Bulhões ou Bulhão
This topic is classified in rooms: Famílias | Pessoas | Cargos
Bulhões ou Bulhão
Para além da muito conhecida referência a Stº António de Lisboa como Fernando de Bulhões e da especulada origem dos desse nome em um parente de Godofredo de Bouillon, pouco se encontra sobre as famílias, poucas, que usam esse apelido. Mais parece advirem dos muitos "bulhões" que sempre existiram neste país (brigões, os que andam à bulha).
De uma maneira ou de outra, não terão sido os nossos maiores em devido tempo muito mais do que isso ...
De qualquer forma apelaria a uma ajuda de quem possa e saiba sobre três desses ramos perdidos, quer estejam aparentados ou não:
- primeiro os Correa de Bulhões, de António C. B., Juiz dos Órfãos de Viseu por mercê do Capelão Mór DJorge de Ataíde, pelo último terço do séc. XVI;
- segundo os de Pedro Egas de Bulhão, de Esgueira, mais pela mesma altura;
- terceiro os ascendentes de Ana de Bulhões, esposa de Diogo Gonçalves Cabral, aparentado de Pedro Álvares Cabral e do ramo dos Albuquerque Gomide.
Agradeço colaboração.
Victor Ferreira
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Victor Ferreira
Ao que li, faz tempo, poderá acrescentar Boulhe (parece que com as bençãos de Sto. António), aos seus Bouillon/Bulhões!
Mas para além da existência de Francisca Catarina de Sousa Boulhe, nascida em Lisboa cerca de 1785, mas com as suas raízes no coração do Alentejo (não sei se em Redondo, Reguengos ou Alandroal, mas por essas paragens de muito encanto), nada sei de concreto.
Se nas suas buscas topar com esta senhora muito grato lhe ficaria com a notícia.
Cumprimentos,
M.Magalhães
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Victor Ferreira
A 15.1.1794 foi concedida a uma antepassada de minha mulher,umas armas que incluiam Bulhões:
- D. Esperança Angélica de Sá Pereira Barros de Bulhões, natural de Tondela (Viseu). Creio que esse apelido provinha da Casa de Condeixa, onde poderá pesquizar a sua origem.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Olá confrades
Num registo de baptismo de um ancestral meu aparece uma referência.
Este registo (ANTT, Arq. Paroquiais, Lisboa, Torres Vedras, S. Pedro, Livro n.º 5, pág. 286-V. [1713-1746]) diz que António Freitas de Bulhões é natural do lugar de Cuvellas, Bispado de Lamego e baptizado na Freguesia de S. Pedro de Ferreiros e Tendais (Concelho de Sinfães). Tinha o posto de Sargento-Mor.
Pedi uma consulta e nada. Não se encontra registo. Numa outra entrada é feita referencia a que este senhor "eh oriundo de AlgibaRota, Coutos de Alcobassa". Ainda não consegui pedir para Leiria a busca.
Ora este assento refere-se ao seu neto António e é datado de 1 de Junho de 1740. Se usarmos a bitola de 20 anos para cada geração pode concluir-se que eventualmente António Ferreira de Bulhões poderá ter nascido perto do ano 1700 (mais ou menos 10 anos).
Nos arquivos militares em Lisboa, nada consta. Nem em Chelas!
Alguém tem mais alguma informação?
JL Esquível
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
A minha insistência apesar de ter colhido alguns frutos, parece que não me tem conseguido levar muito adiante. Por isso vou abrir um pouco mais o livro.
Em primeiro lugar sobre um personagem da nossa história, o Capitão António Teixeira de Macedo, casado com D. Helena de Castro, e que em fins dos 500, princípios dos 600, comandou naus da carreira das Índias e que segundo o professor Sanjai Subramaniam, parece ter sido um dos homens principais de S. Tomé de Meliapor, no sul do Coromandel, costa oriental da Índia (in "A presença portuguesa no Golfo de Bengala 1500-1700 - Comércio e conflito". Edições 70, 1990). Este era um fronteiro ao melhor estilo das aventuras e desgraças dos nossos por aquelas bandas, histórias e filmes que ainda estão por contar e fazer.
Diz a bibliografia que um seu filho, Gonçalo Teixeira (ou Pereira) da Silva, "...fidalgo pelos serviços de seu pai e com o hábito de Cristo e uma tença ..." terá vindo da Índia para Viseu e "... meteu-se em casa de uma tia, D. Guiomar Teixeira ...".
Parece ter-se casado três vezes:
- 1º com Brites (de Seixas) de Castelobranco, da qual teve:
. Diogo Pereira, casado com Jerónima Ozório da Fonseca (ou Coutinho). Deste disse-se que "... foi para a Índia e lá vive pobremente" (início do séc. XVII);
. Helena Pereira, casada com Domingos Borges de Souza, Senhor do Morgado de Alva (que não faço ideia nenhuma de onde seja, mas gostaria);
. Maria de Seixas, casada com Álvaro Egas de Bulhão, Capitão de Auxiliares, e filho de Pedro Egas de Bulhão e de N.(?) de Esgueira (estes Maria e Álvaro terão sido pais de Manuel de Seixas, António Egas e Francisco Egas);
- 2º (depois de 1618) com Violante, sua sobrinha, filha de sua cunhada Maria (de Castelobranco), sem geração.
- 3º e por último, com D. Joana do Amaral da qual se diz que "(seu pai) viveu na Qta. De Valle Flôres, por cima de Castanheira, Comarca de Torres Vedras", e teve:
. três filhos/as de identidade desconhecida.
Em segundo lugar, sobre um núcleo centrado em António Correia de Bulhões, segundo a única referência de que disponho "... Juiz dos Órfãos de Viseu por mercê do Bispo capelão-mór D. Jorge de Ataíde" [Bispo de Viseu entre 1568-1578], casado com Isabel do Amaral, 5ª filha de D. Gaspar do Amaral (Deão de Viseu) e da Oliveira, sua manceba. Este último era também filho de um Deão, D. Álvaro Fernandes do Amaral cujo pai era Fernão Vaz do Amaral, "de Pindo, a duas léguas de Viseu, homem principal da terra, muito rico e estimado".
Uma filha de Ant.Corr.Bulh., Helena Correia do Amaral casa com Jorge Montez da Fonseca. Este último era filho de Pero (ou Pedro) Fernandes de Torres, escrivão do contrato das obras e depois mestre das obras d'el Rei (uma espécie de Ministro das Obras Públicas para Portugal de Felipe III de Espanha), entre outras coisas nomeado em 1597 para coordenar as obras do Convento de Cristo em Tomar e no ano seguinte da ponte de Olivença, destruída pelas cheias.
De Pero Fernandes de Torres não há nenhuma certeza de origens, nem sequer de que seja português, mas há uma extensa referência a ele (nº 255, pp 355 ss) em Francisco Souza Viterbo, "Diccionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses" vol 1 (A/G), 1899, edição facsimilada da INCM.
Mas da sua esposa, Isabel Montez da Costa consta ser filha de Marcos de Paiva Homem e de Felipa Nunes da Costa.
Do casamento de Jorge e Helena há pelo menos cinco filhos. Do primogénito, Paulo Montez da Fonseca, diz-se ter sido "letrado". Houve mais um Miguel da Fonseca, clérigo, e uma Lourença da Fonseca. E mais dois:
- João Correia de Bulhões, que herda Correia de Bulhões do avô materno;
- Isabel Montez, com Montez da avó materna.
Ora, dois ancestrais meus, Jacinto Correia Montes de Bulhões e Menezes [casado oo antes de 1680] e seu filho José Correia Montes de Bulhões e Menezes [baptizado * a 15/04/1692], ambos de Casal Sandinho de Alcafache (terra de meu pai), têm uma alta probabilidade de serem descendentes de algum dos dois irmãos anteriores, ou até de ambos, uma vez que medeiam umas boas décadas entre eles e Jacinto CMBM. O que é um facto é que as minhas tentativas para estabelecer essa ligação não têm resultado.
Interessa-me portanto estabelecer a ligação familiar, se a houver, entre os Bulhões de Viseu e os de Esgueira (Aveiro) e esclarecer um pouco melhor de onde vêm os Montez, Pero Fernandes, e os Paiva Homem.
