Importantes Famílias de Portugal
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Importantes Famílias de Portugal
Caros Confrades,
Tenho algumas curiosidades que se possível, gostaria que fossem respondidas:
Através de informações que obtive de um site na internet, fiquei sabendo que a partir do final do século X, segundo o "Livro Velho de Linhagens", as famílias da mais alta nobreza portucalense seriam os Bragança, Sousa e os senhores: da Maia, de Baião e de Riba Douro. E que mais tarde, segundo o livro "Ricos-Homens, Infanções e Cavaleiros" no final do século XI aparecem mais nove famílias sendo estas os Silva, Fafes, Lanhoso, Penagate, Várzea, Velho, Barbosa, Palmeira e Soverosa. Sei também que posteriormente, o rei D. Manuel I, O Venturoso, fez reunir todos os brasões e insígnias existentes no reino para organizar e normatizar o uso de armas e da concessão de brasões, sendo que aí surge a Sala de Sintra, contendo os Brasões das 72 mais importantes famílias da época ilustres em honra, história e bens. Sendo assim, a minha primeira pergunta é: que outras famílias ao longo da história de Portugal se destacaram? Em que época especificamente ?
Também neste mesmo site, referiu-se a importância dos quarenta fildalgos portugueses, que no século XVII, apoiaram a restauração dos Braganças em Portugal no ano de 1640. Qual era o nome destes fidalgos ? a que famílias pertenciam ?
Desde já Agradeço pela atenção.
Cumprimentos,
Julius
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Alguém tem conhecimento sobre este assunto ?
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Ex.mo Senhor,
Sobre os conjurados, v.g. http://genealogia.netopia.pt/forum/msg.php?id=39234.
Cumprimentos,
MGH
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Caro mgorjaoh,
Agradeço pela sua valiosa contribuição.
Cumprimentos,
Julius
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Alguém mais pode me ajudar com minhas dúvidas ?
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RE: Importantes Famílias de Portugal
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Caro Julius:
As suas perguntas não são de fácil resposta.
Em relação aos heróis da Restauração, sabemos quem foram e conhecemos a respectiva descendência. Tiveram um papel importantíssimo na libertação do jugo filipino, tendo por isso sido verdadeiros heróis.
Das respectivas famílias, muitas mantiveram importância e destaque social, outras nem por isso.
Quanto ao mais, é difícil estar a referir famílias importantes, pelo menos nos moldes em que faz a pergunta. Por exemplo, existem famílias tituladas cujos membros, pelo menos até à implantação da República, detiveram sempre cargos importantes na corte, na governação, na diplomacia, etc...
Outros existem em que o inverso aconteceu e cuja descendência se foi apagando ao longo dos séculos, afastada dos grandes cargos (ou tachos, como hoje em dia se diz) que efectivamente davam notoriedade e prestígio.
O séc. XIX foi fértil em políticos e militares oriundos do povo e da burguesia, que acabaram nobilitados, nomeadamente com títulos de barão e visconde.
É efectivamente complicado responder à sua pergunta, pelo menos se reportada a nível nacional. Mais fácil será elencar as famílias mais importantes de determinada cidade, vila ou mesmo província, pese embora o conceito "importante" seja bastante vago, na m/opinião.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Caro João Pombo,
Agradeço muito pela sua contribuição.
Cumprimentos,
Julius
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Tem mais alguém que tenha conhecimentos sobre este assunto ?
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Porque não acede ao site da Biblioteca Nacional (qualquer coisa como 3w bn pt), vai à BN Digital, faz download do Felgueiras Gayo inteiro, pedaço a pedaço, e lê tudo o que quizer sobre as mais (e as nem tanto) nobres famílias portuguesas?
A introdução é também muito interessante para entrar a visão do autor sobre a Nobreza Portuguesa.
Cumprimentos. VF
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Caro Victor Ferreira,
Obrigado pela informação.
Cumprimentos,
Julius
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Caros Confrades,
Quero retomar este tópico com a seguinte questão:
Houve em outras épocas, uma relação das famílias de destaque, tal como aconteceu com as setenta e duas da Sala de Sintra, e os quarenta fidalgos portugueses da Restauração ?
