D. Manuel I
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D. Manuel I
Caros Confrades e Confreiras,
Inicio este tópico na esperança de fazer justiça ao "VENTUROSO". Colocarei aqui alguns dados, e espero o vosso inestimável contributo.
Com os meus melhores cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: D. Manuel I
Caríssimo Artur João
Vai dar guerra! Já uma vez, num dos inúmeros e desnecessários tópicos colobinos, falei de D Manuel com o " Coelho" e ia-me caindo a casa em cima! Vejamos bem de quem vamos falar! Do Anti- Cristo!!!!!!!!!!
Mas acompanho-o nesta batalha, que isto de se ser compagnon de route tem as suas obrigações!
Vamos a D. Manuel, o Esquecido, e preparemo-nos para a catástrofe final!
Um abraço amigo
Maria Benedita
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RE: D. Manuel I
Caro Artur,
Vamos lá á justiça e á verdade.
Mas por favor não venha repetir o que já se sabe.
Traga novas Novidades
Pode começar pelos eventos em volta da descoberta da Índia qual era a razão que D. Manuel I precisava de ser empurrado para a descoberta?
E fale também da vida de Vasco da Gama que era um mebro de Santiago com juramento de ser fiel a seu Mestre D. Joçao II e depois seu filho D. Jorge de Lancastre.
Á sim e fale também da conversão da Ordem de Cristo e das novas pinturas de frescos encobrindo os frescos antigos no Convento de Tomar
Com os meus melhores cumprimentos,
Manuel Rosa
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RE: D. Manuel I, O Traidor de Portugal
Caro Artur Camisão Soares
Por muita consideração que tenha por si, desculpe-me mas só responder uma única vez a este tópico.
Exactamente porque:
Portugal não paga a traidores!!!
“Esteve assi finado com o rosto descuberto mais de hũa ora até de todo ser frio; e em quanto o concertavam e amortalhavam muito limpamente pera ho meterem na tumba os principaes que hi istavam tiraram de hum cofre o seu testamento que logo abriram, e Ruy de Pina o leo perante todos; e se achou nelle que deixava o duque seu primo por verdadeiro erdeyro destes reynos e senhorios, o decrarou por rey delles, encomendando-lhe muito com palavras de grande amor e muita obrigaçam o senhor Dom Jorge seu filho, a que deixou feito duque de Coimbra, e senhor de Montemor-o-Velho com as vilas e terras que tinha o ynfante Dom Pedro seu bisavo. E mais encomendava ao duque que lhe desse todalas cousas que elle em duque tinha em que entrava ho mestrado de Christus e a Ylha da Madeyra. E O TITULO DE DUQUE COM ALGÛAS COUSAS DESTAS LHE DEU EL-REY DOM MANOEL DEPOIS DE REINAR, E DE OUTRAS SE ESCUSOU PORQUE O REYNO O NAM PODERIA CONSENTIR, E MAIS AAQUELLE TEMPO NAM ERA PERA TAMANHAS COUSAS SE DAREM A HÛA PESSOA TENDO JÁ OS MESTRADOS D`AVIS E SANTIAGO. E mais sendo el-rey mancebo e solteiro com esperança de logo casar, e aver muitos filhos como ouve, que nam poderia com eles tanto partir tendo o senhor Dom Jorge tres mestrados. E cabado de ler o testamento, os senhores e os do conselho fizeram sua cerimonia devida e custumada, em que logo declararão e ouveram o duque por seu rey e senhor; e assi lhe escreveram e mandaram logo o testamento por tres honrradas pessoas do conselho.”
Que diria D. João II mesmo depois de morto? Ah grande filho…. e eu que te deixei a Coroa do maior Império, renegas-me agora a minha vontade!!!???
E já agora sabe-me dizer onde pára o testamento de D. João II que fez de D. Manuel o seu querido Rei de Portugal?
Com os meus melhores cumprimentos
Zé Maria
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RE: D. Manuel I
Caro Manuel Rosa
D. Manuel foi "empurrado" para a viagem á Índia? De onde retira isso?
Cpts
Maria Benedita
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RE: D. Manuel I
Cara Maria Benedita,
Estou, por mero acaso, a reler "D. MANUEL I E A EPOPEIA DOS DESCOBRIMENTOS, Evocação Histórica" da autoria de Mário Domingues.
