Artur de Magalhães Basto – um Historiador do Porto
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Artur de Magalhães Basto – um Historiador do Porto
EXPOSIÇÃO
Artur de Magalhães Basto – um Historiador do Porto
29 DE NOVEMBRO’05 A 29 DE JANEIRO’06 - Galeria do Palácio
De Terça a Sábado: 10h00-18h00; Domingo: 14h00-18h00
Rua D. Manuel II (Jardins do Palácio de Cristal)
O Dr. Artur de Magalhães Basto (1894-1960) foi figura de grande destaque no panorama historiográfico portuense do século passado. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, preferiu a carreira de professor à de jurisconsulto. Começou por exercer o Magistério na primitiva Faculdade de Letras da Universidade do Porto como Assistente de Geografia (1922). Só mais tarde, em 1925, transita para Assistente de História. Reconduzido várias vezes naquelas funções, chegou a Professor Auxiliar, percurso acompanhado de perto pelo Professor Damião Peres. Leccionou Geografia, Geografia Colonial Portuguesa, Geografia Politica e Económica, História dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa e Paleografia e Diplomática.
O encerramento em 1933 da primitiva Faculdade de Letras da Universidade do Porto, impediu-o de atingir a cátedra universitária. Enveredou então pelo ensino secundário, trabalhando em vários estabelecimentos de ensino da cidade, de entre os quais se destaca o Colégio João de Deus. Enquanto Historiador do Porto, soube associar a capacidade de invulgar comunicador à qualidade de investigador incansável, fazendo falar “Velhos Manuscritos” em crónicas regulares no Jornal “O Primeiro de Janeiro” (1930-1960), encontrando respostas sólidas para as muitas interrogações com que a História da Cidade sulcou o seu espírito.
Numa palavra, produziu investigação fundamental que não deixou por aplicar nas muitas dezenas de conferências que proferiu, bem como nos milhares de páginas que a sua pena nos legou. De entre elas salientamos a História da Santa Casa da Misericórdia do Porto bem como a sua participação na História da Cidade do Porto que projectou e idealizou. Após a sua morte (1960), Damião Peres e António Cruz deram forma definitiva a esta obra de referência sobre o Porto. Ao mesmo tempo, o Historiador da cidade emprestou empenhada colaboração à vida cultural da Urbe enquanto Director do Gabinete de História da Cidade – (Casa do Infante), Director do Arquivo Distrital do Porto, Cartorário do Arquivo da Misericórdia e Catalogador da Biblioteca Municipal. Não enjeitou a sua participação nas associações culturais que pontuavam no Porto do seu tempo, desde o Ateneu Comercial, do qual foi sócio honorário e onde dirigiu um núcleo de “Estudos Portugueses” ao Clube Fenianos que lhe atribuiu a medalha de honra. Esteve ainda na génese da associação de “Os Amigos do Porto” e colaborou mesmo na “ Assembleia de Campanhã “, instituição menos conhecida, mas que até há poucas décadas foi pólo de animação cultural da área oriental da cidade.
Entendeu a Universidade do Porto homenagear o Professor, o Historiador, o Comunicador, o Cidadão exemplar que foi Artur de Magalhães Basto pela acção que dedicou à cidade e à sua Universidade, organizando uma exposição evocativa da sua vida e obra, bem como, um ciclo de conferências sobre a História do Porto.
António Barros Cardoso
(Comissário)
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Actualização da notícia anterior
Artur de Magalhães Basto – Historiador do Porto
Galeria do Palácio / de 29 de Novembro ’05 a 29 de Janeiro ‘06
Terças a Sábados das 10 às 18h e Domingos das 14 às 18h.
Comissário: António Barros Cardoso
Estará patente ao público, entre 29 de Novembro de 2005 e 29 de Janeiro de 2006, uma exposição na Galeria do Palácio, inserida no programa da Homenagem ao Dr. Artur de Magalhães Basto (1844-1960) promovida pela Universidade do Porto.
