Família de D. Bernardo José da Silveira e Lorena
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Família de D. Bernardo José da Silveira e Lorena
Há referências mais ou menos fidedignas quanto à descendência do 5º Conde de Sarzedas, governador da capitania de S. Paulo e de Minas Gerais que ficou na Índia, decendentes de seu fiho *Francisco de Assis da Silveira e Lorena, mas já muito mais difícil é encontrar referencias às suas filhas, Maria Inácia e Antónia, que tanto quanto se sabe casaram no Brasil. Uma, não se sabe qual com um senhor Machado e a outra com um senhor Ferreira que parece estar ligada a uma casa senhorial conhecida por "Castelinho".
Há pelo menos uma referencia a uma senhora Ana Machado, que dizem ser neta/bisneta do Conde de Sarzedas. que em 1901 estaria ligada à construção da Capela do Menino Jesus e de Santa Luzia em S. Paulo.
Todos estes dados foram retirados de informações dispersas.
Ficaria muito grata por qualquer informação repeitante a estas famílias e/ou seus descendentes.
mjfreire
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RE: Família de D. Bernardo José da Silveira e Lore
D. Bernardo José da Silveira e Lorena *17.1.1935 Bissau, Guiné + 9.4.2000 Lisboa
neto ou bisneto do 5º Conde de Sarzedas por via ilegítima
filho de D. Bernardo Heitor da Silveira e LOrena e de D. Maria Ana Fonseca dos Santos
Casou 1ª com ? Canas Martins C.g. D. Bernardo da Silveira e Lorena e D. Frederico da Silveira e Lorena
Casou 2ª com D. Maria Luisa Rosado de Feyo Folque filha do 4º Visconde de Fontainhas S.g.
Se quiser informações mais pormenorizadas contacte-me
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RE: Família de D. Bernardo José da Silveira e Lore
Agradeço desde já a sua resposta. São conhecidos os descendentes do 5º Conde de Sarzedas na Índia e podem ser consultados no III volume de um trabalho de Jorge Forjaz e José Francisco de Noronha, os luso-descendentes da India. Conheci pessoalmente D. Bernardo da Silveira e Lorena e sua mulher D. Maria Luísa. Quando pus a questão no forum procurava e ainda procuro informações de descendentes no Brasil visto que o 5º Conde de Sarzedas deixou duas filhas casadas no Brasil onde ficou conhecido como o Governador Lorena
Maria José
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RE: Família de D. Bernardo José da Silveira e Lore
D. Brás Balthazar da Silveira foi casado 3 vezes. O primeiro casamento foi com D. Maria Antônia de melo, natural de São Paulo e teve 3 filhos: D.José(nascido em MG e falecido em tenra idade), uma menina(?) nascida em Lisboa que morreu freira) e D. Luís Thomé da Silveira.
Casou pela segunda vez com D. Joana Inês Vicência de Menezes a 18 de outubro de 1719. Deste casamento nasceram:
1) D.Leonor da Silveira, faleceu criança;
2) D. Luiza Francisca Antônia da Silveira , que foi casada com D.Nuno Álvares Gaspar de Távora e Lorena (1º casamento dele, onde nasceu Brás José Balthazar da Piedade da Silveira)
3) D.Maria Inácia da Silveira, casada com D.Nuno Álvares Gaspar de Távora e Lorena (2º casamento dele e daí nasce D. Bernardo José Maria de Lorena e Silveira, 1º Capitão-General e Governador de São Paulo).
Casou-se D. Brás Balthazar da Silveira pela terceira vez com D. Maria Caetana de Távora, filha de Tristão da Cunha Ataíde, 1º conde de Povolide e sua mulher D. Arcângela Maria de Távora. Desse casamento todos os rebentos faleceram em tenra idade.
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D. Francisco de Assis Lorena e Silveira
Prezada colega,
Tenho interesse em obter maiores informações biográficas sobre D. Francisco de Assis Lorena e Silveira, filho do 5o. Conde de Sarzedas. Com relação à vida privada, consta-me apenas que se casou (não sei onde) em 1809 com Maria Rita de Almeida de Sousa e Faro [12.09.1793 / ? ], filha do fidalgo José Dionísio Carneiro de Sousa e Faro Corte-Real de Sampaio e de sua primeira esposa, D. Ana Maria Josefa de Almeida. Com relação à vida pública, consta-me apenas que, de 1828 a 1830, foi governador das armas de Minas Gerais. Você teria dados mais detalhados sobre ele?
Grato desde já,
Claus Rodarte
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RE: D. Francisco de Assis Lorena e Silveira
Prezado Claus Rodarte
D. Francisco de Assis Lorena e Silveira foi batizado em 28 de Julho de 1789 em S. Paulo, casou em Goa em 1809 para onde embarcou em 1807 na companhia de seu pai.
Tenho mais informações mas como se trata da minha família primeiro gostaria de saber qual o seu interesse por estas informações. Está a escrever do Brasil?
Cumprimentos
Maria José
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RE: D. Francisco de Assis Lorena e Silveira
Cara Maria José,
Também estou interessado nessas informações, uma vez que sou descendente D. Francisco de Assis Lorena e Silveira.
