Erros Ortografia
This topic is classified in rooms: Formação
Erros Ortografia
Caros Amigos
Muitas vezes noto a preocupação de certos membros deste forum em no final de cada post colocarem um outro denominado errata em que têm a preocupação de corrijir os erros de ortografia. Para esses amigos aqui fica esta mensagem que lhes irá certamente facilitar a vida:
"Sguedno um etsduo da Uinvesriadde de Cmabgirde, a oderm
das lertas nas pavralas não tem ipmortnacia qsuae nnhuema. O que
ipmrtoa é que a prmiiera e a utlima lreta etsajem no lcoal
cetro. De rseto, pdoe ler tduo sem gardnes dfiilcuddaes...
Itso é prouqe o crebéro lê as pavralas cmoo um tdoo e
não lreta por lerta."
Como vêm , è msemo veadrde !
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Caro Zé Tomaz,
Reconheço que faço isso. É que, por vezes, o pensamento é rápido demais...! lol lol
"O autoconhecimento é o começo da sabedoria, em cuja tranqulidade e silêncio se encontra o Imensurável"
(Krishnamurti)
Um abraço
Artur
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
ARTUR,
Além de o pensamento ser mais rápido que os dedos, temos esses acentos gráficos q nos interrompem o curso da digitação.
Alguém, um dia, há de pronunciar-se a favor da dispensa dos acentos.
No mais das vezes so sao necessarios para quem nao sabe a lingua.
Abraço,
Frederico GJ
Rio/BR
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Caro Frederico
Lamento imenso mas discordo em absoluto. Aliás essa alteração constava do projecto de Acordo Ortográfico e terá sido uma das raões por que não foi aprovado.
Para os brasileiros, que abrem todas as vogais, acredito que os acentos sejam dispensáveis mas, para os portugueses, que apenas abrem as vogais acentuadas a leitura tornar-se-ia impossível.
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
PS: e a digitação dos acentos não atrasa a digitação, desde que se esteja habituado a usá-la...
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Obrigado tomaz , hoje recebi uma mensagem só para me corigirem (Visavô) será que ninguem save(sabe) quem é essa personagem mesmo mal escrita?
comecei a responder mas achei que nao valia a pena nem todas as pessoas são iguais umas são mais cultas que outras.
gostei da tua mensagem econsegui ler sem quqlquer dificuldade até parecia que estava bem escrita
um abraço Ana
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Caros Confrades
A nossa língua é um património de todos nós, seja falada seja escrita.
Há que preservá-la.
Discordo profundamente com a ideia de que basta os outros entenderem (certamente com algum esforço) o que se quer dizer, para que não se seja cuidadoso com a forma.
É evidente que num texto, por vezes surgem gralhas, mas não é a estas que me refiro, pois incomodarão em primeiro lugar quem as escreveu.
O que lamento é uma certa forma de destruição da nossa língua com a desculpa de que estamos num Fórum.
Quero ainda dizer que regra geral, aqui no Genea se cuida da nossa língua e que tenho encontrado belíssimos textos, não só pelo conteúdo como pela forma., não só de portugueses como de brasileiros que utilizam normalmente este espaço: Ricardo de Oliveira, Doria_Gen, Cau Barata, para não mencionar outros.
Os meus cumprimentos
M.Elisa
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Cara Maria Elisa:
Absolutamente de acordo.
Quanto a acordos ortográficos, sou da opinião de que devemos continuar a escrever exactamente da forma como vimos fazendo há séculos, ainda que algumas evoluções sejam de exigir.
De resto, o problema do português do Brasil não está só nos acentos e supressão de certas consoantes (factos - fatos), mas reside igualmente no facto de os nossos irmãos brasileiros utilizarem muitas expressões e palavras que não fazem parte do nosso léxico nem nunca fizeram, já que algumas são de clara importação norte-americana, provavelmente contemporânea da época em os brasileiros copiavam muita coisa dos EUA (v.g. frizer, cooler - para palavras e alguns modelos de automóveis, muito parecidos com modelos dos EUA dos anos 50, 60 e 70).
Esta é, para mim, a melhor forma de glorificar a língua de Camões, de Amado, de Pepetela e de muitos escritores e poetas da nossa língua.
