Brasão em Mértola
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Brasão em Mértola
Meus Caros
Em tempos passei em Mértola e encontrei no interior do castelo, simplesmente encostada à muralha, uma pedra de armas em mármore branco, provavelmente retirada de casa particular demolida : Escudo partido em pala,primeiro da pala partido, no primeiro cruz florenciada vazia -Pereira(?), no segundo cinco flores-de-lis - Maldonado(?); segundo da pala: castelo de 3 torres sendo as laterais encimadas por duas águias, porta do castelo encimada por escudete com 3 flores-de-lis. Elmo de perfil fechado com virol e como timbre leão rompante(devia ser saínte) com uma flor-de-lis na espádua -Bravo.
A que família teria pertencido e a que Casa? Aproveito para lamentar que uma Autarquia trate assim uma peça de valor escultórico e cultural que devem ser escassos por ali!!
Vasco Briteiros
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RE: Brasão em Mértola
Caro Sr Briteiros,
Queira dar licença ao pobre Francês que ainda não conseguiu arranjar o méio de acentuar correctamente a nobre lingua lusa (teclado o diversa "police de caractères"...?) de agradecer-lhe por ter feito esta sua pregunta.
Também fiquei triste por contemplar tal falta de consideração com as tais pedras de armas. Nada de explicação, nem de cuidado para expô-las convenientemente. Que triste e injusto destino para tão nobre fortalêza da Ordem de Santiago (salvo erro...).
Com os meus respeitosos cumprimentos de Nice,
Philippe Martins
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RE: Brasão em Mértola
Caro Sr Briteiros,
Queira dar licença ao pobre Francês que ainda não conseguiu arranjar o méio de acentuar correctamente a nobre lingua lusa (teclado o diversa "police de caractères"...?) de agradecer-lhe por ter feito esta sua pregunta.
Também fiquei triste por contemplar tal falta de consideração com as tais pedras de armas. Nada de explicação, nem de cuidado para expô-las convenientemente. Que triste e injusto destino para tão nobre fortalêza da Ordem de Santiago (salvo erro...).
Com os meus respeitosos cumprimentos de Nice,
Philippe Martins
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RE: Brasão em Mértola
Caro Philippe Martins.
Não se lamente por não poder acentuar devidamente as palavras portuguesas.Eu que aprendi a língua materna na escola primária com muito rigor, já falho em muitos casos devido às novas regras ortográficas impostas pelos acordos com os PALOP , a tradicional pressão oficial brasileira e ainda pela actual "invasão brasileira" quer nos media ,quer no mundo do trabalho.
Usufrua com prazer o privilégio de poder passear no Promenade des Anglais e tomar uma bebida no Negresco. Saudades de tempos idos.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Brasão em Mértola
Caro Vasco,
Sem grande margem de erro julgo que essas armas foram atribuídas a António Rodrigues Bravo, cap. reg. mil. de ourique, cav. ord. santiago, correio-mor de mértola, nat. de castro verde. Teve CBA para Rodrigues e Bravos por carta de 20-IX-1798 (Sanches de Baena, pág. 83).
Na primeira pala estão as armas dos rodrigues (presumo que mal representadas, pois não vi o brasão), que são em campo de ouro cinco flores de liz de vermelho, chefe vermelho com uma cruz de ouro florida e vazia no campo. sendo o timbre destas armas um leão de ouro, nascente, com uma flor de liz na espádua. Na 2.ª pala estarão as armas dos Bravos, talvez também mal representadas.
Abraço
NB
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RE: Brasão em Mértola
Caro Nuno.
Tem razão . Verificando melhor a fotografia que possuo, a primeira pala realmente não é partida, mas sim um chefe com dimensão um exagerada. Portanto é Rodrigues de Martim Rodrigues segundo o Armorial Lusitano. Quanto ao segundo é realmente Bravo, bem esculpidas ( O Amorial Lusitano não cita estas Armas) segundo a descrição da Verbo-Vol 4 pág. 11.