Será que gostaria de as disponibilizar?
Com os melhores cumprimentos,
Luís Froes
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RE: D. Francisco de Assis Lorena e Silveira
Caro Luis Froes
Neste tópico há alguma informação sobre D. Francisco de Assis Lorena e Silveira
nascimento casamento etc.
Há também alguma informação sobre cargos exercidos em Goa para onde foi com seu Pai ( nomeado Vice-Rei ) e posteriormente no Brasil onde regressou.
Para não repetir informação já divulgada neste tópico gostaria que concretzasse qual a informação desejada
Com os melhores cumprimentos,
Maria José
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RE: D. Francisco de Assis Lorena e Silveira
Prezada Maria José,
Meu interesse em D. Francisco de Assis Lorena e Silveira decorre de uma pesquisa que conduzo, com fins doutorais, junto ao Departamento de História da Universidade de São Paulo. Minha pesquisa enfoca as eleições para a Assembléia Geral do Império do Brasil realizadas na província de Minas Gerais, entre 1824 e 1853. Nas eleições de 1828 (para a segunda legislatura, a começar em 1830), o nome dele aparece numa chapa, formada por partidários do Imperador D. Pedro I. Pelo que pude apurar, a articulação dessa chapa foi feita pelo então presidente (e deputado) da província de Minas Gerais, João José Lopes Mendes Ribeiro (sendo que, nessa mesma época, D. Francisco era governador de armas da província). Essa chapa, no entanto, obteve vitória em apenas alguns pontos da província: na apuração final e geral, saíram eleitos os candidatos da oposição.
Além da análise da conjuntura sócio-econômica da província, e dos dados eleitorais, de cada uma das eleições compreendidas entre 1824 e 1853, quero também fazer um estudo do perfil dos políticos que representaram Minas na Assembléia Geral do Império nesse período - sem desconsiderar aqueles que, embora não tenham conseguido se eleger, ainda assim fizeram parte de chapas eleitorais que concorreram a um lugar no parlamento nacional. Considero estes figuras tão importantes quanto aqueles, pois representaram projetos alternativos do Estado e da Nação que então se formavam. D. Francisco é um desses nomes que procuro, numa bibliografia que me parece por demais escassa (pelo menos aquela a que tive acesso, aqui no Brasil, de onde lhe escrevo).
Sobre essa eleição de 1828 (a apuração final e geral dela ocorreu na capital provincial, a Imperial Cidade de Ouro Preto, aos 16 de novembro), posso lhe informar que D. Francisco conseguiu um total de 172 votos num universo de 1.115 eleitores - o que significa que teve em torno de 15,42% dos votos dados na província (os nomes que tiveram assento no parlamento, por Minas, tiveram entre 67,44% e 23,22% dos votos). D. Francisco foi o trigésimo-terceiro colocado (eram vinte assentos em disputa). Como não sei quando, nem onde morreu (terá acompanhado o Imperador D. Pedro em seu retorno a Portugal?), não posso dizer o que foi feito de D. Francisco depois dessas eleições de 1828 (sei apenas que, na seguinte, a de 1833, seu nome não mais apareceu nas urnas).
Fico muito grato pelos dados que me forneceu. Caso possa compartilhar mais dados comigo, e na eventualidade de preferir fazer isso em privado, meu email é claus.rodarte @ gmail.com .
Meus cordiais cumprimentos,
Claus Rodarte
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RE: D. Francisco de Assis Lorena e Silveira
Acredito serem de seu interesse os dados que publiquei agora há pouco, em resposta à sra. Maria José Freire, sobre seu ancestral. É pouco, mas acredito ser tudo inédito.
Meus melhores cumprimentos,
Claus Rodarte
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RE: D. Francisco de Assis Lorena e Silveira
Prezada Maria José Freire,
Localizei, em jornais brasileiros do século XIX, diversas informações referentes a D. Francisco de Assis Lorena e Silveira. Consta-me que nasceu no dia 20 de julho, conforme artigo referente às comemorações de seu natalício (que resultaram na publicação de um poema laudatório). Localizei também referências, que me pareceram um tanto contraditórias, sobre sua ascendência materna (ele era neto materno do dr. Antonio Fortes de Bustamante Sá Leme?), e sobre sua atuação jornalística (ele foi não só colaborador, como também redator de periódicos, quando de sua estadia no Brasil). Localizei também um retrato dele, que seria reprodução de uma miniatura a cores sobre marfim pertencente a D. Maria Dolores de Lorena Gavião Peixoto (não sei se conhece).
Poderia me informar sobre a ascendência materna de D. Francisco de Assis Lorena? Ele teve, no Brasil, algum outro irmão além de D. Maria Inácia e D. Antônia? D. Bernardo Heitor da Silveira e Lorena, 6º conde de Sarzedas, foi o único filho de D. Francisco? E, por fim, vi um artigo em que D. Francisco se despedia dos amigos, em 1831, ocasião em que deixou Minas... No Dicionário de Famílias Brasileiras, diz-se que ele faleceu em 1831 em São Paulo... A notícia do falecimento procede? Ou ele foi para Portugal? Quando e onde morreu D. Francisco?
