Casa da Ordem em Fafe
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Alguém me sabe dizer a que família pertencia a Casa da Ordem de Fafe? Era de onde provinha o meu bisavô Castro Maia, mas sei pouco sobre a casa. Gostaria de saber qual era a família de origem da casa e onde encontrar imagens da mesma e da sua história. Agradeço a quem me souber dar qualquer informação.
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A casa da Ordem pertenceu à família Leite de Campos, tendo sido o seu último Senhor Francisco Bernardo de Almada Lobo, filho de Maria Emília Leite de Campos Moreira Sampaio. A casa, compreendida desde a sua génese, pertenceu a esta família (seus ascendentes) durante cerca de quatrocentos anos.
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Prezada Marina,
Se puder fazer a gentileza de esclarecer e fornecer dados complementares sobre o que diz em seu segundo parágrafo, agradeço.
Abraço fraterno.
Samuel de Castro
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Meu caro,
Constato que fala do Brasil. É descendente da Casa da ordem?
Cumprimentos.
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Prezada Marina,
Sim, resido no Brasil. Não descendo da Casa da Ordem de Fafe.
Fiquei na dúvida de sua citação no segundo parágrafo, se estavas a referir aos "seus ascendentes" do colega Alexandre da mensagem inicial, ou se referia aos ascendentes do casal Francisco Bernardo e Maria Emília. Se sua referência se tratasse da ascendência Castro, do Alexandre, eu gostaria de conhecê-la.
Abraço fraterno.
Samuel de Castro
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Meu caro,
Eu reportava-me à ascendência dos últimos senhores da Casa que referi (Francisco Bernardo, filho de Maria Emília), o que compreende, andando par atrás no tempo, e ao longo de 400 anos, Campos, Castros, passsando por outros nomes, até que encontramos, como primeiros Senhores da Casa, alguém que usava o sobrenome Bernardes.
A Casa da Ordem é, na verdade, constituída por três casas ou, de outra forma, é denominada Casa da Ordem qualquer das três casas ali existentes, pois todas pertenceram à mesma família. Uma, a mais antiga e única até ao século XVIII, é do Século XVI. Segundo técnicos do Instituto Português do Património Arquitectónico, após observarem fotografias que lhes forneci há mais de vinte anos, trata-se de uma casa cujos donos pertenceriam a uma burguesia rural rica, dado o seu tamanho e as suas características que, de entre outras, distingue a zona habitável - com o conforto que a riqueza e posição social impunham para a época, naquelas circunstâncias - da zona das " lojas" agrícolas, condizentes com uma grande casa terra-tenente. Curioso foi o facto de acharem bastante interessante a casa ser compacta, i.e, ter sido construida de uma só vez, sem aumentos aparentes, o que quer dizer que quem a fez tinha, para a época, bastante poder financeiro. A casa não apresenta enfeites de qualquer espécie. Esta é a Casa da Ordem, que anda, hoje, apesar de estar em ruínas, a caminho dos 500 anos, pois ainda está de pé.
Depois existe uma casa mais erudita, do século XVIII, eivada de uma simplicidade imponente, muito na moda na época, também com influências do Brasil Colonial, na qual se destaca uma entrada com um escadario muito interessante, tratando-se de uma casa rural.
Existe, ainda, uma casa, construída no século XIX, de feição burguesa rural, com influência das construções dos emigrados no Brasil (muito casa de fazenda ou Brasil Império), mais confortável em relação às demais, com todas as exigências do período em que foi feita, mas bastante simples no seu todo, não deixando dúvidas, no entanto, quanto à posição de quem ali vivia.
Poderá chamar-se Casa da Ordem a qualquer das três por facilitismo, mas quanto a mim só a primeira poderá arcar com essa denominação, a não ser que todas pertençam a uma só família, como foi o caso, não obstante no século XVIII ter aparecido ali gente de fora (que também usou Castro como um dos sobrenomes ), que segundo parece, terá sido quem construiu a segunda casa. Nunca apurei isto com precisão, no entanto não é compativel com o poderio aparente e com a posição da família de origem que detinha aquelas terras (sendo ,no entanto possivel, que entre as duas famílias,houvesse laços de sangue ou outros, que nunca apurei se existiam de facto ). Mais estranho me parece que essa gente de fora tenha saído dali, sem mais, e a família originária tenha reunido todas as terras sob a sua tutela de novo, o que incluía todas as casas ali existentes. Creio que esta segunda casa nunca poderia chamar-se Casa da Ordem, enquanto nas mãos de terceiros estranhos à família originária da Casa da Ordem do séc. XVI e, sucedendo, seria ilegitima e abusiva, no mínimo, a designação.
Espero ter sido útil e que assim lhe tenha dado pistas para perseguir os tais Castros.
Cumprimentos.
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Prezada Marina,
Muitíssimo obrigado pelos esclarecimentos e pela descrição dos interessantes dados da origem das fases da Casa da Ordem de Fafe.
Abraço fraterno.
Samuel de Castro
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