Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
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Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caros Confrades
Alguém tem mais informações sobre a ascendência desta família (com parte de sangue cristão-novo) natural da Guarda?
Aqui vai o que tenho:
1.ESTEVÃO SOARES DE MENDONÇA (1/2xn), n.Guarda, Contratador do Tabaco, filho de ANTÓNIO PESTADA DE MENDONÇA (xv) e de D.GUIOMAR REBELLO (xn), n. da Guarda, c.c. D.GUIOMAR DE ANDRADE, n. da Guarda, filha de Duarte de Andrade e de D.Violante de Lemos. Filhos:
2.1.ANTÓNIO SOARES DE MENDONÇA, n.Guarda, preso pela Inquisição, Capitão-Mór de Penela da Beira, c.c. D.MARIA MENDES DE ABREU (xn), presa pela Inquisiçaõ, n.Penela da Beira, filha de Duarte Rodrigues Lopes (xn), n.Penela e de Ana Rodrigues (xn). Filhos:
3.1. ESTEVÃO SOARES DE MENDONÇA
3.2. DUARTE REBELLO DE MENDONÇA
3.3. ANTÓNIO SOARES DE MENDONÇA
2.2. D.MARIANA DE MENDONÇA c.c. Jõao Rodrigues de Abreu (irmão de sua cunhada Maria Mendes de Abreu).
Cumprimentos
JMSA
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro Primo:
Não serão dos mesmos Mendonças dos dos Bivares?
Em todo o caso tenho alguma urgência em falar consigo. E não tenho o seu tm.
Um abraço.
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA,
Não tem datas para os nomes que apresenta?
É a primeira vez que ouço falar de uma família Soares de Mendonça, o que tem imenso interesse para mim. O meu tetravô chamava-se Manuel Soares de Mendonça, filho de outro Manuel Soares de Mendonça e de Maria Inácia, e era natural ou de São José de Lisboa (de acordo com o registo de nascimento e casamento das filhas) ou da Sé de Braga (de acordo com o registo de casamento). Na família constaria a história de que seria filho de um "fidalgo" e de uma criada, e que foi enviado para um colégio interno em Lisboa, tendo a sua educação sido subsidiada pela família paterna, até que se empregou como fiscal do Governo e se mudou para Elvas, onde se casou e teve descendência.
Estes nomes dizem-lhe alguma coisa?
Melhores cumprimentos,
Filipe Prista Lucas
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro Confrade
É possível que sejam os mesmos e sei que alguns vieram para Lisboa assim como outros fugiram para Londres e Bayona das garras da Inquisição. Para ter a certeza terá que subir mais algumas gerações nas suas pesquisas porque estes de quem falo viveram em pleno sec.XVII, como referi.
Cumprimentos
JMSA
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caríssimo Primo Conde:
A que ligação Mendonça-Bivar te referes? Os do meu ramo, tanto quanto se sabe, são Mendonças dos Alcaides-móres de Mourão (com uma bastardia). A ligação com os "meus" Bivares vem do casamento de D. Joana de Albuquerque Mendonça e Silva com Gaspar Garcia de Bivar e posterior casamento da filha destes D. Ana Josefa com o primo direito Luís Garcia de Bivar, dois casamentos (o primeiro "in articulo mortis" do contraente) na fronteira do crime (!) já que os noivos tinham ambos mais 39 anos que as noivas (!!), tendo a segunda 12 anos à data do casamento e tendo sido mãe aos treze anos (!!!), enquanto a primeira teve os filhos todos ainda solteira. No livro do Bivar Guerra só encontrei outra ligação Mendonças-Bivares no ramo dele, no "aditamento ao segundo grupo", através do casamento Maria Malho de Bivar com Brás Alemão Cisneiros (FCA em 5/3/1565), em cuja descendência aparece o apelido Mendonça, sem se perceber porquê na resenha apresentada. Haverá outras ligações que eu desconheço?
Um abraço,
Tó
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA
Sobre os que indica, não tenho mais indicações, a não ser:
Francisca da Silva, nascida cerca de 1705, filha de Manuel Mendes Brandão, Advogado e de Ana da Silva, de Monsanto, moradora na Covilhã, casou com Estêvão Soares de Mendonça (não sei os pais e não sei se é o que refere) e foram pais de:
António Soares de Mendonça Brandão;
Cristóvão Manuel Brandão;
Maria Caetana.
Sobre os Mendes de Abreu:
Antónia de Amorim Pessoa e Gouveia, filha de Jorge Pessoa de Amorim e Carvalho e de Mariana de Gouveia Veloso Cabral, casou com Francisco Mendes de Abreu (não sei os Pais). Tiveram um filho Francisco batizado em Redinha em 15-08-1706.
Este Jorge Pessoa era irmão de Gaspar Pessoa de Eça e Amorim a que dão por filho Sancho Pessoa, mas que não é.
E é o que tenho
Um abraço
Manuel da Silva Rolão
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro Manuel Rolão
Tenho lido muito as mensagens deixadas por si neste forúm e penso que me poderá ajudar a encontrar algo mais sobre a minha familia.
Peço-lhe que veja o tópico "Familia Santiago, de Louriçal do Campo", lá terá o pouco que sei da familia do meu Pai.
O meu maior problema neste momento é não saber nada sobre os meus Bisavos e trisavos, sem ser os nomes.
Eu sei que no Louriçal havia uma familia muito importante com o apelido de Rolão Preto...
Desde já agradeço a sua atenção
Cumprimentos
Marco Santiago
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro Marco Santiago
Só não tenho nada mais concreto sobre os Santiago,apenas porque me falta consultar os registos que estão no ADCB.
Mas tenho algumas indicações. A mais antiga é a de Filipe Rodrigues Vaz Santiago, Capitão de Infantaria na Praça de Penamacor e na de Segura, padrinho em Castelo Novo em 1711, casado 1ª vez com Teresa Josefa de Figueirede e 2ª em Castelo Novo em 01-01-1728 com Beatriz de Sousa Refóios, viúva de Gaspar de Morais Sarmento. Não sei a descendência destes.
O padre António Fernandes Santiago, residente em Roma, era irmão de JOão Duarte Santiago, filhos de JOsé Fernandes Santiago e de Isabel Duarte Gil, naturais do Louriçal do Campo.
Não sei quando irei a Castelo Branco, mas é um assunto que tenho pendente.
Os Rolão Preto não são do Louriçal, mas sim da Soalheira. Do Louriçal são os Ramos Preto, que ainda não consegui ligar, embora tudo indique que sejam os mesmo Preto.
Conseguir saber o nome dos seus bisavós seria o passo mais importante.
Cordiais cumprimentos
Manuel da Silva Rolão.
Tem mais apelidos com origen no Louriçal?
Os Santiago do Louriçal ligaram-se tb aos Furtado de Mendonça de Alpedrinha.
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro Amigo e Confrade
É o mesmo. Já tinha a indicação que o Estevão Soares de Mendonça era casado com Francisca da Silva (desconhecia o nome dos Pais) mas esqueci-me de por este casamento no tópico
Quanto aos Mendes de Abreu fiquei curioso. Sabe se eles seriam de Penela, Ranhados ou Guarda? Se for o caso acho que estamos a falar dos mesmos.
Já agora aproveito para me meter na outra conversa sobre os Rolão Preto e Ramos Preto para lhe perguntar se tem noticia de uma família Vaz Preto da Guarda, concretamente de (Brigida?) Maria Vaz Preto que casou com João de Campos e era filha de (João?) Rodrigues Vaz Preto, natural da cidade da Guarda (antepassados entre outos dos Viscondes de Coriscada). Estou a escrever sem consultar os meus papeis e daí a duvida nos nomes.
Um abraço
JMSA
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro amigo e confrade
Estes Mendes de Abreu são Srs. da Quinta de Orão e as terras que lhes estão referenciadas são Alvaiázere, Vila de Anços e Redinha. São os mesmos do §110 dos Abreu de FG.
Quanto aos Vaz Preto, o único ramo que tenho é o do Gonçalo Vaz Preto, da Lousa e São Miguel D'Acha, ligado aos Tavares Proença.
Um abraço
Manuel da Silva Rolão
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro Manuel Rolão
Desde já lhe agradeço a informação que me prestou.
João Duarte Santiago é meu Trisavô. Maria Duarte Gil minha Trisavó.
Eu já sei os nomes dos meus Bisavos, não sei é mais nada para além disso.Nem sequer de onde são.
Veja aqui no forum o tópico que eu abri sobre a familia do meu Pai.O tópico têm o nome "FAMILIA SANTIAGO, DO LOURIÇAL DO CAMPO", lá têm o nome dos meus Trisavos e Bisavos.
Toda a informação que possa dar é extremamente bem vinda.
Os meus melhores cumprimentos
Marco Santiago
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro Tó:
Devo estar a fazer confusão. Aqui não tenho elementos e a cabeça é má conselheira...
Mas eu já vi aqueles Soares de Mendonça xn algures ligados a famílias estudadas pelo saudoso Bivar Guerra.
Onde?
Abraço.
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Mendonça - Idanha-a-Nova - Sec. XVIII
Caro Manuel da Silva Rolão,
Em primeiro lugar, remeto-lhe as minhas mais sinceras felicitações pela excelente obra que, entretanto, já tive oportunidade de adquirir.
Aproveito para perguntar se tem notícia de Mendonças em Proença-a-Nova?
Isto porque estou com alguma dificuldade em seguir o rasto desta minha gente:
- João Ribeiro, natural de Sobreira Formosa - Proença-a-Nova, filho de Domingos Mendes Gonçalves e de Catarina Ribeiro. Casou a 15.02.1827, em Sobreira Formosa, com Maria Cardoso, filha de João Cardoso e Maria Joaquina de Mendonça.
Ignoro a proveniência destes Mendonças, embora já tenha lido algures (de momento não sei precisar onde) que na zona existiu uma familía "Mendonça" que fez uso das armas dos "Furtado de Mendonça".
Também coloca à sua disposição, caso tenha interesse, a descendência por mim conhecida do casal Pedro Martins Barroso e Maria de Oliveira, do qual descendo.
Antecipadamente grato.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: Mendonça - Idanha-a-Nova - Sec. XVIII
Caro Luís Projecto Calhau
Em primeiro lugar agradeço as suas palavras.
Sobre os Mendonça de Proença a Nova, não tenho elementos que lhe possa indicar.
Realmente houve Furtados de Mendonça em Monsanto (em que um ramo seguiu apenas o apelido Mendonça) e Alpedrinha pelo menos desde fins do Sec XVI. Como se espalharam pela Beira Baixa, é natural que algum ramo tenha ido para Proença-a-Nova, mas não tenho elementos sobre isso. A não ser que tenham ido recentementa para Proença, mas dadas as datas, deve ser relativamente fácil (às vezes não é!) confirmar pelos registos.
Sobre os elementos que põe à minha disponibilidade da descendência de Pedro Martins Barroso e de Maria de Oliveira, agradeço. Se quizer, pode enviar para manuelrarrobanetcabopontopt ou colocar aqui.
Cumprimentos
Manuel da Silva Rolão
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA,
Há já muito tempo que não falamos ...
Recebi recentemente a copia do processo de Inquisição de meu antepassado José de Andrade, de Penela da Beira (falsamente acusado de Judaismo) onde vêm muitas referências a esses nossos familiares de Penela incluindo o seu antepassado Jeronimo Navarro, que era parente chegado dos Soares de Mendonça.
Deixo aqui a declaração que Manuel da Costa, filho de José de Andrade fez no dito processo onde vem descrito o carácter desses Soares de Mendonça. "Fraca" gente pelos vistos (infelizmente!) mas não temos culpa das faltas cometidas por nossos antepassados ... Se tiver interesse posso dar outras passagens onde várias pessoas de Penela e arredores testemunham o facto de Antonio Soares de Mendonça ter falsificado documentos para alcançar o cargo de capitão por exemplo ...
"Illustrissimo e Reverendissimo Senhores,
Manuel da Costa da vila de Penela se presenta a vossa senhora que nos carceres deste santo Oficio tem seu pai Jose de Andrade e seus irmãos Jose de Andrade e Ana Henriques e Miguel de Andrade soldado, sendo eles todos fieis cristãos e como tais se tratarão sempre, e não tendo raça alguma de infecta nação como podera constar por uma sentença do ilustrissimo prelado de Lamego que o dito Jose de Andrade seu irmão alcançou para effeito de se ordenar a qual não tem ainda em seu poder para com esta se apresentar e assim temendo o supplicante que o mesmo que aconteceu a seu pai e irmãos lhe venha a suceder a ele, irmãos e cunhados e parentes que tem, dá conta a vossa senhora em como havera cinco para seis anos a esta pte entre a sua familia e a de Antonio Soares capitão da dita vila e Jeronimo Navarro da mesma tem havido inimizades muito capitais desejando e pondo por obra estes dous homens por si e suas familias ao fazer todo mal que podiam ao dito Jose de Andrade e familia como se tem vistos muitas vezes sendo uma delas havera 4 anos em que todas estas familias supra ditas tiveram uma persencia? com Jose de Andrade e seus filhos sendo o motor o dito capitão, que sem duvida houvera muitas mortes se não fora a muita gente do povo que acodio por ser dentro da dita vila. Testemunhas João de Oliveira, Manuel da Cunha, Antonio Pires e Antonio Pinto da dita vila.
E assim mais no mesmo ano um filho do dito capitão por nome Duarte Rabello, vindo Jose de Andrade na Serra de Penela, se foi a ele com um clavina? e lhe deu com ela chamando-lhe juntamente muitos nomes afrontosos de que he testemunha Antonio Lopes da dita vila e não ouve outra por ser o caso em o referido deserto.
Tambem outra vez indo o Jose de Andrade irmão do suplicante por baixo do lugar de Alcarva termo de Penedono e topou o dito Duarte Rabello e sem mais rasoes se foi a ele e ele lhe deu com um pão lançando-o por terra de uma cavalcadura em que vinha afrontando ao depois de palavra e cortando-lhe os arreios da besta com uma faca. Testemunhas Antonio da Fonseca moço que ia com o dito Duarte Rabello assistente na dita vila de Penela e Domingos Nunes da quintã de Montinho termo de Penedono e estas duas poderão referir mais de que o supplicante não sabe e viera para acodir a dita pendencia.
