Acerca do navio Rio Ave.
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Acerca do navio Rio Ave.
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Consta que meu tataravô, Bento Gonçalves Castanheira teria embarcado na cidade do Porto no dia 22 de Fevereiro de 1831, rumo ao Rio de Janeiro.
Lá chegando a 27 de Março do mesmo ano.
Pelo que tenho levantado, existiram quatro ou mais navios com o mesmo nome,”Rio Ave”.
Em qual Bento teria embarcado???
Para desfazer este nó, conto com os Confrades do Genea, ou algum aficionado em Marinha.
Para subsidiar, um resumo do que já levantei.
O primeiro seria o Rio Ave que foi tomado por revolucionários em Pernambuco na revolução republicana de 1824, a célebre “Confederação do Equador”.
Quando passou a chamar “Constituição ou Morte” e mais tarde de Beaurepaire.
Fonte:Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira.
Do segundo, se tem noticias através de um anuncio do Diário de Pernambuco, de agosto de 1852. Este sim, como se pode ver, era um navio de passageiros.
O que mais me intriga, é o fato de ser tratado como um navio brasileiro (o brigue nacional "Rio Ave”) sabendo que no Brasil não existe nenhum rio Ave.
A única referencia que temos de um rio Ave é em Portugal. Este que tem foz junto a Vila do Conde, região do Minho. (ver anuncio abaixo).
O terceiro fazia parte da Esquadra de Guerra Portuguesa em 1880
Em 23 de Junho de 1884, comandada por Wenceslau de Moraes, cumpria missão de fiscalização aduaneira no Algarve.
Fonte: Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico
Do quarto, “a Canhoneira Rio Ave”, temos noticias de sua construção em 1891.
Fonte: Revista da Armada Nº 377 e Nº 318.
“Diário de Pernambuco.
Quarta-feira, 25 de agosto de 1852.
Avisos marítimos - Para o Rio de Janeiro, sai com a maior brevidade possível por ter parte da carga pronta, o brigue nacional "Rio Ave": para o resto da carga e escravos a frete, para os quais tem bons cômodos, bem como para passageiros, trata-se com o capitão Elias ou com os consignatários, Novaes & Companhia, na rua do Trapiche nº 34.”
Valeu...
Sergin Castanheira.
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RE: Acerca do navio Rio Ave.
Caro Sergin Castanheira
O seu Rio Ave devia ser um navio português, construído em Vila do Conde.
Eram dessa localidade os melhores construtores de embarcações que existiam em Portugal, no séc. XIX.
O emigrantes do norte de Portugal embarcavam para o Brasil, habitualmente e sobretudo na recuada época que cita, em veleiros mistos de carga e passageiros, e não nos vapores como viria a acontecer mais tarde. Era precisamente na construção desses navios que os vilacondenses se distinguiam.
Os mais reputados foram Bernardino Joaquim de Azevedo (1810-1858), que trabalhou depois no Porto e em Lisboa, e seu filho Carlos Joaquim de Azevedo Vareta (1833-1873), também com estaleiro no Porto e, mais tarde, em Lisboa, cujo nome até consta aqui na Base de Dados. Carlos Vareta, o “Varetinha” como lhe chamavam, com menos de 20 anos já era um mestre no seu ofício e, a cada navio que lançava à água, tinha direito a notícia de jornal, dando conta da extasiada admiração dos seus contemporâneos.
Cumprimentos,
Manuel.
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RE: Acerca do navio Rio Ave.
Caro Sergin Castanheira
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No dia 12 foi lançada às águas do Ave a nova barca “Rio Ave” construída nos estaleiros de Vila do Conde pelo senhor Manuel Gomes Rodrigues.
(O Clamor Público, 17 de Novembro de 1852)
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Não resolve o problema, mas acrescenta um Rio Ave à sua esquadra.
Cumprimentos,
Manuel.
