Do Mazagão de A. F. do Amaral uma pergunta...

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Do MAZAGÃO de A. F. do Amaral uma pergunta...

#151138 | JEGUE | 03 avril 2007 19:46

Prezados Confrades: Algum do senhores, ou das senhoras, pode me contar mais sobre os cavaleiros
Francisco Barreto de Almeida ( pg. 276,288), seu irmão, Tomé Barreto de Almeida ( pg. 288) e de
Antônio Barreto de Almeida ( pg. 349). Desde já muito grato pela atenção. Jorge Eduardo Garcia.

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#151237 | aeiou2 | 04 avril 2007 08:25 | In reply to: #151138

Caro Jegue,

Em primeiro lugar uma pergunta: Porquê usar "Jegue" como username?

1. Mazagão-A Epopeia dos Portuguesa em Marrocos, Ferreira do Amaral, Augusto, Tribuna, 2007, a p.276.
"
17 de Março

Deu-se um combate em que os portugueses mataram quatro Mouros e cativaram sete. Nela se achou entre outros, o cavaleiro Francisco Barreto de Almeida*, que fez a sua obrigação,((Crónica Militar,*Notas, 159, Ib. lf.33, 158. IAN/TT, Portarias do Reino,l ivro II, fl.145)).
Deve ter sido a mesma entrada que o capitão fez com bom sucesso aos mouros de Azamor.

pág.288

17 de Setembro

O filho do capitão Diogo da Silva Telo, saiu com alguns cavaleiros para a várzea de Lates. Foram porém repentinamente atacados pelos mouros. Defenderam-se com valor, fazendo grandes estragos aos inimigos, mas Diogo da Silva Telo, e mais 16 cavaleiros acabaram por perecer. Entre estes, Pedro da Cunha da Costa, António Loureiro, António de Macedo, Tomé Barreto de Almeida, seu irmão Francisco Barreto e Almeida e o atalaia Rafael Fernandes ((Crónica Militar,*Notas 208, Cappitulo dos Fidalgos..., p.168, J.P. Loureiro, ob.cit.,t omos 1º,fl.473 e 5º, fl.106,IAN/TT, Portarias do reino, livro II, fl.144 e 197, e livro 12, fl. 84, livro 11, fl.197 e 144, IAN/TT, Mercês de D.João V, livro 23, fl.34)).

pág.349

29 de Julho

Deu-se uma peleja. O cavaleiro António Barreto de Almeida quis salvar um atalaia a quem os mouros haviam morto o cavalo. Trouxe-o à garupa. Mas foi tão mal sucedido que os mouros mataram o atalaia pelas costas e este, na ânsia da morte, levou-o abraçado ao chão. Aí mataram-no também os mouros, depois de larga resistência, em que acutilou todos os que a ele se chegavam, até que o mataram duma pelourada, ((Crónica Militar *Notas, 568, IAN/TT, Mercês de D.José I, livro 10, fl.113)) "

Que grande "comunicação social" havia na época !!!

Espero, que seja o que procurava.
Sempre ao dispôr

Cumprimentos
Maria

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#151280 | S.João de Rei | 04 avril 2007 16:08 | In reply to: #151138

Tomé Barreto de Almeida, tem a sua varonia Azevedo Coutinho.
Os dados que lhe faculto aqui foram-me oferecidos por Augusto Ferreira do Amaral, alguns anos atrás.
Este ramo de Azevedos Coutinhos meus Primos, seguiram o “caminho” do Amapá (Brasil).
O meu ramo também de Mazagão, fixou-se uns 40 anos antes do abandono da fortaleza em Lagos (Algarve).

Efectivamente a escolha de “Jegue” para “nick name” é de gosto um tanto ou quanto duvidoso, como referiu a confrade. No nordeste brasileiro é o nome que identifica os burros ou asnos, um animal curioso já em via de extinção em várias regiões e noutras em franca expansão ...