Cumprimentos,
Claus Rodarte
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RE: D. Francisco de Assis Lorena e Silveira
Acredito serem de seu interesse os dados que publiquei agora há pouco. Caso possua as respostas que procuro e possa contribuir com minha pesquisa, ficarei grato.
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RE: Família de D. Bernardo José da Silveira e Lore
Prezado senhor Rodarte,
Espero que as notas abaixo sobre D. Bernardo da Silveira e Lorena possam lhe ser úteis. Abraços. LuizBusta
Dom BERNARDO JOSÉ MARIA DA SILVEIRA E LORENA
5º Conde de Sarzedas
e o filho havido com
Dona MARIANNA ANGÉLICA FORTES DE BUSTAMANTE SÁ LEME
1 - A FONTE DE COMPILAÇÃO DESTAS NOTAS
As notas, observações e comentários que se seguem sobre a biografia de Dom Bernardo José Maria da Silveira e Lorena foram, em grande parte, compiladas de um artigo da autoria do Sr. Francisco de Assis Carvalho Franco. A sua contribuição saiu publicada na Revista Genealógica Brasileira, órgão do “Instituto Genealógico Brasileiro”, Ano II – nº. 3, pág. 83, do 1º Semestre de 1941.
Já então estava claro que a biografia do fidalgo era controversa na parte referente à sua filiação; fez-se confusão a respeito dos nomes dos pais de Bernardo de Lorena, que por engano, foram dados como sendo Dom Luiz Bernardo de Lorena e Dona Thereza da Távora. Superada a fase polêmica, pesquisas que se seguiram confirmam, em linhas gerais, os dados e informações sobre Bernardo de Lorena que se seguem; a outra fonte de referência foi a “Genea Portugal” – http://genealogia.netopia.pt/home/guardamor.php. A notação ou grafia completa do nome que adotamos para Bernardo José é a que consta na Genea Portugal, em detrimento de quaisquer outras, como por exemplo, a que aparece na Revista Genealógica Brasileira acima citada, que trás invertida a colocação dos dois últimos sobrenomes; na RGB o nome aparece grafado como Bernardo José Maria de Lorena e Silveira. A partir deste ponto, para simplificar, quando nos referirmos a ele usaremos apenas o nome: Bernardo de Lorena.
2 - OS ANTECEDENTES DE BERNARDO DE LORENA
Dom Bernardo de Lorena, o 5º conde de Sarzedas, nasceu em 20 de abril de 1756, na Freguesia de Campo Grande do Concelho de Lisboa – Portugal. Era filho de Dom Nuno Gaspar de Távora (22-06-1704 – 1789) e de sua segunda esposa Dona Maria Ignacia da Silveira (01-02-1723 – 24-01-1802). Dom Bernardo de Lorena morreu na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1818.
Seus avós paternos foram: Dom Bernardo Antonio Filipe Néri de Távora, 2º Conde de Alvor (16-08-1681 – 1744) e Dona Joanna de Lorena (* 13-03-1687).
Seus avós maternos foram: Dom Brás Baltazar da Silveira (*03-02-1674) e sua segunda esposa Dona Joanna Inês Vicência de Menezes (* c. 1700).
Os condes de Sarzedas, que pertenciam à casa dos Silveiras, extinguiram-se ao chegar ao 4º deles, que foi Dona Thereza Marcelina da Silveira (* 1695 ; + 13-09-1747), 4ª Condessa de Sarzedas; ela foi casada com Antonio Luiz de Távora (* 30-01-1689 ; + 28-08-1737), este às vezes dado por engano como o 4º conde.
D. Luiz Bernardo da Silveira, filho de D. Thereza Marcelina, não chegou a usar o título, pois morreu em 18-11-1745. O título, hereditário em Portugal, que na época estava sob domínio espanhol, foi criado por Filipe IV, rei de Espanha, por carta de 31 de outubro de 1630 a favor de D. Rodrigo Lobo da Silveira (* c. 1600), que foi o primeiro conde de Sarzedas. Seguiram-se outros três que pertenceram a esta casa: D. Luiz da Silveira, que foi o 2º Conde de Sarzedas (* 1640); seu filho, D. Rodrigo da Silveira, foi o 3º Conde de Sarzedas (* 1663), e, este foi o pai de D. Thereza Marcelina da Silveira, a 4ª Condessa de Sarzedas.
Sessenta e oito anos depois de extinto, o rei português renovou-o na pessoa de Dom Bernardo de Lorena, que pertencia à casa dos senhores de São Cosmado, tornando-o o novo conde das Sarzedas, o 1º na linha dos Silveiras e Lorena, dando-lhe a mercê por carta de 24 de maio de 1805. A seqüência do título nesta nova casa, até o décimo titular contado do primeiro, é:
