Dr. Barata Salgueiro, Reitor do Colégio dos Nobres
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Dr. Barata Salgueiro, Reitor do Colégio dos Nobres
Caros frquentadores do Fórum,
Na excelente obra "Uma Família da Beira Baixa - Os Torres Fevereiro e as Suas Ligações Familiares" encontrei o seguinte excerto, que se encontra nas págs. 40-41 da 2.ª Edição:
«DO SEGUNDO CASAMENTO
8 - D. MARIA JOANA SALGUEIRO DA SILVEIRA DE MASCARENHAS, nasceu em Sarzedas a 14 de Maio de 1814 e casou em Lisboa com António Vaz da Fonseca e Mello, Governador Civil de Leiria, natural do Monte das Olaias, termo da vila de Tomar, filho de Manuel Vaz da Fonseca e de D. Maria Angélica de Mello.
António Vaz da Fonseca e Mello o qual, como também se refere nas "Memórias", esteve anos de relações cortadas com a família - irmãos e cunhados - de sua mulher. De facto António Vaz da Fonseca e Mello, como se verá a seguir, não devia ser fácil de aturar. Como se diz nas "Memórias" tratavam-se por parentes os irmãos Barata Salgueiro certamente pelo lado do meu 5.º avô Francisco José Salgueiro Vaz, Brigadeiro de Milícias e Capitão-Mor de Sarzedas. Estes irmãos foram, de certo modo, figuras respeitáveis no 2.º quartel do Século XIX, sendo o Dr. Manuel Antão Barata Salgueiro, por decreto de 17-X-1833, Reitor do Colégio dos Nobres (3). Logo a seguir, por decreto de 28-X-1833, demitidos os "realistas", foi António Vaz da Fonseca e Mello nomeado para a Directoria do Colégio dos Nobres por ser, na mesma data, Secretário e Deputado da Junta da Fazenda, por proposta "de Barata Salgueiro por o julgar competente e liberal mas fazia-lhe a cabeça em água, faltava constantemente, errava as contas e, apesar de estar hospedado na rua da Barroca, em casa do próprio Reitor, este nunca lhe punha a vista em cima" (4).
Foi demitido por proposta do próprio Dr. Manuel Antão Barata Salgueiro, primo de sua mulher.
António Vaz da Fonseca e Mello foi ainda, em 1858, Deputado às Cortes pelo Algarve e dele se diz na "Galeria parlamentar ou para lamentar", edição também desse ano, em texto assinado por um tal Aprígio Fafes (pseudónimo, com certeza), que foi "mudo como é costume". Não seria competente mas era "liberal". Como agora, ento e setenta ans decorridos, isso seria o bastante, só que há que substituir o "liberal" por "anti-fascista". Em toda a parte é a mesma conversa, variando no sentido iverso quando se alteram as "políticas".
António Vaz da Fonseca e Mello chegou, numa reunião da Junta da fazenda, a desafiar para um duelo o Dr. Manuel Antão Barata Salgueiro (5).
Tiveram descendência, que seguiu o apelido Mascarenhas, e que ainda em 1871 se mantinha no Algarve.
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(3) Gustavo de Mattos SEQUEIRA, "Depois do Terramoto", Vol. I, pág. 488.
(4) Gustavo de Mattos SEQUEIRA, "Depois do Terramoto", Vol. II, pág. 537.
(5) Idem, Ibidem, Vol. II, pág. 537.»
Gostava de saber se alguém tem mais informações sobre Manuel Antão Barata Salgueiro http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=212805
Dele sei que era filho do Capitão António Antão, Capitão da 1.ª Companhia de Ordenanças na vila de Álvaro, na Capitania-Mor da vila de Álvaro e suas anexas (vila de Alvares e vila da Pampilhosa da Serra) e deus sua mulher D. Teresa de Jesus Barata Salgueiro, "a Salgueira". Tendo também sido Deputado, lente de Capelo na Universidade de Coimbra e Juiz Desembargador.
Gostaria também de saber quais os requisitos para se ser Reitor do Real Colégio dos Nobres. Nunca encontrei o nome dele na Leitura de Bacharéis nem nas Habilitações das Ordens Militares e desconheço que tivesse o foro de fidalgo (penso que nenhum dos eus irmãos teve esse foro, incluíndo António Antão Barata Salgueiro, monteiro-mor da vila de Álvaro e 2.º marido da condessa de Laborim.
Por último, alguém saberá indicar-me onde terá sido a sua casa na rua da Barroca?
Antecipadamente grato apresento os meus melhores cumprimentos,
Nuno M. Figueira
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RE: Dr. Barata Salgueiro, Reitor do Colégio dos No
Caro Nuno
Eu chamo-me Fernando António, sou jesuíta, e faço o doutoramento em liturgia em Roma. Nos tempos livres dedico-me à história da minha terra e região, Olalhas (Tomar), e suas famílias.
Nas minhas buscas encontro repetidamente um problema relativamente ao nome da minha terra que aparece escrito de forma errada bastantes vezes, Olaias, Olhalhas, Olhaias, etc., (ou então na forma arcaica de Ollalhas), o que dificulta muito as buscas.
Na base de dados da Genea existe certamente um problema com o lugar de nascimento de António Vaz da Fonseca e Mello: “* Monte das Olaias”.
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=139138
O Nuno transcreve esta citação retira de "Uma Família da Beira Baixa - Os Torres Fevereiro e as Suas Ligações Familiares", págs. 40-41 da 2.ª Edição.: “António Vaz da Fonseca e Mello, Governador Civil de Leiria, natural do Monte das Olaias, termo da vila de Tomar, filho de Manuel Vaz da Fonseca e de D. Maria Angélica de Mello”.
Ora no termo de Tomar não me parece que exista nenhum lugar chamado Monte das Olaias. Certamente se trata de Montes, Olalhas, Tomar, já que Montes é um lugar da freguesia de Olalhas do concelho de Tomar (antigamente termo). Infelizmente não tenho comigo o livro em causa. Mas o facto que este erro é recorrente me leva a pedir-lhe para verificar o nome da terra em causa. Eu penso que é, como disse, Montes, Olalhas, Tomar. Desconhecia este livro. Pelos vistos tem informações interessantes acerca de pessoas da minha terra. Muito obrigado.
Com os melhores cumprimentos
Fernando António
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RE: Dr. Barata Salgueiro, Reitor do Colégio dos No
Caro Fernando António,
Confirmo o que aqui escrevi, é mesmo Monte das Olaias, no termo da vila de Tomar.
Cumprimentos,
Nuno M. Figueira
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