Questões sobre os dois temas:
Sobre o primeiro:
i. Haverá forma de confirmar algum dos casamentos (em Viseu) de Gonçalo Teixeira (ou Pereira) da Silva? Como o poderei fazer?
ii. Haverá forma de confirmar a concessão do "... Hábito de Cristo e uma tença ..." a Gonçalo Teixeira (ou Pereira) da Silva? Como o poderei fazer?
iii. Haverá forma de confirmar a existência de uma Guiomar Teixeira (irmã do Cap. António Teixeira de Macedo) em Viseu no fim de 500 princípio de 600? Qual era a sua família? De onde era? Onde morou? Que posses tinha? Era casada, viúva, solteira?
iv. Uma irmã de Álvaro Egas de Bulhão casou-se com um João da Gama que era Escrivão dos Órfãos de Viseu. António Correia de Bulhões era Juiz de Órfãos de Viseu ... Há demasiadas pessoas nestas famílias ligadas ao Juizado de Órfãos de Viseu pela mesma época (último quartel séc XVI, primeiro do XVII) não lhe parece? Haverá uma publicação, original ou posterior, que dê indicações sobre o Juizado de Órfãos em Viseu por essa altura e onde esses nomes, funções e actividades possam ser confirmados?
v. E sobre "Capitães de Auxiliares"? Sabe-se que os Terços de Auxiliares eram a nomenclatura da força base da milícia antiga (antes de 1700). Desde 1578 eram 25 Terços das 25 Comarcas, para forças de 2ª ou 3ª linha. Não se sabe o número certo de elementos de cada Terço, mas sabe-se que a sua organização era muito dependente dos poderes municipais ou senhoriais. E parece que o nosso Capitão Álvaro o foi mesmo no início desta estrutura ser estabelecida. Onde se poderia obter mais referências sobre essa "patente" numa época em que o próprio exército ainda não existia (como só a partir de 1820) e confirmar essa informação sobre o Capitão Álvaro Egas de Bulhão?
vi. Haverá maneira de confirmar a existência de uma D. Jerónima Ozório da Fonseca (ou Coutinho), já nas primeiras décadas do séc. XVII em Viseu?
vii. Haverá forma de conhecer onde ficava o "Morgado de Alva", uma vez que pode-se encontrar alguma família que guarde acerca dessa sua ancestral (Helena Pereira) memórias, textos, histórias a titulo privado e possa partilhá-las?;
viii. Finalmente, haverá forma de saber de quem era filha D Helena de Castro, provavelmente de uma das famílias dominantes na Índia Portuguesa, e mãe de Gonçalo Teixeira (ou Pereira) da Silva? Teria sido fruto do casamento de um Castro com uma mulher da Índia, como aliás era prática corrente? Ou seria de uma família de Viseu?
Sobre o segundo:
i. Jacinto Correia Montez de Bulhões e Menezes era proprietário e de Casal Sandinho (Alcafache, Mangualde).
A minha família paterna, à época de uma bisavó e dos seus irmãos, herdou propriedades que constituíam praticamente um terço ou mais da aldeia para além de boas parcelas de outras vizinhas. Diz a “crónica” oficiosa da família que um seu filho e meu avô de Casal Sandinho [João Ferreira de Loureiro, * 09/04/1872, oo18/06/1910, +27/02/1949] teria sido mandado retornar do Brasil (Manaus?) pelos princípios do século para ajudar no processo de reclamação de herança pela morte sem herdeiros de um "primo" ou "tio" de sua mãe e minha bisavó [Maria Luiza da Costa, * 05/02/1844], sem descendência e de apelido "da Costa Bulhões". Ora é precisamente por essa bisavó que entronca a linha dos Bulhões.
Seriam estas propriedades do ramo Correia Bulhões e dos Deãos de Viseu (Amarais, de Pindo) mais ligados a Viseu, ou seria esta (na altura) enorme herança o que restava do património dos descendentes de Pero Fernandes (Fonsecas, Montez e Costa)? Haverá documentos que atestem esse processo de herança de onde se possam tirar elementos que elucidem o caso e ajudem a finalmente estabelecer uma relação directa com estes personagens do fim de 500, princ. de 600?
ii. O apelido "da Fonseca" não se encontra em nenhum dos ancestrais conhecidos de Jorge Montez da Fonseca. Seria Pero Fernandes o "da Fonseca"? E o "de Torres" seria uma alcunha toponímica (Torres Vedras, Torres Novas, ...) ou "de la Torre" espanhol? Haveria maneira de saber se Pero se casou em Viseu para assim conhecer um registo onde conste o seu nome e outra referência que acrescente ao que se sabe? Se ele renuncia ao cargo em 1616 "... por doença e avançada idade", andando 40 anos para trás, estaríamos por 1575 quando do seu casamento. Se a sua esposa era filha do Juiz dos Órfãos de Viseu e os seus descendentes aí se radicaram, não teria sido aí que se teria casado? Haverá forma de o saber?
iii. Finalmente, o personagem Izabel Montez da Costa, esposa de Pero Fernandes, o Mestre das Obras. É dada como filha de Marcos de Paiva Homem e Felipa Nunes da Costa. Sobre Felipa, "Nunes" e "Costas" há muitos, e Felipa estava certamente na moda uma vez que estamos precisamente entre 1580 e 1640 ... Mas nenhum dos textos que tenha consultado sobre os "Homem" ou os "Paiva" refere um Marcos:
- cerca de 1525-30 uma Brites Lopes (Homem) [filha de Gyl Homem, de Aveiro e Catarina Lopes, de Tavarede, baixo Mondego] casou-se com um Gomes de Paiva, de Antuã;
- cerca de 1460 um Garcia Homem da Costa casa com Paula Rebelo de Pavia. Este nome, apesar de deturpado, tem origem na sua avó Guiomar Velho de Paiva, pelo que poderia posteriormente voltar à forma original;
- cerca de um séc. antes de Izabel e Pero, um Henrique Homem, escrivão da puridade de Afonso V (rei de 1438 a 1481), foi também Provedor-Mór das Obras do Reino (o equivalente ao Mestre das Obras na altura de PFT): seus filho Pedro e neto Francisco foram Estribeiros-Mór de D Manuel; seu bisneto Diogo foi Contador das Sizas d'el Rey em Coimbra; trineto Rodrigo, Corregedor do Crime da Corte; tetraneto Francisco, Contador da Comarca de Caminha; quinto neto António, Contador da Comarca de Coimbra (este último já pelo início do séc XVII). Seria este um cargo que tivesse chegado a Pero Fernandes pela sua esposa dada a sua ascendência na família Homem e os cargos na administração que costumavam passar pela família?
Os Bulhão ou Bulhões têm origens obscuras.
Tanto se inventa um provável parente do Duque Godofredo de Bouillon (um dos chefes da primeira cruzada a conquistar Jerusalém e primeiro rei cristão da Palestina) - que teria passado a Portugal vá-se lá saber porquê -, e que teria dado origem a um núcleo em Lisboa de onde sairía Stº António de Lisboa (de seu nome, Fernando Martins de Bulhão),
como a uma alcunha originada numa antiga moeda, o "bolhão", ou num punhal curto "o bulhão" que servia precisamente para andar "à bulha".
Como se vê, do mais violento, ao mais santo, ao mais interesseiro, ao mais arruaceiro, é uma família eclética ...
Eles aparecem, e desaparecem, um pouco por todo o território (litoral das Beiras, interior Beirão, Lisboa, Castelo de Vide, ...) o que faz pensar mais num predomínio da origem em alcunha.
E digo desaparecem porque raramente os seus descendentes ficam com o nome. Um Diogo Gonçalves Cabral, dos Albuquerque Gomide [sobrinho-neto de Pedro Álvares Cabral e filho de um primo de Afonso de Albuquerque], casou-se com uma Ana de Bulhões lá por 1500, o que indica que também casavam com gente influente. Mas não passam o nome aos descendentes, nem às filhas como era costume. E a referência à sua origem é em geral totalmente omitida.
Depois deste "relambório", será que consigo despertar o interesse de alguém com novas informações?
Muito grato desde já aos confrades,
Victor Ferreira
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Em especial sobre os dois primeiros ramos, renovo o pedido.
VMSF
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Victor Ferreira,
Não sei se os elementos que tenho dos Bulhões poderão ajudá-lo.
Tenho uma antepassada Ana Rita Catarina Henriques de Mello Bulhões, filha de Manuel José de Mello Cáceres e de sua prima co-irmã Isabel de Mello Bulhões, neta materna de Luis Mexia Bulhões e de Maria de Mello Albuquerque Pereira e Cáceres e bisneta de António Luis de Bulhões, de Viseu e de Teresa Menezes Mexia Salazar, também de Viseu. Este António Luis de Bulhões, filho primogénito,
cedeu o vínculo e capela dos Bulhões e a Casa do Adro em Tondela ao irmão Pedro, em cuja descendência se encontra ainda a casa.
Cumprimentos
José Berquó de Seabra
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro José B. de Seabra
Só agora entrei no Forum e vi este Tópico sobre os Bulhões. Como não me dizia muito, não interferi.
Mas agora , com a sua resposta , fiquei curioso.
É que minha mulher é Bulhões e também é Mexia , filha do já falecido Dr. João Maria de Magalhães Mexia Macedo Pimentel Bulhões , natural da Lousã , neta de Manuel de Magalhães Mexia de Macedo Pimentel Bulhões , também natural da Lousã.
Mais intrigante ainda , é que a minha avó , Maria Helena Pereira do Valle de Almeida Dias era da Casa do Adro em Tondela.
Será que havia alguma relação entre estas duas famílias?
Um abraço
Henrique de Brito e Faro
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Henrique de Brito e Faro,
O António de Bulhões de Viseu era filho de Francisco de Ataíde Valle Vessadas Salazar e de Inês Beltrão. Sua mulher, Mexia, era filha de Manuel Mexia Pimentel.
Poderá talvez haver uma ligação no "Valle" de ambos, embora eu pense que existiram no século XVIII duas Casas do Adro em Tondela, uma conhecida pela Casa do Arco do Adro e a outra pela Casa do Adro.
Um abraço
José Berquó de Seabra
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Henrique de Brito e Faro
Retiro a seguinte nota do livro "LInhagens" do Dr. Mario Xavier de Araujo ( Porto-2003) : D.Mariana Tereza da Cunha, de Tondela, filha de Miguel do Valle de Bulhões ( filho de Miguel do Valle de Bulhões que por sua vez era filho bastardo de Manuel de Sá Pereira, da Casa de Condeixa) e de Plácida Maria, casou António Ferreira de Santiago, de Carvalho, Coimbra, filho de Manuel Ferreira de Santiago, de Carvalho, de Coimbra, e de Maria de Oliveyra Barros de Ponta Delgada, Sam Miguel.Tiveram D. Esperança Angélica de Sá Pereira de Barros de Bulhões e Caetano José de Sá Barros, baptizado em Tondela em 19.08.1759.
