profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
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profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Bom dia para todos,
Encontrei nos assentos de nascimentos informaçoes sobre as profissoes dos pais : lavrador, seareiro, propietario, criado de servir, trabalhador, jornaleiro. Mas, nao vejo bem a diferença entre essas profissoes, sobretudo que a mesma pessoa pode ter denominaçoes diferentes. Essas diferenças serao devidas à elevaçao social (passa de lavrador a propietario?), a diferentes periodos do ano (em França sao por vezes lavradores no Verao e teceloes no Inverno),..., ou so sao denominaçoes equivalentes (seareiro, lavrador...)????
Como vivo em França, nao conheço bem as subtilidades entre essas denominaçoes.
Desde ja obrigada pelas respostas,
cumprimentos,
Sandra Carvalho,
França
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Cara Sandra,
Respondendo a sua questao gostaria de dar algumas pistas que poderao ser aperfeicoadas por outros membros.
O termo jornaleiro, refere-se geralmente, a um trabalhador que trabalha à "jorna". Isto é, era contratado para trabalhos de pequena duracao temporal, geralmente agricolas, (vindimas, colheitas, poda...) e como tal, pago ao dia (jornada?).
Entre lavrador e proprietario, a diferenca encontra-se geralmente, na dimensao da propriedade. O lavrador possui um pouco de terra que lhe garante o sustento ou exerce essa funcao para outrem, enquanto o proprietario possui grandes parcelas de terreno, que sao trabalhados por "rendeiros" (que pagam uma renda) ou por lavradores em troca de uma compensacao que podera ser monetaria ou em generos.
Fico a aguardar outras intervencoes...
Respeitosamente
Alves dos Santos
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
O uso da designação "proprietário" é relativamente recente (séc. XIX/XX). Tipicamente aplicava-se a grandes lavradores que empregavam grande numero de criados e jornaleiros. Tipicamente, o seu envolvimento no trabalho agrícola situava-se ao nível da gestão.
Antes do século XIX, penso que os proprietarios rurais eram também designados como lavradores.
A partir do século XIX, a designação "lavrador" aplicava-se a pequenos proprietarios que tipicamente viviam do cultivo das suas terras, actividade em que investiam o seu proprio trabalho braçal, para alem de eventualmente empregarem alguns criados e jornaleiros. Os lavradores mais modestos podiam por vezes trabalhar também como jornaleiros.
A distinção entre lavrador e proprietario estabelecia uma hierarquização social. "proprietario" dava status e tendeu a vulgarizar-se. Assim, verifiquei que familias que, nas ultimas decadas do século XIX apareciam como lavradores, nas primeiras decadas do século XX já apareciam como proprietarios.
Cumprimentos,
Coelho
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Cara Sandra,
Muitos parabéns pelo assunto que trouxe a este Fórum. Com efeito há muito que se sente a necessidade da elaboração de um diccionário das profissões.
Termos como seareiro, singeleiro, ganhão e outros surgem com invulgar frequência nos paroquiais a par de outros que amíude nos remetem para diccionários e enciclopédias.
Uns caracteristicos de regiões específicas, outros divergentes na grafia, enfim eis uma sugestão tão útil quanto oportuna. Se os responsáveis pelo GENEA a quiserem promover com a colaboração do seu público, tanto melhor.
Cumprimentos,
Paulo Alcobia Neves
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Cara Sandra
As várias designações têm significados diferentes.
O termo lavrador muitas vezes aparece associado ao proprietário, embora possa ser também aplicado àquele que exercia a "lavra".
Foi um termo utilizado até aos anos 70, em Portugal. O meu Avô era lavrador, a minha Mãe, após 1974 passou a ser agricultora e eu sou Empresário Agrícola!
No entanto todos são ( ou foram proprietários) e administraram as suas propriedades.
Seareiro é aquele que faz searas à campanha (por exemplo de tomate ou melão) em terras que não lhe pertencem e que arrendam para esse fim específico.
Pode-se ser proprietário sem ser lavrador quando se dá ou arrenda a terra a outrém para a explorar.
Criado de servir era um termo mais aplicado aos empregados que trabalhavam na Casa ou em serviços mais ligados à Casa (Jardim, cavalos, recados, etc.) .
Trabalhador é aquele que trabalha por conta de outra com cariz de permanência.
Jornaleiro, como foi referido por outro confrade, é aquele que trabalha à Jorna (ao dia) e que recebe em ordenado em função dos dias de trabalho, e portanto não têm carácter de trabalhador permanente.
Espero dar mais uma ajuda no esclarecimento destas profissões.
Cumprimentos,
José de Castro Canelas
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caros confrades
Sou natural de uma aleia do Baixo Alentejo, e aí o significado ente -lavrador e proprietário, confunde-se muitas vezes. Quando, por motivos vários, declinavam a sua "profissão" ou ocupação, não me recordo de dizerem que eram - lavradores, mas sim " proprietários". É claro que nos registos paroquiais do séc. XVIII, para trás, em relação a alguns antepassados desses que recordo, alguns da nobreza local, aparecia a palavra -lavrador.
Todavia, quando era jovem, lembro-me que grandes agrários eram denominados por -lavradores-quando viviam em algum prédio rústico habitualmente, podendo deslocar-se temporariamente para outros "montes" durante certo tempo, mas que faziam vida de lavoura: com seus criados, jornaleiros, pucariços, almocreve e outros ,de ofícios relacionados com a vida agrícola de certa dimensão a que era necessária essa assistência permanente. Outros proprietários rurais, muitas vezes grandes comerciantes e até industriais, ou até pequenos proprietários rurais, mas cujo estatuto social por família lhes era inerente,eram de facto reconhecidos mais como " proprietáios" para fins oficiais .porque não exploravam directamente o solo ou pecuária limitavam-se, isso sim , a receber os proventos de rendas, dos cereais, da cortiça e gados,utilizando os vários caseiros para também os "usarem" eventualmente como criados da casa e embora alguns de fracos recursos económicos, eram igualmente respeitados e considerados como -lavradores/proprietários - independentemente do grande ou pequeno rendimento agrícola que possuiam, mas atendendo a quem eram e a quem pertenciam por família e quase sempre convidados para apradinharem não só os filhos dos criados, caseiros, rendeiros, mas de vizinhos , amigos e conhecidos por toda a freguesia. Conheço um caso de pessoa de família, o mais próximo possível, com mais de cem afilhados e que eu considero não ter sido grande proprietário rural, pelo contrário se atender aos rendimentos.
O que aqui escrevo,refiro-me ao que era usual na minha família e na minha aldeia; claro está, pode ser que esta "visão" que tenho não seja a mais correcta, mas como a entendo ainda hoje. Mas este assunto é deveras interessante, a fim de colocarmos no seu respectivo lugar tais distinções, com rigor, entre lavrador e proprietário rural, que é difícil, creio, porque há sempre um certo subjectivismo na apreciação que os locais, que fazem acerca de certas pessoas e famílias lociais e da consideração e simpatia que gozam por parte do povo, termo aqui empregue no sentido da população em geral, e não como estatuto social que já não existe, obviamente.
Hoje,já não me tratam por-lavrador quando me desloco ás regiões a que estou ligado por alguma pouca coisa que ainda possuo e família que tenho,pois vivo há muito tempo longe e perdi certo contacto natural que tinha, mas sentia-me muito honrado, quando alguém me tratava por - lavrador. Desculpem se abusei da vossa paciência, mas estas "curiosidades" estão dentro do âmbito genealógico e fazem parte da história local, que deve ser conhecida.
Com os meus melhores cumprimentos.
Rafael Carvalho
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Olá Sandra,
A família do meu avô aparece frequentemente descrita como lavradores. O meu avô teve por madrinha uma Anna Baeta, descrita como seareira. Segundo me informaram, ela trabalhava nas terras do meu avô.
Cumprimentos
Rosário
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Obrigada por tantas respostas, e rapidas...
Graças à vocês, ja vejo mais claro.
Era bom se existisse um livro sobre as differentes profissoes atraves dos séculos e sua diferentes denominaçoes (profissoes rurais ou cidadinas), sobretudo se o significado muda de um século para o outro... Pelo meno para evitar que os principiantes em genealogia como eu caiam em armadilhas...
Se alguém tiver uma bibliografia sobre esse assunto, nao hesite em divulga-la, estou sempre interessada...
Ainda uma vez obrigada para todos,
Sandra Carvalho,
França
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro Paulo Alcobia Neves,
E "oficial de maginário", já encontrou alguma vez ou sabe o significado?
Obrigado e cumprimentos
Alexandre Burmester
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro Paulo Alcobia Neves,
Graças a este tópico, pelo menos, já descobri o siginificado da profissão (jornaleira), da minha bisavó, e tia-trisavó do meu primo Artur.
Cumprimentos
Luis Camizão
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro Alexandre Burmester:
"Maginário" é corrupção de "Imaginário" (ou "Santeiro"), o que fazia imagens de santos.
