Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São Jorge
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Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São Jorge
As genealogias apresentam-no como sendo filho de Pedro Luís Pereira e de Bárbara Dias Teixeira, julgo que seguindo "cegamente" o texto do Padre Manuel Azevedo da Cunha.
No entanto, por aquilo que estudei, estou em crer que esta filiação estará errada e que Sebastião Nunes Pereira seria filho de Gaspar Nunes Pereira Neto e de sua mulher Bárbara de Valença. Será que alguém me pode dar uma indicação das fontes que poderão eventualmente confirmar uma ou outra hipótese?
Agradeço antecipadamente.
Gui Maia de Loureiro
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Pode tentar o manuscrito de Mateus Machado Fagundes de Azevedo, intitulado "Genealogias de São Jorge" que menciona praticamente todas as famílias detentoras de principalidade à época, tratando-se efectivamente de um Nobiliário, e não de umas Genealogias no sentido contemporâneo da expressão.
Em todo o caso penso que está de acordo com o apontado pelo Padre Manuel de Azevedo da Cunha. É a primeira vez que ouço essa versão divergente. Em que se baseia concretamente para o filiar no 3º capitão-mór da Calheta Gaspar Nunes Pereira Neto?
Com os melhores cumprimentos, Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Igor França,
Agradeço a sua reposta e a sugestão de consultar o manuscrito de Mateus Machado Fagundes de Azevedo.
Aquilo que me faz duvidar da filiação de Sebastião Nunes Pereira é o nome de uma das filhas de Miguel Afonso de Sousa, neta portanto do dito Sebastião. Tenho conhecimento de três filhas de Miguel Afonso de Sousa: Catarina Pereira de Sousa, que casou com António Álvares de Borba (e são meus antepassados); Isabel de Quadros e Bábara de Valença que casaram no mesmo dia com dois irmãos, Francisco de Borba e Miguel Vieira de Borba, respectivamente.
Ora, onde foi buscar Bárbara de Valença o seu apelido? A uma tia-bisavó paterna por afinidade? Porquê se aquela que se diz ser sua bisavó usava o apelido Teixeira, muito mais sonante nas Ilhas?
Por outro lado, temos as três testemunhas do casamento de Sebastião Nunes Pereira com Isabel de Quadros: o Capitão-mor Gaspar Nunes Neto, Bartolomeu Nunes Pereira e Gaspar Gonçalves de Quadros.
Genealogistas como Rodrigo Rodrigues dizem que Gaspar Nunes Neto era tio paterno do nubente, mas isso não está escrito no texto do assento. Sabemos que Gaspar Gonçalves de Quadros era o pai da noiva e que Pedro Luís Pereira era ainda vivo em 1646 (data em que surge mencionado numa postura camarária). Até posso aceitar que Gaspar Nunes Neto tivesse sido escolhido para testemunha por ser capitão-mor, mas havendo uma terceira testemunha, como se justifica que essa não fosse o pai do noivo?
Isto, é, aceito como plausível que Gaspar Nunes Neto tivesse sido convidado para ser testemunha por ser capitão-mor, mas acho difícil de aceitar que havendo duas outras testemunhas e sendo uma delas o pai da noiva, a outra não fosse o pai do noivo. Isto conjugado com o facto do apelido Valença surgir na descendência de Sebastião Nunes Pereira leva-me a levantar a hipótese deste ser de facto filho de Gaspar Nunes Pereira Neto.
Por enquanto é apenas uma hipótese, mas gostaria de saber quais as fontes coevas que poderão eventualmente atestar esta filiação.
Melhores cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Gui Maia de Loureiro
Li a sua mensagem com toda a atenção. De seguida consultei o manuscrito de Mateus Machado Fagundes de Azevedo, nas suas duas versões, a que se encontrava em posse da família Soares de Albergaria, de que possuo uma cópia, e a que foi copiada a pedido de José do Canto, hoje disponibilizada "online" pelo Centro de Conhecimento dos Açores. Consultei também a obra genealógica de Silveira Avelar. Estas consultas não me permitiram esclarecer as dúvidas que coloca. Por outro lado o Padre Cunha é peremptório ao afirmar que o capitão Sebastião Nunes Pereira é filho do capitão Pedro Luís Pereira, irmão do capitão-mór Gaspar Nunes Pereira Neto, que segundo a sua dúvida poderia ser não tio paterno mas progenitor do nosso "avô" Sebastião. Não sei em que se baseia a afirmação tão clara do autor. O que posso adiantar é que já deparei com outras afirmações tão seguras dele, sem apoio documental transcrito, e que depois se revelaram correctas quando confrontadas com as fontes documentais. Não me parece por isso que o eventualmente mais sonante apelido Teixeira possa ter aqui influído na conclusão. Até porque em termos de principalidade repare que à família Valença pertencem não só o 1º capitão-mór da Calheta, Tomé Gregório, como o seu filho Baltazar Gregório Ramalho, 3º capitão-mór das Lages do Pico, e diversos capitães de ordenanças, sendo claramente uma família da governança local. Há contudo um aspecto curioso que refere na sua última mensagem. Donde viria o "Valença" utilizado pela noiva Bárbara, casada a 25.1.1700? A questão merece investigação, e em minha opinião poderá ter duas explicações, que me parecem mais simples que o entroncamento de Sebastião no casal Gaspar Nunes Pereira Neto e Bárbara de Valença. Não se conhece registo do casamento do capitão Miguel Afonso de Sousa com Leonor Pereira, porque terão casado na Ribeira Seca, onde vivia o capitão-mór. Assim, o apelido poderia advir por sua mãe Leonor Pereira, se esta fosse neta daquele casal. Se partirmos do princípio que o Padre Cunha se enganou, o que não é impossível, parece-me bem mais provável que Leonor Pereira fosse filha do capitão Sebastião Nunes Pereira, e não o seu marido, porque este utiliza uma composição onomástica frequente na família Valença. Para já é o que posso adiantar uma vez que os registos de baptismos da Matriz - Santa Catarina só começam em 1692, impossibilitando uma pesquisa coeva por essa via.