D. Esperança Angélica obteve carta de Brasão de Armas, que vem no AH de Sanches de Baena ( tenho uma cópia do desnho feito pelo J. Alarcão e um anel de armas) e Caetano casou com D. Mariana Joaquina de Figueiredo , bapt. em Tondela a 10.06.1762 filha de Bernardo Pereira do Valle e de Micaela de Figueiredo .
Este Bernardo , tondela 28.12.1735 era filho de António Pereira de Arouca e de Josefa Maria do Valle.
Cumprimentso
Vasco Briteiros
( Infelizmente o Dr. Mário deixou de fazer investigação nos AD )
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Zé,
Como sabes estas "cousas" interessam-me. Gostaria de saber a tua opinião sobre a vera origem dos Bulhões.
Um abraço
Artur
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Artur,
O nome Bulhões aparece de repente no meio da família Vessadas Salazar, e o que cito em cima é o primeiro do nome na família. Instituiu um vínculo e capela em Tondela e foi senhor da Casa do Adro, que herdou do Pai.
Penso que talvez existam diversas famílias Bulhões, pois aquela a que me refiro penso não ter relação com as aqui citadas.
Mas, como sabes, nem sempre a documentação está completa e é exaustiva.
Sei no entanto que os descendentes do Irmão do meu antepassado, mudaram a casa para uma quinta junto de Tondela, isto nos princípios do século XX, e que hoje em dia, extinta a varonia, se chamam Loureiro e Vasconcellos e Simões de Carvalho. Esse meu antepasssado cedeu os seus direitos de primogénito ao Irmão quando foi nomeado desembargador no Brasil, aonde nunca chegou a ir, tendo morrido durante a viagem.
Gostaria de te elucidar melhor, mas, infelizmente, dos Bulhões pouco mais sei.
Um abraço
Zé
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Zé,
Obrigado pelos dados e pela opinião!
Sendo assim poderá ter sido um apelido assimilado, assumido? De facto, é curiosa esta filiação.
Como bem dizes: «...talvez existam diversas famílias Bulhões...».
Um abraço
Artur
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Prof. Victor M. Ferreira
Pelo que me é dado a ver está com mais sorte do que eu com os seus Bulhões, provenientes ou não de Godofredo de Bouillon, dum homem de briga, ou ainda num sentido animista, enorme bolha de gás que se formava lentamente em charcos de águas sulfurosas (tal como era o sítio exacto onde se ergue o Mercado do Bolhão, aqui no Porto). Ainda com possível origem na tal quinta saloia, bem como na designação comum duma primitiva moeda, segundo o erudito Marquês de Abrantes, que inclui esse antigo (e nobilitado) apelido no seu Dicionário.
Aqui dão-nos notícia de Bulhões bem actuais, geograficamente não muito distantes de Alcafache, a terra do senhor seu pai, bem como da maioria dos Sacadura Botte Meireles Aranha, uma interessantíssima geração de notáveis que brilha onde quer que esteja! (Creio que foi numa mata deles o terrível desastre ferroviário há uns anos atrás)
Verificando em 118.pt encontrei cerca de 170 registos de telefone com o nome Bulhão, presumivelmente actuais! Alguns, bastantes, açoreanos. Até com uma senhora Bulhão Pato topei!
Pois essa sorte não tenho eu com o apelido da minha 5ª avó alentejana, Sousa Boulhe… Apelido esse ignorada quer em 118.pt, quer pelos dicionários de apelidos e “Armorial Lusitano”!
Não creio que fosse uma modesta ceifeira alentejana (apesar de Catharina…), pois casou com um garboso 2º Tenente da Armada Real (mais tarde Comandante, COC, COA, etc.), e ao tempo os nossos Oficiais da Armada não podiam casar senão com senhoras de nível social equivalente e suficientemente dotadas pelos pais de forma a puderem subsistir condignamente em caso de viuvez precoce.
Pois apesar disso continua não encontrar rastos dos seus (meus) ancestrais.
Saindo do assunto, deixe-me dizer-lhe que estou muitíssimo interessado no seu livro sobre os Magalhães transmontanos, de Aboadela! Quem sabe se nas suas investigações me descobriu origens de algum Magalhães a que eu esteja ligado sem ser proveniente dos clérigos Rui Pires e Gonçalo Magalhães, Deões em Coimbra e Lamego, respectivamente…
Vai entregá-lo para distribuição nesta Livraria do Genea? Facilitaria muito e estou certo de que aqui encontraria muitos clientes interessados, pois é fácil o modo de pagamento e cómoda a entrega, via postal.
A propósito estou a lembrar-me da minha parente de Abrantes que há muito não vem ao Fórum, tendo o maior interesse nos Magalhães de Amarante, nos Cerqueira mencionados em NFP.
Cumprimentos,
Manuel Maria Magalhães
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro José Berquó de Seabra.
Sobre o que cita , tenho a dizer-lhe o seguinte:
1- Já tinha posto a questão de parentesco aos Valle Vessadas e aos Valles de Tondela e ambos me deram a entender que a ligação era desconhecida e se existisse seria antes de 500.
O curioso da questão é o brasão actual da Casa de Santa Ana em Tondela (+- 1930) e de uma fonte do jardim da bela Casa de Santo António de Vessadas - Barcelos (sec XVII) serem ambos plenos de Valles num escudo italiano igual.
Parti do principio que o Dr Ferraz de Carvalho (Casa de Sta Ana - Tondela) seria parente próximo de D. Laura Botelho Teixeira do Valle Vessadas ( Casa de Sto Antonio - Barcelos) . Mas não encontrei qq. parentesco proximo, e nem consta conecimento entre familias.
Por outro lado a Casa de Santo Antonio começa com Pedro do Vale Vessadas, filho de João Gonçalves Vessadas, capitao de ordenanças de Barcelos e de sua mulher Maria do Vale. Este Pedro foi efectivamente ao Brasil com 23 anos , onde foi recebedor dos quintos. Voltou muito rico, mandando construir esta Casa , que instituiu em Vinculo e Morgado em 17.9.1754. A casa continuou nos seus descendentes que se apelidadaram Vale Vessadas até 1956, depois passou a Távora. Na genealogia destes Vessadas não encontrei nenhum Bulhões
2- Quanto às duas Casas do Arco, vou perguntar a alguns Tondelenses se sabem algo. Conheço o que resta da antiga Casa do Arco e sei que ainda pertence à familia Valle , mas já com outra varonia. No entanto do outro lado da rua existe uma casa ainda pertencente a Valles ( prima Teresinha) que possui um pequeno jardim junto à Igreja do Carmo e que poderia ser o antigo adro, dado aquela Igreja ter sido a antiga Matriz de Tondela.
Quando tiver noticias comunico-lhe.
Cumprimentos Vasco Briteiros
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Vasco Briteiros,
Nos arquivos familiares não consta Bulhões como apelido dos Valle até ao que refiro, que, tendo tido 6 irmãos e 3 irmãs, foi o único Bulhões.
Ouvi há anos parentes de outro ramo familiar referirem-se a Bernardo Pimentel de Figueiredo, ligado aos Couceiro de Pereira do Campo, como sendo neto de Pedro Pinheiro Pimentel, de Pereira do Campo, e de Maria Teresa Bulhões Vessadas, o que nunca consegui provar.
Quanta à Casa do Adro ou do Arco do Adro, em estado precário, em vez de reconstruí-la, os seus donos decidiram levar a fachada e uma pequena capela que ficava junto à mesma para uma quinta junto de Tondela, como acima afirmei. Apesar de serem parentes muito afastados e o contacto ser irregular, por uma questão de curiosidade, vou tentar saber qual a Casa do Adro que é a deles, sei no entanto que uma delas era ligada a uma capela por um arco, e tudo me leva a crer que seja a destes meus parentes.
Mas, como sabe, acontece haver casas com o mesmo nome. Lembro-lhe por exemplo a Casa dos Mimoso (hoje Brandão de Mello) em Ponte da Barca, conhecida pela Casa Nobre e a casa dos Lacerda e Megre, na mesma rua, 20 metros mais acima, conhecida pela Casa Nobre. Os actuais senhores das referidas casas conseguiram chegar a um acordo, passando a casa dos Lacerda e Megre a ser conhecida pela Casa Nobre do Correio-Mór (penso não me ter enganado no nome completo da casa) e a Casa dos Mimoso a continuar com o nome de Casa Nobre ou Casa da Barca.
Com os meus cumprimentos
José Berquó de Seabra
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro José Berquó de Seabra.
Estou muito curioso sobre o que relata da Casa do Adro e penso ser interessante para o Boletim Cultural de Tondela um artigo sobre o que vier a descobrir.
Cumorimentos
Vasco Briteiros
vbriteirosarrobanetcabopt
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro José Berquó Seabra
Minha Mulher é neta de Manuel de Magalhães Mexia Macedo Pimentel Bulhões e filha de João Maria de Magalhães Mexia Macedo Pimentel Bulhões , ambos da Lousã e já falecidos.
Um abraço
Henrique de Brito e Faro
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Vasco Briteiros
O livro que me refere , não o tenho , mas vou procurar .
Obrigado pela dica que me deu.
Os meus cumprimentos
Henrique de Brito e Faro
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Henrique de Brito e Faro
Tentei este fim-de-semana consultar documentos familiares para verificar se havia ligação entre os Mexia, família de sua Mulher, e os Valle. Não encontrei nada à primeira vista, mas ainda tenho dois dossiers onde pode haver documentação.
