Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
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Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Caros Confrades,
Procuro a descendência desta senhora, que terá vivido em Lisboa no primeiro quartel do século XX. Agradeço desde já qualquer informação.
Vasco Briteiros
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Caro Confrade
Existe uma família na Chamusca de apelido Isidro dos Reis. A ponte da Chamusca que atravessa o Tejo foi mandada construir e tem o nome de Isidro dos Reis.
Cumprimentos,
José de Castro Canelas
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Caro Confrade,
Muitíssimo obrigado pela informação , que suponho me irá levar brevemente ao contacto dessa família.
Cumprimentos,
Vasco Briteiros
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Olá Vasco,
O que eu encontrei on-line.
Houve um Dr.João Joaquim Isidro dos Reis , * 4.12.1849 ,Chamusca e +Qta dos Arneiros, Pinheiro Grande, Chamusca, sepultado no Alto de S.João em Lisboa, era filho de Joaquim Isidro dos Reis e de Mariana Tiburcio dos Reis.
Entrou pra a U.C. em Direito, que concluiu a 20.6.1876.
Fez muito pela sua terra natal, e conseguiu a construção da ponte que tem o seu nome, mas conhecida por ponte da Chumusca.
Houve um político que até Abril de 1974 foi Presidente da Asembleia Nacional Eng.Carlos Monteiro do Amaral Neto que pode ser familiar já que o citado João Joaquim tinha um sobrinho Dr.Benjamim P do Amaral Neto e um cunhado Dr José Félix Pereira.
E mais não encontrei
Beijinhos
Maria
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Olá Maria,
Obrigado pela sua dica. Julgo que esta família é a única existente em Portugal, descendente do 1º Visconde de Semelhe. Vamos a ver o que consigo saber através do telefone que já obtive.
Afinal quando vem ao Porto? As minha investigações estarão paradas por semanas devido a problemas de saude de um familiar. Entretanto o meu neto já tem 7meses e tudo corre bem.
Bjs.
Vasco
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Caro cofrade
Em aditamento ao que anteriormente referi são descendentes do Dr. João Isidro dos Reis os donos da Quinta dos Arneiros no Pinheiro Grande, Chamusca, a Sra. D. Maria Aurora Isidro dos Reis e seu filho João. Caso necessite tenho o contacto do último.
Cumprimentos,
J C Canelas
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Caro Confrade J C Canelas,
Muito obrigado pela sua gentileza, mas seguindo a sua primeira informação já estabeleci o primeiro contacto telefónico e confirmei que realmente se trata de uma descendente do irmão mais novo do meu bisavô materno.
Cumprimentos
Vasco
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Olá Vasco ,
Parabéns pelo neto, atrasados de sete meses, mas mais vale tarde do que nunca.
Acabei de chegar do Porto, onde só estive um dia para acompanhar uma amiga e eu aproveitei para visitar a Casa da Música em visita guiada, que gostei muito, embora tivesse achado um excesso de escadas, e a exposição do Dali, no Freixo, que achei um espaço lindo com magníficas àrvores, mas ainda muito degardado, e gostei muito da exposição.
Tenho trabalhado pouco na genealogia mas agora já me sinto melhor e vou recomeçar.Era para ter ido aí na sexta- feira e aproveitava para ir ao A H da Câmara , e também fazer uns telefonemas, mas tal não foi possível.Fica para depois se Deus assim o entender.
Bjs
Maria
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Encontrei este post em algumas investigações que estava a fazer.
De referir que esta família também era dona de uma quinta (palacete) no pendão em Queluz. Estou em vias de clarificar se não seria mesmo o palacete do pendão onde está actualmente a biblioteca de queluz (foi mandado a baixo e re-erguido).
Caso tenham mais informação ou histórias relacionadas, avisem-me que gostaria imenso de conversar um pouco sobre elas.
Caso tenham interesse sobre a zona do Pendão ou Queluz, tenho bastante informação no meu site que agrega memórias com história e fotografia de portugal com especial enfoque em Queluz e no Pendão. Os azulejos na foto em baixo são dessa casa do Pendão.
http://www.arquivofotograficosocial.com/search/label/Pend%C3%A3o
http://www.facebook.com/ArquivoFotograficoSocial
Golg
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Olá, o Vasco Briteiros é que é o interessado neste tema, eu apenas ajudei
Cumprimentos
Maria
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Encontrei este post em algumas investigações que estava a fazer.
De referir que esta família também era dona de uma quinta (palacete) no pendão em Queluz. Estou em vias de clarificar se não seria mesmo o palacete do pendão onde está actualmente a biblioteca de queluz (foi mandado a baixo e re-erguido).
Caso tenham mais informação ou histórias relacionadas, avisem-me que gostaria imenso de conversar um pouco sobre elas.