Com os melhores cumprimentos, Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Igor França,
Só agora tive algum tempo para agradecer e responder à sua mensagem. Realmente é possível que o apelido Valença venha por Leonor Pereira, mas ainda assim julgo que existe dúvida suficiente para não tomar por certa a afirmação do Padre Cunha. É uma pena que não tenha incluído as fontes dos dados que apresenta na sua obra!...
Estou longe de ser um especialista em genealogia de São Jorge, uma vez que só muito recentemente soube que tinha antepassados dessa Ilha. O que sei é aquilo que tenho tido oportunidade de consultar ocasionalmente na Internet, especialmente através dos assentos paroquiais mas também de alguns blogues.
O problema é que quanto mais informação recolho da internet (onde raramente há referências seguras às fontes) mais dúvidas tenho sobre alguns ramos. Será que me pode ajudar com alguns deles?
Por exemplo, tenho dúvidas na ascendência de Salvador Pereira de Morais, baptizado na Ribeira Seca a 4 de Abril de 1680, filho de João Lopes Mendes e de sua mulher Susana de Morais. Embora cingindo-me aos assentos paroquiais não consiga passar desta geração, vi num blogue as datas de baptismo dos referidos João e Susana e respectivas filiações.
João Lopes Mendes seria assim filho de Francisco Luís Pereira (ou Toste) e de Margarida Mendes; neto paterno de Nuno Jorge e de Margarida Toste e neto materno de Francisco Lopes Teixeira e de Isabel Gregório (esta filha do Capitão-mor Tomé Gregório).
A minha primeira dúvida é a seguinte: não foi Nuno Jorge pai de Francisco Luís Soutomayor casado com uma Helena Machado? Não me parece que tivesse dois filhos com o mesmo nome. O Francisco Luís Pereira (ou Toste) teria sido Alferes pela ordenança e Juiz ordinário da Calheta) mas nunca é referido nas respectivas posturas municipais.
A segunda dúvida diz respeito à ascendências do dito Nuno Jorge. Tenho encontrado online a versão de que seria filho de Nuno Álvares Pereira e sua mulher Catarina Fernandes e neto paterno de Álvaro Nunes e de Maria Pereira.
Esta Maria Pereira teria nascido no Faial e seria filha de Lourenço Vaz Corte-Real e de Bárbara Pereira. Ora o próprio Padre Cunha diz que Nuno Álvares Pereira veio da Corte casado com Catarina Fernandes! Quererá isto dizer que Nuno Álvares, sendo natural dos Açores foi à Corte casar e depois foi povoar São Jorge?
Talvez este parentesco venha referido e provado em obras de genealogia açoreana, mas neste momento não tenho acesso a nenhuma delas. Será que me consegue esclarecer esta dúvida?
Cordiais cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Gui Maia de Loureiro,
Em primeiro lugar peço desculpa por só agora responder à sua mensagem, mas a análise das questões e recolha da informação revelou-se mais demorada do que prometia inicialmente.
Desconheço os blogues a que se refere, e mesmo as linhas genealógicas que me enviou, uma vez que não sou propriamente um genealogista jorgense, embora o tema me interesse bastante na medida em que 25% do meu capital genético é oriundo daquela ilha açoriana. Não obstante envio-lhe o que pude recolher sobre as diversas questões que me coloca.
No que diz respeito ao entroncamento do capitão Sebastião Nunes Pereira continuo a pensar que, atendendo ao facto do Valença só aparecer na linha descendente do casal Miguel Afonso de Sousa e Leonor Pereira, há apenas uma ínfima possibilidade de não se ter transmitido pela Leonor, de cuja ascendência nada se sabe ainda.
Quanto aos restantes aspectos que refere, transcrevo abaixo o que apurei, estruturando o texto segundo ma linha genealógic, na esperança de o tornar mais entendível:
1 - Nuno Álvares e Catarina Fernandes que são, segundo o genealogista Mateus Machado Fagundes de Azevedo, dos primeiros povoadores de São Jorge. Nas duas cópias do seu manuscrito (o que se encontrava em posse da família Soares de Albergaria e o copiado por José do Canto) não lhes é apontada ascendência conhecida, mas na página 69 da obra Notas Históricas pode ler-se que Nuno Álvares é irmão de Gaspar Nunes Pereira, o Velho e filho de Álvaro Nunes. Também os filhos de ambos, que casaram entre si, são designados, na mesma página, como primos. Desconheço o que fundamenta esta tão clara prova de parentesco que o autor apresenta.
Tiveram entre outros filhos:
2 – Nuno Jorge que casou com Margarida Toste.
3 – António Luís Pereira (único filho do anterior casal referido quer na obra do Padre Cunha, quer nos manuscritos supramencionados, quer ainda na obra do genealogista Silveira Avelar, a folhas 9) que casou com Helena Toste, filha de João Afonso do Pó e Lucrécia Lopes (Notas Históricas:65). Tiveram entre outros:
4 – Águeda Jorge casada com António da Cunha Vieira (única filha mencionada por Mateus Machado Fagundes de Azevedo).
4 – Francisco Luís Sottomayor que casou em 1625 com Helena Machado Vieira, segundo NH:65. (Outros três irmãos são referidos na mesma página 65 da obra do Padre Cunha) Este entroncamento é sustentado pelo seu testamento, redigido em 7 de Janeiro de 1661, que terá sido aberto após a sua morte, ocorrida a 20 de Setembro de 1666, e se encontra parcialmente transcrito nas páginas 146 e 147 daquela obra.
Francisco Luís Sottomayor é portanto neto paterno e não filho de Nuno Jorge. Concordo que não é admissível que o casal António Luís e Helena tivessem um segundo filho de nome Francisco Luís Pereira ou Toste, cuja composição onomástica parece apontar para um parentesco com a família em causa (Contudo não há dúvida de que falamos de indivíduos distintos, o 1º é referido como marido de Helena Machado, que testemunha um baptismo na Ribeira Seca a 10 de Maio de 1626 e um seu filho apadrinha um filho do segundo a 15 de Janeiro de 1637, na Ribeira Seca, por outro lado o segundo apadrinha várias crianças entre 1626 e 1632, na qualidade de filho de António Luís). Se o testamento do 1º confirma a sua ascendência, já no caso do 2º apenas podemos ter a certeza que o seu pai era homónimo do António Luís Pereira, nº 3 desta linha genealógica.