5. D. Bernardo José Maria da Silveira e Lorena, 5º conde de Sarzedas;
6. D. Bernardo Heitor da Silveira e Lorena, 6º conde de Sarzedas (* 07-04-1810 ; + 12-12-1871);
7. D. Francisco de Assis da Silveira e Lorena, 7º conde de Sarzedas (* 04-04-1835 ; + 04-11-1886);
8. D. José Maria da Silveira e Lorena, 8º conde de Sarzedas (* 13-12-1865 ; + 29-11-1916);
9. D. Carlos Armando da Silveira e Lorena, 9º conde de Sarzedas (* 1900);
10. D. Emanuel Leopoldo Rebocho da Silveira e Lorena, 10º conde de Sarzedas (* 07-03-1946).
Dom Bernardo de Lorena foi o 11º capitão-general de São Paulo, cargo para o qual foi nomeado em 19 de agosto de 1786, tendo tomado posse somente em 05 de junho de 1788, ou seja, vinte e um meses depois da nomeação. Do governo de São Paulo saiu para render o visconde de Barbacena no posto de governador e capitão-general de Minas Gerais. Em 17 de setembro de 1806 é nomeado Vice-Rei da Índia. Levou consigo seu filho D. Francisco de Assis Marcio de Lorena Silveira, fidalgo de prol, que foi o sucessor de sua casa. Seu primeiro neto, nascido em 07 de abril de 1810, D. Bernardo Heitor da Silveira e Lorena viria a ser o 6º conde de Sarzedas.
Dom Bernardo de Lorena foi grão-cruz da Ordem de São Tiago e comendador da Ordem de Cristo.
Quando retornou ao Brasil, aqui se encontrava a Corte Portuguesa, que havia chegado em 1808.
3 - OS FILHOS DE BERNARDO DE LORENA
Não há ou não se encontrou registro de casamento de Dom Bernardo de Lorena. Ao que parece, permaneceu solteiro por toda a vida. Suas duas filhas que foram reconhecidas nasceram antes de sua posse, como governador, na capitania de São Paulo. Eram gêmeas, e devem ter nascidas as duas de mãe portuguesa, em Portugal, onde foram educadas. O terceiro filho nasceu no Brasil, de mãe brasileira, um ano após a posse de Dom Bernardo de Lorena como governador de São Paulo. Recém nascidos, todos os três foram tidos como filhos naturais; porém, mais tarde, foram reconhecidos como seus filhos legítimos, e legitimados por um único despacho do Desembargo do Paço, datado de 4 de abril de 1818. Sobre a mãe das gêmeas não sabemos nada, a não ser o nome: Anna Ribas. As filhas foram:
a) Dona Maria Ignacia da Silveira e Lorena
b) Dona Maria Antonia da Silveira e Lorena
Já o terceiro filho, do sexo masculino, batizado em 28 de julho de 1789 na condição de filho de pais incógnitos, e que foi exposto em casa do mestre de campo Manuel de Oliveira Cardoso, nasceu de Dona Marianna Angélica Fortes de Bustamante Sá Leme. Sua descendência é a que nos interessa.
4 - O FILHO DE MARIANNA ANGÉLICA
“Dona Marianna Angélica Fortes de Bustamante Sá Leme foi dama da mais lídima nobreza paulista, descendente dos Abelhos, Fortes e Bustamantes que do reino da Andaluzia se passaram ao de Portugal e depois para o Brasil, na pessoa de Manuel de Sá e Figueiredo, avô paterno de D. Marianna, conforme esclarece um documento firmado pelos edis paulistanos a 27 de abril de 1799.” Do testamento que deixou, e que juntado ao seu inventário consta dos autos de nº. 1451 do Cartório do Primeiro Ofício de Órfãos de São Paulo, foi colhido o que se segue. Depois de uma introdução narrativa, expunha o seguinte:
“...... e dele (Bernardo de Lorena) tive um filho qual é Francisco de Assis Lorena da Silveira, que se acha na Índia na companhia de seu pai, no serviço de sua Alteza Real, em posto de sargento-mor e ajudante de ordens daquele governo. Em conseqüência do que declaro, que o referido meu filho Francisco de Assis é meu único e forçado herdeiro, e, como tal, o instituo e declaro para receber as duas partes dos meus bens como legítima que lhe pertence pela lei. Declaro que no caso que o sobredito meu filho faleça sem descendentes, antes do meu falecimento, como em tal caso fico sem herdeiro forçado, instituo por minhas herdeiras as minhas duas sobrinhas D. Joaquina Josepha de Abelho Bustamante Rendon e D. Anna Ritta dos Prazeres de Bustamante Rendon, filhas do Dr. Francisco Leandro de Toledo Rendon e de minha irmã D. Anna Leoniza de Abelho Fortes.
......... Declaro que da minha terça de que tenho liberdade de dispor, se tirarão cento e cinqüenta mil réis que se aplicarão em missas pela minha alma. Declaro que da minha mesma terça se tirarão outros cento e cinqüenta mil réis, que ficarão nas mãos de um testamenteiro, o qual terá obrigação de os ir dispensando com minhas irmãs freiras do Convento da Luz, mandando-lhes cada mês quatro patacas, até que se finde a referida soma; em caso que alguma delas faleça, se praticará o mesmo com a que viva estiver. Declaro que retiradas as duas parcelas, o remanescente dela deixo às minhas duas sobrinhas acima mencionadas, D. Joaquina e D. Anna Ritta, quer elas venham a ser minhas herdeiras na falta de Francisco de Assis, quer não.
