Sarmientos de Sotomayor, Morgados do Pazo de Borza
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Sarmientos de Sotomayor, Morgados do Pazo de Borza
Caros amigos:
Como a Genealogia se faz destes contactos entre investigadores, e porque há muito aprendi que vale mais dar de barato o que é fruto do nosso trabalho, do que ser confrontado com a publicação por outros daquilo que lhes fornecemos (sem sequer o nosso nome ser citado, por delicadeza...), quero deixar-vos nestas páginas um modesto estudo que elaborei acerca dum ramo dos "Sarmientos de Sotomayor", radicado na freguesia de Santa Cristina de Valeixe, do bispado de Tui, bem em frente de Melgaço.
Espero que ele possa ser útil a alguém, lamentando embora que todas as notas de rodapé que acompanham o original não estejam incluidas aqui. Por esse motivo as minhas sinceras desculpas!
Um abraço a todos.
o sapeca
SARMIENTOS DE SOTOMAYOR
A contenda dinástica castelhana do século XIV trouxe à Galiza linhagens que lhe eram estranhas.
Entre estas novas famílias que vieram a ocupar os mais destacados cargos e a apoderar-se dos imensos bens patrimoniais até então usufruídos pelos seguidores do rei vencido (Pedro I de Castela), destaca-se a dos Sarmientos.
Oriunda de Castela, conta na sua ascendência sangue real e os ricos-homens de Villamayor e Condes de Burueva.
A batalha de Baiona, travada nos inícios de 1371, consolida definitivamente a vitória de Henrique II (Conde de Trastámara) e a projecção de um dos seus homens de confiança: Don Pedro Ruiz Sarmiento.
O antigo Conde de Trastámara não se esquece de premiar os seus capitães. A Pedro Ruiz Sarmiento faz Adiantado-mor da Galiza, cargo que se transmitirá a seus sucessores.
O Adiantado-mor não cessará daqui em diante de consolidar o seu poderio, usando muitas vezes da arbitrariedade, enfrentando por vezes o poder eclesiástico, como sucedeu com o bispo de Lugo (a quem ocupou o castelo da cidade) e o arcebispo de Santiago.
Facto é que a coroa não apoiava muitos destes desacatos e obrigava o seu Adiantado-mor a repôr a legalidade. Mas os serviços prestados à coroa eram amplamente recompensados. Por essa altura, já ele se assenhoreara dos coutos de Mera, Pallares e Gomariz, das fortalezas de Roucos, Juvencos e Penacorneira.
Em 1375 Pedro Ruiz Sarmiento é galardoado com a posse de Ribadavia e, quatro anos depois, o novo monarca, João I de Castela, dá-lhe de juro e herdade para sempre e para seus descendentes em linha recta e legítima a terra e castelo de Sobroso, com suas pertenças, vassalos, jurisdição civil e criminal, mero misto império.
A 19 de Agosto do mesmo ano, confirma-lhe aquela posse com a faculdade de colocar na dita terra de Sobroso alcaides, juizes, meirinhos e mordomos públicos e todos os outros oficiais que ele entender.
Por esta mesma altura conseguira também do rei uma importante renda: “el portadgo de la Puente Mayor de Orense”.
Em 1381 João I voltou a necessitar dos serviços do seu Adiantado-mor. Sonhava apoderar-se do trono de Portugal e para Pedro Ruiz Sarmiento esta era a ocasião para conquistar novas e altas mercês. Desta feita o monarca castelhano concedeu-lhe um título novo, importado de França: Marechal de Castela.
Mas esta empresa por terras lusitanas saíram caras ao rei de Castela e a Don Pedro Ruiz Sarmiento custou-lhe a vida, já que acabou por perecer no cerco de Lisboa, vítima da peste, sendo enterrado na igreja da sua vila de Sasamón, herdada de seus ascendentes, os Villamayor.
Do seu casamento com Doña Juana de Guzmán ficaram-lhe filhos, dos quais o primogénito e sucessor foi Don Diego Perez Sarmiento.
É o novo Adiantado-mor da Galiza, Senhor de Ribadavia, de Sobroso e de Burgo de Faro, da terra de Avión, couto de Anllo, das fortalezas de Vimianzo e Buño, e de muitos mais bens. Fora da Galiza herda de sua mãe (que segundo José Garcia Oro era Doña Leonor de Salinas e não Juana de Guzmán ) os senhorios de Enciso, Labastida e Sasamón. Possuia ainda Melgar de Fernamental, Abanades de Yuso, Abanades de Enmedio e Osório de Suso.
Casou com Doña Maria de Zúñiga, dos Senhores de Monterrey, mas do casamento não lhe ficaram filhos.
Sucedeu-lhe nos senhorios e cargo de Adiantado-mor seu irmão Don Garcia Fernández Sarmiento, antigo cortesão, que foi Alferes-mor de João II de Castela e seu embaixador a Aragão.
Possuidor de uma sólida situação política, Don Garcia Fernández Sarmiento impõe a sua função de inspecção militar nos bispados galegos aos quais envia os seus meirinhos.
Dos seus casamentos com Doña Elvira Manrique e depois com Doña Constanza Garcia de Valcárcel (esta já viúva de Don Pedro Alvarez Osório) ficaram-lhe filhos dos quais o primogénito, Don Diego Pérez Sarmiento, viria a herdar os imensos bens de seu pai, assim como o título hereditário de Adiantado-mor, aliado ao de Justiça Maior do Reino da Galiza, com que aparece nomeado em 1440.
O novo chefe dos Sarmientos galegos ascende ao comando da sua grande casa num momento de grande agitação política e institucional.
A sua qualidade de Adiantado-mor da Galiza e o seu poder económico são fortes apoios à sua ambição.
Decide-se politicamente pelos infantes de Aragão e por isso torna-se inevitável o confronto com o valido Don Alonso de Luna.
Expulsos de Castela os infantes, iniciaram-se as perseguições aos seus apoiantes e simpatizantes. Don Diego Pérez Sarmiento foi detido em 17 de Outubro de 1431, acusado de manter correspondência suspeita com João de Navarra.
Era sabido na corte que Don Diego contava com inúmeros partidários na Galiza e temiam-se repercussões. A fim de evitar um eventual levantamento na Galiza, a corte envia Don Lope de Mendoza, arcebispo de Compostela, em missão pacificadora.
Apesar destes contratempos de carácter político a casa de Don Diego Pérez Sarmiento consolidava-se e aumentava.
A torre e fortaleza de Celme (cedida por Doña Maria de Limia, viúva de Don Alonso Suarez de Deza), Orcellón, Ribadavia, Sobroso, Roucos, Penacorneira, Juvencos, Burgo de Faro, Valverde, Baltanas, Cerrato, Castrillo, Cascofez, Tariego, Pazos de Arenteiro, Rabal, Amoeiro, Palmes, Bolo de Senda, a casa forte de Formigueiro, e o castelo de La Peroja, em Orense, são algumas das possessões dos Sarmientos na Galiza.
A estas se irá juntar a que lhes dará o título condal: Santa Marta de Ortigueira, por troca feita com Pedro de Acuña, cedendo a este a sua vila e fortaleza de Tariego, em 1440, conforme proposta do rei João II.
Assim, em 15 de Novembro de 1442, recebe a concessão real que lhe permite “que de aqui adelante para toda vuestra vida vos podades llamar Don Diego Pérez Sarmiento, Conde de Santa Marta de Hortigueira, e después de vos vuestro fijo mayor legitimo e dende en adelante subcesive uno en pos de otro para siempre jamas, según que vos lo ordenardes e dexardes en vuestro mayoradgo“.
As suas boas relações de amizade com os Zúñigas de Monterrey, a quem o ligavam laços familiares muito estreitos, com o Conde de Benavente (Don Alonso Pimentel) e com o Conde de Haro (Don Pedro de Velasco), protegiam-no - assim pensava Don Diego - dos seus maiores e perigosos inimigos: os Sotomayor.
Do seu casamento com Doña Teresa de Zúñiga, filha de Don Diego López de Zúñiga, “el Mozo“, Senhor de Monterrey, e de sua mulher Doña Elvira de Biedma, não lhe ficaram filhos.
Teve-os, porém, fora do matrimónio: Don Bernardino Pérez Sarmiento, Adiantado-mor da Galiza e futuro Conde de Ribadavia; e Don Garcia Sarmiento, em cujo filho (Don Francisco) se continuou o Condado de Santa Marta de Ortigueira.
Em 1446 Don Diego Pérez Sarmiento adquire dois importantes bastiões: Aguiar e Salvatierra, a primeira por compra a Don Álvaro Páez de Sotomayor, a segunda ao Conde de Ribadeo.
