CBA - Valentes
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CBA - Valentes
O Dr. Egas Moniz, o nosso Prémio Nobel da Medicina, refere no seu curioso livro de memórias que tinha em sua casa uma cópia da carta de Brazão de Armas dada por D. João III, em 1548, ao seu antepassado VALENTIM PIRES VALENTE. Sanches de Baena e António de Pina Cabral não a referem.
Agradeço qualquer informação sobre a autenticidade da concessão desta CBA.
Francisco Serpa Brandão
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RE: CBA - Valentes
ExmºSenhor
Já experimentou as "CBA's inéditas" de José de Sousa Machado?
Melhores cumprimentos,
Pedro Ahrens Teixeira
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RE: CBA - Valentes
Exmo. Senhor
Francisco Serpa Brandão,
de facto o Sanches Baena, não obstante o seu rigor, não é exaustivo, se é que em genealogia se consegue sê-lo. Deverá pois seguir o conselho do Pedro Ahrens Teixeira; caso ainda aí não encontre nada, visite a Casa-Museu de Avanca (Casa do Marinheiro), onde o Prof. Egas Moniz nasceu. Pode ser que aí encontre alguma coisa, embora eu duvide, pois esta casa é mais dedicada à memória do prémio Nobel que a outras coisas, nomeadamente arquivos históricos.
Caso ainda aí não encontre nada, devo dizer-lhe que há uns anos li uma pequena separata de uma publicação dedicada a ex-libris, onde constava o do Prof. Egas Moniz, com ilustração do brasão por ele aí usado e explicação (não recordo se se mencionava a sua ligação ao antepassado Valente Pires Valente). Infelizmente o livro não era meu e não recordo o nome, mas posso dizer-lhe que não era o livro sobre ex-libris portugueses de José Benard Guedes publicado nos inícios de 90.
Caso não encontre de facto nada, devo ainda esclarecê-lo que Egas Moniz, para além de ter sido um notável médico e grande investigador científico, teve ainda em determinada altura da sua vida funções diplomáticas e políticas, para além de também ter sido empresário agrícola (quem diria que se aventurou no negócio de cortiça?). Julgo que nem todos estes aspectos resultam com clareza da sua biografia. Para além da sua enorme envergadura intelectual e honestidade científica, era ainda dotado duma personalidade cativante e algo palaciana, o que levava a que no que respeita aos seus antepassados pudesse ter sido algo "sonhador" (não sei exactamente qual a sua relação ao D. Egas Moniz medieval, se é que alguma haveria).
Digo-lhe isto não para atraiçoar a memória do nosso 1º Nobel, mas de viva voz, pois o meu avô foi seu 1º assistente e depois do doutoramento seu colaborador durante anos, sendo actualmente o último colaborador ainda vivo e um dos 2 que esteve presente na inauguração da casa-museu há cerca de 15 anos.
Não obstante a sua já avançada idade, poderei tentar marcar um encontro dele consigo, caso esteja interessado em mais pormenores (não genealógicos) sobre a personalidade de Egas Moniz. Julgo que depois dele ninguém mais o poderá esclarecer. Além disso, foram vizinhos durante anos e iam juntos para o Hospital de Santa Marta, pois Egas Moniz viveu, antes de se mudar para a Av. 5 Outubro (onde veio a morrer), na esquina da R. Latino Coelho com a R. Luis Bivar (no palacete que acabou por vender à Nunciatura Apostólica). Os jardins das 2 casas comunicavam e o meu Pai lembra-se de em criança ir entregar ramos de flores à Sra. D. Elvira (mulher de Egas Moniz) nos dias de festa.
Estou ao vosso dispor!
Bernardo de Barahona
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RE: CBA - Valentes
Caros Senhores
Embora nada podendo adiantar quanto à "autenticidade" da carta de armas em questão, posso contudo informar que na sala-biblioteca
da mesma casa-museu se encontra exposta uma carta de armas, não me lembrando contudo se é a referida ou outra.
Informo também que a casa-museu conserva os pertences do Professor Egas Moniz, não se cingindo apenas ao tema do Prémio-Nobel.
Assim, conserva um Nobiliário, que foi pertença daquela figura, e que contém vários dados de famílias daquela região, entre elas os
referentes ao Valentes de Avanca (e da Válega de Ovar), ramos que me são igualmente comuns.
Embora seja um Nobiliário dos princípios do séc XIX (Sebastião de Rezende), e numa primeira apreciação possamos ficar com a impressão de sofrer dos "males da época", a verdade é que para as linhas que investiguei, tinha a confirmação delas com os documentos, até ao séc XVI.