E se neste meu testamento faltar alguma cláusula ou cláusulas para sua inteira validade, desde agora hei por expressadas e declaradas como se de cada uma delas fizesse particular menção para o seu inteiro complemento; para o que rogo às Justiças de sua Alteza Real lhe dêem todo inteiro e completo vigor, como se expressadas e declaradas fossem neste testamento.
E, por não poder escrever, pedi ao padre Manuel Antonio Donadio este o fizesse, sendo-lhe por mim ditado. Declaro mais que a primeira carta de venda de minha chácara, que me passou o cônego José Lopes de Aguiar Romeiro, desapareceu da minha gaveta, e se por minha morte aparecer alguém com ela dizendo que eu lha dei ou vendi, a minha chácara, seja reputado como um ladrão. Declaro que na mesma ocasião também desapareceu da mesma gaveta o translado da escritura das minhas casas da Rua de São Bento, que botam fundos para o Beco do Rosário; e, se depois de minha morte aparecer com algum pertence em qualquer destes dois papéis, saibam os meus herdeiros acima nomeados que é letra fingida, e não minha, pois nunca vendi nem dei a ninguém bens de raízes. E nesta forma tenho concluído o meu testamento que por estar conforme ditei e vai por mim somente assinado - Dona Marianna Angélica Fortes de Bustamante Sá Leme.”
Nota: Na aprovação deste testamento, feita no mesmo dia, vem a seguinte explicação: - “Declaro que pela testadora estar privada dos movimentos do braço direito, a mesma não pode assinar, e a seu rogo assina a testemunha, o reverendo João José Monteiro”.
Vemos, então, que D. Marianna Angélica teve apenas um filho, tendo sido pai Dom Bernardo de Lorena; o nome completo do filho era D. Francisco de Assis Marcio de Lorena Silveira, como viria constar nos autos do inventário que seguiria ao testamento, e do qual podemos transcrever:
“......... Dom Mateus de Abreu Pereira, por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica Bispo da Cidade de São Paulo, do Conselho de sua Alteza Real o Príncipe regente Nosso Senhor, etc. - Atestamos e fazemos certo que o Ilmo. e Exmo. Francisco de Assis Marcio de Lorena Silveira se acha casado em Gôa com uma senhora, e já com filhos, o que sabemos pelas cartas que ele mesmo nos tem escrito, e pelas que escreveu a sua mãe, que Deus haja, as quais nós vimos e lemos, e ainda mesmo por algumas pessoas que tem vindo da Índia. E por ser verdade e nos ser pedida, mandamos passar esta atestação por nós assinada e selada com o selo das nossas armas. - São Paulo, 16 de julho de 1812. – Mateus, Bispo”.
Nesse ano de 1812, D. Francisco de Assis residia na Província de Bardez, aldeia de Calangute, na Índia Portuguesa. Também fazia já quase quatro anos que a Corte Portuguesa havia desembarcado no Brasil. Quatro anos de idade, mais ou menos, devia ter D. Anna Flora de São José, nossa penta-avó, que viria a se casar com Ignacio Loyola Fortes Bustamante, bisneto do juiz de fora.
No inventário de D. Marianna Angélica consta que os inventariantes foram sua irmã D. Anna Leoniza de Abelho Fortes, o coronel inspetor José Arouche de Toledo Rendon e a sobrinha da inventariada, D. Joaquina Josepha de Abelho Bustamante Rendon. Logo nos primeiros meses do inventário faleceu D. Anna Leoniza, substituindo-a D. Joaquina Josepha, pois o coronel José Arouche não chegou a exercer o mandato. Foram legatárias, como já se mencionou, a mesma D. Joaquina Josepha, que tinha então 16 anos, e D. Anna Ritta dos Prazeres de Bustamante Rendon, com 12 anos.
D. Marianna Angélica possuía onze escravos e grande número de jóias valiosas. Tinha na cidade de São Paulo dez prédios, um terreno no “páteo de Nossa Senhora do Rozario dos Pretos” e uma grande chácara, além de terras e benfeitorias em Parnaíba.
Faleceu D. Marianna Angélica em 14 de fevereiro de 1811, às cinco horas e meia da tarde, em São Paulo - capital; um dos testamenteiros, numa prova do respeito e da consideração que gozava D. Marianna, lançou numa lauda de papel: Os senhores reverendos sacerdotes que quiserem no dia 15 do presente (fevereiro de 1811) celebrar missa de corpo presente pela alma da falecida D. Marianna Angélica Fortes, o poderão fazer e receberão a esmola de 640 réis assinando-se neste papel. Assinaram trinta e um religiosos; dezenove deles não quiseram receber a remuneração.
4 - A CAPELA DE SANTA LUZIA
Hoje, quem passa em frente ao número 104 da Rua Tabatingüera pode ver a centenária Capela do Menino Jesus e Santa Luzia, nome simplificado para Capela de Santa Luzia. Foi construída num dos terrenos situados no quadrilátero central da cidade de São Paulo, próximo à Catedral da Sé. A capela, em estilo neogótico, foi inaugurada em 13 de dezembro de 1901. O lote destinado à construção foi desmembrado de uma área maior, que formava a chácara de D. Anna de Lorena Machado, esta, filha de uma das duas filhas de D. Bernardo de Lorena (Maria Ignacia e Maria Antônia), com certeza, aquela que havia se casado, no Brasil, com Luiz Pereira Machado. A outra filha casou-se com um membro da família Rodrigues Ferreira, muito provavelmente também no Brasil.
