D Frei Patricio da Silva - Biografia
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D Frei Patricio da Silva - Biografia
Caros Confrades,
Está já nas bancas, ou pelo menos estará a breve trecho, um novo livro que a muitos certamente interessará.
Trata-se de uma biografia de D. Frei Patrício da Silva http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=186029 , leiriense que foi Cardeal Patriarca de Lisboa.
O autor é o nosso ilustre confrade, Ricardo Charters d'Azevedo, que nos surpreende agora com este trabalho que tenho muita curiosidade em ler e que, estou certo, estará ao nível da "Villa Portela", importantíssima obra que deu á estampa faz dois anos.
Ao autor os meus parabéns pela iniciativa, espero não se zangue por estar a partilhar aqui esta informação, mas não resisto a partilhá-la com esta comunidade.
Cumprimentos,
Paulo B rehm
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RE: D Frei Patricio da Silva - Biografia
Caro Paulo Brehm
Claro não me zango. Mas só daqui a uma semana esta o livro á venda.
Irei, naturalmente colocá-lo na Liv Guarda Mor.
Tem este livro a pretensão de apresentar a vida e a obra
de uma daquelas personalidades que, nascendo na diocese de Leiria,
atingiram o topo máximo do governo da Igreja e do Estado.
Não tendo a origem nobre de muitos dos seus pares da época,
muito inteligente, único purpurado Agostinho de toda a história
de Portugal, professor de Teologia na Universidade de Coimbra,
gozou sempre de grande prestígio entre o clero e os políticos
do seu tempo. Numa altura complicada da vida em Portugal,
mais valor tem ainda a acção que ele desenvolveu.
No livro poderá também dar-se conta como evoluíram as relações da Igreja com as autoridades portuguesas da época.
Vamos ver como será recebido
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: D Frei Patricio da Silva - Biografia
AGORA O LIVRO ESTA A VENDA - encomendar aqui no Guarda Mor
"D. Frei Patrício da Silva - um Cardeal leiriense, Patriarca de Lisboa"
Está finalmente disponível para o grande público a biografia de uma figura de leiriense ilustre praticamente desconhecida das gerações actuais. Trata-se do Cardeal Patriarca D. Frei Patrício da Silva, da Ordem de Santo Agostinho, nascido a 15 de Setembro de 1756 nos Pinheiros (Marrazes - Leiria), e falecido a 3 de Janeiro de 1840, em Lisboa, com 83 anos.
Sua origem e seus familiares
Sou o responsável por esta biografia e também descendente de leirienses, com fortes ligações familiares e bens na cidade de Leiria e região envolvente. D. Patrício é meu 6º tio-avô. Apresenta o livro muitas das ligações com os Costa Guerra, Giffenig, Charters d'Azevedo, Baeta Neves, Barba, Ribeiro da Silva, Silva Andrade e Mesquita, Fonseca, Almada Teixeira, Leitão, etc, etc.
E um parente de grande peso no seu tempo, apesar das vicissitudes por que passou o país na primeira metade do século XIX, das invasões francesas às guerras liberais.
Na Oração Fúnebre ao insigne Prelado, proferida por João António Pereira, Prior de S. Nicolau da Vila de Santarém, por ocasião das exéquias celebradas no dia 4 de Fevereiro de 1840 na Paroquial Igreja do Salvador daquela vila, disse-se, alto e bom som, que «Dom Fr. Patrício da Silva (…) foi outrora Eremita Calçado de Santo Agostinho, Doutor na Sagrada Teologia, Mestre na sua Ordem, Pregador Régio, Director dos Estudos e Professor de Teologia Dogmática no Seminário Patriarcal, Director dos Estudos nos Gerais de S. Vicente de Fora, Membro da Junta do Melhoramento, Lente da Faculdade Teológica na Universidade de Coimbra, Grão Cruz da Ordem de Cristo, Ministro, Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça, Regedor das Justiças da Casa de Suplicação, Membro da Regência do Reino (por morte do Imperador e Rei), Par do Reino e Vice-presidente da Câmara dos Pares, Bispo de Castelo Branco, Arcebispo de Évora, Cardeal da Santa Igreja Romana, Patriarca da Santa Igreja de Lisboa, Literato ilustre, Orador eloquente, Homem de Deus, dos Rei e da Grei!...»
Sem rebuço, um leiriense!
Patrício da Silva nasceu efectivamente no Camarnal, Pinheiros, então freguesia do Arrabalde da Ponte, hoje Marrazes. Seus pais eram Jacinto da Fonseca e Silva e Maria Inácia (ou Teresa Inácia) de Sousa. Tinha mais seis irmãos.
Não seriam uma família nobre ou abastada, mas viveriam desafogados, pelo menos pelo lado da sua mãe, pois mandar estudar um filho para Coimbra custava muito dinheiro, e também deveria haver posses bastantes para constituir o dote que permitisse que seu irmão Joaquim integrasse o Seminário e para que o outro irmão Joaquim Nicolau se casasse bem.