Como possuo alguns apontamentos dele retirados, coloco-me ao dispôr para qualquer informação adicional.
Cumprimentos
Fernando Correia da Silva
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RE: CBA - Valentes
Exmos Senhores
Pedro Ahrens Teixeira, Bernardo de Barahona e Fernando Correia da Silva
Agradeço reconhecido todas as informações prestadas.
Falta-me de facto consultar o livro de José de Sousa Machado sobre as CBA.
O meu interesse neste assunto não é propriamente a figura do Dr. Egas Moniz, personalidade aliás cativante, mas o ramo da sua família referente aos Valentes de Avanca. Do dito Martim Pires Valente descendem numerosas famílias, sobretudo do norte de Portugal, sendo nomeadamente seu 6º neto o Bispo do Pará e Arcebispo de Braga D. Frei Caetano Brandão, meu familiar.
Conheço a Casa do Marinheiro em Avanca onde está a tal cópia da carta de brasão referida pelo Dr. Egas Moniz nas suas memórias. Por ser uma cópia e por ainda a não ter visto documentalmente referida, o meu interesse em verificar a sua autenticidade.
A publicação referida, onde se descrevem alguns familiares (Valentes) do Dr. Egas Moniz é a Revista de Ex-Libris Portugueses, vol. 6º, Lisboa, 1927, e o artigo escrito pelo Conde de Azevedo, intitula-se «O Ex-Libris do Dr. Egas Moniz». Creio, no entanto, que o artigo foi escrito com base nas informações colhidas no Nobiliário existente na Casa do Marinheiro, pois não difere do que lá vem escrito. Refere igualmente a existência da tal cópia da CBA.
Para terminar e se me permitem, transcrevo do livro de memórias do Dr. Egas Moniz «A Nossa Casa» o que ele refere quanto à origem do seu nome:
«A família do lado do meu pai tinha prosápias de fidalguia pelos Rezendes, Sás, Abreus, Freires, Valentes, Almeidas, Pinhos... eu sei lá! um nunca acabar de ascendências ilustres a que as pessoas de idade se referiam com devoção.
Pelo Norte e Centro do País havia muitas famílias dadas a preocupações nobiliárquicas, tendo em alto apreço os seus pergaminhos. A minha gente de Avanca sofria um pouco da mesma pecha. Ora como os Rezendes, segundo autoridades na matéria, provêm de Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques, que, pela sua numerosa prole, deixou descendentes para repartir por todas as velhas casas do Norte, resolveu meu padrinho, Rev. Caetano de Pina Rezende Abreu Freire substituir o Rezende pelo apelido mais pomposo do ascendente Egas Moniz».
Cumprimentos
Francisco Serpa Brandão
serpabrandao@iol.pt
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RE: CBA - Valentes
Procuro informações sobre a família Martins Portugal, que foram donos da capela de Nossa Senhora dos Prazeres, na freg. de Nogueira do Cravo (Oliveira de Azeméis ). Por cima da porta tem uma inscrição que diz ; “ Obra Mandou fazer o Abade Miguel Valente, ano de 16—“ .
Esta capela particular foi pertença de José Martins Pacheco, nascido em Nogueira do Cravo, filho de José Augusto César Correia Martins Portugal (irmão de um Capitão Par do Reino) e de sua mulher Maria Benedita da Costa Pacheco. José Martins Pacheco, foi casado com Maria Josefina da Conceição Rocha e Silva e tiveram vários filhos, entre eles Armanda da Conceição Silva Martins, nascida em Nogueira do Cravo a 26/2/1919 e falecida em 1955.
Obrigado
Óscar Caeiro Pinto
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RE: CBA - Valentes
Caro Senhor Óscar Caeiro Pinto
1 - Sobre a família "Martins Portugal" só lhe posso dizer que das pesquisas efectuadas na região de Oliveira de Azemeis/Vale de Cambra, tenho alguns elementos de pessoas "Martins" e e pessoas "Portugal", no séc XVII.
Pela sua questão parece-me que pretende informações de pessoas mais recentes, e em que os apelidos já "andam juntos".
2- Sobre o "abade Miguel Valente" tenho a ascendêcia dele até ao Valentim Pires Valente, do início deste tópico. Posso entretanto acrescentar que teve um filho de nome Rafael Nogueira.
Se desejar mais elementos, pode dispor.
