A evolução do vestuário...
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A evolução do vestuário...
Caros Confrades,
Certamente que muitos de vós já tiveram esta sensação: em determinadas circunstâncias, os nomes dos nossos antepassados, a história que os rodeia, os laços familiares e o seu modo de vida são elementos por nós tão assimilados – fruto do estudo que desenvolvemos, que só lamentamos não ter uma imagem que consigamos relacionar com aquele indivíduo... Bem, salvo naturalmente as excepções daqueles que tiveram a sorte de ser "iconografados".
O tema relacionado com a história dos hábitos e costumes (onde se inclui o vestuário) desde sempre me despertou algum interesse, contudo não é fácil encontrar bibliografia sobre o tema da “vestimenta”. Em tempos tropecei num livro que tratava a evolução do vestuário, salvo erro, a partir do séc. XVII (não sei precisar agora o título da obra), mas que não me veio parar às mãos porque hesitei e alguém “com passo largo” se antecipou à minha segunda investida.
No entanto, numa breve pesquisa que fiz na Internet sobre este tema encontrei o interessante texto que aproveitei para transcrever.
Aproveito para desejar a todos um Feliz Ano de 2008.
Luís Projecto Calhau
“VESTUÁRIO NA IDADE MÉDIA
A Idade Média começou com a queda do Império Romano do Ocidente, no fim do século V, e durou até o século XV. Durante a Idade Média, a Europa ocidental se desenvolveu independentemente do chamado Império Romano do Oriente, ou Bizantino.
O Império Bizantino: as classes dominante vestiam túnicas e mantos enfeitados. Alguns tecidos eram feitos com fios de ouro e certas roupas eram enfeitadas com pedras preciosas e pérolas. Os pobres vestiam túnicas simples e blusas.
A Europa Ocidental: no início da Idade Média, os celtas da Galiléia e da Bretanha adoptaram a túnica romana. Depois, a moda bizantina começou a influir cada vez mais no vestuário da Europa ocidental. As classes dominantes começaram a usar roupas mais ornamentadas.
No início as roupas eram feiras em casa. As famílias criavam ovelhas e cultivavam o linho. Quando as cidades começaram a crescer, surgiram lojas especializadas, dirigidas por tecelões, alfaiates, remendões e outros artesões que faziam roupas.
No século XII, esses artesões se organizaram em corporações chamadas guildas.
Mais tarde, as túnicas soltas começaram a ser substituídas por roupas ajustadas ao corpo. As mulheres começaram a usar vestidos compridos, e justos no busto. Os homens vestiam calções soltos debaixo da túnica, além de vários tipos de coberturas para as pernas. Nos séculos XII e XIII, as mulheres punham redes nos cabelos, usavam véus e panos para cobrir o pescoço, como algumas ordens de religiosas usam até hoje. Os homens usavam na cabeça capuzes com pontas compridas. Tanto homens quanto mulheres vestiam uma sobreveste copiada dos trajes dos cruzados.
Durante o século XIV, as roupas das classes dominantes ganharam muitos enfeites e acessórios, como botões e cintos ornamentados com pedrarias. Os tecidos variavam de acordo com a classe social. Os muito ricos vestiam seda e enfeitavam suas roupas com peles valiosas. A maioria das pessoas vestiam roupas de lã e linho. Já as pessoas mais humildes vestiam-se com roupas feitas de pele de cabra carneiro ou lobo.
VESTUÁRIO NOS SÉCULOS XIV e XVI
O renascimento começou na Itália por volta do século XIV e se espalhou pela Europa durante os séculos XV e XVI. As cidades se desenvolveram e enriqueceram. O número de artesões e comerciantes aumentou rapidamente. Houve a queda do Império Bizantino, e a Europa ocidental passou à liderança da moda.
O vestuário foi-se complicando cada vez mais. As mulheres usavam chapéus cônicos e altos chamados hennins. Alguns tinham véu.
Os homens usavam meias compridas que se foram transformando em calças justas. Usavam muitos tipos de chapéus, inclusive um turbante drapeado chamado chaperon. Também calçavam sapatos pontudos chamados poulaines. Em alguns, as pontas tinham mais de 15cm.
No início do século XVI, os homens vestiam-se com muitas roupas sobrepostas, algumas delas com um enchimento pesado. Usavam camisas de linho, sobre as quais vestiam um casaco justo chamado gibão. Sobre o gibão usavam uma jaqueta, prolongada em uma saia que descia até o quadril. Uma capa sobre o joelho, com mangas largas, vinha sobre a jaqueta. Os homens também usavam calções curtos e brifantes, costurados a meias justas.
As roupas femininas eram cortadas e costuradas para ficarem justas acima da cintura. Durante a primeira metade do século XVI, as mulheres usaram vestidos com decotes quadrados e baixos, e saias rodadas sobre anáguas. Os trajes masculinos e femininos tinham fendas para mostrar a vestimenta de baixo.
No fim do século XVI, a moda formal e rígida da Espanha se espalhou pela Europa. Os homens vestiam calções justos até os joelhos. O gibão modificou-se, ganhando uma saliência em ponta sobre o ventre. As saias rodadas das mulheres eram armadas com crinolinas rígidas. Algumas crinolinas tinham armações de madeira, arame ou barbana. Homens e mulheres usavam golas de pregas engomadas chamadas rufos.
VESTUÁRIO NO SÉCULO XVII
A França assumiu a liderança da moda. Os homens substituíram seus gibões por coletes, usados sob casacos que desciam até os joelhos. A moda dos calções variou - eram ora largos, ora justos até os joelhos.
As mulheres começaram a usar anáguas no lugar das crinolinas, e também mangas três-quartos. Essa última transformação desnudava pela primeira vez o braço das mulheres, desde a queda do Império Romano, mais de mil anos antes. As mulheres também passaram a usar na cabeça um enfeite alto chamado fontange.
Os homens geralmente calçavam botas. Os chapéus eram vistosos e enfeitados com plumas, usados sobre cabelos compridos. Homens e mulheres calçavam sapatos de salto alto. Peitilhos de renda e linho substituíram os rufos engomados. No fim do século os peitilhos deram lugar a gravatas de renda, de laço frouxo, chamadas jabôs. As cabeças dos homens forma cobertas por enormes perucas encaracoladas, que se tornaram moda depois de 1660.
VESTUÁRIO NO SÉCULO XVII
Os últimos vinte anos do século XVII anteciparam o que seria a moda do século seguinte, domando pelo grande prestígio da corte de Versalhes. Na indumentária masculina, a peruca teve grande importância até a revolução francesa. Havia vários tipos delas, entre as quais a dos soldados, leve e presa com laços na nuca. Ao longo do século, esse adorno foi reduzido até ficar limitado a alguns encaracolados do lado do rosto e a uma trança.
Com Luís XV, os trajes femininos tornaram-se mais soltos e vaporosos; os vestidos tinham pregas nas costa que caíam até o chão. O merinaque foi utilizado para dar volume ao traje feminino, cuja forma variava consideravelmente. Os componentes básicos eram corpetes e saias, eventualmente abertas na parte dianteira, deixando entrever as anáguas, ricamente decoradas. O corpete podia também ser aberto, mostrando uma peça de tecido bordada, com laços e rendas. As mangas chegavam até o cotovelo, muitas vezes arrematadas com enfeites.
O traje masculino conservou por várias décadas a estrutura do século anterior. A casaca tornou-se mais comprida e com mais aberturas e as mangas se estreitaram. Sob a casaca, vestia-se um colete bordado, confeccionado em tecido diferente. Os calções chegavam até os joelhos e o traje se completava com um chapéu de três bicos. A influência britânica trouxe um tipo de traje masculino mais leve e informal. A simplificação do vestuário evidenciou o gosto neoclássico.
VESTUÁRIO NO SÉCULO XIX
Os complicados penteados, as perucas empoadas e os chapéus da época de Luís XVI e de Maria Antonieta foram abolidos com a revolução francesa. A burguesia impôs sua moda. Os homens adotaram o estilo dos trajes de campo ingleses - com chapéu alto, lenço no pescoço jaqueta com lapelas, colete, calções e botas - e eliminaram as casacas bordadas, as rendas e as meias, a partir de então restritas aos chamados incoyables franceses da década de 1790, iniciadores do estilo romântico. As mulheres buscaram a leveza em vestidos de cintura muito alta, que caíam retos até os pés. Esse estilo foi chamado "império".
Nos primeiros anos do século XIX, surgiram publicações impressas ilustradas com vestuário. A expedição de Napoleão ao Egito trouxe nova moda orientalista para a França, enquanto o Reino Unido, principal rival dos franceses, procurava a máxima diferenciação de costumes. Ao restabelecerem-se as relações amistosas entre os dois países, as mulheres britânicas adoraram a moda francesa e por sua vez, os homens franceses se decidiram pelo estilo britânico, em geral muito bem acabado, devido à alta qualidade do trabalho dos alfaiates do Reino Unido. Os dândis ingleses inspiraram a moda européia, com um vestuário bem cortado, ajustado ao corpo. O traje feminino exigia o uso de espartilho para afinar a cintura, com saias e mangas muito largas. As mulheres cobriam a cabeça com toucas ou capotas amarradas com laços, e levavam uma pequena bolsa e um guarda-sol.
A partir de 1837, as rodas exageradas das saias se reduziram e o traje masculino eliminou os excessos a que havia chagado o modelo dândi. O fraque tornou-se muito usado, assim como o redingote ou o casaco, mais curto. As camisas tornaram-se mais lisas, e as gravatas, mais finas. Popularizaram-se a calça, o chapéu de copa e grande variedade de casacos (chesterfield, paletó). A roupa masculina, mais sóbria e menos colorida, começava a tomar a forma que conserva até a atualidade.
Em meados de século. O traje feminino aumentou de volume graças a inúmeras anáguas que, por seu peso, dificultava a movimentação. Data dessa época a invenção da crinolina, armação à base de anéis metálicos flexíveis que substituía com vantagem as anáguas. A crinolina logo deslocou-se para trás e se tornou mais leve, o que deu origem a um levantamento na parte traseira da roupa por meio das anguinhas, que mais tarde desapareciam, substituídas por um simples pregueado de tecido e uma calça longa.
Os esportes também exerceram influência sobre o desenho das roupas, que se adaptaram às necessidades de cada modalidade. Assim, os trajes para andar de bicicleta, para o tênis ou para o banho inspiraram a moda quotidiana para homens e mulheres
(Marília Nascimento Espíndola, Maio de 1999 ,trabalho orientado pela professora Miriam Jaqueline -Instituo Educacional CVE)
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Luís Projecto
Gostei! O tema é aliciante, e podemos dar rédeas á imaginação, pois algumas das vestimentas descritas deviam ser bem incómodas!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: A evolução do vestuário...
Este texto é ilegível para um português de Portugal.
Entre muitos exemplos, nomeadamente na construção das frases, o mais insólito, para mim, é a escolha das palavras utilizadas. Em vez de saiote utilizam a palavra «anágua»; «poulaines» em lugar de polainas, (de notar que polainas, vem de polónias, polóinas); «pontudo» em lugar de pontiagudo, paletó…
Como é possível fazer-se um acordo ortográfico privilegiando o critério de pessoas que utilizam na escrita comum tanto disparate?
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RE: A evolução do vestuário...
Caro “Felpe”,
Nem sempre devemos privilegiar a forma da escrita em detrimento do seu conteúdo. Neste caso o que interessa é, indiscutivelmente, o conteúdo. Certamente que, enquanto genealogista que presumo que seja, a matéria que extrai das fontes estará necessariamente relacionada com o conteúdo (a informação) e não com a forma da escrita, ou seja, não basta saber ler, é necessário fazer uso de uma certa capacidade de análise, espírito crítico aliado ao senso comum. Não poderemos, sobre qualquer pretexto, fazer arquitectura de toda e qualquer matéria…
Como facilmente se deduz, pela forma da escrita, a autora do texto não é portuguesa, ou pelo menos não viverá em Portugal há uns tempos, o que justifica a os termos utilizados…mas não será uma “polaina”, “plaina”, “poleina”, “poulaines” ou outro termo qualquer que me distanciará daquilo que se assume como o cerne do que foi escrito.
Bem, mas mais importante do que isso é nunca perdermos o sentido do que é o “bom tom” e continuarmos a intervir começando sempre por algo como, por exemplo, “Caros Confrades” , terminar com “Cumprimentos” e um nome.
Até porque “Franciscos Inteligentes” sempre existiram…e continuarão a existir...!
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Luís Projecto Calhau:
Excelente resposta a sua, ao confrade "Felpo".
Uma resposta digna de um Senhor.
Um abraço,
João Pombo
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Fernando Pinto Coelho,
Deixe-me, em primeiro lugar, demonstrar o meu desacordo relativamente ao "ACORDO ORTOGRÁFICO". Considero-o injustificado e inútil. Não está em causa a evolução da LÍNGUA!
Porém, não considero que o texto seja ilegível para um português de Portugal. Julgo, no meu modesto entendimento, que "semelhante asserção" é contraproducente e...algo "acintosa".
Meus melhores cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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A "-volução" da escrita ...