Nos registos de baptismo da Ribeira Seca aparece um casal Francisco Luís Pereira (ele nunca é designado por alferes) e Margarida Mendes que baptizam vários filhos entre 1635 e 1650 (António, João que poderá ser o João Lopes Mendes ou Teixeira que me referiu, Pedro, Sebastião, Maria, Manuel, Tomé, Mateus, Maria, Isabel, “José”? e Gonçalo).
A prova da ascendência de Margarida Mendes ou Gregório parece bem mais segura que a de Francisco. Efectivamente, ela aparece como madrinha de três baptismos na Ribeira Seca, a 29.1.1631, em data ilegível de 1631 e a 21.3.1632, identificada como filha de Francisco Lopes. A invulgaridade do seu nome, o facto de não voltar a aparecer como madrinha solteira depois do nascimento do 1º filho do casal Francisco e Margarida, em 1635, a composição do Mendes com o Gregório, e, finalmente, o facto de na freguesia conhecermos o casal Francisco Lopes Teixeira, casado com Isabel Gregório, e filho de Brás Álvares Teixeira e Margarida Mendes, afiguram como praticamente certo o seu entroncamento nesta família.
Quanto ao casal João Lopes Mendes ou Teixeira e Susana de Morais, que baptizam quatro filhos na Ribeira Seca entre 1678 e 1685, sendo um deles o Salvador que me refere, penso que poderá ter casado no Topo em virtude da família Morais ser originária dessa Vila da ilha de São Jorge. Efectivamente encontro aí o casamento de um Francisco Gonçalves Teixeira e uma Isabel ou Susana de Morais, realizado a 24 de Outubro de 1645, casal que baptiza três filhos varões entre 1649 e 1657. Uma pesquisa mais apurada poderá permitir o entroncamento desta senhora no casal supramencionado.
É tudo o que posso avançar para já.
Com as mais cordiais saudações, Igor França
P.S. Se me puder fazer o favor de me indicar os blogues que referiu na sua mensagem fico-lhe agradecido.
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Igor França,
Agradeço mais esta sua mensagem, que me parece muito bem informada.
O problema destas genealogias parece ser sempre o mesmo: à falta de registos paroquiais, temos que recorrer a fontes secundárias cuja validade pode sempre ser questionada, se não pela imprecisão dos dados, pelo menos por eventuais e prováveis omissões.
A ascendência que tenho tentado estudar vai invariavelmente dar a estes Pereiras. Uma primeira linha, pelo Miguel Afonso de Sousa; a segunda (ainda pouco clara), pelo tal Francisco Luís Toste qualquer que seja o seu parentesco com os outros "Luís Pereira"; e a terceira pela Susana de Morais, que parece ser filha de João Nunes Pereira e Maria Gaspar, neta paterna de Domingos Nunes Pereira e Maria Gaspar, bisneta por seu avô paterno de Domingos Afonso Nunes Pereira e Bárbara Pereira e trineta por este Domingos de Baltazar Nunes Pereira filho de Álvaro Nunes e Maria Pereira.
Enfim, julgo que estarei "condenado" a tentar resolver estas dúvidas que tenho não só no que diz respeito ao entroncamento das várias linhas nestes ascendentes mais recuados, mas também quanto à ascendência anterior à ida para São Jorge. O que acha da ascendência aqui apresentada http://www.geneall.net/P/per_tree.php?id=1014698 Será que outras fontes relativas ao Faial ou à Ilha Terceira a confirmam?
Por fim, aproveito o seu conhecimento sobre estas matérias para lhe perguntar se se sabe quem era o Tomé Gregório 1º capitão-mor da Calheta. A sua ascendência é conhecida? Não haveria outras pessoas na Calheta teoricamente mais bem posicionadas para ocuparem o importante posto de capitão-mor?
Cordiais cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
PS - O blogue de que lhe falei chama-se Azorean Roots.
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caros Igor França e Gui de Maia Loureiro,
Peço desculpa de me intrometer no tópico sem lhe aportar nada de novo, mas gostaria de aproveitar os vossos conhecimentos sobre a Ilha de São Jorge para perguntar se têm alguma informação sobre o Padre Mateus da Silveira Borges, que foi coadjutor e beneficiado na Matriz do Topo.
Já era padre em 1661, quando foi padrinho na mesma matriz, e assina a partir de 1669 vários assentos nos paroquiais do Topo. Morreu nessa freguesia a 23.5.1686.
Esse padre teve uma filha, Juliana da Cruz, baptizada no Topo a 15.5.1662 como filha de pai incógnito, mas cuja filiação consta do seu assento de casamento a 6.2.1698 na Calheta, com Manuel Pereira de Bairos, filho de Sebastião Nunes de Bairos e de Maria Luís Fagundes.
Muito obrigada,
Rita van Zeller
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Cara Rita van Zeller,
Lamento não a poder ajudar mas não tenho qualquer informação sobre o Padre Mateus da Silveira Borges. Será certamente descendente do povoador flamengo do Topo, Guilherme da Silveira, o Van der Hagen. O que lhe posso avançar é que se encontra em fase de preparação para publicação uma obra da autoria do Sr. José Leite Pereira da Cunha, intitulada Os Silveira de São Jorge, que constitui o mais importante estudo jamais realizado sobre esta família até à actualidade. Em virtude do estado de saúde do autor a publicação está a ser orientada pelos consagrados genealogistas, Dr. António Maria Mendes e Dr. Jorge Forjaz.
Com as mais cordiais saudações, Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Gui Maia de Loureiro,
O 1º capitão-mór da Calheta, Tomé Gregório, é, segundo informação constante da folha 73 do manuscrito de Mateus Machado Fagundes de Azevedo, filho de Gregório Fernandes e senhora desconhecida, neto paterno dos povoadores Pedro Eanes de Valença e sua mulher Isabel Casada Barreto.