Curiosamente cita um Pedro Bravo ,governador em Braga (existe lá um Solar de Bravos mas com umas Armas plenas e simplificadas)filho de Pedro Bravo e D. Brites Esteves do Alentejo.
Aqui no Porto tambem existem duas pedras de armas com Bravos, na Rua das Flores. Parece que estes Bravos são chamados B. de Castela.
Obrigado pela ajuda.
Um abraço
Vasco
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RE: Brasão em Mértola
Caro Sr. V. Briteiros
Agradeço-lhe sinceramente pela sua amàvel e ràpida resposta.
Também conheci parte das manobras brasileiras a que se refere, quando estudei o Português na universidade (em Lyon) là pelos anos 88/89 (jà atacavam em força para impor aquele "diktat" simplificador...).
Aproveitarei este dia de folga para disfrutar da maneira que evocou, diante da Bahia dos Anjos (com sol hoje!).
Cordiais salutações respeitosas e gratas de um seu criado,
au plaisir !
Philippe Martins
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RE: Brasão em Mértola
Caro Vasco
Se me permite uma "colherada" deixe-me fazer uma correcção.
Quando li a sua primeira descrição não visulaizei a pedra de armas como o Nuno a descreveu. Agora, ao ler a sua segunda mensagem percebi. É que o primeiro nunca seria partido mas sim cortado pois só assim se pode confundir com a existência de uma chefe.
Recapitulando, e sem pretender dar aulas a ninguém, diz-se partido o escudo dividido em dois na vertical e cortado aquele em que a divisão é horizontal. Logo "partido em pala" é um pleonasmo...
Já agora fendido é aquele que é dividido em dois, por uma "diagonal" que parte da dextra para a sinistra e talhado aquele em que esta "diagonal" poarte da sinsistra para a dextra.
Cumprimentos (a bem da Heráldica)
João Cordovil Cardoso
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RE: Brasão em Mértola
Caro João Cordovil Cardoso.
Fez muito bem corrigir o meu erro e terei mais atenção em futuras descrições.
Cumprimentos
Vasco
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RE: Brasão em Mértola
Nuno
Como estive de férias estes dias hoje nem me lembrei que era quinta-feira.
Vou já pôr na agenda a próxima data para não falhar
Um abraço
João Cordovil Cardoso
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RE: Brasão em Mértola - António Rodrigues Brabo
Caros colegas:
A genealogia do Coronel António Rodrigues Brabo/Bravo, meu parente pela família Arnedo, foi já abordada neste mesmo Fórum, no tópico "Bravos ( Algarve séc XVII )":
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=13552
Os seus apelidos provinham de seu bisavô por varonia Manuel Rodrigues Brabo, natural de Fronteira, casado com Ana Maria Mera, natural de Arronches.
Nascido em Castro Verde, provavelmente cerca de 1770, António Rodrigues Brabo viveu sucessivamente em Mértola (onde era Correio-Mor quando lhe foi passada a Carta de Armas), Castro Marim (onde foi Capitão-Mor das Ordenanças) e Tavira, onde faleceu em 1840.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Brasão em Mértola - António Rodrigues Brabo
Caro Rui Pereira
Se pretender uma foto da pedra de armas em questão é só enviar-me o seu mailbox.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Brasão em Mértola
Caro João
E ainda, a união do fendido com o talhado resulta no "franchado" ou "esquartelado em aspa".
Um abraço
Artur João
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RE: Brasão em Mértola - António Rodrigues Brabo
Caro Vasco Briteiros:
Muito obrigado pela sua oferta. Gostaria muito de receber a fotografia da pedra de armas, que não conheço. O meu endereço de e-mail é "rmfrparrobahotmailpontocom".
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Brasão em Mértola - António Rodrigues Brabo
Caro Rui Pereira.
Já seguiu a foto para o seu mailbox.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Brasão em Mértola - António Rodrigues Brabo
Caro Vasco Briteiros:
Já recebi a imagem da pedra de armas. Mais uma vez obrigado.
Rui Pereira
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RE: Brasão em Mértola
Caro João Cordovil Cardoso.