As tensões entre Sarmientos e Sotomayores sobem nos anos cinquenta. Objecto das mesmas foi o castelo de Castro Cobadoso, com as terras de Orcellón e Avión, cuja posse e direitos eram disputados por ambas as casas.
A querela acabou, mais uma vez, por ser transportada para a confrontação armada. E apesar de um solene pacto firmado em 27 de Julho de 1452, Don Álvaro Páez de Sotomayor invade em 1455 os estados dos Sarmientos, entra em Ribadavia e arranca Don Diego de dentro do palácio condal “y prendiolo por la barba y llevolo preso dentro de Sotomayor, y túvulo preso mientras fue su voluntad, y al soltar que lo soltó, sacole todos los partidos que quiso, y todo se lo guardó, y tomole a Salvatierra por toda la unitad de la fuerza“ .
Iniciaram-se negociações entre as duas casas, tendo por mediadores os Zúñigas, parentes de ambos.
Foram humilhantes as condições impostas aos Sarmientos: a vila de Salvatierra passou a fazer parte dos estados dos de Sotomayor, comprometendo-se estes a restituir Castro Cobadoso e suas terras; 40.000 maravedis de juro, dos quais 25.000 em alcabalas de Pontevedra; carta de perdão dos Sarmientos a Don Álvaro de Sotomayor e seus criados e vassalos pela invasão de Ribadavia e pela prisão do Conde de Santa Marta; juramento por parte deste de procurar junto do monarca carta de perdão para os delitos cometidos.
Só assim recuperou a liberdade Don Diego. E os seus poderosos amigos e aliados - os Zúñigas, os Velascos e os Enriquez - deviam prometer e assegurar que todas as exigências dos de Sotomayor seriam cumpridas na íntegra.
O Conde de Santa Marta faleceu cerca de 1467 (o seu codicilo data de 17 de Fevereiro de 1466).
A viúva, Doña Teresa de Zúñiga, exerceu uma administração da casa de grande decisão, mas criando uma indubitável animosidade e ódio entre os vassalos. Enfrentou todos os que ameaçavam o enorme senhorio dos Sarmientos, tornando-se particularmente sangrentas as disputas com os Ulloas (que lhe destruiram as fortalezas de Castro Cobadoso e Castro Caldelas) as quais, pela violência alcançada, comprometeram a paz de grande parte da Galiza durante vários anos.
O jovem Don Sancho de Ulloa, Senhor de Monterrey e Ulloa, caiu nas mãos dos Sarmientos e Zúñigas, sendo preso no castelo de Mucientes, que os Condes de Santa Marta possuiam em Valência, de onde só viria a sair depois de intensos pedidos de nobres e mesmo da coroa. Ainda assim, não sem que tivesse de sujeitar-se a um vexante juramento perante a arrogante Condessa de Santa Marta e Don Bernardino Sarmiento.
A Condessa viria porém a pagar caro a sua dureza e altivez.
Certo dia, sendo já de avançada idade, uma turba de ferozes súbditos de Ribadavia assaltou o palácio condal, arrastou a Condessa pelas ruas e na praça maior assassinou-a a golpes de lança, juntamente com o seu meirinho Pedro Oxea.
Sucedem-se graves desacatos nos estados dos Sarmientos, dos quais foram parte activa não só os moradores de Ribadavia mas duas personagens de certa relevância na zona: o abade de San Clodio de Ribadavia e Don Diego Sarmiento, Senhor de Sobroso, o qual é apontado pela documentação da época como autor de numerosos atropelos em danos causados a igrejas e concelhos.
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Don Diego Sarmiento, Senhor de Sobroso, do couto de Canedo, da jurisdição de Parada de Achas, etc., parente dos Condes de Santa Marta, era filho de Don Garcia Sarmiento, Meirinho de Toroño, Senhor de Sobroso e Salvatierra (esta por dote de casamento), do couto de Canedo, da jurisdição e couto de Parada de Achas, etc. (sobrinho lhe chama Don Garcia Fernández Sarmiento, 3º Adiantado-mor, de quem recebeu em 1428 uma doação de 5.000 florins de ouro) e de sua 1ª mulher Doña Teresa de Sotomayor (filha herdeira de Don Paio Subredia de Sotomayor, Meirinho de Toroño, Alcaide e Governador de Tui, Senhor de Salvatierra, que recebe das mãos de João I em 1389, do couto de Parada de Achas, de Louriña, Hermiel, Valdemiñor, Conchelo, dos coutos de Eanes, Pétan e Parada, em Porriño, etc., e de sua mulher Doña Mencia de Andrade).
Casou, segundo os linhagistas, com Doña Leonor de Meira y Valladares, que o P.e Crespo Pozo, in “Blasones y Linages de Galicia”, faz filha de Don Gonzalo (aliás Don Gregorio) de Valladares e de sua mulher Doña Teresa de Meira, Senhores das Casas e fortalezas de Valladares, Meira, Sasamón, das terras de Mouriscados e La Bandera.
Porém, José Garcia Oro, in “La Nobleza Gallega en la Baja Edad Media”, baseado em Vasco de Aponte (no seu “Recuento de las Casas Antiguas del Reino de Galicia”), afirma que a mulher de Diego Sarmiento era irmã de Don Fernán de Camba, que foi Duque de Camba pelos relevantes serviços prestados na Guerra de Granada em 1510, e de Don Lope de Taboada, Senhor da fortaleza de Castro Caldelas; todos filhos de Don Álvaro de Camba, Senhor de Camba e Rodeiro.
A sua ascendência materna pelos Sotomayor fazia-o parente de Don Pedro Alvarez de Sotomayor, o célebre Pedro Madruga.
Mas o parentesco entre estas duas casas não obstava a que entre Diego Sarmiento e Pedro Madruga existissem relações bem pouco amistosas.
De resto, Don Pedro Alvarez de Sotomayor era também parente próximo da Condessa assassinada.
Por isso, ofendido pela morte injuriosa causada a esta sua familiar, irrompeu na vila de Ribadavia, assassinando a quantos surpreendeu e degolando Diego Sarmiento.
Com a morte desonrosa do Senhor de Sobroso, sucede-lhe seu filho Don Garcia Sarmiento que tentará recuperar o senhorio e mesmo aumentá-lo, bem como vingar a afronta.
Consigo estão os fidalgos de Pontevedra, Avalles, Montenegros e Valladares, com os quais se empenha em manter um clima de guerrilha nas fronteiras do senhorio de Sotomayor.
Por trás de si estão o poderoso arcebispo Fonseca e os Ulloas e, sobretudo, a coroa. É que Garcia Sarmiento havia tomado posições firmes de apoio aos reis católicos Fernando e Isabel, contra as pretensões de Joana a Beltraneja (de quem foi fiel partidário Pedro Madruga).
Em 1477-1478 Garcia Sarmiento tenta recuperar o seu senhorio: Sobroso e Salvatierra.
Conquista de facto a fortaleza de Sobroso. Mas, certo dia, ao patrulhar com vinte ou trinta cavaleiros e mais de duzentos peões seus e do arcebispo, a barreira defensiva de Sobroso-Castrizán, foi preso pelos homens de Sotomayor.
Mais tarde, também seu tio Fernán de Camba foi levado como prisioneiro para o castelo de Sotomayor, onde Madruga o manteve enjaulado no meio duma sala.
O Senhor de Sotomayor ainda tentou ameaçar com a morte de Garcia Sarmiento diante da fortaleza de Sobroso para que lha entregassem. Mas o alcaide, Lope de Avalle, cunhado de Garcia Sarmiento (estava casado com Doña Catalina Sarmiento) recusou-se a entregar-lha.
E só nos finais de 1482 Garcia Sarmiento e Fernán de Camba recuperaram a liberdade na batalha de Salvatierra.
Este Garcia Sarmiento obteve em 30 de Maio de 1497 sentença definitiva da Chancelaria de Valladolid que lhe confirmava a posse de Salvatierra. E isto enquanto o Conde de Ribadavia e os Sotomayor tentavam apresentar provas alegando o seu direito a esta importante vila.
Salvatierra havia passado durante pouco mais de um século por vários senhores. Sendo no início da coroa, foi doada por João II ao Conde de Ribadeo. Este vendeu-a ao Conde de Santa Marta Don Diego Pérez Sarmiento. Finalmente, a viúva deste, Doña Teresa de Zúñiga, trocou-a com Don Álvaro Páez de Sotomayor por um juro de 25.000 maravedis que este possuía em Pontevedra.
As alegações de Garcia Sarmiento foram simples mas claras: sendo ele o filho maior legítimo de Diego Sarmiento, que por sua vez o era de Garcia Sarmiento e de Teresa de Sotomayor, filha esta de Paio Subredia de Sotomayor, “que era visneto varon mayor legítimo o descendiente del dicho Payo Subredia de Sotomayor por lo qual dixo que como a tal visnieto legitimo descendiente del por titulo de mayoradgo por derecho de señorio o casy y por otros justos y derechos titulos le pertenescia la dicha villa de Salvatierra con su fortaleza e alfoz e tierra e señorio e jurisdicción“ .