Mais aconteceu que o dito capitão por gravissimo odio que tinha a Jose de Andrade e seus filhos tendo se estes ja desagravado da sua companhia e passado para a de Penedono por temerem os damnos que lhe poderia fazer sendo subditos do dito capitão a qual passagem fizeram por ordem do Sr General por conhecer o intralavel? odio do capitão, o qual vendo que deles se não podia vingar por si dali a algum tempo com familiares da sua casa sende um informe ao senhor General dizendo que os filhos do dito Jose de Andrade eram insolentes e muito desencaminhados pedindo lhe fizesse 2 sold.os o que não teve effeito porque o dito senhor se mandou informar pelo capitão mor de Trancoso e achando ser o informe falso mandou soltar um por nome Miguel que ja tinha mandado prender pelo informe que tinha inviado Antonio Soares. Testemunhas Manuel de Sequeira, capitão de auxiliares, Antonio Ferrreira Salgado, Domingos Amado e João Amado todos da dita vila de Penela e isto dira a maior parte do povo.
E assim vendo o dito capitão que por este dito caminho não satisfez a sua vontade dali a um ano pouco mais ou menos se foi antecipadamente fazendo muito amigo com o senhor general para com o seu poder fazer mal a esta gente como fez havera ano e meio, que conseguio uma ordem para um dos filhos por nome de Miguel de Andrade ser preso e ir listrar-se por soldado como he sem que então houvesse necessidade de gente pois se não fez outro algum. Testemunhas, Bras Ferreira, Jacinto Gomes, Jose da Costa da dita vila e todo o povo igualmente.
Tambem o dito capitão se valeu do superintendente das cavalarias desta comarca de Pinhel para que fizesse pagar um quarto de um cavalo ao dito Jose de Andrade havendo ele havia poucos anos entrado a pagar outro isto somente a fim de lhe estrolir? a casa. Testemunhas: Francisco Ferreira, Manuel Rodrigues do Forno, João Rodrigues Afonso e Jose da Silva, todos da dita vila de Penela.
Tambem um filho do dito capitão por nome Duarte Rabello teve outra pendencia com Miguel de Andrade soldado em que deu umas facadas na cara do dito soldado de que ficou bem assinalado ao qual caso se achou presente Ana Henriques sua irma e vendo ao irmão tão mal tratado descompos ao offensor de palavras mas ele se despicou dizendo que ela lho pagaria e as filhas de Jeronimo Navarro tambem fizeram o mesmo ameaço e Maria Mendes mae do offensor e isto aconteceu nas ruas de Penela este presente ano. Testemunhas: Maria da Fonseca e sua filha Maria, Maria Domingues e sua filha Maria e a maior parte do povo supra dito.
Da mesma sorte, Antonio Soares disse muitas vezes que havia de por o fogo a casa de Jose de Andrade e seus filhos dele. Antonio Soares e mulher e as filhas de Jeronimo Navarro e ele diziam haviam de desterrar a Jose de Andrade e toda a sua familia e que ao mais minimo parente seu havião de chegar com o mal que pudessem. Testemunhas Manuel João, sua mulher Leonarda da Fonseca, Jacinto Gomes e sua mulher Maria Rodrigues, Antonio da Fonseca e mulher, Manuel Ferreira e sua mulher todos da dita vila.
Todos esses sucessos e casos de inimizade tem acontecido entre essas familias não falando em outros muitos que aconteceram de que ha p.ca voz e fama sendo estas inimizades notorias e muito escandalosas não so em Penela mas em todas as partes circumvizinhas muito dos quais sucessos associava Jeronimo Navarro por ser a sua gente parente com a de Antonio Soares e socios nas mercancias em que tratavam, as quais inimizades são muito atendiveis para que todas as denuncias dadas por gente das ditas 2 familias contra a de Jose de Andrade ou qualquer parente seu fiquem menos juridicas como tambem se forem dadas por criados seus ou amigos que poderião por contemplação dele dar algumas denunciaçoes para melhor encobrir a sua malicia movendo os a isso com affagos davinas? ou ameaços por se achar com o poder do capitão e terem lhe medo como tambem por ser muito rico de dinheiros com os quais grangeava muitos amigos para se vingar de quem queria."
Um abraço,
JOAO BRAZ
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro João Braz,
É sempre com enorme interesse e prazer que recebo as suas mensagens.
Como tem passado?
Este documento que fez o favor de me enviar é interessantíssimo. Neste momento já podemos concluír que tanto o nosso antepassado Miguel Lopes (ou Lopez) como os seus dois genros, Jerónimo Navarro de Andrade e António Soares de Mendonça (não sei se o seu antepassado José de Abrunhoza também estaria íncluido, provalvelmente sim) eram em pleno sec.XVII os "senhores" de Penela da Beira. Repare como confiscaram todos os bens a Miguel Lopez, como sabemos, e na geração seguinte eles conseguem recuperar o poder e riqueza que tinham. Aliás, como já lhe tinha referido, o volume dos processos da Inquisição de todos eles, é bem ilucidativo do seu poder, pese embora todas as fraquezas humanas que eles como tantos, não são excepção.
Tudo o que descobrir sobre estes nossos antepassados me interessa imenso e muito lhe agradeço se me informar.
Outro assunto: Não tem mais nenhuma informação sobre a nossa antepassada Domingas de Lucena? Como sabe ela teve uma filha fora do casamento com Henrique Mendes de Abreu, que perfilhou e baptizou "na capela de sua casa". Esta família Lucena está muito bem estudada e tinha o maior interesse localizar esta Domingas. Quem seria o seu marido e que outros filhos teve? Sabemos que ela era natural e residente em Vila Fonte de Arcada e talvez não seja impossível localizá-la. O que acha?
Um grande abraço e até breve
JMSA
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA,
Lendo o processo de Inquisição de meu antepassado José de Andrade fiquei deveras surpreso com o facto desses cristão-novos terem tanto poder e influência em Penela pouco tempo depois de terem sido presos pela Inquisição. Ainda não tive a oportunidade de consultar o processo do nosso antepassado Miguel Lopes, ou o dos seus genros mas seria também interessante fazê-lo.
O engraçado é que eu descendo dessas 2 familias que tanto se odiaram em principios de 1700s!
Vou deixar aqui outras passagens do processo. Essas referem-se a testemunhos dadas por 3 pessoas de Penela sobre Jeronimo Navarro e Antonio Soares de Mendonça e como este ultimo falsificou documentos e testemunhas para alcançar o cargo de capitão em Penela. Muito interessante! Estou curioso em saber se o Antonio Soares de Mendonça terá sido de qualquer modo "castigado" por isso ...
TESTEMUNHO do capitão Manuel de Sequeira de Amaral, capitão de infantaria de auxiliares, natural do lugar de Granja de Penedono, e morador nesta vila de Penela há mais de 30 anos ... e disse ser de idade 61 anos pouco mais ou menos.
... e disse que conhece ao Reo Jose de Andrade, lavrador desde o tempo que assiste nesta vila de Penela pelo ver tratar e conversar e ser a vila pequena e todos se conhecem e disse que sabe ... que o reo teve duvidas e deferenças há tempo de sete para outo anos pouco mais ou menos com Hyeronimo Navarro x.n. desta vila de Penella disse que andaram as pancadas a vista delle testemunha aonde chamavam a fonte do casal o que nasceu do dito Hyeronimo Navarro passar por huma propriedade do reo para huma de Antonio Soares de Mendonça. Haverá tempo de sinco annos teve tambem o reo e seus filhos duvidas e deferenças com Antonio Soares de mendonça e seus filhos de modo que andaram todos as pancadas a vista delle testemunha no meio desta villa de Penela a qual acudiu tambem i dito Hyeronimo Navarro que deu na mesma ocasiam huma cutilhada a hum filho do reo chamado Manuel da COsta e acidui a maior parte da gente da villa de sorte que nao haveria mortes, o que tudo nasceu do dito Antonio Soares de Mendonça no mesmo dia ser dado panacadas em hu filho do reo chamado Miguel de Andrade com hum bastam e do dito tempo desta parte ficaram o dito Hyeronimo Navarro e sua mulhjer e filhas irmaos e cunhados e mais parentes e o dito Antonio Soares de Mendonça e todos seus filhos e mulher e toda a sua familia inimigos capitais declarados do reo e seus filhos e toda a sua casa de sorte que se andavam esperando huns aos outros pelos caminhos e onde quer que se encontravam andavam as pancadas e se discompanhavam de palavra he mais nao disse desta pergunta.
E perguntado pelo segundo artigo das contraditas do reo disse que sabe e he verdade que Antonio SOares de Mendonça e sua mulher e seus filhos e seus criados e todos os mais seus parentes sam todos inimigos capitais do reo porque ha tempo de sinco annos pouco mais ou menos pendencias o reo e seus filhos com o dito Antonio Soares de Mendonça e seus filhos no meio da dita vila andando as pancadas com espadas mangoais cajados e pedras a qual pendencia acudio tambem Hyeronimo Navarro e deu huma cutilada na cabeça em hum filho do reo chamado Manuel da COsta o qual Hyeronimo Navarro hera pela parte do dito Antonio Soares de Mendonça e seus filhos por serem todos parentes e vizinhos amigos e socios nos contratos e todos da mesma nação. As ditas pendencias acudiu elle testemunha com muita mais gente a parte talvez quando nao se matariam huns aos outros o que tudo nasceu do dito Antonio Soares de Mendonça ter dado pancadas a hum filho do reo chamdo Miguel de Andrade com hum bastam e deste tempo a esta parte nunca mais se tratarao huns com as outras antes ficaram todos inimigos declarados. E mias nao disse deste.
E perguntado pelo oitavo artigo disse que sabe e he verdade que o dito Antonio Soares de Mendonça x.n. induzio a Manuel Simão e a seu filho Manuel da Fonseca desta vila de Penela para que que jurassem que hum Antonio de Abrunhoza da dita vila abrira huma carta do Marques de Marialva que ele Senhor da dita villa q que haviram abrir pelo buraco de huma chave o que despois se averioguou por justiça e ... do mesmo Antonio de abrunhoza ser tudo falso o que tudo he publico e notorio na dita villa de Penella como tambem o he que o dito Antonio Soares de Mendonça he ? a induzir testemunhas falsas para os negocios que queria e para se vingar de quem lhe parecia e mais nao disse".
TESTEMUNHO de Francisco de Almeida e Sousa, homem nobre que vive de suas fazendas natural do lugar de Ocige termo de Alfandega da Fe e morador nesta vila de Penela ha sete annos pouco mais ou menos .. e disse ser de idade trinta e quatro annos pouco mais ou menos
E perguntado pelo oitavo artigo das contraditas do reo disse que sabe pelo ouvir dizer que ha tempo de outo ou nove annos pretendeo o cargo de capitao desta vila Antonio Soares de Mendonça x.n. o qual cargo pretendia tambem hum Antonio de Abrunhoza desta vila e para que este nao pudesse conseguir o dito cargo o dito Antonio Soares de Mendonça x.n. lhe arguio hum crime de abrir huma carta do Marques de Marialva senhor desta vila que vinha para a camara della e que para isso induziu testemunhas como foi a Manuel Simão desta vila e a seu filho Manuel da Fonseca e outros desta vila para que jurassem que viram por hum buraco de huma chave que o dito Antonio de Abrunhoza abrira a dita carta e com effeito as testemunhas assim o juraram e culparam falsamente ao dito Antonio de Abrunhoza como despois se verificou no seu juramento e com effeito elle testemunha sabe quem abriu a dita carta por lho dizer a mesma pessoa que a abriu e nao foi o dito Antonio de Abrunhoza e he publico e notorio nesta villa de Penella que o dito Antonio Soares de Mendonça induzira as ditas testemunhas para jurarem a sobredita falsidade. COmo tambem he publico e notorio que induzira testemunhas para jurarem falso para se vingar de outras pessoas como fez contra antonio João da Povoa e mais nao disse.
TESTEMUNHO de João de Oliveira, mestre sapateiro natural e morador da vila de Penella da Beira ... e disse ser de idade de trinta e tres annos pouco mais ou menos:
E perguntado pelo quinto artigo da contraditas do reo disse que sabe e he verdade que sendo elle testemunha official da camara da dita vila de Penela por servir o cargo de vereador no ano de 1721 ou 1722 segundo a sua lembrança em hu dia do mesmo anno o dito Antonio Soares de Mendonça x.n. chamou a elle testemunha a sua casa ondse ele foi e lá lhe disse que era falecido hum filho ou irmao do Marques de Marialva que he senhor da mesma vila e que era necessario escrever lhe a camara daquella vila huma carta de pesames e que elle a escreveria que assinasse em hum papel e mostrando lhe o dito Antonio Soares de Mendonça x.n. hum papel branco em que ja no fim delle estavam assinados alguns doz officiais da camara da dita villa no qual elle testemunha tambem assinou e depois foy publico e notorio na dita vila de Penela que o dito Antonio Soares de Mendonça x.n. fizera no dito papel assinado pelos oficiais da camara huma petiçam em nome delles para o General da Praça de Almeida para mandar prender os filhos do reo e com effeito o dito Antonio Soares de Mendonça falou com elle testemunha passado hum pouco de tempo despois que assinou no dito papel e lhe disse que aquele papel que ele testemunha assinara e os mais officiais da camara era para serem presos os filhos de Jose de Andrade e logo hum dos filhos do reo chamado Maiguel de Andrade foi preso por ordem do mesmo General e depois foi solto por ordem do mesmo e mais nao disse."
Um abraço,
JOAO
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA,
Infelizmente quanto aos nossos Lucenas, ainda não consegui nada de novo. Não tive realmente tempo de investigar esse ramo mas vai ser dificil por serem tempos remotos e não existirem fontes primárias para essa época.
Mas eram todos cristão-novos e muitos foram presos e por isso devem ter processos. Talvez consultando outros processos encontraremos dados novos. Há por exemplo o caso da Catarina Mendes de Abreu, de Penela, filha de Duarte Rodrigues Lopes ter casado com Manuel Mendes Nobre, outro cristão novo com processo de Inquisição mas este era natural de Trancoso. Talvez ainda eram primos e se possa encontrar ligaçoes no processo dele ...
Cumprimentos,
JOAO
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro João,
Mais uma vez muito obrigado pelas suas mensagens.
Apenas uma pequena correcção: Domingas de Lucena, no processo da Inquisição da filha, Maria Henriques de Lucena, nossa antepassada, aparece como cristã-velha. Quem era xn era o Henrique Mendes de Abreu.
A família Lucena já está muito desenvolvida aqui no Genea e não seria díficil entroncarmos a nossa antepassada Domingas se descobrissemos o nome dos pais dela. Pode ser que na TT haja mais alguma pista. Tenho andado um bocado por fora destas pesquisas mas em breve irei lá novamente. Logo que tenha notícias transmito-lhe logo.
Um abraço
JMSA
P.S.: Nas suas pesquisas encontrou mais algum Penha/Almeida Penha?
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA,
Almeida Penhas so conheço os seus da Foz Côa/Cedovim ... nunca vi esse apelido noutros paroquiais .. até hoje.
