Melo e Castro(representação familiar)
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Melo e Castro(representação familiar)
Gostava de ouvir a opinião dos colaboradores do forum
sobre quem representa a familia "Melo e Castro"
Seguindo Felgueiras Gayo(titulo de Castros) fico com a ideia que quem representa esta familia é a familia Correia de Sampaio (Viscondes de Castelo Novo) e não os Condes das
Galveias, porque descenderão de um ramo primogenito.
E já agora alguem sabe porque os condes das Galveias passaram a usar Melo de Castro e não Melo e Castro.Será para se distinguirem do outro ramo Melo e Castro?
Nuno Ponces
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Nuno
O que aqui dizes traz-me aa ideia um problema que tenho vindo a verificar nas novas geraçoes. Antigamente, 2 ou + sobrenomes eram juntos geralmente por necessidade de representaçao de foros ou vinculos patrimoniais a eles ligados. Isto nada tinha que ver com o apelido duplo, criado na epoca romantico-liberal obedecendo a um conceito burgues de individualizaçao mais destacada na sociedade. Como sabes tanto na Casa Real como nas familias nobres mais recuadas nao se usava sobrenome, ficando assim sujeitas a serem apelidadas como os elementos populares, para meros efeitos de distinçao pratica no quotidiano.
O que considero preocupante ee a falta de observancia das regras gramaticais na elaboraço dos nomes dos recem nascidos que verifico actualmente. Assim, nao se pode ter "e" sem ser "de", mas o contrario jaa ee possivel. Tambem nao se pode ter "e" 2 x no nome...
Vejamos por exemplo: Maria Leonor de Melo e Castro da Costa Mendonça de Sousa, ou Maria Leonor de Melo Castro Costa Mendonça e Sousa, ou ainda Maria Leonor de Melo Castro Costa Mendonça de Sousa, ou atee Maria Leonor de Melo de Castro da Costa de Mendonça e Sousa. Mas nunca Maria Leonor de Melo e Castro Costa Mendonça e Sousa. É claro que no seu tempo seria apenas tratada por Leonor de Melo e Castro, por facilitaçao verbal. Mas Leonor Melo e Castro, sem o de, embora se use oral/ para simplificar, nao ee portugues correcto. Relembro-te que até aa introduçao do registo civil os certificados de baptismo mencionavam talvez apelidos paternos, mas geral/ referiam apenas nomes de baptismo dos neofitos, ficando o uso futuro de apelidos, por vezes diferentes entre irmaos, sujeitos aa discriçao e aa conveniencia patrimonial familiar.
Assim, a distinçao no grafismo entre os 2 ramos Melo e Castro obedece apenas a meu ver a uma consideraçao gramatical na composiçao de nomes que, compostos, sao mais extensos.
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Alexandre,
Tem toda a razão naquilo que diz, mas o acontece que existem certidões de baptismo, de
casamento e obitos em que aparece sempre os apelidos Melo e Castro a seguir aos nomes proprios. E a partir do seculo xviii(creio)
os Condes das Galveias que eram até aí Melo e Castro (tambem nos assentos de baptismos) passam a ser Melos de Castro(penso que aqui há mesmo uma intenção clara de formar um ramo diferente que se distinguisse dos parentes proximos(na altura claro).
Embora se trate evidentemente de uma união entre a familia Melo e familia Castro
quase que podemos dizer que se trata de uma unica familia(os apelidos estão unidos desde o seculo Xv1
Um abraço
Nuno
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Nuno
Pois tens toda a razao certamente, tanto mais que tu ee que andaste a estudar e verificar os assentos desse ramo - e admiro a tua paciencia para isso, que nunca tive... Chamo apenas a atençao para que os referidos assentos nao eram escritos pelos membros da familia, mas por estranhos, que procuravam simplifica-los muitas vezes em funçao do que podiam e do que eles proprios achavam. Isto ainda se passa actualmente, e embora a lei estabeleça que as regras ortograficas das normas sucessivamente alteradas (infelizmente, a meu ver, desde a 1ª reforma republicana da lingua que separou portugueses e brasileiros atee hoje)nao se aplicam a sobrenomes, os funcionarios tendem a transformar os documentos e papeis seguindo preconceitos e inaptidao proprias. Passa-se esse caso com o meu apelido materno, e conheço muitos mais.