Para terminar, tenho a dizer que a maioria dos Participantes, lusos e brasileiros, escrevem muito bem e essa foi, entre outras, uma das razões que me "viciaram" neste fórum.
Cumprimentos,
João Pombo
P.S.: Daí que, aqueles que por brincadeira se socorrem de outros nicks, são facilmente apanhados!
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Bem vinda ao Clube, M. Elisa
Desde sempre me bato para que sejamos correctos no uso da nossa língua. Mas, infelizmente, de vez em quando lá vem um balde de água fria.
Quem trabalha comigo já sabe que raramente deixo passar em claro esses disparates, sejam escritos sejam orais e, também aqui no Forum, já me vi forçado a sugerir correcções - sobretudo qaundo alguém se arroga ares de grande conhecedor .
Uma das mais frequentes "oralidades asneirentas" é aquilo que chamo o verbo "hader" que se conjuga, na 2ª pessoa, "tu hades". Outra é tornar exdrúxulas palavras que são graves, por exemplo "póssamos" em vez de possamos (como ainda ontem uma jovem dizia num dos canais de TV). Claro que isto apenas se nota na pronúncia.
Quanto à escrita há tanta gente que não entende a diferença entre o Conjuntivo e a conjugação reflexa... (comesse e come-se, por exemplo). E que me diz a "Voçês"? É muito mais frequente do que alguma vez se poderia imaginar.
Poderíamos continuar mas o mais importante é que, como a M. Elisa disse, continuemos a ser cuidadosos com a nossa língua, um dos nossos patrimónios culturais, tanto mais importantes quando as diferentes nações se vão apagando.
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Caro João Pombo,
Também estou de acordo. Não me faz impressão alguma que os brasileiros, ou outros povos de língua portuguesa, utilizem outros termos. A língua é um produto do meio em que se nasceu, em que se vive: traduzindo a realidade ambiental e económica desses países e(ou) regiões.
Não me venham é com uniformizações: a forma escrita deve ser respeitada. Claro que admito evoluções do português, mas que isso se faça de "maneira natural e não forçada"!
Melhores cumprimentos
Artur João
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Caro JCC e todos os "debatentes",
Apesar de eu andar com fama de iconoclasta neste Forum ... não resisto a me manifestar 150% de acordo com um cuidado tão preocupadamente maior quanto maior tem sido o relaxamento com que se (des)respeitam as regras do Português escrito e falado.
No entanto parece-me que o José Tomaz apenas se referia a não estarmos com ataques de remorsos e vamos a correr com uma correcção às ordens porque nos esquecemos ou trocamos uma letra (bom, a não ser que queiramos "aparecer mais na fotografia" do Tópico ...)
Mas sobre disparates e importações, o que dizer dos que "implementam", depois "checam" o que "implementaram", e para testemunho, "printam" a "checagem" da "implementação"! ...
(é isso mesmo caros confrades: "implementar" não tem nenhuma raiz na nossa língua, é um anglicismo tão postiço como os outros, em suma, NÃO EXISTE em Português, e pelo facto de uma data de gente cometer um êrro ele definitivamente não se torna um "acerto").
Eu até entendo a evolução linguística, mas não há boa visão do dinamismo da língua que aguente isto ... ou então qualquer dia temos o país a se exprimir a duas velocidades, e a comunicação a perder com isso.
O discurso sempre foi uma forma de "distinção", ou pelo menos sempre ajudou. Talvez por isso - mais do que o "escrever bem", num país onde se lê tão pouco - o "falar bem" ter sido tão invectivado, como se fosse "sempre" uma forma de discriminação, claramente tomando-se a nuvem por Juno. Vejo um discurso cuidado, não rebuscado nem pedante, mas simplesmente cuidado, como uma forma de respeito pelo interlocutor e como um mecanismo de clarificação do ideário. Já dizem alguns pensadores que nenhuma ideia, nada fica claro para nós próprios antes que o consigamos dizer. E para isso, nada melhor que vocabulário e regra.
Cmprmnts ... (olha que giro, funciona!)
VF
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Caros João Pombo e João Cordovil Cardoso
Os exemplos que o João Cordovil Cardoso dá são daqueles que também me ferem o ouvido e os olhos.
