"Mare Nostrum"
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"Mare Nostrum"
Caros amigos,
Já nos roubaram património e a cultura com as Invasões francesas, a tragédia dos países lusófanos pós 25 de Abril, o roubo das jóias da Coroa na Holanda, agora querem o Mar. Não sei que mais nos irá acontecer.
Cumprimentos
E.Possolo
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RE: "Mare Nostrum"
NB-A ideia é a de transformar o que resta num sítio mal frequentado. Tudo o que fôr valioso passará previamente para a mão dos adversários de sempre rebaptizados com o nome de parceiros. Ele há por aí uma cantilena que começa com a frase:"Deixa-me rir...".Eu não há meio de ser capaz...
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RE: "Mare Nostrum"
Caro Conde,
Se me permite a intromissão, creio que a cantilena continua da seguinte maneira:..."Esta história não é tua". E é de facto, cada vez menos nossa, reféns que estamos da própria situação que criámos.
Atenciosamente
Luis Camizão
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RE: "Mare Nostrum"
Bom, já que estamos numa de desabafos, perdoem o meu, pois hoje acordei mal disposta: a história das pescas azedou-me o pequeno almoço, azedou-me o dia e, sobretudo, azedou-me a paciência! Eu bem gostaria de continuar a ter orgulho no meu país mas vai sendo difícil! As nossas vidinhas estão sendo marinadas em molho de vinagrete! Ele são escândalos atrás de escândalos, corrupção instalada que, de tal modo instalada, já virou "normalidade", exibições de poder com cheirinho a Al Capones de trazer por casa.
Onde está o Portugal que rasgou fronteiras? Onde estão os descendentes daqueles bravíssimos que lutaram por ideais, que transformaram um pedaço de terra neste rectângulo à beira-mar invejado?
A nossa marinha mercante foi DESTRUÍDA,agora querem destruir, também,as nossas frotas piscatórias? Andamos aqui ao sabor dos interesses de "nuestros hermanos"? Nuestros, uma ova! Meus não são!
Amigos, que podemos fazer para juntar todos os gritos da nossa revolta? Num grito só?
Aceitam-se sugestões.
mcc
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RE: "Mare Nostrum"
Cara MCC
O problema foi trocar-se o "Talent de bien faire" pelo "É fartar, vilanagem!", como se tem visto ultimamente.
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: "Mare Nostrum"
Caro Manuel da Silva Rolão,
Este é um daqueles temas que me aliciam.
Com o risco de me repetir, não acho nada disto surpreendente. Quando assinámos os acordos de adesão à mirífica e salvífica CEE (como na altura ainda se chamava) íamos - e continuámos - de mão estendida. O nosso poder negocial, nessas condições, nunca poderia ser muito grande. Acresce que não há, realmente, almoços gratuitos, e de alguma maneira haveríamos de vir a pagar os milhões de subsídios, os quais, diga-se, tirando as auto-estradas, desapareceram sem deixar rasto.
Eu faria uma sugestão: a partir de 2006 terminam os subsídios e passaremos a ser um contribuinte líquido da UE. Excelente ocasião para nos pormos a andar e regressarmos à EFTA, onde continuaríamos a gozar das vantagens de se ser membro da UE - comércio livre com os estados membros da União - sem termos de aguentar com os inconvenientes. Há só um pequeno busílis: como iríamos agora ressuscitar o escudo?
Um abraço
Alexandre Burmester
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RE: "Mare Nostrum"
Caro Alexandre Burmester
Concordo consigo. Aliás nem estou a ver como vamos conseguir manter a nossa indentidade. A nossa identidade cultural é como se vê. Mal tratada, ignorada, deturpada, vilipendiada, denegrida (etc), que o que fizemos de bem não é politicamente correcto ser mencionado e só interessa sublinhar os erros.
A identidade ou independência económica, é tb o que se vê. Cada vez temos menos de nosso. Cá nos entretemos com umas eleiçõezinhas de vez em quando para coçar o ego e dizer que somos independentes, que de resto, não vejo nada.
Cada vez somos mais o caixote do lixo da Europa, que interessa aos demais ter para onde mandar quem não lhes interessa.
Um abraço
Manuel da Silva Rolão
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RE: "Mare Nostrum"
Cara MCC,
As pessoas mais indicadas para resolver estes problemas é aquele dito "movimento regenerador" das figuras cimeiras portuguesas que o grão mestre da GOL a uns tempos atrás referiu sem se esquecerem do Franz Fishler esse grande "amigo" de Portugal.
