chefia dos Noronhas e casa Vila Real
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chefia dos Noronhas e casa Vila Real
Caros confrades,
Gostaria de saber a vossa opinião, em particular do Nuno Borrego, do LCM, do Jacinto Bettencourt e do Jorge Costa, sobre a chefia dos Noronhas.
O CN atribuia aos Marqueses de Vagos, descendentes, por bastardia legitimada, do Duque de Caminha, pela sua filha, D. Antónia de Meneses, ao lhes dar a representação da casa Vila Real, com os seus inumeráveis títulos extintos.
Acontece que a representação do ramo legítimo está nos Marqueses do Lavradio, pelo casamento do Duque de Aveiro com a filha do 5.º Marquês de Vila Real, avô do Duque de Caminha e pai do 1.º Duque de Vila Real.
O que deve prevalecer num caso destes?
Se tivessem de proceder a uma publicação sobre chefias o que diriam?
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RE: chefia dos Noronhas e casa Vila Real
Caro Francisco,
Sabe qual foi a fundamentação do CN, ou os termos da legitimação daquela D. Antónia de Meneses?
Obrigado,
Jacinto
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RE: chefia dos Noronhas e casa Vila Real
Caro Francisco,
Quanto à fundamentação do CN ignoro, nem sei se podemos ter acesso.
Quanto aos termos da legitimação, confesso que não conheço a carta. Tanto quanto sei a legitimação não equiparava os filhos ilegítimos, bastardos ou naturais, aos filhos legítimos, salvo se fosse plena, ou seja por casamento posterior e não apenas por acto régio (semi-plena). Nem mesmo a dita grande legitimação, pelo Papa, o poderia, segundo a maioria da doutrina, embora não unânime, fazer (o que não foi sequer o caso - tanto quanto sei só foi dada aos Feira e aos Vila-Flor). Ora plena não foi.
Há outra hipótese mais rara - a que resulta de o acto régio não legitimar a título genérico, mas referir especificamente certos direitos, nesse caso poderiam suceder nesses direitos com preferência sobre os legitimos mesmo que meios-irmãos, desde que mais novos.
Não conheço a carta mas duvido que os possa legitimar para sucederem em títulos já extintos por alta traição, e muito menos acho provavel que os legitime para sucederem numa chefia. Terá sido outro dos muitos erros do Anuário, como o que atribui a chefia dos Mendoças aos Loulés? Para já não falar de outros mais graves, que todos já sabem...inseridos noutra parte da publicação...
Mas já agora talvez o Nuno B., o LCM ou outro confrade conheça a carta.
Espero contributos e poderia ser um tema a debater no colóquio.
Outro caso similar é o dos Marqueses de Fronteira que para além da autorização de D. Manuel II para usarem o conde da Torre, que eventualmente se extenderá lato sensu aos outros títulos da casa - Fronteira e Coculim, vieram a suceder igualmente na casa Alorna/ Assumar e na representação genealógica dos Marqueses de Távora, quando existiam descendentes legítimos de todas estas casas (inclusive da Fronteira).
Caso similar pode colocar-se quanto ao Marquês de Aguiar, que segundo julgo, mas tenho de confirmar é anterior à bastarida dos Vimioso, nunca mais tendo sido renovado, ao contrário do CV e MV.
Um abraço,
FPCN
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RE: chefia dos Noronhas e casa Vila Real
Corrijo - como é evidente queria dizer caro Jacinto,
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RE: chefia dos Noronhas e casa Vila Real
Caro Francisco,
A chefia dos Noronhas está nos Vagos pelos Valadares, segundo me parece. Vou cruzar alguns elementos e depois digo-lhe o que houver.
Abraço
NB
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RE: chefia dos Noronhas e casa Vila Real
Caro Nuno,
O primeiro conde de Valadares era filho da D. Antónia. Tanto quanto sei demandou a casa Vila Real, mas não logrou nela suceder. Foi por isso que lhe foi dado o condado. O que me parece é que os seus direitos vinham dos Vila Real e não do marido da D. Antónia, embora fosse Noronha. De todo o modo a questão pode nesse caso não se colocar quanto à chefia dos Noronhas mas continuaria a colocar-se quanto à representação genealógica dos Duques/ Marqueses de Vila Real.