É um ramo de antepassados do lado do meu Pai que tem sido menos estudado do que a varonia, Bacelar e Correia de Lacerda, no entanto existem certidões de nascimento, casamento e documentação referente a cargos, casas, etc, que se encontram ordenados e de fácil leitura. Acho curioso esses meus antepassados serem simultaneamente Bulhões e Valle, entre outros nomes, assim como é interessante eu ter como parente um filho de Joaquim de Magalhães Mexia Macedo Pimentel Bulhões e de D. Maria José Magalhães Mexia Macedo Pimentel Bulhões, pelos Couceiro de Pereira do Campo, ligação conhecida há muito, e nunca ter conseguido estabelecer a ligação com os Bulhões do meu ramo.
Vou falar com uma prima que é hoje dona da Casa do Arco, refeita na quinta dos Loureiro e Vasconcellos, pois sei que ela tem em seu poder a documentação referente à casa e morgadios, além da passagem dos mesmos do meu antepassado para o Irmão, tetravó dela, Maria do Carmo Viana Simões de Carvalho. De momento fora, sei que estará de volta dentro de um mês, e nessa altura tentarei saber mais sobre este nosso caso.
Um abraço
José Berquó de Seabra
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Exmo. Senhor Vitor Ferreira
Julgo possuir algumas informações acerca de um dos "ramos perdidos", nomeadamente do ramo Correia Bulhões de Viseu, do qual descenderei por minha Avó paterna.
Infelizmente não é um ramo do qual eu tenha muitos elementos, mas aqui vai aquilo que sei:
Com efeito sou 8º neto de:
1) António Correia de Bulhões (será filho ou parente de Luís Correia de Bulhões, referido in "Memorias de Viseu" de José Coelho.p.314?) e mulher D. Eugénia Maria, que foram pais de:
2) D. Marcelina Tomásia Joaquina Correia Bulhões, moradora em Povolide, filha de Casou Marcelina Tomásia com o Dr. António José da Silveira e Vasconcelos, afilhado do Bispo de Viseu D. Júlio Francisco de Oliveira e filho do Dr. Alexandre Filipe de Vasconcelos Bandeira de Almeida, que tomou posse em 1743 como mamposteiro dos cativos (Aragao,"Viseu",vol.3º,p.169), e casou ("Beira Alta", ano XXVIII, nº2, p.226) com D. Maria Josefa Pinto Pereira Silveira de Almeida; neto paterno de Urbano António de Vasconcelos Bandeira, legitimado por carta de D. Joäo V, (Beira Alta, vol.XIX, nº 1,1960,p.49-52) c. a 28 de Abril de 1710 na Capela de Santa Cristina, altar de Santo Amaro, em Viseu com D. Joana de Campos Rebelo, neto materno de António Pinto Pereira e Almeida, Capitão Mor da Vila de Botão, e mulher D. Maria da Silveira. Foram pais de:
3) Urbano António Silveira Bulhões e Vasconcelos, (nascimento em Arq. Distr. Viseu., Povolide, bapt.1758-1782, 10º, maço-20, nº15, que casou em 1781 com D. Antónia Ludovina Rita Fonseca de Aragão, filha de José da Fonseca Aragão e 3ª mulher D. Rita Bernarda de Almeida Fragoso, pais de:
4) D. Maria Augusta Pinto da Silveira, c. com José Cardoso da Silva Burgos, filho de António Rodrigues da Silva Burgos e mulher D. Maria Vitória de Jesus, pais de:
5) Miguel Augusto Cardoso, n. a 17 de Fevereiro de 1832 na Rua Direita, em Vizeu, teve como padrinhos a Luís de Albuquerque do Amaral Cardoso e D.Rita de Bourbon Silva e Albuquerque, filhos de António de Albuquerque do Amaral Cardoso, f. a 3 de Maio de 1889, no Porto c. a 23 de Junho de 1858 na Igreja Paroquial de S. Nicolau, no Porto, com D. Delfina Claudina de Bessa Leite, filha de António de Bessa Leite, e de sua mulher e prima D. Delfina Claudina Leite de Moraes, sendo pais de:
5.1.) D. Laura Albertina Bessa Cardoso, que segue,
5.2.) D. Elisa Adelaide Bessa Cardoso, c. com Eduardo Honório de Lima, com geração nas famílias Amorim Pinto e Pinto da Costa.
6) D. Laura Albertina Bessa Cardoso, c. com António Abreu da Cunha Soares, n. em 1856 em Varziela, Felgueiras, f. em 15 de Novembro de 1915, senhor da quinta das Figueiras, em Varziela, Felgueiras, filho de José Eduardo da Cunha Soares e mulher D. Carolina Alves de Abreu, sr.ª da referida quinta;
Filhas:
6.1.) D. Albertina Laura Bessa Cardoso da Cunha Soares, que segue,
6.2.) D. Maria Carolina Bessa Cardoso da Cunha Soares, c. com o Juiz Dr. Pedro Vicente de Moraes Sarmento Campilho, senhora da casa da Corujeira, com geração na família Sousa Holstein Campilho.
7) D. Albertina Laura Bessa Cardoso da Cunha Soares, n. em 1885 no Porto, fal. em 21 de Maio de 1968, no Porto, c. com José Tasso de Sousa Lima, senhor da casa da Ponte e da quinta do Faial, em Prado, da quinta do Sol, em Barbudo, todas no conc. de Vila Verde, vice-provedor da O. do Carmo, no Porto, secretário-geral do Consulado do Brasil, n. em 1885 no Rio de Janeiro, f. em 12 de Outubro de 1955, no Porto, filho de José Sales de Sousa Lima e mulher e prima D. Maria Amélia Tasso de Sousa, pais de:
8) D. Maria Lysia Soares de Sousa Lima, n. no Porto, baptizada no oratório particular da casa de seus pais, à Rua Tenente Valadim nº 197, no Porto, senhora do usufruto da casa da Ponte, em Prado, e da quinta do Sol, em Barbudo, todas no Concelho de Vila Verde, c. com o Juíz Desembargador dr. Pedro Vicente de Moraes Campilho, Licenciado em Direito (U.C.), Delegado do Instituto Nacional do Trabalho em Vila Real, Governador Civil de Bragança (41-44), Juiz do Tribunal Militar do Porto (66-67), Presidente do Tribunal Plenário (68-74) e Juiz Desembargador da Relação do Porto, Presidente da Comissão Distrital da União Nacional do distrito de Vila Real e Presidente da Acção Católica do mesmo distrito, sócio da Sociedade Histórica da Independência de Portugal e da Sociedade de Geografia de Lisboa, Comendador da Ordem de Cristo e da Ordem de Mérito Civil de Espanha, n. em Montalegre, a 22.2.1904 e f. no Porto, a 4.10.1988, filho do dr Alfredo Anibal Montalvão de Morais Campilho, licenciado em direito (U.C.), Juíz Desembargador da Relação de Lisboa, chefe das famílias Campilho, Montalvão e Alvares Ferreira, Representante do morgadio de Vila Frade, em Chaves, n. em Vidago, a 23.04.1864 e f. em Lisboa, a 8.4.194, e mulher e prima D. Olinda da Glória de Morais Sarmento Campilho, n. em Vinhais, a 4.11.1966 e f. em Lisboa, a 5.5.1954, sendo pais, entre outros, de meu pai Nuno Maria Lima de Moraes Campilho.
De momento estes são os elementos que possuo e que espero possam ser de algum interesse.
Infelizmente sobre a ascendência daquela minha antepassada Correa Bulhões nada mais sei!!
Com os melhores cumprimentos
Gil Campilho
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Fico a saber que é meu vizinho e que conheço o seu pai dos tempos idos do Orfeu!
Aceite os meus cumprimentos.
Vasco Briteiros
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Gil Campilho,
Não imagina a grata satisfação que tive ao saber da existência de um descendente dos Correia de Bulhões de Viseu.
A minha ligação ainda falta comprovar documentalmente. Ainda não estabeleci a ligação entre José Correia Montes/z de Bulhões e Menezes, por seu pai Jacinto (6º e 7º avôs respectivamente) aos Correia de Bulhões, Juízes de Órfãos pelo menos três deles, descendentes de António Correia de Bulhões.
Mas toda a informação que possuo aponta para a sua esposa ser Isabel do Amaral, filha do Deão Gaspar do Amaral e de sua manceba Oliveira. Isso pelo menos até (um pouco?) antes de 20/10/1614 quando a sua filha Helena Correia do Amaral casa com Jorge Montez da Fonseca (" ... filha de ACB e de Izabel do Amaral, já defunta"). Não conhecia esse casamento de ACB com D. Eugénia Maria. Será um casamento posterior ou anterior? Tendo ACB falecido ao que parece em 20/03/1625, tanto pode ser um como outro caso.
Ou não será o mesmo António Correia de Bulhões?
De facto aparece um António Correia que se casa com uma Brites Barbosa (ou Barrosa). Esta era filha de Diogo de Seixas, documentado nos prazos do Cabido de Viseu como cavaleiro-fidalgo em 1516 e de Isabel Barbosa de Andrade
(ou Barroso). Daqueles surge um grupo Seixas Correia e Correia de Seixas, de Viseu. Nesses Seixas Correia ou vice-versa, aparecem neto, bisneto e trineto Antónios (o filho era Diogo). Não será a um desses a que se refere?