Garcia Sarmiento casou duas vezes: segundo Ávila y La Cueva , baseado em documentos da família, a primeira com Doña Sancha de Lobeira; e depois de conviver com ela cerca de doze ou quinze anos, sem sucessão, requereu o marido sentença de divórcio alegando que ela fora casada antes com Don Paio Gómez de Sotomayor e depois com Esteban de Xunqueiras, ambos parentes dele Garcia Sarmiento dentro do 4º grau. A sentença de divórcio foi dada por Don Pedro de Soto, provisor de Santiago, a 7 de Maio de 1505.
Garcia Sarmiento casara entretanto (antes ainda da sentença de anulação) com Doña Francisca de Sotomayor (viúva sem filhos de Diego Alvarez de Sotomayor), filha de Don Alvaro de Sotomayor, 2º Conde de Caminha, e de sua mulher a Condessa Doña Inês Enriquez de Monroy, de quem veio a ter sucessão.
Gándara , porém, tem uma versão diferente e que é seguida pela maior parte dos linhagistas. Segundo ele, Garcia Sarmiento teria casado em primeiras núpcias com Doña Francisca de Sotomayor, casamento que teria sido anulado pelo parentesco entre os cônjuges.
Casara então com Doña Sancha de Lobeira; mas, recorrendo para Roma Doña Francisca lograra que fossem revalidadas as primeiras núpcias, ainda que, logo que falecida esta senhora, Garcia Sarmiento voltasse a casar com Doña Sancha.
Don Garcia Sarmiento testou a 4 de Agosto de 1523, em Valladolid, fundando morgadio a favor de seu filho primogénito Don Juan Sarmiento de Sotomayor, do qual fez cabeça a sua vila e fortaleza de Salvatierra, a jurisdição e castelo de Sobroso, os coutos de Canedo e Nogueira, as aldeias de Pias, Mouriscados e o Vale de las Achas.
Na descendência de Don Juan Sarmiento se mantiveram os senhorios de Salvatierra e Sobroso, os quais irão mais tarde ser titulados em Condes de Salvatierra e Marqueses de Sobroso.
Outros dos filhos de Don Garcia Sarmiento foram: o seu homónimo Don Garcia Sarmiento de Sotomayor, que foi senhor de Gondomar, Vincios, Peitieiros, Morgadans, Governador e Capitão das Canárias, pai do 1º Conde de Gondomar (Don Diego Sarmiento y Acuña de Sotomayor); e Don Diego Sarmiento de Sotomayor, do Conselho da Suprema Inquisição, bispo de Astorga e eleito de Siguenza.
Já acima deixámos referido que Don Garcia Sarmiento tivera uma irmã Doña Catalina Sarmiento que fora casada com Don Lope de Avalle, alcaide de Sobroso; mas não referimos então que esta senhora casara também com Don Gómez Cru de Pontevedra, de quem teve Doña Teresa, mulher de Don Fernán Pérez de Betanzos (filho de Don Pedro Fernández de Andrade, regedor de Betanzos, e de Doña Juana Diaz de Lemos).
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Passemos agora a referir Don Diego Sarmiento, 2º filho varão do homónimo degolado por Pedro Madruga.
Este Don Diego serviu os Reis Católicos que lhe deram a alcaidaria da fortaleza de Monte do Boy, em Bayona, e que talvez seja identificável com o Diego Sarmiento que em 1518 era Cavaleiro do Conselho do rei D. Manuel I de Portugal.
Casou com Doña Constanza de Sotomayor, filha do eterno inimigo dos Senhores de Sobroso, Don Pedro Alvarez de Sotomayor, dito Pedro Madruga, Conde de Caminha, Visconde de Tui e Marechal de Bayona , e de sua mulher a Condessa Doña Teresa de Távora.
Manteve com seu sobrinho Don Juan Sarmiento um longo pleito judicial, acerca de Salvatierra e Sobroso, sustentando que este não fora gerado em legítimo matrimónio e, por isso, lhe deveriam ser entregues aquelas jurisdições.
Chegaram porém a um entendimento, ficando Don Diego com o Vale de las Achas, com 400 vassalos, com o lugar e couto de Parada, Casa e Palácio de Villanueva e com o Vale de Pétan, com senhorio de 300 vassalos, bem como o padroado do Convento das monjas beneditinas da vila de La Guardia; a Don Juan Sarmiento foram atribuidos os senhorios de Salvatierra e Sobroso e a Casa solarenga de las Achas .
O senhorio do Vale de Achas provocou desde o século XVI sistemáticas queixas dos moradores contra os Sarmientos, acusando-os de abusos de poder.
A primeira sentença executória contra os senhores do Vale de Achas data de 30 de Dezembro de 1515, contra Don Garcia Sarmiento e é emanada da Real Chancelaria de Valladolid e Audiência de Galiza.
Novos protestos, sentenças e apelações entre os moradores e os Sarmientos mantêm-se nos anos subsequentes e até, pelo menos, ao século XIX, umas vezes a favor dos primeiros, muitas outras favorecendo e reconhecendo os direitos dos Senhores do Vale de Achas .
Desde a mesma época que existiram igualmente pleitos entre os mesmos senhores e os vassalos do Vale de Pétan, pelas mesmas razões invocadas pelos moradores do Vale de Achas.
Do casamento de Don Diego Sarmiento de Sotomayor com Doña Constanza de Sotomayor nasceram dois filhos varões: Don António Sarmiento de Sotomayor, cuja descendência iremos tratar; e Don Pedro Sarmiento de Sotomayor, que herdou o senhorio do Vale de Pétan e em cuja descendência se manteria esta jurisdição, sendo o tronco dos Senhores da Casa e Condado de Maceda, Condes de Fefiñanes e Marqueses de Figueroa.
Don António Sarmiento de Sotomayor herdou o senhorio e jurisdição do Vale de las Achas (compreendendo as freguesias de Santiago de Parada e Santa Maria de Luneda) e o couto de Parada, com a Casa e Palácio de Villanueva de las Achas, assim como o padroado do Convento beneditino da vila de La Guardia.
Casou com Doña Ana de Bazán y Robles, neta do Visconde de Valduerna.
Deste casamento nasceu o herdeiro do senhorio paterno: Don Diego.
Don Diego Sarmiento de Sotomayor foi assim Senhor da jurisdição de Achas e couto de Parada, da Casa e Palácio de Villanueva e do padroado do Convento de La Guardia.
Casou com Doña Angela Pimentel y Ozores de Sotomayor, que levou em dote os senhorios de Feardos, Gomezende e Milmenda, filha de Don Gonzalo Rodriguez de Araújo, Senhor destes senhorios e jurisdições, e de sua mulher Doña Isabel Ozores y Sotomayor, fundadora com seus irmãos do Convento beneditino de La Guardia (bisneta materna dos 1ºs Condes de Caminha).
Foram vários os filhos deste casamento: Don António Sarmiento de Sotomayor, no qual se mantiveram os senhorios e jurisdições de Achas e Parada e com quem iremos iniciar o estudo genealógico dos Senhores do Morgado e Pazo de Borza, em Santa Cristina de Valeixe, que dele descendem; Don Diego Sarmiento de Sotomayor, que morreu servindo na Flandres; Don Francisco Sarmiento de Sotomayor, logo abaixo; Don Bernardino Sarmiento de Sotomayor, ao qual nos referiremos igualmente mais à frente; e várias filhas monjas no Convento de La Guardia.
Don Francisco Sarmiento de Sotomayor foi Cavaleiro da Ordem de Santiago, Contador-mor da cidade de Cartagena, nas Indias, da qual foi Governador e Capitão General e Cabo das Galés da sua costa, Governador e Capitão General da província de Popaian, onde conquistou aos índios barbacoas duzentas léguas de terra, povoou as cidades de S. Francisco Sarmiento e Santiago de Sotomayor, abrindo passagem para o comércio do Perú, defendeu a Ilha de Santa Marta dos ingleses, que a tinham sitiada com seis navios, veio depois a ser Corregedor da cidade de La Plata, da vila de Potosi e da cidade de Cuzco, Governador da província de Collaguas, Corregedor de Cailloma e Alguazil-mor da Inquisição de Lima. Casou com Doña Catalina Pelaez de la Guerra y Barros (filha de Don José de Barros, que depois de viúvo foi Deão da igreja de Cartagena das Indias e Bispo eleito dela, e de Doña Luisa Pelaez de la Guerra). Foi seu filho Don Agustin Sarmiento de Sotomayor, Cavaleiro de Santiago, Visconde de Portillo, junto a Toledo, e Senhor da vila de Sabucedo de Limia, na Galiza, de quem descendem os restantes Viscondes de Portillo.