... e- ou in- volução? fica a critério do observador.
Caro participante,
Aí está um temazinho que costuma dar água pela barba a quem o leva para qualquer terreno que não seja o da conciliação senão o da 'tolerância desabrida'.
Quem quer que aqui venha manifestar-se em desacordo com o Acordo recebe regra geral apontamentos recriminatórios. Já me tem acontecido, eu que aprendi a ler e escrever do outro lado do Atlântico e hoje sentir-me-ia a caricaturar-me se tivesse que voltar a escrever ou a falar daquela maneira, da mesma maneira como me sinto a parodiar a língua quando por razões de mera comicidade 'imito' os sotaques brasileiros (o plural não é engano).
- É a mesma língua? É sem dúvida mais a mesma língua que uma língua diferente.
- Há maior desvio padrão em torno da 'norma' no Brasil que no resto da Lusofonia? Há sem dúvida uma bandalheira mais acentuada.
- Porquê? Por razões não tão óbvias quanto se poderia imaginar. A primeira talvez seja mais óbvia: um distanciamento maior em relação a Portugal devido à independência em 1822. Mas e daí? Os EUA ficaram independentes mais cedo e não descambaram (gramaticalmente, morfologicamente) no Inglês de forma tão acentuada...
O grande ‘descambanço’, tanto nos EUA quanto no Brasil, deu-se a partir do pós-guerra com a liberalização geral dos costumes que atingiu o ensino da língua num ponto fraco: a língua é norma, e o que interessava era quebrar normas. Só que ...
Só que os EUA eram um país onde a tradição da educação 'já estava' enraizada há mais de um século, enquanto que no Brasil (à semelhança de Portugal, diga-se) ainda hoje é o que é.
Rédea solta a quem já não tinha freio nos dentes e é o que se vê.
Do que eu não gosto mesmo é do excesso de neologismos.
O trema irrita-me, da mesma maneira que os 'p', 'b' e 'c' mudos os devem irritar. Os acentos circunflexos onde deveriam estar agudos são de facto diferentes porque eles pronunciam essas vogais circunflexa e não agudamente. E as palavras usadas ou mais usadas lá que cá e vice-versa, são o que são.
O que empanca isto tudo é não se seguir o velho ditado brasileiro: "Em terra de sapo, de cócoras com ele", um sucedâneo tropical para o "Em Roma, sê romano". Há tempos estava numa conferência técnica e o orador era brasileiro. Por mais competente que fosse, muito do conteúdo se perdeu pela ininteligibilidade imediata dos termos técnicos que usava, na maior parte transliterações mais que ‘a martelo’, verdadeiras paródias ao nosso ouvido.
Mas olhe que o fenómeno do contraste de modos de escrita não é exclusivo desta discussão do acordo luso-brasileiro. Qualquer dia vamos ter que fazer um ALPI - Acordo Luso-Português Intergeracional.
Tente ouvir e perceber o que dizem alguns putos-charilas de 13-14 anos ou tente ler o que eles chamam mensagens vulgares de telemóvel. As primeiras parecem junções de monossílabos desconexos e sem sentido, e as segundas, encriptações que fariam vacilar um especialista de Langley ...
Falatório a mais, mas lá vamos afinando posições. Afinal a genealogia é para ser escrita, e a questão pode por-se também em ter ou ter «uma costela na Beira» se por acaso «vóvó era portuguesa, nascida em Santarém. Minhota, n'é?!»
Bom ano novo.
Victor Ferreira
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Luís Projecto Calhau
Achei muito inteligente e oportuna a sua resposta e, longe de mim, querer partidarizar qualquer contenda, ainda que verbal, com a qual estou de acordo. Contudo, penso que Felpo estaria a referir-se a algo de muito importante e grave que está a acontecer e que talvez não tivesse sabido comunicar de uma forma mais "amena": o valor da língua portuguesa e a sua sistemática adulteração.
Em relação ao que o Luís respondeu, estou INTEIRAMENTE de acordo. Trata-se de bebermos o sumo de uma comunicação e não olharmos tanto para o copo em que o mesmo é servido, se de vidro tosco ou em puro cristal. Também sou sensível à forma como nos dirigimos aqui, uns aos outros e que isso "também " faz parte de um correcto uso da linguagem portuguesa, na minha modesta opinião.
Mas em relação ao que estaria implícito na mensagem de Felpo, e por arrastamento, o tão badalado acordo ortográfico, já que a oportunidade de expôr a minha opinião surgiu, aqui vai ela.
Penso - e não sou a única a considerar isto, felizmente - que a língua portuguesa é das mais ricas do mundo e das mais belas, em termos de construção. Outros que não eu, com formação académica na área, deverão pronunciar-se a propósito. Mas dentro dos limites da minha ignorância, considero que as línguas são uma força "viva", que devem acompanhar os tempos, evoluir. Essa evolução não deve pressupor castração mas enriquecimento. A língua portuguesa foi levada para o Brasil e para outros países de África que, a partir da chamada colonização, se transformou na língua mãe desses povos, para tudo o que se referisse a assuntos públicos e de estado. Continuaram a coexistir as línguas autóctones e muitas outras que se misturaram por via de uma aculturação normal. No caso concreto do Brasil, a influência negra e dos emigrantes europeus e asiáticos, fez com que muitos vocábulos e expressões idiomáticas fossem introduzidas na linguagem comum. Contudo, a língua primeira foi sempre o português, levado a partir das descobertas.
Voltando ao meu pensamento sobre o assunto, não sou contra a introdução de algumas expressões ou vocábulos trazidos do brasileiro para a nossa língua. Isso só vai enriquecê-la cada vez mais. Sou contra, sim, em relação à castração dela, em prol da introdução de um "saber" falar "mal", só porque um pseudo grupo de intelectuais e políticos acham que assim é que deve ser. Estamos a confundir alhos com bugalhos e isso é grave. E nesse aspecto, estou do lado de Felpo (se interpretei bem o seu pensamento nas entrelinhas) quando defende o património da nossa língua.
Nós já introduzimos no nosso quotidiano - e não é de agora! - palavras como abaju, chofer, camioneta, etc, etc. Resumindo, aumentámos o nosso património linguístico. Mas agora reparem, eu escrevi "aumentámos", tal como aprendi na escola (forma do pretérito perfeito) e não "aumentamos", forma do presente indicativo, tal como essa cretinice do acordo pretende. A isto eu chamo falar mal! Uma coisa é passado, outra presente e o que pode levar a distinguir os tempos, neste caso, é o acento. A que título vamos fazer um acordo que vai estragar a nossa língua, em prol de um facilitismo em prol de uma corrente de pensamento? Sim, porque não vamos dizer que o brasileiro é uma "outra" língua! Brasileiro é língua portuguesa, com sotaque diferente e com adição de novos vocábulos e distorção de outros!! Nós, também em Portugal continental, falamos mal. Exemplos: "a gente vimos ontem o programa", a maioria dos políticos estão a dormir no parlamento", "ontem tivemos no zológico com os putos", etc...Não vale a pena alongar-me mais. São frases retiradas do quotidiano e que todos já ouviram, pela certa.
Uma palavra com a qual sempre embirrei foi bué. Contudo, se a acrescentarmos à linguagem falada, não estamos a cometer nenhuma infracção linguística pois ela existe e significa "muito" num dialecto africano. Logo, ao ser inserida no vocabulário português, vai acrescentar-lhe algo mais. Quem diz bué diz qualquer outra palavra que seja apenas mais um acrescento e não uma delapidação da nossa língua.
Penso que consegui passar para vós o que penso, se bem que na prática nada vá mudar em relação ao que os responsáveis que pretendem: o tal acordo a todo o custo.
Em síntese, Luís Calhau está certo em tudo o que disse e felpo...não deixa de ter razão.
Aceitem os meus sinceros cumprimentos e se descobrirem forma de velarmos pelo nosso grande património, que é a língua portuguesa, digam. Alinho!
Maria
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RE: A "-volução" da escrita ...
Caros confrades
Só um detalhe: anágua é bom português...
Cumprimentos
RAAL
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RE: A "-volução" da escrita ...
Já agora, mais um detalhe: Pontudo também é (bom) português.
João Pombo
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Anátemas
Caro Rui Amaral Leitão,
Desde já o cumprimento e lhe endereço os melhores votos pertinentes à quadra.
Não está em questão ser anágua bom ou mau português. É claro que é, e não será tão conhecido hoje em dia, uma vez que já não é usado pela generalidade das senhoras há algumas décadas. Há termos mais utilizados num e noutro lado, e desses termos alguns utilizados no Brasil são do mais lusitano que se possa pensar, embora estejam em desuso em Portugal há tanto tempo que já ninguém se lembre deles.
O que acontece é que quer cá quer lá, eventualmente por razões diferentes, cada vez há menos conhecimento da língua, o que torna esse campo do uso da língua um terreno fértil para a aceitação acrítica de tudo o que venha à rede como peixe, em especial 'peixe português'.
E decididamente não me venham com o argumento esgotadíssimo e cada vez menos convincente da 'evolução' da língua: a língua evolui sim senhor, mas não no sentido da sua desconstrução ou da fragmentação em 'idiolectos' quase pessoais. Daqui a pouco ninguém se entende, e a língua é por excelência comunicação e defesa de valores.
Como diria o Alçada Baptista, «Façam lá os acordos que quizerem. O que não me tiram é o 'p' do Baptista».
Cumprimentos.
Victor Ferreira
(com 'c', e o funcionário do registo era brasileiro, veja só ...)
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Confrade Luis Projecto Calhau,
Sei que corro o risco de ser enviada para a cozinha, por alguem que aqui lhe chamou "Senhor".
Aconteçe que concordo com a regra do "bom tom", mas se a mesma se aplicar a todos, por isso não chame chico esperto com frequência, pois pode ser convidado pelo Sr. Azevedo Coutinho para a festa....
O Confrafrade "Felpo", e não "Felpe", tem como lema a defesa da lingua portuguesa, eu já fui alvo de reparos o que agradeço ao meu amigo Fernando, pois sempre aprendo qualquer coisa......
Guerras e ataques pessoais só desce o nivel deste Forum.
Atenciosamente
Anabela Pinto
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RE: A evolução do vestuário...
Meu caro
Vaja em : http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=166275 o tema "como viviam os nossos antepassados"
Os custumes dos nossos antepassados são bem interesantes.
Irei postar aqui, se me não for contra, o texto base daquele tópico
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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Como viviam os nossos antepassados
Como viviam os nossos antepassados
Q
uaresma : « carême » em francês deve o seu nome, ao nome em latim « quadragésima » que significa o 40º dia antes da Pascoa. Importante era também o dia de “mi-carême”, ou dia do meio. A importância era devido aos jejuns que a igreja instituía. Eles eram na sexta-feira, dia da morte de Cristo, no sábado, dia em que ele esteve no seu túmulo, aos quais se juntou a quarta-feira de cinzas, dia em que ele foi vendido por Judas. Era ainda dia de penitência cada véspera, i. e., a véspera de cada festa obrigatória, os dias das têmporas, correspondentes aos 3 primeiros dias do início das estações, os 3 dias que precedem a Ascensão, e por último pelo Advento (4 semanas antes do Natal) e durante a Páscoa. Assim os nossos antepassados apertavam o cinto, não somente quando as colheitas eram más, mas igualmente quando eram boas, pois teriam de fazer cerca de 200 dias por ano de jejuns e de abstinências. Isto a menos que não comprassem “indulgências”.
Os jejuns e as abstinências eram obrigatórios, mas a Igreja interditava ainda, nesses dias toda a actividade sexual. E tal não era brincadeira, pois as “aproximações” de um marido junto da sua mulher durante os dias de penitência equivalia a condenações a pão e água durante 20 dias, se tal fosse confessado ao pároco.
Durante a Páscoa, os 40 dias eram demasiados longos, pelo que se “libertaram” seis dias, que eram os 5 domingos e o dia do meio ou o da “mi-carême”. Este dia era chamado igualmente o da “velha”, e, por isso, nas aldeias e pequenas cidades, os jovens se divertiam, provocando os velhos, lembrando-lhes que poderiam finalmente ter actividades sexuais.
Somente nesses dias se poderiam comer ovos, pois estes foram, durante muito tempo assimilados a “carne” e consequentemente eram interditos naquelas semanas. No dia de Cinzas, a dona de casa, preparava as suas caçarolas, limpando-as das gorduras da carne para que a família passasse a comer somente legumes e peixe.
Mas havia excepções: podiam-se comprar umas imagens de santos que davam indulgências de vários dias (conforme o preço) para quem rezasse determinadas orações diante da imagem.
A sexta-feira santa, dia da morte de Jesus, era evidentemente o dia do ano em que as penitências eram mais fortes. Tal traduzia-se por uma multitude de interdições, que se juntavam às interdições sexuais e alimentares . Toda a actividade era um sacrilégio! Não se podia trabalhar, forjar o ferro ou cavar a terra, pois tal seria cavar a sua própria sepultura. As interdições eram infinitas: não rir, não cortar os cabelos, não matar qualquer animal, não subir a uma árvore, não concluir um mercado ou contrato, nem fazer uma viagem, não cantar, não utilizar o martelo, etc.