O homenageado foi figura de referência das letras portuenses. Destacou-se como docente da primeira Faculdade de Letras da Universidade do Porto, extinta em 1931, onde ensinou Geografia e História. O gosto pelo Magistério levou-o ainda a trabalhar em alguns estabelecimentos do ensino secundário da cidade, com destaque para o antigo Colégio João de Deus. Desde cedo, mostrou interesse particular pela História, Apesar de a sua formação de base se situar no campo jurídico (licenciou-se em Direito pela Universidade em Lisboa – 1922). Magalhães Basto desde cedo mostrou interesse particular pela Investigação Histórica. Destacou-se enquanto responsável maior pelos arquivos da cidade do Porto: Foi Director do Gabinete de História da cidade – hoje Arquivo Histórico Municipal, Director do Arquivo Distrital e Chefe do Cartório da Santa Casa da Misericórdia. No exercício destas funções, para além de deixar marcas da sua personalidade impar, testemunhada pelos muitos louvores que a sua acção foi colhendo, a sua maior virtude foi a de conseguir dar vida a muitos documentos que a “poeira dos arquivos” destas instituições escondeu por largo tempo.
O homenageado, pelo seu persistente trabalho conseguiu transmitir-nos um importante legado sobre a História do Porto, difícil de igualar pela quantidade, pela novidade, pela originalidade mas sobretudo pela capacidade crítica que revela em muitos dos seus textos, artigos, livros e na sequência de 1445 crónicas semanais publicadas no Jornal “O Primeiro de Janeiro”, ininterruptamente, entre 1930 e 1960. Em todos os domínios temáticos conseguiu deixar abundantes contributos para a História Local. Imprimiu ainda dinâmica própria à revista “O Tripeiro” e ao Boletim Cultural da Camâra Municipal do Porto”, periódicos que soube dirigir no melhor sentido. Registamos também a sua aproximação e abertura às principais instituições de formato cultural do seu tempo, às quais não negou colaboração empenhada. Assim aconteceu com o Ateneu Comercial do Porto, com o Clube Fenianos Portuenses e com o Clube Portuense, espaços onde em várias ocasiões mostrou a sua faceta de escutado conferencista.
Pela transcrição,
António Ribas
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Palestras
Pela falta de divulgação, aproveito este espaço para anunciar estas palestras sobre este historador a quem tanto o Porto deve:
Homenagem da Universidade do Porto a Artur de Magalhães Basto.
O horário não é o melhor (18 horas) e a divulgação está a ser praticamente nula, certamente por falta de jeito dos serviços de comunicação da Universidade. Pela parte que me toca, aqui deixo o calendário das restantes palestras (apenas com os oradores e os locais, pois os títulos não foram comunicados):
16 de Dezembro, 18 h
Auditório da Reitoria da UP
Aníbal Barros Barreira
20 de Dezembro, 18 h
Ateneu Comercial do Porto
Gaspar Martins Pereira
10 de Janeiro, 18 h
Palácio da Bolsa
Jorge Fernandes Alves
17 de Janeiro, 18 h
Casa do Infante
Luís A. de Oliveira Ramos
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RE: Palestras (Correcção)
O tema da conferência de ontem, 16 de Dezembro, foi a historia da "História da Santa Casa da Misericordia do Porto" de Magualhães Basto.
Lá estive e apreciei, pena a pouca assistência.
Aproveito para corrigir as datas das futuras conferências, acrescentando os respectivos temas:
10 de Janeiro, 18h00
Palácio da Bolsa
Professor Jorge Fernandes Alves
Magalhães Basto nas páginas de: "O Tripeiro"
17 de Janeiro, 18h00
Arquivo Distrital do Porto
Prof Doutor Eduardo Cordeiro Gonçalves
Porto e Brasil na obra de Magalhães Basto
24 de Janeiro, 18h00
Ateneu Comercial do Porto
Professor Gaspar Martins Pereira
O Ateneu Comercial do Porto no Tempo de Magalhães Basto
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