Lembro-me também da confusão entre a utilização do verbo haver na 3º pessoa do singular do presente do indicativo a contracção da proposição com o artigo: tenho visto escrito vou "há" escola em vez de à escola e também "À" tempos que não te vejo em lugar de: Há tempos que não te vejo.
Sou do tempo em que o que se lia e ouvia nos órgãos de comunicação social eram um exemplo do falar correctamente. Actualmente ouve-se cada disparate.
É claro que nem todos poderão ser eloquentes e grandes escritores, mas que diabo, tenhamos algum cuidado com aquilo que escrevemos e que queremos que seja lido.
Melhores cumprimentos
M.Elisa
PS
Nada tenho contra a evolução da língua que não considero imutável, e que pode absorver elementos de outras línguas, devidamente aportuguesados, desde que em português não exista uma palavra que defina o conceito.
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
"...No entanto parece-me que o José Tomaz apenas se referia a não estarmos com ataques de remorsos e vamos a correr com uma correcção às ordens porque nos esquecemos ou trocamos uma letra..."
Claro que sim meu Caro Vitor Ferreira, queria dizer isso, e... divertir-nos um pouco, pois achei a maior piada à mensagem que recebi no meu e-mail.
Um abraço
Zé Tomaz
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
> Quanto a acordos ortográficos, sou da opinião de que devemos continuar a
> escrever exactamente da forma como vimos fazendo há séculos, ainda que
> algumas evoluções sejam de exigir.
Caro JCC,
não existe uma forma de escrever "como vimos fazendo há séculos". A grafia da nossa língua tem mudado muito ao longo do tempo; acho que tem mudado mais do que a propria lingua. A grafia que se usa actualmente em Portugal é menos diferente daquela que se usa actualmente no Brasil, do que da grafia que se usava em Portugal ou no Brasil no século XIX.
A grafia antiga da lingua tinha muito menos acentos do que hoje, sendo a informação fonética relevante transmitida de outras formas, por exemplo através da duplicação de consoantes.
O Brasil é muito propenso a introduzir neologismos nem sempre necessarios. Aí, conviria que Portugal e Brasil se unissem para combater essa tendencia, que aliás também ocorre por cá. Segundo li, o Brasil tem vindo a despertar para este problema.
Acrescento que sou 100% a favor da existência de um acordo ortográfico assinado e respeitado por Portugal, Brasil e, se possivel, pelos restantes paise de LOP.
Cumprimentos,
Coelho
Enlace directo:
obrigado/obrigada
Caro JCC,
volto aqui para lembrar uma das maiores doenças actuais do uso da nossa língua:
Muitas mulheres dizem "obrigado".
Pior: muitos homens dizem "obrigada" !!!
Muito caricato também, quando uma menina ou senhora, em nome de uma firma ou instituição, nos responde: "Obrigada, nós"!!!
Há dias tive pela primeira vez a lata de sugerir a dono de um restaurante onde costumo ir que deveria dizer "obrigado" e não "obrigada", como frequentemente diz. Ele enguliu em seco.
Cumprimentos,
Coelho
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Caros Confrades
Há que preservar o pouco que nos resta.A língua é das poucas coisas que não
nos podem tirar.A moeda já foi,a soberania para lá caminha,...
Toca a usar pantalha em vez de ecran,penico em vez de bispote,aléu em vez
de stick,...
Cumprimentos
Amiel Bragança
Enlace directo:
RE: obrigado/obrigada
E para consulta recomendo o site Ciberduvidas, aqui, no sapo
Maria Benedita
Enlace directo:
RE: obrigado/obrigada
Utilizadas por boa gente:
Prontos..
Continuação...
AB
Enlace directo:
RE: obrigado/obrigada
Caros confrades e confradessas,
Só para dar uma achega a todos os que pensam como um director de TV muito famoso que ensinava aos seus colaboradores que "a forma tem pouca importância, o que interessa é o conteúdo".
A verdade é que uma não passa sem o outro.
Quem se lembra do que estava a dizer o ministro da Educação no momento em que lhe saiu um "ele interviu..."? Ou o ministro do outro governo quando disse "há-dem"? Ninguém se lembra mais do conteúdo. O que todos retivemos foi a forma, errada em ambos os casos.