Sobre a questão que coloca, quanto à “qualidade” social de Tomé Gregório à época em que exerceu a capitania-mór, penso que seria a ajustada para o exercício do mais importante cargo da Calheta. Na qualidade de neto por varonia de um povoador beneficiado por grandes dadas de sesmaria, o que só por si atesta a pertença a um grupo no cume da pirâmide social, devia ocupar a posição de relevo suficiente para justificar o exercício do posto. Na justificação de nobreza de Miguel António da Silveira, apresentada em 1735 (Notas Históricas: 122) aqueles povoadores são referidos como “nobres e fidalgos (…) legítimos do Reino, e como tais a sua Casa era coutada por privilégio Real”. Toda a sua descendência próxima exerce cargos de ordenança, e o seu filho Baltazar é o 3º capitão-mór das Lages, na vizinha ilha do Pico, o que atesta um reconhecimento que extravasa o limite geográfico jorgense. Quanto à capitania-mór da Calheta, se exceptuarmos o 2º capitão, Manuel de Azevedo, todos os restantes estão genealogicamente ligados a esta família. O 3º capitão, Gaspar Nunes Neto, é casado com uma sua prima em 2º grau. Reforçando este raciocínio, as alianças matrimoniais entre o grupo familiar de Tomé Gregório e as restantes cinco famílias, que na Calheta, evidenciam maior projecção social, Azevedo, Machado, Pereira, Teixeira e Vieira, são inúmeras.
Os dados que me avançou sobre Susana de Morais revelam-se insuficientes para poder confirmar a ascendência proposta. Já o entroncamento de Domingos Nunes Pereira, casado com Maria Gaspar (suposto avô paterno da supramencionada Susana de Morais) levanta-me as maiores reservas. Nem Mateus M.F. de Azevedo, (veja-se folha 46 do manuscrito) nem Silveira Avelar desenvolvem a descendência de Domingos Afonso Nunes Pereira e Bárbara Pereira. Contudo, o Padre Cunha (NH:72) baseando-se certamente no testamento de 1631, indica-lhes dois filhos, Gaspar de Bairos, falecido antes do testamento ter sido lavrado, e o capitão Baltazar Luís Pereira. Se o Domingos Nunes Pereira também era filho e não foi referido no testamento onde se encontra a prova documental do seu entroncamento. Nos paroquiais não será concerteza pois os da Matriz (Santa Catarina) começam em 1692, no caso dos baptismos, e em 1631, no caso dos casamentos, enquanto os da Ribeira Seca, começam em 1623, no caso dos baptismos, e 1698, no caso dos casamentos.
Quanto à ascendência de Nuno Álvares, casado com Catarina Fernandes patente no Genea, pese embora o facto de ser a avançada pelo Padre Cunha, confesso que a aceito com muita reserva. Os genealogistas terceirences e faialenses, que eu tenha conhecimento, não esclarecem nada sobre esta questão. Aliás, o próprio entroncamento de D. Bárbara Pereira em D. João Garcia Pereira, que é apresentado como um facto inquestionável por todos os genealogistas jorgenses, é ignorado por Marcelino Lima na obra “As famílias faialenses”.
Coma as mais cordiais saudações, Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Igor França,
Muito obrigada pela resposta, e pela informação sobre o livro, que deverá ser sem dúvida de imenso interesse. Talvez lá conste o "meu" Padre Mateus da Silveira Borges.
Melhores cumprimentos,
Rita van Zeller
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Gui Maia de Loureiro,
Peço desculpa de não lhe ter, na minha anterior mensagem, agradecido a referência que me deu do blogue. De facto não o conhecia, embora tenha conhecido pessoalmente o seu autor há uns anos em São Jorge. Muito Obrigado.
Se precisar de mais alguma informação disponha.
Com as mais cordiais saudações, Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Meu caro Confrade
Tenho lido com agrado as suas sempre prestimosas interveções neste tópico que muito me têm auxiliado a esclarecer pontos sempre obscuros como a genealgia tradicionalmente nos coloca. Obrigado pela sua colaboração em prole de todos os que gostamos desta área de investigação.
Aproveito para o informar que o José Pereira da Cunha faleceu em finais de 2008 pelo que a sua obra sobre a descendência do Guilherme da Silveira ficou inacabada tendo-a eu na minha mão sobre a qual terminei por estes dias a revisão e as remissões sem no entanto acrescentar dados para que a mesma seja publicada sobre o original. Conto ir a São Jorge ainda este mês para ter um encontro com a Câmara das Velas de modo a verificarmos a viabilidade da sua publicação. O meu particulara migo Dr. Jorge Forjaz irá fazer o prefácio.
Paralelamente tenho estado a trabalhar quase "arduamente" as genealogias de São Jorge tendo em vista a ublicação das mesmas à semelhança daquilo que os Drs. António Ornelas Mendes e Jorge Forjaz fizeram já e por sugestão deste último. É tarefa dura como pode depreender pelo que todas as informações em particular sobre ramos e actualizações sºao mais que bem vindos!
Com amizade,
Filipe Pinheiro de Campos
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Confrade
Recebi com muito pesar a notícia que me enviou do falecimento do Sr. José Leite Pereira da Cunha. Devo-lhe também as minhas desculpas por, neste fórum, ter veiculado a ideia de que a obra daquele genealogista estava a ser preparada para publicação pelos Drs. António Maria Mendes e Jorge Forjaz, quando afinal a parte mais substancial dessa responsabilidade recaiu sobre si. A melhor homenagem que podemos fazer ao nosso falecido companheiro de pesquisa é, precisamente, publicar a sua obra, que é resultado de uma vida de investigação.
Li também a sua outra mensagem dirigida à generalidade dos participantes do fórum, em que disponibiliza o seu endereço electrónico pessoal para um contacto mais directo, facilidade que agradeço e tenciono utilizar para me colocar à sua disposição.