Mas havia alguns bons presságios. Assim os ovos postos nesse dia, deverão ser guardados pois evitaram as quedas quando da colheitas dos frutos; colocados no estábulo afastam os malefícios dos animais; lançados num incêndio, apagam-no. Mas havia ainda uma boa nova: morrer nesse dia era uma felicidade, pois era-se dispensado do purgatório e preservado do inferno, pois as suas portas estavam fechadas nesse dia. No entanto o pão cozido nesse dia apodrecerá, mas em outros sítios afirma-se que durará todo o ano
No sábado, o padre fazia uma volta pelas casas para as abençoar. Ele aspergia-as, Bebia um pequeno copo de vinho generoso oferecido pelo dono da casa e partia para a visita seguinte. A dona da casa ia à igreja abastecer-se de água benta.
No dia seguinte os sinos repicavam, pois era o grande dia. Os sinos marcavam o tempo. Os nossos antepassados sabiam a hora olhando para o sol ou escutando os sinos. Notemos que não era importante saber a hora exacta pois não tinham que apanhar o comboio ou ver um determinado programa de televisão. Previa-se que tal trabalho fosse feito durante a tarde ou que demorasse o tempo de uma Ave Maria ou de um Pai Nosso, como se previa uma viagem para o domingo antes do dia de Todos-os-Santos ou para a segunda-feira depois do Carnaval.
As missas
O
Domingo, consagrado a Deus, era obrigatoriamente um dia em que se não trabalhava. A missa era obrigatória e havias a todas as horas, para que não houvesse desculpas. A missa dura quase duas horas. Quer se resida longe ou quer os caminhos sejam difíceis, a presença na missa dominical é obrigatória. De resto era também uma forma de encontro e para aproveitar para comprar algumas coisas no mercado que decorria perto da igreja. Canta-se e reza-se em latim, sem se compreender o significado das palavras que se pronunciam. Cada um canta como pode pronunciando as palavras como quer. Outros aproveitam para falar com os seus vizinhos que não vêem há algum tempo. Outros ainda aproveitam para trocar umas palavras com o notário ou o tesoureiro. As crianças choram ou fazem pequenas asneiras chamando uns pelos outros, etc. Enfim, o interior da igreja é um verdadeiro cafarnaum, mas no exterior, a praça ou a feira estão sem ninguém.
Havia naturalmente missa ás 6 da manhã e o jejum, para quem queria comungar, obrigatório pelo menos nas 12 horas anteriores. Mas, o grande momento não é o da comunhão que é pouco praticado pelos fiéis, pois se confessam pouco com medo de serem julgados pelo pároco e muitas vezes “multados” por não terem observado todas as prescrições da igreja. O grande momento era a prédica do pároco. Era um longo momento onde se era informado e aconselhado. Tal momento era tão aguardado como hoje o é um telejornal! O próprio Estado, o Rei, aproveitavam a ocasião para passar a informação. De resto era o único momento em que o padre se expressava em português e que os nossos antepassados sabiam de uma vitória ou derrota na guerra, ou da morte ou casamento do rei, da chegada de um cometa, e de meras actividades locais ou nacionais. Lembremos que por volta de 1820, chegavam a Leiria somente 3 exemplares de um jornal que tinha 4 páginas! Eram igualmente anunciados os nascimentos, os baptizados e os casamentos, solicitando, neste caso, às pessoas que conheciam impedimentos à sua realização, que se pronunciassem. Estes impedimentos eram, na maioria dos casos, pelos laços de parentesco dos nubentes, coisa normal, pois havendo pouca mobilidade toda a gente se casava com pessoas da mesma aldeia. Muitas vezes o pároco aproveitava a ocasião para dar uma dispensa excepcional para que se pudesse trabalhar em dias de descanso obrigatório para permitir terminar um trabalho agrícola atrasado.
O padre era presença obrigatória aos almoços de domingo, nas casas abastadas e comia tanto ou mais que os outros. Recordo um almoço em que minha Tia Prazeres perguntou ao Sr Abade se não ia mais uma morcelinha e a resposta foi: " Querida Senhora, eu comer comia, mas já me doem os queixos!"
O luto
O
s lutos dos nossos antepassados duravam muito tempo e por outro lado estavam ligados a proibições de participar em reuniões e cerimónias “animadas”. Igualmente havia um código muito complexo nos meios burgueses. No século XIX, a viúva, durante os seis primeiros meses não podia usar que vestidos de lã negra, xales negros, chapéus com grandes véus de crepe, luvas e meias negras e ter somente lenços orlados de negro. Nos 3 meses seguintes o “uniforme” era aligeirado. Nos três seguintes, admitiam-se vestidos de seda negra e vestidos em tafetá no verão. Acabado o ano de luto, era ainda necessário que nos seis meses seguintes se fizesse um luto aliviado com vestidos de seda negra ou branca e negra ou violeta ou ainda roxo.
O luto era um culto e o seu cumprimento um dever e com uma clara hierarquia segundo o parentesco. Todos sabiam que os “grandes lutos” eram para os pais, filhos, viúvas ou viúvos e que duravam mais de um ano. Os dos tios ou das tias duravam 3 meses, os dos primos direitos seis semanas e dos primos, filhos destes, 3 semanas. Percebe-se assim que devido à importância numérica das famílias de antigamente, tenhamos conhecido as nossas avós sempre vestidas de negro, pois estavam de luto pelos primos direitos, pais, tios, ou de dezenas de primos mais ou menos afastados. E se houvesse um engano e o luto fosse aliviado quando ainda não era a altura, haveria sempre alguém que os lembrava de forma crítica.
Estes períodos de luto eram pontuados por missas pois havia que acompanhar (encomendar) as almas que durante um período de tempo estiveram no céu à espera da noite de lua cheia, pois as portas do céu só se abriam nessa altura. Havia diversas missas que eram realizadas, como a do 4º dia depois da sua morte, a “do ano” e ainda aquelas que o defunto no seu testamento ou os seus, encomendaram contra o pagamento de determinadas somas.
O testamento
O
testamento, quando era feito, visava menos garantir o destino dos bens temporais que os da alma. Assim em muitos casos encontramos registos paroquiais de óbitos, com a uma indicação das últimas vontades que foram ditadas ao padre. Outras vezes é o padre que no seu registo de óbito refere, simplesmente, que deixou testamento.
O testamento, feito junto a notário, começava sempre mencionando o nome de Deus, invocando inúmeros santos e referia a forma como tinha vivido: “temente a Deus”, “respeitando os mandamentos”, etc. Seguiam-se as últimas vontades, mas quase sempre limitadas, ou quase, ao plano religioso. Com ofertas proporcionais à sua fortuna estipulava como queria ser enterrado e encomendava missas, novenas e celebrações (algumas perpétuas) mencionando o valor que deveria ser pago por cada uma. Depois indica os montantes a serem dados ao cura, a diversos estabelecimentos de caridade e a serem distribuídos pelos pobres durante o seu enterro. Por último menciona algumas somas para os seus mais próximos, afilhados e criados da sua casa.
Assim se preparava para o seu “passamento”.
O médico
O
pediatra era considerado não necessário, pois não havia clientela para ele pois as crianças eram incapazes de dizer o que sentiam! Oftalmologista? Mas para que serve consultar um oftalmologista se em todas as feiras se podiam encontrar vendedores ambulantes que nos proponham uma panóplia de lentes? Os cuidados dentários estavam a cargo do ferreiro da aldeia pois com ajuda das suas pinças e alicates arrancava os dentes que doíam. A escova de dentes era naturalmente desconhecida. Como se comia muita batata, pão e pouca carne (pois esta era cara), não ter dentes não fazia muita diferença...
Antes dos anos 1850-70 o cirurgião ignora a anestesia ou os anticépticos. Deixando os problemas “interiores” ao médico, o cirurgião dedica-se às partes externas como tumores, úlceras, feridas, fracturas, etc., que ele cura lancetando. Durante muito tempo ele era o barbeiro, pois durante muitos anos estas profissões foram confundidas. A única obrigação instituída ao longo dos anos era de ter uma insígnia que mostrava que tinha frequentado uma formação. Assim os cirurgiões que tinham passado por uma escola tinham uma bata longa e os vulgares cirugiões-barbeiros uma curta. Para estes, como de resto para os dentistas, não era necessário qualquer diploma ou estudos .
Os farmacêuticos acumulavam as profissões actuais de droguista e de ervanário. Eram eles que preparavam as “cataplasmas” ou ainda forneciam as sanguessugas tão usadas para sangrar um doente com febre.
Por último o veterinário era inexistente. Haviam uns “artistas”, que em concorrência com alguns “feiticeiros”, faziam tratamentos aos animais e nomeadamente a castração.
Finalmente, era Deus, a natureza e os seus milagres que eram, em última análise os que podiam vir a curar um doente no tempo dos nossos antepassados .
A ascensão social
N
o mundo dos nossos antepassados, o dinheiro circula pouco. Algumas terras, algumas libras resultantes de alguns modestos dotes de casamento... Sendo tudo produzido localmente, nas terras ou na aldeia ou vila mais próxima, o comércio é limitado. Sendo assim como é que os nossos antepassados enriqueciam?
A ida para o Brasil ou para as colónias em África foram soluções, antes de se passar a ir para a Europa.
A fortuna de uma família raramente ultrapassa 3 gerações! A primeira amealha, a segunda aproveita e a terceira delapida o que resta. È tão difícil de manter uma fortuna como de a obter.
Os nossos antepassados viviam numa sociedade constituída por diversas camadas sociais sobrepostas, mas não impenetráveis e entre elas era possível evoluir se se fosse paciente, pois a progressão era sempre lenta. Somente os mais pobres, os jornaleiros , os criados e os trabalhadores nas cidades ou nos campos, tem pouca esperança de sucesso, a menos que um bom casamento lhes permita um salto nas suas condições de vida.
Muitas vezes os nossos antepassados trabalhadores rurais tinham um aliado, muitas vezes um membro da família, na pessoa do “tio padre”. Uma criança apoiada pelo cura da aldeia, era uma garantia de sucesso para uma família que poderá vir a beneficiar desse apoio, pois esse “tio padre” exerce o seu ministério numa paróquia vizinha, e encarrega-se da sua educação e ira promover a sua formação introduzindo-o como aprendiz, junto de um comerciante ou “industrial” da vila mais próxima.
Esse “tio padre” promoverá igualmente alianças familiares entre algumas famílias mais ricas da sua paróquia. No segredo da confissão pode sempre deixar cair algumas palavras deixando entender que o bom Deus será mais clemente para aqueles que vendem as vacas a Joaquim e não ao Manuel. Muitas vezes vemos que o cura não morre pobre, deixando à sua família um bom pé-de-meia. Se o comerciante era o iniciador da ascensão social, o padre era quase sempre o motor e é raro não encontrar um junto das famílias que conseguiram subir na vida.
No entanto, no século XIX tudo começa a mudar, nomeadamente pela aparição de funcionários do Estado, como os juízes, os conservadores e o nascimento de profissões que consideradas com algum prestígio, como o ourives, o farmacêutico, o médico e mesmo o oficial do exercito. Nos finais do século XIX aparece ainda uma nova profissão de prestígio e influência: o professor, nomeadamente nas aldeias e nas pequenas vilas. O padre perde então a exclusividade de influência.
Hoje, certas profissões ou certos diplomas permitem fazer subir numa única geração todas os níveis da sociedade. A família terá somente que ser solidária. As dinastias nascem espontaneamente.
O casamento
A
ntes do início do século XIX, os casais que conseguiam festejar as bodas de ouro não chegavam a ser 2 em cada 100. Cinquenta anos de vida comum era tão raro naquelas épocas que quando acontecia o cura da paróquia procedia a um simulacro de uma segunda cerimónia de casamento. Nos nossos dias as fotografias de bodas de ouro são quase um lugar comum.
Havia uma esperança de vida muito mais curta. Parece que antigamente uma homem em quatro e uma mulher em cinco eram viúvos ou viúvos antes dos 35 anos, e um homem em cada dois e uma mulher em cada três antes dos quarenta e cinco anos. A diferença entre os dois sexos é explicada naturalmente pela taxa mais elevada de mortalidade feminina durante a gravidez e após o parto – uma média de 10 em cada 100 dos partos. Sabemos que uma mulher teria em média uma criança todos os quinze a vinte meses. As Consequências destas situações são catastróficas. Nos meios mais pobres os órfãos são confiados a um tutor, que os coloca mais tarde como aprendiz de uma profissão na vila mais próxima.
Um viúvo ira casar-se o mais depressa possível. Como poderia ele tratar das suas crianças, quando tem que ir todos os dias para o campo ou estar à frente do seu comércio? O mesmo acontece com uma viúva e nomeadamente quando ela tem alguns bens ou é nova. Nos registos paroquiais vemos que um viúvo se casa, em média, seis meses depois de ter morrido a sua mulher. A viúva, toma mais tempo e normalmente procura fazer o seu luto e garantir que quando se casar não tem no seu ventre uma criança do marido que morreu. Mas, não só segundos casamentos são frequentes, mas terceiros casamentos não era tão invulgar assim.