Cumprimentos
E.Possolo
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RE: "Mare Nostrum"
Cara MCC,
As pessoas mais indicadas para resolver estes problemas é aquele dito "movimento regenerador" das figuras cimeiras portuguesas que o grão mestre da GOL a uns tempos atrás referiu sem se esquecerem do Franz Fishler esse grande "amigo" de Portugal.
Cumprimentos
E.Possolo
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RE: "Mare Nostrum"
Caro Senhor,
Pior que isso... Já nos roubaram a identidade, já nos roubaram a alma.
E agora com essa tal constituição europeia na forja, não sei... mas talvez nos permitam que utilizemos a Língua Portuguesa durante uma fase transitória.
Fracos chefes fizeram fraca tão nobre Gente!
Temos apenas um povo desagregado e corrompido pelo dinheiro estrangeiro, sem valores, sem ideais e, espero que não, sem futuro.
Com os melhores cumprimentos,
António Almeida
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RE: "Mare Nostrum"
Caros confrades
Partilho, em muito, dos vossos receios. De facto, julgo que Portugal corre sérios riscos de se tornar um "país virtual". A realidade, meus caros, é que falta-nos "poder para exigir": socialmente, económicamente, militarmente!
Restringindo-me à questão do "Mare Nostrum": meus caros, há séculos que ele não é por nós dominado. É certo que tendo uma "grande zona económica exclusiva" podiamos ainda sonhar. Mas, por mais quanto tempo?
Dir-vos-ei que espero que "algo se salve". Enquanto que Portugal andou "anos a fio" com mesquinhices para ver quem "mandava no burgo", a Espanha desenvolveu-se. Não admira, assim, que queira fazer prevalecer novos "pontos de vista": o "Directório" assim o exige!
Senhores, quem nos mandou "abater embarcações" em vez de "remodelar a frota"?
Porque é que não dotámos a Marinha de Guerra com "vedetas rápidas"?
Temos que pensar que "quem não se dá ao respeito" sujeita-se...!!
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: "Mare Nostrum"
Esta gente que tomou conta do poder e do País - macons, pedofilos, e corruptos e que vai levar-nos todos para a bancarrota a nao ser que a PJ os prenda a todos
Em tempos o País era governado por gente educada e com alguns principios; vieram estes salvadores do Povo e da Patria e e o que se ve:
corrupcao, homosexualidade (que para esta gente e uma normalidade) pedofilia com meninos
Lembrem se do General que denunciou corrupcao na JAE acabando por pagar multa... não os corruptos mas sim o general
Vejam a nossa alta sociedade que aparece nas revistas da especialidade chefiada pela D Lili Canecas...
Vejam a educaçao dos militares e politicos responsaveis pela descolonizaçao dita exemplar- chefiados pelo Sr Dr Soares - estao todos cheios de dinheiro enquanto se morre aos milhares nas terras libertadas
bm
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RE: "Mare Nostrum"
Meus caros
Esquecemos com tanta facilidade...
Há cerca de 30 anos atrás, o então Presidente do Conselho de Ministros de Portugal Prof. Marcello Caetano, inaugurava na tv um muito intereessante programa da sua lavra a q. chmou de "Conversas em Família".
Pois muito dentro da sua política de "renovação da continuidade" nesse seu contacto periódico com todos os portugueses procurou explicar a sua acção política em termos simples e nos mesmos equacionou os grandes problemas q. então nos afligiam e pelos quais éramos violentamente perseguidos pelo bloco afro-asiático de então, fortemente instigados pela USSR e seus satélites para lá da "cortina de ferro"...
Dos aliados OTAN não tinhamos então q.q. ajuda visível, bem pelo contrário... Pelos USA escapámos por um triz de pesadas tomadadas posição da White House, graças à habilidde da nossa Diplomacia de então e ao muito esclarecimento do General Walters e dois ou três influentes senadores que tinham então uma visão mais realista da grande estratégia mindial. Se bem me lembro, só tínhamos um modesto apoio do Brasil (dos coroneis e generais) e da Espanha (ainda franquista), que votavam conosco, ou se abstinham, no mínimo.
Era o tempo do Ultramar Português, das grandes opções em relação à sua continuidade ou à sua entrega...