Com as mais cordiais saudações, Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Gui Maia de Loureiro,
Escrevo-lhe para lhe enviar um possível contributo para a identificação da sua antepassada Leonor Pereira, mulher do capitão Miguel Afonso de Sousa. Localizei uma homónima, é a única na freguesia da Ribeira Seca, que aparece como madrinha de baptismos a 25.12.1653, 1.3.1654, e 1.12.1656, sempre na qualidade de filha de Bartolomeu Gonçalves Pereira, da Calheta. Não sei, ainda, quem é a mãe. Contudo dos sete filhos documentados do casal Miguel e Leonor um chama-se precisamente Bartolomeu Gonçalves.
Com as mais cordiais saudações, Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Igor França,
Muito obrigado pela sua atenção. Vou tentar encontrar o casamento deste Bartolomeu Gonçalves Pereira na Calheta, uma vez que cronologicamente não me parece poder ser o que está aqui na BD do Geneall.
Cordialmente,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São Jorge
Caro Gui Maia de Loureiro,
A impossibilidade cronológica de o identificar com o homónimo que está no Geneall parece-me que resulta do casamento apontado para os seus pais nesta base. Contudo essa data está errada, e refere-se ao casamento do filho João Machado Pereira, esse sim documentado como tendo casado na data em causa.
Bartolomeu não casou na Calheta, pelo menos o registo não consta dos livros. Poderá ser o casado com Isabel Nunes (casal referenciado como progenitores em casamentos aí realizados no século XVII) cuja ascendência desconheço, e que tenho estado a trabalhar por serem meus antepassados. Se assim for a transmissão do apelido Valença, que só aparece na descendência de Leonor Pereira, ter-se-ia efectuado por linha feminina, porque a ascendência patente no Geneall, para Bartolomeu, está correcta e não estabelece qualquer ligação ao povoador Pedro Anes de Valença.
Cordialmente, Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Gui Maia de Loureiro,
Hoje de manhã localizei o casamento do Bartolomeu Gonçalves Pereira que está no Genall, cuja identificação havia extractado como ilegível na primeira leitura que fiz ao documento original que consultei em Angra do Heroísmo. Por incrível que pareça a leitura da cópia digitalizada, patente na base do Centro de Conhecimento dos Açores, é de leitura bastante mais fácil. Confirma-se que é o que casou com Isabel Nunes na Matriz da Calheta a 20.4.1637. Infelizmente o Padre não indicou a filiação dos nubentes, aliás à semelhança de quase todos os casamentos do início do Livro 1, por isso não é possível descortinar quem serão os progenitores de Isabel Nunes. Contudo, e no que diz respeito a Bartolomeu não há dúvidas. Ele é perfeitamente identificado a folhas 37 do manuscrito genealógico de Mateus Machado Fagundes de Azevedo (elaborado no século XVIII) e é mencionado no testamento de sua tia materna (Helena Machado Vieira, que também consta do Geneall) documento aberto na sequência do seu falecimento em 22 de Maio de 1671. Resumindo, resta agora confirmar se este Bartolomeu é o mesmo identificado como pai de Leonor Pereira. Qualquer informação sobre a ascendência de Isabel Nunes poderá ser preciosa nesse sentido.
Cordialmente, Igor FRança
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Igor,
Mais uma vez agradeço a sua mensagem e o cuidado de me manter a par das suas pesquisas. Também consultei ontem os registos paroquiais da Calheta e encontrei dois assentos que me pareceram poderem ser relativos ao Bartolomeu Gonçalves Pereira pai de Leonor Pereira: além do que indica na sua mensagem, aparece também o de Bartolomeu Gonçalves casado a 16 de Fevereiro de 1633 com Maria Soares: ele, filho de Gonçalo Enes, já defunto e de N. (Catarina?) do Couto; e ela filha de Pedro da Costa e de Bárbara Soares, já defuntos.
Creio que não há razão para excluirmos a hipótese de Leonor Pereira ser filha deste casal, ou há? Não encontrei a referência de Mateus Machado a Bartolomeu, que julgo será o que lhe permite afirmar que o nos interessa é o que casa com Isabel Nunes. Pode enviar-me o link para a página do manuscrito?
Agradeço antecipadamente.
Cordialmente,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Gui Maia de Loureiro,
Envio-lhe o link para o manuscrito. Se calhar teve dificuldades em localizá-lo porque eu referi a numeração original do documento (37), que online é a abaixo indicada, correspondendo à imagem 48, onde Bartolomeu ocupa a posição com o número 8.
http://pg.azores.gov.pt/drac/cca/biblioteca_digital/GenealogiasdeSJorge/GenealogiasdeSJorge_item1/P49.html
Também encontrei o casamento de Bartolomeu Gonçalves do Couto (é assim designado no casamento da filha Bárbara Pereira (realizado a 14.5.1651) com Maria Soares. Não há, por enquanto, razões para os excluirmos como possíveis progenitores de Leonor Pereira, atendendo até ao facto da filha documentada também usar Pereira. Contudo inclino-me mais para a outra hipótese.
A questão essencial aqui será esclarecer a dúvida que colocou no início deste tópico, o aparecimento do "Valença" na sua descendência, que não pode radicar num erro isolado, atente-se à onomástica dos seus filhos.
1 - Bárbara de Valença
2 - Isabel de Quadros
3 - Sebastião Nunes
4 - Antão Pereira Barreto
5 - Maria de Quadros
6 - Catarina Pereira ou Leal de Valença
7 - Bartolomeu Gonçalves
Isabel e Sebastião são homónimos dos avós paternos. Antão e Maria recebem também nomes relacionados com a família paterna. São os utilizados por Bárbara e Catarina, que só podem referenciar-se à família materna, e sobretudo Bartolomeu, certamente homónimo do avô materno a dar-nos algumas indicações. Da ascendência de Isabel Nunes nada se sabe ainda, mas aquela que se pode extrair da informação do registo de casamento de Bartolomeu Gonçalves do Couto com Maria Soares não favorece o entroncamento de Leonor Pereira neste casal. Finalmente há ainda a disparidade social entre aqueles, pertencentes a famílias anónimas da Calheta, e a família do noivo, documentada na governança local. Esta disparidade, hoje aceitável, parece pouco consentânea com os costumes da época, já não se colocando no outro caso em análise, porque quer a família de Bartolomeu Gonçalves Pereira, quer os "Valença" integram o grupo homogéneo que nesse período se mantinha ainda no topo da pirâmide social local.