Aproveito para deixar aqui uma referência de cargos ou profissões (não tem esta de "imaginário), mas muitas outras. Trata-se de:
"ÍNDICE DOS CARGOS, FUNÇÕES, DIGNIDADES, PROFISSÕES E ESTATUTO SOCIAL RELATIVOS A
Gabriel Pereira, Documentos Históricos da Cidade de Évora, Lisboa, 1998, Edição anastática de 1885-1891.
© Filipe Themudo Barata | Projecto POCTI/HAR/10237/98 | CIDEHUS - UNIVERSIDADE DE ÉVORA
(apoio no levantamento da informação de Lénia Pedro e Sandra Monteiro)".
O índice desta obra está na "web". Basta procurar pelo nome acima.
Não tenho o livro, mas o índice contém, desde logo, uma longa e interessante lista.
Um abraço do,
João de C. e m. Trovisqueira
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro João,
Muito obrigado pela sua ajuda. Também me palpitava que "maginário" poderia ser "imaginário", o que eu desconhecia era o significado neste contexto desta última palavra.
Um abraço
Alexandre Burmester
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro Luís,
Mas que confusão estás a fazer, meu primo? A tua bisavó era a minha trisavó...! lol
Por aquilo que sei a nossa antepassada não foi jornaleira toda a vida. Sei que todas as profissões honestas são dignas, mas, se me permites, fica aqui o reparo.
Já que este assunto veio à baila: saibam "certos" confrades que não tenho vergonha de "alguns" antepassados meus. Muito pelo contrário...:-)
Um abraço
Artur
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Contratador de galeões
Numa diligência para o Santo Ofício fiquei a conhecer um "avô", nascido em S. Pedro de Miragaya, Porto, na segunda metade do séc. XVI, de seu nome Manuel Fernandes Pereira, que exercia a profissão de "contratador de galeões".
Penso que o seu trabalho fosse o de intermediar os contratos entre armadores (proprietários de navios, galeões na época) e proprietários de cargas a transportar, recebendo por isso uma comissão.
Actualmente essa profissão é conhecida em Portugal pela expressão inglesa "ship broker" tal como muitas outras da terminologia relacionada com a navegação comercial...
António Fevereiro
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RE: Contratador de galeões
Meu Caro António Maria:
A designação "Contratador de Galeões" é algo ambígua, e pode prestar-se a diferentes interpretações. Na que lhe dá, a profissão, na segunda metade do século XVI, seria ainda regulamentada pelas Ordenações Afonsinas, que obrigavam a existência de intermediários, os corretores, em número de quatro por Concelho. Os cargos eram preenchidos pelo homens bons, eleitos anualmente. Os corretores de fretes deviam exercer o ofício respeitando, com equidade, as necessidades dos mercadores, distribuindo os espaços disponíveis nos navios a fretar, acto sancionado pela presença de um tabelião.
Mas também se pode dar outra interpretação, i.e. o cargo do indivíduo que tratava dos contratos de empreitada para a construção de um galeão. Era uma contratação de serviços que incluía a aquisição de matérias-primas, recrutamento de mão-de-obra, etc.
Fico na dúvida, pois não encontro, preto no branco, a descrição de tal função.
Grande abraço do,
João
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RE: Contratador de galeões
Meu Caro João,
Muito obrigado pela valiosa achega à minha proposta de descrição da função de "contratador de galeões".
Grato abraço do,
António Maria
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Artur,
Pois tens toda a razão nesse assunto.
No segundo, já não tens, pois segundo a certidão de óbito dos meu avós, e dos meus tios-avós ela também vem como jornaleira.
Também era melhor teres vergonha...Nem te falava mais!
Abraço
Luis
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Maria Josefa de Sousa
Luís,
O que eu pretendi dizer é que as suas condições de vida melhoraram, embora tivesse trabalhado uma vida inteira. Teve dificuldades, mas foi muito ajudada por uma tia nossa, Gertrudes Augusta, irmã de José António Pereira de Araújo Camizão (meu trisavô e teu bisavô). Esta tia foi mãe do primo José Camizão Vaz Ferreira; avó do primo José Sande e Castro Camisão Vaz Ferreira; bisavó do primo Carlos, que é um pouco mais velho que nós.
Uma curiosidade sobre esta nossa antepassada: tinha muita vaidade na sua beleza e no seu "lindo" cabelo!
Abraço
Artur
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Outras Profissões ligadas à vida rural
Caros confrades
Na minha Árvore de Costados, constituída maioritariamente por naturais do distrito de Évora, também encontro várias profissões ligadas à vida rural:
Para além das já citadas:
- Proprietário
- Lavrador
- Seareiro
- Jornaleiro
- Trabalhador
aparecem também:
- CARREIRO
- GANADEIRO
- PORQUEIRO
- CABREIRO
- PASTOR
- TRABALHADOR(A) AGRÍCOLA
Se as funções de algumas destas profissões são óbvias, outras não serão assim tanto. Algumas tinham funções semelhantes.
Era interessante que alguém entendido nesta matéria explicasse o que era exactamente cada uma, as suas semelhanças e diferenças.
Arlindo Rodrigues
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Caros confrades
Na minha família aparecem vários "juízes dos órfãos",por vezes pai e fiho.Que cargo era este?
E o que era um capitâo de ordenanças de um "couto"?
Com os melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Minha Senhora:
Sobre o cargo de Juiz dos Órfãos, veja, p.f., o ttº LXXXVIII do Livro I das "Ordenações Filipinas" (Estão integralmente disponíveis na web).
Também pode ler o que deixei escrito no tópico
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=26152
O site "Portal da História" de Manuel Amaral, na secção "Exército Português" , trata das "ordenanças" e dos seus oficiais. Vale a pena explorar.
Finalmente "couto" é uma jurisdição particular, de que o príncipe fez mercê a certo senhorio. Igualmente lhe sugiro a leitura das Ordenações Filipinas. livro V, ttº CXXIII.
Melhores cumprimentos,
J. de Castro e Mello Trovisqueira
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servo guião
Numa inquirição de genere (AUC) relativa ao Pe. Apolinário Ferreira dos Reis, de São João da Azenha (Sangalhos), uma das testemunhas é José Rodrigues dos Santos Pato, referido como "servo guião" do referido lugar de São João da Azenha. Alguém conhece esta figura de "servo guião" ?
Cumprimentos.
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Caro Senhor
Os meus melhores agradecimentos pelos ensinamentos tão prontamente dados e tão esclarecedores.
Maria Benedita
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Caros colegas !!
Nos meus achados, tenho tbm, profissão com: sargaceiro (a).
Do que se tratava? Seria apanhador de sargaço ??
E para que servia ??
Grata
Jurema (Brasil)
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Cara Jurema
Sargaceiro é isso mesmo, homem que apanha ou vende sargaço, uma planta da família das algas marinhas.
No norte de Portugal, no concelho de Póvoa de Varzim, há uma povoação típica chamada A-Vêr-o-Mar, onde a população se dedica a esta actividade. A apanha do sargaço está ligada à industria farmacêutica.
Mas há mais profissões curiosas como a de mondonzo( ou será mondongo?). Um nobre da antiga Vila de Panoyas de nome Pero de Crasto Ferreyra teria passado procuração para os seus cinco mondonzos na administração de seus bens na Vila de Almodôvar. Agora por falar em profissões com nomes esquesitos o que seria uma pessoa que vivia de sua argencia.
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Caro confrade
Argência-Qualidade de quem é activo ou trabalhador; diligência,actividade,operosidade;dinheiro,dinheirama.-Grande Dicionário da Língua Portuguesa.
Cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Caros confrades
Já tenho lido vive de "sua agencia". Também gostava de saber.
"Vive "do amor de Deus" deve ser de extrema pobreza, creio eu. E "filha da terra "o que significa ? Desde já os meus agradecimentos.
Rafael Carvalho
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Olá Zé Maria.
É realmente esta região que pesquiso.
Não só a fregueisa de A-Ver-O-Mar, como tbm Navais, Aguçadoura, Estela, Beiriz.
E já vi tbm as profissões acima já citadas.
Aliás, imaginava que sargaço, fosse um tipo de alga, mas não sabia que servia para fins farmacêuticos.
Muito grata,
Um abraço desde S. Paulo,
Jurema
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Cara Jurema
Sobre a minha anterior mensagem, devo acrescentar que a principal utilização do sargaço é na adubação dos campos.
Retribuo abraço
Zé Maria
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Caro Rafael Carvalho
Julgo que o que vive de sua agencia é o que vive do seu trabalho, o agenciário é o que trata de negócios alheios,o agenciador.
Viver do amor de Deus è viver da caridade .Filha da terra será a que nasceu naquela terra, é comum fazer-se homenagem a um filho da terra que ,por qualquer modo, se evidenciou.
Será isto?
Cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Caro confrade Arlindo Rodrigues
Não sendo "entendido" na matéria sei no entanto alguns significados de profissões que indica na sua mensagem:
- CARREIRO- Termo utilizado principalmente no Alentejo e também nalgumas zonas do Ribatejo e que significa aquele que trabalhava com carro de bois ou de mulas; tanto quanto sei este termo era mais utilizado quando exercia este ofício por conta própria para serviço de terceiros.
