casa ducal e fidalguia
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casa ducal e fidalguia
Agradeceria se algum dos ilustres confrades me esclarecesse se, assim como se fala em Casa Real, pode-se dizer Casa Ducal . E, também, caso positivo, se o chefe de casa ducal podia expedir alvará de fidalguia, ou seja, se alguém era fidalgo de casa ducal . Se possível, citando a fonte de informaçao . Se necessário distinguindo entre duque membro de família real e o que não o era.
Saudações a todos,
João Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho
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RE: casa ducal e fidalguia
Caro João Pedro de Saboia:
À falta de melhor esclarecimento, passo a responder da forma seguinte:
Pode-se falar em Casa Ducal (p.ex. Casa Ducal de Bragança).
Em relação à segunda questão, existiram ducados que foram estados soberanos, pelo que os respectivos chefes de estado (duques) seguramente que poderiam "criar" nobres e conceder títulos, já o mesmo não acontecendo nas restantes situações. Não me parece que alguma vez um Duque de Bragança tenha concedido títulos, a não ser após a Restauração e aí enquanto chefes de estado (Reis de Portugal).
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: casa ducal e fidalguia
Caro João Pedro Bandeira de Mello,
Não só se pode falar de Casa Ducal como se pode também falar em Fidalgos de Casa Ducal. Os documentos da Casa de Bragança falam sempre da Casa e Estado de Bragança embora este "Estado" não seja obviamente soberano, nem respeite a uma área geográfica una.
Bastará folhear o livro de índice das Mercês de Dom Teodósio II para encontrar alguns "Fidalgos da Casa do Duque".
Com os melhores cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: casa ducal e fidalguia
Caros Amigos:
Gostaria só de acrescentar que até 1640 a Casa de Bragança não tinha poder para fazer ninguém fidalgo. Esse privilégio (por concessão ou confirmação) era exclusivo dos monarcas portugueses.
Os "fidalgos da Casa de Bragança" eram fidalgos (já o eram) que passavam ao serviço do duque e como tal eram inscritos e filhados nos respectivos livros de moradias.
Aí o processo era idêntico à Casa Real: recebiam uma moradia de acordo com a sua qualidade e foro, do que se lhes passava o respectivo alvará. Por serem fidalgos é que transitavam de umas casas para outras (da Casa de Bragança para a Casa Real e vice-versa; ou entre outras, poucas, casas que tinham fidalgos moradores ao seu serviço), sendo tomados no mesmo foro.
Cumprimentos,
Miguel Côrte-Real
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RE: casa ducal e fidalguia
(...)/
Faltou referir apenas que tinham poder para fazer escudeiros. Mas essa capacidade não era exclusiva da Casa de Bragança. Também outros fidalgos o faziam.
Cumprimentos,
Miguel Côrte-Real
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RE: casa ducal e fidalguia
Caro João Pedro,
Há um livro muito interessante sobre o tema, que constitui a tese de doutoramento da autora e aborda, precisamente, o tema que lhe interessa: Mafalda Soares da Cunha, "A Casa de Bragança, 1560-1640. Práticas Senhoriais e Redes Clientelares" (Editora Estampa).
Melhores cumprimentos,
Maurício Pereira Pinto
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