Cordialmente, Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
A prova da filiação da mulher do capitão Miguel Afonso de Sousa parece encontrar-se efectivamente no registo de bapt da Ribeira Seca de 28 Nov 1653. Se estou correcto é filha de Bartolomeu Gonçalves Pereira e de sua mulher Maria André e neta paterna do tabelião Bartolpmeu Gonçalves Pedroso e de sua mulher Isabel Nunes Neto.
No meu entender a ascendência que o Gui referiu para estes Pereiras de S. Jorge, entroncando-os num Corte Real que julgo não se encontrar documentado e numa Pereira alegadamente faialense não encontra alicerce em fontes credíveis e deve ser tardia
Aproveito o ensejo para pedir ao Igor França que, se assim o entender, me conacte para fsomas@sapo.pt uma vez que tenho algo para lhe enviar
Cumprimentos
MLM
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Dr. Manuel Lamas de Mendonça,
Agradeço a sua disponibilidade para me enviar mais informação. Vou escrever-lhe directamente, já de seguida. Contudo, e porque este tópico foi aberto pelo nosso confrade Gui Maia de Loureiro envio-lhe publicamente a minha resposta sobre estas questões, para que também ele possa ter acesso a ela.
Penso que deve haver engano na proposta filiação de Bartolomeu Pereira de Sousa (é assim que é referido no casamento da filha Catarina) casado com Maria André. Efectivamente este casal tem 4 filhos documentados, todos casados em Santa Catarina, Isabel Pereira (c.22.11.1655 com Sebastião Pereira Brasil) Apolónia Pereira (c. 29.6.1665 com Pedro Gregório) Catarina Pereira (c. 13.2.1668 com Francisco Pereira de Lemos) Manuel Pereira Ferreira (c. 22.9.1681 com Úrsula Jorge).
Quanto a Bartolomeu Gonçalves Pedroso e Isabel Dias (poderia ter utilizado Nunes Neto mas não a documentei com essa composição onomástica) casaram, certamente na Ribeira Seca, em 1649, pois esse é o último ano em que aparecem, na qualidade de solteiros, ele filho de Jorge Fernandes, ela do capitão-Mór Gaspar Nunes Pereira Neto, a apadrinhar baptizados. Em 1650 baptizam a única filha documentada, Maria Neto Pedroso. Bartolomeu Gonçalves Pedroso enviuvou e casou 2ª vez. Do 1º casamento não ficou documentado mais nenhum filho, mas em todo o caso nunca poderia ser seu filho o Bartolomeu supracitado, em virtude da cronologia dos casamentos acima elencados.
Extractei todo o 1º Livro de baptizados da Ribeira Seca e não encontro o baptizado de 28 Nov 1653, que provaria a filiação de Leonor Pereira, mulher do capitão Miguel Afonso de Sousa, neste Bartolomeu. Pode confirmar a data do baptizado?
Quanto ao entroncamento de Bárbara Pereira e Lourenço Vaz (Corte-Real) que é certamente tardio, penso que é Mateus Machado Fagundes de Azevedo que, no século XVIII, aparece primeiramente a defendê-lo, era importante saber-se o que o fundamenta. Não sei se o Geneall guarda registos do envio da informação genealógica que lhe é facultada mas, se o faz, era interessante que o expusesse, de forma a podermos contactar os seus autores e esclarecer estas questões onde persistem dúvidas. Aliás as genealogias da ilha de São Jorge são, de entre todas as genealogias açorianas que conheço, aquelas que apresentam mais "fantasia". O caso de Nuno da Cunha, aqui rebaptizado como Nuno da Cunha de Ávila http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1027919 é, nesse aspecto, paradigmático. Por sugestão minha foi desentroncado (nada se conhece sobre a sua ascendência, a não ser que era proveniente da Graciosa) mas mão caridosa, admito que até possa ser bem intencionada, restituiu-lhe a filiação cronologicamente inviável que patenteia novamente.
Cordialmente, Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caros Gui e Igor
Muitissimo obrigado pelas oportunas correcções que vou introduzir imediatamente e confirmar
Para a filiação do 1.º Bartolomeu no 2.º utilizei o conteúdo do rº de baptismo da R.ª Seca de 1 Abril de 1641.
Quanto á data,( 28 Nov 1653, ) admissivelmente incorrecta, do assento que terei utilizado para deduzir a filiação de Leonor tenho que regressar ao extrato do 1.ª livro dos baptizados de Santiago da RS
Não menos cordialmente
MLM
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caros Senhores
Será que me poderiam dar alguma informação sobre os Cunhas de S.Jorge ?
Com os meus agradecimentos
ptp
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Confrade,
Se exceptuarmos as linhas anónimas, há pelo menos dois troncos para os Cunha de São Jorge.
1 - Nuno da Cunha, fidalgo da Graciosa, que o decano das Genealogias daquela ilha, Sr. Oriolando Correia da Silva garantia não se conseguir entroncar na família do capitão do Donatário (Correia da Cunha) e que a sê-lo não será certamente com o patente no Geneall, que a cronologia inviabiliza.
2 - O outro tronco é o do fidalgo António da Cunha e Andrade, que se fixa no Faial no século XVII, cuja descendência irá fixar-se em São Jorge, sobretudo na Vila das Velas, onde possuiu importante casa, utilizando preferencialmente a composição "Cunha da Silveira".
Cordialmente, Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Igor
Muito obrigado pela informação.
Pergunto ainda, qual dos troncos dos Cunhas o Padre Azevedo da Cunha (meu parente ) fala ?
obrigado
ptp
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Confrade,
Seguramente do de Nuno da Cunha, que é aliás o tronco mais antigo em São Jorge. Penso que não fala no outro mas em todo o caso pode consultar as Genealogias do Silveira Avelar, que o referem quase de certeza.