-GANADEIRO - Aportuguesamento do vocábulo espanhol Ganadero (de Ganado - Gado). É o proprietário ou criador de gado vacum, embora também se possa generalizar a outras espécies de animais. Era também um vocábulo utilizado essencialmente no Alentejo. Hoje ainde se utiliza mas para o proprietário/criador de uma vacada brava.
- PORQUEIRO- o pastor ou o que trata de porcos.
- CABREIRO - o pastor ou o que trata de cabras.
- TRABALHADOR AGRÍCOLA - o que trabalha por conta de outrém na agricultura, com carácter de permanência ou eventual. Normalmente engloba todos os outros termos (hortelão, pastor, cabreiro, etc.).
Cumprimentos,
J C Canelas
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Cara Maria Benedita
Muito reconhecido lhe fico pela sua pronta resposta ao meu pedido e creio que é como diz; exceptuando, talvez, na minha opinião,o significado que apresenta para "filha da terra"que está correcto, quando nos referimos a alguém ilustre de alguma localidade, a quem os conterrâneos, ou imprensa local geralmente, dá ênfase por ser daí natural e que se tenha distinguido de maneira que os orgulha.
Mas no contexto que referi, as minhas desculpas por ter omitido isso,"filha da terra"mas do séc. XVII/XVIII e num óbito. Indo rever de novo o apontamento que tenho, pareceu-me que será para significar " pessoa anónima " que se desconhece a origem,mas aí moradora ,ou mendicante que faleceu aí, por acaso, e nesse lugar lhe deram sepultura eclesiástica. Foi isso que eu pretendi confirmar. Será assim !?! Aguardemos que algum/a confrade complete a informação.
Com os meus
agradecimentos, pela sua boa é rápida informação, envio-lhe os meus melhores cumprimentos.
Rafael Carvalho
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Caros amigos
E a profissão de "Almocreve" . Tive um antepassado algarvio, do Monte Ruivo-São Bartolomeu de Messines- Sebastião Martins ,lavrador "de dois arados " e que tb. exerceu esta profissão como "grande comerciante de vinhos e cereais",tendo casado nas "famílias principais "da freguesia (v/Proc.º de FSO- do alf. Manuel Miz Coelho-TT,onde isto está documentado).
Há um estudo,salvo erro,d Prof. Doutor Baquero Moreno, que trata da importância dos almocreves, sobretudo
na Idade Média, porque eram o veículo principal de informação, até de correio e de imprescindível utilidade no fornecimento e comércio ,principalmente de víveres, etc.em certos sítios,e também escoando os produtos dessas regiões para outras terras, animando o comércio, as feiras e os mercados e festividades religiosas com produtos desejados ou desconhecidos.
Mas, no tópico presente refiro-me aos -almocreves- das casas agrícolas do Alentejo e a propósito também a existência dos chamados "feitores" que muitas vezes eram os principais orientadores da vida da lavoura de grandes lavradores.
Também refiro os -procuradores-de certas casas, que em tempos passados eram muitas vezes os clérigos, capelães de determinadas famílias e lembrei-me do romance "Fidalgos da Casa Mourisca" de Júlio Dinis, o meu preferido deste autor, onde isto se exemplifica e também da ruina de algumas casas e uma delas do meu conhecimento, que não refiro por motivos óbvios,cuja causa da ruina foi tb a má admnistração do resp.º-procurador.
Penso que é útil neste Fórum o conhecimento de muito que aqui foi dito e continuará a ser desenvolvido.
Cumprimentos.
Rafael Carvalho
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Caro J.C. Canelas
Obrigado pela sua intervenção.
Apesar de não viver em zona rural, como a minha família é do distrito de Évora, mais propriamente do concelho do Alandroal, tenho uma noção do significado da maior parte destas profissões. Mas coloquei aqui esta menssagem exactamente para que alguém mais conhecedor me podesse fazer descrição mais correcta das funções de cada uma, e me esclarecer a mim e a outros confrades interessados, como o fez.
Cumprimentos
Arlindo Rodrigues
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Meu caro João
Lendo as profissões rurais citadas noto que esqueceram os Engenheiros...
E lembro-me que há não muitos anos atrás (40 a 80), engenheiros agrónomos licenciados pelo ISA, bem como todos os outros, civis, mecânicos e químicos tinham o "camadoiro" de doutor nas nossas muito queridas Terras de Basto, para que não serem confundidos com o engenheiros de lagar, arte ou ofício esse muito difícil, de cuja habilidade e conhecimento dependia a feitura de bom azeite!
E desta feita não recorri ao Sábio J. Leite de Vasconcellos!
Abraço,
MM
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Meu Caro Manuel Maria:
Nem o engenho, nem a arte, precisam de rótulos. Um viva às Terras de Basto!
E um grande abraço para si,
João
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caros confrades, sei que esta profissão foge um pouco ao tema, mas seria de grande inportância se alguém me pudesse esclarecer sobre qual o papel dos capitães na segunda metade do século XVIII, nomeadamente no interior, na região de Castelo Branco. Sei que tinham que ser pessoas ditas honestas, prestar juramento... Alguém sabe onde poderei encontrar mais informações sobre antepassados com esta profissão? Desde já agradecida.
Cumprimentos, Ana Gouveia
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Cara Maria Benedita
Já não queria voltar ao tópico e muito menos incomodá-la com isto mas, antes que me esqueça, envio mais um apontamento que tirei de um proc.º ao consultá-lo esta noite, sem esperar.
Há uma testemunha no Proc.º FSO de Manuel Guerreiro Camacho de Aboim ( na TT), cujo nome é António Afonso, e da m/freg.ª de cinquenta anos pouco mais ou menos em 1691, que era homem nobre e da governança , mas que "vive de sua fabrica e AGENCIA ". Nesse tempo, "viver do seu trabalho",não me parece que fosse compatível com o cargo da governança; todavia, suponho que houve (?), embora raramente, gente pobre mas da nobreza local que exerceu o cargo de vereador. Aqui fica esta informação complementar.
Com os melhores cumprimentos
Rafael Carvalho
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Caro Rafael Carvalho
Julgo que o verbo agenciar ,bem como o substantivo agenceio, significam também "ganho", "provento"e agenciadeira é "mulher que adquire meios de vida pelo seu trabalho ou indústria".Agenciador tem também o significado de "amigo de ganhar a vida, activo".
No caso que refere seria alguém que vivesse de uma indústria?
Nos meios rurais era mais respeitado o fidalgo, mesmo pobre ,que pessoas de maiores proventos vindas de outros meios.Sou provinciana, beiroa (e inadaptada a Lisboa, de onde fugirei logo que possa) e já constatei que em certos sítios essa mentalidade se mantem.
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Cara Ana Gouveia
Neste mesmo tópico e sobre uma pergunta minha o confrade J.Castro e Mello Trovisqueira presta esclarecimentos que talvez lhe interessem
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Cara Maria Benedita
Embora nascido em Lisboa, também me considero orgulhosamente provinciano e daqui fujo a sete pés sempre que posso!
Cumprimentos
Nuno Maria
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caros amigos...
Já que estamos a falar de profissões, o que seria um "REGEDOR", cargo que tenho lido, por volta do ano de 1820 ?
Seria algum cargo político, como um prefeito ou administrador ?
Ou coisa semelhante ?
Grata,
Jurema
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Caro Nuno Maria
Sempre pensei que os "citadinos" se entendiam bem com esta maneira de viver
e não tinham os meus problemas claustrofóbicos, provenientes do meio rural em que fui criada.Afinal enganei-me, e ainda bem.
Odeio viver numa gaiola,ainda saúdo vizinhos que nem para mim olham, o maior castigo que me podem dar é obrigarem-me a entrar em centros comerciais e hipermercados e planto roseiras em vasos sempre na esperança de as ver crescer!
Cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Cara Maria Benedita
Percebo muito bem o que sente. Além disso, não gosto do ritmo da cidade. Sufoco por falta de tempo. Estou sempre a ser empurrado para fora de mim próprio.
No campo ainda vai prevalecendo o tempo natural, muito mais humano e civilizado.
Um abraço
Nuno Maria
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Cara Maria Benedita
Sempre tinha associado argência a "argent", prata, dinheiro. Mas não sei muito bem como classificar a pessoa que "vivia de sua argência". Como naquela época não existiam instituiçôes bancárias como nós hoje as conhecemos seria então alguem que investia em operaçôes financeiras tirando disso os seus proveitos? Ainda no início do século passado no Alentejo, certos lavradores para fazerem a campanha da ceifa ou da monda recorriam a certos lavradores abastados para contraírem os seus empréstimos.
Mas agora, fico mais confuso, quando encontro uma pessoa que "vivia de sua argencia da lavoura". Seria então alguem que devido à sua operosidade na lavoura, enriquecia?
Portanto, passando para a actualidade, seria comparado a um Belmiro de Azevedo, a quem não interessa deixar obra, mas tudo fazer em função da multiplicação do dinheiro.
Outras expressões:
Sou natural do Alentejo e sempre ouvi. " TRABALHA COMO UM MOURO".