Transcrevo, com a devida vénia, quatro parágrafos das pp. 383-384:
«Os Portugueses eram os europeus que mais se interessavam pelo lendário reino de Prestes João das Índias, que não era Prestes nem João, nem da Índias. Ignoravam tudo acerca dessse império, durante séculos bloqueado pelos povos muçulmanos. Foi preciso a fama das façanhas de Afonso de Albuquerque chegar a esse reino tão ansiosamente procurado durante cerca de cem anos, para a voz da Abissínia responder finalmente aos apelos de Portugal. Um embaixador etíope apresentou-se a Albuquerque, na Índia, que o embarcou com todas as honras para Lisboa, em 1514, como já referimos.
Mas não era o fantástico Prestes João quem enviava o seu embaixador ao rei de Portugal, era uma mulher. Quem governava nesse momento a Etiópia era a imperatriz Helena, viúva do falecido imperador, e regente na menoridade do herdeiro do trono, um jovem chamado David.
Vinha ela, por intermédio do seu enviado, prestar homenagem a D. Manuel, coisa tão saborosa para a vaidade e o orgulho do monarca Português. Na carta que lhe endereçava, chamava-lhe "cavaleiro dos mares" e declarava que punha muito ouro à sua disposição, não lho remetendo desde logo por temer que o roubassem ao portador. Propunha a Portugal aliança contra os "mouros" e casamentos entre príncipes dos dois reinos. E, para mover guerra aos muçulmanos, que afrontavam constantemente o povo cristão da Etiópia, prometia prover de mantimentos mil naus, se tantas o monarca português quisesse armar e mandar contra o inimigo comum.
Eram consoladoras as palavras da imperatriz Helena e aquela sensação de que, finalmente, o véu de lendas, que durante um século ocultara aos olhos dos portugueses esse vago reino cristão, que custara tantas canseiras a procurar e obrigara três gerações a abrir caminho através do Atlântico nunca navegado para o encontrar, acabava finalmente de levantar-se um pouco e de entremostrar alguns aspectos da sua iniludível realidade.»
Um abraço amigo,
Artur João
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RE: D. Manuel I, O Traidor de Portugal
Caro Zé Maria
Falar de D. Manuel ainda não é crime! Calma! Porque não analisar a figura de D Manuel, que mais não foi que o beneficiado por toda a política de D. JoãoII?
D. Manuel não é querido de ninguém, é um rei que me parece um tanto insignificante, como o foram mutos outros, mas isso não invalida que se fale dos 10 anos em que prósperamente ( talvez demasiado prósperamente) reinou!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: D. Manuel I, O Traidor de Portugal
Cara Maria Benedita,
Mário Domingues, como se verá, não era grande apologista dos "méritos" de D. Manuel I. Basta ler o "PRÓLOGO" da citada obra.
Não desejo tecer loas, sem mais. Simplesmente pretendo salientar o papel que o "Venturoso" teve na HISTÓRIA DE PORTUGAL!
Como era esperado...escreveram antes de tempo. Santa Paciência:-)
Renovado abraço,
Artur João
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RE: D. Manuel I, O Traidor de Portugal
Caríssimo Artur João
Estou a ler o " D. Manuel I" de João Paulo Oliveira e Costa, que, ao que me parece, pois ainda estou nos começos, também lhe não faz o apanágio! Mas, ao que me está a soar, temos que apagar D. Manuel da História, mais ou menos como foi feito ao Infante D. Pedro!
Os séculos correm mas as mentalidades não mudam!
Como muito bem diz, Santa Paciência!
Forte Abraço
Maria Benedita
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RE: D. Manuel I, O Traidor de Portugal
Caríssima Maria Benedita,
O livro que está a ler já mo indicaram, pelo que será, brevemente, incluído na minha "lista".
Gostaria, por outro lado, de obter mais dados: nomeadamente analisando obras "favoráveis" a D. Manuel I.
De qualquer das formas, eu pretendo desenvolver o tópico. É caso para perguntar: quem são os "VELHOS DO RESTELO"...??
As mentalidades, minha amiga, parece que não mudaram. Ouço falar tanto em inovação...; quando, antes de mais, é preciso renovar!
Forte abraço,
Artur João
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Dom Manuel à altura do Portugal que recebeu
Caro Artur,
a minha opinião geral sobre Dom Manuel I é a de que foi um grande rei que esteve à altura do reino de Portugal lhe legaram.
Continuou as descobertas.
Chegou à Índia, Brasil, China, Timor.
Foi o primeiro grande rei planetário.
Concluiu as reformas internas que se vinham a arrastar desde os reinados anteriores (ordenações, forais, moedas, pesos, medidas)
Foi um grande rei na cena europeia.
Soube ceder em alguns pontos, porque quem tudo quer tudo perde.
Todos os principais caminhos que outros começaram a percorrer, ele percorreu até ao fim.