Don Bernardino Sarmiento de Sotomayor, 4º filho varão de Don Diego Sarmiento de Sotomayor, Senhor do Vale de Achas e Parada, foi Cavaleiro da Ordem de Santiago, Comendador de Estriana, “Cavallerizo de las Reinas” e Senhor de Gomezende. Casou com Doña Berenguela Maria de Noboa y Feixóo, Dama da Raínha Margarida de Áustria.
Destes foi filha herdeira Doña Catalina Sarmiento de Sotomayor y Noboa, que foi Senhora de Gomezende e da Casa e jurisdição de Sotopenedo, vindo a casar com Don Gabriel de Quirós Sotomayor y Hinestrosa, Senhor da vila de Mós e da jurisdição de Torroso, Justanes e Tourón, Cavaleiro da Ordem de Calatrava, Comendador de Betera, Mestre de Campo de infantaria, filho de Don Gabriel Bernardo de Quirós y Sotomayor, Senhor de Mós, Torroso, Justanes e Tourón, e de sua mulher Doña Violante de Sousa e Menezes, dos Senhores de Pentieiros e couto de Francemil, em Portugal.
Foram os pais do 1º Marquês de Mós (mercê de 6 de Novembro de 1686), Don Gabriel Sarmiento de Quirós y Sotomayor, Cavaleiro da Chave Dourada, Procurador do Reino da Galiza, tronco dos restantes Marqueses de Mós, dos Duques de Sotomayor, dos Duques de Estrada, dos Senhores de Petán e de outras ilustres Casas com o título de “Grandes de Espanha”.
Morgadio de Borza, em Santa Cristina de Valeixe
I- DON ANTÓNIO SARMIENTO DE SOTOMAYOR, Senhor de Vale de Achas, com 400 vassalos, do couto de Parada de Achas, de Feardos, da casa e Palácio de Villanueva de Achas, Governador de Bayona e capitão do castelo de S. Julião de Lisboa, Corregedor de Ribadeo e Viveiro, etc., filho primogénito de Don Diego Sarmiento de Sotomayor, Senhor de Vale de Achas e Parada, de Feardos, Gomezende, etc., e de sua mulher Doña Angela Pimentel de Ozores y Sotomayor.
Faleceu a 20/9/1695 em S. Tiago de Parada (Achas).
Casou com DOÑA ANA FLORES, de Salamanca, filha de Don André Rodriguez Flores, alcaide-mor da Irmandade em Salamanca, e de sua mulher Doña Ana de Freitas, a qual faleceu a 8/3/1630 em S. Tiago de Parada.
Dizem também ter casado em 2ªs núpcias com DOÑA FRANCISCA DE CEA Y BAZÁN, possivelmente do Pazo de Balinfra, em Santa Eulalia de Camos (Nigrán), ou mais certamente do Pazo de Cea, que possuia o padroado da igreja da citada freguesia.
Filhos do 1º matrimónio:
II(1)- Don António Sarmiento de Sotomayor, não herdou o Senhorio de Vale de Achas e Parada, Palácio de Vilanueva de Achas, etc., por morrer em vida do pai, foi Cavaleiro da Ordem de Santiago e capitão de infantaria e de cavalos.
Casou com Dõna Leonor de Rojas y Sylva, de quem teve por herdeiro nos senhorios a Don Diego Sarmiento de Sotomayor casado em Mérida com Doña Maria de la Rocha Solis y Ovando, filha de Don Fabian de la Rocha e de Doña Maria de Solis y Ovando, sobrinha do Bailio Fr. Don Miguel de Solis y Ovando e de Don Francisco de Solis y Ovando, do Conselho Real de Castela e da Guerra. C.g. de que descendem os restantes Senhores de Vale de Achas e Parada, futuros Condes de Villanueva de las Achas, Fernan Nuñez e Cervellón, Marqueses de Castel Moncayo, Mina e Nules, e Duques de Montellano e del Arco, com o título de “Grandes de Espanha”.
II(2)- Fr. Don Melchior Sarmiento de Sotomayor, foi Cavaleiro da Ordem de Santiago, Chantre e Cónego da Igreja de Santiago de Compostela.
II(3)- Doña Angela Sarmiento de Sotomayor, casada com Rodrigo Pereira de Castro. S.g.
Filhos do 2º matrimónio:
II(4)- Don António Sarmiento de Sotomayor, segue
II(5)- Don Bernardo Sarmiento de Sotomayor, falecido a 28/4/1702 en San Cristóbal de Mourentan, casado com Doña Lucia de Araújo, falecida a 31/12/1694, na mesma freguesia. Deles descendem os Senhores do Pazo e Morgado de Pombeiro, da Torre de Sande e Morgado de Guimaráns, em Mourentan.
Teve ainda de ISABEL FEIJÓO, soltª da freg. de Parada:
II(6)- Doña Teresa Sarmiento, falecida a 10/5/1728, sendo moradora em casa de Don Diego Sarmiento, Senhor de Vale de Achas e Parada, seu sobrinho, em Santiago de Parada.
II- DON ANTÓNIO SARMIENTO DE SOTOMAYOR, viveu no “Palácio“ de Cervéllon, em Santiago de Parada (de Achas) e foi Senhor do Pazo de Borza, em Santa Cristina de Valeixe.
Levantam-se-nos algumas dúvidas acerca do nascimento deste filho do Senhor de Achas e Parada.
De facto, presumimos que tanto ele como seu irmão germano Don Bernardo tenham sido gerados fora do casamento.
Senão vejamos. O filho primogénito de Don António Sarmiento de Sotomayor e de Doña Ana Flores chamou-se igualmente Don António, e embora tenha morrido ainda em vida do pai, como afirmam os linhagistas, casou e teve geração de sua mulher Doña Leonor de Rojas y Silva, no qual se continuou o senhorio de Achas e Parada. Sabendo-se que a mãe deste (Doña Ana Flores) faleceu em 1630, ele terá nascido antes desta data. Mas não muito tempo antes, já que seu pai veio a falecer somente em 1695.
Por outro lado, no assento de casamento do suposto filho do 2º matrimónio diz-se apenas que o noivo é “hijo de Don António Sarmiento“, o que faz suspeitar seja havido fora do matrimónio do pai.
Atendendo a que Don António Sarmiento de Sotomayor, senhor de Achas, faleceu mais de sessenta anos após sua mulher, seria perfeitamente plausivel que ele pudesse ter vindo a casar posteriormente com Doña Francisca de Cea; mas - é nossa suposição - o fizesse “in articulo mortis“, legitimando assim os filhos dela havidos.
Ainda assim, temos dúvidas de que, a existir tal segundo casamento, ele não fosse referenciado pelos nobiliaristas.
Pelo que, até prova documental convincente, somos de opinião de que este filho (bem como o Don Bernardo, progenitor dos senhores do Pazo de Pombeiro) tenha sido gerado fora de casamento.
Casou a 20/6/1655 em Santiago de Parada com DOÑA MARTA TRONCOSO DE ULLOA, filha do Capitão Don Diego Troncoso de Ulloa e de sua mulher Doña Isabel de Araújo, da mesma freguesia .
Filhos :
III(1)- Don Fernando Sarmiento de Sotomayor, segue
III(2)- Don Diego Sarmiento de Sotomayor, bapt. em Santiago de Parada a 8/12/1658. S.m.n.
III(3)- Don Luís Sarmiento de Sotomayor, bapt. na mesma freg. a 27/11/1662. S.m.n.
III(4)- Don Carlos Sarmiento de Sotomayor, de quem desconhecemos a data e local de bapt., casou a 15/11/1693, em Santa Cristina de Valeixe (com dispensa dos 3º e 4º graus), com sua prima Doña Florentina de Puga y Araújo, filha de Domingos de Puga e Catalina de Araújo. C.g.
III(5)- Don António Sarmiento de Sotomayor, casado com Doña Violante Sarmiento de Sotomayor, que poderá ser filha dos senhores de Pétan ou, mais provavelmente, do Pazo de Pombeiro. C.g.
III(6)- Don Jacinto Sarmiento Troncoso, casado com Doña Maria Sarmiento de Ulloa, a qual veio a falecer em S. Tiago de Parada a 8/6/1730. C.g.
III(7)- Fr. Don Bernardo Sarmiento de Sotomayor, padrinho de bapt. de Bernardo, filho de Don Fernando Sarmiento de Sotomayor (abaixo), em 1688. S.m.n.
III(8)- Doña Maria Sarmiento de Sotomayor, madrinha de bapt. do mesmo, na data acima indicada. S.m.n.
III- DON FERNANDO SARMIENTO DE SOTOMAYOR, foi bapt. em Santiago de Parada a 22/10/1655.
