Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Baião
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Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Baião
Caros Confrades
Surgiu-me agora um indivíduo em Lama, freguesia de Santa Marinha do Zêzere, concelho de Baião, Miguel Gonçalves, no assento de baptismo de um neto, em 1786, como sendo natural do reino da Galiza (possivelmente de Tui).
Pergunto se há alguma explicação histórica, social, económica ou outra para aparecerem indivíduos da Galiza nesta freguesia de Santa Marinha do Zêzere e se há alguma hipótese de seguir esta pista em algum Arquivo da Galiza.
Cumprimentos
Maria A. Pinto
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RE: Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Baião
olá
Sou natural freguesia de Santa Marinha do Zêzerede , a minha familia já teve uma pequena quinta no lugar da lama, era um sitio isolado , mas muito bonito , tenho as melhores recordações da casa da lama . Sei que o meu bisavô esteve na primeira grande Guerra, vindo a morrer uns anos mais tarde .
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RE: Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Baião
Caro Atílio
Os antepassados que “encontrei” em Lama no séc. XVIII têm apelido Pinto e Monteiro, além do indivíduo que referi anteriormente. Conheço vários lugares de Santa Marinha do Zêzere, mas creio que nunca fui a Lama.
Cumprimentos
Maria Pinto
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RE: Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Baião
Olá Maria A. Pinto,
Os galegos emigrarom desde há muitos séculos a Portugal, pois a afinidade cultural e lingüistica prestaba-se.
Estima-se que depois do terremoto de Lisboa, habería 75.000 galegos na capital de Portugal. No século XVIII, o "Reino" de Espanha tinha um cónsul no Porto, debido á forte presença de galegos.
Com os melhores cumprimentos galaicos-portugueses
Celso Milleiro (Pontevedra-Galiza)
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RE: Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Baião
Caro Celso Milleiro
Agradeço a sua resposta. Claro que eu sei que muitos galegos vieram desde sempre para Portugal pelas razões que aponta -culturais e linguísticas - , e que em Lisboa viviam e trabalhavam muitos, mas surprendeu-me encontrar também na freguesia de Santa Marinha do Zêzere, concelho de Baião. Pensando bem , a surpresa não deveria ser tão grande, visto que esse concelho pertence ao distrito do Porto; as vias de comunicação é que não seriam tão fáceis como hoje.
Cumprimentos de Portugal para a Galiza , esta afinal também terra dos meus antepassados
Maria A. Pinto
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RE: Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Bai
Hey Atilio!
Come va? La tua famiglia non vive più in Santa Marinha do Zêzere? Fammi sapere come stai, e dove! Cari saluti - Carmen
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RE: Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Baião
Cara Maria A. Pinto,
A região de Baião era um importante ponto de passagem de duas vias provenientes do atravessamento do Douro, igualmente enquadradas nos caminhos que levavam a Santiago de Compostela: uma, que procedia de Oliveira do Douro e subia até ao Arco de Lordelo, em Ancede (e onde, até ao século XIX existiu o «memorial» ou «marmorial» do século XII, que continha dois túmulos de personalidades importantes da região, e onde há, igualmente, uma pintura de Santiago na Capela da Nossa Senhora das Boas Novas) seguindo pela Casa Nova, para Carneiro e Amarante; e uma segunda que, partindo de Porto Manso, seguia pelo «Caminho do Crasto», para as proximidades do Convento de Ancede, continuando por Penalva e Eiriz, para Marco de Canavezes. Este segundo itinerário aproveitava parte de uma via romana.
O Mosteiro de Santo André de Ancede, pólo aglutinador da região, localizava-se nessa zona de intenso movimento desde a Antiguidade que, na Idade Média, era entrecruzada por diversas vias de comunicação que desembocavam no Rio Douro, onde o movimento era deveras significativo, de que a toponímia conservou alguns exemplos (Costa, Porto Manso, Porto Antigo, etc.). O próprio Mosteiro de Ancede era proprietário de uma nau. pelo menos desde meados do século XV, que fazia comércio para fora do Reino a partir da cidade do Porto.
Com o estatuto de "vizinho" das urbes do Porto de Gaia, o Mosteiro de Ancede manitinha assim uma relevante actividade comercial de escoamento dos seus vinhos, a partir das zonas ribeirinhas da foz do Douro, onde possuía alguns armazéns.
Por força desta actividade agrícola e comercial não é, pois, de estranhar, a existência de galegos na região de Baião, onde grande parte das propriedades pertencia ao Mosteiro de Ancede.
Nuno Barbosa de Madureira
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RE: Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Baião
Caro Nuno Barbosa de Madureira
Fico-lhe muito grata pela sua explicação. Assim, fica muito mais clara a presença deste meu antepassado galego. Muito tenho aprendido acerca da minha família e das regiões onde viveram graças às preciosas achegas de amáveis confrades deste fórum, incluído o Nuno Barbosa.
Cumprimentos
Maria A. Pinto
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RE: Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Bai
atilio@balonasprojectos.pt
che parliamo.
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RE: Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Bai
Só uma achega. Era da Galiza a mão de obra especializada em surribar os terrenos para fazer vinhas. Ex. A D. Ant´nia Ferreira teve mais dum milhar deles na quinta do Vesúvio, é natural que algum se perdesse por aí
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RE: Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Bai
Caro/a confrade Aguerreiro
Achei a sua achega muito interessante, pois também eu tenho antepassados galegos na região do Douro e sempre achei alguma estranheza nesse facto. Com efeito, tenho um avô em 5º grau, de origem galega, chamado Manuel Covas, nascido em 1800, natural de S. Pedro Fins de Robra(?), Panellas (Lugo, bispado Mondoñedo), filho de José Covas e de Josefa Rodrigues (ou Maria Joana Alves) do mesmo lugar, que veio para Portugal, talvez nos inícios do século XIX, pois casa na igreja de Ermida (Vila Real) a 31/01/1821, com Maria Joana (ou Joaquina?) Alves, natural do lugar da Veiga, Cumieira (distrito de Vila Real); terá ido, a certa altura, viver para Gouvinhas (Sabrosa) pois faleceu «na sua residência em Gouvinhas», a 04/05/1880 com 80 anos.O meu espírito romântico fez-me pensar, quiçá, em algum refugiado da política absolutista na Espanha nos inícios do referido século, mas de facto, faz todo o sentido que ele tenha vindo para a zona das vinhas como a tal mão-de-obra espceializada.
Já agora pergunto, a quem me souber responder, como poderei tentar saber mais alguma coisa para trás, dos meus antepassados galegos, pois só conheço, para trás, os nomes e naturalidade de seus pais.
Cumprimentos
Maria José Borges
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RE: Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Bai
Caro Guerreiro
Achega muito interessante! Tenho guardado todas as informações de que têm a amabilidade de me dar conhecimento e esta explica a vontade de ficar na região e constituir família que foi o caso do indivíduo em questão Miguel Gonçalves... Tinham trabalho.
Grata pela informação.
Maria A. Pinto
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RE: Reino da Galiza e Santa Marinha do Zêzere, Bai
Caro AGuerreiro
Por lapso , o meu agradecimento ficou registado em resposta a outra intervençã o deste tópico. Queira desculpar.
Maria A. Pinto
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