Pois a esse tempo o distintíssimo Prof. Marcello Caetano fazendo alguma futurologia, imaginou o q. nos sucederia caso o governo de Portugal optasse pela auto-determinação e independência total (!!?) dos então estados e províncias ultramarinas portuguesas. Só lhe faltou indicar quem seria o português que iria presidir à Assembleia Geral da Nações Unidas...
Até de possíveis prémios Nobel falou!
Bem como de todo o lamentável quadro acima lembrado pelos meus amigos, como consequência do nosso "abraço" à Europa, voltando as costas ao Atlântico; mandando "às ortigas" num estalar de dedos 500 anos da História de Portugal em África, com todos os seus deveres, com todas as suas obrigações!
Num ápice, esquecemos até o honesto e muito esclarecido cidadão Dr. João Soares e a sua empenhada defesa das Colónias Portuguesas, ao tempo da 1ª República, já então (desde sempre afinal...) muito cobiçadas pelos países ditos amigos e aliados...
Bastará ler os testemunhos de então. Não é preciso procurar muito e essa leitura será por certo mais fácil do q. a de qualquer paroquial...
Finalmente, tb. lembro o Luís Froes, vai para 2 anos aqui, expressando pontos de vista semelhantes aos dos meus amigos, aqui neste tópico. Levou grande tareia e só faltou chamarem-lhe "porco fascista"!
Tb. me lembra, que mesmo só, se defendeu muito bem, com muita galhardia, não cedendo um milímetro na sua maneira de pensar!
Finalmente, creio q. a posição vai ainda no adro... na verdade já não somos nada nem ninguém. Parafraseando o Dr. Salazar, choremos os nossos Gloriosos Heróis, pois nós q. por aqui andamos, não os soubemos merecer...
A culpa é só nossa e de mais ninguém!
Abraços
Manuel M/
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RE: "Mare Nostrum"
Caro Confrade A. Burmester,
Receio não poder concordar com a sua sugestão.
E em relação à UE aplica-se agora o conhecido ditado: "Quem comeu a carne que roa os ossos".
Embora não seja europeista, parece-me que Portugal não terá grandes hipóteses fora da UE. Pelo menos não na actual conjuntura.
Se este país, actualmente sem indústria digna desse nome, com a agricultura e as pescas nas ruas da amargura, e cuja actividade económica praticamente se resume apenas ao sector terciário, se auto-marginalizasse, decerto entraria num processo gradual de albanização, o que seria bem pior do que a situação actual.
Cumprimentos,
JP
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RE: "Mare Nostrum"
Caro Confrade JP,
Entendo a sua posição, mas também não estou de acordo com ela.
Como referi na minha anterior mensagem, o estar fora da UE mas dentro da EFTA não corresponderia a nenhuma albanização, nem eu defendo esse tipo de orientação económica.
Existe entre a UE e a EFTA um tratado - por sinal designado de Tratado do Porto, por ter sido assinado na Invicta - que estabeleceu o chamado Espaço Económico Europeu, dentro do qual as trocas comerciais são livres. O fundamental para a economia de um país é precisamente o acesso a mercados externos, e não a subsídio-dependência.
A Noruega e a Suíça, por exemplo, não são, por expressa vontade dos respectivos eleitorados, membros da UE, e não sofreram qualquer albanização por causa disso. Dir-me-á que são países com outro desenvolvimento - pois são, mas o desenvolvimento não lhes caíu do céu.
A nossa continuidade na UE conduzir-nos-á, não a uma albanização, mas a uma "alentejanização", digamos assim. E se abstraírmos do aspecto económico e nos concentrarmos apenas no político, as perspectivas são ainda mais arrepiantes.
Os meus cumprimentos
A. Burmester
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RE: "Mare Nostrum"
Caro Confrade Alexandre Burmester,
Nem a propósito vi a seguinte notícia no Sapo, a qual, com a indulgência do Genea, passo a transcrever:
"O dia 13 de Junho de 2004 é a data apontada para a realização de um referendo em todos os Estados-membros da União Europeia, sobre a futura Constituição."
Com efeito, a evolução da UE, que caminha a passos largos para a um estado federal, com a consequente alienação de uma parte substancial da sua soberania por parte dos estados membros, é algo que nos deverá justificadamente deixar reticentes.
Todavia, deixo-lhe uma questão: Qual é que será hoje em dia o real conceito de soberania? Dito de uma outra forma, será que Portugal, que é actualmente um estado com pouco peso a nível internacional, conseguiria manter uma verdadeira soberania se estivesse afastado de uma organização que congrega a esmagadora maioria dos restantes estados europeus?
