Gorjão Henriques: Livro
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Gorjão Henriques: Livro
O Genea está de parabens: um dos seus ilustres participantes, o Dr. Miguel Gorjão-Henriques, vai lançar muito em breve um excelente estudo histórico sobre a sua família.
A obra foi iniciada por seu pai Nuno Gorjão-Henriques, cuja memória lembro com saudade, e compõe-se de dois grossos volumes que totalizam mais de mil páginas.
Miguel Gorjão-Henriques, bem conhecido pela qualidade dos seus estudos de direito comunitário, veio agora dar um excelente contributo para a História da nobreza da Extremadura de que os Gorjão Henriques são um expoente notável.
A parte da obra sobre a varonia da família está sólidamente documentada mas o interesse da obra ganha muito com notícias circunstanciadas sobre as ligações femininas - ascendentes e descendentes - da família estudada.
Uma palavra ainda para a vasta documentação fotográfica reunida pelo autor que reproduz retratos de família, monumentos arquitectónicos, túmulos, documentos mais relevantes para a História da família e outros temas de interesse.
Não posso acabar sem dirigir ao autor duas palavras que, sendo da praxe, neste caso são merecidas: muitos parabens.
Miguel Vaz Pinto
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RE: Gorjão Henriques: Livro
Caro Miguel Vaz Pinto,
Muito agradeço as suas simpáticas palavras. Na verdade, no entanto, a Obra está longe de ser minha ou principalmente minha. Neste caso, a paternidade foi mesmo um posto. O trabalho de recolha e investigação e os meios técnicos (entenda-se, livros e apontamentos) que o meu Pai deixou ao dispor de quem ousasse prosseguir o seu trabalho é que tornaram o mesmo, simultaneamente, tão aliciante como possível. Embora longe de perfeita, espero que a Obra traga de facto algum contributo positivo para os estudos genealógicos portugueses, embora com a limitações óbvias que constituíram a minha formação jurídica e não em História e a minha falta de disponibilidade integral para o projecto.
Dito isto, espero ter o prazer de o encontrar este Domingo no Bombarral, às 4 horas da tarde, para assistir à apresentação deste livro, no local que, entre todos, sempre me pareceu mais apropriado: o Palácio Gorjão, hoje Museu Municipal do Bombarral, antiga Casa dos meus Maiores.
Na sessão, além da obrigatória presença da Família e da presença, para mim honrosa, do Presidente e do Vice-Presidente da autarquia, teremos a oportunidade de ouvir a voz autorizada do Mestre Francisco de Vasconcelos, que tanto sabe sobre as vicissitudes que Famílias como a minha passaram desde o liberalismo e, depois, a República.
Com um abraço,
Miguel Gorjão-Henriques
PS - O livro tem tido algum eco na Região Oeste, expresso quer no apoio que algumas Câmaras não lhe negaram (certo: Alenquer, Cadaval, Bombarral; eventual: Óbidos), quer na imprensa, como no site "bomportal.com", ainda que, aqui, com um forte acento "proselitista e local", como naturalmente se entenderá...
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RE: Gorjão Henriques: Livro
Caro Dr. Miguel Gorjão Henriques
A descrição da obra que preparou e agora vai lançar despertou o meu interesse na medida em que a minha família teve grandes interesses ne região de Alenquer, mais propriamente em Atouguia das Cabras. Tanto quanto sei, por intermédio do Exmº. Dr. José Mariz, algumas das propriedades da m/família, sitas na região da Abrigada, foram adquiridas por ascendentes de V.Exª.
Tudo isto para lhe pedir o favor de me informar onde poderei adquirir a referida obra.
Felicito-o pelo trabalho que levou a efeito o qual deve ser um precioso auxiliar para quem procura mais informações que, eventualmente, lhe permitam acrescentar mais alguma coisa ao seu próprio trabalho.
Com os melhores cumprimentos, peço me creia com consideração.
A. de Sepúlveda
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RE: Gorjão Henriques: Livro
Caro A. de Sepúlveda (desculpe, mas não sei a que corresponde A.)
O nosso confrade Diogo Corrêa, num tópico que agora não posso identificar onde se fala dos Barbosas, mostra algum parentesco entre alguns Sepúlvedas e os Barbosas do Bombarral, de que sou descendente. Muitas vezes ouvi na Famílias referências a estes parentesco, que o confrade Diogo concretizou.