José de Azevedo Coutinho

l (V) - FRANCISCO DE AZEVEDO COUTINHO
Nasceu em Mazagão, onde foi baptizado em 1650-04-03621 e onde serviu com grande respeito e luzimento. De 1658-07-01 até fim de Fevereiro de 1667 serviu continuamente com armas e cavalo acobertado e Capitão de uma das 5 guardas de cavalo, achando-se com muito valor e cuidado nas ocasiões de guerra que se ofereceram, ajudando a matar e cativar muitos mouros e a trazer presas consideráveis, e livrando atalaias das mãos dos mouros com muito risco de sua vida, pelo que foi respondido em 1676-03-18 com 40 mil reis de tença.622 De 1667-03-01 até Fevereiro de 1677 serviu continuamente com armas e cavalo à gineta de Acobertado, no qual tempo serviu de Capitão de uma das 5 guardas do campo e de Contador da Fazenda. Achou-se em todas as ocasiões de guerra que se ofereceram com muito valor ajudando a matar e cativar muitos mouros, livrando deles os atalaias com grande risco da sua pessoa e dando boa conta de tudo o que lhe foi encarregado. Foi apartado para o desafio que houve com o Alcaide de Azamor, em que procedeu com grande valor. Por tais serviços recebeu em 1694-05-17 a tença de 6668 reis por ano e 6666 reis para cada uma de suas filhas Inês e Maria.623 Continuou a servir, de 1677-03-01 até fim de Março de 1683, de Cavaleiro acobertado e de Capitão da guarda, achando-se com valor em todas as ocasiões de V c guerra. Na ocasião em que os mouros mataram o Adaíl (Julho 1676), não largou até se retirar o seu corpo. Quando os inimigos vieram pôr fogo no campo, sendo Governador Bernardim de Távora, e também numa armadilha que se fez aos mouros, obrou com muito cuidado e obediência aos seus oficiais maiores, serviços que valeram a seu filho Gonçalo o hábito de Cristo com 10 mil reis por ano, em 1711-08-12.624 Serviu ainda continuamente de 1688-02-01 até 1696-08-12, data em que faleceu, com armas e cavalo acobertado, de Alferes e de Capitão de infantaria, por patente real, com valor e luzimento de armas e cavalos. Por tais serviços foi concedida em 1697-07-27 a tença de 4 mil reis por ano para cada um de seus filhos Manuel, António, Inês, Maria e Madalena,625 mas tendo falecido António, foi a sua parte para Gonçalo em 1715-08-21.626 Elegeram-no por Procurador do povo da dita praça. Terá sido Fidalgo-cavaleiro da Casa Real com 2000 reis de moradia e foi Cavaleiro professo na Ordem de Cristo em 1664-06-20627 Casou em Mazagão, cerca de 1670,628 com D. ANTÓNIA BARRETA (Barreto 1). Filhos:
621 Câmara Eclesiástica de Lisboa, Habilitações de genere, 19, 8
622 Portarias, 12, 15v
623 Mercês D. Pedro II, 9,102
624 Mercês D. João V, 5, 257
625 Mercês D. Pedro II, 9, 102
626 Mercês D. João V, 5, 27
627 Ordem de Cristo, Chancelaria, 18, 148
628 Câmara Eclesiástica de Lisboa, Habilitações de genere, 19, 8
l (VI)-MANUEL DE AZEVEDO COUTINHO
Nasceu em Mazagão. De 1702-12-01 até 1714-09-04 serviu continuamente, 7 anos e um mês de Soldado infante e 4 anos 8 meses e 4 dias de Cavaleiro espingardeiro, procedendo sempre com boa satisfação e valor em todas as armadilhas e ocasiões que se ofereceram, sendo dos primeiros que se expunham aos maiores perigos, ajudando a matar e cativar muitos mouros e livrando deles os atalaias. Era cuidadoso nas guardas, pontual nas faxinas e muito obediente aos seus oficiais maiores. Por tais serviços foi em 1715-09-06 respondido com o hábito de Cristo e 6 mil reis por ano e com 2 alqueires de trigo por mês para sua filha Filipa.629 De 1714-09-25 até 1726-06-29 serviu também continuamente, 5 anos 5 meses e 2 dias de Cavaleiro espingardeiro e Tenente de uma das 5 guardas do campo, e os mais dias de Soldado infante e Cabo de esquadra, procedendo sempre com boa satisfação e singular valor em todas as ocasiões de guerra, sendo escolhido para as de maior perigo, ajudando a matar e cativar muitos mouros, livrando deles os cavaleiros portugueses com grande risco de sua vida. Por estes serviços foi em 1727-05-07 respondido com 2 alqueires de trigo e 200 reis por mês para cada um de seus filhos Lourenço, Francisco e Filipa.630 De 1726-06-30 até 1731-05-17 serviu também continuamente, um ano um mês e 4 dias de Tenente de uma das 5 guardas do campo, e 3 anos um mês e 4 dias de Capitão de uma das 5 guardas do campo, servindo juntamente de Cavaleiro acobertado com o exercício de Capitão, tudo com boa satisfação e valor. Era escolhido para as armadilhas e ocasiões de guerra. Na de 1730-10-04 foi na dianteira em companhia do seu Almocadém ajudar a conduzir para a praça mais de 100 cabeças de gado mourisco que andava pastando. Assistia pontualmente as faxinas com muita obediência aos seus oficiais maiores. Esses serviços valeram, em 1738-08-05, meia fanga de trigo por mês para seu filho Lourenço, 2 fangas de trigo por mês para sua filha Filipa, e 3 alqueires de trigo por mês para cada um de seus filhos António e Tomé.631 De 1731-05-18 até 1752-06-12 serviu, abatido o tempo de ausência com licença, 5 anos e 9 dias de Capitão de uma das 5 guardas da cavalaria e 13 anos e 14 dias de Meirinho do campo proprietário, havendo-se com valor nas ocasiões de guerra. Serviu de Anadel e de 2° Almocadém da cavalaria e governou no descobrimento do campo no impedimento do Adaíl, sempre com obediência aos seus oficiais maiores. Esses serviços foram respondidos em 1761-04-18 com o hábito de Cristo e 6 mil reis por mês para seu filho Lourenço, e com 6666,5 reis de tença por ano para cada uma das suas netas D. Sebastiana Gracia, D. Antónia Barreta e D. Maria Ferreira.632 Em 1751-03-03 foi nomeado
629 Mercês D. João V, 8, 6v
630 Mercês D. João V, 18,431
631 ibidem
632 Mercês D. João V, 15,94, e Mercês D. José, 16, 104