Cumprimentos,
JOAO
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA,
Mais uma informação. Acabei de ver na ultima obra do Nuno Borrego (Habilitaçoes nas Ordens Militares-Ordem de Cristo) que Antonio Soares de Mendonça Brandão, filho de Estêvão Soares de Mendonça (nosso conhecido de Penela) e de sua mulher Francisca da Silva, teve habilitação para a Ordem de Cristo a 6.2.1775 (m.35, numero 4).
Isto é deveras surpreedente pois os Soares de Mendonça eram cristãos-novos e eu não sabia que cristãos-novos podiam ser habilitados para a Ordem de Cristo!!!
Se tiver a oportunidade de ir a Torre do Tombo, penso que seria bom consultar essa habilitação que são sempre ricas em dados genealogicos!
Um abraço,
JOAO
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro João,
Já tenho a última obra do Nuno Borrego e já tinha conhecimento da habilitação do nosso parente Soares de Mendonça. O facto das suas raízes xn não serem á partida compatíveis com a Ordem, como tudo na vida há excepções e creio que o poder que tanto ele como a sua família tiveram na época contribuiram para ajudar a "fechar" os olhos a alguns. Não são com toda a certeza os únicos exemplos e outros haverá!!!
Já agora aproveito para lhe pedir ajuda para o seguinte: Estes Soares de Mendonça já estão aqui no Genea mas um bocado desarrumados. Acho que há casos que estão mesmo repetidos e com pais e filhos que não estão ligados. Peço-lhe o favor de me dizer o que está mal colocado, caso saiba.
Um abraço
JMSA
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA,
Sim há repetiçoes. E penso que alguns erros também. Por exemplo, o marido da nossa familiar Ana Henriques de Saldanha (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=295684) aparece no Genea como Antonio Soares de Mendonça. Mas ele chamava-se Estêvão Soares de Mendonça e não Antonio. Poderá ser o mesmo Estêvão Soares de Mendonça casado com Guiomar de Andrade.
Um abraço,
JOAO
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA,
So para lhe dizer que investigando os paroquiais de Povoa de Penela, encontrei essa nossa gente a servir de padrinhos de baptismo.
Jeronimo de Navarro e Antonio filho de Antonio Soares de Mendonça aparecem como padrinhos de baptismo a 13.8.1719 na Povoa, de Maria filha de Manuel de Sousa e Francisca Machada CIGANOS!!!!
Interessante não? Terá o termo "Cigano" o mesmo sentido em 1719 do que hoje?
Um abraço,
JOAO BRAZ
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro João Braz,
Muito obrigado pela sua mensagem. Penso ,salvo melhor opinião, que seriam realmente ciganos. Nesta época não havia qualquer dúvida em classificar as raças e com excepção da branca, classificava-se imediatamente. Veja-se o exemplo xxnn, dos negros, etc...
Um abraço
JMSA
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA,
Como tem passado?
Tinha me dito que o processo da Inquisição de nossa antepassada Maria Henriques de Lucena indica que ela era prima de Leonor Nunes de Saldanha casada com Antonio Rebello, moradores na Coriscada (Marialva). Ora a TT-online diz-nos que Beatriz de Saldanha, filha de Antonio Rebello e Leonor Nunes de Saldanha tem processo de Inquisição, tendo sido presa em 1665 (veja: http://ttonline.iantt.pt/dserve.exe?dsqServer=calm6&dsqIni=Dserve.ini&dsqApp=Archive&dsqCmd=show.tcl&dsqDb=Catalog&dsqPos=28&dsqSearch=((text)='trovoes')
Com sorte nesse processo, virá referido o parentesco entre essa Beatriz de Saldanha e a nossa Maria Henriques de Lucena.
Se tiver a oportunidade de ir à Torre do Tombo, seria bom dar uma vista de olhos a esse processo.
E por hoje nada mais.
Um abraço,
JOAO BRAZ
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro João Braz,
Tenho sempre muito gosto em receber notícias suas.
Não tenho tido últimamente oportunidade de ir á T.T. mas logo que possa não me esquecerei do seu pedido.
Um abraço
JMSA
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA,
Sim eu penso que será uma boa pista para a investigação desse nosso beco sem saida ...
Um abraço,
JOAO BRAZ
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Navarros de Andrade
Caro JMSA,
Estive a consultar o site da TT on-line e encontrei essas referências sobre uma antepassada sua. Talvez até já as tenha mas se não tiver, aqui fica.
PT-TT-JIM/JJU/2/111/8
Título Autos de habilitação de Brizida Maria de Andrade, casada com Dâmaso José Nunes da Silva, filha de Francisco de Almeida Campos e Andrade e de Ana Maria de Almeida, natural de Cedonim, Vila Nova de Foscoa.
Datas 1818
Fundo Geral, letra D , mç. 484
Feitos Findos, Juízo da Índia e Mina, Justificações Ultramarinas, Brasil, mç. 111, n.º 8
A habilitante pretende receber um legado deixado pelo seu parente Duarte Rodrigues de Andrade, filho de Tomás Rodrigues de Andrade e de Maria Rodrigues de Sequeira, natural de Lisboa, falecido em Olinda, Pernambuco em 1685; Escrivão Bento Geraldino da Silva Valadares.
PT-TT-JIM/JJU/2/111/3
Requerimento de Brizida Luisa de Andrade, casada com Dâmaso José Nunes, filha de Francisco de Campos e Andrade, natural de Freixo de Numão, Vila Nova de Foscoa.
Datas 1816
Fundo Geral, letra B, mç. 442
Feitos Findos, Juízo da Índia e Mina, Justificações Ultramarinas, Brasil, mç. 111, n.º 3
A requerente pretende receber um legado dotal deixado pelo seu parente Duarte Rodrigues de Andrade, falecido em Pernambuco.
Parece que a sua antepassada Brizida Maria de Andrade casou de segunda vez! Mais um documento a ver numa proxima visita à TT!
Um abraço,
JOAO BRAZ
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RE: Navarros de Andrade
Caro João Braz,
Efectivamente já tinha conhecimento deste auto de habilitação mas ainda não consegui descobrir o parentesco com o defunto. Pela quantidade de habitações de herdeiros que existem na TT on-line, parece que seria uma enorme fortuna!
Mais uma vez lhe agradeço o seu interesse.
Um abraço
JMSA
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro Sr. JMSA
Boa noite,
Tenho algumas anotações sobre a ascendência de FRANCISCA DA SILVA, esposa de Estevão Soares de Mendonça (Processo nº 8248, 1728). É assim:
I – MANUEL FERNANDES e Guiomar Nunes são os pais de:
II a – ALVARO FERNANDES, que é o avô paterno do Dr. António Nunes Ribeiro Sanches.
II b – VIOLANTE RODRIGUES que de Marcos Mendes Caxixo, teve:
III – MANUEL MENDES BRANDÃO (*1676), advogado na Covilhã (Processo nº 6643, 1707, condenado em 6 de novembro de 1707) e Ana da Silva (* 1665, ela era mais velha que o marido, condenada em 9 de julho de 1713), filha do médico cristão-novo Matias Mendes Seixas – estes Mendes Seixas são ancestrais da elite judaica americana (v. Malcolm H. Stern, “First American Jewish Families; 600 genealogies (1654-1988)”. Baltimore: Ottenheimer, 1991). Manuel e Ana são os pais de:
IV – FRANCISCA DA SILVA, “condenada a cárcere e hábito perpétuo em 25 de julho de 1728”, que do mercador Estevão Soares de Mendonça (Processo nº 8248, 1728), teve três filhos:
a) ANTÓNIO SOARES DE MENDONÇA BRANDÃO (*1726). Saiu em auto-de-fé em 16 de outubro de 1746. Este António Soares de Mendonça Brandão foi agraciado com o Hábito de Cristo. Para comemorar a entrada do primeiro penitenciado em tal honraria os intolerantes da época fizeram uns versinhos para mimoseá-lo:
“Valei-nos, ó meu Jesus Cristo
Valei-nos, ó Cristo Jesus!
Pois pregaram a Cruz de Cristo
Em quem pregou Cristo na Cruz.”
b) CRISTOVAO MANUEL BRANDÃO (*1726), estudante em Roma.
c) MARIA CAETANA DE MENDONÇA (*1732), condenada em 24 de setembro de 1752.
Cumprimentos,
Paulo Valadares
prsvaladares arroba terra.com.br
Cx. Postal nº 1025
Campinas, S.P. Brasil
13012-970
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro Confrade Paulo Valadares,
Muito obrigado por estas informações que me dá e que para mim eram em parte desconhecidas.
Quanto a António Nunes Ribeiro Sanches, sabemos que era filho de Simão Nunes Flamengo e de Ana Nunes Ribeiro. Neto paterno de Álvaro Fernandes e de Violante Rodrigues (informação dada por si) e neto materno de Manuel Henriques de Lucena e de Maria Nunes (é o que consta aqui no Geneall). Sabe mais alguma informação sobre o Avô materno, Manuel Henriques de Lucena?
Curiosamente, sou descendente de uma Maria Henriques de Lucena (tb. ela xn e prima dos Soares de Mendonça que aqui tratamos) e é bem possível que sejam da mesma família.
Muito lhe agradeço a sua ajuda.
Melhores cumprimentos
JMSA
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA
Bom dia,
Tenho muito pouco sobre os Lucenas.
Segundo o grande Bivar Guerra, o MANUEL HENRIQUES DE LUCENA, era filho de Diogo Gomes Henriques e Isabel Henriques.
Encontrei alguns deles, desentroncados, mas deste ramo, deduzo pelas relações de amizade, nos Estados Unidos, onde são dirigentes da comunidade judaica local na época.
Cumprimentos,
Paulo Valadares
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro Paulo Valadares,
Muito obrigado pela sua mensagem. Se descobrir alguma informação nova peço-lhe o favor de me transmitir.
Cumprimentos
JMSA
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro primo JMSA,
Tenho algumas novidades sobre esses nossos xn de Penela. Recebi a copia do processo de Beatriz de Saldanha, filha de Antonio Rebelo e Leonor Nunes de Saldanha (prima da nossa Maria Henriques de Lucena).
O processo diz então que Beatriz de Saldanha, natural da Corriscada, Marialva, tinha 17 anos em 1665, foi baptizada em Trevoes sendo padrinhos Fernão de Alves de Seixas e Isabel Cayada de Almeida, xv.
A- Era filha de Antonio Rebelo, natural da Guarda, xn, Capitão de Auxiliares na praça de Almeida, Vivia de Sua Fazenda, e de sua mulher Leonor Nunes de Saldanha, xn, natural da Corriscada, Marialva
B- era neta paterna de Pedro Rebelo, de Trevoes e de Brites Mendes, da Guarda. Essa Brites Mendes teve 3 irmãs (1-Simoa Mendes cc Fernão Alves de Castro, xn, homem de negocio; 2-Martha Mendes moradora na Guarda cc Diogo da Pinha Furtado xn tratande preso no Santo Oficioe; 3-Isabel Luis, falecida com 13 anos) eram todas filhas de Heitor Mendes Rebelo, de Trevoes e de Violante Lopes, da Guarda, neta paterna de Diogo Rodrigues e Brites Mendes Rebelo, neta materna de Francisco Jorge xn, médico morador no Fundão e sua mulher Isabel Luis, xn, nat da Guarda
C- era neta materna de Antonio Mendes Saldanha, da Corriscada, Marialva, xn vivia de sua fazenda, e de sua mulher Brites Gonçalves, xn, da Guarda.
D- O processo diz que Maria Henriques xn de Penela era prima bastarda de Beatriz de Saldanha e noutra página que era tia segunda dela, portanto irmã de Antonio Mendes Saldanha?
E- tios paternos de Beatriz de Saldanha:
1-Mariana de Rebelo, 40 anos em 1664 xn solteira;
2- Heitor Mendes (ou Furtado Rebelo), xn advogado, 32 anos em 1665, cc Isabel Luis, de 30 anos em 1664, filha de Henrique Mendes Neto, da Guarda vivia de sua fazenda, e de Joana Henriques. Ora, o JMSA tinha me dito que o nosso antepassado Henrique Mendes de Abreu tinha uma filha Isabel Luis cc Heitor Mendes Rebelo, advogado. Sendo assim Henrique Mendes de Abreu e Henrique Mendes Neto são a mesma pessoa. Sabemos agora que ele era casado com Joana Henriques. No processo de Simoa Mendes, a Joana Henriques aparece como filha de Luis Gonçalves, xn vendeiro e de sua mulher Joana Lopes, ambos naturais da Guarda, neta materna de Francisco Jorge e Isabel Luis, já acima referidos.
Boa nova: A Isabel Luis filha de Henrique Mendes Neto e Joana Henriques tem processo de Inquisição IC #9041. Se o JMSA tivesse a possibilidade de ir ã TT consultar esse processo, de certo encontraremos a ascendência desse nosso antepassado, e provavelmente dados sobre a Domingas de Lucena com quem ele teve a filha bastarda Maria Henriques de Lucena portanto meia-irmã da Isabel Luis.
3-Guiomar Nunes, 35 anos em 1664, xn, solteira
4- Isabel Luis, 30 anos em 1664 solteira
5- Duarte Rebelo, xn estudante na Universidade de Coimbra, 22 anos em 1664
No processo de Simoa Mendes (que está on-line na TT) vem também que o pai dela Heitor Mendes Rebelo (cc com Violante Lopes) tinha uma irmã Simoa Mendes cc Jorge Rodrigues Dias, pais de Maria Mendes, viuva de Estêvão Rebelo, parte de xn, vivia de suas fazendas. Esses ultimos foram os pais de Guiomar de Rebelo Nunes cc Antonio Pestana de Mendonça, pais esses de Estêvão Soares de Mendonça (nosso conhecido) casado de seguna vez com Ana Henriques de Saldanha, filha dos nossos antepassados Miguel Lopes e Maria Henriques de Lucena.
Eram todos uma grande familia esses xn!!!!
Aguardo os seus comentários,
Um abraço,
JOAO BRAZ
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro Joao Braz,
Muito obrigado pela sua mensagem. Devo confessar que fiquei um bocado "baralhado" com toda esta informaçao. Vou fazer uma arvore e em breve lhe darei noticias.
Um abraço
JMSA
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro JMSA,
Ainda anda baralhado com os dados que lhe mandei? ;-) ... Nunca mais me disse nada. Posso explicar melhor se quiser.
Um abraço,
JOAO
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Caro primo JMSA,
Começo por desejar-lhe um optimo ano novo e que 2012 lhe traga apenas boas coisas, a todos os niveis!