Lamento informá-lo que da minha investigação não resulta directamente qualquer aquisição de propriedades pela minha Família a Sepúlvedas. Na Abrigada, por certo existiriam outras propriedades além da Quinta de Abrigada, que está nos meus ascendentes desde o séc. XVI e, no apelido Gorjão, desde o séc. XVIII, mas sempre por sucessão.
O livro ainda deverá ter alguns poucos exemplares à venda em livrarias. Por certo não muitos, visto que a tiragem é extremamente reduzida (300), já estando vendidos, antes mesmo do livro ser publicado, mais de 230. A distribuição editorial é feita pela Dislivro, pelo que acredito possa adquiri-lo para a semana aqui na livraria do Guarda-Mor.
Agradeço as suas simpáticas palavras, esperando que ache o livro interessante, depois do ver.
Abraço
Miguel Gorjão-Henriques
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RE: Gorjão Henriques: Livro
Caro Miguel Gorjão-Henriques
Parabéns pelo excelentes livros sobre Gorjão Henriques, apresentados no Bombarral
Cumprimentos
José Maria de Carvalho e Melo
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RE: Gorjão Henriques: Livro
Caro Miguel Gorjão-Henriques
Agradeço a sua pronta resposta. Vou tentar encontrar o livro.
Devo acrescentar que não tenho nada com os Sepúlveda do Bombarral, os meus são minhotos, um deles (meu avô por linha materna adquiriu bens rústicos na Atouguia das Cabras) quando regressou ao continente.
Com um abraço e os melhores cumprimentos
Augusto de Seúlveda
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Gorjão Henriques: Livro
Caro confrade Miguel Gorjão-Henriques,
Não pude consultar o seu livro, senão em breves excertos no Google.
Pedia-lhe o favor de me dizer se nele trata de Pedro Henriques, escudeiro no Carvalhal, que será segundo F. Gayo, filho de Álvaro Henriques e de Leonor Anes da Mota, do Bombarral.
O mesmo Gayo dá-lhe, de seu casamento com Joana Fialho do Rego, do Carvalhal, a Álvaro Henriques, Gomes Henriques, Isabel Henriques, Fernão Taveira, Manuel da Mota, Diogo Taveira e Guiomar Taveira.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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Gorjão Henriques: Livro
Caro António Taveira,
Desculpe só hoje responder mas só hoje vi a mensagem. Não tenho muita informação adicional àquela que publiquei, não só por ser uma época muito recuada mas também porque é um colateral. Ainda assim, deixo-lhe o que tenho sobre essas gerações:
ÁLVARO HENRIQUES. Em 1466, por instrumento público de 1 de Junho, obteve perdão régio pela querela que teve com Afonso Pires, porteiro do concelho da vila de Óbidos, tendo pago 500 reais brancos para a Piedade. Foi nomeado na carta como “escudeiro, morador no Bombarral” (carta dada em Estremoz, a 23 de Junho de 1466) . Teve carta de vassalo de D. Afonso V em que este lhe chama seu Escudeiro (1479) . Julgamos que foi Monteiro-mor de Óbidos, ofício em que sucedeu ÁLVARO ANES GORJÃO em 1496, como se conta no capítulo respectivo. Anexou a terça dos seus bens ao morgado dos Mingãos, de que foi 2.º administrador. Casou com Dona LEONOR ANES DA MOTA . Foram pais de:
4.1.GOMES HENRIQUES, que segue
4.2.Pedro Henriques. Casou com Joana Fialho do Rego, do Carvalhal, termo de Óbidos. C.g.
[em nota: Pedro Henriques será Pai, entre outros, de Álvaro Henriques, avô de Bartolomeu Henriques, bisavô de João Soares Henriques e trisavô de Bartolomeu Soares Henriques, que obteve CBA de Henriques em 26.8.1621 (ou 1631) – FG: VI: 109-113.
4.3.Isabel Henriques. Casou com seu primo Gonçalo da Mota. C.g.