O que era um mouro? Parece-me que a resposta não é tão fácil como parece. Será que nos contaram a História ao contrário?
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Cara Maria Benedita
Também nasci numa aldeia, mas do Baixo Alentejo e a minha varonia é da Beira, das faldas da serra da Lousã. E vou sempre para o campo, assim que posso, para casa que tenho, mas noutro concelho alentejano limítrofe.
Estou inteiramente de acordo consigo, porque essa mentalida ainda (por enquanto) se vai respeitando, sem hipocrisia e aceite com a maior naturalidade, como direito próprio que assiste a determinadas pessoas e famílias.
Melhores cumprimentos.
Rafael Carvalho
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Cara Jurema,
No caso da Casa da Suplicação, o "Regedor" , ou "Governador", era quem detinha o poder máximo.
Existe outa acepção. Segundo o Dicionário Corográfico", eis um exemplo, com a devida vénia:
«Regedor
Antiga autoridade administrativa de uma freguesia. Segundo o Elucidário Madeirense, os regedores existiram na Madeira desde 1838. Antes dos regedores, tinham existido os comissários de paróquia, nomeados em 1834. Após o 25 de Abril de 1974, com a aprovação da nova constituição da república, o cargo de regedor viria a dar lugar á Junta de Freguesia. Ainda que a Junta de freguesia seja um órgão colegial, constituído por um presidente, um secretário, um tesoureiro e vogais, a figura do regedor acabaria por ser transferida para o presidente da Junta de Freguesia, sendo, por consequência o seu equivalente no novo regime constitucional.
Instalado a 4 de Outubro de 1835, muitos foram as pessoas que, em cada uma das suas freguesias constituintes exerceram o cargo de regedor. A este propósito recorde-se que na altura da criação do concelho de Câmara de Lobos, faziam parte dele as freguesias de Câmara de Lobos, do Estreito de Câmara de Lobos, do Curral das Freiras e do Campanário. Em 1840, a partir de alguns sítios das freguesias de Câmara de Lobos e do Campanário surge a freguesia da Quinta Grande, sendo desta forma o concelho, acrescido em mais uma freguesia. Em 1914, o Campanário deixa de fazer parte do concelho de Câmara de Lobos para constituir juntamente com as freguesias da Ribeira Brava, Tabúa e Serra de Água, o concelho da Ribeira Brava. Em 1996, em consequência da desanexação das zonas altas da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, é criada a freguesia do Jardim da Serra que integra o concelho de Câmara de Lobos e que fica assim constituído pelas freguesias de Câmara de Lobos, Estreito de Câmara de Lobos, Curral das Freiras, Quinta Grande e Jardim da Serra.
Regedores da freguesia de Câmara de Lobos
Segundo o Jornal da Madeira de 27 de Julho de 1952 José Quirino de Caires exercia na altura e desde 1908 o cargo de regedor da freguesia de Câmara de Lobos.
António Leandro dos Reis Gonçalves terá muito provavelmente sucedido a José Quintino de Caires. Foi titular do cargo durante quase 30 anos e foi o último regedor de Câmara de Lobos.
Regedores da freguesia da Quinta Grande
Em 1906, era regedor das freguesias do Campanário e da Quinta Grande, Manuel de Ascensão Lino, que no dia 23 de Março desse ano solicitou a sua exoneração do cargo [1]. A 16 de Junho de 1921 foi nomeado regedor da Quinta Grande António Rodrigues da Silva. Em 1924 era regedor da Quinta Grande José Teodoro Pereira, que também era o responsável pelo correio. De acordo com o Jornal da Madeira de 8 de Fevereiro de 1925 havia chegado de Moçamedes António Rodrigues da Silva ex-regedor da Quinta Grande. De acordo com o Jornal da Madeira de 1 de Agosto de 1925 era regedor da Quinta Grande José Rodrigues Mendes, casado com Leonor Barradas Mendes, cargo que, de acordo com o Jornal de 11 de Outubro de 1931, nesta altura ainda exercia. Em 24 de Março de 1947 era regedor da Quinta Grande José de Sousa Júnior. José de Sousa não só se manteria no cargo durante cerca de 42 anos, como viria a ser o primeiro presidente da Junta de freguesia da Quinta Grande
Regedores da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos
António Jacinto Macedo, que tomou posse do cargo em 19 de Janeiro de 1860; José Francisco de Barros que tomou posse do cargo em 8 de Fevereiro de 1861; António Jacinto Macedo que tomou posse do cargo em 13 de Janeiro de 1862; José Francisco de Barros que tomou posse em 23 de Fevereiro de 1863; António de Abreu Macedo que tomou posse do cargo em 4 de Abril de 1864; António Jacinto Macedo que tomou posse do cargo em 9 de Janeiro de 1866; António Jacinto Macedo que tomou posse do cargo em 7 de Março de 1870; De acordo com a sessão camarária de 17 de Outubro de 1900, Francisco Teodoro da Silva, era guarda do cemitério do Estreito foi nomeado regedor da freguesia do Estreito; Maximiano Francisco de Barros que tomou posse do cargo em 4 de Junho de 1870. João Fernandes era regedor da freguesia do Estreito em 1924, encontrando-se na altura gravemente doente [2]. Em Agosto de 1937 João Albino de Barros era regedor [3], cargo onde se manteve, muito provavelmente sem interrupção até à instalação da Junta de Freguesia, estrutura que viria substituir o cargo de regedor.
Regedores da freguesia do Curral das Freiras
A 23 de Janeiro de 1901, José Militão Camacho era regedor do Curral das Freiras. Aliás, de acordo com a acta da sessão camarária de 15 de Maio de 1901, José Militão era regedor do Curral das Freiras desde 1870, ocupando tal cargo ainda a 13 de Fevereiro de 1901, altura em que pede a sua exoneração para se candidatar a guarda do cemitério, uma vez que tais cargos eram incompatíveis.
Segundo o Diário de Noticias de 11 de Agosto de 1937 era regedor do Curral das Freiras Manuel Francisco Pinto de Abreu.
O seu sucessor terá sido muito provavelmente Manuel Fernandes Rebolo Júnior que terá exercido o cargo durante cerca de 30 anos. O último regedor do Curral das Freiras foi João Figueira da Silva.
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[1] Diário Popular, 24 de Março de 1906.
[2] Jornal da Madeira, 6 de Novembro de 1924.
[3] Diário da Madeira de 13 de Agosto de 1937.
Câmara de Lobos
Dicionário Corográfico
Edição electrónica
Manuel Pedro Freitas»
Melhores cumprimentos
Artur Camisão Soares
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Caro José Maria Ferreira
Alguém que vivia de sua argencia na lavoura pode bem ser alguém que vivia do seu trabalho na lavoura.
Julgo que os empréstimos de dinheiro de lavradores ricos aos menos favorecidos ,em altura de sementeiras,etc,eram comuns e muitas vezes pagos com trabalho.Na Beira Alta era normal o pequeno proprietário lavrar a sua terra e ao mesmo tempo trabalhar á jorna para os chamados lavradores abastados, que não pegavam no cabo da enxada.Normalmente,em casas médiamente abastadas,
havia o feitor,que coordenava os trabalhos debaixo das ordens do patrão,os criados, que eram certos nos trabalhos e eram pagos á semana e os que trabalhavam á jorna e eram pagos ao dia,só sendo chamados em épocas específicas.Estes últimos eram , muitas vezes, pequenos proprietários que pagavam com trabalho as suas dívidas ao patrão.Até rendas de casa eram assim pagas.É possível que noutras regiões fosse diferente,pouco sei do que se passava no sul do país.
Quanto ao seu"trabalho como um mouro" para os meus lados usava-se "um negro"e as duas versões devem acabar no velho trabalho escravo.
Cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Montes de Piedade
Cara Maria Benedita
Também me lembrei dos chamados "Montes de Piedade" criados no Algarve ,por grandes lavradores a fim de socorrerem os lavradores mais necessitados, mediante, por vezes, de alguma retribuição ou pagamento que revertia para a respectiva associação. Em São Bartolomeu de Messines recordo Felício Fernandes e em Algoz ,Tomé Rodrigues Pincho, sogro do fidalgo Pedro Correa de Mascarenhas ( Monte de Piedade, fundado a 25.12.1702(escritura) com alvará de D.Pedro II).
É verdade que tratamos aqui no tópico de profissões e cargos, mas como se trata de associações ligadas ao mundo rural, aqui privilegiado,aproveito o tópico para saber se noutras regiões do País foram criadas estas instituições, embora com outro nome e fins de assistência, para ajudar os lavradores de fracos recursos económicos, ou cujas searas não produziram o suficiente, precisando de socorro.
Rafael Carvalho
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Nos assentos de baptismo da freguesia de Laúndos, encontrei o apelido "Xarel/Xarela", que vem de alcunha - "Fulano de tal, o xarel". Mais tarde, encontrei pessoas que adoptaram essa alcunha como apelido.
Ao pesquisar no dicionário a palavra, encontrei como possível significado: "pano que se põe sobre o dorso da cavalgadura, sobre o qual assenta a albarda ou o selim". Embora esta palavra possa ter outros significados, julgo que a alcunha terá origem nesse significado.