Foi Senhor do Pazo de Borza, em Santa Cristina de Veleixe e do vínculo instituído por Alonso González de Moaña, em 1473, no Pazo de Casal, em Bueu, Pontevedra.
Casou a 20/3/1672, em Santiago de Parada, com DOÑA LUISA DE ALDAO Y TABOADA, bapt. a 9/9/1649 em S. Martin de Berducido, no bispado de Tui, filha de Don Esteban Rodriguez de Aldao, que foi abade de Santiago de Parada, e de Catalina Rodriguez, solteiros .
Em 4/10/1676 Don Fernando Sarmiento de Sotomayor requereu do cura de S. Martin de Berducido certidão do assento de baptismo de sua mulher Doña Luísa de Aldao, “para çiertos letigios de pleitos que se me an mobido en raçon de la erençia y binculo que fundó alonso gonçales de moaña … “ .
Filhos:
IV(1)- Doña Antónia Bernarda Sarmiento de Sotomayor, bapt. a 12/2/1673 en Santiago de Parada, tendo por padrinhos Don António Sarmiento de Sotomayor, Senhor de Achas, seu bisavô, e Doña Ana Carvajales, “a los quales declare el parentesco “.
Faleceu solteira a 19/8/1729 em Santa Cristina de Valeixe.
IV(2)- Don Tomás Sarmiento y Aldao de Sotomayor, segue
IV(3)- Doña Josefa Margarida Sarmiento de Sotomayor, bapt. a ?/?/1677 na mesma freg.
IV(4)- Don Diego Sarmiento de Sotomayor, bapt. a ?/?/1678 na mesma freg., tendo por padrinhos “el Señor Don Diego Sarmiento y la Señora Doña Maria de la Rocha“.
Casou em 1ªs núpcias, na freg. de S. Julian de Marin (anexa de Santa Maria del Puerto), com Doña Juana Maria Cicerón, possivelmente filha de Don Antonio Benito Cicerón, da vila de Marin, e de sua mulher Doña Josefa Centeno Troncoso de Lira.
Casou em 2ªs núpcias, em Alxán, no bispado de Tui, a 16/9/1706, com Doña Maria Josefa Suarez de Castro, filha de Don Miguel Suarez de Castro e de sua mulher Doña Catalina de Brito Balçan, da mesma freg. C.g.
IV(5)- Doña Maria Luísa Sarmiento y Aldao, bapt. a 7/5/1681 na mesma freg., tendo por padrinhos Don António de Puga e Antónia Gomez, moradores em Valeixe.
IV(6)- Don Esteban Sarmiento de Sotomayor, bapt. a 9/9/1683 na mesma freg., tendo por padrinhos Don António Sarmiento e Doña Marta Gil “y les adverti el parentesco“.
Foi caudilho da gente de armas do partido de Porriño e justificou a sua nobreza em 1732 .
Fez testamento em 9/10/1724 .
Casou a 13/1/1712 em Santiago de Pontellas com Doña Juana Maria de Sequeiros Cadabal y Romay, Senhora do Pazo e Morgado de Cadabal, nesta freg., filha de Don António de Sequeiros Cadabal (Falcon y Sotomayor) y Romay, Senhor do Morgado do Pazo de Cadabal, e de sua mulher Doña Maria Teresa de Acebedo Arias y Quiroga.
Foi seu filho herdº Don Esteban José Sarmiento Cadabal y Romay, que sucedeu no Morgado e Pazo de Cadabal, foi cadete do Regimento de Dragões de Edimburgo, caudilho da gente de armas do partido de Porriño, em sucessão a seu pai, e serviu em Ceuta, Itália, Cápua, Messina, etc., e casando com Doña Antónia de Groba y Portocarrero teve Doña Maria Francisca Sarmiento y Groba de Cadabal, herdª do Morgado e Pazo de Cadabal, casada com Don Fernando Agustin Zelaya y Jausoro, pais de Doña Juana Maria Teresa Zelaya y Sarmiento, herdª do Morgado e casada com Don Gabriel Maria Sarmiento de Sotomayor y Acuña, nomeados à frente em VI.
IV(7)- Don Bernardo Sarmiento Troncoso, bapt. a 11/7/1688 na mesma freg. tendo por padrinhos Fr. Don Bernardo Sarmiento e Doña Maria Sarmiento, “advertiles la cogn.on espiritual“. Creio ser este o juiz da jurisdição de Arbo, falecido soltº na freg. de Achas a 11/7/1734, sendo paroquiano de Santa Cristina de Valeixe onde se mandou enterrar; fez-se-lhe o enterro com trinta missas de ofício. Deixou no seu testamento a cada terço vinte missas de ofício, vinte de voto, incluíndo uma a Santo Cristo de Orense; deixou mais trinta missas à disposição dos herdeiros e quatrocentas repartidas pelo convento de S. Francisco de Ribadavia e da vila.
IV(8)- Don Fernando Sarmiento de Sotomayor, bapt. a 12/11/1690 na mesma freg. S.m.n.
IV(9)- Doña Teresa Sarmiento y Aldao, bapt. a 3/10/1693 na mesma freg., tendo por padrinhos Don Tomás Sarmiento e Antónia Sarmiento, solteiros, seus irmãos. S.m.n.
IV- DON TOMÁS SARMIENTO Y ALDAO DE SOTOMAYOR, foi Senhor do Morgado do Pazo de Borza, em Valeixe, com seus agregados em outras freg.s.
Faleceu em Santa Cristina de Valeixe a 6/8/1737, com testamento em que deixou mais de uma centena de missas a serem ditas nos conventos de S. Simão de Redondela, S. Diego de Canedo, S. Francisco de Ribadavia e do Santo Cristo de Orense.
Casou em 1ªs núpcias, provavelmente na fregª de S. Salvador de Cristiñade, Puenteareas, com DOÑA VITÓRIA JOSEFA PEREIRA (DE CASTRO) Y MOSCOSO, provável irmã do Doutor Don Ignacio Pereira y Moscoso, que em 1736 exercia o nobre ofício de Assistente e Justiça Maior da cidade de Santiago de Compostela, e foi colegial de Fonseca, catedrático de Prima de Leis na Universidade de Santiago , senhor da quinta de Reboreda (por compra), fºs de Don Álvaro Pereira de Castro, capitão de milícias, da fregª de S. Pelayo de Alxán, e de sua mulher Doña Gregoria de Puga y Araújo, de S. Vicente de Canedo; netos paternos de outro Don Álvaro Pereira (de Castro), “o capitão velho”, serviu como capitão nas campanhas da Flandres, com grande reputação de prudência e valentia, em todas as funções que lhe foram acometidas, e de sua mulher Doña Isabel de Oya, ambos da fregª de Alxán; netos maternos de Don Vasco de Puga y Araújo, capitão de infantaria, de S. Vicente de Canedo , e de sua mulher Doña Maria Garcia Pardon, da vila de Noya.
Casou em 2ªs núpcias com DOÑA TERESA DE ACEBEDO.
Filhos do 1º matrimónio:
V(1)- Don Tomás António Sarmiento de Sotomayor y Aldao, segue
V(2)- Doña Maria Sarmiento de Sotomayor, falecida em Valeixe a 12/5/1770 onde vivia no lugar de Balsada, tendo casado nesta freg. a 27/8/1721 com Don Tomás Troncoso, de S. Jorge de Ribadetea (sendo o noivo representado por Don Diego de Benevides). S.m.n.
V(3)-Doña Teresa Sarmiento, falecida a15/8/1753 em Valeixe, casada a 15/8/1745 em S. Tiago de Parada com Filipe Simon de Puga, talvez irmão de Don Luís Vázquez de Puga, advogado da Real Audiência do Reino da Galiza, e, filho de Don Simón Vázquez de Puga, juiz ordinário de Parada, e de sua mulher Doña Angela Pérez Sarmiento, de Alveos. S.g.
V(4)- Doña Bernarda Sarmiento, falecida a 30/6/1769, moradora no lugar de Valeixe, desta fregª. Solteira.
V(5)- Doña Inês Sarmiento, do lugar de Tain, em Valeixe, falecida a 27/1/1769.
V- DON TOMAS ANTÓNIO SARMIENTO DE SOTOMAYOR Y ALDAO PEREIRA DE CASTRO Y MOSCOSO DE ULLOA OYA Y BENEVIDES, foi Senhor do Morgado do Pazo de Borza, em Santa Cristina de Valeixe, com seus agregados em outras freg.s, regedor decano e juiz ordinário de Tui, deputado do Reino da Galiza por esta cidade.
Faleceu a 14/1/1793 em Valeixe, com testamento.