Dom João II foi o último rei medieval.
Dom Manuel I foi o primeiro rei moderno, e soube sê-lo.
Esta é a minha apreciação, com base na cultura geral que fui adquirindo, pois nada li recentemente sobre Dom Manuel I.
Depois de tudo o que se tem dito sobre D. Manuel I, acho muito benvindo este tópico.
Grande abraço,
Coelho
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RE: D. Manuel I
Caro Artur Camisão Soares
Na minha investigação para a tese de mestrado (na área do Design e história do livro) debrucei-me sobre o periodo Manuelino, pelas características genuínas do início da revolução tipográfica. Penso que o reinado de D. Manuel foi marcante por vários eventos: no plano interno, as reformas administrativas (complexas) tais como a reforma dos forais, que vinham sendo reivindicada há muito pelas cortes e pelo povo, as reformas fiscais, as reformas jurídicas (no contexto "municipal" – as terras e o poder central – e individual), as reformas monetárias e o regimento à casa da Moeda de Lisboa (as moedas Manuelinas são do ponro de vista gráfico, belíssimas!!); e no plano externo, a expansão marítima para a África (ocidental e oriental) e a Índia. É sobejamente reconhecida a importância das rotas marítimas com a Índia e o seu relevo para a cultura a afirmação nacional. De notar que foi neste periodo que Portugal (D. Manuel) estabeleceu relações diplomáticas e económicas com a Etiópia, Pérsia, Ceilão, Bengala, Birmânia, Tailandia, China, Molucas, etc.... e, que foi no seu reinado, que se estabeleceu a feitoria de Cabo Frio e Pernambuco!
No meu caso particular, o meu interesse vai para a reforma da "leitura Nova"! Aliás foi nesta reforma Manuelina que se regulou e transcreveu (copiou) parte do espólio manuscrito antigo de forma a facilitar a consulta (muitos dos antigos manuscritos estavam redigidos na forma arcaica!) e manter a sua conservação intelectual! Os investigadores portugueses que procuram as fontes na Torre do Tombo devem a D. Manuel a preservação de registos. Continuando (na minha área de interesse!), posso focar-lhe o incremento da Tipografia, e as disciplinas associadas, a divulgação e impressão de textos de autores como o Gil Vicente ou Garcia de Resende; a reforma da Universidade de Lisboa e a impressão dos índices e autores em "português", a iluminura Manuelina, a preparação e edição de obras sobre heráldica ("livro do Armeiro-Mor", o "Livro da Nobreza e a perfeição de armas e Reis...", etc, etc...), a iluminura cartográfica (mapas de luxo!!), etc, e isto para não querer falar em referências ao nível do chamado "estilo Manuelino"!
Descrevi-lhe, muitíssimo resumido, alguns pontos que foram, para mim, de relevo no reinado Manuelino. Não estou por dentro de algumas questões que outros confrades tem levantado ao ponto de o apelidar de "traidor" mas estou certo que o seu reinado fala por si e que a sua prestação como Rei foi das mais prestigiantes para Portugal.
cumprimentos,
João Borges
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RE: D. Manuel I
Caro João Borges
Bem haja pela fantástica participação que aqui traz, a qual indica os principais pontos a estudar no reinado de D. Manuel. Confesso que a minha ideia sobre este rei é parquíssima, pouco li sobre ele, pelo que a sua ajuda é preciosa!
Quanto a chamá-lo "traidor", só o fazem os que acreditam nos altos desígnios traçados pelo Espírito Santo para Colombo, por mim sempre lhe ouvi chamar "O Venturoso", por óbvias razões de todos nós conhecidas!
Melhores cumprimentos
Maria Benedita
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RE: D. Manuel I
Caro João Borges,
Bem haja por aquilo que escreveu!
Pretende-se dar uma visão o mai abranjente possível do "Venturoso". Pecados quem não os cometeu...ao longo da nossa História?
Só os mesquinhos e os tolos e ignorantes(por vezes são uma e outra coisa) é que julgam que os "Homens" são perfeitos!!
Para além do que muito bem referiu, permita-me que saliente, também, as "Ordenações Manuelinas". Estudeia-as quando fiz a cadeira de "História do Direito".
Meus melhores cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: Dom Manuel à altura do Portugal que recebeu
Caro Coelho,
D. Manuel I, quanto mais não seja, teve a aportunidade de contactar com culturas distintas e riquíssimas.
A nível interno promoveu reformas indispensáveis.
Estou a coligir uns dados para aqui lançar. Não se pretende, penso eu, "mitificar"; apenas debater o que D. Manuel significou para Portugal...e para o Mundo.