Todos nós e especialmente os jovens que têm a vida pela frente, nos devemos lembrar que qualquer ideia perde toda a credibilidade se fizer rir quem a lê. Sobretudo quando não é essa a nossa intenção.
Longe de mim pensar que sei escrever bem. Só que faço o possível e não tenho qualquer problema em consultar qualquer material que me possa ajudar e que tenho sempre à minha mão. Além de ser meu direito é um dever para com a nossa língua-mãe e especialmente para com os outros.
Melhores cumprimentos.
Maria José
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Cara Maria Elisa e demais Participantes:
Foram aqui suscitadas questões que nada têm que ver com Genealogia, mas que me parecem muito importantes.
A propósito do português falado e para além dos habituais "póssamos", lembro-me desta moda actual do "fostes", "fizestes", etc..., muito usual nos mais jovens mas não só...
Sejamos francos: A maioria dos jovens dos nossos dias chegam às faculdades sem saber escrever e falar bem português, e quando digo bem, penso apenas nos mínimos exigíveis a qualquer pessoa com formação acima da média.
Não se trata só dos erros de ortografia, trata-se, também, do facto de pura e simplesmente não saberem construir uma frase e, para mim ainda pior, não saberem usar a pontuação, nomeadamente as vírgulas.
As novas tecnologias (internet, sms de telemóvel, etc...) criaram novas formas de comunicação que secundarizaram o cuidado na escrita. Ora, a par das deficiências do nosso sistema educativo, facilmente se compreende o estado a que as coisas chegaram.
Faço parte da chamada "geração pós-25 de Abril", já que nasci em 1972. Todavia e apesar de todas as vantagens associadas às gerações do Portugal democrático, confesso que invejo as gerações anteriores, pela formação escolar que tiveram.
Tudo bem que se critique da necessidade de saber na ponta da língua os nomes das estações e apeadeiros, rios e afluentes. Mas um português dessa geração, mesmo que tenha completado pouco mais que a escola primária, sabe escrever melhor português do que os das gerações mais recentes.
Cumprimentos,
João Pombo
Enlace directo:
RE: obrigado/obrigada
Caros Confrades
Aproveito este tópico para referir uma situação que no geral choca a maioria dos algarvios, sobretudo os naturais das referidas povoações.
Os veraneantes dizem muitas vezes que passaram férias “na” Quarteira, que foram ao Alvor, quando na realidade não se usa o artigo antes do nome destas localidades.
Relativamente a Quarteira desconheço o motivo que determinou esta nova moda, mas quanto a Alvor, teve origem na Comunicação Social, que ao referir os Acordos do Hotel Penina em Alvor, começaram a abreviar a expressão daí tendo resultado “nos acordos do Alvor”.
Mas por favor, o nome destas localidades NUNCA foi antecedido pelo artigo. Que mais não seja ouçam o modo como os naturais se lhes referem: ” Estamos em Alvor, vivemos em Quarteira”.
Ainda não há muito tempo ouvi um pescador responder a um forasteiro que lhe perguntava por um determinado restaurante “no” Alvor:
-Ah, você não é de cá, mora NA Lisboa ou Na Almada.
A contrapor esta situação, ainda não há muito tempo, fiquei agradavelmente surpreendida , quando ao ler “Equador”, Miguel de Sousa Tavares escreve: ouvir tocar o sino da igreja DE Alvor. Foi um bálsamo.
Cumprimentos
M.Elisa
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Caros confrades,
A última que me deixou passado foi a criação do insólito "Instituto Português de Corporate Governance", que pretende que "as empresas possam definir e implementar modelos de 'governance' alinhados com as melhores práticas internacionais". O patriotismo pontua na identidade geográfica que esperemos não limite a sua vocação universal. Fico à espera que os saxões criem, na mesma perspectiva, um "British Institute of Gestão de Empresas", ou um "American Institute of Governo das Sociedades", mas talvez seja melhor sentar-me.