Andei esses ultimos meses a ler todos os processos de Inquisição dos nossos antepassados cristãos-novos de Penela e arredores (são muitos!), assim como o da Beatriz de Saldanha, da Corriscada (filha de Antonio Rebelo e de sua Leonor Nunes de Saldanha, prima da nossa Maria Henriques de Lucena) e o de Isabel Luis (tia daquela Beatriz de Saldanha) casada com Heitor Rebelo, de Trevoes. Ora tudo indica que o nosso antepassado Henrique Mendes de Abreu, pai da nossa Maria Henriques de Lucena é o Henriques Mendes, pai daquela Isabel Luis (como também o diz a Maria Henriques de Lucena no seu processo). Mas esse Henrique Mendes, que era natural da Guarda, aparece muitas vezes como "Henrique Mendes Neto" mas nunca o vi nos diferentes documentos que li (incluindo o processo da Maria Henriques) como Henrique Mendes de Abreu. A minha pergunta é a seguinte: de onde vem esse nome? O JMSA notou onde viu esse nome composto pela primeira vez?
Consegui reconstituir a ascendencia desse Henrique Mendes Neto até a 4a geração (que pelos varios testemunhos que li, se tratava sempre a lei da Nobreza) e nunca vi o Abreu! Vejo o "Saldanha" que foi usado por uma filha da Maria Henriques de Lucena (o que indica claramente um parentesco com essa gente da Corriscada) e curiosamente vejo tambem o Abreu na familia do Miguel Lopes mas não da mulher.
Eu tenho agora a certeza que aquele Henrique Mendes (Neto) é o nosso Henrique Mendes de Abreu. Bem eu diria que é de 99%, mas apenas pelo facto da Isabel Luis, meia-irmã da Maria Henriques de Lucena, dizer no processo dela que não tem nem irmãos nem irmãs. Mas a genealogia dela tambem tem muitos buracos pois ela também omite alguns tios e tias, primos e primas assim como o facto do pai dela ter casado 2 vezes (ela era filha do segundo casamento) e ter tido uma filha do primeiro casamento. Tendo ela nascido depois da nossa Maria Henriques de Lucena, poderá ter a Isabel Luis esquecido essa meia irmã que era dos lados de Fonte Arcada e não teria sido criada na casa do pai? Muito provável ...
Aguardo os seus comentários.
Com amizade,
JOAO BRAZ
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RE: Henrique Mendes de Abreu ou Neto
Caro João Braz,
Antes de mais muito lhe agradeço os votos de Bom Ano Novo que igualmente retribuo desejando que o passe com muita saúde.
É sempre com imenso gosto que recebo as suas mensagens invariávelmente acompanhadas de novas e interessantes informações. Quanto ao nosso Henrique Mendes de Abreu acho que estamos a falar do mesmo porque lembro-me também de o ver referido como Henrique Mendes Neto. Neste momento não sei exactamente onde o vi referido com o apelido Mendes de Abreu ainda por cima porque já passaram alguns anos e infelizmente não tenho a minha papelada sobre genealogias tão organizada como gostaria. Claro que também temos que por sempre a hipótese de alguém se ter referido a ele por Mendes de Abreu e se ter enganado.
Há um segundo facto que gostava de salientar: Não tenho a certeza se este Henrique terá casado com a Domingas de Lucena. Que tiveram ambos a filha Maria, disso não há duvída. Tenho uma vaga recordação de ver em algum processo que ela era "senhora casada", mas não posso garantir. Para além disso ela era cristã-velha e ele parte cristão-novo.
Tenho imenso interesse em saber a ascendência dele. Devo confessar que quanto a este ramo ainda estou um bocado confuso na forma onde entroncam os Saldanha e outros. Valia a pena actualizar este ramo aqui no Geneall.
Grande abraço e até breve.
JMSA
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RE: Soares de Mendonça - Guarda - sec.XVII
Olá, Manuel Rolão, muito boa noite
Vi este tópico e fui rever as várias mensagens, como faço sempre que posso, pois aparecem sempre dados novos.
Acontece que a Ana da Silva a que se refere, casada com Manuel Mendes Brandão, não era de Monsanto mas sim da Guarda. Pertencem às minhas gentes.
Aqui lhes ficam as datas dos respectivos baptismos:
Manuel Mendes Brandão baptizado em 11.02.1666 em S.Salvador, de Monsanto;filho de Marcos Mendes e Violante Rodrigues.
Ana da Silva baptizada em 09.09.1667 em S.Vicente, da Guarda, filha de Matias Mendes Seixas e Beatriz Mendes Fróis.
Desejo-lhe um excelente 2012 (apesar dos prognósticos super negativos dos políticos!!!) sobretudo ao nível de saúde e de bons achados genealógicos.
Um beijo
Maria
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RE: Henrique Mendes de Abreu ou Neto
Caro JMSA,
Sim tem razão. O Henriques Mendes de Abreu (que a partir de agora vou referir como Henrique Mendes Neto por ser esse o nome com o qual mais se documenta) não casou com Domingas de Lucena, de quem teve a nossa Maria.
Ele casou de primeira vez com sua prima co-irmã Leonor Nunes, filha de seu tio paterno Simão Nunes e de sua mulher Violante Rodrigues. Desse primeiro casamento teve uma filha, Isabel, que no ano de 1626 tinha 3 anos pouco mais ou menos. Henrique Mendes Neto casou de segunda vez com Joana Henriques, da Guarda, filha de Luís Gonçalves e de Joana Lopes, todos da Guarda. Do segundo casamento, teve a nossa conhecida Isabel Luís (também aparece como Isabel Luís de Rebelo ou ainda Isabel Luís Henriques), nascida c.1635, casada com seu primo o Dr. Heitor Mendes (ou Heitor Furtado Rebelo), advogado (Bacharel em leis), xn de Trevoes, que em 1665 tinha 32 anos pouco mais ou menos, filho de Pedro de Rebelo Furtado e de sua mulher Brites Mendes (essa Brites Mendes era prima co-irmã de Joana Henriques, segunda mulher de Henrique Mendes Neto), ambos de Trevoes, todos xn.
Infelizmente não existe processo para o nosso Henrique Mendes Neto, o que é curioso tendo em conta que ambas as suas irmãs assim como o pai foram presos pela Inquisição em 1626. Terá esse processo desaparecido? Tudo o que encontrei sobre Henrique Mendes Neto provém desses processos e dos processos dos vários primos também presos. Henrique Mendes Neto é referido nos vários processos como cristão-novo, rendeiro, prebendeiro na cidade de Coimbra (não sei o que é prebendeiro). Uma testemunha no processo do seu pai refere ainda que Henrique Mendes Neto, e seu meio-irmão Alonso Reinoso (filho do segundo casamento do pai) "serviram cada um seu ano, sendo solteiros, de mordomos da confraria do Santissimo Sacramento do lugar da Coriscada".
Henrique Mendes Neto era irmão inteiro de Brites Gonçalcalves, "a banqueira" (casada com seu primo co-irmão António Mendes Saldanha ou Mendes Lamego ou ainda Mendes Neto, filho de sua tia materna Leonor Nunes e de seu marido Sebastião Neto Mendes) e irmão de Leonor Henriques (casada com seu primo co-irmão Henrique Mendes Caldes, filho de seu tio materno António Mendes e de sua mulher Isabel Mendes Caldes). Eram todos filhos de Diogo Nunes Neto, natural de Santa Marinha e de sua primeira mulher Isabel Luís, da Guarda.
Aconselho-o a ler o processo desse Diogo Nunes Neto (está online na DGARQ e é bem gordinho). Mas vou deixar aqui alguns dos mais interessantes elementos biográficos que encontrei. Diogo Nunes Neto terá nascido c.1555 pois na parte genealogia do seu processo diz que tinha 74 anos pouco mais ou menos em 1629. Diz que não é xn inteiro por quanto seu avô materno diziam ser 1/2 xv, natural de Pinhel, onde esteve até a idade de 7 ou 8 anos e que se foi para a vila de Santa Marinha. De presente (1629) é morador na Guarda. Diogo Nunes Neto era filho de Miguel Nunes e de Leonor Henriques. Neto paterno de Diogo Nunes e Violante Vaz, moradores na vila de Seia. Neto materno de Sebastião Neto da Silva, castelhano e de Branca Mendes, moradores em Pinhel, todos já falecidos há muitos anos.
Diogo Nunes Neto nunca confessou as suas culpas e sempre disse ser bom cristão. Para a sua defesa, apresentou um grande número de testemunhas e todas confirmaram o que ele dizia. Diogo Nunes Neto foi eleito irmão dos Nobres da Santa Casa da Misericórdia da Guarda, foi também juiz da confraria do Benaventurado de S.Vicent da Guarda (~1620). Era "homem rico, tinha grossos tratos e fazendas, e sempre se tratou à lei da Nobreza andando de contino, sonatamente vestido e decente". No processo aparece a cópia de um instrumento de "aggravos" que ele réu tirou para efeito de ser tido e havido por homem nobre, como era por seus pais e avós.
Esse instrumento parece estava em poder de Antonio de Carvalho do Valle. Nesse instrumento, Sebastião de Sousa Melo, FCR, uma das testemunhas da defesa, diz que ouviu dizer que o réu tivera um primo por nome Frei António de Sea, Bispo eleito de Angra, na Ilha do Funchal.
Outro testemunha (Jerónimo Teixeira, juiz dos Orfãos da Guarda) diz que Diogo Nunes Neto e seu irmão Simão Nunes sempre se trataram à lei da Nobreza, com cavalgaduras de sela, moços e moças escravos como hoje ainda se tratam e que é verdade que casaram nesta cidade com mulheres nobres de filhas de cidadãos do Porto e desta cidade e em todas as partes são tidos e havidos por nobres e como esses se tratavam e é verdade que são muito ricos de bens de raizes e muitos gados e que governam por seus feitores e majorais pastores.
Outra testemunha (luís de Figueiredo) diz que é verdade que Diogo Nunes Neto casou com uma neta de Luís Gonçalves que foi cidadão desta cidade e nela serviu os cargos honrados da governança.
Dizem outras testemunhas que tanto seus pais como avós sempre se trataram à lei da Nobreza.
Diogo Nunes Neto teve 6 irmãos e 2 irmãs, entre os quais encontramos o Frei Luís Henriques, frade professo e pregador na Ordem e Religião de N. Senhora do Carmo em castela e foi prior do COnvento de Alcalá de Henares (Espanha) e lá faleceu.
Diogo Nunes Neto teve também 5 tios paternos e 1 tia paterna, entre os quais encontramos Frei António de Sea, que foi "Abade do Mosteiro de S.Bento de Valhadolid e de outros e depois foi Geral da Ordem e Bispo de Lerida no Reino da Catalunha, que está enterrado na capela de N.Senhora de Monsarrate com Bago e Mitra onde se enterram os abades da dita casa".
Diogo Nunes Neto teve também um primo (filho de seu tio paterno Luís Nunes) chamado também Frei António de Sea, que foi Frade da Ordem dos Cartuxos, depois eleito Bispo da Ilha da Madeira (outras testemunhas dizem-no Bispo eleito de Angra na Ilha do Funchal), e neste estado morreu no ano de 1608 ou 1609, e está enterrado em Madrid na casa dos Frades Cartuxos.
Parece claro que esse nosso antepassado Diogo Nunes Neto tentou provar com esses parentescos eclesiásticos todos que ele era bom cristão!
Encontrei um facto interessante no processo de um sobrinho de Diogo Nunes Neto, chamado Manuel Mendes Neto, filho de Sebastião Neto Mendes e de Leonor Nunes (irmã de Diogo Nunes Neto). Esse Manuel também sempre disse que era verdadeiro cristão e católico,e tal como o tio dizia que sempre viveu à lei da Nobreza e apresentou para a sua defesa um grande número de testemunhas. Nesse processo, Manuel Mendes Neto diz que o seu 4o avô chamado Mestre António "foi cavaleiro de Ronces Valhes (?) e se tornou cristão antes da conversão da gente da nação, e foi uma das pessoas que mais trabalharam na conversão dos judeos que vieram a este reino e se converteram muitos à fée pela qual razão a Sanctidade de Paulo III lhe concedeu em bula grandes Graças para ele e seus descendentes da qual constara o fervor do dito seu avô e serviços feitos a Deus e a sua Igreja Catholica" ... " e por essa Bula [que estava em poder do réu Manuel Mendes] ficaram o dito mestre António e seus descendentes por habilitados e que não podessem ser panificados pela Sta Inquisição".
No processo vem a cópia dessa Bula. Infelizmente a Bula está escrita em Latim mas como eu nunca aprendi latim não sei o que lá vem. Mas parece-me a mim que vêm lá dados genealógicos sobre a família desse mestre! Se o JMSA entender latim, posso madar por email essa bula!
Bem por hoje, fico aqui, que já vai essa mensagem bem longa! Mas amanhã mando mais dados sobre a família materna do nosso Henrique Mendes Neto!
Abraço,
JOAO BRAZ
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RE: Henrique Mendes de Abreu ou Neto
Meu caro João Braz,
Tanta informação tem que ser bem digerida!!!
Tentei criar a árvore do nosso antepassado mas não tenho a certeza de estar correcta. De qualquer maneira aqui vai pedindo-lhe o favor de me corrigir:
Henrique Mendes Neto (ou de Abreu, vou procurar onde vi assim)
Pai: Diogo Nunes Neto
* Santa Marinha c.1555
Mãe: Isabel Luís
* Guarda
1ª mulher: Leonor Nunes (filha de Simão Nunes e Violante Rodrigues)
2ª mulher: Joana Henriques (filha de Luís Gonçalves e Joana Lopes)
Avô paterno: Miguel Nunes (filho de Diogo Nunes e de Violante Vaz)
Avó paterna: Leonor Henriques (filha de Sebastião Neto da Silva e de Branca Mendes)
Irmã: Brites Gonçalves "A banqueira" c.c. António Mendes Saldanha
Para já fico por aqui até me dizer se está correcto.
Aproveito para lhe perguntar se estas entradas estão correctas:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=295683
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=317331
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=621455
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=536319
Parece-me que há aqui alguns que são o mesmo, não acha?
Muito obrigado
Abraço
JMSA
Muito obrigado
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RE: Henrique Mendes de Abreu ou Neto
Caro JMSA,
Sim está tudo bem quanto à ascendência do Henrique Mendes Neto. Apenas que ele teve outra irmã, Leonor Henriques c.c. António Mendes Caldes
Quanto aos Soares de Mendonça:
o António Soares de Mendonça
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=317331
é o mesmo que
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=621455
Há um erro no António Soares de Mendonça:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=295683
ele chamava-se Estêvão e não António. Assim aparece com esse nome no assento de casamento e no registo de baptismo da filha Guiomar. Esse Estêvão é o mesmo que :
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=316649
casado de segunda vez em Penela a 10.11.1701 com Ana Henriques de Saldanha, irmã da nossa Maria Henriques de Lucena.
Noutra mensagem vou mandar agora os dados relativos à família materna do Henrique Mendes Neto, através da qual ele era primo da maioria das famílias cristãs novas da região.