4.1.GOMES HENRIQUES. Sucessor nos Morgados dos Henriques do Bombarral e dos Mingões, teve carta de vassalo (1488) de D. Afonso V [em nota: Escrita por Álvaro Lopes, secretário dos Maravedis] , de quem teve mercê de alguns bens. A sua sepultura encontrava-se, no Bombarral, na Capela do Espírito Santo (do século XV, reedificada em 1619 e demolida em 1932), em cuja lápide se podia ler:
«Esta Casa da Confraria do SP.º S.to / Anexa ao Hospital e Albergaria
deste Lvgar Mandõ Reedificar e /Fazer de Novo M. da Cvnha de Coim-
bra a sva cvsta e de sev tio Jero-/nimo de Coimbra da Cunha: aonde
se resão e hã/ode resar as svas /capellas e obrigações do sev mor-
gadio que institvio o D. Seu Tio. e/ tem sev jasigvo ppetvo P. todos
os descendentes e svcessores do / dito morgado em 7 Março 1619».
«Sepultura de Gomes Anriqez/ Filho de Alvaro Anriqez
– Faleceo/ – a Primeira Ovtava - do – Esprito
- Santo XXIX . de . Maio/ – de M. D. R. II».
Casou com D. BRITES RODRIGUES DE SOUSA (na Genealogia Manuscrita, BRITES ROIZ). Foram pais de:
5.1.RUI GOMES HENRIQUES, que segue (§§ 2A)
5.2. AIRES HENRIQUES, que segue (§§ 2B)
§ 2A
5.1.RUI GOMES HENRIQUES. Herdeiro dos vínculos de Seu Pai (§ 2), terá morrido a 5 de Dezembro de 1563, como constava de lápide tumular na Igreja Paroquial do Bombarral, onde se podia ler: «Rui Gomes Henriques, fidalgo filho de Gomes Henriques. F. aos cinco dias de Dezembro da era de 1563 annos». Em todo o caso, era vivo em 1556, pois nesse ano foi louvado no inventário por seu primo Henrique da Mota. É também identificado no Caderno dos Cavalos e Armas de Óbidos (1541) . . Casou, pela primeira vez, com D. JOANA FIALHO, Herdeira do Morgado da Capela de S. Martinho (S. Pedro de Óbidos), filha de JOÃO FIALHO e de sua mulher MARIA DE AGUIAR. Foram pais, entre outros, de:
6.1. RUI GOMES HENRIQUES, que segue
6.2. Bernardo Henriques
6.3. Antónia Henriques . Casou com Francisco de Coimbra (da Cunha) (§ 4, neste “título”). C.g.
Do segundo casamento, com N..., teve:
6.4. Leonardo Henriques. Terá casado com Brízida de Coimbra, que morreu no Bombarral, a 22 de Dezembro de 1591.
6.5. Maria Henriques. Fez testamento no Bombarral, a 18 de Fevereiro de 1582, em que vinculou toda a sua fazenda, com obrigação de duas missas, nomeando primeiro administrador seu sobrinho Heitor, vindo da Índia e, na falta dele, a suas sobrinhas Joana Botado e Maria Botado.
6.1. RUI GOMES HENRIQUES . Sucedeu na Casa de seu Pai e foi morgado da capela de sua Mãe (S. Martinho) em S. Pedro de Óbidos, fez testamento a 13 de Agosto de 1582, já viúvo (e codicilo em 29 de Julho de 1584), tendo morrido no Bombarral (Salvador), a 24 de Dezembro de 1604 (jaz na Capela Matriz de Óbidos). No seu assento de óbito são nomeados testamenteiros os seus filhos «João Glz Henriques, Miguel Henriques e Rui Gomes, todos aqui moradores» (1604). Casou com ANTÓNIA BOTADO, natural de Torres Vedras, filha de RAFAEL BOTADO («BOTADO», § 1, Capítulo IV da PARTE II) e de sua primeira, ou segunda, mulher LEONOR DA VAZA. Foram pais de:
7.1. Rafael Botado. «Embarcou em 574 com um homem à sua custa em uma nau da//Armada que foi a Galiza fazendo inteiramente a sua obrigação e mesma maneira no/ano de 575 na Nau St.º António com outro homem à sua custa, e ultimamente acompanhar/ao Sr. Rei D. Sebastião na jornada que fez a África e falece[u] na batalha de Alcácer/ na dianteira do 3.º dos aventureiros» . S.g.