Penso em resumo que o passar dos anos levou aa cursivaçao generalizada de 2 nomes que formaram um soo: Melicastro!, depois passada a escrito no ramo que nao era conhecido pelo titulo Galveias. E conto-te a proposito de 1 sorriso que na minha infancia, em Salvaterra, as contas do meu tio e Padrinho Joao da Rocha e Mello vinham asssim: Senhor Rochimel. ;)
Um abraço divertido do primo amigo
Alexandre
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Alexandre,
Já agora uma ligeirissima correção: A casa de
Escalos não era da familia sottomayor mas sim
da familia Figueiredo(Jose Nicolau de Figueiredo). A mulher deste Ana Victoria de Sottomayor era duns Sottomayor de Alenquer senhores da Quinta do Bravo .
A referida quinta veio a passar por herança a
Francisco Correia de Sampaio(nosso 3º avo)
que casou como sabes com D.Maria Leonor de Melo e Castro, filha de D. Pedro da
Cunha e da celeberrima Maria Rosa.
Alias estou convencido que foi pela proximidade da quinta do Bravo e a quinta D. Carlos dos Cunhas(ambas em Alenquer) que fez unir pela 1ª vez as duas familias
Um abraço do primo
Nuno
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Nuno
Já em tempos tinhamos trocado impressões sobre a Quinta do Bravo em Alenquer mas na altura penso que não lhe disse o seguinte:
No Canedo, vol. II, p.289, aparece um António Xavier Bravo Pereira do Lago (filho de um Bravo Pereira do Lago e de uma Sottomayor), senhor da Quinta e Morgadio do Bravo, casado com D. Antónia da Arrábida Pereira Fojaz Coutinho de Lencastre, c.g., duas filhas, ambas casadas mas sem geração. Deve ter sido por extinção desta linha que os Castelo Novo herdaram este vinculo.
Conhecia esta informação? Espero ter ajudado.
Já avisei o Diogo de Belford Henriques, neto de uma Brandão de Melo e bisneto de uma Correia de Sampaio sobre o seu trabalho. Como o Diogo anda às vezes aqui pelo Fórum dar-lhe-a notícias.
Abraço
Lourenço
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Lourenço,
Realmente não conhecia essa informação. Isso explica como os Correias de Sampaio vieram
a herdar essa Quinta. A Ana Victoria atras referida era filha de Felix Xavier Pereira do Lago(senhor da quinta do Bravo) e duma
Sottomayor. Assim sendo, Ana Victoria era irmã
do Antonio Pereira do Lago, que atras referiu, cuja descendencia se extinguiu.
Muito obrigado pela informação que clarifica como o meu trisavo veio a herdar a referida quinta.
Um abraço
Nuno
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Nuno
Obrigadissimo pela tua informaçao, e tens toda a razao. Acontece que nem sempre ee facil perceber quando ee que a ordenaçao peninsular dos apelidos desaparece e ee substituida pelo arranjo aa franceesa que actualmente usamos. Por isso costumo pensar na quatrisa Maria Joana de Figueiredo Sottomayor por este ultimo nome, atee para a distinguir dos Figueiredos ramo da minha Avoo paterna.
Nao sabia da Quinta do Bravo, sera que tens fotografia? Ouvi sim falar toda a vida dentro da tradiçao Cunha da Quinta de D.Carlos, mas recordo agora, das nossas ferias infantis na Casa Grande ou ao lado, que sempre contavam que no tempo do trisa Francisco Correa iam atee Lisboa em lenta jornada, dormindo todas as noites nas suas quintas. Pelos vistos, essa do Bravo seria a ultima etapa... :)
E a proposito, nao sabia que estavas a morar em Lisboa?
Abraço amigo
Alexandre
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Alexandre,
Infelizmente não tenho fotografia da quinta. Sei que era uma uma das maiores(se não a maior)
de Alenquer. Há uns anos fui a Alenquer e falei
com o paroco da vila e ele confirmou-me isso.Penso que tambem é vem referido numa monografia sobre Alenquer.
Fui tambem ás finanças de Alenquer e mostraram-me um mapa de Alenquer (do seculo xix)e fiquei inpressionado com o tamanho da quinta(era cerca de metade de Alenquer)
Vivo em Lisboa há 6 anos.