Anadel da cavalaria por patente real.633 Serviu também de Almotacé e de Procurador do povo.
Foi Fidalgo-cavaleiro da Casa Real com 2000 reis de moradia em 1702-04-03634 e Cavaleiro professo na Ordem de Cristo em 1709-02-27 635
Casou com D. DOMINGAS VALENTE (Rego 1). Filhos:

l (VII) - LOURENÇO ARRAIS DE MENDONÇA COUTINHO Nasceu em Mazagão. Foi dos mais valentes e valorosos homens do seu tempo. Cativou e matou vários mouros, que conduziu à praça. Foi sempre dos escolhidos para todas as funções de mar e terra, em que se fizeram várias presas, desde o tempo do General João Jaques de Magalhães até o de D. António Álvares da Cunha. Serviu na infantaria, em que foi Cabo de esquadra, Sargento e Alferes, depois na cavalaria, de Cavaleiro acobertado, Tenente e Capitão de uma das 5 guardas, e Anadel, em cujo exercício o mataram os mouros, numa peleja que houve em 1762-01-29. Foi Fidalgo-cavaleiro da Casa Real com 2000 reis de moradia em 1719-05-13.636
Casou com D. MARIA DA CUNHA (Loureiro), que vivia em 1782 em Vila Nova de Mazagão, com 3 filhos, possuindo 5 escravos e vivendo de sua lavoura. Filhos:
l (VIII) - ANTÓNIO DE AZEVEDO COUTINHO Morreu solteiro, sem geração.
2(VIII) - D. SEBASTIANA GRÁCIA DE AZEVEDO COUTINHO
Nasceu cerca de 1744. Em 1782 achava-se em Vila Nova de Mazagão, vivendo com sua mãe.
3(VIII) - D. ANTÓNIA BARRETA DE AZEVEDO COUTINHO
Foi baptizada em Mazagão em 1747-03-27.637
Casou com INÁCIO LUÍS DA FONSECA ZUZARTE (Fernandes da Silva).



633 Mercês D. José, 10,271
634 Mercês D. Pedro II, 14, 394
635 Ordem de Cristo, Chancelaria, 59, 328
636 Mercês D. João V, 11, l lOv
637 Mesa da Consciência e Ordens, 233,26v