Caso tenham interesse sobre a zona do Pendão ou Queluz, tenho bastante informação no meu site que agrega memórias com história e fotografia de portugal com especial enfoque em Queluz e no Pendão. Os azulejos na foto em baixo são dessa casa do Pendão.
http://www.arquivofotograficosocial.com/search/label/Pend%C3%A3o
http://www.facebook.com/ArquivoFotograficoSocial
Golg
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Olá Maria,
Passei aqui e decidi aproveitar a oportunidade para lhe desejar um Santo Natal e um Feliz Ano Novo
Vasco.
Entretanto já estive em casa da minha prima Maria Aurora, pessoa muito simpática que me recebeu muito bem em 2008, na sua Quinta de Pinheiro Grande - Chamusca.
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Caro Golg,
Já tive resposta à minha pergunta inicial. Desconheço a ligação da minha prima à quinta citada , mas se obtiver informações passo-lhas. Obrigado pela sua intervenção neste tópico.
Vasco Briteiros
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RE: Maria Aurora Monteiro Barbosa Isidro dos Reis
Aproveito para deixar aqui mais alguma informação que reuni sobre a familia que tinha o Palacete no Pendão:
Há uma entrevista à neta do dona do Palacete:
http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=360&id=47428&idSeccao=5321&Action=noticia
Recordações do avô João contadas pela neta Maria Aurora Isidro dos Reis
foto
A honra e a dignidade passam de geração em geração e são o ADN de famílias nobres. Maria Aurora Isidro dos Reis franqueou-nos as portas da Quinta dos Arneiros para falar do seu ilustre avô.
Edição de 2008-10-09
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“Lembro-me de me porem ali no jardim, em cima de uma destas mesas redondas de pedra, com um lencinho a dizer adeus ao avô. E lembro-me de haver muita gente, num cortejo”. Maria Aurora Isidro dos Reis não faz qualquer esforço de memória para contar o que se passou no dia do funeral do avô. Tem oitenta e oito anos feitos a 15 de Junho. Na altura tinha quatro. Estamos sentados na saleta de entrada da mesma casa, na Quinta dos Arneiros, Pinheiro Grande, concelho da Chamusca. Lá fora o sol ilumina a mesa de pedra de que ela fala.
João Joaquim Isidro dos Reis, figura ilustre da Chamusca, à qual se deve a construção da ponte que liga aquela vila à da Golegã (ver texto nesta edição), faleceu na casa que a neta agora habita, a 17 de Agosto de 1924, pouco tempo antes de completar 75 anos.
“No dia em que o avô morreu nós estávamos na casa do Pendão, na linha de Sintra. Bateram à janela e o meu pai foi atender. Depois ficou a chorar. Eu nunca esqueci a aflição que senti por ver o pai a chorar”.
Um cão deita-se aos pés da dona da casa e fica quieto como quem espera pelo resto da história. Nas paredes há fotografias antigas e quadros pintados a óleo. Uma mesa antiga e um espelho prateado que destoa do conjunto. Foi trazido de Paris, em conjunto com outros que iremos encontrar pela casa, há mais de um século.
Da rua não vem qualquer barulho. A anfitriã escolheu ficar numa cadeira junto à porta. O jornalista está à sua frente, num sofá antigo. Na parede do lado esquerdo, a foto do falecido é a que está mais perto do tecto. O molde em gesso, que serviu para o busto em bronze que foi colocado no Parque Municipal da Chamusca, olha-nos das escadas que dão para o primeiro andar.
“No dia seguinte viemos aqui para os Arneiros e trouxemos o caixão para o funeral, no comboio. O meu pai foi à Agência Quadros, que fazia serviço para a família e eles foram levar o caixão ao comboio. Viemos numa carruagem mais pequena. Num atrelado. À noite, a mãe levou-nos à capela, para beijarmos a mão do avô. De manhã o funeral seguiu para Lisboa. Nós ficámos aqui. Eu que tinha 4 anos e a mana 6”.
A irmã também já faleceu. A neta de Isidro dos Reis navega por entre memórias. “A mana chamava-se Maria Elisa. A minha mãe tinha feito uma promessa que todas as filhas se chamariam Maria. O meu pai quis pôr à mana o nome Aurora que era o nome da minha mãe. Ela chamava-se Aurora Monteiro Barbosa. Mas no Brasil, de onde era oriunda a família da minha mãe, dizia-se que pôr aos primeiros filhos os nomes dos pais, tirava a sorte. A mana ficou com o nome da tia Maria Elisa e eu, quando nasci, fui baptizada Maria Aurora”.
No ramo masculino da família a atribuição de nomes tem outras regras. “O pai do avô João chamava-se Joaquim. Joaquim Isidro dos Reis. O meu pai foi Joaquim. O meu filho é João e o filho dele, o meu neto, é Joaquim. Penso que quando eu morrer isto vai acabar mas a minha nora diz-me que a tradição se irá manter e que se o meu neto vier a ter um filho ele será João”.