Casou a 23/3/1732, em casa da noiva, na cidade de Tui (sendo celebrante o Dr. Don Francisco António Torrente y Torres, cónego magistral na Catedral desta cidade, e o noivo representado pelo tio da noiva Don Juan Fernandez de Acuña, cónego na mesma Catedral) com DOÑA JUANA TERESA BENITA DE ACUÑA Y LA PUENTE VARELA DE BLANCAS Y RUIZ COLORADO DE IÑIGO, nascida em 1715 na cidade de Tui e falecida a 2/9/1782 em Valeixe, com testamento em que deixava cento e seis missas para serem rezadas no Convento de S. Francisco de Tui, filha herdeira de Don Ignácio Julián Fernandez de Acuña , Senhor do Morgado de Bruguete, em S. Miguel de Corzanes, e de sua mulher Doña Teresa Benita de la Puente Ruiz Colorado y Iñigo , da vila de Redondela; neta paterna de Don Melchior Fernandez de Acuña, procurador de número das audiências civil e eclesiástica da cidade de Tui, Senhor do Morgado de Bruguete , e de sua mulher Doña Isabel Varela de Blancas; neta materna de Don António de la Puente e de sua 2ª mulher Doña Lucia Josefa Ruiz Colorado y Iñigo .
Filhos:
VI(1)- Don Manuel Sarmiento de Sotomayor, de quem desconhecemos a data e local de nascimento, mas terá falecido soltº.
Serviu de testemunha em 1775, no casamento da irmã Doña Juana.
VI(2)- Doña Apolónia Bárbara Agustina Francisca Sarmiento y Acuña de Sotomayor, nasceu a 12/7/1736 em S. Miguel de Corzanes e casou em 1759 com Don Diego Manuel de Ocampo y Groba, da freg. de Santiago de Tortoreos.
VI(3)- Doña Juana Maria Josefa Francisca da Luz Sarmiento de Sotomayor y Acuña, nasceu a 14/1/1738 em Valeixe.
Casou a 1/4/1775 na mesma freg. com António de Castro Sousa e Menezes, Senhor donatário da vila de S. Tomé de Parderrubias, no bispado de Tui, com jurisdição de vassalos e seu Morgado, Senhor da honra de Remoães e administrador do Morgado do Peso, no termo de Melgaço, do Morgado da Gandra, na freg. de Rubiães, no termo de Paredes de Coura, Senhor dos mausoléus e sepulturas vinculadas de seus antepassados na capela-mór da igreja matriz de Santa Maria da Porta, da vila de Melgaço, administrador de vínculos em Monção, etc., filho de Bernardino José de Castro e Sousa Barreto de Menezes, Sargento-mor de ordenanças em Paredes de Coura, Senhor de Parderrubias, administrador do Morgado do Peso, etc., e de sua mulher D. Maria Antónia da Cunha e Antas Brandão Pereira, administradora do Morgado da Gandra.
Deles descendem os Castro Sousa e Menezes Abreu e Antas, futuros Viscondes do Peso de Melgaço e os Castro Sousa Sarmento, da Casa de Cavalhõesinhos, em Vila Boa do Bispo, Marco de Canaveses .
VI(4)- Don Tomás Benito Sarmiento de Sotomayor, nasceu a 10/9/1740 em Valeixe e faleceu soltº.
Foi procurador de seu parente, o Senhor de Vale de Achas e Parada, Don António José Sarmiento de Sotomayor Pardo de Figueroa y Solis, 1º conde de Villanueva de las Achas (título concedido no Perú por Carlos III, em 24/11/1761) que a ele se refere em seu testamento.
Teve de Benita Vásquez, soltª:
VII(1)- António Sarmiento, bapt. a 6/8/1778 em Valeixe.
VII(2)- Rosalia Sarmiento, bapt. a 4/4/1782 na mesma freg.
VI(5)- Don José Maria Sarmiento de Sotomayor, nasceu a 18/3/1743 Valeixe e faleceu criança.
VI(6)- Don Fernando Sarmiento de Sotomayor, nasceu a 8/9/1744 em Valeixe faleceu criança.
VI(7)- Dõna Maria Teresa del Carmen Sarmiento y Acuña, monja no Convento de Nª Sª da Conceição, da cidade de Tui.
VI(8)- Doña Rosália Francisca Sarmiento y Acuña, nasceu a 30/7/1747 em Valeixe e faleceu menina.
VI(9)- Don Gabriel Maria Sarmiento de Sotomayor y Acuña, segue
VI(10)-Don Lucas José Francisco Sarmiento de Sotomayor, nasceu a 18/9/1751 em Valeixe e morreu criança.
VI(11)-Don António Luís Francisco del Carmen Sarmiento de Sotomayor, nasceu a 12/6/1756 em Valeixe e morreu menino.
VI- DON GABRIEL MARIA SARMIENTO DE SOTOMAYOR Y ACUÑA, foi Senhor dos Morgados dos Pazos de Borza, em Valeixe, com seus agregados noutras freguesias, e de Bruguete, em S. Miguel de Corzanes, procurador e administrador na Galiza de sua parente a Marquesa de Castel Moncayo e Duquesa de Fernan Nuñez, Doña Maria de la Esclavitud Sarmiento de Sotomayor y Sylva Saavedra y Gutierres de los Rios.
Nasceu a 21/5/1749 em S. Miguel de Corzanes.
Casou a 12/12/1787 em Santiago de Pontellas (dispensado por Sua Santidade do 2º, 3º e 4º graus de consanguinidade) com sua prima DOÑA JUANA MARIA TERESA ZELAYA Y SARMIENTO, nascida a 17/2/1763 nesta freg., herdª do Morgado do Pazo de Cadabal, filha de Don Fernando Agustin Zelaya y Jausoro, capitão do Regimento provincial de Tui, e de sua 1ª mulher Doña Maria Francisca Sarmiento y Groba de Cadabal, Senhora do Morgado do Pazo de Cadabal; neta paterna de Don Francisco António Zelaya y Jausoro, administrador dos direitos reais de Redondela, natural de Vitória, e de sua mulher Doña Teresa Benita de la Puente Ruiz Colorado y Iñigo (viúva de Don Inácio Julian Fernandez de Acuña); neta materna de Don Esteban José Sarmiento Cadabal y Romay, cadete do Regimento de Dragões de Edimburgo, caudilho da gente de armas do partido de Porriño, que serviu em Ceuta, Itália, Cápua e Messina, Senhor do Morgado do Pazo de Cadabal, e de sua mulher Doña Antónia de Groba y Portocarrero .
Filhos:
VII(1)- Doña Teresa Sarmiento Zelaya, falecida solteira a 14/8/1800 em Valeixe.
VII(2)- Doña Josefa Rosa Sarmiento Zelaya, nasceu a 20/3/1797 em Valeixe e casou com N. Gonzalez, vindo a ser pais do Revº Don Manuel Gonzalez Sarmiento.
VII(3)- Don Francisco António, nasceu a 5/3/1799 na mesma freg.
VII(4)- Don José Maria Sarmiento Zelaya y Sotomayor, segue
VII- DON JOSÉ MARIA SARMIENTO ZELAYA Y SOTOMAYOR, foi Senhor dos Morgados dos Pazos de Borza, Cadabal e Bruguete, cadete nobre, alferes e tenente, alcaide de Tui.
Nasceu a 16/3/1801 em Valeixe e faleceu a 4/12/1890 em Tui.
Casou com DOÑA PURIFICACION OZORES ABELEYRA Y GIL, filha de Don Tomás António Ozores y Gil, cadete da Escola Militar de Santiago, Senhor dos Morgados dos Pazos de La Levada, em Mosende, de Oubiña, em Cambados, e outros, e de sua mulher Doña Antónia Abeleyra Barrera, de Vigo; neta paterna de Don José Ozores de Sotomayor, Senhor do Morgado do Pazo de Altamira, em Salceda de Caselas, e de sua mulher Doña Isabel Gil Caballero; neta materna de Don Pedro Abeleyra, de Tui, e de sua mulher Doña Bárbara Barrera, de Vigo .
Filhos:
VIII(1)- Doña Verania Sarmiento Ozores, segue
VIII(2)- Don José Sarmiento Ozores, foi vários anos, nos finais do séc. passado, alcaide de Tui, depois deputado provincial e, mais tarde, nomeado governador civil de Guadalajara, cargo que não aceitou. Faleceu solteiro.
VIII- DOÑA VERANIA SARMIENTO OZORES, foi Senhora dos Pazos de Borza, Cadabal e Bruguete, bem como da casa dos Sarmientos em Tui.
Casou com DON EMÍLIO RODRIGUEZ DE CÓRDOBA Y BUSTILLO, que pertenceu ao Corpo da Fazenda e morreu sendo Interventor da Fazenda de Pontevedra, filho do Doutor Don Juan António Rodriguez Bustillo, doutor em Farmácia, químico notável, membro de numerosas Academias nacionais e estrangeiras, e de sua mulher Doña Josefa de Córdoba Cores y Arias de Puga .
