Escravos Baixo Alentejo
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Escravos Baixo Alentejo
Boa noite.
Tenho alguns ancestrais que foram escravos em algumas regiões do baixo Alentejo.
Se alguém souber alguma coisa acerca dos escravos nesta altura ou de livros, algo acerca das herdades ou famílias que donas das herdades na altura eu agradecia imenso a ajuda.
Patrício José 17-03-1763 nascido na Amendoeira, Alcaria Ruiva, Mertola, filho de Thereza De Jesus natural de Faro, escrava de Marcus Affonso da Amendoeira, Alcaria Ruiva.
Casou em 15-04-1789 em Santa Cruz, Almodovar, com Benta Maria nascida a 24-09-1771 no Monte Do Boi, Santa Cruz, Almodovar, Filha de Josefa Maria nascida a 28-09-1742 no Monte Da Perdigoa, Castro Verde, escrava de Jose Gomes De Britto do Monte Do Boi. Era neta materna de Andreza escrava de Ignacio De Britto do Monte Da Perdigoa.
Como em Historia nao aprendemos muito acerca da vida dos escravos em Portugal tenho imensa curiosidade de saber mais acerca.
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https://www.rtp.pt/play/p1683/e183838/historia-a-historia
Sc.
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A reportagem até aborda aspectos importantes sobre escravatura. Mas na reportagem não há uma noção do tempo em que os factos reportados ocorrem, o que é uma falha muito grande para um historiador. Os escravos que chegam a Lagos em que na partilha está presente o Infante D. Henrique, não é uma venda de escravos que se trata.
A escravatura só foi legalizada no tempo de D. Manuel I, devido à imposição de Castela para este rei poder casar com as sucessivas rainhas espanholas, a política mudou com D. Manuel I não só na escravatura como na religião onde quem não perfilhasse a religião Cristã tinha de se converter contra a sua vontade à religião católica.
Até a construção do Mosteiro da Batalha parou para não ferir sensibilidades do lado de Castela, pois ali não poderiam ser sepultados nem o Rei nem a Rainha que foram pró Castela! Sobre os escravos em Lagos, como disse não se tratava duma venda mas sim partilhar, o termo ainda hoje está correcto que significa ter capacidade de partilhar, cooperar e acompanhar.
Era aquilo a que nós hoje chamamos cooperação, aqueles escravos estavam a ser partilhados por famílias nobres para serem educados nessas casas e depois passados sete anos eram devolvidos a África. O grande obstáculo para se conseguir fazer essa aculturação mais rapidamente teria de se dividir famílias, aí era o momento de grande consternação e grande tristeza entre os escravos.
Passados sete anos de contacto com a cultura europeia eram devolvidos às suas origens e era com eles que depois os navegadores portugueses contavam num eventual regresso a África. Dentro desta cooperação chegaram a receber educação em Portugal vários reis do Gongo e suas famílias. Outra grande falha é não falar dos escravos brancos feitos prisioneiros na costa de Portugal e depois vendidos no Norte de África como escravos, ou então eram resgatados.
Aquilo era olho por olho dente por dente, tanto os portugueses podiam fazer escravos na costa que depois eram vendidos a grandes lavradores da zona, como também os próprios lavradores e sua famílias poderiam ser feitos escravos, por argelinos e turcos e outros esclavagistas que se dedicavam à pilhagem pela costa do território. Portanto a escravatura não deve ser vista só do lado dos negros, também haviam escravos brancos.
Cumprimentos
Zé Maria
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Caro Confrade;
A escravatura a que o historiador se refere, começou em
08/08/1444, século XV, 1ª partilha escravos em Portugal.
Se analisar ao pormenor, vai ver que em matéria de datas,
a reportagem até está aceitável.
Veja os tempos video; 01:38 a 05:50,
Está lá tudo explicado.
Cumprimentos
Sc.
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A política sobre a escravatura mudou com o Rei D. Manuel I submisso aos interesses de Espanha até que o seu filho D. Henrique bispo de Évora acabou por entregar o trono de Portugal a Castela. O prior do Crato opunha-se a esta política de D. Manuel I sobre a escravidão por isso ele conseguiu juntar mais de 2000 escravos em Alcantara para lutar contra Filipe II de Castela, seguidor da política da escravidão iniciada por D. Manuel I em Portugal. E depois de reconhecido como rei de Portugal, Filipe II de Espanha, continuou a política de escravidão iniciada pelo seu avô. E essa política de escravidão prolongou-se durante toda a dinastia filipina em Portugal. Só depois da Restauração começaram a aparecer os primeiros escravos forros.
https://digitarq.arquivos.pt/details?id=5881945
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Boa tarde,
existe um livro de Jorge Fonseca com o título "Escravos em Évora no século XVI (Edição da Camara Municipal de Évora, 1997).
Nesse livro é feito um levantamento de alguns / bastantes escravos da região de Évora.
Atenciosamente,
J.C.
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Obrigado
https://www.rtp.pt/play/palco/p11367/e671671/rua-das-pretas-coliseu
Sc.
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