7.2. João Gonçalves Henriques. Sucedeu na Casa de seu Pai. Casou no Bombarral a 4 de Março de 1590 com Susana do Rego (infra, § 2B) e morreu em 2 de Maio de 1623 . Era da vereação de Óbidos em 1607 . C.g. extinta.
7.3. MIGUEL HENRIQUES, que segue [já consta do Geneall e publicarei no futuro mais sobre ele e sua descendência]
7.4. Rui Gomes Henriques , que morreu no Bombarral, a 26 de Agosto de 1610 .
7.5. Afonso (da Vaza) Henriques. Sacerdote.
7.6. Joana Fialho. Seu pai deixou-a ajustada para casar com Diogo Fialho. Morreu com mais de 80 anos (1638)
7.7. Maria Botado, que morreu no Bombarral (Salvador), a 14 de Novembro de 1624 . Nomeada também por sua Tia para suceder no morgado por aquela instituída. Casou. S.m.n.
7.8. Heitor Henriques. Foi «Capitão de que foi encarregado no ano de 575 de uma nau de/ que era Capitão João de Saldanha; e por sua indisposição lhe ser ordenado andas-/se em Companhia do (…) seu irmão por Capitão de uma das duas zauras (?), e depois ser-/vir também a capitania da nau Santo António da Companhia da Armada de Ayres/ de Saldanha e ultimamente acompanhar ao Sr. Rei Dom Sebastião na jornada que fez/ a África com 4 soldados que levou e falece[u] na batalha de Alcácer na dianteira dos aventureiros» . S.g.
§ 2B
5.2. AIRES HENRIQUES, filho 2.º de GOMES HENRIQUES (supra § 2) Julgamos ser o Aires Henriques referido no Caderno dos Cavalos e Armas de Óbidos (1541) . Foi membro da primeira Mesa administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Óbidos que se conhece (de 6 de Julho de 1546-1547), como Mordomo da Capela, tendo ocupado outros lugares em Mesas posteriores, tais como Arrecadador das Esmolas (1547-1548) ou Visitador dos Pobres e Envergonhados, até 1560. Casou duas vezes, a segunda com LEONOR DE MORAES (e a primeira com sua prima INÊS GOMES) e morreu a 27 de Junho de 1570 . Leonor de Moraes era “irmã de Gil Fernandes de Moraes, comendador de Trancoso na Ordem de Malta e pessoa muito qualificada que fazendo-se clérigo foi abade de Duas Igrejas, junto de Miranda e prior de Pendão” . Foram pais de:
6.1. MANUEL HENRIQUES, que segue [meu antepassado, sobre ele voltarei a escrever. Com meu 9.º avô por v.l, Francisco Gorjão [da Serra], foram os procurador por Óbidos às Cortes de Tomar de 1581 e foram ambos, ao mesmo tempo e logo depois, feitos Cavaleiros Fidalgos, a 24.5.1581]
6.2. Aires Henriques. Mamposteiro mor dos Cativos na Ilha da Madeira (21 de Outubro de 1577)
6.3. D. Beatriz de Moraes. Fez testamento e foi co-testamenteira de seu sogro António Taveira, juntamente com sua cunhada, filha deste, Joana da Cunha. Casou com Diogo Taveira (da Cunha), filho de António Taveira, que faleceu no Bombarral (Salvador), a 5 de Dezembro de 1604, por sua vez filho de outro Diogo Taveira, como consta do Caderno de Cavalos e Armas de Óbidos, de 1541 . Foram apenas pais de:
6.3.1. Luís Taveira da Cunha, que morreu na Flandres, em 1631. «Obrou heróicas façanhas na Índia Oriental, donde veio por capitão mor das naus do Reino. Seguindo, como seu pai, a carreira militar, distinguiu-se valorosamente na Flandres e nas Galés de Itália, em que ocupou o lugar de Capitão-mor no tempo do príncipe Manuel Felisberto, 10.º Duque de Sabóia. Foi ornado de insignes dotes, sendo poeta, músico e tangedor de diversos instrumentos, com tanta suavidade como destreza». Pode ser o que casou com D. Maria e foram pais de Beatriz, baptizada no Bombarral (Salvador), a 16 de Setembro de 1615, sendo padrinho Pascoal Henriques. S.mn.