4(VIII) - FRANCISCO XAVIER DE AZEVEDO COUTINHO
Nasceu cerca de 1756 em Mazagão. Em 1782 era Alferes do regimento da cidade de Belém do Pará e achava-se destacado no Rio Negro.
Foi Fidalgo-cavaleiro da Casa Real com 2000 reis de moradia em 1758-06-08.638
5(VIII) - MANUEL DE AZEVEDO COUTINHO
Nasceu cerca de 1760 em Mazagão.
Em 1782 vivia com sua mãe em Vila Nova de Mazagão.
Foi Fidalgo-cavaleiro da Casa Real com 2000 reis de moradia em 1761-03-12.639
6(VIII) - D. MARIA
7(VIÏÏ) - Outros, que morreram de tenra idade.
2(VII) - FRANCISCO DE AZEVEDO COUTINHO
Nasceu em Mazagão, onde serviu de Cavaleiro. Nesse exercício o
mataram os mouros, solteiro e sem geração.
Foi Fidalgo-cavaleiro da Casa Real com 2000 reis de moradia em
1719-05-13.640
3(VII) - D. FILIPA ISABEL DE AZEVEDO COUTINHO Nasceu cerca de 1727 e veio para Lisboa no despejo de Mazagão. Aqui morreu solteira, das malignas que deram na gente daquela praça.
4(VII) - ANTÓNIO DO REGO DE AZEVEDO COUTINHO . Nasceu cerca de 1729 em Mazagão, onde serviu na infantaria, em que foi Cabo de esquadra e Sargento. Passando para a cavalaria, foi Cavaleiro de afamado valor, Tenente da companhia dos apartados que fez o General D. António Álvares da Cunha para acudir a qualquer conflito de repente e para todas as hostilidades que em seu tempo se fizeram nas terras dos inimigos. Em 1754-03-30, por se achar muito pobre, obteve 2 alqueires de trigo com 200 reis por mês para cada uma de suas filhas Leonor e Antónia.641 Nos choques e nas pelejas era o que primeiro acometia os mouros com a espada na mão, desprezando os maiores perigos, em cujas ocasiões obrou acções dignas de memória. Ultimamente foi Capitão de uma das guardas da cavalaria. Serviu de Anadel por patente do Governador no cerco de 1769, tendo defendido a praça até que esta foi entregue. Foi para o Pará. Pediu a remuneração, para sua filha


638 Mercês D. José, 13, 13
639 Mercês D. José, 15,472
640 Mercês D. João V, 11,109v
641 Mercês D. José, 7,414
Leonor, de 16 anos 4 meses e 15 dias de serviços entre 1750-12-16 e 1769-02-25, sempre com toda a honra e valor.642
Foi Fidalgo-cavaleiro da Casa Real com 2000 reis de moradia em 1734-10-16.643
Casou com D. MARIA MADALENA DA FONSECA (Couto 1), que se achava viúva em 1786, recolhida na mercearia de D. Catarina.
Filhos:
1(VIII)-LUÍS Morreu de tenra idade.
2(VIII) - D. LEONOR SALGUEIRA DE AZEVEDO
Nasceu cerca de 1753.
3(VIII) - D. ANTÓNIA MARIA DA SILVA
4(VIII) - Outros, que morreram de tenra idade.
5(VII) - TOMÉ BARRETO DE ALMEIDA
Nasceu em Mazagão, cerca de 1729. Ali serviu na cavalaria e na infantaria, de Soldado, Cabo de esquadra, Sargento supra e Alferes.
No despejo da praça veio para Lisboa com a mulher, a cunhada Brásia e a irmã Filipa. Passou a Vila Nova de Mazagão e aí se sustentava da sua lavoura, pouco considerável, e do negócio que mandava fazer numa canoa que lhe resgatava géneros das aldeias para venda na vila.
Foi Fidalgo-cavaleiro da Casa Real com 2000 reis de moradia em 1734-10-16.644
Casou contra a vontade de seu pai com D. ANTÓNIA RODRIGUES (Bastos 1).
Sem geração conhecida.

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#151337 | JEGUE | 04 avril 2007 20:41 | In reply to: #151237

aeiou2Senhora Dona Maria: Agradeço pela atenção de responder-me nesse FORUM. Vou ler com muito cuidado o que escreveu e depois, contacta-la , se a senhora assim permitir, para sanar alguma duvida. O JEGUE? Para colonizar esse Brasil ,de tantas manhas, os portugueses trouxeram da Africa esse valente primo do jumento para realizar “trabalhos diversos”. Aqui o JEGUE passou a dar 'duro' nas estradas, nas roças, nos engenhos, nos fretes, serviu até para carregar as Senhoras, que iam corcoveando pelas estradas de lama em seus lombos, aos domingos e Dias Santos para a Igreja da localidade. Da Colonia a Republica esses descendentes dos africanos trabalharam, deram duro, principalmente debaixo do 'Sol Quente do Sertão Nordestino Brasileiro'. Mas o povo é ingrato e “- Agora os pessoal ficou besta, areceberam mais um dinheirinho du guverno e cumpraram os carros veios ( velhos) que o povo da capital não quer mais e apusentaram o JEGUE”.( ler como se fala no interior)
 Ora, apesar de meu pai ser luso descendente de primeira, minha mãe é pernambucana , de uma família portuguesa que a gerações mudou-se para cá, e o JEGUE foi muito útil nas terras de minha parentela , para ajudar não só a fazer a nossa fortuna mas também a riqueza da Colonia, do Reino, do Império e da Republica.
Daí que aproximadamente a 12 anos eu o escolhi para ser meu 'username', como uma homenagem a um animal que veio com o lusos para ajudar na conquista do Brasil e depois faze-lo crescer como todos os nossos antepassados, lusos, afros e brasileiros. Cordialmente, Jorge Eduardo Garcia.