Filhos:
IX(1)- Don Pergentino Rodriguez Sarmiento de Córdoba, que foi Secretário Geral da Guiné espanhola e Governador interino da mesma colónia durante vários anos, Senhor dos Pazos de Cadabal, Borza e Bruguete, em copropriedade.
IX(2)- Doña Délia Rodriguez Sarmiento de Córdoba, segue
IX- DOÑA DÉLIA RODRIGUEZ SARMIENTO DE CÓRDOBA, foi Senhora dos Pazos de Borza, Cadabal e Bruguete, que vendeu, e da casa dos Sarmientos em Tui.
Casou com DON JOSÉ GARCIA SANCHEZ, advogado em Tui, decano dos correspondentes do jornal “Faro de Vigo“ . C.g. da qual destacamos sua filha Doña Délia Maria Milagrosa Garcia Rodriguez de Córdoba, casada com Don Andrés Amador Garcia Suárez-Ramos, a quem o autor deste estudo muito deve pela colaboração prestada, nomeadamente fornecendo inúmeros elementos para actualização e disponibilizando o vasto e valiosíssimo acervo documental que integra o arquivo de sua casa.
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RE: Sarmientos de Sotomayor, Morgados do Pazo de Borza
(continuação)
Nota(1)José Garcia Oro, La Nobleza Gallega en la Baja Edad Media, pág. 83
Nota(2)Idem, ibidem, pág. 86
Nota(3)Idem, ibidem, pág. 87
Nota(4)Idem, ibidem, pág. 95; e Vasco de Aponte, Recuento de las Casas Antiguas del Reino de Galicia, ed. de 1986, Santiago de Compostela, pág. 461.
Ou era filho natural deste ou filho de outro irmão não nomeado pelos nobiliários.
Nota(5) Garcia Sarmiento casou em 2ªs núpcias com Doña Maria Manoel Girón, filha de Don Sancho Manoel e de sua mulher Doña Ginebra de Acuña, Condes de Carrion.
Nota(6) Vd. Pe. J. S. Crespo Pozo, Blasones e Linajes de Galicia, Tomo III, pág. 59; e Felipe de la Gandara y Ulloa, Armas y Triunfos Del Reino de Galicia, Cap. XXXVIII, pág. 536.
Nota(7) José Garcia Oro, ob. cit., pág. 102-103.
Nota(8) Francisco Avila y La Cueva, Historia Civil y Eclesiastica de la ciudad de Tuy y su Obispado, ms. do Arquivo da Catedral de Tui.
Nota(9) Felipe de la Gandara y Ulloa, ob. cit., pág. 537-538.
Nota (10) D. António Caetano de Sousa, História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Provas, Tomo IV, pág. 439.
Nota(11) De facto, Pedro Madruga titulava-se sem fundamento legal como Visconde de Tuy e Mariscal de Bayona, o que lhe foi negado por Henrique IV em carta de 27 de Outubro de 1473, considerando desse modo que as cartas invocadas por Sotomayor “son falsas e falsamente fabricadas“ (vd. E. Leiros, Don Enrique IV y el Arzobispado de Santiago, 1956, pág. 216-217).
No entanto, o Senhor de Sotomayor continuará a usar de tais títulos, contrariando frontalmente uma acta real de 23 de Maio de 1474.
Nota(12) Felipe de la Gandara y Ulloa, ob. cit., pág. 538-539.
Nota(13) Vd. sobre este assunto, o interessante e valioso estudo de Alfonso Vazquez Martinez, Los Sarmientos y la jurisdicción de las Achas, Petán y Parada, in Boletin de la Comision de Monumentos de Orense, Tomo XV, Julho-Dezembro, 1946.
Nota(14) Vd. Aquilino González Santiso, Heraldica en las iglesias del Obispado de Tui, in Boletin do Museo y Archivo Historico Diocesano de Tui, Tomo IV, 1986, pág. 240.
Numa justificação de nobreza, efectuada em 1732, por Don Esteban Sarmiento de Sotomayor (filho de Don Fernando Sarmiento de Sotomayor e de Doña Luisa de Aldao), em nome de seu filho Don Esteban José Sarmiento Cadabal y Romay, afirma-se que o Don António Sarmiento de Sotomayor casado com Doña Marta Troncoso de Ulloa era filho de “Don António Sarmiento de Sotomayor, Señor de la Casa y Solár de los palacios y jurisdiccion de Villanueva de las Achas, descendiente por linea de varón de los Condes de Salvatierra y Gobernador de la Plaza de Bayona, y de Doña Francisca de Cea y Bazán“ e neto paterno de “Don António Sarmiento de Sotomayor y de Doña Ana Flores Bazán“.
Há aqui um evidente lapso, pois se repetiu em duas gerações o que corresponde somente a uma.
De resto – e ainda que inicialmente fossemos levados a crer ser este Don António filho do segundo Don Antonio Sarmiento de Sotomayor (o que não herdou os senhorios por morrer em vida do pai), até pela circunstância de ter o mesmo nome próprio – não parece minimamente provável em termos cronológicos.
Este documento, como muitos outros a que nos iremos referindo, fazem parte do valiosíssimo acervo documental que remonta ao séc. XVI e nos foi facultado pela Exmª Senhora Doña Délia Maria Milagrosa Garcia Rodriguez de Córdoba, uma das actuais representantes deste ramo dos Sarmientos de Sotomayor, a quem o autor deseja prestar uma sentida homenagem.
Nota(15) Entre os filhos do Capitão Diego Troncoso de Ulloa e de sua mulher, conta-se Doña Isabel Troncoso de Ulloa que casou a 20/5/1674 em S. Tiago de Parada (Achas) com Don António de Puga, filho de Don Pedro de Puga e de sua mulher Doña Antónia Mariño de Lobera.
Este Don Diego Troncoso de Ulloa poderá ser filho de outro Don Diego Troncoso de Ulloa, de Setados, e de sua mulher Doña Constança Barrera, de Ribarteme, pais de Doña Antonia Troncoso de Ulloa casada com o capitão Don Juan de Oya Benevides, de Grixó, Salvatierra do Miño.
É provável que seja ascendente de Doña Marta Troncoso de Ulloa, o Revº Don Fernando (ou Germán) Bello de Araújo, abade de Ribarteme e comissário da Santa Cruzada, que fundou o morgadio de Borza (vd. Inventario de Pazos e Torres de la Provincia de Pontevedra, Tomo II 2ª edição-1997, pág. 64).
Nota(16) Para os referidos Don António Sarmiento de Sotomayor e Don Jacinto Sarmiento Troncoso não encontrámos prova documental da filiação. No entanto, tudo parece indiciar ser esta a sua ascendência.
Lamentavelmente, os livros paroquiais de S. Tiago de Parada ainda se encontram na casa paroquial desta freguesia. E, como se compreenderá, é manifestamente impossivel uma recolha exaustiva de elementos documentais, num acervo que tem o seu início nos finais do séc. XVI, nas escassas duas horas que nos foram concedidas para consulta pelo actual pároco, Revº Don Teodomiro González Ozores, em duas deslocações que ali fizemos.
E para um português residente na cidade do Porto!...
Nota(17) Doña Luisa de Aldao y Taboada era neta patª de Don Esteban de Aldao, Senhor do Morgado do Pazo de Casal, em Bueu, e de sua mulher Doña Toríbia Bugarin y Taboada.
Era sobrinha-neta de Don Pedro de Aldao, Capitão-General da Sicília e Catalunha, do Conselho de Guerra de Sua Majestade, Mestre de Campo, uma das glórias de Pontevedra pelo papel importantíssimo que desempenhou na guerra com Portugal, à frente de muitos nobres pontevedrenses em 1658, distinguindo-se nas acções do forte de S. Luís Gonzaga, Vila Nova de Cerveira e Salvatierra do Miño. Na Flandres lutou denodadamente e foi nomeado Governador de Henault e comandou o terço de Valadares, falecendo no sítio de Brujas, realizando prodígios de valor contra os franceses em 1683.
Nota(18) Documento existente no arquivo familiar da Exmª Senhora Doña Délia Maria Milagrosa Garcia Rodriguez de Córdoba.
Nota(19) A ser esta a filiação, era irmã de Don Tomas Caetano Ciceron y Centeno, regedor perpétuo da cidade de Tui, Chefe do “caudillato” de Bayona em 1762, juiz e justiça maior de Tui em 1775; e de Don Francisco Ciceron y Centeno, meirinho e justiça ordinária durante alguns anos dos coutos de Oya e Panjón, e regedor maior da vila de la Guardia.
Nota(20) Idem, ibidem.
Nota(21) Idem, ibidem.
