...curiosidades em pesquisas genealógicas...
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...curiosidades em pesquisas genealógicas...
Caros confrades, a título de curiosidade, aqui vos deixo dois registos de óbito muito fora do comum e que encontrei nos paroquiais da Covilhã, deixando-me deveras curiosa. Fartei-me de magicar sobre o acontecimento com eles relacionado e coloquei a mim mesma várias hipóteses para o sucedido. Até gostava de saber as vossa opiniões, se estiverem dispostos a deixar a imaginação à solta.
(faço a transcrição em linguagem actual)
"Rosa, solteira, filha de Manuel de Almeida, moleiro e de sua mulher Maria Jerónima, desta vila e freguesia, faleceu da vida presente aos oito dias do mês de Março de 1749, de um naufrágio por causa de uma grande tempestade que houve e está sepultada em cova da fábrica desta igreja, de que mandei fazer este assento que assinei, dia, mês, era ut supra.
O Prior José Rodrigues de Sousa"
in ANTT, Registos Paroquiais, freguesia de S.Pedro, concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, Microfilme 187 SGU, item 3, fl.83v, que corresponde ao Livro 4 Mistos.
" Aos oito dias do mês de Março de 1749 faleceu da vida presente, por causa de um naufrágio que houve nesta terra, António, filho de Manuel Francisco e de sua mulher Clara Francisca, naturais do lugar de Dornelas, Bispado da Guarda, criado que foi de Sebastião da Costa, de que mandei fazer este assento que assinei dia, mês e era ut supra.
O Prior José Rodrigues de Sousa"
in ANTT, Registos Paroquiais, freguesia de S.Pedro, concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, Microfilme 187 SGU, item 3, fl.83v, que corresponde ao Livro 4 Mistos.
A minha estranheza prende-se com o facto desta freguesia pertencer à Covilhã, burgo altaneiro, encastoado nas faldas da serra da Estrela; o único rio que passa no vale, junto à Covilhã, é o Zêzere que, mesmo nos invernos mais rigorosos em matéria de chuva, não tem caudal nem profundidade que permita a utilização de barcos, já que o seu leito é acidentado e muito pedregoso e considerando, até, a hipótese de em 1749 ter sido maior; as ribeiras que nele desaguam são fracas e demasiado estreitas. Por outro lado, o registo faz menção clara de uma grande tempestade que houve na zona.
Por outro lado, mais nenhum paroquial faz referência a mortes por este tipo de acidente. Fica-se quase com a "certeza" que estariam juntos, o António e a Rosa, neste "barco"...
Com os meus cumprimentos
maria david
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RE: ...curiosidades em pesquisas genealógicas...
Cara Maria David
Os naufrágios na zona da Covilhã eram possíveis na travessia do Zêzere. Ainda nos meados do séc. XX se usava de barca nos locais do Dominguiso (junto à ponte do comboio)- Alcaria, Barco, Ourondo-Silvares, fora outros de que não tenho conhecimento.
Cumprimentos
G Santos
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RE: ...curiosidades em pesquisas genealógicas...
Caro Sobral
Muito agradecida pela informação. Desconhecia por completo. Isso ainda me veio provocar mais curiosidade sobre a região e o que nela se passou em tempos idos. Nessa perspectiva, vou analisar as datas de construção de algumas pontes (se for possível), mais concretamente a do Ferro, Teixoso, Caria, entre várias. Têm algo de muito robusto, o que leva a supor existirem no passado grandes caudais por ali.
Fico grata pela sua achega.
Cumprimentos
Maria
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RE: ...curiosidades em pesquisas genealógicas...
pretendo saber como posso alterar o meu registo adicionando o nome de minha esposa
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