A questão não apenas económica, ou de acesso a mercados externos. Pergunto-me se no actual quadro Portugal poderá sobreviver se estiver excluído dos reais centros de decisão política internacional ou europeia.
É certo que dentro da UE contamos pouco. Mas temo que fora dela possamos valer ainda menos.
E, perdoe-me, mas a EFTA não é solução. A prova é que se tem vindo a esvaziar. É composta actualmente por apenas quatro estados com interesses muito particulares, que dificilmente se harmonizariam com os prosseguidos pela UE.
Sinceramente, não creio que estejamos no mesmo barco do Liechtenstein, da Suíça, da Noruega ou da Islândia. Temos interesses e objectivos muito distintos.
Há cerca de duas décadas, e após termos entregue o nosso ultramar sem honra nem glória, Portugal fez uma opção (se calhar a única que ainda restava depois do vinte e cinco do quatro): voltar as costas à sua milenar vocação atlântica e virar-se para uma europa da qual sempre tinha vivido afastado.
Pois bem, agora temos de viver com essa opção. Creio que já é tarde de mais para voltarmos para trás.
Respeitosos cumprimentos,
JP
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RE: "Mare Nostrum"
No quinto parágrafo leia-se: "A questão não é apenas económica..."
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RE: "Mare Nostrum"
Caro Confrade JP,
Toca na sua mensagem em algumas questões da maior importância, sem dúvida.
A famigerada constituição "europeia", cozinhada de modo muito pouco democrático num forum presidido por um dos maiores euro-entusiastas, prepara-se para dar mais uma machadada nas soberanias dos estados-membro, com particular incidência nos mais pequenos ou naqueles que se mantêm mais afastados dos centros de decisão da UE. Sucede, contudo, que os tratados da UE só entram em vigor se aprovados pela totalidade dos estados-membro, e se noutras circunstâncias foi possível quase chantagear a Irlanda e a Dinamarca, não estou bem a ver como o mesmo poderá ser feito em relação a um dos estados-membro mais reticentes em relação à contínua integração. Refiro-me, obviamente, ao Reino Unido, segundo contribuinte líquido do orçamento da UE, e que apesar de ter um primeiro-ministro euro-entusiasta, dificilmente aceitará uma constituição imposta do exterior, quando nem constituição própria tem.
Sobre a sua questão acerca do real conceito de soberania, posso deixar-lhe aqui uma tradicional definição de estado soberano: aquele que é responsável pelas leis que vigoram dentro das suas fronteiras. Isto, claramente, já não se passa cá, nem nos outros estados da UE, com a constante importação forçada das Directivas da UE. Portanto, é ao fazermos parte da UE que prescindimos da soberania, e não se estivessemos fora dela.
Quanto aos reais centros de decisão internacional, para usar a expressão do caro confrade, eles não estão, claramente (e ainda bem, acrescento)na UE ou nas chancelarias dos seus principais motores - a dupla franco-germânica.
Não sei se estou de acordo com o confrade quando diz que temos interesses e objectivos muito distintos dos da Noruega, por exemplo. E não me parece que pelo facto de não fazerem parte da UE, a Noruega ou a Suíça tenham menos peso que nós na cena internacional. E decerto que não estamos no mesmo barco da Lituânia, da República Checa ou de Chipre.
O esvaziamento da EFTA não prova a sua ineficácia, aliás desmentida pela já sua longa idade. Esse esvaziamento ficou a dever-se a muitos factores, essencialmente de carácter político, como, por exemplo, o "europeísmo" (leia-se a integração política da Europa), mas também de cariz económico (por que motivo aderiram Portugal, Espanha, Grécia e os ex-estados da Cortina de Ferro, especialmente estes?). É que a EFTA não subsidia a fundo perdido os estados mendicantes.
Claro que a questão não é apenas económica, mas este sempre foi o maior argumento para a nossa adesão, embora conceda que muitos dos seus proponentes o fizeram por motivos essencialmente de natureza política. E com a mundialização do comércio (para não usar o palavrão "globalização", tão vilipendiado pelos orfãos dos vários socialismos e não só) e consequente abertura de mercados por esse mundo fora, aí está a oportunidade de voltarmos à nossa vocação atlântica, cujo principal motor foi, sem menosprezo pelos demais, precisamente o comércio.
Os meus melhores cumprimentos
Alexandre Burmester
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