Cumprimentos,
Pedro Homem
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Caro Confrade,
A sua intervenção fez-me lembrar um amigo meu que, para desgraça dele, tinha de assistir a inúmeras apresentações (tradução literal de "presentations":-)) feitas por aqueles médicos de empresas também conhecidos em anglo-português por business consultants. Pois esse meu amigo dava-se ao trabalho de apontar num pequeno bloco-notas os novos termos ingleses usados por essas luminárias em cada apresentação. Deste modo os agentes económicos transformavam-se em "players", as existências mínimas em "buffer stocks", os orçamentos em "budgets", isto para além de termos mais obscuros como, por exemplo, o "throat level" de determinada bebida, que aparentemente se refere ao seu nível de identificação pelo paladar dos consumidores (ou, mais literalmente, pela sua garganta!:-)
O uso e abuso de termos estrangeiros com clara tradução em português é também, contrariamente ao que os seus utilizadores parecem querer-nos fazer crer, inversamente proporcional ao domínio que os mesmos têm não só da língua estrangeira em causa, como também da própria língua portuguesa. Repare-se, por exemplo, na recente moda dos "resorts" em vez da palavra portuguesa "estância".
Os meus cumprimentos
Alexandre Burmester
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
PEDRO HOMEM,
Aqui no Rio de Janeiro também padecemos dessa anglofonomania.
Temos um DOWNTOWN BARRA SHOPPING CENTER com uma cópia da estátua da Liberdade (aquela de NY) à porta.
Frederico GJ
Rio/BR
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Caro Alexandre Burmester
Concordo quando diz que o abuso na utilização de termos estrangeiros resulta muitas vezes de um fraco conhecimento da nossa própria língua, pelo menos de quem as introduz na linguagem corrente, e talvez de algum provincianismo e deslumbramento por tudo o que vem de fora.
Compreendo os nossos emigrantes dos anos 60, que quando vinham a Portugal, vinham de "vacanças", pois férias era um conceito desconhecido na sua vivência em Portugal.
Mas que dizer ao coffee breack, à brains storming, ao print, etc, etc, desconhecer-se-ão termos em português que queiram dizer exactamente o mesmo?
A propósito, lembrei-me da velha frase, que muitos utilizam quando algo corre mal: "Isto só neste país..." como se lá fora tudo corresse às mil maravilhas.
Cumprimentos
M.Elisa
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Caro Alexandre Burmester:
Até há pouco tempo, tinha a ideia de que só os economistas e gestores usavam dessa linguagem ou linguajar...
As meetings, reports, brainstormings, cofee-breaks, etc..., pareciam-me códigos que esses profissionais usavam entre si e que eu em casa comecei a ouvir de um irmão gestor. Infelizmente, também muitos juristas (nomeadamente advogados) aderiram a essa moda, sobretudo nas grandes sociedades de advogados de Lisboa e Porto.
Se nos economistas e gestores ainda posso compreender, dado que grande parte dos manuais e tratados que "consumiram" na faculdade são de autores dos EUA, já nos juristas é que não consigo vislumbrar tal apelo.
Eventualmente, uma legal opinion será mais cara que um parecer....
Cumprimentos,
João Pombo
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
"A senhora chega ao aeroporto e vai direita ao ticket-office antes de chegar ao check-in. Como está na lista de espera, tem de aguardar que haja um no-show, mas não fique preocupada que o seu nome é o primeiro do PBL. Tome é logo nota da gate".
MJ
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Já que o tópico é erros de ortografia gostaria de chamar a atenção para a grafia da
palavra 'esdrúxula' que se escreve com s e não com x como aparece no texto.
Foi uma falha com certeza pois o autor do texto é pessoa culta e conhecedora
Esdrúxulo ( do it. sdrucciolo) que também pode significar esquisito, exótico
Enlace directo:
Oinma Pro Pirata...
A Língua Portuguesa
Um douto escrevia, a propósito de Guerra Junqueiro: o autor do Pátria
A língua portuguesa é para mim sangue materno. Quando mo ofendem perco a serenidade.
Mal vai aos povos que não respeitem o próprio idioma. É como ultrajar a Bandeira. É como renegar a Pátria.
Escreveu o sublime Camilo: “O mau Português principia a sê-lo desde que mareia a pureza da língua”.
Eça de Queiroz: “... sem aquilo a que hoje se chama grammatica não há clareza da linguagem, e sem aquilo a que hoje se chama syntaxe não há coordenação de pensamento”.
Pobre língua portuguesa, comandada, hoje em dia, por ignorantões.