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RE: Acerca do navio Rio Ave.
parece-me bem que nenhum dos navios apresentados terá sido o usado. ou são militares ou construídos depois da data da viagem do referido parente.
o "brigue nacional" seria o mais provável mas a viagem anunciada decorre 20 anos depois da data referida pelo que também parece pouco provável. Por essa altura se fosse o mesmo estaria bastante fragilizado.
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RE: Acerca do navio Rio Ave.
Muitíssimo obrigado caro Manuel.
Qualquer informação é de extrema importância.
Como bem disse, “acrescenta mais um a minha esquadra”.
Grato.
Sergin.
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Wenscelau de Morais e Camilo Pessanha
“O terceiro fazia parte da Esquadra de Guerra Portuguesa em 1880
Em 23 de Junho de 1884, comandada por Wenceslau de Moraes, cumpria missão de fiscalização aduaneira no Algarve.
Fonte: Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico”
Wenscelau de Morais, um dos maiores poetas portugueses, praticamente esquecido, mas com uma fundacão com o seu nome, liderada por uma pessoa de bem.
Profundamente ligado ao Japão onde viveu e amou, após abandonar a Marinha e penso que morreu, depois de ter realizado uma vasta obra literária.
Wenscelau de Morais viveu também cinco anos em Macau e relacionava-se com o também grande poeta Camilo de Almeida Pessanha, nascido 07.09.1867 em Macau onde viveu até aos 21 anos, quando foi morar em Lisboa, do qual gostaria de saber a ascendência...
Curiosamente nesse mesmo ano de 1867 o meu bisavô Manuel de Azevedo Coutinho chegava a Macau, com a patente de tenente e tendo passado a capitão do regimento nº 15, Caçadores nº 10, onde permaneceu até 1874, em termos sociais, ajudou a fundar e foi o 1° presidente do Grémio Militar de Macau...
Cumprimentos
José de Azevedo Coutinho
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RE: Wenscelau de Morais e Camilo Pessanha
Caríssimos,
também eu procuro informações sobre um veleiro que terá levado o irmão do meu trisavô para o Rio de Janeiro. É referido em correspondência dele, anos mais tarde, como Brigue Almirante (nome que não encontro actualmente em lado algum). Sei também que era um veleiro e que saiu da cidade do Porto em 20/11/1853. Nessa viagem, muito atribulada devido ao mau tempo, tiveram que aportar à Bahia devido à fome e sede, tendo reiniciado viagem em direcção ao destino final a 19/01/1854; no dia 29/01/1854 «estavam com a ilha Rasa e o Pão de Açúcar à vista». Demoraram 70 dias a completar a viagem Porto-Rio de Janeiro!
Se alguém me pudesse dar uma luz acerca deste assunto, muito agradecia.
Cumprimentos,
João Bacelar
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RE: Wenscelau de Morais e Camilo Pessanha
Caro José de Azevedo Coutinho,
Segundo os dados que possuo Camilo de Almeida Pessanha, n. 07/09/1867 em Coimbra, f. 01/03/1926, Macau era:
Filho de Francisco António de Almeida Pessanha, Juiz do Supremo Tribunal de Justiça e de Maria do Espirito Santo Duarte Nunes Pereira (ñ eram casados).
Neto paterno de José Benedito de Almeida Moraes Pessanha, n. 14/01/1808 na freguesia de Marmelos, Mirandela, f. 16/07/1857 na mesma freguesia que casou c/ sua prima Maria Augusta Pessanha, filha de Francisco Sebastião de Almeida Moraes Pessanha, n. 10/09/1802, Marmelos, Mirandela cc Margarida Sottomaior e Castro, n. Carvalhais, Mirandela, filha de Alexandre de Macedo Sottomayor e Castro.