Abr.
JOAO
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RE: Família materna de Henrique Mendes Neto
Caro JMSA,
Sobre a família materna do Henrique Mendes Neto vou deixar uma árvore descendente, começando com o antepassado mais remoto. Como vai ver, por esse lado da família, os parentescos com as famílias cristãs-novas da região foram muitos. Quase dava para escreve um livrinho acerca dessas famílias cristãs-novas!!!
1- LUIS GONCALVES, o Velho, nascido c.1500-1510, teve:
1.1 - ISABEL LUIS, nascida c.1540. Era natural da Guarda. Casou com HENRIQUE MENDES, xn, que vivia por sua fazenda, natural de Pinhel, falecido em Lisboa onde está sepultado na Sé, que penso ser filho de Sebastião Neto da Silva, castelhano e de sua mulher Branca Mendes, de Pinhel (bisavôs paternos do Henrique Mendes Neto). Foram pais de:
1.1.- ISABEL LUIS, nascida c.1570, natural da Guarda. Casou com DIOGO NUNES NETO, nascido c.1558, natural de Santa Marinha, filho de Miguel Nunes e de sua mulher Leonor Henriques. Pais de:
1.1.1- LEONOR HENRIQUES, nascida c.1589 (disse no seu processo que tinha 37 anos pouco mais ou menos em 1626) e já falecida em 1665. A sua sobrinha Isabel Luís diz que a tia faleceu em Castela. Casou com seu primo HENRIQUE MENDES CALDES, natural de Elvas, xn, rendeiro, filho de António Mendes e de sua mulher Isabel Mendes Caldes, de Elvas. Ver mais abaixo, onde corre a geração.
1.1.2- BRITES GONCALVES, a Banqueira, nascida na Guarda c.1594 (diz no seu processo que tinha 32 anos pouco mais ou menos em 1626) e falecida antes de 1665 na Coriscada, Marialva. Casou com seu primo ANTONIO MENDES SALDANHA, da Coriscada, xn, que vivia por sua fazenda, filho de Sebastião Neto Mendes, de Lamego e de sua mulher Leonor Nunes. Ver mais abaixo, onde corre a geração.
1.2.3- HENRIQUE MENDES NETO, o nosso antepassado de que já falamos.
1.2- ANTONIO MENDES, natural da Guarda. Faleceu em Elvas a 1.7.1604 onde deve ter casado com ISABEL MENDES CALDES, dali natural. Depois do falecimento do marido, Isabel Mendes Caldes foi para a Coriscada em 1606 ou 1607, onde moravam alguns dos seus filhos. Tiveram:
1.2.1- HENRIQUE MENDES CALDES, xn, natural de Elvas, rendeiro. Casou com sua prima LEONOR HENRIQUES, acima, filha de Diogo Nunes Neto e Isabel Luis. Eram motradores na Coriscada, onde tiveram pelo menos os seguintes filhos:
1.2.1.1- ANTONIO MENDES, tinha 3 ou 4 anos em 1629. Faleceu solteiro.
1.2.1.2- ISABEL MENDES. Faleceu solteira.
1.2.2- MANUEL RODRIGUES CALDES, xn, natural de Elvas. Casou com sua prima VIOLANTE GOMES, natural da Coriscada, filha de Manuel Mendes Neto e de Isabel Luis (ver mais abaixo). Viveram na Guarda e depois na Coriscada, onde faleceram antes de 1665 e tiveram os seguintes filhos:
1.2.2.1- ANTONIO MENDES CALDES (ou MENDES NETO), nascido c.1641 (diz que tinha 23 para 24 anos em 1665). Casou com LUISA DE SOLA DO MERCADO, natural de Alfaiates e falecida na Coriscada, filha de Luis de Sola, juiz dos Orfãos de Alfaiates e de Brites do Mercado, ambos de Alfaiates. (Antonio Mendes Caldes e sua mulher Luisa de Sola vêm tratados na obra "Os Trancosanos, de Pedro Quadros Saldanha, p.504, mas com uma filiação errada). Tiveram:
1.2.2.1.1- MANUEL RODRIGUES CALDAS
1.2.2.1.2- LUIS DE SOLA
1.2.2.1.3- D.BRITES DO MERCADO, nascida na Coriscada c.1678 (diz que tinha 28 anos em1706). Assim aparece com o Dona nos processos que a referem. Casou com MANUEL HENRIQUES DO MERCADO, natural da Guarda, homem de negócios, filho de Simão Rodrigues Aires e de Maria Henriques. Viveram em Lisboa.
1.2.2.1.4- VIOLANTE DE CALDAS DO MERCADO, natural da Coriscada. Casou em Trevoes a 18.1.1717 com o DR. PEDRO REBELO FURTADO, de Trevoes, baptizado a 20.3.1669, o qual recebeu carta de brasão de Armas para Rebelos a 13.9.1708, filho do Dr. Heitor Furtado Rebelo, advogado, de Trevoes e de Isabel Luis, da Guarda (meia-irmã da nossa Maria Henriques de Lucena).
1.2.2.2- MANUEL MENDES NETO, xn, nascido c.1643 (tinha 22 anos em 1665). Segundo a sobrinha D.Brites do Mercado, aprendia para médico e não teve filhos. Casou com VIOLANTE DE ALMEIDA.
1.2.2.3- ISABEL LUIS, nascida c.1643 (tinha 10 anos em 1653). Faleceu solteira.
1.2.2.4- LEONOR NUNES, nascida c.1645 (tinha 8 anos em 1653). Casou com seu primo LUIS GONCALVES MENDES, da Guarda, filho de Luís Gonçalves Mendes e de Antónia Nunes. Ver mais abaixo.
1.2.3- JORGE MENDES CALDES, natural da Guarda. faleceu solteiro.
1.2.4- FILIPA GOMES, natural da Guarda. Casou com seu primo LUIS GONCALVES MENDES, "o Gonçalinhos", filho de Luís Gonçalves e de Brites Mendes. Ver mais abaixo, onde corre a geração.
1.3- FRANCISCO MENDES, xn, natural da Guarda. Faleceu solteiro, sem filhos.
1.4- BRITES MENDES, xn, natural da Guarda. Casou com LUIS GONCALVES, o Rico, xn, da Guarda. Tiveram:
1.4.1- ISABEL LUIS, xn, natural da Guarda, nascida c.1586 e falecida em 1614 na Guarda. Casou no mês de Maio de 1604 com seu primo MANUEL MENDES NETO, de Lisboa, filho de Sebastião Neto Mendes e de Leonor Nunes. Ver mais abaixo, onde corre a geração.
1.4.2- LUISA NUNES, xn, natural da Guarda. Ainda era viva em 1645. Casou em 1612 ou 1613 com o seu primo o Licenciado SIMAO RODRIGUES NOBRE, filho de Diogo Rodrigues Nobre e de sua mulher Guiomar Nunes. Ver mais abaixo, onde corre a geração.
1.4.3- JORGE MENDES, xn. Faleceu solteiro
1.4.4- LUIS GONCALVES MENDES, o "Gonçalinhos", xn, natural da Guarda onde nasceu c.1597. Ainda era vivo em 1662, sendo então mercador e assistindo em Bayonne, França (havia 2 anos) onde se tinha ausentado por ocasião das prisoes do Santo Ofício que se executarão nas pessoas dos "Aires" a quem tinha por seus inimigos. Casou de primeira vez com sua prima FILIPA GOMES (a), da Guarda, filha de António Mendes e de Isabel Mendes Caldes (ver acima). Casou de segunda vez com ANTONIA NUNES (b), da Guarda, filha de Fernão Dias, da Guarda e de Brites Fernandes, de Trancoso. Teve os seguintes filhos dos casamentos:
1.4.4.1- ISABEL MENDES, filha do primeiro casamento de seu pai, nasceu c.1617 (tinha 48 anos em 1665). Casou com o DR. FRANCISCO GOMES CHACAO, xn, médico, natural da Guarda. Tiveram os seguintes filhos:
1.4.4.1.1- FILIPA GOMES, nascida c.1643 (tinha 22 anos em 1665).
1.4.4.1.2- SIMAO
1.4.4.1.3- LUIS
1.4.4.1.4- GASPAR
1.4.4.1.5- BRITES MENDES CHACOM, xn, natural da Guarda. Casou com TOME DE MERCADO DE SOLLA, juiz dos Orfãos em Alfaiates, de onde era natural, filho de Luís de Sola e de Brites do Mercado, já acima referidos. Tiveram:
1.4.4.1.5.1- ISABEL MENDES
1.4.4.1.5.2- BRITES DO MERCADO, nascida c.1682
1.4.4.1.5.3- LUISA DE SOLA DO MERCADO, nascida c.1684
1.4.4.1.5.4- MARIA DE SOLA, natural de Alfaiates. Casou com seu primo JERONIMO HENRIQUES DE CASTRO, natural de Pinhel, executor das Sisas, Almoxarife, filoho de Manuel Henriques de Castro, de Vila Cova-a-Coelheira e de Leonor Gomes Chacão, de Lisboa. Viveram em Pinhel, onde tiveram geração.
1.4.4.2- LUISA NUNES, natural da Guarda, nascida c.1627 (tinha 35 anos em 1662). Já era viuva em 1666 de seu marido GONCALO LOBO GUEDES, natural de Vila Real, xn, homem de negócios, morador em Lisboa.Tiveram um filho João, que em 1662 tinha 2 anos de idade.
1.4.4.3- BRANCA RODRIGUES, natural da Guarda, nascida c.1627 (tinha 32 anos em 1662), xn. No seu processo diz que era também descendente do mestre António, de que já falamos. Em 1665, ainda não tinha filhos de seu marido FERNAO MENDES DA COSTA, xn, natural de Trancoso, homem de negócios, o qual estava na Inglaterra em 1666.
1.4.4.4- BRITES MENDES, natural da Guarda, casada com o Licenciado DIOGO DA FONSECA, advogado, xn, de Pinhel, de quem teve 2 filhas, Branca e Antónia.
1.4.4.5- LUIS GONCALVES MENDES, xn, natural da Guarda, ausentou-se para Castela e em 1665 era assistente em Bayonne, França. Casou com sua prima LEONOR NUNES, filha de Manuel Rodrigues Caldes e de Violante Gomes, acima.
1.4.4.6- LEONOR NUNES
1.4.4.7- GUIOMAR NUNES
1.5- LUISA NUNES, xn, em 1626 era viúva de seu marido SIMAO DINIS, xn, da Guarda, de quem não teve filhos.
1.6- LEONOR NUNES, xn, da Guarda, casada com SEBASTIAO NETO MENDES, xn de Lamego, nascido c.1566 e falecido em Lisboa em 1596, onde morava e era contratador do contrato das Terças e Angola, filho de António Mendes, mercador de Pinhel e de Violante Gomes, de Lamego; neto paterno de Sebastião Neto da Silva e de Branca Mendes (esses ultimos eram os avós paternos de Henrique Mendes Neto). Foram pais de:
1.6.1- MANUEL MENDES NETO, xn, nasceu em Janeiro de 1586 em Lisboa. Seu pai faleceu quando ele tinha apenas 10 anos, e de 12 anos foi para a cidade da Guarda com a sua mãe viúva. Morou na Guarda onde era banqueiro. Foi preso pelo SO em 1626, tendo então 40 anos, e sendo já viúvo, mas nunca confessou suas culpas, dizendo que era cristão e católico e tais foram seus pais, avós e parentes. Foi eleito por irmão do Número dos Nobres do serviço da casa da Santa Misericórdia da Guarda, assim como por irmão da confraria de S.Vicente da Guarda, servindo na mesma cidade o cargo de juiz. Dizia que era da nação hebraica mas que descendia dos que foram convertidos antes do edito geral, como o seu 4o avô, mestre António, o qual recebeu do papo Paulo III uma bula pelos seus serviços nessa conversão. Tendo apenas 17 anos, recebeu-se com sua prima ISABEL LUIS, da mesma idade, filha de Luís Gonçalves o Rico e de Brites Mendes (ver acima). Em 1662, Manuel Mendes neto vivia, viúvo, em Trancoso. Tiveram os seguintes filhos:
1.6.1.1- SEBASTIAO NETO, xn, natural da Guarda, nascido c.1605 (tinha 58 anos em 1663). Casou com BRITES MENDES, da Coriscada, de quem parece não ter tido filhos.
1.6.1.2- LUIS GONCALVES, xn, casado em castela, na vila de Madrid e lhe ficaram 3 filhos.
1.6.1.3- ANTONIO MENDES NETO, xn, tinha 30 anos em 1647 e estudava medicina. Faleceu solteiro antes de 1665.
1.6.1.4- LEONOR NUNES, xn, faleceu solteira.
1.6.1.5- BRITES GOMES, xn, tinha 30 anos em 1647, faleceu solteira.
1.6.1.6- VIOLANTE GOMES, xn, falecida antes de 1665. casou com seu primo MANUEL RODRIGUES CALDAS, de Elvas, filho de António Mendes e de Isabel Mendes Caldes (acima, onde corre a geração).
1.6.1.7- MANUEL MENDES, xn, faleceu solteiro.
1.6.1.8- GUIOMAR NUNES, xn, moaradora em Trancoso, onde casou a 21.10.1646 com seu primo DIOGO RODRIGUES NOBRE, xn, da Guarda, filho do Licenciado Simão Rodrigues Nobre e de Luisa Nunes. Ver mais abaixo.
1.6.2- ANTONIO MENDES SALDANHA, xn, vivia por sua fazenda, já falecido em 1665. Casou com com sua prima BRITES GONCALVES, a banqueira, filha de Diogo Nunes Neto, de Santa Marinha e de Isabel Luis, da Guarda (ver acima). Foram pais de:
1.6.2.1- DIOGO NUNES, xn, nascido c.1624, não tinha oficio. Teve uma filha natural Luísa Nundes (de 20 anos em 1665), tida de uma cristã-velha da Coriscada por nome MARIA JOAO.
1.6.2.2- ISABEL
1.6.2.3- LEONOR NUNES DE SALDANHA, xn, nascida c.1622 (tinha 4 anos em 1626), já era viúva em 1665 quando vivia em Pinhel. Era prima co-irmã da nossa Maria Henriques de Lucena. Casou com ANTONIO REBELO, da Guarda, morador na Coriscada, o qual furtou e roubou a dita sua mulher Leonor Nunes, para casar com ela, do que o dito Saldanha [pai da Leonor] alcançou provisão de Alcaide contra ele e depois em seu testamento deserdou a dita sua filha por ser menor e casar contra a sua vontade, e ? insitituiu uma neta filha do dito Rabelo com clausula que nunca podesse vir coisa alguma ao dito Rabelo e seus parentes. Antonio Rebelo era xn, capitão de infantaria na praça de Almeida, vivia por sua fazenda, era irmão do Dr. Heitor Rebelo (casado com Isabel Luís), ambos portanto filhos de Pedro de Rebelo Furtado e de Brites Mendes, de Trevoes. Foram pais de:
1.6.2.3.1- BRITES DE SALDANHA, xn, de Trevoes onde terá nascido c.1648 (tinha 17 anos em 1665). No seu processo, diz que Maria Henriques, xn, de Penela era tia segunda dela (NOTA: nessa época, era costume usar-se os termos "tio" e "tia" para referir primos co-irmãos de pais).