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Também conhecido por "suadoro" e lembro-me do meu pai usar no cavalo um xairel muito bonito bordado por minha Mãe.
Cumprimentos.
Rafael Carvalho
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RE: Montes de Piedade
Caro Rafael Carvalho
Não conheço ,para os meus lados, nenhum tipo de associação desse cariz .Havia as Caixas de Crédito Agrícola e instituições similares, mas mais nada.Aliás a imagem que tenho da Beira da minha infância é a de uma pobreza imensa em que todos dependiam do senhor da terra.Pelo contrário, na Beira Litoral,onde também tinha uma Avó, o panorama era completamente diferente,para muito melhor,talvez porque havia uma certa indústria(caves de espumantes e bicicletas).
Cumprimentos
Maria Benedita
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro Rafael Carvalho
Peço desculpa de o contradizer mas xairel e suadouro não são a mesma coisa.
O suadouro é uma peça do arreio que se coloca por baixo deste e tem por função protegê-lo do suor do cavalo e ao mesmo tempo proteger o dorso do cavalo do "vaso" da sela ou selim. Por outro lado xairel é uma peça que se coloca por trás das selas que pode ser em cabedal, forrado com pele de raposa ou de outro animal e nos arreios de cortezias normalmente é de seda bordado. Tinha a função de proteger as casacas dos cavaleiros da sujidade provocada pelo suor e simultâneamente, nas épocas frias proteger os rins do cavalo quando este estava muito tempo parado. Hoje em dia tem essencialmente um fim decorativo.
Cumprimentos,
J C Canelas
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Carissimo Artur,
Estou muito agradecida pelas informações !!!
Foi uma verdadeira aula !!!!
abraços, desde S.Paulo
Jurema
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro J C Canelas
Tem razão porque queria dizer -gualdrapa- e não emendei logo, porque de facto os lindos e valiosos -xaireis- serviam não só de protecção, mas como ornamento sumptuário e alguns armoriados e não fazia sentido servirem de apoio à sela como absorção do suor dos cavalos ou éguas.
Obrigado pela correcção ainda a tempo.
Cumprimentos.
Rafael Carvalho
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Cara Jurema
Os Regedores eram Magistrados Administrativos, criados no tempo da monarquia além de funções administrativas também zelavam pela segurança e ordem públicas numa freguesia.
Primeiramente eram eleitos, mas pela lei de 29 de Outubro de 1840, passaram a ser nomeados pelos então Administradores do Concelho.
Quero falar do Regedor tal qual o conheci na minha terra na década de 1960.
Nessa altura o Regedor de freguesia já não detinha qualquer função administrativa, apenas tinha como função olhar pela segurança e ordem públicas. Quando esta mesma ordem era posta em causa na Vila ou na freguesia, este participava imediatamente o sucedido ao Posto da Guarda Nacional Republicana de Ourique, que então tomaria uma posição em conformidade com a gravidade da situação.
Uma mera briga na via publica, obrigava a vinda da patrulha da G.N.R. de Ourique, afim de levantar autos e indentificar os prevaricadores junto do Regedor. Também as rondas de rotina das patrulhas á freguesia eram por si confirmada com a presença desta e colocação do carimbo na guia.
Este cargo foi formalmente extinto depois de 25 de Abril de 1974.
Quero aqui prestar a minha homenagem aos dois últimos Regedores que conheci na minha freguesia, os Senhores Augusto Vilhena e Artur Vilhena.
Cumprimentos
Zé Maria
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro colega Zé Maria,
Obrigada pela informação.
Em apenas 15 dias, este tópico teve muitas explicações, o que contribui muito para nossa cultura.
Jurema
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Também gostaria muito de saber que funções exercia um JUIZ de PAZ numa comarca,porque era cargo só desempenhado por pessoas de qualidade. O meu avô materno exerceu essas funções no Tribunal Judicial do concelho de Almodôvar, que nessa altura era a comarca, substituindo a de Ourique.
Os meus agradecimentos
Rafael Carvalhor
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Guarda-Mór da Alfândega Grande de Lisboa
Caros Confrades,
Pretendia saber que habilitações seriam necessárias para exercer este cargo e qual o ambito do mesmo.
Muito obrigado
Juca Tagilde
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RE: Guarda-Mór da Alfândega Grande de Lisboa
Caro Confrade:
Segundo creio, "Guarda-Mór das Alfândegas" ou "Provedor das Alfândegas", foram cargos idênticos, variando apenas a designação com a época. Assim sendo, transcrevo uma nota tirada do "site" da D.G. das Alfândegas:
"Alfândega Grande de Lisboa
ou Alfândega de Lisboa
Conclui-se geralmente, da leitura dos poucos livros que existem tratando assuntos aduaneiros, que, anteriormente a 1833, não havia qualquer elemento de ligação entre as diversas casas fiscais dispersas por todo o país, e que estas, entregues à boa ou má orientação dos seus dirigentes (em geral juizes das comarcas) davam a todo o mecanismo administrativo um aspecto da mais elevada desorganização. Não era, no entanto, bem assim.
Parte das atribuições que hoje competem à Direcção Geral das Alfândegas, eram então inerentes à Alfândega Grande, dirigida pelo seu provedor-mor, cujas determinações se encontram transcritas nos vários livros de registo das outras alfândegas. Do próprio título oficial, usado em 1523 por Álvaro Pacheco - «Provedor da Alfândega desta Cidade de Lisboa e Feitor Mór das mais Alfândegas dos Portos do Mar e da Terra destes Reinos» - se depreendem as suas atribuições. No ano de 1757, Xavier Porcille passou a intitular-se «Administrador Geral da Alfândega Grande de Lisboa e Feitor Mór de todas as outras Alfândegas».
Como o movimento e importância das Alfândegas está intimamente ligado ao desenvolvimento do comércio, nota-se desde o século XV em diante um aumento das casas fiscais em Lisboa. Desde as chamadas «Casas de Lisboa» até às actuais Alfândegas coordenadas pela Direcção das Alfândegas de Lisboa, muitas se criaram e se extinguiram.
Assim, citam-se, no século XV, as seguintes:
n Casa da Portagem.
n Tercenas.
n Paço da Madeira.
n Casa de Ceuta - Guiné - Mina.
Mas, já no século seguinte aparecem:
Alfândega Grande compreendendo:
Casa dos portos secos e Consulado
Casa dos Panos
Casa da Marçaria
Paço da Madeira e Casa dos Cincos.
Sete Casas englobando:
Ver-o-peso
Casa da PortagemCasa da Sisa das Carnes
Casa da Sisa da Fruta
Casa da Sisa do Pescado
Casa da Sisa das Herdades
e Terreiro.
Casa da Índia (e Mina).
E, até ao fim do século XVIII, pelo menos:
Alfândega Grande, com:
Casa dos Cincos
Portos Secos
Mesa do Sal
Paço da Madeira
e uma casa de despacho em Belém.
Alfândega do Tabaco.
Casa da Índia e Mina com o Consulado.
Terreiro Público.
Contadoria da Fazenda, com os Almoxarifados
dos vinhos, azeites, mel, cera, sabão, mercearia,
frutas, pescado, portagem, carnes, herdades, etc.
O movimento centralizador só se virai a efectuar a partir de 1833 com o decreto de 27 de .Setembro, que criou uma Directoria Geral das Alfândegas e acabou com a ingerência da Junta do Comércio ou de qualquer outra autoridade no serviço das Alfândegas. "
Cumprimentos,
JPCMT
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RE: Guarda-Mór da Alfândega Grande de Lisboa
Caro Confrade,
Agradeço a sua resposta.
Cumprimentos
Juca Tagilde
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
É curioso a referência feita a este apelido uma vez que sou descendente de Domingos Gonçalves, o Charel de Rapejães, Laúndos, que contraiu um primeiro matrimónio a 27.1.1596 com Maria Francisca de Figueiredo e, após enviuvar, um outro casamento com Maria de Figueiredo, a 11.3.1624, ambos com geração.
No entanto, nos vários documentos consultados, aparece sempre a grafia Charel e não a que indica (Xarel). Será que se trata da mesma família ? Será que terá omesmo significado?
Pelo que consegui depreender da análise dos documentos referentes a esta família tratava-se de lavradores abastados que, por vezes, serviam de louvados.
Iza Luso Barbosa
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Olá Iza,
Com efeito, encontrei as duas grafias (Xarel/Charel), que alteravam consoante o padre que fazia os assentos. Mas ainda não fui tão longe nas minhas pesquisas, pois só investiguei assentos do período entre 1693 e 1767.
A palavra "Charel/Xarel" despertou-me a atenção porque me era totalmente desconhecida e então anotei-a num canto da folha, mas nem sequer tirei o nome completo das pessoas que a usavam, porque neste momento estou a investigar uma outra linha.
