Monumento "pré-Portugal"

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Monumento "pré-Portugal"

#24478 | ra6666 | 16 jul 2002 16:44

Embora em ruinas, mas ainda, pelo menos, há cerca de 3 anos, digno de ser admirado!
Consta de 1 diploma datado do ano 907, a doação da Quinta do Freixo, constituida por um edifício imponente, embora simples, mas reflectindo a arquitectura categorizada e graciosa do passado longínquo, Capela exterior ampla, formando um conjunto, então, bonito e atraente, possuindo ainda assinalável extensão de terreno de cultivo.
Mal-grado o seu elegante claustro estivesse quase todo derrubado, as artísticas e harmoniosas pinturas interiores das paredes, tectos, inutilizadas, e grande parte do telhado derrubado, a sua visão, da entrada principal, com a sua avenida, também destituida de todos os pilares e adornos que a ladeavam, ainda "magnetizava" e obrigava a imaginar como teria sido maravilhosa no passado ainda não muito remoto!
Foi doado por Olario Dariz, a Trudilli, irmã daquele; nesse documento consta a cedência de 3 escravas, de nome Marianeu, Sahema e Zafara, todas mouras. Daqui, a desigação, "Casa Mourisca"!
Em 1652 era dono da Quinta, Luis Alvares Madureira, como constava duma lápide no fontespício da Capela, que tinha a indicação de N.S.ª da Natividade, e depois de N.S.ª da Misericórdia. Esta imagem foi para a casa da Família Cirne, quando se vendeu: o último donatário foi Francisco Diogo de Sousa Cirne, da Família dos Madureiras.
Existia, além disso, um freixo muito antigo e volumoso, sendo necessário três homens para o abraçar!
Esta Quinta pertenceu também a Maximino Pinto Mendes, oriundo, por varonia, dos Leitões de Carvalho, natural de Valdigem, Douro, e opulento proprietário em Portugal e no Brasil, aonde registou um invento.
Possuía também o Palacete e Quinta de Malta, localidade contígua, onde faleceu.
Talvez impressionado pelas tragédias ocasionadas pela filoxera, tentou imitar as suas vinhas do Alto Douro, fazendo grandes plantações de videiras trazidas daquela região montanhosa, não colhendo, todavia, o resultado que desejava, porque os terrenos de boa produção cerealífera, não eram adequados, pensa-se, para o fim em vista.
Esta Quinta do Freixo, situada em Guilhabreu, Vila do Conde, era uma das mais importantes das terras de Entre-Douro e Minho. Basta anotar que quase todas as casas desta freguesia, assim como das limítrofes, pagavam foros aos antigos proprietários desta Quinta, sendo alguns de alto valor!...

Iurancha

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#24606 | 1640 | 18 jul 2002 13:16 | In reply to: #24478

Cara Senhora ou Caro Senhor

Será possível dizer-me, s.f.f., se conhece ou tem notícias àcerca da eventual descendência de Maximino Pinto Mendes?
Em que século a Quinta do Freixo pertenceu a este Senhor?
Obrigado e cumprimentos

G.L.

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#24642 | aburma | 19 jul 2002 10:20 | In reply to: #24478

Cara(o) Iurancha,
A propósito do que refere sobre foros, posso informá-lo que até 1974 a minha avó Maria da Purificação de Carvalho Rebelo Teixeira Cirne de Bettencourt, ainda os recebeu relativamente ao Freixo em Guilhabreu. Os foros foram abolidos após a Rev. de 1974, mas eu ainda me lembro perfeitamente de a minha avó se lamentar dos atrasos e da incúria do procurador!
Um abraço
aburma

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#24674 | ra6666 | 19 jul 2002 18:57 | In reply to: #24606

Ignoro se teve descendência! Contudo, no Boletim n.o 3 da Associação da Nobreza Histórica de Portugal, (A.N.H.P.), aparecem os seguintes sócios com os mesmos apelidos dele:
- D.Iva Pinto Mendes
- Ivo Pinto Mendes
- José Ivo Pinto Mendes
É claro que nem tudo o que parece é!... Consultando a Publicação obterá os endereços e assim, poderá confirmar, se de facto, pertencem à mesma família ou não.
Cumprimentos e disponha
Iurancha

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#24686 | ra6666 | 20 jul 2002 11:53 | In reply to: #24674

Observação:
Por limitação "de tempo", o teor da minha redacção não foi explicitado conforme pretendia, ficando também a resposta mutilada! Completando esta:
- Primeira metade do século transacto.