Grande abraço,
Artur João
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RE: Dom Manuel à altura do Portugal que recebeu
Caro Artur,
é óbvio. D. Manuel I não é um mito, é uma figura histórica susceptível de ser estudada. Tem muitos pontos positivos, ainda que muitos aqui não o queiram ver. Insisto que foi um grande rei!
Da mesma forma, D. João II não é um mito, é uma figura histórica também susceptível de ser estudada. Tem muitos pontos positivos, como tantos aqui se esforçam por realçar, mas também tem uns pontitos negativos ....
Do que não há dúvidas é que D. João II e D. Manuel I são dois reis que personificaram um período aureo da nossa história.
Grande abraço,
Coelho
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RE: D. Manuel I
Cara Maria Benedita
Obrigado pelo elogio ao meu contributo, contudo penso é muito da sua simpatia.
Hoje em dia, não está em voga falar de Reis, melhor, não está em voga falar de Reis enquanto homens de estado mas sim maldizer os Reis enquanto entidades "Reais" ou seja, podemos falar de Reis mas sempre mantendo aquela distância da indiferença não vá dizerem que temos a mania de que descendemos de um deles! E isso é pecado. Da gula!
Sempre fui por uma fruição histórica conjuntural, só assim a minha análise pode ser ampla e subjectiva. E a sua introspecção objectiva! Quando deparei por mim a investigar o Design gráfico, tendo como mote o "Livro", decidi ir um pouco "mais longe"! Sem preconceitos por estar a invadir os terrenos do "ínfame" antigo regime! Sem receios de investigar um periodo longe da "moda". E o que encontro? A primeira referência, a primeira "modernidade" pós-tipográfica que deparo é o "livro" Manuelino – Relíquias gráficas em pleno periodo de convivência da iluminura com a (eminente) tipografia – e fui por esse mundo fantástico do séc. XVI!!!. E porque eu gosto deste rei? Porque soube administrar um povo, que é a base de um país. Soube agir com parcialidade na nossa defesa, soube, até, ser neutral (veja-se como ele manteve uma posição de neutralidade inteligentíssima perante os graves conflitos políticos que afectavam a europa nessa altura, tudo para se concentrar na sua "política expansionista"!!) e soube governar com a "Palavra". Compreendeu que o momento da Impressão havia chegado. Comprendeu o seu mundo. Por tudo aquilo que eu tive oportunidade de estudar, se eu tiver de escolher um Rei onde o compromisso da sua personalidade e a sua época (digo, a sua consciência real à consciência possível do mundo em que vivia!) e do compromisso entre a sua "herança" e o espólio que acrescentou, esse rei é D. Manuel I. Poucos estariam à altura de ampliar a obra de D. João II. Foi um periodo áureo da história de Portugal porque tivemos ao nosso comando (sim, porque todos os homens contam!!) 2 grandes (Reis) estadistas... intemporais...
cumprimentos,
João Borges
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RE: D. Manuel I
Caro Artur Camisão Soares
E diz bem, as ordenações Manuelinas! Para sermos muito específicos, foi com D. Manuel I que a tipografia começou a ser utilizada para o serviço público. E porque a arquitectura de estado também é serviço público não esqueçamos que foi D. Manuel que teve a concepção "ideacional" da Torre de Belém, Mosteiro dos Jerónimos, das obras do Convento de Cristo, etc, expandiu a pintura e a ourivesaria. Foi um grande Rei e um grande periodo para "nós" porque tiramos partido dos nossos empreendimentos! Podiamos, pelo menos, olhar para trás e... aprender!
cumprimentos,
João Borges
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RE: D. Manuel I
Caro João,
apesar de tudo, a questão da "impressão" no assunto das ordenações é secundário. O que realmente é fundamental é que se tenham compilado as ordenações do reino num corpo legislativo que, com poucas alterações, estive em vigor até ao século XIX. Talvez mais importante ainda, a reforma de todos os forais do reino, os quais estiveram também em vigor até ao século XIX. Em ligação com estes dois importantes feitos, a reforma das moedas, pesos e medidas, também com largo alcance. Parecem-me feitos absolutamentos extraordinários.
Na sua mensagem tem toda a razão em realçar a intervenção de Dom Manuel ao nível da arquitectura e da arte. Falhou-me isso na minha primeira mensagem.
