Arquivos copiados para fazer a História do Brasil
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Arquivos copiados para fazer a História do Brasil
Operação Resgate quer poupar nas bolsas de estudo
O Projecto Resgate-Portugal, do governo brasileiro, que envolve um investimento público e privado de 2,15 milhões de euros, já microfilmou e digitalizou três milhões de manuscritos, referentes a 250 mil documentos que estão em Lisboa, e contam a História do Brasil, numa gigantesca tarefa que acaba em 2008.
A ideia vinha de longa data, mas só beneficiou de impulso político e financeiro nos anos 90, vindo a proporcionar a reprodução sistemática do conteúdo de milhares de caixas com documentação sobre a vida da antiga colónia portuguesa que alcançou a independência em 1822.
"A comemoração dos 500 anos do 'achamento' do Brasil foi a grande alavanca para este projecto que é um sonho muito antigo dos estudiosos brasileiros", revela, ao DN, a professora Esther Bertoletti, coordenadora técnica do Projecto Resgate, que esteve esta semana em Lisboa.
Ao dar acesso no Brasil a todo este material que abrange factos do século XVII até meados do século XIX, a um número crescente de investigadores e universitários que se interessam por esta época colonial, o Governo também poupará na concessão de bolsas para a Europa.
"Antigamente só os mais velhos é que estudavam 'a colónia'. Só a partir dos anos 70 e 80 é que os professores foram sensibilizando os alunos e, na década de 90, surge um interesse crescente nos jovens investigadores, também por se tratar de uma área nova e diferente para a pesquisa. É evidente que levando a reprodução dos documentos, não só ficam disponíveis a qualquer cidadão, como evitamos que os alunos das universidades tenham de vir para Portugal com bolsas de estudo. A gente não tem dinheiro para dar tanta bolsa, preferimos investir em trazer cópias da documentação. Neste momento a pro- cura é tão grande que foram aparecendo cursos especiais para se aprender a ler documentos antigos", sublinha Esther Bertoletti.
Portugal também lucra
Esta operação de resgate da memória, iniciada (lentamente) há 15 anos, foi tendo a participação de 120 jovens universitários brasileiros e cerca de uma dúzia de portugueses da Universidade Nova de Lisboa.
A esmagadora maioria da documentação portuguesa que interessa ao Brasil, 80 por cento, encontra-se no Arquivo Histórico Ultramarino (AHU), em Lisboa, onde uma equipa brasileira dispõe de espaço para os trabalhos necessários à microfilmagem e digitalização dos manuscritos históricos, não sem antes ler página por página, e fazer um verbete-resumo para publicação.
"Existem ainda manuscritos na biblioteca do Palácio da Ajuda, em Coimbra e em Évora", salienta a coordenadora, mas lembra que a equipa do Projecto Resgate quer para já terminar a tarefa no AHU, que se prevê finalizada no próximo ano.
O interesse na reprodução dos documentos vai até 1835, anos depois da independência, porque só nessa data é extinto o Conselho Ultramarino, criado pelos monarcas portugueses, explica Esther Bertoletti, "para terem informações sobre as colónias e tomarem decisões".
Em breve, cada uma das universidades federais, algumas particulares e os institutos históricos brasileiros terão 305 CD com todo o material recolhido em Portugal. O nosso país fica com cópias do que foi microfilmado e tem a promessa brasileira de enviar cópias da documentação levada com a corte (Biblioteca Real), uma parte da qual (cerca de um milhão de páginas) já chegou e está na Torre do Tombo.
DN 13.10.2007 artigo assinado por Leonor Figueiredo
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RE: Arquivos copiados para fazer a História do Brasil
Estando fora do Brasil por muito tempo, foi fascinante ler que tantos documentos tao importantes para a nossa historia estarao disponiveis para pesquisa. Poderia me informar se, no futuro proximo, tais dados estarao disponiveis na internet tambem?
Saudacoes,
Afonso D.Portugal
Em Sydney, Australia.
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RE: Arquivos copiados para fazer a História do Brasil
Infelizmente não sei responder à sua questão. Trata-se de uma notícia publicada no jornal Diário de Notícias (Portugal) que me limitei a transcrever (copy/paste).
Luis Figueira
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