6.4. D. Maria Henriques, que morreu no Bombarral (Salvador), a 2 de Novembro de 1611 . Havia feito testamento com sua irmã Leonor de Moraes. Morrendo as duas no espaço de 15 dias, ficaram como testamenteiros Pascoal Henriques e Beatriz de Morais, sua irmã. S.g.
6.5. D. Ana de Moraes. S.g.
6.6. D. Leonor de Moraes, que morreu no Bombarral (Salvador), a 17 de Outubro de 1611 . Em 31 de Agosto de 1611 assina declaração em como havia vendido por 10$000 reis a Manuel da Cunha de Coimbra uma terra que havia sido de seu irmão Manuel Henriques, «dentro da Sarada, que havia a Cruz da Madre de Deus». Assinou a mesma declaração seu «sobrinho Miguel Henriques», por não saber escrever. Solteira. Fez testamento, nomeando como testamenteira sua irmã Maria Henriques, que, contudo, veio a ser a próxima pessoa a falecer no Bombarral. Assim se pode ler no cartório familiar, na letra de nosso antepassado Francisco Gorjão Henriques: «As 7 missas de que reza a tábua de Igreja desta freguesia do Bombarral, as quais se satisfazem ainda que não toma conta a Provedoria, impostas nas fazendas que já mandei dizer foram instituídas por Leonor de Morais e suas irmãs, filhas de Aires Henriques e de irmãs de Manuel Henriques, casado com Maria Artur do Rego, como fica dito». S.g.
6.7. Joana Henriques .
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Caro Miguel Gorjão Henriques,
Muito e muito obrigado pela sua extensa resposta.
Tenho tentado deslindar um ramo de Taveiras com ligações ao Bombarral e Óbidos desde o final do século XV. Gaio dá-os ligados aos Henriques o que pude confirmar por documentação primária.
Diz Gaio quando trata desses Henriques:
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" § 20
N 4 PEDRO HENRIQUES fº. de Álvaro Henriques N 3 do § 17 casou com Joana Fialho do Rego natural do Carvalhal termo de Óbidos
5 Álvaro Henriques 5 Gomes Henriques 5 Isabel Henriques m.er de Gonçalo da Mota c.g.
5 Fernão Taveira 5 Manuel da Mota 5 Diogo Taveira 5 Guiomar Taveira"
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É surpreendente a menção a Fernão Taveira, Diogo Taveira e Guiomar Taveira como filhos de Pedro Henriques e Joana Fialho. Por que via lhes viria o apelido Taveira?
O Pedro Henriques é referido como escudeiro e morador no Carvalhal em 1501. Poucos anos depois – em Março de 1512 – é referido Pedro Henriques, escudeiro e morador no Carvalhal e Diogo Taveira, seu enteado. Em Fevereiro de 1517 o mesmo Diogo Taveira é referido como cavaleiro da casa real. Não consegui documentar a mulher de Pedro Henriques, mas é certo que foi casado com a mãe de Diogo Taveira – não sei se esta é a Joana Fialho indicada como a mãe dos filhos de Pedro Henriques.
Mas, com esta indicação, os Taveiras indicados como filhos de Pedro Henriques – Fernão Taveira, Diogo Taveira (que julgo mais velho do que o anterior) e Guiomar Taveira – serão seus enteados. Filhos da mulher de Pedro Henriques que deveria ser viúva de um Taveira (neste caso podendo ser a Joana Fialho). Ou então a mulher de Pedro Henriques (eventualmente sua segunda mulher) seria ela mesmo Taveira.
Na sua mensagem refere:
"6.3. D. Beatriz de Moraes. Fez testamento e foi co-testamenteira de seu sogro António Taveira, juntamente com sua cunhada, filha deste, Joana da Cunha. Casou com Diogo Taveira (da Cunha), filho de António Taveira, que faleceu no Bombarral (Salvador), a 5 de Dezembro de 1604, por sua vez filho de outro Diogo Taveira, como consta do Caderno de Cavalos e Armas de Óbidos, de 1541 . Foram apenas pais de: 6.3.1. Luís Taveira da Cunha, que morreu na Flandres, em 1631"
O Diogo Taveira que refere - pai de António Taveira como consta do Caderno de Cavalos e Armas de Óbidos de 1541 - é certamente o Diogo Taveira que eu refiro acima. Porque sei que lhe sucedeu um António Taveira que em 1545 possuía os bens que foram daquele.
