Marido Português de Stéphanie de Monaco
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Marido Português de Stéphanie de Monaco
Boa tarde
alguém sabe algo sobre Adan LopeZ Peres o novo marido da Princesa Stéphanie de Monaco? (Eles se casaram em segredo pois ela está grávida e o Palácio de Monaco confirmou a notícia há pouco)
Alberto Penna Rodrigues
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
(...)
Mas é LopeZ ou Lopes?
Obrigado
Alberto Penna Rodrigues
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Excmo Sr. Alberto Penna Rodrigues,
Ao que me pareceu, o marido da Princesa, é artista, mais propriamente acrobata, e acho que trabalha no mesmo circo do anterior namorado, que por acaso é o director do mesmo.
Pelo menos, foi o que ouvi ontem na RTP.
Não sabia que ela estava grávida,e isso coloca um questão interessante:
- Qual o grau de sucessão do filho?
Cumprimentos
Luis Camizão
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Ex.mos Senhores
Mas os filhos daquela senhora ainda estão em linha de sucessão?
Sobretudo os destas relações?
Voltamos às questões sobre os direitos de sucessão...
Cumprimentos
Manuel Azevedo Graça
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caro Manuel Azevedo Graça,
Não sei, por isso coloquei a pergunta.
Na questão da relação, se ela durar, e é um S muito grande, seria interessante verificar a genealogia do marido.
Cumprimentos
Luis Camizão
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caro Luiz Camizão
Mesmo que a relação não dure, caso venha a haver descendência será sempre importante e interessante ver esta genealogia...
Já quanto aos direitos de sucessão, continuo a ter dúvidas. Haja em vista a mãe do Príncipe Rainier, que teve de ser adoptada (e não legitimada) para poder suceder a seu pai.
Cumprimentos
Manuel Azevedo Graça
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caro Manuel Azevedo Graça,
Está neste caso, a falar de Carlota Grimaldi, Duquesa de Valentinois.
Na BD do Genea, vem como sendo filha de Luis II, e de Juliette Louvet, mas não é referenciado nenhum casamento.
Como foi feita essa adopção, se ela era filha dos dois, apesar de não serem casados?
E nesse caso, não prevalecem direitos sucessórios?
Ou Carlota Grimaldi, sendo filha de outra relação, foi posteriormente adoptada por Luis II?
Por falecimento do pai?
Por renúncia a direitos de paternidade a favor de Luis II?
Neste caso, se houver renúncia de direitos de paternidade, ou falecimento do pai, e se a adopção for concretizada em pleno, não existem direito sucessórios?
São perguntas motivadas pela minha ignorância neste assunto, e como tal peço desde já desculpa, por qualquer lapso nas mesmas.
Cumprimentos
Luis Camizão
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caro Luiz Camizão
Os meus conhecimentos de direitos sucessórios (ou de direito tout cour) também não são os mais aprofundados. Contudo, é bem possível que a Princesa Carlota Grimaldi tenha sido adoptada como forma de regularizar uma situação.
Quanto aos direitos sucessão do Mónaco, parece também não serem muito serenos. Veja-se o que diz em «Lines of Succession», de Michael Maclaghan e Jiri Louda, onde se apresentam algumas discussões dinásticas.
Sobre este assunto também tenho um trabalho de uma senhora belga, que posso voltar a folhear.
Cumprimentos
Manuel Azevedo Graça
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
As limitações deste fórum impedem que eu lhe dê uma ligação directa para uma página que trata desse assunto (entre outros assuntos dinásticos monegascos)... Mas não me impede de lhe indicar o caminho até lá:
1. vá ao motor de busca Google e insira as palavras: succession crisis monaco
2. siga a segunda ligação apresentada
Melhores cumprimentos,
Diogo Alenquer
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Boa noite Sr. Camizão,
Peço desculpa por me intrometer na conversa. Talvez se tentar o site da familia Real no Mónaco consiga alguma coisa. Poderá entrar no site da Casa Real Portuguesa, depois da introdução clique "Ligações", a seguir "Monarquia no Mundo" e finalmente "Mónaco". Não sei se terá as informações que pretende, penso que não, pois além da árvore genealógica Charlotte aparece como sucessora de Louis II, mas sem qualquer tipo de referência mas talvez com numa visita mais atenta consiga aquilo que pretende.