Aquilino Ribeiro, de acordo com o dr. Cruz Malpique, afrmou o seguinte: “Tenho para mim que o maior título de nobreza que um povo pode apresentar à barra da História é a sua língua. Cumpre-nos estimar e defender contra todas as injúrias o inapreciável património que é a língua”.
Se Portugal perder a independência, poderá readquiri-la se não perder a fala, se não perder o uso do Idioma. Se o perder, não perderá as algemas. Terá de se confrontar com a escravidão.
Todas as línguas têm os seus idiotismos. Retocá-los é idiotice.
Antes analfabeto que semianalfabeto.
Houve tempo em que o povo foi mestre da língua. Hoje, corrompido pelo mau locutor, pelo mau escritor e pelos publictários, é um vaso de tolices.
Quem não conhece a língua está sempre disposto a corrigir com um pontapé os que melhor a conhecem.
A troco de evolução, desculpa-se a corrupção e a má-criação. – Esta fita é para si – diz o caixeiro à senhora.
Língua de locutor é, em geral, língua de soletrante. É o verbo tolhido que teme dar a (o) o valor de (u) e a (e) o valor de (i). É o verbo das ôliveiras, èrvilhas e outros vegetais.
A bacorada do ignorante faz lei. A opinião do homem douto é uma bacorada.
Antes flólogo-poeta do que filólogo-pateta.
Quem fala difícil substitui o menor esforço pelo maior esforço. Para dizer melhorei, dobra e redobra a língua, dizendo que o ponto crítico da minha doença foi ultrapassado.
Homem que se preze não vai nem vem. Para ir daqui ali ou vir dali aqui, desloca-se! Dizem que se deslocam à rua, querendo dizer que se deslocam para a rua.
Dantes os professores de Português ensinavam o bom emprego de querer e preferir.
Défiez-vous des gens qui disent qu’il faut renouveler la langue ; c’est qu’ils cherchent à produire avec des mots, des effets qu’ils ne savent produire avec des idées, escreveu Andrieux.
Não parece que seja renovar a língua dizer em curso quando a razão nos aconselha a dizer corrente, decorrente ou pendente.
Este património, que deveria ser o mais sagrado de todos, vai-se destruindo de dia para dia.
A preocupação de originalidade por parte do escrevinhador, obriga-o a substituir o termo próprio por impróprio.
Barbarismos, solecismos, chiquismos, pretensiosismos, enxameiam hoje a prosa ordinária – a mais necessitada de limpeza por ser mais difusível.
A última facada, com que se fere de morte o Idioma, é a substituição de uma sintaxe adulta por sintaxe pueril. Vibra-lhe, entre outros, o jornalista barato, sangrando a epígrafe dos noticiários.
Tem grande amor ao abstruso o escrevente vulgar. Se há livro que se chame Plenitude, chama-lhe o Plenitude. Se o jornal é República, chama-lhe o República.
Despreza-se a gramática e o dicionário como se fosse possível aprender a língua sem esses dois professores... Quem não é genial deverá respeitar, como frade, a regra do convento.
Mais se aproximam do ideal da pronúncia portuguesa os homens simples que dizem solteiro, soldado e folguedo, com o o da primeira sílaba igual a u, do que os homens complicados que dizem sôlteiro, sôldado e folguêdo. Sustentar, à fina força, na palavra derivada, a pronúncia da palavra primitiva é incomodar a prosódia da língua portuguesa.
Se és português, não aprendas português com os filólogos. Cada um terá a sua opinião a respeito da melhor maneira de se pronunciar a palavra batata. Aprende-o com a tua mãe e aperfeiçoa o teu conhecimento com a tua observação e o teu raciocínio.
Perde o medo a ex com o valor de eis. Não digas têsto, querendo dizer texto; nem digas sêsto, querendo dizer sexto. Antes música de Fontes do que os teus sestêtos....
O lar do idioma português é Portugal. Nele deverá arder sempre a sagrada fogueira da pronúncia branca.
Não se deve considerar evolução a ruína. A língua não deve mudar a olhos vistos. Deve ser como pessoa amada, que todos os dias se modifica sem que o notemos.
É insolúvel o problema ortográfico luso-brasileiro. Oxalá ninguém lhe toque. Se alguém lhe tocar agrava-o.