1.7- GUIOMAR NUNES, xn da Guarda. Casou com DIOGO RODRIGUES "NOBRE" de alcunha, médico, natural da Guarda, xn, filho de Simão Rodrigues e de Joana Rodrigues, da Guarda. Foram pais de:
1.7.1- SIMAO RODRIGUES NOBRE, licenciado (Bacharel em Leis), advogado na Guarda onde terá nascido c.1588 (tinha 63 anos em 1651). Casou em 1612 ou 1613 com sua prima LUISA NUNES, filha de Luís Gonçalves o Rico e de Brites Mendes (ver acima). Tiveram:
1.7.1.1- DIOGO RODRIGUES NOBRE, médico, xn da Guarda, nascido c.1615 (tinha 38 anos em 1653) e já falecido em 1662. Casou com sua prima GUIOMAR NUNES, da Guarda, filha de Manuel Mendes Neto e de Isabel Luis (ver acima). Sem geração.
1.7.1.2- SIMAO RODRIGUES NOBRE, faleceu solteiro com 18 anos.
1.7.1.3- LUIS GONCALVES, faleceu solteiro com 28 anos.
1.7.1.4- FERNAO LOPES, faleceu solteiro menino.
1.7.1.5- BRITES MENDES, xn, assistia em Amburgo e foi casada com ANTONIO DA FONSECA GUEDES, xn, irmão de Diogo Lobo Guedes, referido atrás.
1.7.1.6- GUIOMAR NUNES, faleceu solteira.
1.7.1.7- BRITES GONCALVES, faleceu solteira.
1.7.1.9- ISABEL, faleceu solteira sendo criança de peito.
1.7.2- FERNAO LOPES, xn, nascido c.1611 (tina 40 anos em 1651), vivia por sua fazenda, em 1660 vivia numa quinta junto à Guarda.
1.7.3- HENRIQUE MENDES NOBRE, xn, vivia em companhia de seu irmão Fernão Lopes, ambos solteiros. Em 1653, passava de 60 anos. Teve vários filhos naturais:
1.7.3.1- GUIOMAR NUNES, tida de Domingas Francisca, xv da Guarda. Tinha 26 anos em 1665.
1.7.3.2- BRITES MENDES, natural de Gouveas, Pinhel, tida de uma moça xv da Guarda, por nome Teresa, criada do pai. Tinha 38 anos em 1653. Casou com DOMINGOS FERNANDES, 1/2 xn dos Pedregais, Braga.
1.7.3.3- DOMINGOS MENDES, tido de uma mulher de Rabaçal. Tinha 25 anos em 1653, vivia então na Guarda. Ausentou-se para Castela.
1.7.4- JORGE MENDES NOBRE, licenciado (advogado), xn, nascido c.1598 (tinha 62 anos em 1660), foi aceite por irmão da Santa Casa da Misericódia de Trancoso e eleito no número dos Nobres da mesma, sendo logo eleito por irmão do serviço da mesa e por tesoureiro da mesma. Foi ouvidor da vila de Ferreira Casou com ISABEL NUNES PACHECA (ou NUNES DA COSTA), xv, de Freches, Trancoso, de 55 anos em 1665. Foram pais de:
1.7.4.1- JOSEFA MARIA NOBRE, solteira em 1665, moradora em Carnicães, Trancoso
1.7.4.2- BRITES MENDES NOBRE
1.7.4.3- LUISA NUNES, tinha 18 anos em 1665 e morava em Carnicães.
1.7.4.4- HENRIQUE JORGE NOBRE, 1/2 xn, solteiro natural do lugar de Freixial, morador em Carnicães. Homem de negócios, vivia em Abtrantes em principuios de 1700.
1.7.4.5- FERNAO LOPES, solteiro em 1660, não tinha oficio e faleceu solteiro, com 27 ou 28 anos.
1.7.4.6- GUIOMAR NUNES, faleceu solteiro.
1.7.4.7- JOANA, solteira em 1660.
1.7.4.8- MANUEL MENDES NOBRE, licenciado (advogado), xn, nascido c.1631 na Guarda. Casou com JACINTA MENDES DE SOLA, xn de Trancoso, filha bastarda de Diogo Mendes de Sola e Ana Mendes (NOTA: os filhos dizem que era xv, criada na casa de Diogo Mendes de Sola, mas era filha natural do Conde de mesquitela D.Rodrigo de Castro e de D.Catarina Cabral, de Ranhados, xv). Foram pais de:
1.7.4.8.1- JORGE MENDES NOBRE, 1/4 xn, natural de Trancoso, advogado. Casou com D.MARIANA REBELO DE MENDONCA, nascida c.1658 na Guarda (tinha 45 anos em 1703) e falecida em Bayonne, França, filha de José Pestana de Mendonça, de Lisboa, Vedor Geral da Provincia da Beira, Pagador Geral da gente da Guerra da comarca da Guarda (NOTA: era irmão de António Pestana de Mendonça c.c. Guiomar de Rebelo Nunes, pais de Estêvão Soares de Mendonça, nosso conhecido), e de sua mulher Brites Rebela, xn, da Guarda (NOTA: era irmã de Guiomar de Rebelo Nunes c.c. António Pestana de Mendonça, pais de Estêvão Soares de Mendonça, nosso conhecido!). Foram pais de:
1.7.4.8.1.1- MANUEL REBELO, xn, solteiro, natural de Trancoso, assistia na vila de Madrid no serviço do Marquês de Campo Florido.
1.7.4.8.1.2- JOSE GUILHERME DE CASTRO, xn, nascido em Lisboa c.1692, sem oficio
1.7.4.8.1.3- JACINTA MENDES NOBRE
1.7.4.8.2- DIOGO MENDES DE SOLA E CASTRO, capitão de cavalos e depois coronel de cavalaria em Pamplona, Espanha. Casou em Ranhados a 23.2.1695 com D.JOSEFA RODRIGUES DE ABREU, de Ranhados, filha de Duarte Rodrigues Lopes, de Penela e de Ana Rodrigues, de Ranhados (nossos parentes). Foram pais de:
1.7.4.8.2.1- MANUEL, baptizado em Ranhados a 21.12.1695 (padrinhos António Pereira Cabral e sua filha Ana Maria, de Trancoso)
1.7.4.8.2.2- FERNANDO LUIS DE CASTRO, capitão de cavalos no Alentejo, em 1725 era solteiro e vivia em Pamplona com seu pai.
1.7.4.8.3- LUIS DE SOLA MENDES, xn de Trancoso, homem de negocio, morador na Granja, Trancoso. Casou com BRITES MENDES NOBRE. Foram pais de:
1.7.4.8.3.1- MANUEL
1.7.4.8.3.2- DIOGO
1.7.4.8.3.3- ANTONIO
1.7.4.8.3.4- JACINTA
1.7.4.8.3.5- FELICIANA
1.7.4.8.3.6- GUIOMAR
1.7.4.8.4- ISABEL DE SOLA DE CASTRO, xn. Casou com o irmão de sua cunhada JOSE LOPES (RODRIGUES) FORTE, de Ranhados, filho de Duarte Rodrigues Lopes, de Penela e de Ana Rodrigues, de Ranhados. Foram para França e foram pais de:
1.7.4.8.4.1- DUARTE
1.7.4.8.4.2- MIGUEL, baptizado em Ranhados a 10.9.1701 (padrinhos Manuel Mendes capitão mor desta vila e Ana Henriques, solteira de Penela).
1.7.4.8.4.3- ANA
1.7.4.8.4.4- DIOGO
1.7.4.8.5- MANUEL MENDES NOBRE, xn de Trancoso, nascido c.1670, vive por sua fazenda. Casou em Ranhados a 23.2.1695 com a irmã de seus cunhados CATARINA MENDES DE ABREU, de Ranhados, baptizada a 2.12.1665, filha de Duarte Rodrigues Lopes, de Penela e de Ana Rodrigues, de Ranhados. Foram pais de:
1.7.4.8.5.1- TOME DA COSTA DE ABREU, xn, nascido em Ranhados em 1697, era escrevente e morador em Lisboa Ocidental.
1.7.4.8.5.2- ANA MARIA
1.7.4.8.5.3- JACINTA MENDES DE SOLA
1.7.4.8.5.4- DUARTE RODRIGUES MENDES, vive casado em França
1.7.4.8.5.5- DIOGO MENDES NOBRE
1.7.4.8.5.6- MANUEL MENDES, de pouca idade em 1721
1.7.4.8.5.7- JOAO MENDES, de pouca idade em 1721
1.7.4.8.5.8- ISABEL MENDES NOBRE, baptizada em ranhados a 8.6.1701 (padrinhos Manuel Mendes de gamboa, capitão-mor e D.Maria, mulher de Gaspar Lopes).
1.7.5- JOANA RODRIGUES, xn. Casou com DUARTE NUNES, xn da Guarda, filho de Isabel Luis, parente no 4o grau com Manuel Mendes Neto (atrás). Foram pais de:
1.7.5.1- LOURENCO JORGE, médico, faleceu em castela sendo casado na cidade da Granada e lhe ficou um filho.
1.7.5.2- GUIOMAR NUNES, solteira em 1660. Tinha 35 anos em 1653.
1.7.5.3- ISABEL LUIS, xn, de 30 anos em 1653, casada com DIOGO PINHEIRO FREIRE, xn, oficial de vederia da provincia de Almeida.
1.7.5.4- VIOLANTE GOMES, solteira, vive na Guarda, tinha 27 anos em 1653
1.7.6- LEONOR
1.7.7- BRITES
Pronto, meu caro JMSA, isso foi o que consegui encontrar sobre a família (muito alargada!) materna de Henrique Mende Neto. Vai ter com que se entreter durante este fim de semana! :)
Abraços,
JOAO BRAZ
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RE: Henrique Mendes de Abreu ou Neto
caro JMSA,
Relendo a minha ultima mensagem (onde deixei a familia materna de Henrique Mendes Neto), encontrei vários erros, muitos deles menores por escrever à pressa, mas outros maiores, que agora rectifico:
onde digo:
1.2.3- HENRIQUE MENDES NETO, o nosso antepassado de que já falamos
deveria ser:
1.1.3- HENRIQUE MENDES NETO, o nosso antepassado de que já falamos
Onde digo:
1.6- LEONOR NUNES, xn, da Guarda, casada com SEBASTIAO NETO MENDES, xn de Lamego, nascido c.1566 e falecido em Lisboa em 1596, onde morava e era contratador do contrato das Terças e Angola, filho de António Mendes, mercador de Pinhel e de Violante Gomes, de Lamego; neto paterno de Sebastião Neto da Silva e de Branca Mendes (esses ultimos eram os avós paternos de Henrique Mendes Neto).
deveria ser:
(esses ultimos eram os bisavós paternos de Henrique Mendes Neto).
Também não ficou claro quais eram os filhos do primeiro casamento de 1.4.4- LUIS GONCALVES MENDES, e quem foram filhos do segundo casamento. Saiba portanto que apenas a 1.4.4.1- ISABEL MENDES, foi filha do primeiro casamento. Os outros filhos eram todos do segundo casamento!
Abr.
JOAO BRAZ
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RE: Henrique Mendes de Abreu ou Neto
Caro João Brás, muito obrigado por todas estas informações e novidades que me envia. Por razoes pessoais não tenho tido oportunidade para analisar com detalhe tudo isto. Espero no próximo fim de semana conseguir. Depois voltarei ao seu contacto. Um abraço
JMSA
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RE: Henrique Mendes de Abreu ou Neto
Caro JMSA,
Vi que os pais do Henrique Mendes de Abreu (ou Neto) já estão na base de dados do Geneall. :) Vou deixá-lo então entrar os dados pouco a pouco, de modo a não haver duplicados.
Depois numa outra mensagem vou deixar dados sobre a família paterna do Henrique ...
Abraço amigo,
JOAO
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RE: Henrique Mendes de Abreu ou Neto
Caro João,
Realmente comecei a colocar aqui as informações prestadas por si. Se quiser, como tem informação mais detalhada, pode o João fazer a introdução das suas novas pesquisas. Diga-me só como acha melhor.
Entretanto cá fico a aguardar as suas novidades sobre o lado paterno deste nosso antepassado.
Um abraço e muito obrigado
JMSA
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Familia paterna de Henrique Mendes de Abreu ou Neto
caro JMSA,
Então sim vou eu entrar os dados pouco a pouco à medida do possível. Deixo agora aqui os dados que encontrei sobre a família paterna do Henrique Mendes Neto.
Se o meu raciocínio estiver correcto (peço ao JMSA que me dê a sua opinião), então descendemos por 2 vias do Sebastião Neto da Silva com quem começo a árvore descendente paterna do Henrique Mendes Neto (esse Sebastião seria bisavô do nosso Henrique Mendes Neto tanto pelo lado paterno como materno).
1- SEBASTIAO NETO DA SILVA, castelhano (segundo o processo do neto Diogo), xv (segundo o processo da filha Leonor), nascido c.1490. Casou com BRANCA MENDES, xn, de Pinhel. Foram pais de:
1.1- ISABEL HENRIQUES, xn, nascida c.1519 (tinha 47 anos em 1566), natural de Pinhel, foi presa em 1566 e "relaxada à justiça secular" em 1567. Casou com ANTONIO NUNES, mercador, xn, moradores em Santa Marinha.
1.2- ANTONIO MENDES, xn, natural de Pinhel, nascido c.1532 (tinha 36 ou 37 anos em 1569), mercador. Contratador do contrato das Tercas e Angola. Casou com VIOLANTE GOMES (ou MENDES), natural de Lamego. Moraram em Lisboa. Tiveram:
1.2.1- SEBASTIAO NETO MENDES (ou NETO LAMEGO), xn, nascido c.1566, faleceu em Lisboa em 1596. Casou com sua prima LEONOR NUNES, xn, natural da Guarda, "prima co-irmã da mãe de Simão Nunes", filha de Henrique Mendes e Isabel Luís (ver mais abaixo). Com geração (ver mensagem com a família materna de Henrique Mendes Neto)
1.3- FRANCISCO NETO. Casou com CATARINA LUIS, natural de Viseu e tiveram:
1.3.1- SEBASTIAO NETO DA SILVA. Viveu na Guarda e casou em Lisboa aos Cardais(?) com VIOLANTE JORGE, natural de Lisboa e tiveram:
1.3.1.1- ANTONIO MENDES. Casou em Santarém e tem 2 filhas.