Sua formação
Depois dos estudos básicos, Patrício da Silva professou no Convento de Santo Agostinho de Leiria, tendo sido ordenado presbítero em 21 de Dezembro de 1780, com 24 anos. Reconhecidos os seus invulgares dotes, foi depois enviado para a Universidade de Coimbra, onde completou a formação teológica de forma brilhante. Concluída a formatura teológica, fez o seu doutoramento solene na Universidade de Coimbra a 31 de Julho de 1785, com 28 anos, ascendendo logo a lente da mesma Faculdade.
Mais tarde foi escolhido para Reitor do Colégio da sua Ordem dos Eremitas Descalços de Santo Agostinho, em Coimbra e em Lisboa, e, indigitado para Pregador Régio, esteve ligado à Casa do Infantado e foi Capelão da Capela Real no Palácio da Bemposta. Foi igualmente Censor Eclesiástico do Patriarcado, Sócio da Academia Real das Ciências e professor de Teologia no Seminário de Santarém. Foi escolhido para deputado da Junta dos Melhoramentos das Ordens Religiosas e Inspector dos Estudos do Patriarcado de Lisboa.
A sua ascensão na hierarquia eclesiástica
Foi «foi rápida a sua subida na hierarquia eclesiástica e civil, pois, em 13 de Maio de 1818, recebeu a nomeação de bispo para a diocese de Castelo Branco, lugar de que não chegou a tomar posse por ter vagado a arquidiocese de Évora, para onde foi escolhido em 3 de Maio de 1819. O Papa confirmou-o a 21 de Fevereiro de 1820. A sagração ocorreu na igreja de Nossa Senhora da Graça, de Lisboa, a 30 de Abril de 1820».
No Consistório de 27 de Setembro de 1824, o Papa Leão XII agraciou o Arcebispo de Évora com a púrpura cardinalícia ou presbiterial, com beneplácito do Rei D. João VI. Foi nessa altura nomeado membro do Sacro Colégio. Passamos a ter o arcebispo de Évora elevado a Cardeal!
Após morte do então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Carlos da Cunha e Meneses, a 14 de Dezembro de 1825, o Cardeal Arcebispo D. Frei Patrício da Silva foi nomeado para o Patriarcado de Lisboa, a 24 de Dezembro de 1825 e teve a nomeação real a 2 de Janeiro de 1826. Contudo, era ainda Arcebispo de Évora quando, em Março de 1826, faleceu o Rei D. João VI, ficando um Conselho de Regência a governar o reino sob a presidência da Infanta D. Isabel Maria, e do qual fazia parte D. Patrício da Silva.
O seu envolvimento político
O Marquês de Fronteira e d’Alorna, relata que o Cardeal «nunca simpatizou com D. Miguel, mas tinha cometido um grande crime, aos olhos dos exaltados liberais, não abandonando a sua diocese, e, por isso, lhe faziam sentir, nesta ocasião, todos os patriotas que estavam nas salas do Duque [de Palmela], o pouco que simpatizavam com ele. O respeito, porem, com que os Duques o tratavam, e todos nós que não éramos suspeitos, impôs silêncio aos exaltados patriotas, e desarmou-os completamente o convite que o Duque de Palmela fez a Sua Eminência para celebrar o Te-Deum na ocasião da chegada do Imperador.»
Como é sabido, com o advento do liberalismo deu-se o corte das relações diplomáticas com a Santa Sé e a extinção das ordens religiosas, o que provocou uma verdadeira revolução na vida do país. «Durante o reinado de D. Miguel, quando se tratou de reatar as relações do Estado com a Santa Sé e o clero nacional, teve iniludível interesse a intervenção prestigiosa do D. Frei Patrício da Silva. É sabido que as dioceses do Reino estiveram, de 1833 a 1839, quase todas, por ausência ou vacância, destituídas dos seus legítimos pastores. Mais se evidencia, assim, dentro do período tradicionalista, o arreigado espírito de patriota insigne de D. Frei Patrício da Silva, por haver sido quase que o único prelado que se manteve integrado nas suas funções, conseguindo habilmente harmonizar o espiritual com o temporal.»
Clérigo ilustre e conceituado, autor de várias publicações e pastorais, o leiriense D. Frei Patrício da Silva, como escreveu o Prior João António Pereira, «à proporção que foi crescendo dum berço humilde para um Trono de Púrpura, aproveitou ocasiões de se votar ao serviço da Nação, trabalhando desvelado nos seus melhoramentos, e, por fim, salvando-a da perdição temporal e da perdição eterna!... Curavit…»
Um exemplo de um Leiriense, de um Homem, que vale a pena conhecer, pela sua inteligência, saber e diplomacia.
Espero que gostem..
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: D Frei Patricio da Silva - Biografia
Ja se encontra à venda aqui no Guarda Mor
http://www.guardamor.com.pt/livro.php?id=1328
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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