Mas se descobrir algo divergente, tinha interesse.
Um abraço,
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RE: chefia dos Noronhas e casa Vila Real
Caro Francisco Nápoles,
Só uma nota: pelo que percebo, essa questão ou contenda foi objecto de decisão judicial, tendo o condado seguindo na descendência da D. Antónia.
Bem sei que o actual titular é um possuidor precário. Mas também me parece que a decisão encerrou a questão.
Um abraço,
Jacinto
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RE: chefia dos Noronhas e casa Vila Real
Caro Jacinto, o condado foi atribuído ex novo e não advinha dos Vila Real.
Um abraço,
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RE: chefia dos Noronhas e casa Vila Real
Caro Francisco,
Não vislumbro sangue Vila Real na Casa de Aveiro, pelo menos pela via que sugere. Fazendo fé no Livro de Oiro da Nobreza a linha legitima, primogénita, dos Noronhas, estará nos Valadares.
Estes demandaram a Casa Vila Real, mas depois do crime de lesa-majestade não me parece, por melhores direitos que tivessem, que a mesma lhe fosse entregue, cujos bens tinham já servido para criar a Casa do Infantado.
Na minha opinião, caso se coloque a representação genealógica destes títulos, extintos para todo o sempre pelo referido crime, deve a mesma estar na linha legitima primogénita, que no caso me parece ser a dos Valadares.
Abraço
NB
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RE: chefia dos Noronhas e casa Vila Real
Caro Alentejo,
1) D. Pedro de Meneses, 3.º Marquês de Vila Real, cc. D. Brites de Lara;
2) 4.º Marquês de Vila Real, s. g.;
2) 5.º Marquês de Vila Real, c. g. ilegítima nos Marqueses de Vagos;
2) D. Juliana de Lara, cc. 1.º Duque de Aveiro, com geração representada pelos Marqueses do Lavradio;
2) outra filha representada pela condessa da Vidigueira, marquesa de Niza, por via dos condes da Castanheira.
A questão coloca-se, portanto, neste termos (cfr. NFP, vol. VII, p. 594; NPB, vol. 3, p. 525; HGCR, t. II, p. 291. Havia um pequeno lapso, a D. Juliana é irmã e não filha do 5.º Marquês, o que para este efeito é irrelevante.
Caro Nuno é este o problema que coloquei,
Um abraço,
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RE: chefia dos Noronhas e casa Vila Real
Caro Francisco,
Concordo. A linha mais próxima dos Marqueses de Vila Real é a Casa Lavradio. Mais um caso complexo. Algo semelhante aconteceu com os Condes da Feira, em que foi dado um título novo a D. Miguel Pereira Forjaz, no séc. XIX, todavia a representação dos Antigos está na Casa Sabugosa.
Abraço
NB
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RE: chefia dos Noronhas e casa Vila Real
Caríssimos:
A minha intervenção não tem directamente a ver com a questão que deu origem a este tópico. Trata-se antes da ligação dos Moreiras aos Vila Real. Como é sabido, a representação dos Moreira e o seu Solar em Moreira do Castelo, Celorico de Basto, foi “absorvida” por esta família pelo casamento de D. Maior Portocarreiro (aqui em: http://www.geneall.net/pessoas/pes_show.php?id=8807) com o 1º Conde de Viana do Alentejo.
Ora esta D. Maior era bisneta paterna de João Rodrigues de Portocarreiro e de Margarida Fernandes, filha herdeira de Fernão Gonçalves Moreira, Sr da Honra de Moreira.
Mas a minha questão nem está na “inclusão” mas sim na “exclusão”, i.e. o destino da Casa da Torre de Moreira após a extinção e confiscação dos bens dos Vila Real.
Será que existe alguma publicação que refira pormenorizadamente o destino desses bens? Passaram todos para a Casa Real, através do Infantado? E se foi esse o seu destino, alguns terão sido posteriormente emprazados ou mesmo vendidos? Enfim, alguém sabe o que aconteceu à Casa da Torre em meados do séc. XVII?
Já em tempos tinha abordado esta questão no
tópico “Dúvidas na linhagem Moreira”.
Obrigado pela atenção,
Vasco Jácome
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