Um abraço
Nuno
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Nuno
No livro "O Concelho de Alenquer", vol. 4, de que lhe falei na mensagem sobre a Quinta do Bravo, reproduz 4 fotografias da mesma (portão de entrada, casa, capela exterior e interior) e tem uma notícia interessante. Caso esteja interessado poderei enviar-lhe fotocópias e na minha próxima ida a Alenquer trago-lhe um exemplar.
Seria talvez produtivo combinarmos uma visita ao "terreno". Falaria ao José da Cunha Guimarães, da Quinta de Pancas (seu e meu parente) e combinaria um "tour" por algumas Quintas daquela região, que ele tão bem conhece.
Se quiser as ditas cópias mande-me, se faz favor, a sua morada.
Um abraço
Lourenço
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Lourenço,
Como o mundo é pequeno.Sou casado com uma sobrinha do tio Zé Guimaraes, filha de uma irmã (Teresa c.c João de Sousa da Camara) sendo por isso tambem minha prima.
Quanto ás fotocopias estou interessadissimo
nelas, como deve calcular.
Agradecia que as mandasse para a minha morada:
Rua José da Purificação Chaves nº2 3ªdireito
1500 Lisboa.
Adorava voltar a Alenquer e por isso é só uma questão de combinarmos.
Muito obrigado
Um abraço
Nuno
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Nuno
O mundo é mínimo! O tio Zé Guimarães é meu parente (a minha avó é Perestrelo de Vasconcelos) e pediu-me em tempos para fazer investigações sobre a Quinta de Pancas. Desde essa altura tenho desenvolvido um trabalho grande sobre a Quinta que pertenceu primeiro a uns Fonsecas e depois aos Perestrelos pelo casamento do 1º morgado do Hespanhol. Além de Pancas muitas outras quintas êram dos Perestrelos ou têm connosco relação próxima.
Estou aliás em divida com o tio Zé pois ainda não lhe passei os elementos que tenho por não estarem minimamente arrumados. Pela sociedade vinicola "Vinhos de Quinta" (?) estão os Cunhas e os Perestrelos novamente ligados. Da geração da mãe do tio Zé eram 6 irmãos tendo 3 casado com Perestrelos (D. Pedro e D. Salvador
com d'Oreys e Teresa com um Guimarães).
Farei as fotocópias e envio-lhe. De qualquer forma lgo que fõr a Alenquer trago-lhe estes livros. O 1º vol. é interessante, o 2º também, mas estava esgotado, o 3º é sobre costumes regionais e afins (para nós talvez o de menor interesse) e o 4º sobre Quintas.
Impõe-se que façamos mesmo um "tour" pela região.
Um abraço
Lourenço
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Lourenço,
Quem são os actuais donos da quinta D.Carlos?
Os filhos do Pedro da Cunha(médico)que morreu recentemente?
Nuno
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Nuno
A Quinta de D. Carlos é só do filho segundo do Marquês de Olhão D. Pedro, D. Frederico (Fritz), Marquês de Valada. Pelo menos é a informação que tenho...
Abraço
Lourenço
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Nuno
Depois de morrer o tio Pedro da Cunha, foi-me dito que havia um acordo entre todos os filhos para que se nao tocasse em Xabregas e fizesse uma Fundaçao na casa, com todo o recheio, casa sabes mais ainda ligada aa Restauraçao do que o Palacio Almada do Rossio. Ignoro no entanto se a quinta de D. Carlos seria ou nao incluida nesse conjunto, ou se o projecto esta em bom andamento ou morreu aa nascença. EE no entanto facil de saber se achares util para o teu trabalho.
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Alexandre,
Infelizmente tenho notícia que o Palácio de Xabregas foi vendido pelos filhos do Marquês de Olhão D. Pedro. Confirmarei esta informação de que estou quase certo, bem como a da Quinta de D. Carlos pertencer ao Marquês de Valada, Fritz.
Cumprimentos,
Lourenço Perestrelo Correia de Matos
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Lourenço,
Quem comprou o Palácio de Xabregas, e uma das quintas de Alenquer, foi o Zé Folque, casado com a Maggy, neto do Marquês de Olhão. Assim, graças a Deus continua na familia.