Qualquer outra informação solta de Taveiras do Bombarral/Óbidos que possa ter deste período - final do século XV ou já do XVI - poderá ser de enorme valor para mim.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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Caro Miguel Gorjão-Henriques:
Permita-me que lhe coloque uma outra questão. Na sua mensagem fala num "Caderno de Cavalos e Armas de Óbidos, de 1541". Que caderno é este e onde se encontra ?
Melhores cumprimentos,
António Taveira
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Caro António Taveira,
Trata-se de uma documento constante do "Corpo Cronológico" e que foi transcrito por um notável historiador e também genealogista, que teve a simpatia de me deixar utilizar nos meus trabalhos. Tem lá, entre outros, o seguinte excerto:
«Tytullo dos cavallos e egoas que estam em este logar/ (...)Jtem Fernam Taveyra cavaleyro fydallguo da cassa/ dell Rey nosso senhor morador no dicto loguo do Bombarall/ nam he na tera e sse achou per emformacam de testemunhas/ que tem cavallo e armas conpridas de ssua pesoa sscilicet/ coyracas adarga capaçete e lanças/».
Punha eu a hipótese, em nota, de que os Taveira ligados aos meus Henriques (por minha antepassada D. Guiomar Bota Taveira) possam ser os mesmos que eram administradores de um morgado na vila de Alenquer e no lugar do Carregado, cuja cabeça era a Quinta da Telhada e a capela de St.º António no Convento de S. Francisco naquela vila – D. Catarina Taveira, administradora, obteve CBA de Taveiras e Leitões por carta de Maio de 1658 – Nuno Borrego: 2003: 100.
Sobre estes Taveiras, tenho apenas mais o seguinte:
7.1. GOMES HENRIQUES. Monteiro-mor de Óbidos (em 15 de Maio de 1584). Senhor da Casa de Seu Pai, tendo vendido 2 prazos, com sua mulher, a Pedro Roiz .
Casou com D. GUIOMAR BOTA TAVEIRA (ou, como aparece em Felgueiras Gayo, ANDRADE OLIVEIRA), que sobreviveu a seu marido e era irmã de Fernão Taveira, porventura o referido no Caderno dos Cavalos e Armas de Óbidos (1541) , ambos filhos de PEDRO TAVEIRA , primo co-irmão de António Boto Pimentel, comendador de Pontével (no Cartaxo) e da Lapa (no Cartaxo) na Ordem de Malta, e de sua mulher MARIANA HENRIQUES. Foram pais de:
8.1. Pascoal Henriques Taveira . Supomos ser o que é dado em registos paroquiais como casado com Dona Maria de Almeida , ou também com Domingas Roiz , a primeira dada como filha de Helena Gil da Cunha . Tinha várias obrigações pias no Bombarral, que vieram todas a recair em Duarte Gorjão Henriques da Cunha. Terão sido pais de:
8.1.1. Maria, baptizada no Bombarral (Salvador), como filha de Pascoal Henriques e de sua mulher Dona Maria, a 28 de Dezembro de 1614, sendo padrinho Gil Vicente. Smn.
8.1.2. D. Catarina, baptizada no Bombarral (Salvador), a 22 de Fevereiro de 1616, sendo padrinhos João Gonçalves Henriques e Dona Ana Botado. S.g.
8.1.3. D. Ana, baptizada no Bombarral (Salvador), a 8 de Janeiro de 1618, sendo padrinhos João Henriques e Ambrósia de Aguiar. Morreu no Bombarral, a 4 de Dezembro de 1659. S.g.
8.1.4. (D). Helena, baptizada no Bombarral (Salvador), a 22 de Julho de 1620, sendo padrinhos João Henriques e Dona Maria. S.g.
8.1.5. Fernando Taveira. S.g.
8.2. Gomes Henriques, que morreu menino.
8.3. Maria Arthur Henriques. Morreu donzela, s.g.
8.4. DONA AMBRÓSIA DE AGUIAR (TAVEIRA DA CUNHA COIMBRA). Baptizada em 1 de Outubro de 1585 (ou 1589). Encontramo-la várias vezes como madrinha no Bombarral, designadamente a 1 de Março de 1620. Casou com seu primo MIGUEL HENRIQUES, senhor dos morgados dos Henriques e Mingões do Bombarral (segue supra no § 2A)
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