A sala de estar é a seguir à sala de jantar onde está aberta uma imensa mesa de madeira. As duas estão separadas por um reposteiro de veludo. Mais fotos, quadros, objectos. Notam-se sinais de alguma decadência mas apenas no edifício e nos móveis. Maria Aurora Isidro dos Reis mantém intacta a dignidade e a postura. É a mesma senhora de sempre, descendente de famílias ilustres. Não precisa de fazer pose. Tudo nela é natural. Não necessita de vestido de gala, nem de jóias, nem de penteado elaborado. A nobreza está-lhe nos gestos mais simples. Na forma como fala. Como olha. Como se movimenta. Pega numa foto de duas jovens sorridentes. O cenário é o mesmo, o Jardim da Quinta dos Arneiros. “Aqui eu tinha 18 anos e a mana 20 anos. Quem tirou a foto foi a Maria Luísa. A mana nasceu no Pendão. Costumava dizer: Eu sou de Belas, Sintra. Sou saloia”.
Tira um pano branco que cobre um outro retrato que está pendurado na parede. O avô fotografado por Carlos Relvas. Na altura João Joaquim Isidro dos Reis andaria pelos 50 anos. O famoso estúdio de Carlos Relvas, recentemente recuperado, fica na Golegã. O retratado foi deputado da Golegã, eleito pelo Partido Progressista em 1897 e entre 1898 e 1899. “Às três da tarde a luz do sol entra pela janela e bate no retrato. Tapo-o com este pano para a luz não lhe comer a cor”.
Lembra-se de histórias que se contavam na família sobre o avô. “Diziam que era tolerante mas que quando era preciso dar um murro na mesa ele dava. E era uma pessoa prática. O meu pai quando foi estudar para Coimbra, escrevia todos os dias à minha avó. Um dia recebeu uma carta da mãe, com um aparte do meu avô que dizia. ‘Não escrevas tanto porque gastas muito dinheiro em selos’. Claro que a minha avó não gostou”. Sorri.
O cão “Tope” ferra o dente num tapete de arriolos. A dona repreende-o. O cão, que a segue por todo o lado, larga a presa. “A minha bisavó materna era brasileira. Era dona da ilha do Marajó. Os meus avós eram daqui. A mulher do meu avô João era Joaquina Félix Pereira. Dos Félix Pereira da Chamusca. Faleceu dez anos depois do avô, em 1934. Quando os avós casaram ficaram a viver na Chamusca na casa do tio José Félix Pereira. Mais tarde o avô falou com a sogra para os deixar vir aqui para os Arneiros e assim foi. Eu, a mana e os pais vínhamos para aqui nos meses de Verão. Íamos para o mouchão. Andávamos de barco. Tomávamos banho no rio. O rio era transparente. Viam-se as pedrinhas lá no fundo. Dávamos passeios”.
“Servi a Monarquia. Não sirvo a República”
Maria Aurora Isidro dos Reis mostra-nos todas as divisões da casa. Os quartos, as salas, a magnífica capela de finais do século XIX onde casou aos 35 anos de idade. “Casei tarde porque andei 20 anos a pensar ir para freira. E o casamento foi infeliz. Durou apenas três anos”. Vai contando a história da família. Regressa à infância. “Eu vivia com os meus pais em Lisboa na rua de Santana à Lapa. Os avós estavam aqui. Eu nasci em Lisboa. Sou natural da freguesia da Lapa. Os pais casaram e foram para o Pendão. Fui para a Lapa com 9 anos, quando os pais acabaram de construir a casa. Andava pessoal daqui a trabalhar na casa. Iam em Outubro e vinham em Junho”.
Maria Aurora e a irmã tinham uma preceptora francesa, mademoiselle Maier e uma professora portuguesa, Júlia Silveira Ramos. Era no tempo em que as meninas ricas tocavam piano e falavam francês. “Quando era pequenina eu falava melhor francês que português”, conta. “A primeira vez que fui para uma escola tinha 13 anos. Eu e a mana. Fomos para a Escola do Sagrado Coração de Jesus. Íamos às nove da manhã e saíamos às 6. Éramos semi-internas. Quanto ao piano, deixei de tocar aos 14 anos quando soube que a minha mãe não me deixaria ir para a universidade cursar Direito, como eu queria”.
Aponta para uma foto de um grupo de homens com bengalas e cartolas nas mãos. Diz que foram os últimos governadores-civis de Santarém do tempo da monarquia. “O avô está na primeira fila. É o segundo a contar da direita. Mal eles sabiam o que estava para acontecer”. João Joaquim Isidro dos Reis chegou a ser readmitido na função pública mas após ter recebido os vencimentos que não lhe haviam sido pagos por causa do advento da República, demitiu-se. “Servi a Monarquia. Não sirvo a República”, terá dito.
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