Até por a janela de tempo ser algo distante. ACB parece que já era Cav. Fidalgo em Viseu 1536. Ora se morreu em 1625, tinha quase cem anos. Seria um feito extraordinário se o casamento referido, com geração, fosse posterior à data da sua viuvez (1614). Porquanto anterior, a janela temporal "atiraria" o casamento de ACB com D. Eugénia Maria para o terceiro quartel do séc. XVI.
Estas contas também fazem sentido para si? Será que me enganei em alguma coisa? Bom, já sabe que o gosto pela investigação é que nos move e pôr questões (as pertinentes, naturalmente) só aguça a nossa sede de saber.
Aguardo os seus avisados comentários.
Victor Ferreira
Também não ouvi falar de Luís Correia de Bulhões.
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Vasco Briteiros
Consegui a obra que referiu em 16/10 , " Linhagens" , do Dr. Mário Xavier de Araújo , que aliás comprei ,mas ainda não descobri a referência que faz a D.Mariana Teresa da Cunha, no contexto dos Valles de Tondela/Valles Bulhões.
Será que não se enganou na obra?
Por outro lado , a minha mulher é Couceiro ( que já não assina )Pimentel Bulhões , de Pereira do Campo, mas também não sei se há alguma ligação com esta família Valle Bulhões.
Se descobrir alguma coisa , agradeço que mo diga.
Com os cumprimentos
Henrique de Brito e Faro
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Henrique de Brito e Faro
Na obra citada, poderá encontrar a páginas 327 , a meio da página logo no começo do parágrafo I.1) o nome de D. Marianna Tereza da Cunha .....
A investigação dos Valles de Tondela obriga a consultas nos Arqivos de Viseu/Lamego e obras do Dr Lucena e Valle ( o grande estudioso dos Valles), para as quais não tenho tido oportunidade dado viver no Porto.
A ligação a " Bulhões " é para mim ainda muito desconhecida.
O inicio do texto relativo a D. Marianna Thereza da Cunha é praticamente uma reprodução da citação geneaógica do AHG do Visconde de Sanches de Baena,pág 156, carta 625 de D Esperança Angélica de Sá Pereira Barros e Bulhões. O Dr. Mário Xavier desenvolveu depois só a descendencia até chegar ao actual José Vitor ( que lhe tinha pedido esta investigação) entretanto falecido.
Se eu encontrar alguma informação sobre estes Bulhões seguramente que lha transmitirei
Ainda sobre Valles , talvez lhe interesse um artigo sobre os Correio-Mór de Viseu , na revista Dom Jaime - Cadernos de Cultura - nº 3 - Dezembro 2003 ( Ed da Câmara)em que o 8º CM foi João Lopes do Valle , natural da Casa do Adro-Tondela (1695-1725) em que se segue uma pequena dinastia de 7 CM. A última herdeira proprietária foi D. Maria Carlota Eduarda do Valle Lobo da Torre, por alvará do Principe Regente D. João, datado de 8.7.1800.
Esta senhora foi casada com seu primo o Dr. luís Borges de Castro Tavares de Azevedo e Melo
O autor não cita os nomes de todos os CM da familia, mas apresenta uma foto do que resta da Casa do Adro e o facsmille do 9º CM onde se pode ler Ant Baptista do Valle.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Henrique de Brito e Faro
Não sei se leu a mensagem que lhe deixei em cima àcerca dos Couceiro, dos quais também descendo e da dificuldade em estabelecer a ligação entre o ramo da sua Mulher e os Valle Bulhões.
Um abraço
José Berquó de Seabra
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro José Berquó de Seabra
Li a sua MSG , assim como outras , nomeadamente a do Vasco Briteiros , sobre este assunto.
De facto também não consigo fazer essa ligação , mas tenho todo o interesse e se me puder ajudar ficarei agradecido.
Os cumprimentos
Henrique de Brito e Faro
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Vasco
Muitíssimo obrigado pelos esclarecimentos que me deu, sobre a possível ligação Bulhões e Valles.
Os meus cumprimentos
Henrique de Brito e Faro
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caros Vasco Briteiros de Vitor Ferreira
Antes de mais quero agradecer as simpáticas mensagens, nomeadamente a do meu "vizinho" Vasco Briteiros.
Quanto a António Correia de Bulhões, infelizmente nada mais sei, para além do que transmiti na minha anterior mensagem. Infelizmente deste meu ramo de Viseu apenas conheço os elementos que foram entregues pelo meu falecido primo Eduardo Honório de Lima Pinto da Costa.
Relativamente a Marcelina Tomásia Joaquina, também tinha a seguinte anotação: "No registo de cas. do filho e no reg. de bapt. dos netos ora aparece como nascida em Lisboa e moradora em Povolide ora nasc. em Povolide."
Contudo e pela conferência de datas sou levado a concordar consigo, meu caro Vitor Ferreira, em que este António Correia Bulhões meu antepassado não deverá ser o mesmo que foi Cavaleiro Fidalgo em 1536, mas talvez seu descendente, considerando que tinha o mesmo nome e eram naturais da mesma zona.
Quanto a Luís Correia de Bulhões apenas sei que o mesmo é referido, como já expus, em "Memórias de Viseu".
Infelizmente e para muita pena minha nada mais posso adiantar sobre este meu ramo, ficando contudo, muito interessadamente, a aguardar novidades sobre a família, ou famílias, Bulhões.
Renovando os meus cumprimentos
Gil Campilho
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Victor Ferreira
Efectivamente, Álvaro Egas de Bulhões era de Esgueira, onde nasceu, salvo erro em 1617. De momento não tenho perto a documentação. Mas se a esta data isso ainda for relevante terei todo o gosto em comunicá-la.
Um abraço
Fernando Gautier Neto
Enlace directo:
Bulhões/Bulhão: Beiras/Viseu, sécs XV-XVIII
Caro confrade F. Gautier Neto,
Mas claro que sim.
Recentemente encontrei referências às actas da Câmara de Viseu onde se cita um Álvaro Egas de Bulhão (AEB) entre os que assinam o Registo de Aclamação de D. João IV em 1640 (juntamente com um António Correia de Bulhões/ACB2, provavelmente neto do Juiz dos Órfãos ACB1 citado anteriormente e que já tinha falecido em 20/03/1625); como escrivão da Vereação em 1642; e uma nomeação do mesmo ano para se apresentar na praça de Almeida na quarta leva de tropas a partir de Viseu (consta que era Capitão de Auxiliares), curiosamente com uma ressalva de que deveriam seguir 2 companhias de 120 homens cada uma, mas "... de gente rica, que possa se sustentar a si e à praça." !!
Mas mesmo assim as minhas dúvidas quanto às ligações familiares continuam sensivelmente as mesmas:
- para além de, segundo Alão, ser filho de Pedro Egas Bulhão (de Esgueira) e de mãe desconhecida, qual a origem de AEB e desses "Bulhão" de Esgueira?
- alguma ligação dele ou de seu pai Pedro a ACB1, Juiz dos Órfãos, ou a ACB2, co-vereador em 1642?
- apesar da relativa anarquia onomástica (apelidos pescados dos padrinhos, recuperados de bisavós, de tios, ...), por essa altura ainda se usava muito o costume ibérico de o(s) apelido(s) do pai vir(em) imediatamente após o nome, e por último o(s) da mãe: esses Bulhões/Bulhão de Viseu seriam de facto uma família, ou o nome é um "acrescento", ou vem das mães, ...?
- por fim, serão os meus Bulhões (Costa Bulhões e Correia de Bulhões, de Alcafache e de Viseu) mais aparentados com os de Esgueira que com os de Viseu? Com ambos? Como?
Em suma, tudo o que tiver e quizer partilhar sobre esses "Bulhão" de Esgueira será muito bem-vindo.
Melhores cumprimentos
VF
Enlace directo:
RE: Bulhões/Bulhão: Beiras/Viseu, sécs XV-XVIII
Caro Victor Ferreira
Álvaro Egas de Bulhões, baptizado em Esgueira em 1617 era filho de Pero Egas de Bulhões e de Maria de Alvelos da Costa, natural de Vouzela. Pero Egas de Bulhões, baptizado em Esgueira em 1597, era filho de Álvaro Egas de Bulhões, ou da Silveira, e de Isabel de Oliveira e neto, talvez, de Nicolau da Silveira Bulhão e de Maria Moreira Barbosa, moradores em Esgueira
Tanto quanto sei estes Bulhões eram naturais de Esgueira. Pelo trato vê-se que eram dos maiores da vila, que ao tempo, lembre-se, era cabeça de provedoria. Depois do nascimento do Álvaro, evaporaram-se de Esgueira. Reapareceram em Viseu, mas isto você já sabe. A pergunta que vale ouro é: onde estiveram durante quase vinte anos? Ou ainda esta: onde ficavam as propriedades destes figurões (o núcleo principal, por certo, não era em Esgueira)?
Por vários indícios que agora não sei precisar, já lá vão bastantes anos, fiquei de ir pesquizar Reriz. Só que eu vivo em Lisboa e esta não é a minha vida, e nunca cheguei a ir a Viseu consultar os arquivos paroquais. Claro que os paroquiais da cidade de Viseu seguramente ainda guardam segredos, porque se o Álvaro teve tal relevância social, deixou marcas. Também seria interessante seguir o rasto dele nas suas movimentações militares. Os Capitães de Auxiliares, "adoravam" ser padrinhos e testemunhas.
Para ir mais além creio que é inevitável "estacionar" por uns dias em Viseu e virar os arquivos paroquiais do avesso. Foi isso que ainda não tive oportunidade de fazer e por isso a minha investigação sobre esta família estava parada até, por mero acaso, chegar a esta "sala de estar" que você em boa hora abriu.