1.3.1.2- N, frade.
1.4- HENRIQUE NETO (ou MENDES). Casou em Pinhel com LEONOR DINIS, xn, de quem teve 3-4 filhos, todos já defuntos. Simão Nunes, filho de Leonor Henriques, irmã de Henrique Neto (ver mais abaixo), diz num dos seus testemunhos que era primo co-irmão de Leonor Nunes filha de Henriques Mendes e Isabel Luis. Sendo assim, Henrique Mendes, deve ser o mesmo que o Henrique Neto, aqui tratado que teria casado portanto de segunda vez com ISABEL LUIS, natural da Guarda, filha de Luís Gonçalves o Velho. Henrique Mendes e Isabel Luís são os avós maternos do nosso Henrique Mendes Neto. Ver a descendência na mensagem com a família materna de Henrique Mendes Neto.
1.5- ANA MENDES, casou em Castela.
1.6- MIGUEL NETO, casou em Escariguo e teve 2 filhas.
1.7- LEONOR HENRIQUES, natural de Pinhel, nascida c.1528. Casou com MIGUEL NUNES, xn, da Guarda, morador na vila de Santa Marinha, pessoa muito honrada, que se tratava à lei da Nobreza com cavalos, moços criados e escravos. Filho de Diogo Nunes e Violante Vaz, ambos da vila de Seia. Foram pais de:
1.7.1- ANTONIO NUNES NETO, xn, natural de Pinhel, nascido c.1551 (tinha 75 anos em 1626), mercador, vivia em Santa Marinha. Esteve em Roma, nas Indias de Castela, Guiné e na nova Espanha. Foi preso pelo SO em 1626 mas nunca confessou as suas culpa. Pelo contrário, dizia que "era bom cristão, homem nobre dos principais da terra e como tal tem servido os cargos honrados dela como são de juiz ordinário, enlegedor almotaciel e escrivão da camara e geralmente de todos era tido por bom e verdadeiro cristão". Faleceu nos Cárceres de Lisboa a 16.7.1631, "de um acidente de poplexia havendo precedido outros de parlesia", sendo "homem muito velho, todo branco e dos olhos remelados que dizia não via nada". Foi amortalhado e enterrado no quintal dos Coelhos. Casou com sua prima co-irmã LUISA NUNES, de Santa Marinha, filha de Luís Nunes e de Clara Rodrigues, xn, ambos da vila de Seia; neta paterna de Diogo Nunes e de Violante Vaz, de Seia, atrás referidos (avós do marido). Foram pais de:
1.7.1.1- MARIA NUNES, solteira em 1626
1.7.1.2- MIGUEL NUNES NETO, xn, natural de Sta Marinha, preso pelo SO em 1636, casado com LUISA MENDES, xn, de quem ainda não tinha filhos em 1626.
1.7.1.3- CLARA RODRIGUES, xn, natural de Sta Marinha. Casou com GASPAR DA SILVEIRA DO MERCADO, de quem teve:
1.7.1.3.1- ANTONIO NUNES NETO, tinha 20 anos em 1626.
1.7.1.3.2- MANUEL DO MERCADO, tinha 16 anos em 1626
1.7.1.3.3- GUIOMAR, tinha 12 anos em 1626
1.7.2- SIMAO NUNES MEDALHA (ou NUNES NETO), xn, natural de Pinhel, nascido c.1556 (diz que tinha 70 anos em 1626), prebendeiro do Bispo de Viseu, casou na Luanda com VIOLANTE RODRIGUES, xn, filha de Fernão Dias "O Valentim", cidadão do Porto, de quem teve:
1.7.2.1- FERNAO RODRIGUES VALENTIM, tratante, casado com uma xn em Lisboa, dela viuvo e lhe ficaram 6 ou 7 filhos de que o mais velho será de 9 anos (em 1629)
1.7.2.2- MIGUEL NUNES NETO, rendeiro, nascido c.1596 (tinha 33 anos em 1629). Casou na Luanda com MARIANA DE ANDRADE, xn, de quem tem 1 filha de 3 anos de nome Giomar (ou Violante).
1.7.2.3- DIOGO NUNES, xn, casado com sua prima CLARA REYNOSO, de Viseu, filha de Luís Reynoso e de Isabel Nunes (ver abaixo).
1.7.2.4- SIMAO NUNES
1.7.2.5- GUIOMAR RODRIGUES, xn, casada com PHILIPE RIBEIRO, xn, mercador de quem tem uma filha pequena por nome Violante.
1.7.2.6- LEONOR NUNES, xn, natural da Guarda, casada com seu primo co-irmão HENRIQUE MENDES NETO (o nosso antepassado!), filho de Diogo Nunes Neto e Isabel Luís, de quem teve uma filha Isabel, de 3 anos em 1626.
1.7.2.7- BEATRIZ NUNES
1.7.2.8- RODRIGO GONCALVES
1.7.3- DIOGO NUNES NETO, xn, natural de Pinhel, nascido c.1558 (tinha 74 anos em 1629). Casou de primeira vez com ISABEL LUIS, xn, da Guarda, filha de Henrique Mendes e Isabel Luís (ver descendência deste primeiro casamento na mensagem com a família materna de Henrique Mendes Neto). Casou de segunda vez com BEATRIZ REYNOSA, natural de Viseu onde nasceu c.1570, xn, filha de Alonso Reynoso, castelhano que veio de Castela casar a Viseu com Clara Luís, filha de Luís Lopes e Beatriz Lopes. Teve do segundo casamento:
1.7.3.1- ALONSO REYNOSO, tinha 22-23 anos em 1629, e era solteiro
1.7.3.2- ISABEL REYNOSA, tinha 16 anos em 1629
1.7.4- ISABEL NUNES, xn, casada com LUIS REYNOSO, médico de Viseu, irmão de Beatriz Reynosa (sua cunhada). Foram pais de:
1.7.4.1- Ldo MIGUEL REYNOSO, xn, médico, nascido c.1590 (tinha 36 anos em 1626). Casou com ISABEL NUNES, de Viseu.
1.7.4.2- Ldo DIOGO REYNOSO, xn, de Viseu, casado com ISABEL MENDES, de Seia, filha de Simão Lopes
1.7.4.3- LEONOR REYNOSO, xn, de Viseu, nascida c.1581 (tinha 48 anos em 1629), casada com ANTONIO DA COSTA, xn, de Viseu, filho de Cristóvão Rodrigues, mercador e Ana Nunes. Foram pai de um Miguel Reynoso.
1.7.4.4- CLARA REYNOSO, xn, casada com seu primo DIOGO NUNES, filho de Simão Nunes Medalha e Violante Rodrigues (acima)
1.7.4.5- BEATRIZ REYNOSO, xn, de Viseu, casada com FRANCISCO FERNANDES, xn, mercador de Viseu
1.7.4.6- CATARINA REYNOSO, xn, de Viseu, nascida c.1597 (tinha 33 anos em 1630)
1.7.4.7- MARIA REYNOSO
1.7.4.8- ALONSO REYNOSO, faleceu solteiro
1.7.5- SEBASTIAO NETO DA SILVA, xn, natural de Pinhel, mercador em Sevilha que tratava nas Indias. Casou com BRANCA MENDES, de que lhe ficaram 3 filhos, uma Leonor e uma Belica, casadas e já defuntas em 1629
1.7.6- HENRIQUE NUNES, faleceu solteiro em Angola
1.7.7- FRANCISCO, xn, gémeo com Diogo Nunes, faleceu com 3 anos
1.7.8- Frei LUIS HENRIQUES, frade professo e pregador na Ordem e Religião de N. Senhora do Carmo em Castela e foi prior do Convento de Alcalá de Henares e lá faleceu.
1.7.9- BRANCA MENDES, xn, casada com o Ldo DIOGO GONCALVES, xn, da Covilhã, médico de quem teve:
1.7.9.1- ALVARO GONCALVES, xn, casado com MARIA FERNANDES, xn, absentes em Castela
1.7.9.2- SIMAO NUNES, xn, casado em Santa Marinha
1.7.9.3- SEBASTIAO NETO, faleceu em Castela
1.7.9.4- MIGUEL NUNES, solteiro
1.7.9.5- MIGUEL NUNES, casado em Santa Marinha com uma irmã de seu irmão Simão Nunes
1.7.9.6- LEONOR HENRIQUES, xn, casada com HENRIQUE FERNANDES, foram para Castela
1.7.9.7- MARQUESA VAZ, xn, casada com BASTIAO RODRIGUES CHAVES, xn, e foram para Castela
1.7.9.8- FILHA, xn, casada com FRANCISCO LOPES, foram para Castela
1.7.9.9- ISABEL, xn, solteira
Aguardo os seus comentários.
Abraço,
JOAO BRAZ
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RE: Familia paterna de Henrique Mendes de Abreu ou Neto
Caro João,
Muito obrigado, mais uma vez, por todas estas vastas e importantes informações. Não há dúvida que os pais de Henrique Mendes Neto ( ou Abreu) eram primos mas nada que me admire já que esse era um costume muito comum na comunidade cristã-nova.
Fica então combinado que será o João a introduzir as suas pesquisas aqui no Geneall. Acho melhor porque tem acesso a informação mais completa e todos ficamos a ganhar!
Já agora deixo-lhe aqui um desafio: Ao contrário das minhas pesquisas que já li o nome do nosso antepassado como Henrique Mendes de Abreu, o João só o viu referido como Henrique Mendes Neto. Como é possível que os filhos destes nossos parentes fossem Mendes de Abreu?
http://www.geneall.net/H/per_page.php?id=295171
Onde foram buscar estes nomes? Parece que este apelido quando aparece não tem aparentemente razão de existir...
Um abraço
JMSA
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RE: Familia paterna de Henrique Mendes de Abreu ou Neto
Caro JMSA,
Repare que o Abreu do ramo Lopes/Rodrigues de Penela a priori nada tem a ver com o Abreu do Henrique Mendes Neto, da Guarda. O Abreu poderá vir até de muitos lados ... provavelmente do lado da Ana Rodrigues de Penela (avó paterna desses Abreus) que era 1/2 xn (e penso eu aparentada aos xn de Trevoes) ou talvez do lado do Miguel Lopes (pai do Francisco Lopes), xn de Vila Real ...
Realmente até hoje, eu nunca documentei o Henrique Mendes Neto com o Abreu. No entanto, a origem do Abreu no Henrique Mendes Neto poderá ser explicada da seguinte maneira: Henrique Mendes Neto era bisneto de Sebastião Neto da Silva, que segundo o resumo do processo da filha Isabel era xv e segundo o processo do neto Diogo era castelhano. Ora, consultando a base de dados do Geneall, encontrei um Fernão Neto da Silva (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=59949), castelhano, casado com uma "Abreu". E repare que do seu casamento com Brites de Abreu, nasceu António da Silva que foi casar a Pinhel com Leonor Teixeira. Ora o nosso Sebastião Neto da Silva, era também castelhano e foi também casar a Pinhel com Branca Mendes.
Cronologicamente (nasceu c.1500), Sebastião Neto da Silva pode muito bem ter sido irmão do António da Silva e filho daquele Fernão Neto da Silva e da Brites de Abreu. Assim se explicaria de onde vem o Abreu. E repare também que os descendentes de Sebastião Neto da Silva sempre se disseram nobres, ou que viviam à lei da Nobreza. Ora o Fernão Neto da Silva segundo o Geneall era "Fidalgo m.to honrado n.al da Cidade de Rodrigo q dipois de viuvo foi Tesoureiro Mor da Sé da cidade Rodrigo por renúncia de seu tio João da Silva" ...
Claro que é tudo especulação da minha parte mas a cronologia, onomástica e estatura social dessa gente são compatíveis com essa hipotese. Que pensa disso?
Eu já pedi à TT a cópia do processo de António Mendes, filho de Sebastião Neto da Silva. Com sorte, virão lá o nome dos pais desse Sebastião e teremos mais certezas.
Abraços,
JOAO
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RE: Família materna de Henrique Mendes Neto
Prezado João Braz,
Na sua citação:
"JACINTA MENDES DE SOLA, xn de Trancoso, filha bastarda de Diogo Mendes de Sola e Ana Mendes (NOTA: os filhos dizem que era xv, criada na casa de Diogo Mendes de Sola, mas era filha natural do Conde de mesquitela D.Rodrigo de Castro e de D.Catarina Cabral, de Ranhados, xv)"
Tens referências bibliográficas a respeito dela ser filha natural de D. Rodrigo de Castro, Conde de Mesquitela e de Catarina Cabral?
Agradeço sua atenção. Abraço fraterno.
Samuel de Castro
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RE: Família materna de Henrique Mendes Neto
Caro Samuel,
Essa filiação no Conde de Mesquitela apenas a vi no processo de Inquisição dos filhos da Jacinta mas também vi essa referência na obra do Pedro Quadros Saldanha "Os Trancosanos" que trata dalgumas famílias cristã-novas dos lados de Trancoso mas nessa obra essa possibilidade também não é desenviolvida.
Mas pela cronologia, se a Jacinta foi realmente filha natural do Conde de Mesquitela, terá sido deste Rodrigo (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=38725).
Abr.,
JOAO
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RE: Família materna de Henrique Mendes Neto
Amigo João Braz,
Muito obrigado pelas explicações e pela indicação do link do possível pai da Jacinta.
Solicitei o contato do colega Pedro Quadros Saldanha
Ratifico meus agradecimentos. Abraço fraterno.
Samuel de Castro
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RE: Familia paterna de Henrique Mendes de Abreu ou Neto
Caro João,
Sei perfeitamente que não são os mesmos Mendes e Abreus apenas quis referir uma coincidência na ausência que temos, em ambos os casos, de uma explicação para a origem destes apelidos.
Quanto à sua teoria sobre o Sebastião Neto da Silva parece-me bem possível e quem sabe com os novos dados que irá receber não a irá confirmar.
Um abraço e mais uma vez muito obrigado por todas as informações que tem partilhado.
JMSA
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RE: Domingas de Lucena e razão de apelidos
Caro João,
Aqui venho novamente recorrer aos seus conhecimentos para lhe colocar duas questões:
1. Sabe alguma coisa sobre a ascendência da nossa antepassada Domingas de Lucena e com quem foi casada? Não deve ser difícil encontrar porque sabemos que ela era natural de Vila Fonte da Arcada;
2. Ainda nesta questão porque aparece o nosso antepassado Henrique também com o apelido Abreu, sem razão aparente, qual a origem do apelido Braz, da sua antepassada Domingas e do apelido Saldanha, da irmã desta, Ana? Não encontro também, à partida, razão para estes apelidos embora seja possível que venham por via da Domingas de Lucena.