Melhores Cumprimentos,
Cláudia
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caros confrades:
Realmente, ser-se príncipe ou princesa nos dias de hoje não é para qualquer um/a, e muito menos para Estefânea Grimaldi que de Grimaldi não tem nada. O título de princesa serve-lhe apenas para as mordomias. Em matéria de promiscuidade ainda tem de beijar o chão que outrora pisou Catarina "a Grande". É de facto uma "princesa" a prescrever, a banir de todo, ela é um atentado aos valores que encarna, uma verdadeira aberração. Só sabe escolher para parceiros de imagem (e de cama) o que se encontra no mais baixo social. Ela não soube levantar cabeça como o fez a irmã Carolina. É só "frasques" atrás de "frasques". É uma monarquia a irradicar do Mónaco (da face da Terra, diria), mau grado o papel e o trabalho desenvolvido por Rainier em meio século, mas, a geração "à suivre"..."mon Dieu"... Se a França engolisse aquele rochedo seria um favor que prestava contra uma sociedade de parasitas e escandalosos. Eu, que até sou monárquico convicto... mas não posso pactuar com estes dislates. "C'est de la folie". Um principado de opereta. "Peut-être...du jamais vu". O que faz falta àquela malta Grimaldi junior é trabalho, uma ocupação respeitável e útil à sociedade, a uma causa ou esforço comum, para fugir ao ócio que é o pai de todos os vícios. É uma dor de cabeça para Rainier, um dia para Alberto (ou Carolina) ter de suportar os vexames desta "Stef", mulher dengosa, que em matéria de sedução joga entre o estado de mulher casada e respeitável a curto prazo e o de barregã dos tempos modernos, bimilenaristas.
"C'est assez!" Vou agora ao encontro da questão da "adopção" de Carlota de Valentinois: é sabido da História Universal (ainda que não apreendida nos manuais escolares), que o Mónaco nunca foi um caso estranho ou à margem dos interesses franceses (até italianos = sardos, piemonteses/Casa de Sabóia), ao longo das várias épocas, quer no plano político, económico, geopolítico, etc. Foi mesmo sujeito à assinatura de acordos, tratados, entre ambas as partes. A soberania do Mónaco, ou melhor, a sobrevivência dos Grimaldi como família soberana do Mónaco só foi de facto posta em causa, no limite, ao tempo da I Grande Guerra, quando, perante a vaga ofensiva alemã a França procurou salvaguardar mais e mais a sua posição "protectora" junto do Mónaco (que se tornara numa espécie de protectorado disfarçado, da França, já desde o séc. XVIII. Assim, embora reinante Alberto I (-1922), seu filho Luís (II), aos 48 anos era ainda solteiro. Em caso de extinção da linha directa dos Grimaldi, a coroa cairia na descendência de uma irmã de Carlos III (-1889), pai de Alberto, representada na família alemã dos Uracht-Wurtemberg. A França opunha-se a tal ideia. O tratado franco-monegasco de 17.07.1918 estipulava as regras de sucessão: "(artº 3) em caso de vacatura da coroa, nomeadamente devido à falta de herdeiros directos ou adoptivos, o território monegasco formará, sob o protectorado da França, um Estado autónomo, sob o nome de Estado do Mónaco".