Cumprimentos,
Coelho
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RE: D. Manuel I
Caro Coelho
A questão da "impressão" das ordenações não me parece secundária! Repare, foi com o apoio metódico da impressão que a preparação da "Ordenações" foi equacionada de forma sistemática (não esquecer que foram impressas e distribuidas entre 1512 e 1520, salvo erro)! Como bem diz, a uniformização dos "pesos e medidas" (fundidos na Flandres) e distribuidos massivamente com o "regimento dos pesos" pelas principais localidades do país foi de importância extrema. Até lá não havia padronização e o sistema de medição medieval tinha diferentes "critérios" de local para local!!
cumprimentos
João Borges
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RE: D. Manuel I
Caro João,
mas repare que a reforma dos forais, tarefa muito mais ciclópica, foi feita sem "impressão" ... É verdade que a impressão facilita a divulgação de um texto que é, ao contrário dos forais, igual para todos.
Cumprimentos,
Coelho
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RE: D. Manuel I
Caro Coelho
Sem dúvida! A ideia, ou melhor, o arrojo político da reforma dos Forais deu-se, até, na cabeça de D. Manuel, que como sabemos foi preparada com a ajuda de uma "comissão" (onde figuravam Fernão de Pina e Rui Boto, entre outros), mas daquelas que "funcionam"!!! O que eu pretendia transmitir era que a "impressão" ajudou a implantar e obrigar o rigor legislativo. Por outras palavras: pegai lá estas leis, impressas com rigor, sem hipocrisias e redondilhos e com a ajuda de "novas tecnologias"*.
*Atenção, não confundir o meu sentido figurado com outros truques legislativos contemporâneos!
cumprimentos,
João Borges
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RE: D. Manuel I
Caro João Borges,
No reinado de D. Manuel I muitas inovações se deram. Sobre a reforma dos forais irei colocar alguns dados.
Renovados cumprimentos,
Artur Camisão Soares
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RE: D. Manuel I, O Traidor de Portugal
Caro Zé Maria,
Ocorre-me, se me permite, fazer-lhe 2(duas) perguntas:
1ª- No seu entender traiu D. João II e também Portugal?
2ª- Por acaso já leu "O OBITO DE D. JOÃO II" da autoria de Ricardo Jorge, PORTUGALIA EDITORA, LISBOA 1922?
Melhores cumprimentos,
Artur João
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RE: D. Manuel I, O Traidor de Portugal
Caro José Maria
Discordo em absoluto da sua decisão.
Não contestar as afirmações que aqui têm sido feitas, permite que o mais despudorado Elogio da Censura, a que alguma vez assisti, cresça impávido e sereno, como esta Oligarquia que nos sufoca e a que chamam República e Democracia.
O termo Manuelino, foi criado por Adolfo Varnhagen, visconde de Porto Seguro, que começou a carreira militar como voluntário nas tropas de D. Pedro IV de Portugal, contra D. Miguel I, de Portugal.
Parece-lhe que foi por acaso?
Esse a que chamam Manuelino, é o Gótico Português Tardio, que já existia no Reinado de D. João II.
Trata-se de uma variação do Gótico final e da Arte Mudéjar (Luso-Mourisca), que incorpora mais tarde ornamentos do Renascimento Ytaliano.
Os elementos decorativos cruzam o Cabalismo Cristão e a Alquimia.
E o contexto varia desde o Esotérico, ao moralizante e propagandistico- estes dois últimos, são inequivocamente Manuelinos.
A simbologia integra:
Esfera Armilar - D. João II - Alquímica
Cruz da Ordem de Cristo - Templária
Elementos Naturalistas:
Vegetalistas- A Árvore Seca de estética Franciscana, austera
Romãs
Alcachofras
Pinhas
A, Fertilidade, a Irmandade e a Regeneração.
Elementos Marinhos
Elementos do Paraíso Animal
Elementos Fantásticos
Gárgulas,Ourobores, Dragões e Sereias
Só me faltava que as Gárgulas do Castelo de Silves passassem a Manuelinas.
E que os Leões a a Árvore do Paraíso da Igraja de Alvor, que têm paralelo com a Pia da Igreja de Briedekirk, Cúmbria, datada do Séc. XII., e com a Madrassa Yakutiye em Erzunum na Turquia, fossem Manuelinos.
Árvores, Leões e Fénix com as Rodas do Universo, a Rosa com as cinco pétalas/chagas, e o Disco Solar, representação de Deus/Aton/Sol, agora são Manuelinas?
Só me faltava isto:
D. Manuel I, O Alquimista.
Se o Católico Romano D. Manuel tivesse percebido 1/10 daquela simbologia, tinha mandado arrasar tudo.
Começem por datar devidamente os Monumentos, ainda que alterados posteriormente, se quizerem perceber o país em que vivem.
Na esperança de que reveja a sua decisão.
Melhores cumprimentos
Airmid
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