Sacramento, Lisboa, nota a' margem de casamento
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Sacramento, Lisboa, nota a' margem de casamento
Boa tarde,
O casamento de Joao Baptista António Gonçalves
https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4816331 (img 220, dta.)
revela a' margem que o seu apelido foi alterado por sentença judicial.
Algum dos confrades podera' prestar auxilio na identificacao de tal sentenca?
agradeco antecipadamente
jr
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Confrade,
Não seria o apelido da mãe? Li Gerou
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Apesar deste averbamento estar um pouco escondido pela dobra da folha, do que leio e interpreto, os nomes não foram alterados por sentença judicial mas sim corrigidos por sentença, provavelmente episcopal. Terão sido incorrectamente escritos neste registo e os noivos pediram a sua correcção.
A declaração averbada indica que o nome do noivo é João Baptista António Girou (e não Gonçalves) e o da noiva é Rozália Victória Girou (e não Delicada).
Cumprimentos
João Clímaco Lilaia
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Uma nota adicional:
Tendo estes noivos casado em 1815 e este averbamento sido feito em 1871, é muito provável que a correcção não tenha sido pedida por eles mas pelos seus descendentes.
Cumprimentos
João Clímaco Lilaia
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No lado direito da imagem 732, tem o registo de casamento dos pais da noiva:
https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4814638&FileID=PT-ADLSB-PRQ-PLSB14-002-C2_m0732.TIF
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Caros Confrades Mila e J.Lilaia
Agradeço as vossas respostas e informacoes adicionais. Efectivamente, o apelido estabelecido em 1871 e' "GIROU", da parte da mae. A razao pela qual gostaria de encontrar a narrativa exacta de tal sentença prende-se com o facto de "GONCALVES" ser também um apelido legitimo, uma vez que se trata do apelido do pai.
Joao Baptista teve 8 filhos, de entre os quais um certo António Cláudio, nascido em 1825 e que casa em 1853, casamento este onde jah se encontra identificado como "GIROU" (https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4816588 img.0847), pelo que estaria curioso em perceber a razao para a mudança. Admito que possa ser qualquer coisa do género "Posso mudar o apelido da família, retrospectivamente, de GONÇALVES para GIROU?". E a resposta ser "Sim", mas admito que talvez haja uma justificacao para esse pedido que poderia constar da tal sentença.
A questao adensa-se subsequentemente no que respeita a alguns filhos de Antonio Claudio, notavelmente Antonio Feliciano e Carlos Onofre. Nascem respectivamente em 1859 e 1863, casando em 1884 e 1894 respectivamente (https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4816170 img.357 e https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4820854 img.376). Em ambos os registos de casamento o apelido e' "LYZ GIROU" ou uma sua variante "LIZ", "LIS", etc. O apelido "GIROU" eh proveniente da avo' paterna, mas a particula "LYZ" parece apenas por volta da segunda metade do sec. XVIII.
Existem algumas informacoes relativas a um certo Conselheiro GAMBOA LIS que processa Joao Baptista Girou (este, filho do Joao Antonio Baptista Girou, ne' Goncalves) - e.g https://digitarq.arquivos.pt/details?id=8667961, mas sera' muito possivelmente coincidencia.
Tudo isto para tentar perceber a ascendencia da avo' GIROU (Margarida Henriqueta), que casou em Tanger com um COLACO, mas cujo registo de casamento nao e' filiativo, salvo referir que nasceu no Delfinado (actual regiao de Grenoble em Franca).
sem mais,
atentamente
jr
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PS. A historia eh muito mais complicada: Margarida Henriqueta tem interacoes com a Lei no primeiro quartel do Sec. XVIII (documentacao tambem na TT):
https://digitarq.arquivos.pt/details?id=8010874
"REQUERIMENTO DE D. MARGARIDA HENRIQUETA HIPÓLITA GIROU, VIÚVA DE JOAQUIM JOSÉ GONÇALVES COLAÇO, INTERPRETE EM MAZAGÃO, OFICIAL DA EMBAIXADA EM PARIS, CÔNSUL GERAL NO MOGADOURO, SOLICITANDO A CONCESSÃO DE UMA PENSÃO OU TENÇA COMO REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS DO SEU MARIDO"
E' designada como "A Francesa", o que seria derrogatório a' epoca dada a memoria, certamente ainda viva, das invasões francesas.
Mas estes documentos nao revelam qualquer informação sobre a ascendência da senhora, embora pudessem provavelmente servir como um guiao para cinema.
jr
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PS2. Também me ocorreu que João Baptista António GIROU (ne' GONCALVES), cujo filho João Baptista, casado com uma Corte-Real, foi processado na zona da Arruda/Vila-Franca, tenha tido uma caso com uma moça Gamboa E LIS, e que potenciais filhos tenham, nos respectivos baptismos, sido registados como filhos da sua legitima mulher - Rosalia Vitoria - para nao levantar escândalo.
Mas, claro esta', isto e' tudo uma rocambolesca interpretação, certamente inverosímil.
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PS3. Ou talvez "Liz" tenha sido introduzido no apelido de Antonio Feliciano e Carlos Onofre por via materna - o pai Antonio Claudio casou com uma certa Carolina Inacia Branca da Silva da regiao de Penamacor/Guarda, etc e nesta regiao ha' uns poucos "LIS", mas nenhum aparece explicitamente na ascendencia de Carolina Inacia.
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