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#151338 | JEGUE | 04 avril 2007 21:02 | In reply to: #151280

Caro Senhor José de Azevedo Coutinho. Saudações.
Agradeço sua atenção a minha solicitação. Vou ler com muito cuidado a sua resposta e em caso de duvida peço que me permita voltar a sua presença para dirimi-la. Quanto a escolha do JEGUE, ao contrario do que o senhor imagina ele é um animal, pelo menos no Brasil, condenado ao ostracismo.
Daí que abaixo vou lhe dar a mesma explicação que dei a Senhora Dona Maria sobre o porque do JEGUE. Cordialmente. Jorge Eduardo de Almeida Fontes Garcia
'O JEGUE? Para colonizar esse Brasil ,de tantas manhas, os portugueses trouxeram da Africa esse valente primo do jumento para realizar “trabalhos diversos”. Aqui o JEGUE passou a dar 'duro' nas estradas, nas roças, nos engenhos, nos fretes, serviu até para carregar as Senhoras, que iam corcoveando pelas estradas de lama em seus lombos, aos domingos e Dias Santos para a Igreja da localidade. Da Colonia a Republica esses descendentes dos africanos trabalharam, deram duro, principalmente debaixo do 'Sol Quente do Sertão Nordestino Brasileiro'. Mas o povo é ingrato e “- Agora os pessoal ficou besta, areceberam mais um dinheirinho du guverno e cumpraram os carros veios ( velhos) que o povo da capital não quer mais e apusentaram o JEGUE”.( ler como se fala no interior)
 Ora, apesar de meu pai ser luso descendente de primeira, minha mãe é pernambucana , de uma família portuguesa que a gerações mudou-se para cá, e o JEGUE foi muito útil nas terras de minha parentela , para ajudar não só a fazer a nossa fortuna mas também a riqueza da Colonia, do Reino, do Império e da Republica.
Daí que aproximadamente a 12 anos eu o escolhi para ser meu E-MAIL, meu 'username', e correlatos ,como uma homenagem a um animal que veio com o lusos para ajudar na conquista do Brasil e depois faze-lo crescer como todos os nossos antepassados, lusos, afros e brasileiro.'

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#151394 | aeiou2 | 05 avril 2007 07:08 | In reply to: #151337

Bom dia,

Ainda bem que apareceu outra pessoa com mais dados sobre as pessoas que investiga. Eu limite-me a transcrever o que vem no extradiornário livro Mazagão-A Epopeia dos Portugueses em Marrocos do Dr.A.Ferreira do Amaral q quem felicito por esta admirável obra.

Cá os Jegues, estão no esquecimento e em vias de extinção.Perguntei porque achei graça usar um "surname" que em Portugal é um insulto.

Realmente quer no Brasil dos tropeiros, como no Portugal dos almocreves e não só, o Jegue, vulgo Burro, era fundamental para a vida (trabalho, transporte de mercadorias e pessoas, lazer com as burricadas)
É uma maneira, simples, de prestar homenagem a um animal doméstico tão esquecido e por vezes tão maltratado, e que tanto ajudou o Homem, e por quem eu tenho uma grande simpatia.

Cordialmente
Maria Oom Oliveira Martins

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#151564 | JEGUE | 06 avril 2007 18:49 | In reply to: #151394

Senhora Dona Maria Oom Oliveira Martins, Saudações.
Li com atenção o seu informe e mais uma vez agradeço a gentileza. Eu também adquiri um exemplar de “ MAZAGÃO – A EPOPEIA PORTUGUESA EM MARROCOS”, de Augusto Ferreira do Amaral e foi nele que descobri, entre aspas, os três Barreto de Almeida, que a senhora citou. Minha pergunta, penso, não foi bem clara, pois o que queria mesmo saber e de onde 'saíram', onde nasceram, qual a Vila de origem, desses três cavaleiros? Como a senhora pode depreender o objetivo é ' de onde vieram, pois para onde foram já sabemos', creio eu. Desculpe o humor, mas é a forma brasileira de lhe agradecer pela atenção. Cordialmente, Jorge Eduardo de Almeida Fontes Garcia
PS: Nos os apreciadores do JEGUE agradecemos a compreensão.