Bisneto paterno de Francisco António de Almeida Moraes Pessanha, n. 12/04/1775, na freguesia de Marmelos, Mirandela, f. 22/05/1839 na mesma freguesia formou-se em Leis e em Filosofia pela Universidade de Coimbra. Escreveu e datou de Mirandela, em 2.2.1815 um importante estudo económico regional a que chamou: Reflexões relativas à Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, dirigidas aos senhores editores do Investigador Português. Esse estudo foi publicado no Investigador e, mais tarde transcrito por Alfredo Menéres no livro: Carvalhais traços históricos (1916), c/275 pgs. Escreveu ainda: Memória sobre o estado actual das fracções de seda, especialmente pelo método piemontês, nas províncias de Trás os Montes e Beira e regulamento ou providências para estabelecer estas fiações e mantê-las em perfeição. Por causa desta monografia o seu autor foi elevado à categoria de sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, em 17.5.1819. Moço-Fidalgo da Casa Real (1806). Foi deputado às cortes por Trás os Montes, em diversas legislaturas (1820, 1834 e 1836) casou em 1801 c/ D. Ana Gertrudes da Maia e Melo Brandão, n. Lisboa, f. 22/05/1839, filha de João Pedro da Maia e Melo, n. Figueira da Foz e de Manuela Libãnia, n. Lisboa.
3 neto paterno de António José de Almeida Moraes Pessanha, n. 1729, f. 20/08/1809, freguesia das Arcas, Macedo de Cavaleiros, reformou-se como Brigadeiro (14/08/1808), Moço-Fidalgo (05/07/1745) cc Maria Antónia de Moraes Maltês, n. Marmelos, Mirandela, f. 06/08/1795, era irmã do Padre Gonçalo Lopes de Moraes e de Manuel Moraes Maltês, f. 16/12/1800, Marmelos, todos filhos de João de Moraes Maltez, n. Frechas, Familiar do Santo Oficio (1754) e de Maria José Lopes, n. Valverde, f. 06/08/1795, Arcas, Macedo de Cavaleiros.
4 neto paterno de Francisco José de Sá Moraes de Almeida Moraes Pessanha, f. 10/10/1772, Arcas (Administrador do morgadio de S. Caetano das Arcas e de outro morgadio (instituido por seu tio materno António de Sá de Almeida, Mestre de Campo do Terço da Cidade de Bragança e Governador das Praças de Almeida e Bragança), Fidalgo Cavaleiro (27/11/1723) cc Ana Martins Alves, n. Nuzelos, f. 13/11/1781, Arcas.
5 neto paterno de Francisco de Lobão de Moraes Pessanha ou Francisco Pessanha Vilhegas, f. 13.6.1704, Monsanto, sendo Sargento-mór do Terço da cidade de Bragança, era proprietário do oficio de escrivão da Câmara de Monforte de Rio Livre em 1674 cc D. Isabel de Sá de Almeida.
6 neto paterno de Francisco Pessanha Vilhegas cc D. Joana de Sá Moraes, filha de António de Sá Moraes, n. Arcas e de sua mulher D. Francisca de Lobão, n. 1624, Vilares da Torre, Mirandela, f. 26.8.1700, Arcas, Macedo de Cavaleiros.
Melhores cumprimentos,
João Mascarenhas de Lemos
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RE: Wenscelau de Morais e Camilo Pessanha
Caro João Mascarenhas de Lemos,
Permita-me que acrescente : Dona Margarida Sottomayor e Castro, foi legitimada pelo Desembargo do Paço em 1806 e foi filha de Dom Henrique e neta de Dom Alexandre. A mãe de Dona Margarida chamava-se Maria Antónia, filha de João de Sá, da Quinta de Vale de Maduro e de sua mulher Maria da Conceição Por sua vez a Maria da Conceição era filha de António Fernandes e de sua mulher Isabel Maria, lavradores honrados,
Melhores cumprimentos,
Vasco Briteiros
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RE: Wenscelau de Morais e Camilo Pessanha
Caro João Mascarenhos de Lemos,
Apresso.me a corrigir o meu texto da mensagem anterior : Dona Margarida pode ser filha de Dom Alexandre, irmão de Dom Carlos Manuel, que até era o Morgado nessa altura. A falta foi minha porque não disponho do texto anterior à página onde é assinalado o nascimento de Dona Margarida e fiz uma dedução precipitada.
