Moxica de Trancoso

A família Moxica ou Mochica, grafia utilizada em Portugal por uma família Espanhola ( Basca) com origem na região da Biscaía. Em Espanha este apelido aparece escrito com as seguintes grafias ; Mojica, Mogica, Mojika, Mogika, Mújica, ou Múgica conforme se acentua mais ou menos a ortografia basca. Todas elas derivam do mesmo tronco tendo por casa e solar um lugar deste nome na Biscaia. Derivam dos Avendaño, familia que passou da Galiza a Vascongadas, fundando solar em San Martim de Avendaño, aldeia próxima a Vitoria. Também estão enlaçados com os Butrón, outra antiga família da biscaia, com solar em Santa Maria de Gática, em Uribe.
As armas dos Mojica em Espanha são : (descrição em espanhol ) em campo de gules, una banda de oro engolada de sinople y acompañada de dos escudos pequeños, de plata, com tres fajas de azur, una a cada lado.

MOXICA

Por: Óscar Caeiro Pinto


1-ÁLVARO DE MOXICA o primeiro deste apelido que se encontra em Portugal, oriundo certamente de Espanha. Viveu e casou na vila de Trancoso, com Felipa da Costa, filha de Francisco da Costa e de sua mulher Isabel Saraiva naturais de Trancoso, neta materna de Simão Saraiva da Fonseca e Brites Cardoso, também naturais de Trancoso.
Filhos :

2-ÁLVARO MÓXICA DA COSTA, sua filiação não está estabelecida mas, pelos apelidos, é quase certa. Natural de Trancoso, casou com Catarina Antunes da Silva, natural da Guarda. Por morte de sua mulher foi cónego da Sé desta cidade. Este Álvaro de Moxica será o que em 17 de Novembro de 1571, sendo morador em Trancoso, foi testemunha de um casamento em Seia. Tiveram:


3-FRANCISCO CARDOSO DE MOXICA, Padre, natural da Guarda, requereu as diligências de genere no Bispado de Lamego, a que o Cabido acedeu em 20 de Agosto de 1668. Em Outubro de 1683 era mestre-escola na Sé de Lamego. Faleceu no mês da sua alternativa, em 31 de Agosto de 1684, mandando rezar 100 missas de tempore e 100 de requiem. É certamente o Francisco Cardoso de Moxica que foi nomeado almotacé pela camara de Trancoso em 31 de Dezembro de 1644, não chegando a servir por ter sido nomeado vereador para o ano de 1645, tomando juramento em 5 de Janeiro deste ano. Este último Francisco Cardoso de Moxica teve de Maria das Neves, que com ele vivia:

4 – HELENA, foi baptizada em São João Intra-Muros em 20 de Junho de 1657.


2-ISABEL SARAIVA, casou em Santa Maria de Trancoso em 20 de Janeiro de 1613 com FERNÃO LOURENÇO DA MOTA que era viuvo, natural de Aguiar da Beira. Tiveram:

3-ÁLVARO SARAIVA DA MOXICA

2-BALTAZAR DE MOXICA, viveu e casou em Trancoso, em 10 de Janeiro de 1613, sendo morador na vila, tomou juramento como vereador da Câmara de Trancoso.
Casou com HELENA CARDOSO, filha de António Luís e de sua mulher Isabel da Fonseca, neta materna de Nuno Cardoso, e de Antónia da Fonseca, moradores em Trancoso. Tiveram :

3- MARIA, filha (bastarda) de Baltazar de Moxica e de uma Domingas B ...., que aparente mente não era sua mulher, casou em São João Intra-Muros em 10 de Abril de 1630 com JOÃO FRADE, filho de outro João Frade, natural de Santa Maria.


3-N.............DE MOXICA, casada com ANTÓNIO PINTO RIBEIRO, filho bastardo de Francisco Ribeiro da Fonseca, neto paterno de Aires Pinto Ribeiro e de sua mulher Guiomar da Fonseca Coutinho Tiveram :

4-ANTÓNIO DE MOXICA CARDOSO, em 10 de Setembro de 1636 foi nomeado alferes da companhia de ordenanças sedeada em Freches. É sem dúvida o António Moxica, morador em Vila Garcia, que em 20 de Janeiro de 1642 foi padrinho na Cogula e que testemunhou um casamento neste lugar em 24 de Novembro de 1659. Foi vereador em 1644 e em 1648, desta feita sendo nomeado por provisão régia e tomando juramento em 7 de Março desse ano. Foi eleito em 15 de Dezembro de 1656 almotacé para os três primeiros meses do ano seguinte. Foi vereador da Camara em 1659.
casado com MARIA PIMENTA, parece que natural de Mondim.

4-MARTIM DA FONSECA, casado em Seia, com MARIA DE FIGUEIREDO, com geração

4-PEDRO GONÇALVES MOXICA, viveu na vila de Almeida e casou com MARIA FERNANDES, com geração nos Pinto de Soveral e Barbuda, de Trancoso.

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