Um abraço e disponha sempre
Fernando Gautier Neto
Nota: Nunca houvi falar de António Correia de Bulhões. Mas o apelido é tão raro que certamente todos os do início do séc.XVII são parentes muito próximos e, até ver, oriundos de Esgueira. De qualquer forma, que marcos cronológicos seguros tem para ele?
Enlace directo:
RE: Bulhões/Bulhão: Beiras/Viseu, sécs XV-XVIII
Caro Vitor Ferreira
Se quiser contactar-me por mail, ou outro dos confrades, aqui fica
Gautier_Neto@hotmail.com
Enlace directo:
RE: Bulhões/Bulhão: Beiras/Viseu, sécs XV-XVIII
Caro FGN,
Estou a preparar uma resposta o mais informativa que me for possível (e há umas tantas coisas sobre o ACB), mas só vou conseguir no fim de semana.
Razão: perfeita sintonia quanto ao "isto não é a minha vida" ...
... mas que lhe dá um coloridozito especial, lá isso dá.
Retribuição do abraço e disponibilidade
VF
Enlace directo:
António Correia de Bulhões
Caro confrade,
Como diz o ditado, «prometido é 'de vidro'» ... e quebrei a promessa ...
Mas aqui vai, depois de uma formatação de disco causada por "Spyware/Adware", uma verdadeira praga ...
Marcos cronológicos do nosso personagem, a partir de transcrição de uma mensagem recente ao confrade Eduardo Osório, mais uns acrescentos:
ANTÓNIO CORREIA DE BULHÕES
(chamemos-lhe ACB1 uma vez que aparecerão outros de nome igual e semelhante)
É um personagem bem documentado na sua acção e dos seus descendentes (genro e neto Juízes dos Órfãos) MAS ... nada sobre origens." Por partes:
1. A Pedatura, no título Correas Bulhões diz:
"ACB ... teve o hbº de Christo foy criado do Bispo Capellão mór D. George de Athaide, que lhe fez deo (sic) o offº de Juiz dos Orphãos de Vizeu; cazou com Izabel do Amaral fª de D Gaspar do Amaral Deão da dª Cide ... e teve
---Gabriel Correa de Bulhões
---António de Bulhões
---Iº Correia Pe da Compª e sahindose foi Abbe de Quintela (seria Quintella de Azurara?)
---Innocencio Correa q. morreo no Brazil solteiro
---Jª de S. António, e outra Freiras em Frrª (qual será este convento?)
---Helena Correa do Amaral m.er de George Montez da Foncª fº de Pº Frz. de Torres Me. das Obras de ElRey, e de sua mer. Izabel Montez da Costa fª de Marcos de Paiva Homem, e de Felippa Nunes da Costa, e tiverão Paulo Montez &ª (? acaba a frase aqui)
------Gabriel Corrª de Bulhões fº 1º deste foi para o Brasil aonde cazou, e seu Jrmão Antº de Bulhões cõ duas irmãs."
2. Este último António de Bulhões, 2º filho, é certamente o António Corrêa de Bulhões que foi ouvidor-geral do Rio de Janeiro (Chancelaria de Dom João IV, 13, 186).
3. Há também uma referência curiosa a um Zacharias de Bulhões num relato genealógico que encontrei na net entitulado "ANDRADAS POR FEMEA/ DE/ GONÇALO FERNANDES da Serra de Agua/" na Madeira. Aí fala-se a certo ponto numa sua trineta:
"5 - D. Jeronima d’a Cunha, mulher de Zacharias de Bulhões, filho
de An-/tonio de Bulhões, natural de Viseu./ ...". Era bisneta de Rui Gonçalves de Andrade, Moço Fidalgo da Casa de D. João III (1502-1557). Gonçalo Fernandes (falecido em 13 de Junho de 1539) é apresentado como provável filho de D.Afonso V. As datas fazem sentido. Seria Zacharias um filho do nosso António ouvidor, vindo do Brasil para casar na Madeira?
4. No título Montezes de Vizeu da Pedatura lê-se:
"Pero Fernandes de Torres foi M.e das obras de ElRey. Casou com Izabel Montez da Costa fª de Marcos de Payva Homem, e de sua mer. Felippa Nunes da Costa ... e teve
---2 o P. Manoel Ribrº Da compª de JESU
---2 o P. Gaspar da Costa Da compª de JESU
---2 Iorje Montez da Fonseca
---2 B.ar da Costa
---2 Theodora da Costa q morreu soltrª
---2 Izabel Montez
------2 Iorge Montez da Fon.ca fº 3º deste: cazou com Elena Correa do Amaral fª de Antonio Corrª de Bulhões no tt antecedente, e teve
---------3 Paulo Montez da Foncª
---------3 Miguel da Foncª Clérigo
---------3 Ioão Correa de Bulhões
---------3 Lourença da Fonseca
---------3 Izabel Montes
------------3 Paulo Montez da Foncª fº 1º deste he letrado cazou com D. Dionízia ... fª de Antº de Fig.do de Moraes e teve
---------------4 ..."
4.1. Mais tarde pude acrescentar, com uma preciosa ajuda do Dr. Abranches de Soveral, mais uns dados sobre os irmãos "3" da lista anterior, nascimentos e descendência. Se estiver interessado, diga. Mas para situar, Jorge e Helena casam em 20.10.1614 e Jorge morre em 04.01.1622.
5. Sobre a nossa "pièce de resistence" ACB1, para além do que está na Pedatura:
- D Jorge de Ataíde [*1535+1611] foi Bispo Capellão mór (1568-78). Atendendo a que ACB1 foi seu "criado" não foi casual a escolha de Jorge para nome do 3º filho.
- A sua esposa, Isabel do Amaral, moradora em Viseu, n. Cerca de 1560 e já fal. em 1614, era a 5ª filha do Deão Gaspar do Amaral com Susana Dias de Oliveira.
- Isabel deve ser a que recebeu do cabido de Viseu os prazos do chão de Arroteia (8.8.1594) e de umas casas na rua de Cimo de Vila (1599).
- Casou cerca de 1589 com ACB, Juiz dos Órfãos de Viseu (era-o em 1591) por mercê do Bispo Capelão Mor D. Jorge de Ataíde, cargo que quando morre fica pertença de sua esposa que o passa ao genro Jorge Montez da Fonseca e depois ao neto João Correia de Bulhões.
- ACB1 era considerado “cidadão nobre da governança de Viseu”, sendo vereador do Senado da Câmara pela nobreza em 1612., N. cerca de 1545, pois numa inquirição do Santo Ofício, feita em Viseu em 1592, surge como testemunha e é identificado como “ACB1, escudeiro fidalgo de sua Masgestade, cavaleiro da Ordem de Cristo, juiz dos Órfãos de viseu, de 42 anos”.
- Em 1575, 4 maio, há uma carta de emprazamento de um casal na Abrunhosa feito a ACB "denunciado homem de qualidade". Maço 46-col 50 onde o designavam por cavaleiro fidalgo (LP de 1567-1575) e (LP 1580-1589).
- Sendo referido como cavaleiro fidalgo, recebeu do cabido de Viseu os prazos de uma vinha e casas ao Rol, em Cavernães (19.9.1586 ), de uma vinha em Prime (1586), de um olival em Assar (22.9.1586), e de uma vinha e outras propriedades em Prime (30.6.1599). A 22.3.1615 troca com o cabido um quintal na rua direita.
- Fal. a 20.3. 1625 em Viseu.
6. Sobre origens do ACB1, aqui vão mais umas transcrições da mensagem referida:
"Umas décadas antes ... há em Viseu um outro António Correia (sem “Bulhões”) que casa com Brites Barbosa, filha de Dº (Diogo/Domingos?) de Seixas, dando origem aos Correia de Seixas. Sobre esse AC, em 1544, 3/08 há um emprazamento feito a “AC, Cav. da Ordem de S.Tiago, de umas casas na Rua Direita, acima da Pedra do Gonçalvinho”. Por essa época parece que só se era admitido àquela ordem quem tivesse nobreza em 4 gerações, de pai e mãe. AC foi escrivão da Câmara do Cardeal Infante D.Afonso (carta de 13-06-1519, Museu Grão Vasco)".
Ora, " ...Sendo ACB1 um cidadão tão cantado em prosa e verso nos documentos, teria eventualmente uma origem que poderia entroncar em genealogias conhecidas, por mais nada senão o ser uma das poucas formas de dar continuidade a esse ramo. Seria por esse AC?
AC não parece à partida ter sido ancestral de ACB. Os Correia de Seixas vão por outras vias. Mas uma bisneta de AC, Maria (de Seixas) casa-se com Álvaro Egas de Bulhão (atenção, não é Bulhões), que apesar de nascer em Esgueira (N. 1617, fº de Pedro Egas de Bulhão, de Esgueia, e de Maria de Alvelos da Costa, de Vouzela, neto de outro Álvaro Egas de Bulhões ou da Silveira e de Isabel de Oliveira, bisneto de Nicolau da Silveira Bulhão e de Maria Moreira Barbosa moradores em Esgueira), Álvaro dizia eu, aparece em Viseu como Capitão de Auxiliares e membro da Vereação em 1642 e a assinar a aclamação de D.João IV junto com ... nada mais nada menos que ... OUTRO António Correia de Bulhões (ACB2) e mais de uma dezena de outros notáveis, chamados “ ... pelo ruidoso chamamento da campa tangida, segundo o antigo costume ...”.