Cumprimentos
Fernando Correia da Silva
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RE: CBA - Valentes
Caro Óscar Caeiro Pinto
Sobre a família que refere não tenho elementos. Sobre o Abade Miguel Valente, para além do que lhe referiu o Sr. Fernando Correia da Silva, posso acrescentar que, com algumas probabilidades, ele será o mesmo a que se refere o processo para FSO (25.01.1678) do seu neto Miguel Valente Saraiva (ANTT, m.3, nº 58, Miguel). Este era natural de Nogueira do Cravo e foi também Abade de Paços de Gaiolo.
A data que encima a porta da capela deverá ser 1647 - Vd. Inventário Artístico de Portugal, Aveiro, Zona Norte, Lisboa, 1981, p. 149.
Cumprimentos
Francisco Serpa Brandão
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RE: CBA - Valentes
Caro Francisco Serpa Brandão
Nos “Brasões Inéditos” de José de Sousa Machado, também não consta nenhum Valentim Pires Valente.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: CBA - Valentes
Caro Vasco Jácome
Obrigado e reconhecido pela amabilidade da sua diligência.
Cumprimentos
Francisco Serpa Brandão
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RE: CBA - Valentes
Caro Senhor Fernando Correia da Silva
Obrigado pela atenção, estou realmente muito interessado na ascendência e descendência do Abade Miguel Valente, se fizer a amabilidade de enviar para o seguinte e-mail 2910@sapo.pt ficarei muito grato. Ainda não tive tempo para investigar este ramo da avó paterna de minha mulher, certamente o farei nos próximos tempos pois o meu sogro juntamente com seus irmãos herdaram a casa grande de Nogueira do Cravo, que detém um arquivo familiar muito antigo, que ainda minguem explorou por falta de tempo. Se estiver interessado, futuramente terei muito gosto em trocar informações sobre estas “gentes”.
Atentamente
Óscar Caeiro Pinto
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RE: CBA - Valentes
Caro Senhor Francisco Serpa Brandão
Muito obrigado pelas suas informações.
Atentamente
Óscar Caeiro Pinto
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RE: CBA - Valentes
Caros Senhores
Em aditamento ao informado pela minha 1ªmsg
acrescento:
- de acordo com os meus apontamentos,- que consultei no fim de semana-; a carta de brazão de armas que se encontra na Casa-Museu, é a carta concedida em 1780 ao Alferes Francisco Pereira de Resende, e inventariada por Sanches Baena sob o nº 782, com as armas de Tavares, Resendes, Valentes e Fonsecas, tendo por diferença um brica com um tridente.
Como se verifica, são alguns dos apelidos invocados pelo Prof na sua obra "A nossa Casa", como "prosápia" da sua família paterna. Por isso, sou levado a admitir que o Prof Egas Moniz tenha feito confusão ao referir que a carta de armas que possuía era a do Valentim Valente em vez de referir esta. Com efeito, se possuisse as duas, seria natural que as referisse, e não apenas uma que apenas "nobilitava" um dos apelidos.
Assim, e seguindo opinião já expressa, penso que a referência à carta de Valentim Valente deverá ter sido tirada do manuscrito sobre a sua ascêndencia, que refere na mesma obra, (considerando-o como tendo dados fidedignos e comprovados), e no qual porventura poderia existir a referência a atribuição de armas a Valentim Fernandes como justificação das armas dos Valentes na carta de 1780, -(ou então tal referência constar desta carta, cujos elementos não disponho, pois não possuo o texto completo por a mesma se encontrar encaixilhada).
É o que posso adiantar por enquanto.
Se a minha suposição estiver errada, desde já apresento as minhas desculpas, sobretudo à memória do nosso Prémio Nobel da Medicina.
Cumprimentos
Fernando Correia da Silva
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RE: CBA - Valentes
Meu caro Confrade
Fernando Correia da Silva
Tendo descoberto, recentemente, esta sua mensagem de 2001 (13 anos depois), venho, pelo mesmo meio, saber se me pode ajudar.
João da Costa Valente (* Porto, Baião, Mesquinhata 27.06.1627 + Porto, Baião, Grilo 1680), era filho de António da Costa e de Jerónima da Costa que casaram em Porto, Baião, Paços de Gaiolo a 06.10.1625.
Neste assento de casamento consta que Jerónima é sobrinha do Abade Miguel Valente que lecionou por essa altura em Paços de Gaiolo.
Face ao exposto, gostaria de saber se nos seus apontamentos consta algum irmão ou irmã do Abade Miguel Valente que tenha casado e ficado em Paços de Gaiolo e se me pode facultar a sua ascendência até ao Valentim Pires Valente.
Com as melhores saudações genealógicas,
Luis Moura Serra
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