Família Augusto

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Família Augusto

#223952 | Pedro Augusto | 16 mars 2009 12:26

Boa tarde,

Sou da região de Leiria, o meu apelido é Augusto. Contudo, nas minhas pesquisas genealógicas vim a descobrir que o meu tetravô foi deixado na Santa Casa de Lisboa por volta de mil oitocentos e vintes. Aí, vim a descobrir que nesse período muitos expostos viriam de uma família Augusto, porque todos os possuiam este apelido, o mesmo não lhes era atribuido pela Santa Casa, mas deixado num papel escrito, junto com a criança, ao qual a instituição denominava de "nome d´ escrito".

Alguém com uma situação idêntica? Há alguma história conhecida de uma família Augusto?

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RE: Família Augusto

#223960 | NISGM | 16 mars 2009 14:46 | In reply to: #223952

Desculpe mas não me parece que existisse mesmo uma tal família Augusto que não parasse de expôr crianças.

Ignoro a origem do referido "nome d´ escrito", mas atiro mais para que fosse uma indicação de nome próprio ou uma imposição "pessoal" ao gosto da misericórdia.

atentamente, nuno m.

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RE: Família Augusto

#223961 | Pedro Augusto | 16 mars 2009 15:01 | In reply to: #223960

Pois... eu também duvido que houvesse tal família nos termos em que talvez me fiz entender. Encontrei umas 4/5 pessoas com esse apelido ao longo de 10 anos. Achei curisoso...
Segundo as funcionárias da Santa Casa, o "nome d'escrito" que é referido em cada ficha de matrícula de algumas crianças expostas era, como disse, um nome que era deixado, junto com a criança, escrito num papel. O que difere estes nomes dos da Santa Casa é que tinham, na sua maioria, apelidos... ou seja, ao contrário dos nomes típicos da Santa Casa (Agrippina, Leucádia, Justa, Justina, Justiniana, etc etc etc) as crianças que traziam "nome d'escrito" tinham apelido: no meu caso, o meu tetravô chamava-se José Augusto. Mas também encontrei um Luís Augusto e pelo menos uma menina com o mesmo apelido.

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RE: Família Augusto

#223963 | NISGM | 16 mars 2009 15:16 | In reply to: #223961

Até à revolução liberal muitas famílias portuguesas não usavam apelidos. Mas a existência de nomes próprios dobrados era frequente.

Assim, Havia muito João Baptista (por devoção ao santo que baptizou Cristo), muito António Reis (por ter nascido no dia de Reis), muito Joaquim dos Santos (por ter nascido no dia de Todos os Santos). Note-se, no entanto, que estes nomes não eram usados como apelidos e um João Baptista bem podia não transmitir o Baptista ao filho.

Em simultâneo havia quem não optasse por nomes de santos ou de datas religiosas e preferisse distinguir os filhos com dois nomes a seu gosto. Manuel Henrique, Pedro Duarte, Jerónimo Afonso, Carlos Jorge. Assim, sem mais nomes ou apelidos.

Isso é muito notório quando se trata de mulheres, em certas zonas do país, e se calhar mais no sul que no norte (no norte sempre houve maior transmissão de apelidos de origem toponímica, quer dizer ligados ao nome das terras, tipo Tavares, Teixeira, Melo, etc.). Quanta Maria Joaquina, Antónia Joaquina, Maria de Jesus, Ana Rita anda por aí?


A partir das guerras liberais toda a gente começou a usar apelidos e os que suavam dois nomes próprios, Como Luís Augusto, presumo, começaram a transmitir o segundo nome próprio como apelido.

O mais certo é que o Augusto fosse um segundo nome próprio.

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#422496 | Filipa_Augusto | 15 mars 2020 01:06 | In reply to: #223952

Boa noite,

A minha família é Augusto do lado do meu pai. O meu avô paterno era da zona de Tomar/Abrantes. Muitos saíram de lá e hoje estão na zona de Lisboa.

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