Mas para marcar um casamento, mesmo que ele seja o primeiro, é complicado. Não pode ser ao Domingo, pois o Padre já tem muito que fazer com as diversas missas, grandes ou pequenas, as vésperas, etc. A sexta-feira era de excluir pois o Padre nunca dará uma bênção nesse dia de luto e de jejum ou penitência pela morte de Jesus Cristo. A quinta-feira tem um problema pois a festa de casamento pode passar para Sexta-feira. Lembremo-nos que as festas de casamento tinham uma dezenas de sopa, de peixes vários, de carnes, etc. o que obrigava a grandes estadias na mesa para se ir comendo tudo. Muitos “escorregavam” para debaixo da mesa, já muito “tocados” e apareciam umas horas depois aptos a continuar.
Então, escolhia-se a terça ou a quarta feira, mas que não fossem dias de penitência do Advento, da Quaresma. Consequentemente nunca em Maio e nunca no Verão pois tal coincidia com os trabalhos das colheitas. Os períodos preferidos eram em Janeiro e Fevereiro, entre os “reis” e a Pascoa. E em Novembro depois das vindimas.
Por último lembramos que o fato de noiva branco só começou a ser usado depois das aparições da Virgem em Lurdes, e nomeadamente após a difusão da forma como ela apareceu vestida. Até lá o culto da Imaculada Conceição obrigava a que nenhum fato de noiva fosse de branco, e a noiva vinha de cores variadas segundo as tradições locais e a riqueza da família. A cor era viva e sobretudo vermelha ou azul e sempre com um rico avental de cor clara ou branco. Lembremos que o fato da mulher casada era habitualmente escuro ou preto. E nunca poderia ser feito o fato de noiva por ela própria: trazia azar.
A escola
S
erá que os nossos antepassados iam à escola? Com meios limitados o mestre de escola, que era o pároco ou um laico, ensinava o catecismo com uns rudimentos de leitura e por vezes de escrita, na sacristia. Este ensino era reservado aos jovens. Algumas “avós” ensinavam as raparigas a trabalhar com a agulha descurando as letras do alfabeto. Por outro lado a escola não era frequentada assiduamente. Quanto muito do dia de todos os Santos ao final de Abril, antes dos grandes trabalhos agrícolas que obrigavam a sua presença nos campos. Claro que as famílias mais abonadas ou cultas obtinham preceptores para as suas crianças e mais tarde enviavam-nas para colégios de freiras ou de frades e muitas vezes mesmo para o seminário. Muitos dos “inquéritos de génere” que a igreja efectuava (para controlar a admissão aos seminários) cobriam vários jovens da mesma família, mas que mais tarde nem todos chegavam a frequentar o seminário por completa falta de vocação.
Muitas vezes a consulta de registos paroquiais ou notariais permite-nos aperceber que indivíduos notáveis, pela sua riqueza na sua região, não sabiam assinar o seu nome, limitando-se a colocar uma cruz, símbolo do juramento sobre a Cruz de Cristo. Somente os letrados escreviam o seu nome com firmeza fazendo-a seguir, pegado com a ultima letra, por um “sinal complicado”muito decorativo e personalizado. Era este sinal que revelava a pessoa e não nome que era simplesmente escrito.
Os edifícios das primitivas escolas no nosso país eram, muitas vezes, o resultado de ofertas de pessoas endinheiradas da região . Temos exemplos que tal acontecia nos finais do século XIX e ainda início do século XX, por exemplo nas Cortes .
As punições físicas estavam na ordem do dia nas escolas, mas era a memória que sofria mais, pois as crianças tinham de decorar tudo e seguindo o principio das perguntas respostas como se ensinava o catecismo antigamente. Todos (os mais velhos) nos lembramos de ter fixado os rios de Portugal (e das colónias), as montanhas, a províncias e as suas capitais, as linhas de caminho de ferro, etc.
A infância
D
urante longos meses o recém-nascido mantinha-se embrulhado, enfaixado de forma a manter os seus membros direitos junto ao tronco, a cabeça bem presa e as orelhas bem encostadas à cabeça. Evitava, segundo se dizia, que apanhasse frio, pois mesmo no verão “o bebé pode apanhar frio”. Por outro lado enfaixando o bebé permitia transporta-lo mais facilmente, mas permitia igualmente que o bebé apanhasse muitas infecções. Mas esta forma de tratar a criança facilitava o seu transporte e permitia pendurá-lo numa árvore, à sombra, enquanto a mãe trabalha perto na lida do campo.
Durante um ano o bebé permanece imóvel, e ninguém se ocupa muito dele.
Se ele resistir, pois no século XVIII, uma criança em quatro morria antes de ter um ano de idade. Tratavam-se mal as doenças. Contra a tinha, por exemplo, colocava-se simplesmente cinzas sobre a cabeça. A varíola atacava as crianças até aos quatro anos, até que se começou a proceder à vacinação no século XIX. A varicela provocava complicações fatais. Os problemas digestivos, as diarreias podiam ser mortais. O raquitismo era frequente e somente foi resolvido quando no século XX se começou a administrar o óleo fígado de bacalhau. A difteria provocava hecatombes.
Para evitar todas estas doenças, a criança, trazia amuletos vários: dentes de alho, grãos de pimenta vermelha (que servia ainda para combater o sarampo se se tomasse uma maceração destes grãos em vinho tinto). Era mergulhado em águas de determinadas fontes que se consideravam com capacidade curativas e invocavam-se os santos. Havia-os para todas as doenças. Mesmo quando começaram a aparecer médicos nas aldeias, não os levavam à consulta pois eles não podiam dizer de que sofriam!
A morte das crianças foi durante muito tempo considerada uma fatalidade, uma lei da natureza. Os padres muitas vezes omitiam o seu registo, nomeadamente quando morriam à nascença. Dizia-se: “Mais um anjo para o Paraíso”. O Padre registava o seu óbito, como “um inocente”. E isso até aos sete, oito anos.
O desmame era uma etapa da sua vida. Daí em diante, até poder trabalhar, crescia sem preocupações e com o apoio dos mais velhos que o ensinavam. Rapaz ou rapariga era vestido com um vestido uni sexo até à idade da razão, e isto até cerca de 1910-1920 (final da 1ª grande guerra).
O baptizado
Os primeiros baptizados cristãos eram dados aos adultos por imersão na água como São João Baptista fez para Jesus. Sobre a influência de Santo Agostinho, o baptismo passou a ser feito por “aspersão” e que o Concílio de Cartago de 418 permite dar ás crianças. Mas o baptizado das crianças irá sempre trazer problemas. A Igreja passa a insistir que o baptizado seja realizado nos 3 dias após o nascimento. O Concílio de Trento parece ter definitivamente imposto tal, e qualquer genealogista poderá confirmar que a partir do final do século XVI todos os registos de baptizados que podemos encontrar, são realizados quase logo após o nascimento. Consequência deste procedimento é que os baptizados nunca serão cerimónias muito organizadas, com muitos convidados, pois a família não chega a ter tempo para se deslocar quando vive longe do local do baptizado. Claro que as famílias mais ricas fogem a esta orientação e são quem baptiza mais tarde os seus filhos permitindo a organização de uma festa.
Claro que o bebé está protegido, como vimos, mas os perigos de fazer deslocar uma criança tão pequena a uma igreja fria, não irá diminuir a taxa de mortalidade infantil, antes pelo contrário. O cortejo chega à igreja com a parteira à frente levando a criança, seguidos dos padrinhos, o pai e alguns familiares, mas nunca mãe que ainda se não recompôs.
E quem são os padrinhos? Devem ser bons católicos para agradar ao padre. Os padrinhos do filho mais velho são normalmente os avós, ou uns tios ou tias para os outros filhos. Às vezes é o cura, tio da família ou ainda uma pessoa importante da aldeia ou cidade, pensando que poderá ajudar a educação da criança. Claro que a escolha deve ser tal que seja muito difícil ao afilhado ou afilhada vir a casar com o seu padrinho ou madrinha, pois tal não é autorizado pela igreja. Padrinho e madrinha serão compadres e não podem se “conhecer carnalmente”. Se tal acontecer, as tradições populares dizem que nunca poderão entrar no Paraíso, salvo se o afilhado fizer penitências por um e pelo outro. Igualmente se o pai da criança tiver um “affaire” com a madrinha, ou a mãe com o padrinho, “haverão raios e coriscos em terra ou no mar”. Repare-se esta precisão que tal poderá somente acontecer no mar, sem que ninguém venha a saber.
O nome a atribuir
A
s pessoas desinteressavam-se dos registos elaborados pelos padres quando nasciam, se casavam ou morriam. Assim se queixava, no declinar do século XVIII o pároco de S. Julião de Lisboa escrevendo no livro de óbitos que os seus fregueses enterravam nos mosteiros e conventos os seus defuntos sem declarar o óbito para não pagarem emolumentos. Aos assentos era dado o valor de registo do sacramento: o baptismo com os Santos óleos, o casamento com o rito definido pelo Concílio de Trento e o óbito com a extrema-unção e não o valor de registo, de fé pública dos nascimentos, dos casamentos e das mortes.
Assim é vulgar encontrar-se o baptismo de um indivíduo que não consta nos matrimónios nem nos óbitos, ou encontrar o óbito de um viúvo ou viúva de quem não figuram o baptismo nem o matrimónio. As pessoas, muito frequentemente, nasciam, viviam e morriam em casais ou aldeias perdidas no isolamento dos campos, sem preocupações de irem à igreja e vir a pagar emolumentos.
Claro que os padres procuravam que os sacramentos fossem aplicados e o seu registo escrito. Encontramos assentos de nascimentos de crianças registadas de país incógnitos que mais tarde são reconhecidas com progenitores conhecidos pois vieram a casar-se uns dias antes. Neste caso o padre lavra um outro assento dizendo que os recém-casados acabaram de reconhecer como seu a criança atrás dita registada como incógnita . Assim os párocos, pacientemente, lá iam procurando que os seus paroquianos cumprissem os sacramentos, ao menos aqueles que ficavam ao alcance da igreja.
E como eram atribuídos os nomes? No século XVIII deram-se algumas inovações no uso dos apelidos e entre a nobreza titular difundiu-se a moda estrangeira de usar nomes muito compridos chegando a haver pessoas com mais de 30 nomes. Nas classes populares, as mulheres abandonaram os apelidos usando apenas nomes próprios ou de devoção, como Francisca Teresa do Espírito Santo ou Quitéria Maria de São José e muitos outros sem relação nenhuma com as designações que usavam as mães e os pais. Os padres, durante o século XIX, nos assentos começavam por indicar os homens, com os seus apelidos, e só depois as mulheres somente com nome. No entanto, quando a família era respeitada pelo cura, os homens eram chamados de “Ilustríssimo”, e as mulheres de “Dona” sendo então referido o apelido destas.
Em épocas mais recuadas (século XVII e XVIII) as filhas tomavam o apelido dos pais e os filhos, o da mãe. Mas em outras famílias ao filho mais velho cabia o apelido paterno; ao segundo filho o apelido materno; ao terceiro algum dos tios paternos; ao quarto filho algum dos apelidos dos tios maternos; ao quinto um dos segundos tios paternos, etc...
Podemos afirmar que a anarquia que reinou na atribuição dos apelidos só terminou com a instituição do Registo Civil obrigatório depois de proclamada a república.
A alimentação
A alimentação era quase sempre carne e peixe e poucos legumes. “O peixe era o alimento do baixo povo” como nos conta Link (Viagens em Portugal de 1797 a 1799, Paris, 1803, 2 vol.), sobretudo a sardinha, a única espécie abundante e barata, de tal modo que os portugueses com posses a desprezam: “pão, vinho e sardinhas fazem o jantar do soldado, do magala e das classes pobres; vi frequentemente pobres esfregarem uma sardinha contra o pão dos seus filhos para lhe dar sabor”. Muitas famílias só tinham uma sardinha, pão e batatas para um jantar; a mãe comia a cabeça (que nada tinha para comer e o resto era dividido pelos filhos. “Os pobres costumavam assar sardinhas na rua, servindo-se de alguns pedaços de carvão que eles acendem, obtida prévia licença, no lume de que certos artistas se servem para os seus ofícios” conta Link.
Era enorme a venda de bacalhau. “Não se pode imaginar a espantosa quantidade de navios ingleses que só para as necessidades de Lisboa se ocupam anualmente com o comércio deste artigo, porque o peixe fresco, pela sua carestia, não está ao alcance da bolsa dos mais pobres e mal chega para o consumo dos conventos e dos habitantes mais ricos” de Lisboa. Isto porque “além das sete longas semanas da Quaresma e do jejum das quatro estações, cada um dos quais dura 3 dias, há no Almanaque mais quinze dias de rigorosa abstinência, em que só é permitida uma refeição diária composta de peixe e legumes”.