Muito provavelmente teremos antepassados em comum, porque a minha família materna era de Rapijães e também tenho Figueiredos da parte do meu pai. Aliás, fiquei um bocado confusa quando deparei com tantos Figueiredos em Laúndos já no séc. XVIII, quando o meu avô paterno dizia que os n/Figueiredos eram de Paradela.
Já agora, se não se importa, o que eram os louvados?
Melhores cumprimentos
Rosário
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Srs. Rafael Carvalho e J. Canelas,
Obrigada pela informação.
Melhores cumprimentos
Rosário
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Cara Rosário
Os "louvados",pelo menos para os meus lados, são pessoas nomeadas para avaliar determinadas propriedades, arbitrar conflitos designadamente em caso de partilhas.São, normalmente, pessoas consideradas dentro da zona.
Cumprimentos
Maria Benedita
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Cara Benedita:
Agora que fala nisso, lembro-me de já ter ouvido essa palavra com o mesmo significado que lhe dá. São falhas de quem não nasceu no campo e vive numa cidade.
Cumprimentos
Maria Benedita
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Rosário :
Embora não saiba se realmente somos parentes pelos Figueiredo de Laúndos , aqui lhe envio, com os meus cumprimentos, o que descobri sobre esse ramo:
AMARO GONÇALVES, cazeiro da Igreja de S. MIGUEL DE LAÚNDOS, e sua mulher Inês Dias, que devem ter casado cerca do ano de 1575 , tiveram vários filhos:
-Maria Francisca , primeira esposa de Domingos Gonçalves, o CHAREL, de Rapejães com quem casou a 27.1.1596
-Maria de Figueiredo que contraiu matrimónio com este seu cunhado a 11.3.1624, de quem sou descendente.
-Martinho, b.15.11.1588
Caso verificar serem seus antepassados poso enviar mais informações uma vez que já tenho os seus registos de óbito -aliás muito interessantes! - e outras informações.
Iza Luso Barbosa
- Inês Dias de Figueiredo , b.16.9.1590 , c.c. Salvador Piz, c.g.
-Angela, n.1.10.1595
-Anna,b.1.11.1601
-Catarina , b.7.3.1614
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Prezada Iza:
Muito agradeço os dados que enviou. Caso os meus Figueiredos entronquem nos seus Figueiredos, voltarei a contactá-la através do fórum, para partilharmos informações.
Os melhores cumprimentos
Rosário Figueiredo
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caros confrades
Durante as minhas pesquisas genealógicas, tenho deparado várias vezes com
"assistente na Vila" ou "assistente no Termo", tenho uma ideia do que será, mas não tenho a certeza.
Alguns dos confrades me poderá esclarecer o significado da palavra "assistente" nos séculos XVI e XVII.
Grato pela atenção.
Zé Maria
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caros Confrades
Agradeço também a vossa ajuda para a interpretação das seguintes profissões:
"RENDEIRO" e "...VIVIA DAS SUAS FAZENDAS". Em príncipio parece fácil mas será exactamente aquilo que parece ser? Rendeiro pode ser aquele que arrenda as suas terras ou pelo contrário será o que arrenda as terras de terceiros?
Cumprimentos
JMSA
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro confrade
Rendeiro é quem arrenda.Quem vive das suas fazendas é quem tem terras das
quais tira rendimentos(ou as trabalha ou as arrenda).
Cumprimentos.
Amiel Bragança
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro Zé Maria
Bom dia !
Também tenho encontrado muitas vezes tal palavra. Supunha eu que seria alguém que era morador temporário no respectivo lugar,porque também aparece -" agora assistente neste lugar". Estou igualmente curioso por saber o correcto significado deste tempo.
Rafael Carvalho
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro confrade
Rendeiro é o que arrenda uma terrra e paga renda por ela. Muitas vezes, ou a maior parte delas, a renda é paga em produtos da terra e não em dinheiro.É paga ao ano e sai do produto das colheitas.É comum estipular-se como renda "tantos alqueires de milho,ou trigo."
Quem vive de sua fazenda é quem vive dos rendimentos da sua terra, ou gerindo-a ele próprio ou através de feitor, ou arrendando-a, ou ainda tendo caseiro que a lavra.O termo caseiro vem da casa que se lhe dá na terra e neste caso, a safra é distribuída entre patrão e caseiro em partes já combinadas. Quem vive de sua fazenda não trabalha a terra directamente.
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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profissoes (lavrador e rendeiro das igrejas)
Pesquisando a família Campolina, encontrei em Portugal, região de Braga, a família Sylva (Freguesia de São Vicente da Ponte, Lugar de Germel, Termo de Pico de Regalados), atulamente, Concelho de Vila Verde. Um descendente desses Sylvas, nascido em 1684, Manuel da Sylva o Campelina, que teve o primeiro sobrenome (adotado - alcunha: Campelina-Campolina), é designado na Inquirição de Gênere de um neto dele, como lavrador e rendeiro das igrejas. Curioso que o filho dele, Domingos da Silva O Campelina era dito lavrador, abonado e rendeiro das igrejas.
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RE: profissoes (lavrador e rendeiro das igrejas)
E o que consistia ser "recebedor dos dízimos de uma freguesia "?Parece óbvia a resposta,já implícita na pergunta. Mas nem sempre o que parece é.
RC
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caros José Maria e Rafael Carvalho,
O termo assistente define a paróquia em que determinada pessoa assistia à missa.
Pode, regra geral, considerar-se esse local como a sede da freguesia em que tal pessoa residia.
Por exemplo quando se casavam pessoas de freguesias distintas e era necessário elaborar um processo matrimonial (ainda hoje isso acontece) o pároco celebrante oficiava ao seu colega da freguesia de proveniência do conjuge não autóctone solicitando informações a seu respeito e sabendo se ali era assistente.
Concluindo a palavra assistente é, neste contexto, um sinónimo de paroquiano.
Um abraço
Paulo Alcobia Neves
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Retribuo o abraço e agradeço.
Rafael Carvalho
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RE:Recebedor da Bula da Cruzada
Antão Vaz Cavaco- FSO -COC- também foi recebedor da Bula da Cruzada, no Algarve.
Gostaria de saber que atribuições eram estas, embora tenha vaga ideia de estar relacionado com o resgate dos cativos, muitos deles em Argel e outras cidades do norte de África.
Cumprimentos.
RC
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro Paulo Alcobia
Antes de mais, o meu agradecimento pela sua prontidão em esclarecer o devido significado de assistente.
A ideia que tinha de assistente era mais no sentido militar, que do religioso. Pegando em frases como:
" Miguel Fragoso Fronteiro aSistente Q`era na PraSa de Mazacam...." ou ainda
" Antonio da Rocha Escudeiro de Dom Álvaro Maldonado morador na Corte de Lisboa e assistente nesta Villa de Panoyas" levavam-me a pensar tratar-se de pessoas que prestavam assistencia militar, a quem nós hoje chamamos de adido.
Acabo agora por entender o sentido de assistente naquela época, seria então uma pessoa que assistia à missa, mas não era freguês. Estarei correcto?
Um abraço
Zé Maria
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro José Maria.
Em resposta à sua questão sou da opinião que o termo assistente era aplicado igualmente aos fregueses de uma determinada paróquia.
No 2º exemplo que refere podemos induzir que António da Rocha era escudeiro de Dom Alvaro Maldonado (este residente na Corte de Lisboa) no entanto o dito António da Rocha, era assistente, paroquiano, na Villa de Panoias.
Quanto ao primeiro caso poderemos considerar duas hipóteses, uma primeira em que de facto poderá ser assistente "freguês" na Praça de Mazagão onde existia local de culto ou excepcionalmente "fronteiro assistente" cargo que desconheço mas que pode eventualmente ter existido.
Ficando ao seu dispor, despeço-me com amizade,
Paulo Alcobia Neves
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro Paulo Alcobia Neves
Mais objectivo não podia ser!
É essa a fraternidade que deve prevalecer entre confrades, ajuda e troca de conhecimentos, onde os mais iluminados disponibilizam o seu saber em prol de todos os outros.
Muito agradecido pelos esclarecimentos e sua disponibilidade.
Um abraço com amizade do
Zé Maria
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RE:Recebedor da Bula da Cruzada
Caro Rafael Carvalho
Este Antão não é o irmão de D. Inês, pois não?
Cumprimentos
Zé Maria
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RE:Recebedor da Bula da Cruzada
Caro Zé mARIA
Temos 3 ANTÃO VAZ CAVACO:
Vamos começar pelo meu Antão, filho do cap.ão mANUEL pIRES cORTESÃO e de Catarina Martins, pais tb de Isabel Lourenço Cavaca cc o FSO cap.ão João Frz Veiga, de Estômbar.
Alguns deles estão sepultados no panteão da n/família ermida de Nossa Senhora da Glória, em Benafim-Alte.
ANTÃO VAZ CAVACO foi presbítero do hábito de São Pedro ,vive com fausto na sua pessoa e por seus pais as pessoas mais ricas daquela freguesia ,as mais abastadas , assim de bens como de brios, com cerca de trinta anos (em 1748).