As minhas desculpas ,
Cumprimentos,
Vasco Briteiros
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RE: Wenscelau de Morais e Camilo Pessanha
Caro Vasco Briteiros,
Muito obrigado pela sua mensagem, os dados que possuo são os seguintes:
D. Margarida de Sottomaior e Castro, seria:
Filha de Alexandre de Sottomaior e Castro, Fidalgo da Casa Real, administrador de um morgadio em Mirandela e dos prazos na freguesia de Carvalhais, Mirandela.
Neta paterna de Henrique de Macedo e Sottomaior e Castro n. 1721, Carvalhais, f. 1770, Carvalhais, Sr. do morgadio de Mirandela, que casou a 19/10/1755 em Alfandega da Fé c/ Mariana Josefa de Sousa Menezes, filha do Dr. Domingos Luiz de Almeida Naga e de Ana de Sousa Menezes.
Bisneta paterna de Alexandre de Macedo Sotto Maior, b. 04/01/1683, Várzea do Douro, que foi Capitão-mór de Murça e administrador do mesmo morgadio de Mirandela e de sua 2ª mulher Caetana de Sousa Cabral ou Caetana de Sousa e Castro, n. Murça, filha do Dr. Valério de Castro Delgado e de Maria de Sousa Cabral.
Cumprimentos,
João Mascarenhas de Lemos
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RE: Wenscelau de Morais e Camilo Pessanha
Caro João Mascarenhas de Lemos,
Realmente é assim,mas esse Alexandre não consta aqui na BD:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=167490.
Cumprimentos
Vasco Briteiros
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RE: Acerca do navio Rio Ave.
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Consta na Movimentação de Portugueses no Brasil - Arquivo Nacional - (1808-1842).
Nome: Bento Gonçalves Castanheira.
Naturalidade: Braga.
Idade: 15
Olhos: pardos
Cabelos: Castanhos.
Sinais paticulares : Bexigas.
Moradia: Rua das Violas, 33.
Data de chegada: 00/04/1831.
Procedência: Porto.
Tipo de embarcação: Bergantim.
Nome: Ave.
Registro: 1.831
Data de registro: 20/05/1831
Códice: 0381
Volume: 01
Folha: 16
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RE: Wenscelau de Morais e Camilo Pessanha
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Consta na Movimentação de Portugueses no Brasil - Arquivo Nacional - (1808-1842)
Nome: Bento Gonçalves Castanheira.
Naturalidade: Braga.
Idade: 15
Olhos: pardos
Cabelos: Castanhos.
Sinais paticulares : Bexigas.
Moradia: Rua das Violas, 33.
Data de chegada: 00/04/1831.
Procedência: Porto.
Tipo de embarcação: Bergantim.
Nome: Ave.
Registro: 1.831
Data de registro: 20/05/1831
Códice: 0381
Volume: 01
Folha: 16
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RE: Wenscelau de Morais e Camilo Pessanha
Muito boa tarde,
Como verifico que possui vasta bibliografia sobre o ramo familiar Moraes Pessanha, solicito-lhe o favor de me informar se porventura, o nome de José Benedito d'Almeida Pessanha, casado que foi com D. Amélia de Sá Pessanha e moradores na freguesia de Marmelos/Mirandela por volta de 1920, têm alguma relação com os nomes que menciona no texto deste fórum sobre Wenceslau de Moraes e Camilo Pessanha.
Melhores cumprimentos,
Manuel Madureira
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RE: Wenscelau de Morais e Camilo Pessanha
Muito boa tarde Sr. João Mascarenhas de Lemos
Verifico pelo texto acima, possui uma vasta bibliografia sobre a família Almeida Moraes Pessanha.
José Benedito d'Almeida Pessanha e sua esposa D.Amélia de Sá Pessanha, foram padrinho de casamento de um tio meu, segundo documento que possuo assinado pelos dois e datado de 1920.
Gostaria de saber qual o grau de afinidade com a família Moraes Madureira Osório ou Pereira do Lago.
Melhores cumprimentos,
Manuel Madureira
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