Aceitei a sua chamada de atenção para o meu "pleonasmo", mas recapitulando o assunto concluí que não "o" teria inventado e verifiquei que já outros antes de mim o tinham feito e em situação "oficial".
Veja por favor:
Alvará de Armas de Mercê-Nova passada ao Visconde de Trevões, Emídio Ló Frreira, e Carta de Brasão:
Cartório da Nobreza,
liv. 10.º,fl 178 v..
Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
« Alvará de Brazão d´Armas pasado a favor do visconde de Trevôes
«........etc....etc.
Armas« de um Brazão d´ Armas, o qual será da forma seguinte : Um escudo "partido em palla" - Na primeira etc...
in Pedras de Armas de Matosinhos /Vaz-Osório da Nobrega - 1960. pág 80
Na mesma obra a pág 61 o Autor usa a mesma expressão par descrever as Armas do Barão de Alto Mearim . Na reprodução da CBA lê-se a mesma expressão.
Toda esta documentação está assinada pelos responsáveis: Conde Mordomo Mor, Escrivão da Nobreza do Reino , visto pelo Rei d´Armas, etc. !!
Maus professores, alunos ...
Melhores cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Brasão em Mértola
Caro João Cordovil Cardoso.
Julgo que a minha mensagem sobre "partido em pala" que hoje lhe enviei ficou deslocada. Veja por favor a mensagem que escrevi hoje.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Brasão em Mértola
Caro João Cordovil Cardoso
Queria somente esclarecer que a expressão que usei: maus professores...., se refere aos Livros e Cartas de Brasão que li e donde tirei os meus conhecimentos de heráldica, em que sou um autodidata. Em certa altura e já la vão uns anos, deixei de estudar este tema , dada a dificuldade de estabelecer regras e a falta de rigor do "departamento de concessão destas mercês", Reis d´Armas ou Cartório de Nobreza.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Brasão em Mértola
Caro Vasco Briteiros
É verdade o que diz, que em vários documentos originais se encontram expressões como as que citou.
Mas não é menos verdade que a gramática do brasão deve ser mantida e, se possível, melhorada.
Um dos problemas que temos tido em Portugal é a falta de estudiosos que sistematizem e criem um brasão único e definitivo por forma a que brasonar seja uma actvidade clara e simples.
Citando mais alguns exemplos que aprendi dos mestres com quem fui falando: a indicação da distribuição das peças num escudo: se são duas, em faixa, deve omitir-se esta última já que é a posição "por defeito". Assim só indicaremos quando é diferente. O mesmo com cinco peças que se dispõem, por defeito, em sautor ou aspa. É por isso que nas armas de Portugal deveremos dizer que os escudetes estão em cruz.
O mesmo acontece na descrição das partições em que, por vezes, se descrevem de uma maneira quase ininteligível. O modo mais fácil será sempre indicar primeiro como o escudo é partido (começar, por exemplo, com "esquartelado") e depois identificar as partições pelo seu nº, começando pelo primeiro (I). Em seguida descrever cada uma das partições.
Uma brasão imaginário poderia ser o seguinte:
Esquartelado. I - De prata uma aspa de azul. II - De arminhos. III - De azul três besantes de oiro em roquete. IV - Esquartelado: I e IV de prata uma caderna de azul. II e III de azul um leão rampante de oiro linguado e armado de vermelho.
Elmo de prata guarnecido de oiro.
Timbre: uma aspa de azul
Paquife e Virol com as cores do escudo
Provavelmente uma mesma descrição destas armas poderia ser feita de um modo mais complicado.
Este tipo de abordagem que, claro, poderá ter os seus detractores, não é mais d que trazer para o português a simplicidade do brasonar noutras linguas e que, na opinião de alguns mestres, merecia uma cuidada investigação e sistematização feita em meios universitários.
Espero que não leve a mal este arrazoado mas penso que todos ganharemos ao tornar mais clara e inteleingível esta linguagem já de si tão "sui generis".
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: Brasão em Mértola
Caro João Cordovil Cardoso
Perfeitamente de acordo e de modo algum levei a mal a sua chamada de atenção.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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