No entanto, muita gente, não respeita estes mandamentos, “desculpando-se com a falta de saúde que os impede de comer peixe ou indo comer carne nas estalagens onde a há para os “heréticos”. Ainda mediante certas quantias, pode-se comprar o direito de consumir manteiga e ovos. A taxa para os trabalhadores é de 60 réis” conforme nos relata Link.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Confrade Anabela,
Não vou alongar-me na minha resposta porque não alinho em polémicas, nem tenho perfil e muito menos disposição para participar em contendas verbais – se ousasse ler com atenção a mensagem que utilizei para lançar o tópico, e se fizesse uso do seu bom senso, creio que facilmente tomaria consciência do meu propósito. Admito, contudo, que as minhas expectativas saíram goradas porque parti do pressuposto de que as intervenções serviriam o propósito de enriquecer o tema em si e não propriamente a propósito de incentivar ao bom uso da Língua Portuguesa.
Caso não tenha compreendido a mensagem que tentei transmitir, digo-lhe apenas que me considero um acérrimo defensor do bom uso da Língua Portuguesa, mas que nunca descurarei as fontes pelo simples facto da informação não se coadunar com as mais elementares regras da escrita, privilegiando, em determinadas circunstâncias, o conteúdo em detrimento da forma (ainda que consciente de que a forma dá substância ao conteúdo e pode influir na interpretação que fazemos do mesmo). Se pretendesse debater o tema da escrita procuraria, sem dúvida, outro espaço que não este – que normalmente utilizo para descomprimir, sem a exagerada preocupação de escrever correctamente, aliás, como a maioria dos confrades.
Mas já que fez questão de me corrigir, humildemente atrevo-me a lançar-lhe um desafio: consulte um dicionário e descubra os 7 erros ortográficos na sua intervenção com pouco mais de 5 linhas, e depois tente adivinhar que nota teria numa composição escrita. Mas, ainda assim, não a recrimino por isso… Certamente que não haverá um único confrade que, neste fórum, tenha escrito tudo de forma correcta – e não tenha dúvidas que os Homens não se medem pelos erros ortográficos que dão, mas pelos valores que cultivam, pela postura que mantêm e pela educação e humildade que os caracteriza.
Permita-me que lhe diga que nem todos os parágrafos da sua intervenção são inusitados, pois concordo na íntegra com o conteúdo do último.
Ops, talvez me tenha alongado…agora descubra os erros!
Feliz Ano Novo
Luís Projecto Calhau
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Maria David,
Concordo na íntegra com a sua intervenção. Permita-me que lhe transmita a minha admiração pela forma como, com bom senso, simpatia e elevação, vai pautando as suas intervenções.
Votos de um Feliz Ano Novo.
Luís Projecto Calhau
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RE: A evolução do vestuário...
Caro João Pombo,
Fico bastante grato pelas suas simpáticas palavras.
Um abraço,
Luís Projecto Calhau
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RE: Como viviam os nossos antepassados
Caro Ricardo Charters de Azevedo,
Os meus sinceros agradecimentos pela forma como interveio no tópico, e pela clara interpretação que fez do meu propósito quando o lancei, separando claramente o trigo do joio.
Acredite que li, com grande satisfação, a excelente composição literária com a qual, neste princípio de ano, nos brindou (na verdade, o outro tópico tinha-me passado despercebido).
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: A evolução do vestuário...
Ex. Senhor Luís Projecto Calhau,
Peço desculpa de o ter incomodado, pois não era essa a minha intenção.
Não dirigi a si, nem ao que escreveu, as minhas palavras. A crítica que fiz foi sobre um texto, que não é da sua autoria, colocado por si. É verdade que poderia ter começado por escrever “caros confrades”. No entanto, no momento, achei mais conveniente ser simples, directo, repentista. A ideia de provocação, como uma pichagem (arabiscar com piche) numa parede, foi o que me moveu.
A minha especialidade é tudo menos escrever, quanto mais curto for o recado melhor. Também não sou genealogista mas, na genealogia, como na escrita e, em boa verdade em tudo, fascina-me compreender a razão de ser das coisas, daí o meu interesse pelos discursos dos que fazem investigação sobre as origens, as raízes, os caules, as folhas, as flores, os frutos e as sementes. Da “Metamorfose das plantas de Goethe” veio-me este encanto em relação ao mundo em rede. Por isso, para mim, a forma já é um conteúdo, em especial quando: pretendendo ser um suporte de uma ideia, funciona, ao invés, como barreira para sua compreensão.
Com os melhores cumprimentos
Fernando Pinto Coelho
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RE: A evolução do vestuário...
Caro confrade Luis Projecto Calhau,
Para quem não gosta de polémicas, devo dizer que disfarça mal.
Em primeiro lugar defendi o confrade Fernando, (Felpo), porque achei que o deveria fazer tendo em conta o que lhe chamou, e infelizmente existe muito boa gente que também não assina missivas, o que não significa por si só, falta de educação.
Quanto às fontes, na minha humilde opinião de praticamente analfabeta, e péssima dactilografa, pouco me importa em que idioma está escrito, mas sim o conteúdo. E garanto que o tópico que iniciou para mim tem bastante interesse.
Com o meu pedido de desculpas por não ter estudado,
Cordialmente
Anabela Pinto
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Anabela Pinto:
Esteja descansada que não corre o risco de voltar a ser enviada para a cozinha.
Isto porque tenho boa memória: Recordo-me perfeitamente de ter mencionado aqui no fórum de que tinha um cozinheiro à sua disposição.
Calculo que o dito cujo esteja neste momento de volta dos tachos e panelas a preparar-lhe um belo manjar, enquanto a Anabela se delicia aqui pelo fórum, quem sabe beberricando um vermute, shaken, not stirred...
Aceite os meus cumprimentos,
João Pombo
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Luís P. Calhau
Obrigada pela gentileza das suas palavras. Retribuo os votos de um feliz 2008, cheio de realizações pessoais e genealógicas.
Maria
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RE: Como viviam os nossos antepassados
Caro confrade Ricardo Charters d'Azevedo,
Infelizmente onde me encontro estou sempre a ficar sem linha, pelo que li a sua participação aos bocadinhos, e meio em “diagonal”, mas pelo pouco que consegui fiquei com vontade de ir para casa para ler com toda a atenção.
De qualquer forma, pareceu-me que não existe nada sobre os funerais dos nossos antepassados. Será que por ventura tem alguma informação sobre isso?
A minha curiosidade reside na discrepância de preços. No final do sec. XIX existiam funerais a 5,000 Reis e outros a 100,000 Reis (isto valores aproximados), obviamente nos registos que me facultaram, são em muito menor escala os mais caros, mas em média um já caríssimo custou 57,740 Reis. Mas não consegui informações, se eram funerais de alta burguesia, nobreza, ou seja, o porquê de tanta ostentação.
Sabe onde me poderei informar?
Desde já grata pela atenção, e pedindo desculpa a quem iniciou este tópico para o provável desvio do tema.
Atenciosamente
Anabela Pinto
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RE: A evolução do vestuário...
Confrade João Pombo,
Mais uma vez não acertou.
O cozinheiro está a dormir.
Não bebo!
Não me delicio no fórum, existem outras coisas muito mais deliciosas, como fumar um cigarro. (Não se preocupe, o mordomo manda limpar os cinzeiros)
Agora desculpe, mas tenho de efectuar a minha inscrição em dactilografia.
Atenciosamente
Anabela Pinto
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Os fatos nos funerais
Cara confrade Anabela Pinto
Mas nos funerais apareciam os melhores fatos e vestidos. Lembremo-nos que os baptizados eram feitos muito rapidamente, pois a mortalidade infantil era muito grande. Não se podia esperar que os parentes viessem. Não havia festa; só aquela que o padre fazia na igreja.
Os casamentos, sim aí havia festa rija. Bons fatos de ricos e pobres.
Mas nos enterros, nomeadamente nas famílias abastadas, era um espectáculo. Tenho uma ou duas descrições de enterros no século XIX no meu livro que recentemente publiquei (ver tópico "Villa Portela - os Charters d'Azevedo em Leiria"). Havia frades, freiras, pedintes (a quem se distribuíam esmolas) carruagens, carros com flores e todos muito bem vestidos. E o preto permitia fazer milagres (ou mesmo o branco). Lembremo-nos que se morria muito, e as mulheres andavam quase sempre de preto.
Quanto ao preço. Sabe quanto custa um funeral hoje? Eu sei, pois a minha mãe morreu ha 6 meses.
Se quiser ter uma ideia do preço a moeda actual faça uma multiplicação de 1$000 por 4000. E por que 4000? Pois é o valor determinado pelas Finanças (segundo Portaria publicada todos os anos) que quantifica os multiplicadores para o calculo das mais valias, por exemplo, de uma propriedade que se tenha vendido.
Não havia ostentação... O numero de missas que se mandavam realizar a 100 réis cada uma... era ás centenas. Ha um caso em Leiria que o indivíduo que morreu mandou rezar tantas missas que não havia padres para as dizer no periodo determinado pelo defundo. Não era só ostentação, mas era no fundo uma forma de financiamento da igreja ao mesmo tempo que ela se encarregava de "purificar" (ou pedir a purificação) da alma do defundo.
Os relatos que os jornais (em finais do século XIX, pois são aqueles que temos) fazem das croas de flores, indicando até as flores que as compunham; quem as transportava; quem ia nas carruagens e como eram os vestidos mais ricos...
Por outro lado não havia muitas ocasiões para se mostrarem os vestidos. Numa pequena cidade poucas vezes havia ocasiões. O funeral era uma possível.
Cumprimentos
ricardo Charters d'Azevedo
Direct link:
RE: A evolução do vestuário...
Cara Anabela:
Se é fumadora, retiro tudo quanto disse.
Fumadores de todo o mundo, uni-vos!
É este o meu novo lema, neste primeiro dia de ditadura fundamentalista.
Cumprimentos,
João Pombo
PS: Não fique tão crispada, a vida são dois dias...
Direct link:
RE: Os fatos nos funerais
Caro Confrade Ricardo Charters d'Azevedo
Lamento a sua perda, acho que nada do que possa dizer o poderá aliviar.
Infelizmente sei os preços dos funerais de agora, mas não por um motivo tão pessoal.
A minha dúvida reside no funeral em si, neste caso de uma familiar minha, mas os documentos que possuo, não se encontram aqui comigo. Pelo que se não for abusar da sua boa vontade, quando estiver em casa volto a contactar.
Entretanto se a rede me permitir vou ler o que me indicou. E na eventualidade de me interessar, o seu livro pode ser adquirido aqui na Livraria do Geneall?
Atenciosamente
Anabela Pinto
Direct link:
RE: A evolução do vestuário...
Caro Confrade João Pombo,
Hoje depois de tomar o meu café, acendi o cigarrinho, e fui convidada a sair….
Por esta zona, só posso fumar em casa, até na rua já ouvi coisas, as quais os meus ouvidos burgueses não admitem.
Até a minha mãe já me ostracizou: querendo fumar só na “sala de fumo”, ainda tive sorte, pois com o mau tempo que está, de Pinto passava a pintainho….
Cordialmente
Anabela Pinto
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RE: Os fatos nos funerais
Cara confrade Anabela Pinto
Pode-se comprar o livro aqui no Guarda Mor em : http://www.guardamor.com.pt/livro.php?id=965
O que coloquei acima "como viviam os nossos antepassados" era para ser um capítulo, mas depois não encaixava. Fiquei-me pelas invasões francesas em Leiria e a forma de viver no sec XIX da minha família e ja deu 360 pág e 650 fotos a cores...
Vera la muitas fotos com fatos magníficos...
Boa noite
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Os fatos nos funerais
Caro Confrade Ricardo Charter's d'Azevedo,
Acabei de encomendar o seu livro. Garanto que não é nenhum tipo de graxa, pois sempre me pautei pela frontalidade, o que por vezes não abona minimamente em meu favor.
Acontece que infelizmente, o meu avô materno faleceu quando eu era muito pequena, mas no meu imaginário existem histórias que não posso comprovar se são reais ou pura imaginação do meu saudoso avô, incluindo as Invasões Francesas que acamparam aqui em S. Mamede de Infesta.
Assim, quando me deparei com incongruências entre familiares sobre os meus antepassados, comecei uma busca, e até agora posso adiantar que consegui muito pouco, ou praticamente nada!
Parece tudo envolto em “nevoeiro” e a única pessoa que me tentava ajudar e incentivar nas minhas buscas, pereceu no ano de 2006 num acidente horrível.
Desta forma, e indo ao cerne da questão passo a transcrever o “dito” funeral:
“Caixão moderno forrado a veludilho largo lavrado por dentro guarnecido a grades brancas e forrado por fora a veludilho prateado guarnecido a grades até meio do caixão aros de metal borlas chave e laço 18,000
Um traveceiro de setim com rendas de algodão 2,500
Uns sapatos de verniz 1,500
Casa armada forrada a cortinas cruz no tecto 3,500
Aluguer de pano d’honras
Armação da igreja sendo toda forrada pavilhão (ilegível) * 27,560
Gasto de 80 tochas 44 lumes e 6 velas 12,700
Despeza na igreja aos Padres abbade e sachristão 13,200
A Confraria do S. S. Sacramento 2,800
Muzica a instrumental 16,500
Coveiro e Registo Civil e Jesso 1,830
soma 100,090”
• * Vou tentar arranjar uma cópia melhor ou transcrever
Já me dirigi á confraria mas não existem registos nos livros de doações.