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#151566 | JEGUE | 06 avril 2007 19:22 | In reply to: #151280

“I (V) - FRANCISCO DE AZEVEDO COUTINHO
Nasceu em Mazagão, onde foi baptizado em 1650-04-03621 e onde serviu com grande respeito e luzimento.”
“Elegeram-no por Procurador do povo da dita praça. Terá sido Fidalgo-cavaleiro da Casa Real com 2000 reis de moradia e foi Cavaleiro professo na Ordem de Cristo em 1664-06-20627 Casou em Mazagão, cerca de 1670,628 com D. ANTÓNIA BARRETA (Barreto 1).”
Meu caro senhor José de Azevedo Coutinho. Saudações.
Como afirmei volto a sua presença para dirimir minhas duvidas., já que denoto seu conhecimento sobre o assunto em pauta.
Acima estão citados o Fidalgo-cavaleiro da Casa Real , Francisco de Azevedo Coutinho e sua esposa Dona Antónia Barreta , o casal de quem o senhor descende. Muito bem. Essa senhora Dona Antónia tinha uma família e é dela que eu gostaria de saber algo mais. De onde é sua família? Quem foram? Para onde foram?
De Tomé Barreto de Almeida, nascido em Marzagão, que veio viver na Nova Marzagão, o senhor mesmo afirma que nada sabe já que casando contra a vontade do pai, com D. Antónia Rodrigues ( Bastos 1), não há geração conhecida.
Se não for incomodo peço a gentileza de me esclarecer sobre esse assunto pelo qual tenho o maior interesse. Desde já grato. Jorge Eduardo de Almeida Fontes Garcia

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RE: Do MAZAGÃO de A. F. do Amaral uma pergunta...

#151611 | S.João de Rei | 07 avril 2007 02:16 | In reply to: #151566

Caro Jorge Eduardo de Almeida Fontes Garcia

Na descrição que Maria Oom Oliveira Martins envia, copia do recente Livro de AFA, desconheço o ano ou os anos em que se passam esses acontecimentos heróicos.
Esses Senhores mortos em batalha seriam, irmãos ou eventualmente um deles Pai e outros Tios (Tomé e Francisco Barreto de Almeida) de D. Antonia Barreta (Barreto) casada com Francisco de Azevedo Coutinho, podendo Antonio BdeA ser irmão ou sobrinho?
Não sei a sua ascendência mas suspeito serem filhos de um governador de Mazagão, Barreto ...não tenho nenhuma “fonte à mão” até segunda-feira.
No entanto quem tem a ascendência conhecida é o próprio autor do livro referido.
O Tomé Barreto de Almeida que segue para o Brasil, tem a sua ascendência referida por mim anteriormente.
O meu ramo Azevedo Coutinho não seguiu para o Brasil, o que seguiu foi este que lhe enviei.
Cumprimentos,

José
Santos, Brasil

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#151617 | aeiou2 | 07 avril 2007 07:32 | In reply to: #151564

Caro Almeida Fontes Garcia,

Em primeiro lugar trate-me apenas por Maria como todos aqui neste Fórum, sff.
Realmente o DR.Augusto Ferreira do Amaral, ouvi dito por ele, tem um trabalho que não foi ainda editado, sobre as pessoas(julgo que só da Nobreza)que saíram de Mazagão e foram deslocadas para o Brasil.
Coloque aqui no Fórum uma mensagem para ele ou peça o contacto ao Moderador.
Julgo que conseguirá as suas informações. Também, só depois percebi o que queria, quando vi "caírem" as outras mensagens. "Gágásisse" minha.

Um abraço
Maria

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#151656 | FAmaral | 07 avril 2007 18:41 | In reply to: #151564

Caros Confrades

Vamos a ver se lhes trago alguma informação mais. É tirada da minha obra "Gente de Mazagão", em mais de 2000 págs., que tenho pronta, mas manuscrita porque ninguém se abalança a editá-la. Nessa obra procurei fazer o repositório genealógico e biográfico de toda a gente - com ou sem nobreza - que serviu ou viveu em Mazagão. A grande maioria dos seus descendentes estará certamente no Brasil, pois a maioria das famílias de Mazagão foi deslocada para o Amapá e o Pará a partir de 1769.