Continuem os brasileiros com as suas seleções, que nós nos remediaremos com as nossas selecções. O c não se pronuncia, mas abre o segundo e. Precisamos dessa relíquia do latim de Horácio.
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Caro mjfreire
Muito obrigado pela sua atenção. De facto passou-me o "exdrúxula", provavelmente embalado com o segundo x. Quando reparei já aí estava, no ciberespaço, sem possibilidade de correcção...
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Cara Ana
A palavra "visavô" pode ter caído em desuso, mas fique sabendo que existiu e que fazia parte dos dicionários da Língua Portuguesa, nomeadamente no "Vocabulário Ortográfico e Remissivo - 1914" de A.R. Gonçalves Viana (Relator da Comissão da reforma ortográfica), que pode encontrar no site da Bilioteca Nacional (...)A minha avó ainda utiliza a palavra e faça o favor de responder à pessoa que lhe enviou o e-mail para a corrigir, pois por muito culto que alguem seja não é dono da verdade, nem tem o direito de corrigir, sobretudo quando nem tem a certeza do que diz.
Cumprimentos
Susana Gama
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
Obrigado Susan´, não vale a pena entrar em conflitos no forum eu depois respondo te particularmente ,eu só estou no forum para ser ajudada e ajudar quem precisa.Tenho comigo uma pequena genealogia Gama mas ainda não estou com tempo para ver, pois estou preparando trabalhos para levar para Madrid . tens ido á biblioteca Mormom? Eu pesquizo em casa compro os microfilmes é mais facil para mim não preciso me deslocar a Aveiro.
Cumprimentos
Ana Recio
Enlace directo:
RE: Oinma Pro Pirata...
Oinma Pro Pirata, que significa?
Cumprimentos do Gérard
Enlace directo:
RE: Oinma Pro Pirata...
Foi "lápis" de digitação no teclado, bem por certo, pois quereria dizer "omnia".
E, não considerando Sandokan, o Príncipe da Malasia, Pirata só há um que é o “felinus” siamês de grande linhagem e da maior estimação, Pirata Maria de Magalhães, *27.7.1989, Ramalde, Porto, nesta casa assistente.
Há também outros piratas, uns quantos por tudo quanto é sítio, na política, na justiça, nas finanças, na literatura, nas contrafacções, e até na genealogia, mas isso são outros contos e qualquer semelhança é pura coincidência!
Com elevada consideração, os meus respeitos.
MM
Enlace directo:
RE: Erros Ortografia
"Agora que os ladros canzoam, agora que os cantos galam,
agora que albando a toca os altos ressoos sinam;
e que os zurros burram e que os gorjeios passaram,
e que os assobios serenam e que os grunhos marranam,
e que a aurorada rosa os extensos douros campa,
perlando líquidas vertas qual eu lágrimo derramas,
e friando de tirito se bem tenha a abrasa almada,
venho a suspirar meus lanços janelo de tuas debaixas."
"de Manuel Marroquín in Gabriel Garcia Marques"
Cumprimentos
Susana Gama
Enlace directo:
RE: Oinma Pro Pirata...
Monsieur Gérard (Gainon?)
Significa que, pelos vistos, o senhor é a excepção do estudo :)!
Omnia pro Patria (tudo pela Pátria. A Pátria reclama e merece todos os sacrifícios):
Foi precisamente assim que actuaram, entre outros, os "seus" Celtillus, Vercingetorige, Vercassivellano, Dumuorige, Indumtiomarus, Ambriorige, Sedulio, Critognato, com grande bravura perante o homem que amou todas as mulheres e se deitou com todos os homens, segundo Cícero.
Com os meus cumprimentos
Gervásio
Enlace directo:
RE: Oinma Pro Pirata...
Mon Cher Gérard
Comment va tu?
"Sorbonneen", en efect, comme toujours!
En ce moment je suis au Portugal. Je suis arrivé aujourd’hui matin. Il faut que je parte dans une semaine. J’ai choisi une carrière difficille!
À tout à l’heure et attencion à l’ortograthographe…
Gervásio
Enlace directo:
Forum messages ordered by date
El tiempo se muestra en GMT. Hora actual: 24 dic 2024, 03:50.