Ora, em 1898, o príncipe herdeiro Luís (II), alistado nos caçadores de África, na Argélia, havia tido uma filha natural. Esta, de acordo com os estatutos de 1882 regulando as tradições sucessórias não estava à altura de suceder no trono do Mónaco. No entanto, Alberto I acolheu-a no palácio e ocupou-se da sua educação, considerando-a como membro da família soberana. Mas isso não representava valor legal algum, pelo que, de comum acordo com seu filho, Alberto I decidiu proceder por meio de uma ordenação, a uma revisão dos ditos estatutos. A 07.11.1918, foi proclamado que, na falta de herdeiro directo, o príncipe reinante e o príncipe herdeiro podiam adoptar uma criança que sucederia de pleno direito nas suas prerrogativas. Esta reforma não podia criar nenhuma dificuldade com a França uma vez que a adopção estava prevista no tratado de 1918. Em virtude disso, a cerimónia solene de adopção de Carlota (e perfilhação também), tornada princesa Carlota, teve lugar em Paris, na presença de Poincaré (Presid. da Rep.), e de Pichon, ministro dos Negóc. Estrangºs, o que acarretou toda a caução desejável. O resto da história é já do conhecimento de todos. Mas, poder-se-ia perguntar: então Luís II nunca casou? Casou sim, a 24.07.1946 com a senhora Ghislaine Dommanget (de 46 anos e já separada de André Brulé). Desta união não ficaram filhos e Luís II faleceu 3 anos mais tarde. Ao tempo, Luís II já tinha netos nas pessoas de Antonieta e Rainier (III).
Peço desculpas pelo "testamento".
Um abraço. Sempre, Pedro França
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caro Luiz Camizão
Parece que o Confrade Pedro França rematou muitíssimo bem o assunto. Fica-me pouco para acrescentar.
Os direitos de sucessão de Charlotte Grimaldi, Duquesa de Valentinois, não foram pacíficos. Nascida na Algéria, a 30 de Setembro de 1898, foi reconhecida pelo pai à nascença. A mãe era Marie-Juliette Louvet (1867-1930, divorciada de Achille Delmaet, fotógrafo de Montmartre; e filha de M. Louvet e de Joséphine Piédefer), que fora «hôtesse» de um cabaret parisiense; que acompanhou o Príncipe até à Algéria, enquanto este servia na Legião Estrangeira; e que voltou a desaparecer, deixando a criança entregue aos cuidados paternos.
Charlotte estudou como aluna interna num colégio religioso francês até à I Grande Guerra. Durante o conflito, trabalhou nos hospitais da Cruz Vermelha, instalados nos hotéis monegascos, por onde passaram mais de 30 mil feridos, e onde granjeou o carinho do povo do Mónaco.
Entretanto, pôs-se o problema de sucessão do trono monegasco (veja a resposta de Pedro França). O Príncipe Luís II e o governo francês não viam com bons olhos que passasse para o parente legítimo mais próximo, o alemão Wilhelm von Wurtemberg, Duque de Urach e Rei da Lituânia (1864-1928), filho da Princesa Florentine Grimaldi (1833-1897) e de Frederich Wilhelm von Wurtemberg, Duque de Urach (1810-1869); e neto materno de Florestan I, Príncipe do Mónaco (1785-1856) – de quem era bisneto Luís II (filho de Alberto I e neto de Carlos III).
Um outro candidato era o representante do ramo Chabrillan, que descendia de Florentine Grimaldi (1784-1879), filha de Joseph Marie Grimaldi (1763-1816) e de sua mulher Françoise Thérèse de Choiseul-Stainville, e neta de Honoré III (1720-1795) – de quem Luís II era tetraneto (filho de Alberto I, neto de Carlos III, bisneto de Florestan I, trineto de Honoré IV e tetraneto de Honoré III).
Como defensor dos direitos de Charlotte, surgiu Raymond Poincaré, antigo advogado dos Grimaldi, que propôs ao Príncipe que adoptasse a filha, o que veio a acontecer a 16 de Maio de 1919, juntamente com a concessão do Título de Duchesse de Valentinois. Mais tarde, também por ordem principesca, foi reconhecida Princesa Herdeira do Mónaco, a 1 de Agosto de 1922.