Cumprimentos,
Julius
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Caros Confrades,
Quero retomar este tópico com a seguinte questão:
Houve em outras épocas, uma relação das famílias de destaque, tal como aconteceu com as setenta e duas da Sala de Sintra, e os quarenta fidalgos portugueses da Restauração ?
Cumprimentos,
Julius
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Caros Confrades,
Quero retomar este tópico com a seguinte questão:
Houve em outras épocas, uma relação das famílias de destaque, tal como aconteceu com as setenta e duas da Sala de Sintra, e os quarenta fidalgos portugueses da Restauração ?
Cumprimentos,
Julius
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Caros Confrades,
Já se passaram quatro anos desde que inaugurei este tópico. Por uma vez tentei retomá-lo, porém sem êxito. Dada a complexidade do assunto, ainda não consegui saciar minha curiosidade, pois não pude compreender na totalidade tal assunto.
Algum caro amigo do fórum, saberia me dizer quais foram as mais importantes famílias da nobreza portuguesa, desde a fundação do Reino de Portugal, até o momento em que foi extinta a monarquia ? É possível fazer a relação destas famílias ?
Já em mensagens anteriores, pequei em não definir claramente o conceito de "importante" a que me refiro. Sendo assim, trato de esclarecer: Quando me refiro as mais "importantes" famílias (da nobreza) de Portugal, me refiro aquelas que:
1 - tenham tido mais Títulos Nobiliárquicos (duque, marquês, conde);
2 - que mais tenham desempenhado importantes cargos, seja no governo, na Corte, etc;
3 - as que mais terras, riqueza e bens possuíam;
4 - s que mais honrarias tenham recebido e mais contribuições tenham feito, principalmente no âmbito militar, cavalheiresco, de grandes feitos; atos de bravura, etc. (estes quisitos, principalmente, me fascinam).
Já fiz várias pesquisas sobre o tema, porém, é um assunto complexo, e me parece difícil de hierarquizar ou mesmo definir quais seriam estas famílias. No entanto, tenho certeza que algum caro amigo frequentador deste fórum, tem conhecimento suficiente para pelo menos, relacionar, os nomes destas.
Vale recordar, que como citado na primeira mensagem do tópico, tenho conhecimento dos conjurados (aliás, fica aqui a pergunta: Os conjurados perteciam às famílias nobres de mesmo apelido que eles, ou não ?), das setenta e duas famílias relacionadas na Sala de Sintra, bem como, que segundo o "Livro Velho de Linhagens", as famílias da mais alta nobreza portucalense (isso no século XI) seriam os Bragança, Sousa e os senhores: da Maia, de Baião e de Riba Douro.
Fica claro aqui, que temos a relação de famílias que tiveram sua importância histórica, em determinados períodos da história de Portugal, não satisfazendo portanto, minha curiosidade com relação não apenas a simples períodos da história, mas sim, de TODA a história da monarquia portuguesa.
Conto com a ajuda dos amigos, e desde já agradeço pela atenção.
Com os melhores cumprimentos possíveis,
Julius
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Caro Julius,
Penso que dificilmente encontrará alguém neste fórum que tenha a gentileza e a disponibilidade para o ajudar na sua tarefa, dado que a maior parte dos intervenientes apenas se interessa na resolução das suas próprias investigações. A análise da evolução e das variações das elites e da «grande» nobreza em Portugal é um tema interessantíssimo, mas bastante amplo e de grande complexidade. O conselho dado da leitura do Felgueiras Gaio é fruto de um total desinteresse pela sua investigação, dado que esse nobiliário para além de estar carregado de erros representa para o «não-iniciado» um autêntico labirinto. Por outro lado, os velhos nobiliários como o D. Pedro, o livro do Deão etc, estão marcados por determinadas visões e ideologias que não nos permitem realizar uma interpretação correcta de todas as famílias nobres, da importância e do valor das mesmas.