Fico a aguardar as suas notícias.
Um abraço
JMSA
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RE: Domingas de Lucena e razão de apelidos
Caro JMSA,
Essas suas 2 questoes são muito boas ... mas infelizmente, não tenho resposta para nenhuma delas. E vai ser dificil averiguar pois de Fonte Arcada (Sernancelhe) não existem paroquiais para essas datas remotas. E já dei uma vista de olhos à obra "Os Lucenas" do Armando de Sacadura e não vi lá rasto nenhum da nossa Domingas de Lucena. Também deixei a pergunta em vários tópicos relacionados com Lucena e nunca ninguém me deu resposta que ajudasse.
Mas no seu processo, Maria Henriques de Lucena diz que foi levada por "Nicolau Fernandes e Brízida Rodrigues" (não sei quem são esses) à igreja da Bezelga onde recebeu os santos oleos. Talvez por essa via se encontre mais informaçoes sobre Domingas de Lucena. Se não estou enganado, existem paroquiais da Bezelga para essa época ...
Uma outra pista será encontrar o processo do Henrique Mendes Neto. O pai como as irmãs foram presas por isso ele também deve ter sido preso. E com sorte se ele tiver sido preso depois de 1635, na sua genealogia vai aparecer a filha Maria Henriques de Lucena e quem foi a sua mãe ... mas até hoje não encontrei nenhum rasto desse processo.
Quanto ao Bráz da minha antepassada, esse apelido fez-me pensar durante muito tempo que ela era filha de um outro casal que o dos seus antepassados. Mas a probabilidade de existirem 2 casais homónimos (Miguel Lopes cc Maria Henriques), na mesma época em Penela, sendo os dois Miguel Lopes trapeiros/alfaiates é de certo mínima. E nessa eventualidade, de certo o Padre indicaria nos registos qualquer índice para diferenciar esses 2 casais (como por exemplo o lugar onde viviam na aldeia, ou uma alcunha etc) o que não foi o caso. O Bráz poderá vir de muitos lados ainda não investigados, mais provavelmente do lado da avó paterna, Ana Rodrigues a qual era filha de João (ou Simão) Rodrigues e sua mulher Francisca Dias. Bráz é apelido muito comum em Penela nessa época e por isso não seria de estranhar que um antepassado da Ana Rodrigues usou esse apelido ....
Quanto ao Saldanha, também não sei de onde vem. No entanto, o que é certo é que outros familiares da Maria Henriques de Lucena o usaram. Ela era de facto prima co-irmã (portanto prima inteira) de Leonor Nunes de Saldanha, filha de António Mendes Saldanha (cunhado e primo inteiro de Henrique Mendes Neto). Mas de onde vem o Saldanha não sei pois já não se encontra nas geraçoes anteriores, quer seja na dos pais como na dos avos ou até dos bisavos do Antonio Mendes Saldanha ... mas apenas conheço 5 dos 8 bisavos por isso ainda há a possibilidade de um dos 3 bisavos ainda por identificar seja um Saldanha.
Não conheço nenhum Saldanha naquela zona, naquela época ... mas não quer dizer que não existiram.
Abr.
JOAO BRAZ
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RE: Domingas de Lucena e razão de apelidos
Caro João,
Infelizmente não tenho as minhas pesquisas devidamente organizadas para poder provar coisas que tenho de memória. Assim, com a devida salvaguarda, tenho quase a certeza que vi nalgum processo que a nossa antepassada Maria Henriques de Lucena foi baptizada no oratório, ou capela, particular da casa da sua mãe, Domingas de Lucena. Isto contraria a sua informação quando refere que ela foi levada à igreja da Bezelga para receber os Santos Óleos.
Um abraço
JMSA
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RE: Domingas de Lucena e razão de apelidos
Caro JMSA,
A informação que Maria Henriques de Lucena recebeu os santos oleos na Bezelga encontrei-a no processo dela (posso mandar copia se quiser). Mas em nada contraria o facto de ela ter sido baptizada na casa/capela de sua mãe, pois ela pode muito bem ter sido baptizada em Fonte Arcada (como ate diz no processo dela) e mais tarde receber os santos oleos ... ja vi esses casos muitas vezes!
Abr.
JOAO
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Miguel Lopes, de Penela
Caro JMSA,
Encontrei um dado novo no processo de Duarte Rodrigues (irmão do nosso antepassado Miguel Lopes cc Maria Henriques de Lucena). Diz Duarte Rodrigues que seu irmão Miguel Lopes tinha casado 2 vezes, a primeira vez com Maria Rodrigues de quem teve uma filha Maria Rodrigues! Ora eu não conhecia esse primeiro casamento. E de facto, encontrei o registo de baptismo de uma Maria (b. 30.3.1654, sendo padrinhos o Ldo Antonio Gomes Correia e Luzia Mendes), filha de Miguel Lopes e Maria Rodrigues. Essa Maria casa depois em 1687 (seu nome aparece como Maria Simão) com Antonio Fernandes, de Penela (com geração).
Abr.
JOAO
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RE: Miguel Lopes, de Penela
Caro João, também não tinha conhecimento deste casamento, muito obrigado.
Deixo ao seu cuidado a actualização dos dados aqui no Geneall, como combinado.
Um abraço
JMSA
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Sebastião Neto da Silva cc Branca Mendes, de Pinhel
Caro primo JMSA,
Após consulta dos processos de Inquisição de António Mendes (1569) e de sua irmã Isabel Henriques (1566), filhos dos nossos antepassados Sebastião Neto da Silva e sua mulher Branca Mendes (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=2108695), não consegui ir mais para além do que já lhe mandei (infelizmente não aparecem o nome dos avós paternos nem maternos). Mas deu para afinar um pouco mais os parentescos entre as famílias cristã novas daquela região e identificar outros familiares cristãos novos de Pinhel.
O processo de ANTONIO MENDES é curto e a sessão de genealogia também curta (faltou-lhe a memória ou talvez não quiz identificar outros membros da família!!!) apenas diz respeito à família materna (tios e primos maternos). Diz António Mendes que ... sua mãe vive em Pinhel e não tem dono nem dona e tem 2 tios um se chama Diogo Anriques casado com Lianor Dinis, xn, e outro Jorge Mendes viúvo, que foi casado com Flor? Fernandes, xn, e ambos vivem em Pinhel e não tem tias e tem 3 irmãos um se chama Francisco Neto que vive em Viseu e é mercador casado com uma mulher que não sabe o nome; e outro Henrique Neto casado com Ana Mendes o qual anda omisiado em Castela e vivia em Pinhel mercador; e outro chamam Miguel Neto casado na Vermiosa com Violante Borges e ele é no Peru há 3 anos; e tem 2 irmãs uma se chama Ana Mendes casada com Gonçalo Roiz e vive em Castela e ele é castelhano lavrador; e outra chamam Ana digo Lianor Anriques casada com Miguel Nunes e vive em Penamacor; e ele [réu] é casado com Violante Gomes aqui presa e tem 1 filho que chama Bastiao de 13 ou 14 anos e que nem ele nem parente seu que saiba foi nunca preso ...
O processo da irmã ISABEL HENRIQUES fornece mais elementos. Na sessão da genealogia diz Isabel Henriques que ... ela tinha 47 anos [em 1567], era natural de Pinhel, moradora em Sta Marinha onde vive com seu marido Antonio Nunes onde foi há 24 anos, que seu pai havia nome Bastião Neto já defunto e sua mãe se chamava Branca Mendes a qual era viúva e vive em Pinhel e que não tem dono nem dona e que tem um tio que se chama Jorge Mendes irmão de sua mãe vive na Corriscada e que seu pai era xv, castilhano, e sua mãe xn e que tem 2 irmãos que chama Antonio Mendes e vive em Lamego e o segundo se chama Francisco Neto o qual vive em Viseu e Henrique Neto que vive em Pinhel e tem 1 irmã que se chama Leonor Henriques a qual vive em Sta Marinha casada com Miguel Nunes recebedor das tenças del rey nosso Senhor; e que ela [ré] era casada com o dito Antonio Nunes, mercador e criador e que tem 5 filhos o mais velho que se chama Francisco que era de idade de 16 anos e o segundo Miguel que era de 14a, o terceiro Simão que era de 12a e o quarto Luis de 9 para 10a e o quinto era Bastião que era de 4anos; e das filhas suas que se chamam Maria Henriques, casada com Simão Nunes natural de Castelo Mendo a qual vive em Sta Marinha e outra que se chama Branca que era de 18anos e que nem ela nem parente sua foi preso".
A novidade vem no facto que Isabel Henriques diz que ... provara ela ré que era filha de um xv, nobre e de nobre geração e enquanto foi vivo, ele e sua mulher faziam obras virtuosas e de muita caridade com os fieis ... e a mãe dela ré casou muito moça e de tam pouca idade que facilmente o pai dela ré por ser como diz xv a doctrinara na santa fé católica.
Uma testemunha no processo diz que o pai da Isabel Henriques [portanto Sebastião Neto da SIlva] era ... filho de uma mulher fidalga de perigo e xv ...
outra testemunha também diz que ... sabia ser seu pai xv da parte da mãe, filho de uma mulher fidalga, e bastardo ...
Outra testemunha diz ainda que ... seu pai se nomeava por parente de um Francisca da Silva ...
Lendo esses testemunhos todos, eu penso que o nosso Sebastião Neto da Silva era neto destes : http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=59949 (talvez filho bastardo daquela filha N, não identificada pelos nobiliários por ter descendência ilegítima?). Essa filiação de cero explicaria de onde vem o "Abreu" do nosso Henrique Mendes de Abreu, que tantas dores de cabeça nos deu!!!!
Repare também que "Fernão Neto da Silva e Brites de Abreu" tiveram um filho António da Silva, que casou em Pinhel com uma Joana Teixeira, os quais poderiam ser pais do Francisco da Silva que dizem ser parente do nosso Sebastião Neto da Silva ...
Talvez em outros processos de Inquisição iremos conseguir mais dados para confirmar essa minha hipótese!
Também consultei o processo de Inquisição do Simão Dinis, de Pinhel, primo co-irmão da Isabel Henriques onde pouco se adianta a não ser o nome do avô paterno dele que se chamava HENRIQUE MENDES, mercador em Pinhel, que é portanto pai da nossa Branca Mendes (cc Sebastião Neto da Silva), e portanto o nosso antepassado mais remoto identificado nessa linha cristã nova (deve ter nascido c.1480)!
Aguardo notícias suas!
Abraços,
JOAO BRAZ
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RE: Sebastião Neto da Silva cc Branca Mendes, de Pinhel
Caro João,
Muito obrigado pela sua mensagem sempre com importantes e interessantes novidades. Será muito curioso se se descobrir a razão do apelido Abreu do nosso antepassado e creio que a sua teoria poderá ser muito provável e possível.
Reparei noutro facto curioso, se percebi bem, que é o seguinte: os antepassados de Branca Mendes também tinham o apelido Neto , será que era parente do marido, Sebastião Neto da Silva? Tenho acompanhado a introdução dos novos dados deste nosso ramo comum, fruto das suas pesquisas, que também muito agradeço.
Tenho pena que não se consiga avançar mais no ramo Lucena mas acho que essa é uma luta perdida...
Um abraço e até breve.
JMSA
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RE: Sebastião Neto da Silva cc Branca Mendes, de Pinhel
Caro JMSA,
Deve ter confundido pois do lado da Branca Mendes, não documentei ninguém com o apelido Neto. De onde lhe veio a impressão?
Abr.
JOAO
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RE: Sebastião Neto da Silva cc Branca Mendes, de Pinhel
Caro João,
Tem toda a razão, só com papel e lápis é que consigo orientar-me...!
Então aqui vai a conclusão a que cheguei e que lhe agradeço a sua confirmação:
I.Henrique Mendes c. c. N.
filhos:
II. Diogo Henriques c.c. Leonor Dias
II. Jorge Mendes c.c. Flor (?) Fernandes
II. Branca Mendes c.c. Sebastião Neto da Silva
filhos:
III. Leonor Henriques c.c. Miguel Nunes, recebedor das tenças (n/ antepassados)
III. António Mendes c.c. Violante Gomes
filho:
IV. Sebastião
III. Francisco Neto c.c. ?
III. Henrique Neto c.c. Ana Mendes
III. Miguel Neto c.c. Violante Borges
III. Ana Mendes c.c. Gonçalo Roiz
III. Isabel Henriques c.c. António Nunes
filhos:
IV. Francisco
IV. Miguel
IV. Simão
IV. Luís
IV. Sebastião
IV. Maria Henriques c.c. Simão Nunes
IV. Branca
Um abraço
JMSA
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RE: Sebastião Neto da Silva cc Branca Mendes, de Pinhel
caro JMSA,
Sim está tudo bem. Mas se voltar às várias mensagens que deixei neste tópico acerca das famílias maternas e paternas de Henrique Mendes Neto poderá completar com muito outros dados.
De qualquer maneira, eu ando agora a por tudo num documento só, onde desenvolvo todas as famílias cristãs-novas da região de Pinhel/Guarda/Seia que descendem do casal "Sebastião Neto da Silva cc Branca Mendes", de Pinhel e do casal "Diogo Nunes cc Violante Vaz", de Seia, ambos nossos antepassados (séculos XVI a XVIII).
O JMSA tem a obra "As Raízes da Beira" do Eduardo Osorio ? Porque se a tiver, então peço-lhe o favor de procurar lá esse casal Diogo Nunes e Violante Vaz, de Seia, que segundo os netos eram" pessoas nobres e que sempre se tratavam à lei da Nobreza".
Abr,
JOAO
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RE: Sebastião Neto da Silva cc Branca Mendes, de Pinhel
Caro João,
Infelizmente não tenho o livro, pode ser que algum Confrade possa ajudar.
Abraço
JMSA
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RE: Sebastião Neto da Silva cc Branca Mendes, de Pinhel
Caro João,
Não percebi se está a pensar publicar um livro sobre estas famílias ou apenas a compilar um documento com as suas pesquisas. Se for o 1º caso serei com toda a certeza o primeiro subscritor, se for o 2º, muito lhe agradeço se me pode enviar. Devo confessar que devido à enorme informação que conseguiu estou com alguma dificuldade em me orientar neste verdadeiro "puzzle" que são estas famílias xxnn.
Um abraço
JMSA
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RE: Sebastião Neto da Silva cc Branca Mendes, de Pinhel
Caro JMSA,
Por enquanto, o que estou a fazer é apenas compilar um documento com tudo o que encontrei. Teri todo o prazer em mandar-lhe uma cópia quando estiver acabado e ouvir os seus comentários acerca do estudo e se valeria a pena publicá-lo ou não.
Abraço amigo,
JOAO
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