7. Sobre outros Correia de Bulhões, uns tempos depois aparecem :
7.1. na Revista Beira Alta (RBA) ano XXI n2 2ª série 1962, na Vereação desde 19/01/1716 aparecem Diogo de Seixas, Luis Correia de Bulhões (desde 31/01/1711), Brás Ferreira de Lemos, sendo Procurador António Correia;
7.2. Numa genealogia que me foi dado conhecer, aparece um António Correia de Bulhões (ACB2) cc D. Eugénia Maria, "ele filho ou parente de Luis Correia de Bulhões, referido em Memórias de Viseu do Dr. José Coelho, p. 341. Este António vive por meados de 700.
7.3. Os meus ancestrais Jacinto Correia Montez de Bulhões e Meneses e seu filho José, este último de Casal Sandinho, de Alcafache (Mangualde), b. 15.04.1692, c. 04/11/1709 com Maria Lopez, do mesmo lugar. As ligações com os outros ainda estão por estabelecer.
Aproveito para transcrever algumas notas (desculpe as repetições) sobre um outro personagem de quem gostaria de ter mais informação. Há uns "Homens" no caminho de Viseu para Esgueira, nomeadamente a um terço do caminho, no vale do Vouga ... Se o confrade dispuzer de qualquer indício ...
Trata-se de:
1- Marcos de Paiva Homem (MPH)
"Aparece (junto com a sua esposa Isabel Nunes da Costa) referido na Pedatura nos títulos Montezes e Correa Bulhões, de Viseu, como pai de Isabel Montez da Costa.. Quanto a datas, esta última morre em Viseu em 04Jan1623 e foi casada com um mestre das obras d'el rei (Felipe III Esp.) – Pero Fernandes de Torres – que esteve de 1597 a 1615/16 a comandar as enésimas obras do Convento de Cristo em Tomar, que renuncia ao cargo cerca de 1615 "por doença e avançada idade" e cuja carta de renúncia foi escrita de Viseu. Isto tudo aponta-nos para cerca de 1520 a 1550 para intervalo verosímil do nascimento de MPH. A pesquisa das actas da vereação de Viseu constante na Rev. B. Alta, até hoje não me mostrou nenhuma referência a MPH quanto a ‘casos’ em que estivesse envolvido, o que seria de esperar se fosse um ‘notável’ do Termo, mesmo que daí não originário. Já dei uma vista de olhos em algumas listagens de documentos avulsos do Cabido, mas ainda nada. Muito provavelmente, dada a forma ainda ibérica da composição do nome por essa época, MPH deve ser Paiva por parte do pai (e ia dizer ‘Homem por parte da mãe’ mas é melhor não que parece mal ...).
Questões: teve outros filhos? o quê o liga a Viseu ou às Beiras? origem própria ou, se calhar, origem da esposa? ‘Nunes da Costa’, ‘Nunes Homem’, ‘Costa Homem’ há uns tantos por essas bandas, por essa época, antes e depois. Aqui no Genea andam alguns, mas muito desgarrados. Seriam até parentes? Tanto quanto pude auscultar do confrade A. Soveral, também ele nada tem sobre tal figura (ou de sua esposa), para além da ‘górdia’ citação na Pedatura ... "
Já abusei da sua paciência ... e ainda falta um ramo particularmente interessante. Mas fica para outra vez.
Que tire o melhor proveito das informações acima.
Melhores cumprimentos.
VF
Enlace directo:
Correcção
... em 7.2. leia-se ACB3, uma vez que o 2 viveu por 1640 e este cerca cem anos depois
RespuestaEnlace directo:
RE: Correcção
Caro confrade
Agradeço a sua contribuíção. Vou digeri-la e logo dou notícias.
Para já direi que nada sei de Marcos de Paiva Homem; nunca ouvi falar sequer. Tem toda a razão quanto ao facto dos notáveis não aparecerem nas vereações, até porque isso era vedado pelas ordenações. Tenho para publicação as vereações de Aveiro de 1555 e posso garantir que tudo o que fosse acima de tabelião não punha os pés na câmara, bem como os clérigos.
Um abraço
Fernando Gautier Neto
Enlace directo:
RE: António Correia de Bulhões
Esqueci-me de lhe referir que as informações sobre os Bulhões de Esgueira que enviei são todas dos registos paroquias e por isso, pelos meus critérios, perfeitamente firmes.
Um abraço
Enlace directo:
RE: António Correia de Bulhões
Caro Victor Ferreira,
Casamento em Alpendurada, Marco de Canaveses,
30.06.1594 -Francisco de Bulhões, com Filipa Mendes, irmã do Padre Manuel de Meireles
Cumprimenta
José António Reis
Enlace directo:
O outro ramo
Caro confrade,
Espero não lhe ter causado nenhuma complicação digestiva com o relambório da outra vez.
Para não deixar o assunto esfriar, a outra linha de que lhe falei é a da esposa do Álavro Egas de Bulhão, Maria de Seixas.
Ela foi terceira filha do primeiro casamento (houve mais dois) de um personagem de que ando a tentar reconstituir há uns tempos a história, dele e do seu pai. Trata-se de Gonçalo, que uns tratam por Pereira da Silva e outros por Teixeira da Silva, filho de António Teixeira de Macedo e de sua mulher Helena de Castro. Gonçalo veio da Índia e viveu em Viseu, em casa de uma tia, Guiomar Teixeira.
Já ouviu falar nestes?
Quanto aos três filhos de Álvaro Egas de Bulhão e de Maria de Seixas, Manuel de Seixas, António Egas e Francisco Egas, sabe alguma coisa?
Cumprimentos e Santa Páscoa.
VF
Enlace directo:
RE: O outro ramo
Caro Victor Ferreira
Conheço-os a todos ou pelo menos alguns. Mas só depois da Páscoa poderei voltar ao forum. Ainda men "estudei" o que me enviou.
Um abraço
Fernando Gautier Neto
Enlace directo:
RE: O outro ramo
Caro Victor Ferreira
Vamos então ao nosso amigo Álvaro Egas de Bulhão, segundo dele consta nos arquivos paroquiais de Esgueira e Aradas. Foi baptizado a 1-2-1617, sendo padrinhos Leonis da Costa, de Vouzela e Cristóvão Pinto, de Coimbra. Depois levou sumiço e só reaparece a 1-2-1671; a 12-5-1684, novo sumiço, agora de vez. Entre sumiços, andou pelo concelho de Lafões e Viseu e arredores. Casou pelo menos duas vezes, uma com Maria da Silva Pereira e outra, a 22-1-1674, com Catarina de Rebelo e Castelo Branco. Deste 2.º casamento houve pelo menos uma filha Mariana de Castelo Branco que casou a 8-1-1680 com Manuel Cação de Brito, da freguesia da Vera Cruz de Aveiro. Do(s) anterior(es) casamento(s) serão filhos, mas não tenho prova cabal, José Pereira Pacheco, falecido a 5-4-1707 em Verdemilho, Manuel de Seixas Correia de Bulhão homem nobre de Viseu, que vivia em Verdemilho em 1678, e Álvaro, falecido a 16-1-1684, que devia ser menor de idade, atento só ser referido pelo nome. Álvaro Egas de Bulhão teve pelo menos 2 irmãs: Marta, falecida a 13-8-1646 e Joana da Silveira que casou a 17-5-1660 com Manuel Tenreiro de Abranches, filho de João Cardoso de Abranches e Isabel Gomes Tenreiro, de Viseu, freguesia da Sé.
O meu trabalho sobre esta família está encalhado há anos pela dificuldade em estabelecer a ascendência das várias mulheres de Álvaro Egas de Bulhão e a descendência dele. Claro que o estágio de alguns dias no arquivo de Viseu esclareceria muitas coisas, nomeadamente quando casou, que filhos baptizou e com que famílias se relacionava, mas o tempo não vai de feição...
Ainda não "digeri" o que me enviou, mas dei prioridade a enviar-lhe estas minhas "novidades". Em breve enviar-lhe-ei um comentário.
Deixo-lhe também o meu mail para o caso de me querer contactar por essa via:
Gautier_Neto@hotmail.com
Um abraço
Fernando Gautier Neto
Enlace directo:
RE: António Correia de Bulhões
Caro José António Reis
Obrigado pela informação. Por acaso o registo tem a filiação e morada de Francisco de Bulhões? Depois viveram em Alpendurada?
Um abraço
Fernando Gautier Neto
Enlace directo:
RE: O outro ramo
Caro Victor Ferreira
Afinal começo já os comentários.
De facto existiu o capitão António Teixeira de Macedo. Partiu de Lisboa a 4-4-1591, capitaneando a nau Santa Cruz, sob o comando de Fernão de Mendonça, capitão-mor. "A nau Santa Cruz, vindo demandar a ilha do Corvo, achou aí a armada inglesa, e entendendo que se não podiam defender, surgiram na baía, pegado com terra, nas Flores, aonde se salvou a gente, e puseram fogo à nau e ardeu toda com a fazenda". A 4-4-1593 parte de Lisboa capitaneando a nau S. Cristovão, sob o comando de D. Luís Coutinho e desta vez chegou à Índia; não há notícia que tenha ficado por lá (Simão Ferreira Paes, De Bartolomeu Dias a Vasco da Gama, As Famosas Armadas da Índia (1496-1650), Livraria Civilização Editora, 1997, pág. 263 e 269). Note-se que a fonte é um manuscrito de 1650 e o autor era o guarda dos livros da Casa da Índia e fez o trabalho a mando de D. João IV!
E é tudo quanto sei deste personagem. Como é que isto se encaixa com as informações que tem por via dos genealogistas, você saberá. Por mim não os leio.