Sobre estes Barretos de Almeida que referem (embora haja em Mazagão outros com tais apelidos) posso sintetizar o seguinte, em genealogia ascendente:

1 - Tomé Barreto de Almeida, escudeiro-fidalgo da Casa Real; casou e teve uma filha que casou duas vezes, a 1ª com Lourenço Arrais de Mendonça; a 2ª com Luís de Loureiro de Abreu
2 - Francisco Barreto de Almeida, cavaleiro-fidalgo da Casa Real e cavaleiro professo da Ordem de Cristo, guarda das Portas de Mazagão
3 - D. Domingas Valente
4 - Álvaro Vaz Barreto, homem muito nobre, que praticou acções de grande valor em Mazagão
5 - D. Antónia Dias da Silva
6 - João Barreto, serviu em Tânger e depois em Mazagão, onde foi Capitão de infanataria; ficou cativo na batalha de Alcácer Quibir
7 - D. Sebastiana Gracia
10 - Francisco Vaz de Medeiros, homem muito nobre e distinto em Mazagão
11 - D. Catarina Garcês
14 - Luís Valente, Alferes-mor da bandeira real em Mazagão
15 - D. Maria Gonçalves
28 - Gaspar Valente, Alferes-mor da bandeira real em Mazagão, lutou no cerco de Mazagão em 1562, onde ficou muito queimado


1 - Francisco Barreto de Almeida - irmão inteiro do Tomé acima referido - foi cavaleiro-fidalgo da Casa Real


1 - António Barreto de Almeida (o de 1727), cavaleiro-fidalgo da Casa Real; casou, sem geração
2 - Inácio Barreto, cavaleiro em Mazagão, cavaleiro-fidalgo da Casa Real
3 - D. Apolónia da Silva (dos Abreus de Mazagão)
4 - António de Almeida Barreto, escrivão da Vedoria de Mazagão, cavaleiro-fidalgo da Casa Real
5 - Francisca Cota (dos Cotas Pereiras, de Mazagão)

Não consegui entroncar estes Barretos, pois ainda não encontrei documentos que o permitam, e as estirpes nobres de Mazagão escapam na quase totalidade aos nobiliários.

Desculpem-me o laconismo, mas compreendam que não é fácil extractar para aqui muita coisa a partir dos meus maçudos tomos...

Muitos cumprimentos a todos e um agradecimento pelas palavras simpáticas e benevolentes de Maria Oom de Oliveira Martins

Augusto Ferreira do Amaral

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RE: Do MAZAGÃO de A. F. do Amaral uma pergunta...

#151665 | JEGUE | 07 avril 2007 21:14 | In reply to: #151656

Senhor Historiador Augusto Ferreira do Amaral

Saudações.

Em primeiro lugar, quero dar-lhe os parabéns pela magnífica obra MAZAGÃO – A EPOPEIA PORTUGUESA EM MARROCOS, da qual minha mulher, Dra. Thereza Christina Vicente de Azevedo Fontes Garcia, me fez presente neste último dia 2, data em que comemorávamos o meu sexagésimo aniversário. Sabia ela quanto iria eu gostar do presente e do tema abordado. Não podia ser diferente, quando um luso descendente ama as suas raízes, pois não?

Mas como o senhor pode constatar, perguntei eu sobre os três Barreto de Almeida citados em sua obra e isso tem um motivo especial para mim.

Luiz Francisco Barreto de Almeida casou-se no Recife com Dona Ana Accioli; seu filho, Francisco Luiz Barreto de Almeida, casou-se com Dona Ana do Rego e seu filho Luiz Francisco Barreto de Almeida casou-se com Dona Regina Protásia Alves, que tiveram seis filhos, entre os quais minha mãe, Suzanna Barreto de Almeida Fontes Garcia, que casou-se com Sebastião Jorge Fontes Garcia, filho de Albino Dias Fontes Garcia, este natural do Concelho de São João da Madeira, e de Dona Carlinda Fonseca Garcia.

Eu sou o único filho de Sebastião Jorge e de Suzanna, nascida Barreto de Almeida.

Os assentamentos acima, desde o meado do século XIX, encontram-se nos livros da Basílica de N. Sra. do Carmo, em Recife, no Estado de Pernambuco -- isso caso não tehnam virado pó, pois são extremamente mal conservados.

Essas anotações foram realizadas graças à compra do Jazigo Perpétuo da Família, na capital, por Dona Ana Accioli Barreto de Almeida, pois seu filho e meu bisavô, Francisco Luiz Barreto de Almeida, havia se afogado no Rio Capibaribe.

