não encontrei o nascimento do pai, Francisco, em Mortágua entre os 10 filhos daquele casal nascidos entre 1763 e 1786. Certamente terei visto mal ou poderá ter sido baptizado em paróquia das redondezas.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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Barão da Folgosa e o mistério (?) da sua ascendência
Caro Senhor,
Bom dia.
Apelidando a m. de João Sousa Brandão, Catarina Maria de Almeida e Morais, gostava de saber qual a referência original para a atribuição deste último apelido, que não encontro em outro lado.
No que respeita ao facto de o mesmo João Sousa Brandão, n. 07.06.1732, Freixo, Mortágua, ser Monteiro Mor, tal facto consta da "Resenha (...)" ou será outra a fonte para a atribuição de tal cargo?
Muito obrigado.
R. A. Sousa
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Catarina Maria de Almeida e Morais e João de Sousa Brandão
Caro confrade,
Far-me-á a justiça de não imaginar que ficciono apelidos que não terão sido usados pelos próprios. Muitos assentos paroquiais são lacónicos - por economia de meios, muitos párocos na maior parte das vezes, a única preocupação que têm é a identificação das pessoas no seu meio. Assim, procuro suprir essa falta com uma identificação "mais completa", quando a encontro na época em causa.
Já em 2010 me referi à mulher de João de Sousa Brandão com os apelidos sobre os quais me questiona como pode ver no tópico Sás de Soure em https://geneall.net/pt/forum/155995/sas-de-soure-sec-xvii/
Para isso bastará referir um assento de baptismo redigido por um seu cunhado que certamente não se "enganaria" no nome da mulher de seu irmão, João de Sousa Brandão - o p.e e capelão da Sé de Coimbra, Manuel Homem de Abreu Brandão.
A minha linha de investigação descendente foi a de D. Sância Amália Pereira de Abreu Brandão, neta materna de João de Sousa Brandão e de s.m. Catarina Maria de Almeida e Morais. No seu assento de baptismo em Assafarge em 29.03.1790 é dita neta materna de Catarina Maria de Almeida e MORAIS. Mais adiante, no mesmo assento, é dito ter sido madrinha a avó, novamente referida como Catarina Maria de Almeida e MORAIS. E não é de estranhar que tenha usado tal apelido. Era ela neta materna de outra Catarina de Almeida, de Vale de Açores. Esta outra Catarina de Almeida, avó materna de Catarina Maria de Almeida e MORAIS era filha de Manuel de Morais e de s.m. Maria Mendes, neta paterna de António Martins de Morais e de s.m. Maria Simões, e materna de Luís Mendes e de s.m. Catarina de Almeida.
Quanto aos Monteiros-mor de Mortágua. Em 05.09.1789 por falecimento de Bento Rodrigues Guimarães, COC, negociante do Porto, João de Sousa Brandão, morador no lugar do Freixo, recebe carta de propriedade do ofício de Monteiro mor da vila de Mortágua e seu distrito. João de Sousa faleceu em 20.04.1815 no Freixo. Seu filho, Francisco de Almeida Brandão e Sousa, menos de 2 meses após o óbito de seu pai, em 14 de Junho, recebe carta de propriedade do mesmo ofício.
Permita-me que lhe faça uma pergunta. O seu username pode indiciar o uso sos apelidos Almeida e Sousa. Tem alguma relação familiar com esta família ?
Melhores cumprimentos,
António Taveira
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João de Sousa Brandão
Caro confrade,
Reparei, entretanto, que colocou no geneanet uma árvore genealógica que me permitiu aperceber-me da descendência de Maria de Sousa, filha de João de Sousa Brandão. De facto desconhecia-a. A última referência que tinha dela era de um "amadrinhamento" em 1798 em Mortágua.
Como lhe disse, foi a descendência da irmã Rosa que desenvolvi, por onde se transmitiu o apelido Brandão até minha sogra. E, mais para trás, foi a origem deste apelido que busquei. Confirmando as suspeitas que tinha que, na sua origem, há um tronco com os Brandões do terror das Beiras.
Estou ao seu dispor para mais informação que deseje.
Melhores cumprimentos,
António Taveira
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