O conceito e a «classificação» de importante é igualmente um problema de grande complexidade e de interpretação difícil. Difícil porque essencialmente marcada pelas vicissitudes históricas, pelas dinâmicas das estratégias e das políticas familiares, pela própria transformação das concepções e de definição de estratégias de poder. Este quadro complexo revela uma transitoriedade das estruturas de poder, e de uma transitoriedade das classificações de nobreza de importância. Esta complexidade não se relaciona apenas com a classificação de alta e baixa nobreza, mas sobretudo com a transitoriedade e a mutação dos processos de compreensão da importância ou do valor de uma determinada linhagem, ou seja, a compreensão do processo de ascensão e de decadências das linhagens e das suas estratégias de poder. Somente a compreensão desta complexidade permite uma leitura da transitoriedade das elites e das linhagens. As grandes linhagens, e os "grandes" do século XI ou XII não são as mesmas do século XIV, bem como as grandes do século XVI, não são as mesmas que as que floresceram e imperaram nos reinados de D. João V ou de D. José. É interessante vermos que grandes linhagens do inicio da monarquia portuguesa – por exemplo os «Maias» - são suplantados mais tarde por linhagens de segundo nível - com origens nas principais - tais como os Portocarreiro, os Pereiras, os Novais, os Pimenteis, etc. Do mesmo modo, o aparecimento das grandes famílias de origem espanhola, tais como os Sottomayor, os Castros que começam a ter êxito nas cortes de D. Pedro I e de D. Fernando representam o aparecimento de novos contornos e novas definições de “grandes”. Durante o século XV assiste-se ao aparecimento de novas linhas de grandes com a ascensão e com a crescente importância de famílias como os Menezes, os Coutinhos, os Noronhas, etc… Posteriormente, com o desenvolvimento da nobreza de Corte – elite cortesã - desenvolve-se com grande fulgor a chamada «grande nobreza titular» - que se distingue claramente da velha nobreza rural. Com isto surge, mais uma vez, uma nova esfera de elites com trajectos e com teias de relações e de ligações ao poder completamente distintas daquelas que marcaram a nobreza até então. Este processo que teve origem em data posterior a 1640 tem o seu esplendor com D. João V e com D. José. É importante salientar que toda a nobreza titular desenvolve-se na esfera da corte, todos grandes titulares representam a «primeira grandeza da corte».
A definição de grande relacionada com a natureza do título é elemento fundamental para a compreensão da nobreza a partir de 1640, ou seja, com o advento da chamada nobreza de corte. A partir daí a compreensão das elites e das detentoras de poder relaciona-se claramente com a dimensão da “titularidade”. No entanto, penso que a importância de uma determinada família não se relacionava unicamente com a dimensão de titular, mas sobretudo com a importância do cargo que detinha ou administrava, e mesmo pela próxima com a s figuras mais importantes da coroa. Por outro lado, a consideração do poder como relação com a detenção de um número maior ou menor de terras, de honras, etc não parece claramente a definição clara e concreta de grande, ou pelo menos, daqueles, ou daquelas linhagens que se estabelecem a partir de certos momentos como grandes, e outras que até então eram grandes e caiem em desgraça. A definição de poder e de grandeza é muito mais complexa e abrangente do que se pode imaginar, e muitas vezes relaciona-se com as próprias vicissitudes e com as estratégicas políticas e com os contextos políticos, do que propriamente por prestigio ou honra. É dentro destas estruturas que se pode compreender a ascensão social e política de certas linhagens menores, e certas famílias à condição de grandes.
Devo dizer que terei todo o gosto em o ajudar na sua tarefa de analisar a evolução da nobreza e das elites de poder em Portugal. Trata-se de uma tarefa difícil, mas de grande riqueza. Se quiser continuar esta conversa e este estudo peço-lhe que se faça por mail, pois é mais fácil e posso enviar-lhe material e informação necessária. O meu mail é: t.cerejeirafontes@gmail.com
Espero que então possamos a desenvolver a tal lista de grandes, e sobretudo compreender as genealogias de poder e das elites nobiliárquicas em Portugal.
Atenciosamente,
Tiago de Moura Leitão Cerejeira Fontes
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Pesquisando no Google sobre "NOBREZA PORTUGUESA" pode-se encontrar diversos textos interessantes, tais como:
"A Nobreza Medieval Portuguesa no Contexto Peninsular" por José Mattoso ( http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/4047.pdf ).
"A nobreza portuguesa no periodo dionisino. Contextos e estratégias (1279-1325)" por José Augusto de Sotto Mayor Pizarro, "En la España Medieval, 1999, nª 22, páginas 61-176 ( http://revistas.ucm.es/ghi/02143038/articulos/ELEM9999110061A.PDF ).