Nota(22) Vide “Linajes Galicianos”, de Pablo Pérez Costanti, págª 180-183 e 276-277.
Foram fºs do doutor Don Ignacio Pereira y Moscoso e de sua mulher Doña Rosa Ignacia Núñez de Castrigo y Sanmamed, um Don Luis Vicente Pereira Núñez y Moscoso, colegial de Fonseca (este teve um filho, Don Luis Marcelino Pereira Nieto que foi advogado e catedrático de Matemáticas na Real Universidade de Santiago), e Don Diego Antonio Pereira y Moscoso, cónego da catedral de Santiago, dos quais aqui constam as “Informações de filiação, nobreza, fidalguia e limpeza de sangue” do Arquivo Municipal e Catedrático de Santiago de Compostela.
Nota(23) Era filho de Don Vasco de Puga (y Quiñones), que foi alcaide-mor perpétuo dos estados de Salvatierra, e irmão de Don Gregorio López de Puga, que morreu governador da praça de Salvatierra.
Nota(24) Vide “Linages Galicianos”, de Pablo Pérez Costanti, edição completa e ampliada de Eduardo Pardo de Guevara y Valdés, pág.s 86, 180-183, 276-277.
Nota(25) Foi seu irmão o Doutor Don Telmo Jazinto Fernández de Acuña, Doutor em Teologia, Colegial de Fonseca, em Santiago, Catedrático de Vésporas de Leis, Cónego prebendado da mesma cetedral.
Nota(26) Irmã de Don Clemente de la Puente y Iñigo, Cónego Tesoureiro da Catedral de Tui.
Nota(27) Foram seus irmãos: Don Juan Fernández de Acuña, Cónego prebendado da Catedral de Tui; e Don Jazinto Fernández Troncoso (ou Troncoso Varela).
Nota(28) Irmã de Don Clemente de Iñigo, Cónego prebendado da Catedral de Tui.
Nota(29) Vide do autor, Castros e Sousas, Senhores de Parderrubias, da Honra de Remoães e Morgados do Peso, Porto, 1988.
Nota(30) Arquivo do Paço e Morgado de Cadabal, em poder da Exmª Senhora Doña Délia Maria Milagrosa Garcia Rodriguez de Córdoba.
Nota(31) Manuel Fernandez-Valdes Costas, Familias Antiguas de Tuy, pág.140-141.
Nota(32) Idem, ibidem, pág. 35-36.
Nota(33) Idem, ibidem, pág. 37.
Um forte abraço a todos.
Fernando M. Moreira de Sá Monteiro
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RE: Sarmientos de Sotomayor, Morgados do Pazo de Borza
Adianto que D.Garcia Sarmiento, casado com Francisca de Souto-Maior, teve também uma filha chamada Maria Sarmento casada com Gonçalo Pereira de Lacerda "o Roxo". Estes foram pais de Isabel Pereira Sarmento, casada nos Açores com João Garcia Pereira(dos PereiraS da Casa da Feira), com descendencia na família Pereira Sarmento Forjaz de Lacerda, morgados de S.Mateus da calheta, na ilha Terceira.
os melhores cumprimentos
Óscar Caeiro Pinto
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D. Inês Sarmiento - filha de Don António Senhor de Val d'Achas
Caro Fernando M. Moreira de Sá Monteiro,
Gostaria de expôr-lhe uma dúvida que tenho.
No tomo segundo do nobiliário de Felgueiras Gayo, título de Alarcões, .4, N3, pp. 12, diz-se que D. João Valasques de Alarcão casou com D. Catarina Sarmento, filha de Rodrigo Sarmento Sarrano, e D. Inês Sarmento, filha de D. António Sarmento Senhor de Val d'Achas. Daí somos remetidos ao tomo quarto, título de Araújos, .317, pp. 158-159 no qual não há um título específico onde se faça referência a D. Inês Sarmento.
Por aquilo que apurei os filhos de D. João Valasques de Alarcão terão nascido por volta de 1590/1600, e assim sendo bisnetos de D. António Senhor de Val d'Achas.
Conhece alguma obra que possivelmente refira D. Inês Sarmento? Penso que possa ser filha de Don António Sarmiento de Sotomayor e Doña Ana de Bazán y Robles.
Antecipadamente agradecido,
Manuel Apóstolo
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RE: Sarmientos de Sotomayor, Morgados do Pazo de Borza
renovo o tópico
Cumprimentos,
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RE: Sarmientos de Sotomayor, Morgados do Pazo de Borza
Renovo o tópico.
Cumprimentos,
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RE: Sarmientos de Sotomayor, Morgados do Pazo de Borza
Caro(a)mpra
Tenho uns nomes que talvez lhe interessem dos Anos de 1908/1909:
ÁLVARO PEREIRA FORJÁZ SARMENTO de LACERDA - 2º Official da Repartição de Fazenda do Districto de Angra do Heroismo.
JOÃO PEREIRA FORJÁZ de LACERDA - 2º Aspirante da Repartição de Fazenda do Concelho de Angra de Heroismo
JORGE PEREIRA FORJÁZ - Recebedoria/Recebedor - Angra do Heroismo
CÂNDIDO de MENEZES PACHECO de MELLO FORJÁZ de LACERDA - Juiz Substituto,Advogado,Corpo Consular de Itália em Angra do Heroismo
ÁLVARO PEREIRA SAMPAIO e MELLO FORJÁZ de LACERDA - Misericórdia de Angra do Heroismo
JOÃO PEREIRA FORJÁZ PACHECO de MELLO - Inspector da Alfandega de Angra do Heroismo
ANTÓNIO PEREIRA de LACERDA - Thesoureiro da Câmara Municipal da Calheta - Ilha de S. Jorge
Os melhores cumprimentos
João Barroca
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RE: Sarmientos de Sotomayor, Morgados do Pazo de Borza
Caro confrade,
João Valasques, a sua mulher Catarina Sarmento e a sua sogra Inês Sarmento, bem como diversos filhos e filhas do casal, respectivos baptismos, alguns óbitos (pelo menos o de Inês Sarmento, vítima da peste), e pelo menos o casamento de uma filha (com um "Bertolameu de Larcão") encontram-se documentados nos assentos da freguesia da Conceição Nova de Lisboa de finais do século XVI, já on-line. Por aí se vê que João Valasques era mercador de sedas, certamente opulento e bem relacionado, como se percebe pelos apadrinhamentos dos filhos e actos em que intervém; infelizmente não se referem mais ascendentes do casal, para além da referida sogra, mas julgo que existe a habilitação do filho Tomás para familiar do Santo Ofício, que adiantará mais alguma coisa. É curioso nunca aparecer como apelido Alarcão (não quer dizer que não o tivesse na ascendência) mas é indubitável que teve um genro com este apelido ("Larcão" deve ser uma forma deturpada ou alternativa deste apelido).
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar
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RE: Sarmientos de Sotomayor, Morgados do Pazo de Borza
Caro confrade:
Agradeço-lhe imenso esta sua mensagem. Estes ascendentes têm sido difíceis de estudar. Aparentemente Felgueiras Gayo não está tão errado como em muitos momentos pensei.
Com os melhores cumprimentos,
Manuel Apóstolo
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RE: Sarmientos de Sotomayor, Morgados do Pazo de Borza
Caro Confrade,
Antes de mais, parabéns pelo excelente trabalho que nos apresenta.
Perguntava-lhe se, Rosa Maria de Madureira Sarmiento y Samúdio, http://www.geneall.net/H/per_page.php?id=39098, tem parentesco, com a família que desenvolve.
Cumprimentos,
Aníbal Pacheco.
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RE: Sarmientos de Sotomayor, Morgados do Pazo de Borza
Caro Confrade,
Antes de mais, parabéns pelo excelente trabalho que nos apresenta.
Perguntava-lhe se, Rosa Maria de Madureira Sarmiento y Samúdio, http://www.geneall.net/H/per_page.php?id=39098, tem parentesco, com a família que desenvolve.
Cumprimentos,
Aníbal Pacheco.
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Sarmientos de Sotomayor, Morgados do Pazo de Borza
Sr. Moreira de Sa Monteiro
Recién incorporado al forum, he leído ahora su magnífico trabajo sobre los Sarmientos de Sotomayor, morgados do pazo de Borza, por el que sinceramente le felicito, y aprovecho la ocasión para hacer esta consulta respecto al párrafo que dice:
A sua ascendência materna (refiriéndose al Diego Sarmiento casado con Leonor de Meira), pelos Sotomayor, fazia-o parente de Don Pedro Alvarez de Sotomayor, o célebre Pedro Madruga. Parece que hubo algún problema de redacción y no se quería escribir la ascendencia materna, sino la descendencia de su abuelo, que era por donde venía el parentesco. ¿Es así, o estoy equivocado?. Gracias.
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