Cordialmente,
Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
com os meus melhores agradecmentos
Creia-me
Pedro Teixeira Pinto
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Confrade
Pelo seu conhecimento e sabendo que existem inexactidões na linhagem Cunha de S.Jorge, aqui registada, acha que o resto está mais ou menos correcto?Eu estou como calcula no fim da linha com o nome atrás revelado.
Com os meus agradecimentos.
ps: o Padre Azevedo da Cunha era primo da minha Avó paterna : Maria Madalena da Cunha Machado.
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
adenda : existe um estudo, aqui na net, de um Senhor brasileiro chamado Vanderlei que me parece muito correcto, já o viu?
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Pedro Teixeira Pinto,
A minha avó materna lembrava-se do seu primo, o autor das Notas Históricas. O meu bisavô, que é referido na obra, e o Padre Cunha não sei se eram amigos, mas pelo menos relacionavam-se socialmente. Foi aliás por causa dessa obra, que estava lá em casa, que eu me comecei a interessar pela genealogia.
As ligações não documentadas, ou mesmo incorrecções a que me referi, não se excluem à linha "Cunha", e têm a ver com os entroncamentos pretendidos para alguns dos povoadores, porque, não só não se apoiam em informação disponibilizada, como também contrariam mesmo a conhecida, ou ainda são inviabilizados pela cronologia (é o caso do nosso avô Nuno da Cunha).
Até à actualidade não tenho a possibilidade de confirmar se haverá alguma gralha porque a informação aqui patente na sua linha não é suficiente (faltam datas de casamentos e de baptizados em muitos indivíduos). Mas nesse período, com os registos on-line é possível confirmar tudo. A este propósito adianto-lhe que a opinião que tenho da obra do Padre Cunha é muito positiva. Pode-se-lhe apontar como crítica o facto de omitir muita informação no texto (quando refere que x casou y, sem adiantar data e local) mas, pelo menos no que concerne à minha ascendência, consegui confirmar com os Paroquiais tudo o que é afirmado. Repare que no caso de Nuno da Cunha nem o Padre Cunha, seu descendente, nem Mateus Machado Fagundes de Azevedo adiantam nada sobre a sua ascendência, apenas que era fidalgo e de origem graciosense.
Não conheço a obra do autor brasileiro que refere. Se puder fazer o favor de me dar a respectiva indicação, fico-lhe grato.
Cordialmente, Igor França
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Primo Igor,
muito obrigado pelas suas palavras.
A obra que lhe indiquei está no site de Valdenei Silveira no que concerne aos Cunhas dos Açores.
É omissa em alguns pontos especialmente na descendência do meu bisavô que não teve uma filha, mas muitos mais .(João Azevedo da Cunha ).
Com os meus melhores cumprimentos.
Pedro Teixeira Pinto ao seu inteiro dispôr.
ps:AS DATAS de nascimento, morte e casamentos são omissas porque não tenho tempo para as procurar, é pena!
Uma derradeira pergunta: tendo em conta que o nosso ramo Cunha tem varonia Correia que brazão de armas é que o Senhor usa?
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Pedro Teixeira Pinto,
Já consultei o site que me indicou, informação que agradeço, e lá encontrei o nosso Nuno da Cunha (rebaptizado como Nuno da Cunha de Ávila) a casar em 1616 e a começar a ter filhos no primeiro quartel de quinhentos. É manifestamente uma gralha, e terá sido com base nela que se processou a importação transatlântica aqui para o Genea, onde o fazem pai aos 10 anos, mas a casar com 76 anos, pela 1ª vez, porque ainda teve tempo de casar uma segunda...Era valente o nosso avô!
Os Cunha teriam varonia Ferro neste caso, que antecede a geração em que se regista o casamento com Luis Correia e Silva, e não Luis Correia da Cunha e Silva, como aqui aparece (porque embora também tenha origem graciosense não tem qualquer ligação conhecida à familia Correia da Cunha).
Cordialmente, Igor França
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RE: Susana de Morais e João Lopes Mendes
Caro Gui Maia de Loureiro
Relativamente à Susana de Morais, penso que se pode dizer com grande grau de certeza que será realmente filha do casal João Nunes Pereira (natural da Calheta, filho de Domingos Nunes e Maria Gaspar) e Maria Gaspar (que também usou Maria de Morais). João Nunes Pereira e Maria Gaspar casaram no Topo a 22.6.1648 e lá baptizaram a 21.11.1649 uma filha Susana, nome que na altura não é muito vulgar, cujos padrinhos foram Sebastião Vicente e Iria Lourenço (abaixo). Passaram depois à Ribeira Seca onde baptizaram mais Manuel (15.8.1653) e João (17.6.1654). Maria Gaspar deve ter morrido pouco depois, porque em 24.8.1657 João Nunes Pereira e sua mulher Filipa Machado baptizaram uma criança na Ribeira Seca).
Essa Maria Gaspar (ou Morais) era filha de Manuel Francisco Lopes (também Manuel Francisco do Amaral, e que pelo menos em 1645 é referido num assento de baptismo do Topo como "freguês de São Tiago" pelo que deve ter vivido entre o Topo e a Ribeira Seca) e de sua mulher Susana de Morais. Entre outros, esse casal teve mais uma filha chamada Iria Lourenço que casou no Topo a 15.9.1652 com Sebastião Vicente, tendo tido desse casamento entre outros uma filha também chamada Susana de Morais (26.12.1658); e mais uma filha Bárbara Manuel que casou a 26.11.1662 com Gaspar Gonçalves Simões, irmão do Sebastião Vicente.
Susana de Morais e João Lopes Mendes devem ter casado pois na Ribeira Seca (para onde os pais de Susana de Morais passaram c. 1650), em época para a qual não há registos paroquiais. Ora este casal Susana de Morais e João Lopes Mendes (dito João Lopes Teixeira nesse assento) baptizou na Ribeira Seca em 2.2.1678 uma filha Luzia, cujos padrinhos vieram do Topo e foram Manuel Francisco (filho de Gaspar Gonçalves Simões (e Bárbara Manuel)) e Susana de Morais (filha de Sebastião Vicente (e Iria Lourenço)). Tenho por praticamente certo que esses padrinhos seriam primos direitos da mãe da criança e, no caso da madrinha, filha também dos padrinhos da mãe.
