Propriedade Oliveiras / SMAS Porto / Bonfim
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Propriedade Oliveiras / SMAS Porto / Bonfim
Caros confrades,
Para quem pretençia a propriedade Oliveiras no sec. XVIII ou XIX no Porto ?
Ficava ao lado do Palaçio dos Cirnes (Poço das Patas) no Porto Bonfim.
Actualmente é da SMAS do Porto.
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RE: Propriedade Oliveiras / SMAS Porto / Bonfim
Caro Suomi
Grande parte desta zona do Bonfim no séc XIX pertenceu à Familia Ferreira Cardoso, nomeadamente a Quinta do Reimão, a Quinta do Cirne e a Casa de Sacaes.
Estes Ferreira Cardozo fizeram fortuna no Brasil tendo adquirido inúmeras propriedades cerca de 1880, viviam na Casa de Sacaes na esquina da Rua António Granjo com a Av. Camilio.
Domingos e Joaquim Ferreira Cardoso procederam ao loteamento de grande parte da freguesia do Bonfim nomeadamente na zona trazeira do Palácio dos Cirne (actual Junta de Freguesia do Bonfim), tendo nascido as artérias como a Duque de Saldanha, Duque de Terceira, Conde Ferreira, Barão de S. Cosme etc..
Tendo falecido Joaquim Ferreira Cardoso por volta de 1910, as suas filhas (que viviam em Paris) Elisa (casada com seu tio Eduardo Ferreira Cardoso),Berta (casada com Plácido de Sousa Pinto de Abreu) e sua irmã Joaquina procederam à alienação de inúmeros terrenos tendo sido os principais compradores Manuel Pinto de Azevedo (nomeadamente da parte entre a futura Av. Camilo e Rua do Bonfim onde instalou a sua Fabrica de tecelagem que daria mais tarde origem ao seu império textil, que incluia a Efanor e a Fábrica da Areosa entre outras) e a familia Borges, do futuro Banco Borges & Irmão (tendo um dos irmãos Borges, Francisco, ido habitar a Casa de Sacaes que entretanto estivera arrendada ao Bispo do Porto, António Barroso pela quantia mensal de 600 mil reis)
A Quinta de Sacaes vem mencionada na Descrição Topográfica e Histórica da Cidade Porto do Padre Agostinho Rebelo da Costa em 1789, sendo que tambem era conhecida como Quinta do Cativo ou Campo da Oliveira. Será esta que procura?
Se for mesmo essa propriedade, nessa data (1789) pertencia de Nicolau Francisco Guimarães, Cavaleiro da Ordem de Cristo, sendo em 1837 pertença de Maria Margarida Guimarães Ribeiro e em 1869 de Manuel José de Sousa Araujo tendo ainda passado a um individuo de apelido Brandão, antes de em 1882 ter passado para a posse dos Ferreira Cardoso.
Parte desta propriedade foi expropriada em 1915 pelo Estado Português para construção do Liceu Alexandre Herculano pelo montante de 20.635$20.
No entanto chamo à atenção que as instalações que eu conheço do SMAS são na Rua Barão de Nova Sintra,
Melhores cumprimentos
Miguel Pinto de Abreu
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RE: Propriedade Oliveiras / SMAS Porto / Bonfim
Caro Confrade Miguel,
Obrigado a sua resposta, deu me informações valiosas.
Pois, enganei na mensagem, referia realmente ao Jardim SMAS.
Meu interesse vem da Familia Cirne e ligação com a Familia Oliveira Martins.
Tenho tambem nomes Joaquim Jose Ribeiro Guimarães, Julia da Purificação Azevedo Martins (sec. XIX).
Com os melhores cumprimentos,
Maarit
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Propriedade Oliveiras / SMAS Porto / Bonfim
Caros Confrades
Junto alguns dados do meu trabalho sobre a Família Guimarães, por parte de minha Mãe, que talvez possam ajudar:
FILHOS: (IV) 1. António José de Guimarães, q. s..
(IV) 2. Nicolau Francisco Guimarães, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo , Sargento-Mor de Milícias (Ordenanças), homem de negócio, senhor da Quinta de Sacais, ao Campo da Olivei-ra, Bonfim, Porto, “casa de campo magnífica e proporcionada ao grande pátio interior, sobre que forma três fachadas, com janelas de cristalinas vidraças e portas correspondentes umas às outras; uma asseada Capela, dedicada a Santa Bárbara, medeia entre as duas fron-teiras que faceiam, uma com a quinta do Prado (pertencente aos excelentíssimos bispos do Porto), outra com a rua pública ou entrada principal da cidade, em que pega a quinta de António José de Guimarães, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, irmão do sobredito, e que em tudo lhe é igual, ou seja, na situação e grandeza, ou na bondade e mimo dos seus frutos” e , n. na Rua Nova, freg. de S. Nicolau, Porto, a 22/5/1752, b. na mesma a 28/5/1752, sendo padr. Nicolau de Clamouse, Rev.º Abade de Paredes, e test. Manuel de Clamouse, seu tio.
(IV) 3. D. Genoveva Rosa Guimarães, q. s. no § 5.
IV. António José de Guimarães (Captivo), Fidalgo de Cota de Armas, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo, a 5/2/1761 agraciado com um Padrão de 12.000 reis de tensa com hábito , e com o alvará de cavaleiro de profissão e carta de hábito a 22/2/1764 , Almotacé na cidade do Porto em 1768 (Mai./Jun.) e elegível para o cargo de Procurador da Câmara da Cidade do Porto para os anos de 1774 a 1776 , 1790 a 1792 , 1794 a 1796 , 1797 a 1799 e 1800 a 1802 , Sargento-Mor de Milícias (Ordenanças) do conc. de Bouças (distrito do Porto) desde 15/3/1773 (alvará d’El-Rei D. José) , patente de Alferes do Batalhão de Voluntários Reais do Porto em 20/9/1810 ,“Cidadão do Porto e nele uma das pessoas mais ricas, tanto em dinheiro como em bens de raiz, tratando-se à lei da nobreza, com criados, liteira e cavalos” , homem de negócio da praça Portuense , com carta de brazão de armas passada e registada a 12/8/1782 , senhor de uma quinta ao Campo das Oliveiras, Porto , n. na Rua Nova, freg. de S. Nicolau, Porto, a 10/5/1742, b. na Igreja da mesma, sendo padr. Dionísio de Azevedo e Castro, Capitão, e uma das test. Bernardo de Clamouse, Cônsul de França no Porto e nele um dos mais ricos comerciantes, a 17/5/1742, já f. a 9/11/1807, morador na rua Nova dos Ingleses, Porto; c. c. Dona Rosa Raimunda e Silva, n. na freg. de S. Nicolau, Porto, filha de Bento da Costa e Silva, da freg. de Sta. Marinha, Vila Nova de Gaia, e de s. m. Domingas da Silva, da freg. de S. Nicolau, Porto.
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