Quem mandou construir a capela foi D. Anna Maria de Almeida Lorena Machado, bisneta de D. Bernardo de Lorena e neta de D. Anna de Lorena Machado, de quem herdou o nome. D. Anna Maria faleceu em 11 de junho de 1903 e foi sepultada, conforme sua vontade, no cemitério Nossa Senhora do Carmo; transcorrido o tempo prescrito pela lei, seus restos mortais foram transladados para a Capela.
Muito perto dali, no coração de São Paulo, fazendo parte do Bairro da Liberdade, a Rua Conde de Sarzedas é uma justa homenagem a D. Bernardo de Lorena, o 5º Conde de Sarzedas. Foi no Brasil, de São Paulo, que se disseminaram os três ramos de sua família. Nos ramos de suas duas filhas havidas com D. Anna Ribas, os apelidos se transmudaram em “Almeida Lorena Machado” e “Lorena Rodrigues Ferreira”. No ramo de seu filho havido com D. Marianna Angélica Fortes de Bustamante Sá Leme, trineta do bandeirante Fernão Dias Paes, o apelido “da Silveira Lorena” foi perpetuado em linha direta através de seus descendentes masculinos.
5 - INTERRONPE-SE O SOBRENOME “FORTES DE BUSTAMANTE”
Designamos Manoel Fortes de Sá e Figueiredo como sendo o primeiro patriarca representante do segundo tronco da família Fortes Bustamante no Brasil. Ele era irmão do Juiz de fora, Dr. Luiz Fortes Bustamante e Sá, que por convenção, designamos como sendo o patriarca do primeiro tronco dessa família.
Vieram de Vila de Ourém, do Concelho de Ourém (mesmo nome), do Distrito de Santarém – Portugal. O Dr. Luiz Fortes Bustamante e Sá chegou em 1711, pois que havia sido nomeado juiz de fora da cidade do Rio de Janeiro pelo rei D. João IV; desta cidade, passando primeiro pela sua fazenda que daria origem à cidade de Juiz de Fora, migrou com quase toda a família para São João Del Rei, pólo irradiador desse ramo familiar. Já seu irmão, que morou por algum tempo em Pitanguy – MG, onde nasceu seu filho Antonio Fortes de Bustamante Sá Leme, teve em São Paulo o pólo irradiador do segundo ramo da família.
O neto de Garcia Rodrigues Paes, filho do emigrante Manoel Fortes de Sá e Figueiredo, o doutor de capelo Antonio Fortes de Bustamante Sá Leme, casado com Anna Maria Xavier Pinto da Silva, teve nove filhos: dois homens e sete mulheres. Dos filhos homens, um morreu solteiro - Manoel Joaquim, sem geração, e o outro - José Manoel, se se casou, dele não conhecemos a descendência. As mulheres, as que se casaram, seus filhos e netos tiveram registrados seus nomes acrescidos dos sobrenomes paternos. Desaparecia assim nos descentes de Antonio Fortes de Bustamante Sá Leme o sobrenome Fortes de Bustamante. Do filho único de Marianna Angélica a descendência é toda reconhecida pelo sobrenome da Silveira e Lorena. De Anna Leoniza, que teve duas filhas com Francisco Leandro de Toledo Rendon, apenas uma se casou, e logo, também, desaparecia na descendência o sobrenome Fortes e o Bustamante. As outras filhas de Antonio Fortes e Anna Maria, ou foram freiras ou não se casaram. O segundo tronco ou ramo da família Fortes de Bustamante, no Brasil, portanto, não teve disseminado seu sobrenome. Partes de seus membros, descendentes de Bernardo de Lorena e de Marianna Angélica, viveram e vivem ainda em Portugal, quase sempre quando retornados das Ilhas de Gôa, na Índia.
Não podemos deixar passar despercebido que o mesmo ocorreu, nesse ramo da família, com os sobrenomes Paes e Leme. Também esses apelidos já não eram mais registrados no nível da 3ª geração dos descendentes de Lucrécia Leme Borges e Manoel Fortes de Sá e Figueiredo. Essa linha de descendência pode ser vista abaixo:
1. Fernão Dias Paes (* 1608 , + 1681) – casou-se com Maria Garcia Betting, e tiveram dentre outros, o filho:
2. Garcia Rodrigues Paes (* 1661 , + 1738) – casou-se com Maria Antonia Pinheiro da Fonseca, e tiveram dentre outros, a filha:
3. Lucrecia Leme Borges (* 1707 ?) – casou-se com Manoel Fortes de Sá e Figueiredo (* 1690 ? , + 1745) (nota 01); o casal teve uma filha e um filho; este filho foi:
4. Antonio Fortes de Bustamante Sá Leme (* 1724 ? , + 1773 ?) – casou-se com Anna Maria Xavier Pinto da Silva, e tiveram nove filhos, dentre esses, a filha:
5. Marianna Angélica Fortes de Bustamante Sá Leme (* 1763 ? , + 1811) – que não se casou, mas que teve com D. Bernardo José Maria da Silveira e Lorena (* 1756 , + 1818) o seguinte filho único:
6. D. Francisco de Assis Marcio de Lorena e Silveira (* 1789 , + 1835) – que se casou com D. Maria Ritta de Almeida de Souza e Faro.