Outro ANTÃO VAZ CAVACO filho de Jacinto Martins Cavaco e de Barbara Andreza, da mesma terra. Avós pat. Vicente Martins Cavaco e Mecia Vaz. Avós maternos Domingos Vaz , (sei que foi juiz da vintena e homem de cavalo)e Catarina Vaz nat.da mesma freg. de Nossa Senhora da Assumpção de Alte.
Sua mulher Serafina Ferreira filha de Pedro de Castro Ferreira e de Rufina Guerreira ,nat. de Panoias e seus avós paternos se chamavam Luis de Castro e Leonor Ferreira e os avós maternos Estacio Anes Barram e Maria Guerreira Mascarva (?) nat. da vila de Almodôvar.
ANTÃO VAZ CAVACO também FSO-COC-e Tesoureiro da Bula da Cruzada ,filho de Domingos Vaz , lavrador do Passo, mas nat. de Alte e de Isabel Andreza, de Alte.
Neto paterno do cap.ão Gaspar Afonso ,da Corte dos BRaganções e de Maria Vaz e neto mat. de do cap.ão Gaspar Vaz " o Taramela" e de Margarida Andreza , filha de Bartolomeu Afonso -o Boa Vida "da Corte dos Braganções, Alte e bisneto pat. de Pedro Afonso , de Alte e morador no Serro do Ouro e de Maria (?) Vaz ,veio a casar tb com a outra Maria Vaz ,depois de viúva do cap.ão Gaspar Afonso.
Este Antão Vaz Cavaco tb era alferes e estudou para clérigo , mas ao casar com a filha do alf. Antonio Rodrigues, de Alte o pai deixou de falar-lhe durante muito tempo.
São todos meus parentes , tios-avós, primos em vátrios graus; uma confusão que seria engraçado e interessante, mas muito longo para escrever.
É que tendo Maria Vaz ficado viúva do cap.ão Gaspar Afonso casou com o cap.ão Gaspar Vaz e assim se fizeram dois casamentos a saber: o dito Domingos Vaz com a filha do capitão, Isabel Andreza e o pai desta com a mãe viúva, ficando casados os pais viúvos e os filhos ou enteados de ambos também casados uns com os outros, tb da Corte dos Braganções, todos principais e lavradores muito ricos. Tenho de ficar por aqui. Mas faziam-se casamentos destes e verdadeiras barbaridades, a minha bisavó Mariana casou com o meu bisavô Francisco de Sousa quando tinha 10 (dez anos) sua 2.ª mulher e é claro muitíssimo mais nova que o marido, que eram primos em vários graus carnais e tb por afinidade. Nesta minha família casavam uns com os outros por causa da riqueza e não se misturarem com famílias que julgavam inferiores. Sem comentários.
Muita coisa sei desta gente até com aspecto lendário.
Desculpe alguma falha , mas os meus olhos ainda não se acostumaram aos óculos e escrevo muitas vezes sem eles. Escrevo agora ,embora já noite avançada para não me esquecer do principal e porque preciso tb nestes próximos dias de distrair o espírito.
Rafael Carvalho
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RE:ANTÃO VAZ CAVACO
Caro amigo Zé Maria
Para ñ abrir novo tópico segue no tóp.º -Profissões, etc.
RC
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RE:ANTÃO VAZ CAVACO
Corrijo:
Escrevi que a minha bisavó Mariana casou com 10 (dez ) anos;isto é:ficou esposa do marido, mas só foi realizada a cerimónia religiosa do casamento, anos mais tarde.
Rafael Carvalho
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RE:ANTÃO VAZ CAVACO
Caro Rafael Carvalho
O prior de Panoyas, Luís da Rocha Montez, também foi Comissário da Bula da Santa Cruzada e executor do seu recebimento na Comarca do Campo de Ourique.
O sogro de Antão Vaz Cavaco, moveu-lhe uma guerra sem tréguas, denunciando-o à Inquisição por heregia (calcule-se, aqui o perigo vinha de dentro da própria igreja! é uma história digna de registo até tem sexo implícito e tudo!) Daí a minha pergunta por poder tratar-se do genro de Pedro de Castro como sendo o recebedor da Bula no Algarve.
Caso fosse afirmativo já tinha a resposta para tamanha perseguição ao Prior por parte de Pedro de Castro.
Com isto tudo vamos mas é ao que interessa, quais seriam as atribuições de um
comissário/recebedor da Bula da Santa Cruzada? Francamente não sei, mas que mexia com muito dinheiro, lá isso mexia!
Sobre a sua interrugação sobre "Moscarva"? trata-se de Moscarra forma feminina de Moscarro.
Um abraço
Zé Maria
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RE:ANTÃO VAZ CAVACO
Bom dia, caro Zé Maria
Quando damos alguma informação e sabemos que foi útil ficamos satisfeitos, falo por mim, por responderem-nos: cai bem tal delicadeza e que se justifique; sobretudo ,quando a resposta vem acompanhada de outras informações que desconhecíamos, completando e desenvolvendo o assunto em causa. E o meu amigo e muitos confrades têm respeitado tal princípio. Contribuindo também para informar outros participantes interessados. Faço algumas vezes perguntas de que tenho ideia ou posso encontrar respostas noutras fontes, mas colocando-as aqui,no Fórum, há sempre a possibilidades de várias respostas, opiniões diversas, outras interpretações, certos pontos de vista contraditórios também, e verdadeiras lições de história e tenho lido observações político/históricas de bastante valor, sejam de asssuntos actuais ou muito antigos e análise crítica fundamentada com correcções a determinadas fontes escritas, ou chamadas de atenção, para evitar a continuação dos erros e confusões de certas obras e informações que deviam ser revistas, anotadas e corrigidas.
Realço a boa vontade de muitos confrades, que pouco ou nenhum vagar têm, mas com boa vontade,disponibilizarem aqui os seus grandes e valiosos conhecimentos sobre determinadas matérias, sabendo que o fazem não para quem sabe, mas eventualmente como ajuda aos menos conhecedores de muitos assuntos, onde me incluo,e que vão enriquecendo o conhecimento sobre o muito referido, e assuntos que por vezes, só aparentemente, comezinhos .Não o fazem para fazerem alarde ou vaidade da sua sabedoria, mas com o intuito de darem alguma coisa do que sabem e podem disponibilizar a quem pede ajuda ou informação e criticando ou corrigindo se for caso disso, obviamente.
Bem lá fui outra vez cair nos aspectos didácticos e pedagógicos que a Genealogia também oferece, quando não se resume apenas a datas, factos e árvores genealógicas despidas de toda a folhagem dos sentimentos, do carácter, do quotidiano , dos juizos de valor que por ventura e sem indiscrição ou prejuzo do bom nome, e de tudo o mais nos aspectos sociais, culturais e de riqueza ou pobreza, nobreza ou plebe, que se possa divulgar e escrever, como já aqui ,no Fórum,tenho lido e eu tenho cultivado aqui também, ressalvando o respeito que se deve ter para com a família e parentes e do que é íntimo, obviamente.
Talvez me repita e insista demasiadas vezes sobre o mesmo; quase obsessão, mas penso que seja deformação que ficou da actividade profissional , quer oficial ou particular, que exerci durante muitos anos de que me penitencio.
Espero não ter importunado muito. É uma troca de impressões consigo.
Achei interessante a família de Antão Vaz Cavaco estar ligada à família -FERREIRA - de Panoyas.
Um abraço
Rafael Carvalho
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RE:ANTÃO VAZ CAVACO
Caro Rafael Carvalho e confrades
Para já o meu reconhecimento à pessoa do prof. Rafael Carvalho pelo muito que tem dado em prol da genealogia. Ele fá-lo de uma maneira viva pondo o seu saber ao serviço do próximo, através de uma abordagem brilhante e até filosófica.
Assim a genealogia só tem a ganhar e jamais será despida de toda a folhagem dos sentimentos. Bem haja Rafael!
Até sempre,
Zé Maria
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RE:ANTÃO VAZ CAVACO
Caro Zé Maria
É uma apreciação exagerada a meu favor. São palavras de amigo e companheiro, nestas lides genealógicas, que tem apreciado a minha colaboração no Fórum.
Por isso agradeço-lhe muito, sobretudo, porque o tenho em elevada consideração .
Um abraço amigo.
Rafael
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RE:Recebedor da Bula da Cruzada
Caro Rafael
Sobre o COC não estará equivocado? Não quererá referir-se ao segundo citado?
Agradecia que me confirmasse.
Um abraço
Zé Maria
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RE:Recebedor da Bula da Cruzada
Caro Zé Maria
É um deles, mas agora só depois de consultá-los na TT é que poderei precisar.
Pode ser que, entretanto, alguém nos dê uma ajuda.
Outro abraço.
Rafael Carvalho
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caros confrades
Tenho deparado várias vezes com "piqueireiro" nos registos paroquiais.
Alguns dos confrades terá uma explicação para esta palavra.
Desde já o meu agradecimento
Zé Maria
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REm/tel.e e mails
Caro Zé Maria
Se aceder ao tópico -Belchior Afonso Guerreiro- poderá anotar o m/tel. e mails.
Bom fim de semana.