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#24711 | vbriteiros | 20 jul 2002 19:00 | In reply to: #24642

OH! Aburma.
Ora agora estamos perto de ser Primos, porque o meu 17º Avô, Filipe Fernandes casado com D. Inês Gonçalves foram donos da Quinta da Costa em Santa Cristina de Malta, aí por volta de 1500. Foram depois para Barcelos e deram origem ao que Gayo chama " Costas de Barcelos"
vbriteiros

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#24722 | ra6666 | 21 jul 2002 17:18 | In reply to: #24642

Ex.mo Senhor

Agradeço a achega, a qual valoriza a minha incipiência no que concerne a este histórico e historiado Monumento, com indignidade, quando o "visitei", votado ao mais completo abandono!...
Deus guarde a V.Ex.ª

Iurancha

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#24723 | ra6666 | 21 jul 2002 17:24 | In reply to: #24722

NOTA: (A mensagem anterior é endereçada, naturalmente, ao Ex.mo Senhor aburma)!

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#24724 | aeiou2 | 22 jul 2002 08:47 | In reply to: #24642

Caro Alexandre Burmestre
Fiz a árvore de costados de um dos antepassados do António Maria Fevereiro e que tem pessoas que lhe devem estar ligados (os pais da Chamarro,o Sr da Qta de Valinhas..),assim como ao Manuel Maria M M de Magalhães.Olhem a minha mensagem em Casa de Cardozo em S.Martinho de Mouros a 20.7.2002 para amtf e a corecção e continuação 3 mensagens abaixo também a 20.7.2002 para amtf
Um abraço
Maria

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#24746 | aburma | 22 jul 2002 18:02 | In reply to: #24724

Maria,

Quando e se algum dia eu escrever a história da(s) minha(s) família(s), o seu nome figurará por certo e à cabeça em "Agradecimentos", tal é a quantidade de informação que já se deu ao trabalho de me fornecer!

Um abraço

Alexandre

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#24773 | 1640 | 23 jul 2002 18:47 | In reply to: #24686

Muito obrigado pelas informações.
Cumprimentos
G.L.

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#26758 | LuisBelliago | 17 sep 2002 18:59 | In reply to: #24642

Monsieur Visconde

Bitte, será plausível deduzir que a lápide com a indicação; N. Senhora da Natividade, citada no prelúdio do tópico, estará com o representante desta linhagem? Este, é também chefe da estirpe?
Solicito o esclarecimento, porque, - julgo - que um pequeno número de instituidores de mogadios, faziam tábua rasa de alguma da consentaneidade: ignorando, por exemplo, a transmissão dos vínculos de primogénito em primogénito, em linha varonil!

Kind regards

Luis Belliago

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#26769 | aburma | 17 sep 2002 22:58 | In reply to: #26758

Gutten Abend Herr Belliago,

Folgo muito em ouvir de novo a sua misteriosa voz, passe a metáfora. O tom críptico (e também sibilinamente crítico) das suas mensagens não cessa de m'ammuser!
Excelente questão a que coloca, quanto aos whereabouts da lápide: aí poderá residir a chave para o mistério, bem como para os insondáveis desígnios do instituidor. Esta hipótese faz-me recordar a história do sapatinho de cristal da Cinderella: quem o tiver é que é o misterioso príncipe, concomitamtemente, o chefe da estirpe (ou o representante da linhagem?).

Yours sincerely

Viscount B & SP

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#26843 | LuisBelliago | 18 sep 2002 18:23 | In reply to: #26769

ERRATA:
Onde se lê - que um pequeno número de instituidores de morgadios, faziam..., deve ler-se - que não um pequeno número de instituidores de morgadios, fazia...

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#26870 | aburma | 19 sep 2002 00:52 | In reply to: #26843

Depreendi do sentido do texto que era isso que pretendia escrever, dear Sir.

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RE: Monumento "pré-Portugal"

#26949 | LuisBelliago | 19 sep 2002 18:42 | In reply to: #26870

Monsieur Visconde

"Auctori incumbit onus probando!"
Vielen dank pela exposição circunstanciada, profunda, inequívoca, allegro und to poke fun at, auch, em resposta ao meu teminha.
Mas o que me encheu as medidas, foi o conto da Cinderela! De tal modo, que quando me deitei, imaginei-o, muito afectuosamente, a contar-me o conto, de forma muito eficaz, pois quando a narração ia pela metade, adormeci e... tive rêves cor de rosa!
Bem aja

Luis Belliago

Nota: Para grande regozijo seu, por certo, e a fazer fé no que escreveu, tenho muito gosto em o informar de que relativamente, pelo menos..., a uma estirpe portuguesa, procedemos do mesmo sujeito!!!...

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