Fonte de referência e citação:
a) Parte do material acima foi em parte compilado do trabalho do Sr. Francisco de Assis Carvalho Franco, publicado na Revista Genealógica Brasileira, órgão do “Instituto Genealógico Brasileiro”, Ano II – nr.3, pág. 83, do 1º Semestre de 1941.
b) Também nos valemos muito das pesquisas feitas na Internet, principalmente no “site” da Genea Portugal (Genea Plus): http://genealogia.netopia.pt/home/guardamor.php, para a descrição da descendência de D. Marianna Angélica e Bernardo de Lorena.
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Lorena e Bustamante
Prezado Senhor,
Peço-lhe, primeiramente, que me perdoe por não lhe ter respondido antes: só hoje fui ver sua mensagem neste fórum. Como sua mensagem foi dada em resposta à senhora Maria José Freire, não pude ser notificado em minha caixa postal de sua manifestação, que me passou desapercebida nas consultas que esporadicamente faço ao fórum. Permita-me, pois, com bastante atraso, agradecer-lhe por sua intervenção, assaz elucidativa e de uma riqueza sem igual. Fico-lhe muito grato por sua contribuição.
Em pesquisas mais recentes, descobri alguns dados sobre a descendência de Francisco de Assis e Lorena, filho de Marianna Angelica Fortes de Bustamante Sá Leme:
Segundo ficha existente no Colégio Brasileiro de Genealogia, Leonor Andromeda de Lorena, nascida em Pangim, Índia, filha de Francisco de Assis e Lorena e de Maria Rita de Almeida e Faro, casou-se aos 23 de abril de 1835 com Luiz Rodrigues Ferreira, nascido em 1813, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 14.05.1863. Era filho de José Rodrigues Ferreira e de Rosa Antonia da Soledade. Bacharel em Direito pela Academia de São Paulo, na turma de 1834. Foi advogado, eleitor e vereador no Rio de Janeiro. É possível que o casamento tenha se dado em São Paulo, bem como a morte de Francisco de Assis e Lorena (não encontrei registro do uso de "dom" por ele). Percebe-se, pois, ter havido confusão entre as irmãs de Francisco de Assis e Lorena e suas filhas (pelo menos uma deles, a que deu origem ao tronco "Lorena Rodrigues Ferreira").
Não localizei, por enquanto, referência aos outros netos de Marianna Angelica Fortes de Bustamante Sá Leme. Há, porém, um Bustamante, que aparece em meu estudo, que talvez seja de seu interesse: trata-se de Antonio Joaquim Fortes de Bustamante.
Dele, tenho que se matriculou no curso de Direito, na Universidade de Coimbra, aos 13 de outubro de 1819. Segundo sua certidão de idade (nº 33, Lº IV da 1ª Série: 1772-1833), foi batizado na matriz de N. Srª do Pilar de S. João d'El-Rei, Bispado de Mariana, aos 19 de julho de 1799, nascido aos 11 de julho desse ano. Era filho de Francisco Dionísio Fortes e de Maria Carlota de Jesus, batizados e residentes nessa mesma freguesia. Era neto, pelo lado paterno, de Manoel Antunes Nogueira e de Rita Luiza Fortes, e, pelo lado materno, de Joaquim Antonio de Miranda e Silva e de Anna Carlota. Saiu bacharel formado em leis aos 2 de julho de 1824. Voltou ao Brasil, onde seguiu carreira na magistratura. Seu nome foi levado às urnas, por sucessivas vezes, na eleição de deputados por Minas à Assembléia Geral do Império (onde tomou assento, como deputado suplente, em 1838, 1839 e 1841). Parece ter abandonado a magistratura para se estabelecer como fazendeiro em Rio Preto, Minas Gerais, onde faleceu aos 7 de maio de 1870. Foi casado com Orminda Constança Fortes Bustamante, com quem teve dois filhos: Adriano e Antonio.
Sobre a ascendência materna desse Antonio Joaquim Fortes de Bustamante, encontram-se disponíveis na Internet os seguintes dados:
"O capitão-mor de São João del Rei, Manoel Antunes Nogueira, ao morrer, e diante do inventário feito em 1780, deixou um montante de 59:212$156, sendo que depois de pagas as suas despesas, ficou para sua esposa e sua inventariante, Dona Rita Luiza Vitória de Bustamante Sá, 24:684$047 e para cada herdeiro o valor de 3:291$206, sendo os seguintes herdeiros:
1. Luiza Felícia Sinfroza de Bustamante – 23 anos, nascida em 1756, que posteriormente herdou da falecida sua mãe, a casa do Matola avaliada em 3:200$000, as fazendas do Moinho e do Morro Grande avaliadas em 20:000$000. Seu inventário foi feito pelo seu sobrinho, Comendador Francisco Theresiano Fortes em julho de 1845,
2. Luiz Fortes de Bustamante, tenente da artilharia da corte – 22 anos;
3. Manoel Antunes de Bustamante, capitão-mor de Barbacena – 22 anos;
4. Maria Angélica de Sá Menezes, que em 1792 já era casada – 18 anos e,
5. Dionízio Antunes Nogueira, infante, nascido em 09/10/1766 – 12 anos.
O cap-mor Manoel Antunes Nogueira possuía a Fazenda Moinhos, que confrontava com sua Semaria, mais o Sítio chamado Pinhal, mais a Fazenda Ressaca no Rio Grande. Sua Sesmaria de meia légua em quadra foi dada em documento de 1759, na estrada que vinha do Elvas, confrontando com o Barro Vermelho, e ao sul com o pé do Morro Grande para o Onça.