Um abraço
Fernando Gautier Neto
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro confrade Victor Ferreira,
Em posse da minha família encontra-se uma Carta de Brasão de Armas agraciada no ano de 1589 a um António Correia de Bulhões, morador em Viseu. Transcrevo em seguida o seu conteúdo.
Cordialmente,
Pedro Bingre do Amaral
-------------------------------
Portugal Principal Rey de armas do muy alto e muito poderoso Rey Dom Felipe nosso sñor, destes Reynos de Portugal, e cavaleiro professo da ordẽ de Sãctiago, faço saber a quãtos esta minha carta de brasão de armas de nobreza digna de fee e crença virẽ, q Antonio Correa de Bulhão, morador na cidade de Vizeu, me pedio e requereo, que porquanto ele desẽdia por via de bastardia legitimada por parte de seu pay Grauiel Correa, e de seus avos João Correa, e Joana Taveira de Bulhão, e de seus bisavós, gerações e linhagẽs dos Correas, Bulhões e Taveiras, q nestes Reynos são fidalgos de cota de armas, como cõstava no estromẽto autorizado em forma devida por autoridade de justiça que apresentava¬, q lhe desse hũ escudo cõas armas que as ditas linhagẽs pertencẽ, e a elle de dereito por lhe pertencerẽ, pella dita via devia trazer, pera dellas usar, e gozar das honras e liberdades q por bẽ da nobreza dellas gozarão seus antepassados, pelloque, provẽdo a seu requerimẽto, por virtude do que cõstava no dito estromẽto e com o poder e autoridade q de meu oficio pera isso tenho, busquei os livros da nobreza e da nobre fidalguia do Reyno q em meu poder estão, e acho nelles as armas que as ditas linhagẽs pertencẽ, serẽ estas que em esta lhe dou iluminadas. E o escudo esquartellado, ao primeiro e seu cõtrairo Correas Correas correães q trazẽ o cãpo vermelho e hũa aguea preta estendida armada de prata e sobre os peitos della, hũ escudo das armas dos Correas, q he o cãpo douro fretado de correas vermelhas repassadas hũas por outras, e ao segũdo dos Bulhões que trazẽ o cãpo de prata e hũa cruz de vermelho patea, e em cada põta tres bolletas verdes cõ cascabulhos douro, e ao contrairo dos Taveiras q trazẽ o cãpo douro e nove torteraos de vermelho postos em tres pallas, elmo de prata aberto guarnecido douro, paquife douro e vermelho, e ouro e preto, e prata e vermelho, e por timbre hũa mea aguea preta estẽdida cõ hũa correa vermelha no bico, e por deferẽça hũ filete preto em cõtrabãda, que cõ ellas pois lhe pertencẽ pella dita maneira segundo regimẽto darmaria deve trazer, e por assy dever dellas usar, requeiro as justiças da parte do dito sñor, e por bẽ do officio da nobreza guardẽ ao sopricante as hõras e liberdades e mais preminẽcias concedidas as ditas armas, e lhas deixẽ trazer e possuir e dellas usar nos autos em q a nobreza dellas lhe da lugar, e por verdade lhe passei esta certidão de brasão em Lixboa por my assinada, aos dezaseis dias do mes de Março, Diogo de Sanrromão a fez, ãno do nascimẽto de Nosso Sñor Jesu Christo, de mil e quinhẽtos e oitenta e nove.
Portugal PPS
Rey de Armas
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Pedro Bringe do Amaral,
Sabe algo da ascendência de Joana Taveira de Bulhão, avó paterna do armigerado? Sabe onde ela terá vivido ou de onde seria natural o filho Gabriel Correia ?
Cumprimentos,
António Taveira
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Estimado confrade António Taveira,
Infelizmente não lhe sei responder. Encontrei recentemente este documento desgarrado entre códices antigos do espólio da família. Ainda não consegui apurar sequer o seu significado para a genealogia dos meus maiores.
Cordialmente,
Pedro Bingre do Amaral
Enlace directo:
RE: Bulhões ou Bulhão
Caro Pedro Bingre do Amaral,
É possível que Joana Taveira de Bulhão seja originária de Lisboa, descendente (neta?) de João Taveira, escudeiro do infante D. Pedro, e de sua mulher Mécia Lopes Bulhão (esta neta do famoso oligarca lisboeta Vicente Domingues Bulhão).
Talvez a carta de legitimação (se existe nas chancelarias régias) permita saber algo mais de Gabriel Correia, pai do armigerado, filho daquela.
Cumprimentos,
António Taveira
Enlace directo:
Bulhões ou Bulhão
Nada tenho por certo mas desconfio que Maria de Seixas seria parente de Henrique de Seixas, tabelião em Esgueira em 1546, e também de Bernado de Seixas, casado com Ana Ribeiro que batizaram a filha Antonia em Esgueira em 24 de dezembro de 1595, padrinhos Domingos Antonio e Luísa Solteira.
Quanto a Catarina Rebelo Castelo Branco, minhas suspeitas andam nestas famílias:
Vasco Pais de Lemos Castelo Branco (c.1565) e Maria Quaresma de Figueiredo (c.1570-4.12.1647).
1. Manuel Pais de Lemos Castelo Branco (c.1594 - crismado em 1603) 29.7.1632 Laurenciana da Cunha Girão.
2. Antonia Quaresma (5-3-1597-23.8.1645 Baltasar de Pinho, de Aveiro, e Bernarda Barbosa). Solteira sg
3. Francisco (13-2-1600 Miguel de Figueiredo e Ana da Silveira).
4. Catarina (17-2-1602 a mãe vem como Catarina Quaresma, pp. Luis Rombo e Antonia da Rocha, mulher de Miguel de Figueiredo). (uma filha de Maria Quaresma fal solt em 4.10.1635)
5. João de Figueiredo, foi padrinho em 1631. Possivelmente o casado com Antonia da Rocha.
6. Isabel Quaresma, se destes pais (era filha de uma Maria Quaresma), fal solt sg em 17.9.1644
7. Mariana Quaresma irmã da precedente fal. 6.10.1644
E:
Jerônimo de Alcáçova Cirne, meirinho de Esgueira (c.1560-1.4.1608), e Luisa de Araújo (c.1565-5.3.1632).
1. Paula (c. 1590) (foi madrinha)
2. Luzia crismada (c. 1593) em 1603.
3. Maria de Alcáçova (28-2-1596-4.7.1633) Miguel de Figueiredo e Maria da Costa). Foi madrinha em 1625. Solteira Sg.
4. Luis (19-8-1598 Belchior Rebelo e Joana da Silveira, mulher de Luis Rombo de Carvalho).
5. André de Araújo Girão (7-12-1600 Pedro de Cárdenas, corregedor, e D. Isabel, mulher de Manuel Lopes de Almeida). 6.5.1630 Madalena de Bulhões Egas.
a. Maria (18.5.1631 João de Brito Cação e Maria filha de Gregório de Barros).
b. Filho falecido em 15.8.1646
6. Laurenciana da Cunha Girão 29.7.1632 Manuel Pais de Lemos Castelo Branco.
Ainda quanto ao Álvaro Egas, como o registro vem sem pais, pergunto-me se não seria um filho de mesmo nome, e não o próprio em segundo casamento
Enlace directo:
Bulhões ou Bulhão
Lembrei-me agora de comentar: Esse Nicolau da Silveira casado com Maria Barbosa, conforme um depoimento que ele deu ao Mosteiro de Lorvão em 1564, por ocasião da revisão dos aforamentos das propriedades de Esgueira, apresentou-se ao enviado do mosteiro em nome de sua mãe, Mécia da Silveira, que então ainda vivia, viúva. Disse que tinham uma certa marinha que fora aforada aos seus ancestrais e que então estava na posse de sua mãe, viúva de seu pai Bartolomeu Fernandes, ambos naturais de Esgueira. E apresentou os pergaminhos com os contratos. Creio que por esta linha, consultando os contratos de aforamento do Lorvão, se podem descobrir mais algumas gerações atrás. Noto que nas listas de aforados das marinhas em 1458 e 1408 dos cerca de 100 foreiros, nenhum era Silveira. Nopto ainda que Nicolau da Silveira teve um filho chamado Pedro Simão que faleceu em 12 de julho de 1603, aparentemente solteiro, pois o pai ficou encarregado das missas.
RespuestaEnlace directo:
Bulhões ou Bulhão
O primeiro membro da família Magalhães Mexia a usar o apelido "Bulhões" foi José Miguel de Macedo de Magalhães Mexia e Freitas Bulhões Pimentel, que viveu em meados do Séc. XVIII.
Em 1923, o Dr. Fernando de Faria Salazar, casou com Maria Margarida de Bulhões Proença de Magalhães Mexia, e foram pais de Maria José de Bulhões Teixeira de Magalhães Mexia de Vessadas Salazar - esta senhora foi, até à sua morte, a representante da família Faria Salazar -, casada com o Dr. João Fijô e de Maria Adelaide de Bulhões Teixeira de Magalhães Mexia Salazar, casada com o Eng. José Lebre.
Gonçalo Magalhães Mexia
Enlace directo:
Bulhões ou Bulhão
Tarde e a más horas, mas pode ser de ajuda.
O filho mencionado no assento é Simão Varela (Padre Simão Varela) e não Pedro Simão.
Parece-me que poderá levar até outros caminhos, nomeadamente os "Varelas" de Aveiro.
Enlace directo:
Forum messages ordered by date
El tiempo se muestra en GMT. Hora actual: 12 dic 2024, 11:31.