A 19 de Março de 1820, a Princesa Charlotte Grimaldi casou com Pierre de Polignac. Da infelicidade conjugal nasceram dois filhos: o Príncipe Rainier III do Mónaco e a Princesa Antoinette Grimaldi. Não obstante, o casal separa-se em 1929, sendo decretado o divórcio em 1933, sem, contudo, jamais conseguirem a anulação da Santa Sé.
Retirada para o Castelo de Marchais, em Aisne (França), a Princesa rodeou-se dos seus cães e de animais selvagens, instalando ali um centro de climatização zoológica. Esta paixão pelos animais foi comungada pelo filho, que viria a criar o Festival Internacional de Circo (1974).
A 30 de Maio de 1944, a Princesa Carlota renunciou aos seus direitos de sucessão em seu filho Rainier, morrendo a 15 de Novembro de 1977, sendo sepultada no Parque do Castelo de Marchais.
[BRICARD, Isabelle – Les dynasties régnants d’Europe. Paris : Perrin, 2000, p. 239-241].
Quanto aos direitos de sucessão de Stephanie do Mónaco... Depois de variados, tórridos e escandalosos romances com Anthony Delon, Miguel Bose e outros do género, casou com um homem divorciado, já pai de uma criança (Michel Ducruet, nascido em 1992). Divorciou-se e voltou a casar; divorciou-se e ajuntou-se... deixando sempre geração... Um escândalo só.
Mesmo a sucessão de Carolina levanta dúvidas quanto à sua legitimidade, ainda que sem polémica quanto aos direitos. Há que não esquecer que o Mónaco é um estado oficialmente católico e que o seu primeiro casamento com Junot só foi anulado após a morte de Stephano Casiraghi. Assim sendo, à luz do direito canónico, podemos considerar legítima a geração havida? Finalmente, há ainda o terceiro casamento da Princesa-viúva, agora com um Príncipe protestante e já divorciado.
O Mónaco, nas suas surpresas múltiplas, nunca surpreende pela falta de surpresas!...
Melhores cumprimentos
Manuel Azevedo Graça
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caro Pedro França,
Mais uma vez, uma óptima intervenção, esclarecora como é seu apanágio!
Um abraço
Luis Camizão
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caro Manuel Azevedo Graça,
Sem dúvida!
Melhores cumprimentos
Luis Camizão
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caro Diogo,
Obrigado pela informação.
Melhores cumprimentos
Luis Camizão
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Cara Cláudia,
Grato pela informação
Melhores cumprimentos
Luis Camizão
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caros confrades
A título de curiosidade transcrevo de " Famílias Canedo e Teixeira de Guimarães" de Fernando de Castro da Silva Canedo
....
3 - D. Carolina Lobato Pires da Silva Canedo nasceu na freguesia do Sacramento a 14-4-1859 e faleceu em Nice, a 11-10-1918. Casou com o Marquês de Grimaldi, do ramo francês da família Grimaldi de Italia. Sem geração
Melhores cumprimentos
Carlos Leal Machado
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caro Pedro França,
Qual testamento, qual quê! Só lhe posso dizer duas coisas: Está extremamente explicito e muito obrigada pelo esclarecimento.
Cumprimentos, Cláudia
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caro Carlos Leal Machado
Também encontrei Grimaldi ligados aos Marqueses de Castel-Lentini e Barões de Priolo (títulos das Duas Sicílias), por mim citados nos «Forbes de Portugal...».
Melhores cumprimentos
Manuel Azevedo Graça
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Caro Manuel Azevedo Graça
Grato pela informação.
Melhores cumprimentos
Carlos Leal Machado
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RE: Marido Português de Stéphanie de Monaco
Bom
de volta ao tópico. Stéphanie NÃO está grávida segundo uma tia espanhola do noivo português.
A mãe do noivo é uma López-Calderon. Ele nasceu na Itália (estas excursões de circo...) há 28 anos mas tem a nacionalidade portuguesa.
Cumprimentos
Alberto Penna Rodrigues
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