Essa minha antepassada, chamada de Dona DONDON, pelos escravos, teve sua casa lambida pelo fogo e, assim, não há forma de ligarmos, ou de descobrimos, como esses Barreto de Almeida chegaram a Pernambuco.

Existe um boca-a-boca de que vieram através de um Luiz de Almeida, Escrivão em Olinda, e que fez o testamento do Morgado do Cabo, Francisco Barreto, por ser seu parente; porém, quem contou não merce lá grande confiança.

Por isso perguntei no FORUM, do qual já faço parte há alguns anos como JEGUE, quem sabia de algo sobre eles, baseado exatamente no seu livro e, como pode ver, recebi duas simpáticas respostas.

Assim, Ilustre Historiador, eu faço aos senhor a pergunta: de onde vieram Antônio, Francisco e Tomé Barreto de Almeida, já que para onde foram, através de seu magistral livro já sabemos?

Se eu merecer uma resposta ficarei muito grato pela honra.

Cordialmente,

Jorge Eduardo de Almeida Fontes Garcia

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RE: Do MAZAGÃO de A. F. do Amaral uma pergunta...

#185831 | LSV | 23 févr. 2008 03:15 | In reply to: #151656

Caro Dr. Augusto Ferreira do Amaral

Aproveitando o facto de conhecer como ninguém as gentes de Mazagão venho por esta perguntar-lhe se tem notícia de um Bartolomeu Guerreiro morador em Mazagão no séc. XVI.
Aproveito para lhe perguntar se para além deste tem conhecimento de outros Guerreiro em Mazagão.
Antecipadamente agradecido
Os meus melhores cumprimentos
Luís Soveral Varella

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Guerreiro, Vaqueiros, Alcoutim

#186253 | LCM | 26 févr. 2008 11:29 | In reply to: #185831

Caro Luís,

Peço desculpa pela intromissão no tópico, mas não encontro o teu e-mail.
Esta gente diz-te alguma coisa?

Abraço
Lourenço

___________________________________


I - António Afonso
Casou com Maria Lourenço
Filho:
II - Francisco Guerreiro, que segue.

II - Francisco Guerreiro, nasceu em Vaqueiros, Alcoutim.
Casou em Estói, Faro, a 14 de Agosto de 1726[1], com Maria Dias Rilena, que nasceu em Estói.
Filha de Manuel Pires e de Margarida Martins.
Filho:
III - José Guerreiro, que segue.

III - José Guerreiro, nasceu em Estói, Faro, a 8 de Agosto de 1733 e foi baptizado a 16 do mesmo mês[2], sendo padrinhos Francisco Lopes da Costa, Escrivão dos Órfãos, e sua mulher Teresa Maria, moradores na cidade de Faro.
Oficial de ferrador (1766).
Casou em Faro, Sé, a 8 de Setembro de 1763[3], com Bárbara Joaquina de São José, ou apenas Bárbara Joaquina, que nasceu em Faro, Sé.
Filha de André Correia e de Catarina Beles, de Faro.

--------------------------------------------------------------------------------

[1] A.N.T.T., Reg. Par., Faro, Estói, C.-3, fl. sem número. Testemunhas: Rev. Padre Manuel Coelho Correia e Rev. Padre Diogo Caeiro (?) de Brito.
[2] A.N.T.T., Reg. Par., Faro, Estói, B.-8, fl. 108.
[3] A.D.F., Reg. Par., Faro, Sé, C. de 1763, fl. 62v.º-63. Testemunhas: Manuel da Cruz Ferreira, Padre Miguel Rodrigues de Carvalho, de Estói, Padre José Fernandes Lopes, de Olhão, e Padre José Martins Salvado, de Olhão.

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RE: Guerreiro, Vaqueiros, Alcoutim

#186257 | LSV | 26 févr. 2008 11:43 | In reply to: #186253

Caro Lourenço

Não, não os consigo encontrar nos meus apontamentos porque vi Vaqueiros apenas nos séc.s XVI e meados do XVII.
Mas essa linha interessa-me e já "saquei" para os meus apontamentos.
De resto, se ela te interessa tenta segui-la nos paroquais de Alcoutim, Vaqueiros, e dá-me notícia disso.
O meu mail é luissoveral@sapo.pt
Um abraço
Luís

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RE: Guerreiro, Vaqueiros, Alcoutim

#186259 | LCM | 26 févr. 2008 11:51 | In reply to: #186257

Muito obrigado. Parei nesta geração porque era o que me interessava para o trabalho. Se continuar dou notícias.

Abraço
Lourenço

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