Dona Rita Luiza foi tutora do menor João Pedro de Bustamante Sá tinha uma Sesmaria nos Olhos D’água da Borda do Campo em 1789.
Ela deixou:
2:005$279 em barras de ouro;
116$000 em ouro lavrado;
Muitas jóias de ouro, prata, cobre, latão, ferro e móveis.
Ficou para Maria Angélica as escravas Felipa Mulata (145$000) e ??? Crioula (70$000), jóias, 5ª parte da 3ª parte das casas:
* De Matosinhos, com sobrado, árvores e capela, defronte as terras do Reverendo Joaquim Pinto da Silveira, ao pé da estrada que vai para as casas do Tenente Amaro da Cunha Barreto (186$666);
* Do morro do Manoel José, confrontando com José Rodrigues de Castro (5$666);
* Duas terras minerais que foi do Padre Francisco Correia entre o Carmo e a Ponte do Rosário (6$666)
Deixou 39 escravos, Sítio Domingos dos Reis com casas, fazendo divisa com a Fazenda Curral Velho, de propriedade do inventariante: João Pedro de Bustamante Sá, morador na Capela do Ibitipoca."
Parece-me que Dionízio Antunes Nogueira, número 5 no inventário paterno, é Francisco Dionísio Fortes de Bustamante, pai de Antonio Joaquim. Consta-me que são descendentes de Luiz Fortes Bustamante e Sá (mencionado em suas notas) e de Luiza Maria Xavier da Fonseca. É o que pude apurar até agora.
Com meus melhores cumprimentos e o desejo de um feliz 2008,
Claus Rodarte
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RE: Família de D. Bernardo José da Silveira e Lore
Prezado Senhor Luis Bustamante
Embora esta resposta seja dirigida a Claus Rodarte gostaria de lhe dizer o seguinte:
Estou a pesqisar há vários anos informações fidedignas sobre o 5º Conde de Sarzedas. Finalmente tive acesso ao testamento que foi feito em Lisboa nas vésperas da sua morte. Encontrava-se nesse momento gravemente doente e acamado na residência de sua irmã, 3ª Marquesa de Pombal, no Palácio Condes de Alvor-Pombal, onde faleceu poucos dias depois.(Março de 1818).
Nesse testamento está registado o seguinte:
"Declaro que me conservo no Estado de solteiro e que tenho três filhos naturais
chamados Francisco de Assis de Lorena que se acha legitimado, Dona Maria Inácia de Lorena e Dona Francisca de Paula Cândida Felicidade de Lorena que se não acham ainda legitimadas e por isso aquele como este já confirmado por Carta Régia fica sendo meu herdeiro nas duas partes de meus bens e Acções; e como tal assim o justifico e da terça que me é livre dispor a deixo às ditas minhas filhas........
A filha Maria Inácia da Silveira depois da morte do Pai iniciou um processo de legitimação que se encontra apenso ao testamento e num desses documentos diz-se que era filha de Ana de Toledo Ribas e de tenra idade quando o Pai estava em Minas Gerais o que aconteceu depois do Pai ser Governador de S. Paulo.
E se fossem gémeas e filhas da mesma mãe seria natural que o Pai referisse esse facto no testamento e o pedido de legitimação tivesse sido feito em conjunto.
O filho já não era de tenra idade quando o Pai foi para Minas, portanto parece que as filhas não vieram com o Pai para o Brasil. Gostaria de saber qual a fonte de quem afirma isso.
Parece-me também que há alguma confusão quando se fala das filhas e da sua descendencia.
Confundem-se filhas e netas do Conde de Sarzedas:
As filhas já aqui foram referidas e aí não parece haver dúvidas pois são referidas pelo Pai no testamento.
O filho Francisco de Assis da Silveira e Lorena casou em Goa com Maria Rita de Almeida Carneiro de Sousa e Faro e também teve 3 filhos todos nascidos na Índia.
1 Bernardo Heitor da Silveira e Lorena nasceu em 1810
2 Leonor nasceu em 1813
3 Ana nasceu em 1815
Os apelido “Almeida Lorena Machado” “Lorena Rodrigues Ferreira" provem dos casamentos das netas e não das filhas do Conde de Sarzedas.
Maria José Costa Freire
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RE: D. Francisco de Assis Lorena e Silveira
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Família de D. Bernardo José da Silveira e Lorena
Alguém sabe o trajeto da família Fortes Bustamante Sá de Minas até o Rio de Janeiro?
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