Para María Emma Escobar
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Para María Emma Escobar
Nos últimos tempos, têm sido inúmeras as contradições com que me deparei na procura de descobrir a linha varonil da família Mendóça.
Num ponto julgo todos os genealogistas concordarem: O primeiro desta família que veio estabelecer-se em Portugal foi o fidalgo castelhano Fernão Furtado.
Porém, querem uns que viesse de Castela, durante o reinado de D. Dinis; outros, na companhia da rainha D. Brites, mulher d' El-Rei D. Afonso III; e pretendem outros ainda que tivesse vindo na qualidade de Embaixador ou Enviado por por parte de D. Pedro - o Cruel - no reinado de Afonso IV.
Logo aqui aparecem algumas dúvidas.
Certo parece que fora senhor da honra de Pedroso em Portugal e que casara com D. Guiomar Afonso de Resende, filha de D. Giraldo Afonso de Resende, senhor da honra de Resende, neto paterno de D. Rodrigo Afonso, O Merda Assada, da linhagem dos de Baião, e de sua mulher D. Teresa Soares de Riba-Vizela.
No entanto, a respeito da sua filiação notam-se variadíssimas dúvidas e contradições. Querem uns que fosse filho de D. Iñigo Lopes de Mendoza; outros de D. Diogo Lopes de Mendoza; e ainda há um terceiro grupo de genealogistas que opinam ser filho de D. João Furtado de Mendonça.
Em relação ao ascendente varonil mais conhecido de Fernão Furtado, querem uns que fosse D. Suria, senhor da Biscaia, que pelos seus descendentes Lopo Lopes de Mendoza e Gonçalo Lopes de Mendoza, filhos de Lopo Iñigues, foi o progenitor de todos os fidalgos que, desde então, têm usado o apelido Mendoza em Espanha, que é o de Mendóça ou Mendonça em Portugal.
Porém, outros referem Fernão Furtado como descendente de D. Fortúnio, o Zurio, 2º senhor soberano da Biscaia, casado com D. Aurea e filho de D. Lopo Sarracines, Conde e 1º senhor soberano da Biscaia, pelo ano 900, casado com D. Dalda.
Devido a todas estas contradições, e porque me disseram ser especialista nas genealogias mediavais espanholas, peço-lhe que me ajude nesta dificíl questão da linha varonil da família Mendóça.
Melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: Para María Emma Escobar
Prezado Luis,
Discutimos há uns meses, inconclusivamente, esta questão, na gen-med, Manoel Cesar Furtado, Maria Emma, e eu meio de ouvinte. Maria Emma propôs uma identificação entre os coetâneos Fernão Peres ``Furtado'' e F. P. ``Cativo,'' identificação essa que acho difícil face à documentação portuguesa e outros detalhes. Foram localizados documentos - Manoel César passou-me cópias, datados do século XII e com letra consistente, citando ao menos um Furtado em Portugal naquele tempo.
Está difícil o caso. Minha intuição - veja bem, *intuição*, que pode ou não ser confirmada pelos documentos - é que:
1) Fernão Peres ``Furtado'' seria de fato dos Laras.
2) Não teria sangue Mendóça.
O apelido Mendóça aparece na família pelo século XV, e teria sido incorretamente acrescentado. Pressinto isso porque não há Iñigos, entre outras coisas, nome tão dos Mendóças, nas primeiras gerações em Portugal.
Falta esclarecer o caso dos Furtados portugueses do século XII. Manoel Cesar ficou de nos postar um resumo na gen-minas.
gdes abcs, Francisco Antonio Doria
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