Rafael Carvalho
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RE: servo guião
Caro Amigo:
Sem ter a certeza, julgo que servo-guião, aplicado à igreja, era a pessoa que transportava o estandarte da "confraria" nas procissões.
Assim sendo, julgo encontrar aqui algum ponto de encontro com a sua questão, dado que, tal pessoa, era da absoluta confiança do Pároco e, portanto, não será de espantar que sirva de sua testemunha.
Cumprimentos.
Júlio Sousa.
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RE: Montes de Piedade
Caro Rafael Carvalho,
Achei interessante a sua mensagem.
Não conhecia os Montes de Piedade em Portugal, embora imagine que os Montepios deles descendam.
Mas curiosamente tenho encontrado nas minha deambulações por França "monts de piété". Talvez em especial no Norte: recordo-me de Arras, de Amiens, entre outros.
Um abraço
JLiberato
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RE: servo guião
Nessa inquirição "de genere", o padre em questão não era pároco, mas sim um individuo que ia ser ordenado padre.
Em todo o caso, a pista que me dá é provavelmente correcta. Por um documento já do século XIX, sei que o lugar de São João da Azenha (da freguesia de Sangalhos) tinha uma "confraria de São João Baptista".
Cumprimentos.
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
A todos os confrades
Por me parecer deveras importante para aqueles que se iniciam na genealogia, e que se deparam muitas vezes com dificuldades em compreender o significado de certa termologia que se usava antigamente,volto de novo a este tópico com algumas expressões, na iminência de que algum confrade a possa explicar a mim e ao Forum se for caso disso.
Porteiro do povo
Pessoa vaga
Filha da igreja
Piquereiro
Vedor
juiz dos orfãos
fabriqueiro
Homem de cavalo
Mouro
Homem pardo
Mulato livre
Contador dos findos
Rendeiro das meunças
Administrador do Rendeiro
Honrador
Pé de Altar.........etc.etc.
Grato pela vossa atenção.
Atenciosamente
Zé Maria
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
...Continuação
Juiz dos verdes
Comadre ( num baptizado )
Caminheiro
Correio na estrada
Estanqueiro
Freguês
Morador ( seria preciso morar num sítio para ser morador desse sitío? )
Professo (a)
Menino escravo
Morreu marfado
Ouvidor do Mestrado
Condenado à confraria das almas
Dirigio do Cabido
Ermitoso.........etc.etc.
Atenciosamente
Zé Maria
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Alguém me sabe dizer o que é um assistente no assôr?Eleny
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Cara Eleny,
Assistente no Assôr provavelente significa que era paroquiano na paróquia de (ou do) Assôr.
Não se trata de uma profissão mas sim de uma forma de identificar o local onde certa pessoa cumpria os seus deveres para com a igreja.
Por norma a pessoa habitava na paróquia onde assistia.
Cumprimentos,
Paulo
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Boa noite,
Gostaria de saber o que significa a profissão "Maioral de Gado"?
Melhores cumprimentos,
Beatriz Machado.
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Uma antepassada minha era empregada no governo do místico. O que significa?
Cumprimentos
Rita
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Cara Rita:
Era "empregada no governo doméstico", isto é, dona de casa.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Cara Beatriz Machado
Maioral de Gado era a pessoa que era responsável pel gado de uma fazenda, superentendia os pastores, moços de cavalariças e outros trabalhadores que trabalhavam com os animais.
Cumprimentos
M.Elisa
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RE: Outras Profissões ligadas à vida rural
Cara M. Elisa
Agradeço a sua resposta ao meu pedido.
Cumprimentos,
Beatriz Machado.
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro Rui:
Obrigada pela sua atenção. No assento que consultei parecia, a mim e a uma funcionária do arquivo, estar escrito claramente "do místico" e não "doméstico". Como não tenho a cópia terei de analisá-la novamente e comparar com outros assentos do mesmo livro.
Cumprimentos
Rita
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RE: profissoes ligadas ao mar
Grande parte da minha família é originária do Algarve, séc. XIX, e se a maioria tinha profissões ligadas ao meio rural, deparei-me com um "baleeiro".
Alguém sabe se se faria caça às baleias no Algarve, no final do séc. XIX?
Seria igualmente interessante explorar as actividades ligadas ao mar...
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Cara Rita:
Não tenha dúvida de que é "doméstico" - embora uma confirmação pela comparação com outros registos seja sempre um bom método de dissipar dúvidas. "Empregada no governo doméstico" era uma expressão comum para designar uma dona de casa. Outras eram "empregada no governo de sua casa" e "vida doméstica".
O que me surpreende neste caso é que a funcionária do arquivo não tenha identificado imediatamente uma expressão tão comum.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: profissoes ligadas ao mar
Caro/a
Julgo que não.
Mas os pescadores algarvios deslocavam-se muitas vezes para longe.
Ainda no passado século era vulgar irem pescar até ao Cabo Branco.
Mantinham também um largo contacto com as Ilhas quer comercialmente e muito provavelmente também se deslocariam para a pesca.
Cumprimentos
M.Elisa
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RE: Cirieiro
Caros confrades
Durante muito tempo cirieiro foi uma profissão misteriosa para mim, até que consultando salvo erro as Ordenações Filipinas onde também vinha regulamentada a profissão descobri que se tratava de um comerciante de panos finos,tais como sedas, borcados e outros.
cumprimentos
M.Elisa
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RE: Cirieiro
Cara M.Elisa:
Deve ter confundido "cirieiro" com algum outro nome, pois cirieiro é um fabricante ou vendedor de velas (círios).
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: não é Cirieiro mas sim sirgueiro
Caro Rui Pereira
Tem toda a razão.
Claro que cirieiro é o fabricante de velas.
O que queria escrever era sirgueiro, esse sim vendedor de tecidos finos.
Se consultarmos na TTon line encontram-se vários sirgueiros.
Muito obrigada pela correcção.
Cumprimentos
M.Elisa
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RE: Cirieiro
Cara M.Elisa,
muito me admira essa definição de cirieiro.
Estava convencido que era um fabricante/comerciante de círios (grande velas que se acendem nas igrejas). Recorrendo ao Google, também encontrei uma lista de profissões e sua tradução para inglês. E lá aparece: "cirieiro - chandler", o que confirma a minha anterior suposição.
Haverá erro da sua parte, ou são dois significados para a mesma palavra, ou são duas palavras diferentes com grafia parecida?
Cumprimentos,
Coelho
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RE: Cirieiro
Caro Coelho
Tem toda a razão.
Aliás já corrigi no post "sirgueiro e não cirieiro" que aqui transcrevo:
" Caro Rui Pereira
Tem toda a razão.
Claro que cirieiro é o fabricante de velas.
O que queria escrever era sirgueiro, esse sim vendedor de tecidos finos.
Se consultarmos na TTon line encontram-se vários sirgueiros."
Muito obrigada pela correcção.
Os meus cumprimentos
M.Elisa
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RE: profissoes (lavrador seareiro jornaleiro...)
Caro Rui
Agradeço novamente a sua disponibilidade. Quando tiver a certeza do que li digo-lhe algo mas penso que o senhor deve estar certo.
Cumprimentos
Rita
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RE: não é Cirieiro mas sim sirgueiro
Caro Rui,
Pode me ajudar ? Encontrei, num testamento de 1694, uma senhora deixando " a metade dos cos tihorheiros de val de amedo" para as filhas. O que seriam tihorheiros ? O padre tinha letra boa e os dois agás estão nítidos. Só o t me parece que ainda poderia ser um s. Lendo este tópico pensei na palavra sioreiro ( seareiros ). Mas ninguém ia deixar metade dos seareiros. O que será que essa senhora tinha em Val de Amedo ?
Cumprimentos,
Maria Alice
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RE: não é Cirieiro mas sim sirgueiro
Cara M.Elisa:
Muito obrigado pelo seu esclarecimento. E pela informação do significado de "sirgueiro".
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: não é Cirieiro mas sim sirgueiro
Cara Maria Alice:
Estive a ler com atenção o que escreveu e parece-me que a palavra que não consegue ler, e que integrará talvez a sílaba anterior que interpretou como "cos", será com grande probabilidade o nome de uma árvore. Talvez "castanheiros", ou "castinheiros" como também se escrevia, mas a palavra parece ter uma sílaba a mais.
Há tantas incertezas na leitura que certamente só com a imagem do texto terei possibilidade de ajudar mais. Tem possibilidade de digitalizar o documento em causa? Se tiver, pode enviar a imagem para o meu endereço (rmfrp@hotmail.com) que eu tentarei descobrir que misteriosa palavra é esta.
Pode ser importante indicar-nos a região de Portugal em que se situa o citado "Val de Amedo", pois há árovres características de certas regiões.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Cirieiro
Cara M.Elisa,
as minhas desculpas. Não me tinha apercebido que já tinha sido feita a correcção.
Cumprimentos,
Coelhos
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RE: Cirieiro
Bons Dias
Caros Confrades
Será que me poderiam dizer o que era um "facultativo"? Encontrei esta "profissão num padrinho de um antepassado do 3 quartel de 1800.
Cumprimentos
FS
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