Pode o caro confrade ajudar-me? Que género de funeral é este?
Supostamente, segundo o tal “nevoeiro” era viúva de alguém pobre (moço de servir).
Atenciosamente
Anabela Pinto
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RE: Os fatos nos funerais
Minha Cara confrade
Não tenho experiencia em funerais... Os que conheço são aqueles que no meu livro de que sou co-autor refere. Por exemplo:
De um testamento de um meu tio-bisavô:
"Quer ser vestido com a sua farda de fidalgo cavalleiro da casa real e conduzido em carro armado e puchado por duas parelhas, acompanhado por 12 pobres com brandões accezos, a cada um dos quaes se dará mil réis, à egreja de Santa Marinha, onde se lhe fará um officio de corpo presente sem pompa, com missa de três padres e assistência dos meninos orphãos e desamparados, dando-se a cada uma d'estas corporações doze mil réis, e ainda de 20 padres .
Que na dita igreja de Santa Marinha, se celebrarão as missas que n'esse dia se poderem dizer, não se fazendo convites para este acto para não encommodar os amigos.
Quer ser sepultado no seu jazigo do cemitério da Lapa, de que é irmão, e que por sua alma se digam 25 missas, todas de esmolas de 500 réis.
Não tendo herdeiros necessários, deixa a sua mulher [...] todos os seus bens, direitos e acções, com as seguintes condições:
Dava a seu sobrinho [...] réis 400$000.
À Irmandade de Nossa Senhora da Lapa 500$000 réis, para com o rendimento fazer os reparos da capella-jazigo do testador e mandar celebrar uma missa no anniversario do seu fallecimento.
Ao Senhor Jesus de Santa Marinha 400$000 réis.
A seu cunhado [...] o seu relógio e cadeia d'ouro, como lembrança d'amizade.
A quantia de 400$000 réis legada ao Senhor Jesus é para com o rendimento mandar celebrar a irmandade duas missas nos anniversários do fallecimento do testador e da sua primeira mulher, e para a compra da cera que se queimar durante a missa que às sextas-feiras se costuma celebrar no respectivo altar.
À mesma irmandade manda entregar o seu retrato e da sua primeira mulher, a óleo, para serem collocados, junto d'outros, na secretaria.
A seu cunhado [ ...] a sua commenda e hábito de Christo, guarnecida de pedras" .
Como vê temos aqui outros preços...
Mas se quiser ter outra opinião procure contactar, aqui neste sitio, o nosso confrade Francisco Queiroz (ou na sua página internet - veja no Google) co-autor do livro comigo. Ele é especialista em arte tumular e pode ser que lhe consiga dar umas pistas em relação á descrição que fez do funeral.
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Os fatos nos funerais
Caro confrade Ricardo Charters d'Azevedo,
Muito obrigada pela sua resposta, quanto ao confrade Francisco Queiroz, já o contactei no Google (se não me falha a memória), mas só poderia ajudar (a pagar, obviamente) caso existissem propriedades. Para informações mais simples (certidões, etc.) estava assoberbado de trabalho, pelo que nem me atrevo a contactá-lo.
De qualquer forma para o senhor o meu muito obrigada,
Atenciosamente
Anabela Pinto
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RE: Anátemas
Caro Victor Ferreira
Agradeço e retribuo os votos adequados à quadra.
Concordo com tudo o que escreveu. Pessoalmente penso assumir uma atitude de resistência passiva ao famigerado acordo ortográfico que considero violentador da nossa identidade cultural e, para além disso, perfeitamente inútil.
A minha intervenção prende-se com o seguinte: o nosso léxico é cada vez mais reduzido,sobretudo nas zonas urbanas, se exceptuarmos os vocábulos de raiz anglo-saxónica de carácter técnico. Por isso considero de louvar e não de censurar a utilização de palavras em desuso. Curiosamente, no Brasil muitas são utilizadas ainda na comunicação oral e escrita. Só isso...
Cumprimentos
RAAL
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RE: Como viviam os nossos antepassados
Caro Senhor Projecto Calhau,
Não é assim tão descabido quando se fala em roupas (hábitos), falar de palavras, sintagmas, pequenas peças de um discurso. Estas também estão sujeitas a modas. De facto, é muito interessante descobrir o que leva as pessoas a pôr de lado determinadas embalagens e a escolher outras para dar visibilidade às suas ideias, ou acondicionar melhor o seu corpo.
Com os melhores cumprimentos
Fernando Pinto Coelho
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RE: Anátemas
Caro Rui Amaral Leitão,
Mais de acordo não poderíamos estar quanto ao uso de palavras em desuso. Mais por mais, pelas razões que aponto - e que certamente partilha - de que quer no coloquial quer no escrito, cada vez se usa um vocabulário mais miserável em quantidade e qualidade.
A leitura de simples testamentos e escrituras de venda de terras de há não mais que cento e cinquenta anos, pertencentes à minha família e que recentemente descobri, tem-me revelado expressões e termos que não conhecia e outros que ainda são usados nas minhas aldeias, mas apenas pelos que menos de lá saíram.
É curioso como, nestes últimos, o seu vocabulário, não no geral mas no coloquial, é tão rico. Resposta: 'convivem', por isso usam-no muito.
Acordados que estamos, sigamos pelo caminho do são confronto de ideias (quando se justificar), fonte do esclarecimento, ... ou pelo menos de mais uns 'chats' agradáveis. Os meus cumprimentos.
Victor Ferreira
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RE: Os fatos nos funerais
Exma. Confrade Anabela Pinto,
Não sei se conheço a senhora, acho que sim pois Amarante não é assim tão grande!
Se é quem eu penso, muito me admira ver que a senhora acredita que algo neste País possa ser de borla! É mais do que obvio que ninguem lhe vai responder, mesmo tendo comprado o livro. Desculpe que lhe diga isto, mas foi otária!
Seu "amigo amarantino"
José Rodrigues
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RE: Os fatos nos funerais
Confrade José Rodrigues,
Se realmente me conheçe, passe lá em casa hoje, pois vou para Amarante.
Cordialmente
Anabela Pinto
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RE: Os fatos nos funerais
Cara Anabela
Contráriamente ao que diz o seu amigo amarantino, jrodrigues, não é otária nenhuma, fez muito bem em comprar o livro do confrade Ricardo Charters (eu fiz o mesmo) que deve ser interessantíssimo, e se ainda não obteve resposta á sua pergunta...é por pura ignorância dos participantes! Eu, ontem, estive a ver a sua mensagem, mas, com franqueza, não lhe soube responder!
Este Fórum tem uma coisa de inestimável valor, a partilha desinteressada de conhecimentos, e eu que o diga que tanto me têm ensinado!
Um abraço amigo
Maria Benedita
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RE: Os fatos nos funerais
Confrade Anabela Pinto,
Hoje não posso, se me prometer que prende os seus cães, principalmente o que atacou o bombeiro, ou seja o cão branco, passarei lá amanhã pelas 17,30.
De qualquer forma aproveito para lhe dizer que neste forúm, só se ajuda quem interessa. Para publicar livros e para que os investigadores apresentem os "seus" trabalhos prontos aos clientes(que pagam uma "pipa de massa") á custa dos outros.
Sempre
José Rodrigues
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RE: Os fatos nos funerais
Exmo. Confrade José Rodrigues
Pelos vistos conhece-me mas muito mal, senão não diria tantos disparates.
Agora fiquei mesmo furiosa, o meu cão limitou-se a defender a minha mãe, poderia com os seus míseros 50 Kg ter mordido ou rosnado, não fez nada disso. Limitou-se a “afastar” o desconhecido que estava a mexer na minha mãe enquanto ela gritava com dores! Até hoje gostaria de saber como é que ele se soltou da sala.
Assim, mesmo que prenda o cão, se o senhor me fizer gritar ou á minha mãe, acho que ele até sai pelos vidros da Janela.
Desta forma, e porque também não gostei do que disse relativamente á falta de humanidade, atenderei o senhor á hora marcada no exterior.
Atenciosamente
Anabela Pinto
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RE: Os fatos nos funerais
Confrade José Rodrigues
A sua ideia deste Fórum é errada. Aqui toda a gente encontra ajuda e desinteressada. Repare bem quantos por aí aparecem a fazer perguntas, muitoa apenas a saber o nome do abvô português e a aldeia de nascimento, e são apoiados por outras confrades! Repare que, por exemplo, o confrade Salen aparece sempre a ajudar, como igualmente já vi fazer ao confrade Ricardo Charters e como, a mim própria, fizeram os confrades Ortigão, Miguel Vaz Pinto, e outros! E veja o exemplo do confrade Pedro França sempre á disposição de todos para buscas no AUC!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: Os fatos nos funerais
Cara Anabela Pinto
Bem a minha ideia em perguntar ao Prof Doutor Francisco Queiroz era somente em relação á interpretação do seu texto. Ele não é perito em funerais. Não. Mas dado ter alguma experiencia do que se passava no século XIX em arte funerária podia ser que tivesse algumas ideias em relação á sua questão. Claro esta que ele, com o trabalho que tem entre mãos e as aulas na Universidade, não tem tempo para pesquisas outras que não sejam a suas próprias.
Eu mesmo, que estou parcialmente reformado tenho muita dificuldade em fazer pesquisas para outros, pois a minha lista de "coisas" que devo pesquisar é tão grande (mesmo depois de ter publicado o livro "Villa Portela..." ) que pouco tempo tenho.
Claro que ajudo quando posso e dou ideias quando penso que posso ser útil. Assim muitos, neste fórum, me ajudaram quando comecei, há 4 anos, "estas minhas lides". Como gratidão ajudo também.
Por exemplo, comprei cópia, em DVD, dos filmes dos registos paroquiais de algumas freguesias de Leiria. E sempre que vejo que ha interessados faço uma cópia e envio-a. Assim os confrades podem pesquisar tranquilamente em casa. Existe é um problema: quando se começa a pesquisar um filme , numa mais se para e eu encontrei-me várias vezes, à 4 da manhã, em face do écran do meu computador.
Cumprimentos amigos e disponha sempre
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Os fatos nos funerais
Sr. José Rodrigues
Lamentável, profundamente lamentável a sua mensagem no que toca à ideia generalista como encara este forun e as participações dos confrades. Se conhece algum caso que justifique a sua opinião, - acredito que exista - aconselhava-o, contudo, a estar mais atento ao grosso das participações desinteressadas que aqui ocorrem. São muitos os que têm ajudado quem começa e nada recebem de retorno.
Por outro lado, chamar otária a uma pessoa de boa fé, reconheça que foi deselegante da parte de um cavalheiro.
A não ser que mude de nickname, a sua atitude levará, com toda a certeza, a que ninguém tenha a mais pequena pitada de vontade em o ajudar, caso necessite.
Como membro deste forun, participando quer em esclarecimentos quer em pedidos de ajuda, senti-me na obrigação de defender este espaço, pese embora algumas actuações que não abonam os seus subscritores.
Maria
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RE: Os fatos nos funerais
Caro Confrade Charters d'Azevedo,
Pelo que li, originei uma grande confusão.
Eu não sei (espero saber amanhã) quem é o confrade Jrodrigues. O nome não me diz nada!
Quando mencionei o Confrade Francisco Queiroz, eu não disse que no Google ele foi indelicado. Simplesmente que estava assoberbado de trabalho, note-se que é um dos trabalhos dele, pelo qual é remunerado, como um advogado, veterinário etc., pessoalmente acho óptimo tendo em conta a falta de trabalho ou desemprego neste País. Quem dera que todos pudéssemos dizer o mesmo.
Espero ter desfeito o equivoco,
Atenciosamente
Anabela Pinto
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RE: Os fatos nos funerais
Cara Maria Benedita,
Agradeço as suas palavras, acredite que não me sinto “otária”, não percebo quem é o meu “amigo amarantino”, pois já pude comprovar devido ao cão, que não pertence ao meu círculo de amizades.
Atenciosamente
Anabela Pinto
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RE: Os fatos nos funerais
Cara Anabela,
Leu o tópico do Colombo? Não? Vá ler...
Atenciosamente
José Rodrigues
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RE: Os fatos nos funerais
Exma. Senhora Maria David,
Sei que fui deselegante ao chamar otária á D. Anabela, não mudo de nickname, porque não sou cobarde, e duvido que alguma vez me diriga a V. Exas. a pedir seja o que for.
Como estou a clicar de cor, posso ser mal interpretado, mas “chatri” por acaso disse inicialmente que todas as vossas participações seriam para ajudar a escrever um capitulo do seu Livro?
No tópico do dito livro, aparece a Francisco Queiroz a dizer bem do livro, por acaso não mente ao dizer que “desfolhou?” Que eu saiba é co-autor do mesmo…
E todos os tópicos iniciados por este senhor? Pede ajuda, mas como o “chatri” não sabe ajudar… E mais engraçado diz que não é remunerado pelas investigações!