Além dos filhos que constam dos paroquiais da Ribeira Seca, João Lopes Mendes e Susana de Morais tiveram pelo menos mais uma filha, Maria das Candeias, que deve ter nascido c. 1673 (quando há um hiato nos livros de baptismos) pois morreu a 5.5.1748 na Calheta com cerca de 75 anos. Essa Maria das Candeias casou na Calheta a 15.8.1700 com António da Cunha Fernandes, com geração que já consta em parte da base de dados do Geneall. Aquando desse casamento João Lopes Mendes já tinha morrido, mas Susana de Morais vivia ainda, aparentemente na Calheta.
Quanto à Susana de Morais mais antiga, casada com Manuel Francisco Lopes (ou do Amaral), penso também que com enorme probabilidade será filha do casal Gaspar Fernandes de Morais e Iria Lourenço.
Fiz há tempos um apanhado dos Morais do séc. XVII nos assentos do Topo, que posso transcrever caso lhe interesse.
Melhores cumprimentos,
Rita van Zeller
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RE: Susana de Morais e João Lopes Mendes
Cara Rita
Tenho andado com um trabalho acerca das famílias de São Jorge estando há já 3 anos com ele em mãos. Depois de consultar todos os paroquiais e o Arquivo da Mitra de Angra acredite que é bem mais difícil do que nos parece particularmente pelas alterações contínuas de apelidos.
Se lhe puder ser útil peço que disponha pois tenho também todo o interesse nos diversos ramos que sairam de São Jorge. Estou a contar que o mesmo possa sair dentro de uns 2 ou 3 anos tal como me comprometi a mim mesmo!
Melhores Cumprimentos
Filipe Pinheiro de Campos
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RE: Susana de Morais e João Lopes Mendes
Caro Filipe,
Muito obrigada pelo amável oferecimento. Se alguma vez se cruzar com ela, muito agradecia qualquer informação relativa ao Padre Mateus da Silveira Borges, coadjutor e beneficiado na Matriz do Topo, e que deve ter nascido c. 1630. Já era padre em 1661 e morreu no Topo a 23.5.1686. Teve uma filha, Juliana, de quem descendo, e daí o meu interesse no dito Padre. Pelos paroquiais online foi-me impossível descortinar em quais dos múltiplos Borges e Silveiras ele entronca. Como muito bem observa, por causa das trocas de apelidos é muito difícil encadear as gerações que não vêm explicitamente indicadas nos assentos.
Relativamente ao meu ramo Jorgense apenas tinha a informação que vinha de um João Lopes de Morais, da Calheta. Tenho vindo a acrescentar a sua ascendência aqui na base de dados, à medida que a encontro. Quanto aos seus descendentes, que passaram ao Faial e de lá a São Miguel, tenho um manuscrito que penso ter sido feito pelo meu trisavô, mas quase tudo está já na Memória Genealógica de Francisco Garcia do Rosário e depois nas Genealogias da Ilha Terceira e nas das Quatro Ilhas. Fica no entanto ao seu dispor.
Fico a aguardar com o maior interesse o seu livro, que não duvido será uma obra imprescindível para todos os que tenham uma costela açoreana!
Melhores cumprimentos,
Rita van Zeller
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Filipe Pinheiro de Campos
Fico muito satisfeito por perceber que alguem está fazendo alguma coisas sobre a genealogia de São Jorge. Eu proprio tenho muito interesse na zona do Topo. Não tenho formação na área, mas se puder ajudar, coloco-me ao dispor.
Percebi que tentaria lançar uma obra sobre a descendencia de Gulherme da Silveira. Creio que este seria o ano certo, comemorativo dos 500 anos da elevação da Vila do Topo a Concelho. E como Guilherme da Silveira foi o seu primeiro povoador, quiça de São Jorge, creio que nada poderia ser feito mais a proposito.
Cumprimentos
Paulo Teixeira
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Testamento Domingos Afonso
Senhor Igor:
No forum, o senhor fala do testamento de Domingos Afonso Nunes Pereira, no qual
refere-se a Gaspar de Bairros, seu filho, falecido antes de 1631. Eu gostaria de saber se
esse testamento pode ser achado na web ou se o senhor tem acesso ao mesmo. Entendo que
o padre Cunha fala deste assunto nas suas Notas Históricas, mas eu näo tenho podido
encontrá-las na web.
Agradeço qualquer informaçäo que me possa proporcionar.
atenciosamente:
Miguel M.
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RE: Testamento Domingos Afonso
Caro confrade,
Que eu saiba o testamento não está online. Há um projecto, do Centro de Conhecimento dos Açores, para colocar online todo os documentos antigos mas, tanto quanto julgo saber, está ainda em fase preliminar. O original, se sobreviveu à voragem dos tempos, estará disponível para consulta na Biblioteca Pública de Angra do Heroísmo. Pode contactá-los, são muito simpáticos e disponíveis, e pedir-lhes a confirmação desta minha informação.
Cordiais saudações. Igor França
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RE: Testamento Domingos Afonso
Prezado Igor:
Agradeço a sua resposta. Como você me diz; vou consultar com a biblioteca pública de Angra do Heroísmo. Também, vou tentar encontrar as Notas Históricas do Padre Cunha, nas quais; quizá possa encontrar mais alguma informação.
Cordialmente:
Miguel
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RE: Cpt. Sebastião Nunes Pereira, da Ilha de São J
Caro Gui Maia de Loureiro,
Sou o autor do blog de que fala. É verdade que peca por falta de fontes, mas na altura, por inexperiencia, nunca pensei em fazer uma investigação tão aprofundada. Por exemplo, no caso de nossos antepassados comuns, João Lopes Mendes e Susana de Morais, também consultei dispensas matrimoniais.
Marcio Borba
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RE: Susana de Morais e João Lopes Mendes
Gostaria que me contactasse em relação a esta família Morais pois também descendo através do filho Salvador Pereira de Morais.
marcioborba_genea@yahoo.com
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