O palácio está a ser arranjado, e será explorado para festas e outro tipo de eventos de qualidade.
Se quiseres, quando fores dar a tua volta pelo concelho de Alenquer, avisa-me que te ponho em contacto com o Zé Folque.
Um abraço amigo
Luis
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Lourenço
As informaçoes que na epoca obtive vieram no seguimento de um programa do Prof.Hermano Saraiva sobre Xabregas, que reacendeu o meu interesse. Claro que as suas devem ser mais recentes... infelizmente. Resta-nos agora saber a quem foi vendido e qual a intençao de uso implicita na compra. Nao deixarei tambem de lhes dizer o que apurar.
Cumprimentos
Alexandre TF
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Lourenço,
Muito obrigado pela informação.
Um abraço
Nuno
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Nuno Ponces
A quinta do Bravo, como era popularmente conhecida, chamava-se de facto quinta de Stº André, invocação da capela. Foi de D. Maria Joana da Piedade Bravo Pereira Forjaz e seu marido Duarte de Castro de Lemos e Menezes, que chegou a suceder na Casa do Côvo, e que faleceu a 21.9.1812 na dita quinta de Stº André, sem geração.
Quanto ao mais que sei sobre esta quinta, cuja casa ainda existe, vem tratado em «O Concelho de Alenquer», nº 4, de António de Oliveira Melo, António Rodrigues Guapo e José Eduardo Martins, que publica fotografias da casa.
Um abraço
Manuel Abranches de Soveral
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Manuel,
Calculo que tenha sido por morte de D.Maria Joana que refere, que a quinta do Bravo tenha passado para a posse de Francisco Correia de Sampaio(meu 3ºavo)que devia ser ser o parente mais proximo na linha de sucessão.
Muito obrigado pela informação.
Um abraço
Nuno Ponces
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Nuno
De facto assim parece ser. Segundo uma inscrição existente na capela, a casa é de 1618, embora existam notícias anteriores sobre a quinta, que teria sido de Gonçalo Gomes de Azevedo, depois de Gregório Sernache de Noronha e em 1516 de Pedro de Sequeira. A dita inscrição diz «Esta Casa de Santo Andre mandou fazer Gaspar Velozo Bareto no ano de 1618». No séc. XVIII a casa e quinta eram de André Bravo, que a instituiu em morgadio.
A publicação que referi na mensagem anterior também trata a quinta de D. Carlos, armoriada de Cunha, que terá sido fundada pelo bispo de Elvas D. Manuel da Cunha, capelão de D. João IV.
Um abraço
Manuel Abranches de Soveral
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro Manuel
Mais uma vez obrigado pela tão útil informação.
Sendo assim,a quinta passou aos descendentes de Andre Bravo,entre os quais, os Pereira do Lago(que usavam tambem Bravo) que a herdaram por via feminina e destes passou aos Correias também por via materna.
Um abraço
Nuno Ponces
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Já agora queria saber...qual a diferença dos melo e castro com 2 «l»?portanto, Mello e Castro?É so para baralhar + um pouco!
um abraço
André Mergulhão O
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RE: Melo e Castro(representação familiar)
Caro André,
Não existe nenhuma diferença.Há ramos que utlizam 2 l e outros que utlizam apenas 1.
Cumprimnentos,
Nuno Ponces
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Melo e Castro(representação familiar)
Boa Tarde,
A Quinta de D. Carlos é atualmente a base da empresa Cunha & Meneses, Lda., Empresa dirigida, assim como a Quinta, por D. Frederico da Cunha e Mendonça e Meneses e pelo seu filho D. Pedro da Cunha. Se me é permitido sugerir uma visita ao website da quinta, podem encontrar uma imagem de D. Frederico.
Cumprimentos,
Luís Carvalho
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Melo e Castro(representação familiar)
Boa Tarde,
Venho por este meio solicitar se no seu acervo sobre a Quinta de Pancas, se tem alguma informação sobre um João de Mesquita Perestrelo, dono da Quinta de Santa Ana em 1580, sobrinho de D. Isabel da Mesquita e de Gaspar Arnão ou Hernão d'Ávila?
Cumprimentos,
Luís Carvalho
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