O Sr. Manuel Rosa… Conseguiu promover o livrinho, marketing, não leu “Colombo”? Leia por favor.
Vou ficar por aqui, para não deambular por aí fora, e realmente só se aproveitarem meia dúzia de pessoas…
Melhores cumprimentos
José Rodrigues “o Vidente” – que não cobra nada por isso
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RE: Os fatos nos funerais
Ex mo Sr José Rodrigues o esclarecido
Você acha que alguém enriquece a escrever livros de Genealogia ou afins?
Por acaso sabe quanto custa sustentar este nosso "vício"?
Não conheço as pessoas em questão, pelo que ninguém me " pagou" para as defender, mas ninguém que refere fez publicidade aqui!
É evidente que depois da obra acabada há uma satisfação natural em falar nela e foi o que aconteceu.
Onde é que viu o Sr Francisco Queiroz a dizer que tinha folheado o livro de que é co-autor?
Mas mesmo que alguém se tivesse aproveitado deste fórum isso não serviria apagar os milhões de respostas aqui dadas na tentativa de nos entreajudarmos.
Não seja tão céptico sobre a condição humana e olhe que há mesmo muita gente que sente prazer em poder ajudar o próximo.
Cumprimentos
M.Elisa
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RE: Os fatos nos funerais
Exma. Senhora, M.Elisa (será?)
Entrei neste fórum, em consideração a alguém que estava a ser (na minha opinião) enganada e que mereçe toda a consideração!
Não quer a “papinha toda feita” ou quer? Leia! Está tudo aqui no geneall!
Tópico Villa Portela
Vários tópicos com nickname FQueiroz ou Francisco Queirós, blá-blá…
Mas para que raio me estou a chatear com V. Exa.! não é genealogista? Então procure! !!!!!!!
Esqueci-me, custa dinheiro…..
Faça buscas sem serem os otários a ajudar, porra!!!!!
Irra, cambada de prepotentes!
Estou off line…………………………
José Rodrigues, "o Burro"
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RE: Os fatos nos funerais
Cara Maria Elisa
Já respondi ao Sr. José Rodrigues em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=179465.
Realmente tive um desabafo contra o Manuel Rosa, autor do " Mistério de Colombo Revelado", por terem sido postos em questão nomes como Almirante Gago Coutinho, Almirante Teixeira da Mota, Professor Luís de Albuquerque, Professor Contente Domingues, e muitos mais, para criar polémica e fazer a promoção do livro. Achei grave e senti-me enganada pois pensava que se discutiam ideias, não a melhor maneira de o tópico não sair do top para ganhar dinheiro.
O meu desabafo pontual, contra um participante, foi interpretado de maneira errada, até porque já tinha explicado ao Sr José Rodrigues a interajuda que reina neste Fórum.
Com amizade
Maria Benedita
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RE: Os fatos nos funerais
Caro José Rodrigues,
Agradeço a sua preocupação comigo.
Já falamos pessoalmente. Por favor não entre em conflitos por minha causa com os outros confrades.
Acredite que me sinto “estranha” tendo alguém que me conhece a atacar muita gente.
Eu sei os seus motivos, mas os outros não sabem nem querem saber e o Sr. também não quer dizer nem deve.
Eu sei que quando falou no nome da Confrade Maria Benedita, no meu, etc., só quis dar exemplos mas já foi interpretado como se essas pessoas concordassem com o senhor, e nem eu concordo consigo em vários aspectos como lhe disse.
Agradeço mais uma vez o que tenta fazer por mim, mas como agora tem o meu contacto, mande-me as mensagens directamente. Isto no que me diz respeito, quanto ao resto é livre de proceder como entender.
Entenda isto da forma correcta: para quem diz que não leva nada, as suas intervenções estão a “custar-me os olhos da cara “.
Eternamente grata pelas suas demonstrações físicas e “virtuais” de amizade, aceite por favor o meu pedido e não me considere ingrata.
Anabela Pinto
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RE: Os fatos nos funerais
Cara Maria Benedita
Claro que sei que foi um desabafo seu e perante uma situação pontual.
Agora que quem não conhece o ambiente que reina no Fórum se atreva a sobrevalorizar uma situação esquecendo tudo o resto ...
De qualquer modo não quero alimentar esta questão pelo que por mim o assunto se encontra encerrado.
Um abraço
M.Elisa
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Luis,
Há imenso tempo que não falava consigo.Como está o Luis? Queria aproveitar para lhe desejar um eclente ano a si e a toda a sua familia que afinal de contas tem laços com a minha!
Como deve ter reparado mudei de nome aqui no forum ja que não sei porquê o forum não reconhece o antigo nome.
Tenho andado afastado aqui do genea e das minhas investigações. Muito trabalho e estudo noutras areas.
Que seguem as suas investigações?
Aguardo novidades suas, um abraço,
Diogo Pinheiro Paiva
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Diogo,
Aproveito para agradecer e retribuir os votos de um Feliz Ano para si e respectiva família.
Quanto à genealogia, apesar de muito ocupado noutros afazeres, continuo a coleccionar algumas peças e a colocar outras em evidência, já que mais não seja para exercitar a mente. É um prazer que receio que se tenha transformado num vício. Mas, há outros bem piores com os quais não me identifico, por isso, menos-mal...
Um abraço,
Luís Projecto Calhau
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Fernando Pinto Coelho,
Agradeço as suas sinceras palavras, e queira desculpar se, de alguma forma, me excedi nas minhas.
São águas passadas...
Ao seu dispor na cidade do templo.
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Luís Projecto Calhau,
Somos muito complicados. Posso lhe dizer que da minha parte está esquecido, e, para ser franco, já nem me lembro dos detalhes.
Dizem que a melhor maneira de desculpar é esquecer. Como vê está tudo resolvido.
Conto nesta próxima Primavera ir a Tomar com um grupo de amigos. Exerce em mim um fascínio muito grande. Está no centro de Portugal, rodeada de águas cristalinas, com jóias de arquitectura renascentista. Tudo um grande mistério.
Um abraço
Fernando Pinto Coelho
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Fernando Pinto Coelho,
Realmente, umas vezes complicamos e outras simplificamos demasiado...ou seja, deduzo que deduziu que resido na zona de Tomar, mas na verdade quando me limitei a dizer "cidade do Templo" deveria ter dito: "do Templo de Diana".
Não sou um expert na matéria, mas certamente o Fernando concordará que são duas cidades que, em matéria de arquitectura, representam o melhor que temos no nosso país. Canalizações à parte, claro está...
Um abraço,
Luís Projecto Calhau
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Luís,
Associei Tomar, à cidade dos templários, à cidade onde esteve sedeada a Ordem do Templo. Mais tarde esta ordem foi extinta. Em Portugal manteve-se, com uma nova “roupagem”, passando-se a chamar Ordem de Cristo.
Também conheço mal Évora, as poucas vezes que aí estive foram o suficientes para me ficar no coração.
Tenho ideia que o chamado “Templo de Diana” era o antigo Fórum romano, neste caso o que mudou foi o nome, e os usos, o que também não deixa de ser “roupagem”. Para além da qualidade dos monumentos, encantou-me a paz, a luz e a escala da cidade.
Cumprimentos
Fernando
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RE: A evolução do vestuário...
olá confrade Fernando,
Quer ir a Tomar? Já lá não vou há um par de anos. Mas é lindíssima. Se possível, vá (conselho de amiga) na altura da”festa dos tabuleiros.” Muito bonita e única no continente. Se nunca viu, aproveite essa altura. Tenho fantásticas recordações de Tomar (mesmo sem a dita festa).
Gostei muito de o “ver”.
Sempre
Anabela Pinto
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Anabela,
O nosso discurso tem de ser incriptado, porque se não falarmos de roupa, vestuário, e costumes, é melhor abrirmos outro tópico. Por acaso já abri outro tópico, “Hitlhodeu”, mas não lhe deram seguimento. Por tanto, se me quiser responder, fale-me, dos tabuleiros, das festas, costumes, com os detalhes das jaquetas e das saias rodadas, se têm ou não lantejoulas.
Abraços
Fernando
P.S. talvez também me possa falar das fatias de Tomar.
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Anabela,
Queria dizer: fale-me da evolução do vestuário, evolução das festas, evolução de todos os costumes.
cumprimentos
Fernando
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RE: A evolução do vestuário...
Olá, confrade Fernando
Vou abrir um topico, sobre o vestuario dos pescadores de Matosinhos, incluindo a passagem D'El Rei D. Manuel II. (como sabe é a minha "zona")
Estou pouco esclarecida sobre o vestuario de Tomar actual ( nas festas)
O Caro Confrade é mesmo guloso...
Abraços com açucar, ovos, canela e fatias de pão embebidas em leite fritas em azeite, ou oleo... (pereçem rabanadas).
Anabela Pinto
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Anabela,
Abriu-me o apetite. Já que não tenho aqui nenhuma dessas iguarias, vou disfarçar a minha gulodice vestindo o meu olfacto e gosto com o sabor que delas me faça lembrar.
Aqueço leite, junto-lhe açúcar e uma casca de limão, seguidamente deito-lhe bocados de pão e polvilho estas sopas com pó de canela. É muito bom.
Atenciosamente
Fernando
P.S. Não sei se é politicamente correcto aqui neste fórum falar do povo simples que anda no mar. A propósito ainda há pescadores em Matosinhos?
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Confrade Fernando,
Eu estou de dieta!!!!!!!
Não para estereótipos de beleza, mas por problemas graves de saúde.
Mas faço doces fenomenais (dizem os meus amigos).
Quanto aos pescadores, existem sim, poucos mas existem.
Acha sinceramente, que tendo em conta o meu estudo (incide principalmente em S. Mamede Infesta) que gostava de colocar a disposição de todos os participantes deste fórum, não posso falar dos fatos pobres dos pescadores?
Agora apeteceu-me falar á moda do Porto!!!!!!!
Um Agraço com leite condensado, bolacha , doce de ovos feito em casa, etc, tudo servido semi-frio
Anabela
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Anabela
Claro que pode falar à moda do Porto sobre os pobres pecadores, digo pescadores.
Estou ansioso por começar a ler. (Não sabia que em São Mamede havia lugar para pescadores)
Mas ao mesmo tempo estou triste por saber que padece de graves problemas de saúde.
Espero que se resolvam, se é que a vida tem cura.
Depois das sopas de leite com canela já estou atestadinho
Boa noite até amanhã
Fernando
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RE: A evolução do vestuário...
Caro amigo Fernando,
Durma bem. Até amanhã se Deus quiser.
S. Mamede Infesta pertençe a Matosinhos! Sr. Confrade brincalhão da Sra. da Hora.
com amizade
Anabela Pinto
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Anabela,
Eu sei que, São Mamede, pertence a Matosinhos, mas por pertencer a Matosinhos não quer dizer que vivam lá pescadores.
Vou muito a São Mamede, tenho lá grandes amigos. Não sou da Senhora da Hora, vivo aqui há muitos anos . Sou de Coimbra.
Ainda não me fui deitar. A curiosidade é muita.
Cada vez estou mais intrigado com o que leio neste fórum.
E quando é que começa a falar da evolução do vestuário dos pescadores?
Bem fico à espera.
Com amizade
Fernando
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RE: A evolução do vestuário...
Com amizade Fernando, mas vá dormir.
Obviamente o meu estudo particular, inclui “bouças”, o que hoje é Matosinhos (concelho).
Se não for permitido no fórum por ser gente rica e gente pobre, com e sem Brasões, prometo que mando para o seu contacto.
Agora durma! “A curiosidade matou o gato.” (Como é que eu estou viva?)
(um tópico de provérbios, também não será plausível, pois não?)
Sonhe com algo doce (Sr.guloso), por exemplo “papos de anjo” ou doces conventuais.
Anabela Pinto, ao seu dispor
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Luis,
Li este seu topico com interesse porque tambem eu me interesso pelo tema.
Estou a compilar varias informacoes sobre a familia para deixar aos meus netos e gostava de poder exemplificar como se vestiam os nossos antepassados em Portugal, os que viveram antes de haver fotografias. Nao queria artigos sobre o tema mas sim fotograifas de gravuras/desenhos/pinturas etc. Embora ja tenha procurado na internet pouco encontrei de util porque a maior parte do que se encontra ou 'e sobre a nobreza ou camponeses. Como se vestia a classe media, as pessoas das cidades, por exemplo os funcionarios publicos, professores, etc.
Nao sei se quando buscou encontrou alguma coisa que me pudesse ajudar neste projecto. Muito lhe agradecia qualquer sugestao que tenha.
Com os meus cumprimentos.
Rosario
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RE: A evolução do vestuário...
gostaria de saber mais alguma informação sobre este assunto
cumprimentos
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RE: A evolução do vestuário...
estamos a fazer um trabalho de turismo sobre este assunto se tiver alguma informação util agardeciamos
obrigado
Direct link:
RE: A evolução do vestuário...