"A nobreza portuguesa em Marrocos no século XV (1414-1464)" por Abel dos Santos Cruz, Porto, 1995 (37 páginas) ( http://dited.bn.pt/30990/1978/2455.pdf ).
"A linhagem e identidade social na nobreza medieval portuguesa (séculos XIII-XIV)", por Bernardo Vasconcelos e Sousa, em Hispania, vol.LXVII, págs. 881-898, 2007 ( http://hispania.revistas.csic.es/index.php/hispania/article/viewFile/65/65 ).
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Caro Tiago de Moura Leitão Cerejeira Fontes,
Antes de mais nada, quero parabenizá-lo pela brilhante e muito esclarecedora mensagem, pois assim pude ter noção da complexidade deste assunto. Sem dúvida, é um tema muito interessante, e que exerce um certo fascínio em mim. Agradeço pela rica explicação e logo entrarei em contato.
Com os melhores cumprimentos,
Julius
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Caro Arthur999,
Agradeço pela sua atenção, e por ter postado estes links interessantes. O segundo arqivo, já tinha conhecimento, porém os outros para mim são novidade. Tenho certeza que serão de grande ajuda.
Obrigado.
Com os melhores cumprimentos,
Julius
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Olá, Julius!
Talvez seja também do seu interesse (e eventualmente do seu conhecimento) a obra "Memórias historicas e genealogicas dos grandes de Portugal", por D. Antonio Caetano de Sousa, Lisboa, edição de 1755, 714 páginas, ou edição de 1742, 601 páginas, cujos textos completos (com PDFs copiáveis) estão disponíveis no Google Books. Se fôr o caso de adquirir o livro, parece que existe re-edição recente de 2009 pela Kessinger Pub Co, ISBN 1104883872, 9781104883874, com 762 páginas.
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Felgueiras Gayo carregado de erros
Caro Tiago Fontes: esta afirmação sua é fruto de um palpite?
Ou detectou no nobiliário vários casos indiscutíveis que alicerçam a sua certeza?
Note, pergunto apenas por curiosidade, pois, há genealogistas que têm nele uma confiança quase religiosa!
Cumprimentos / CNT
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RE: Felgueiras Gayo carregado de erros
Caro CNT,
O Nobiliário de Felgueiras Gaio apresenta alguns problemas, erros e confusões. Estes erros devem-se naturalmente ao facto de se tratar de uma obra que procura desenvolver uma análise «generalista» do estudo das famílias, tentando abarcar todas as grandes linhagens e famílias nobres portuguesas. Obviamente, tendo um tal alcançe é claro que o nível de rigor e de profundidade não pode ser grande, embora o autor aponte sempre uma análise rigorosa de toda a documentação disponível. O felgueiras gaio, tal como outras obras de referência da mesma época, refiro-me por exemplo á "Patrologia Latina" de Migne, ao "Corpus Iuris canonici", ao "Decretum Gratianus", á Monumenta Germaniae Historica", etc, estão marcados por um critério de análise crítica e por um rigor que hoje em dia, sobretudo, nos estudos históricos, deixam muito a desejar. Poderia citar vários casos em que encontrei erros na informação contida no FG em comparação com fontes e documentos medievais. No entanto, este erros não devem servir de argumento para desmoronar a importancia do NFP e do seu papel de fonter fundamental para o estudo genealógico das famílias portuguesas, devem servir de argumento sim para uma leitura mais cuidadosa e atenta do NFP.
Atenciosamente,
Tiago de Moura Leitão cerejeira Fontes
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RE: Felgueiras Gayo carregado de erros
Caro Tiago Fontes: apreciei a sua explicação que agradeço.
Cumprimentos / CNT
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RE: Importantes Famílias de Portugal
Boa tarde,
Caro confrade Julius!
Só agora vi este tópico e acontece, que tenho nos meus antepassados o apelido Lanhoso. ou mais propriamente, José António Barros de Araújo Lanhoso, que terá nascido, para os lado de Braga, no século XVIII, cerca de 1758/1762 - não sei exactamente porque não tenho o seu assento de baptismo-
Como se refere a este apelido na sua mensagem, será que ele é referido nalguma obra do seu conhecimento?
Agradeço qualquer informação a este respeito.
Cumprimentos
Maria Isabel
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