Prezada Sra. Anabela Pinto,
Vendo que suas pesquisas genealógicas desenvolvem-se na região de Matosinhos, gostaria muito de saber se a senhora sabe algo sobre uns Corrêa que lá viveram no século XIX. Sabe algo sobre António Júlio Corrêa de Matos e sua esposa dona Custódia Maria de Jesus que viveram em Matosinhos por volta de inícios do século XIX e que tiveram dentre seus filhos, Joaquim Júlio Corrêa, Florêncio Corrêa, Ana Júlia Corrêa, Maria Júlia Corrêa.
Desde já agradeço qualquer informação,
Com meus cumprimentos,
João Rezende Filho
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RE: A evolução do vestuário...
Quanto ao termo "anágua", caríssimos, tenho a dizer-vos que se usa na região de Coimbra para designar a roupa mais íntima que usaram as senhoras até ao início do século XX. Não tem nada a ver com saiote. Parece-se com uma mini-saia branca, muito justa, normalmente com uma renda na ponta e que chega até um pouco acima dos joelhos. Há também uma versão "período", que tinha uma fralda caida da parte de trás que se passava por entre pernas e vinha prender à cinta, impedindo, deste modo, que algum escorrimento passasse.
Com os melhores cumprimentos,
Tiago Monteiro Dias.
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RE: A evolução do vestuário...
Exmo Sr LProjecto
Deparei com este forum ao pesquisar sobre o traje estilo Luís XV. Estou a realizar um trabalho sobre o Traje Erudito Feminino em Lisboa na segunda metade do século XIX. Tenho alguma bibliografia que lhe posso indicar, caso esteja interessado.
Cumprimentos
IRF
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Confrade IRF,
Naturalmente que continuo interessado nesse tema, pelo que ficar-lhe-ei grato por tamanha gentileza. Caso prefira poderá contactar-me através de:
luismcalhau(arroba)hotmail(ponto)com
Cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Rosário,
Antes de mais, permita-me que lhe dirija o meu sincero pedido de desculpas pelo facto de não lhe ter antes endereçado resposta ao seu apelo que, gentilmente, me remeteu vai quase para um ano. De facto, não consigo compreender o que deu origem a que esta sua intervenção me tenha assim, lamentavelmente, passado despercebida.
Lamento também o facto de não poder contribuir com alguma informação que julgue pertinente sobre o tema, pois embora continue a manifestar bastante interesse pelo mesmo, na verdade, volvido mais de um ano desde que lancei este tópico, ainda não consegui bibliografia de referência sobre este assunto, pelo que continuo a aguardar eventuais sugestões dos distintos Confrades frequentadores deste espaço.
Aguardo, na expectativa, a bibliografia que o Confrade “irf”, gentilmente, neste tópico se disponibilizou a sugerir.
Partilho da sua opinião em relação aos aspectos que suscitam maior interesse pelo vestuário do antigamente. É, seguramente, a forma como se vestia a classe média, nomeadamente aqueles que exerciam o funcionalismo público ou que tinham de se vestir em conformidade com alguns ditames institucionais, que me desperta maior interesse. Sem dúvida que uma boa imagem valerá mais que mil palavras, pena é que não se apresente fácil o acesso a imagens que bem ilustrem esse tipo de vestuário.
Aceite os meus sinceros cumprimentos,
Luís Projecto Calhau
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Confrade Luís Calhau
Aqui lhe envio algumas das indicações bibliográficas para o estudo do tema em questão.
BOUCHER, François - "Histoire du Costume en Occident de l'Antiquité a nos jours". Paris, Flammarion, 1965
KOHLER, Carl - " História do Vestuário", São Paulo, Livraria Martins Fontes Editora Lda,2005
TEIXEIRA, Madalena Braz - "Traje Erudito em Portugal. Sec. XVII a XX. Lael Senado de Macau, 1989
Cumprimentos
IRF
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Luis Projecto Calhau,
Nao tem nada de se desculpar. Desta vez apanhou-me de ferias e dai' a minha demora.
Nao sei se aqui em Inglaterra poderei encontrar os livros referidos pelo Confrade "irf" mas tentarei ver se consigo acessa'-los na esperanc,a de que tenha alguns relevantes. Se em qualquer altura se cruzar com o tipo de vestuario referido ficarei grata se se lembrar de mim e me avise.
Com os melhores cumprimentos.
Rosario
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Rosário,
A classe média, também a Portuguesa, vestia como nobreza só que com os tecidos que lhe estavam nas suas possibilidades. Terá que definir uma época ou uma década ou até mesmo alguns anos (isto no sec. XIX) para poder ter uma ideia do vestuário usado pela população. O sec. XIX teve grandes altereções no vestuário, sobretudo no da mulher. Da década de 50 a 80 os vestidos passaram das "crinolinas" aos "tournures" alterando completamente a silhoeta femenina e garanto-lhe que a classe média também embarcou nessas modas. As ditas "Senhoras", nas cidades de provincia, poucas usavam chapéu mas não dispensavam o lenço ou a mantilha ou a touca, para sair à rua e cá em baixo no Algarve, embora se julgue que só em Olhão o havia, não dispensavam o uso do Bioco para sair à rua ou ir à missa. Só por volta de 1876, e por postura do Governo Civil, este traje foi abolido por causa dos abusos a que se prestava.
Se as sedas e os veludos eram usados em profusão pelas classes altas não significa que estes tecidos também não fizessem parte da indumentária da classe média. As "Riscas de Seda", as "Casturinas" as "Chitas" os "Algodões Estampados" e as fazendas ou panos que hoje ainda se usam, só que com padrões diferentes, eram os tecidos das indumentárias das classes médias portuguesas.
Quanto ao que refere "antes da fotografia", dou-lhe um palpite; veja os "ex-votos" dos santuários que puder. Neles vai encontrar uma riqueza de informação que nem suspeita.
Já agora o Museu do Traje, em Lisboa, um excelente museu, não tem só traje de corte, mas sim traje de classe média, abastada ou não. Dê uma vista de olhos aos catálogos publicados.
Com estima
josé Cabecinha
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Jose Cabecinha,
Muito obrigada pelas suas informacoes e sugestoes. Que pena nao me terem chegado 'a 2 semanas pois fui uns dias a Lisboa e podia ter ido ao Museu do Traje! Agora ja' em Inglaterra torna-se mais dificil a menos que seja pela internet. Enfim, havera' uma proxima vez.
O periodo em que estou interessada vai dos principios de 1700 ate' meados do seculo XIX. Tenho, por exemplo, um trisavo que trabalhava na Camara Municipal de Lisboa desde 1808, outro era Escrivao da Alfandega de Lisboa um pouco antes, ainda um tetravo que trabalhou no Arsenal do Exercito e depois na Mesa da Consciencia e Ordens no ultimo quartel do sec. XVIII e e' sobre estes e outros ainda anteriores que estou curiosa.
Fala-me de catalogos publicados. Refere-se aos do Museu? Fui ao site deles e de facto ha um titulo de catalogos mas nao consegui entrar para ver. Ou sera' que fala de outros?
Agradeco a sua amabilidade.
Melhores cumprimentos.
Rosario
PS - Continuo 'as voltas com os meus Fonseca/Mendes Rosado mas sem novidades.
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Rosário.
Lamento muito que não tenha visto antes a minha msn. Os catálogos a que me refiro são os que resultam das exposições do museu do Traje ou de outros.
Quanto ao período a que refere, 1700 a 1850, confesso que, para mim, a maior informação sobre o traje masculino ou feminino tem sido recolhida nos testamentos da época, em que era normal deixar de herança “roupa de seu trazer”. Os ex-votos que lhe falei também são uma ajuda para colher informação.
Se der uma vista de olhas ao meu tópico:
Monc. e Quelfes "Testamentos"
Verá o que quero dizer sobre a informação contida em testamentos da época.
Cumprimentos,
José Cabecinha
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RE: Os fatos nos funerais
Prezada Sra. Anabela Pinto,
Vendo que suas pesquisas genealógicas desenvolvem-se na região de Matosinhos, gostaria muito de saber se a senhora sabe algo sobre uns Corrêa que lá viveram no século XIX. Sabe algo sobre António Júlio Corrêa de Matos e sua esposa dona Custódia Maria de Jesus que viveram em Matosinhos por volta de inícios do século XIX e que tiveram dentre seus filhos, Joaquim Júlio Corrêa, Florêncio Corrêa, Ana Júlia Corrêa, Maria Júlia Corrêa.
Desde já agradeço qualquer informação,
Com meus cumprimentos,
João Rezende Filho
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RE: A evolução do vestuário...
Prezada Sra. Anabela Pinto,
Vendo que suas pesquisas genealógicas desenvolvem-se na região de Matosinhos, gostaria muito de saber se a senhora sabe algo sobre uns Corrêa que lá viveram no século XIX. Sabe algo sobre António Júlio Corrêa de Matos e sua esposa dona Custódia Maria de Jesus que viveram em Matosinhos por volta de inícios do século XIX e que tiveram dentre seus filhos, Joaquim Júlio Corrêa, Florêncio Corrêa, Ana Júlia Corrêa, Maria Júlia Corrêa.
Desde já agradeço qualquer informação,
Com meus cumprimentos,
João Rezende Filho
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Confrade João Rezende Filho,
as minhas pesquisas efectivamente desenvolveram-se principalmente em Matosinhos, mas respeitantes à minha familia.
Pelo que não tenho ideia dos nomes que refere, e há muito que me afastei deste forum, voltei agora porque vi a sua mensagem.
De qualquer forma, se não me falha a memória,estava lá arquivado até 1910, (no arquivo em Matosinhos).
Poderá pesquisar os filhos pela data de nascimento ou obito e será facil chegar aos progenitores.
Se pretender a minha ajuda, só o poderei fazer lá para Novembro, pois vou ser submetida a uma intervenção cirurgica este mês.
Atenciosamente
AP
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Confreira Anabela Pinto,
Obrigado pela solicitude. Claro que desejaria muito sua ajuda, mesmo porque moro no Brasil e,pelo menos nos próximos 3 anos, não tenho como me deslocar até Portugal. Esperarei até o mês de novembro. Desejo-lhe uma boa cirurgia e que tudo se resolva o melhor possível. Saúde!
Atenciosamente e ao seu dispor aqui no Brasil, sobretudo no Maranhão,
João Rezende Filho
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Confrade João Rezende Filho,
Obrigada pelos votos de saúde.
Mal possa envie-me por favor as datas de Nascimento ou Obito e nomes correspondentes a essas datas.
Tratarei de o ajudar logo que seja possivel.
Atenciosamente
AP
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RE: A evolução do vestuário...
Cara Confreira Anabela Pinto,
Muitíssimo Obrigado pela disponibilidade, mais uma vez receba, por favor, meus agradecimentos. Os dados que tenho são os seguintes:
Joaquim Júlio Corrêa de Matos (meu trisavô) nasceu em 13 de março de 1857, em casa de seus pais (António Júlio Corrêa de Matos e Custódia Maria de Jesus, neto paterno de Joaquim Correia dos Santos e de Francisca Rosa, naturais de Matosinhos, neto materno de José António Gomes, natural de Lavradas, Arcebispado de Braga e de Ana Maria de Jesus)no concelho de Matosinhos, districto do Porto, Reino de Portugal e faleceu em 20 de fevereiro de 1937 em seu palacete na Praça João Lisboa, antigo Largo do Carmo, na cidade de São Luís do Maranhão onde residia. Ele possuía os seguintes irmãos os quais ignoro as datas de nascimento:
José Júlio Corrêa
Florêncio Júlio Corrêa
Eduardo Júlio Corrêa
Anna Júlia Corrêa
Maria Júlia Corrêa
São todos os dados principais que tenho até agora. Gostaria de saber as profissões e/ou ocupações principais do meu pais e avós de vovô Joaquim Júlio e qualquer outra informação.
Com meus melhores cumprimentos,
João Rezende
P.S Para contactar-me diretamente, meu e-mail é joaopecegueirodias@hotmail.com
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Jose Cabecinha
As minhas desculpas por nao lhe ter agradecido as suas ultimas informacoes mas entretanto nasceu o meu primeiro neto e nao tenho tido tempo para sequer ver os e-mails!
Os meus agradecidos cumprimentos.
Rosario
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RE: A evolução do vestuário...
Caro Confrade João Rezende,
já li e tomei nota.
Mas seria melhor o confrade abrir um tópico para este assunto, por pelo menos três motivos:
- Estamos a usar um tópico de outro confrade.
- Podem existir outros confrades que também o possam ajudar, e mais rápido do que eu.
- Pode ajudar outros, que procurem também essa familia.
Espero sinceramente que não leve a mal este pedido.
Atenciosamente
Anabela Pinto
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RE: A evolução do vestuário...
Cara confreira Anabela Pinto,
Claro que não lhe levo a mal. A Senhora está certíssima. Abrirei um tópico com o título Corrêas de Matosinhos. O que acha? sugere-me outro título?
E a intervenção cirúrgica? Espero que tenha sido bem sucedida.
Cumprimentos,
João Rezende
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RE: A evolução do vestuário...
Caro confrade João Rezende,
acho esse titulo correcto.
depois respondo lá ao resto.
Atenciosamente
anabela Pinto
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