Genealogia: para uma profunda reflexão.

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Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247439 | Pedro França | 10 janv. 2010 01:04

Caros confrades:

Um colega meu de escola, da área de Filosofia, conhecedor do meu gosto pelo estudo e trabalho em matéria e questões genealógicas, descarregou no meu mail a mensagem abaixo que eu reproduzo para partilhar convosco. O assunto é bem actual e bem preocupante pois põe em causa todas as estruturas sociais em que asenta a genealogia tradicional, tal como a concebemos, segundo o esteio dos nossos antigos genealogistas.

"Humanidade, para onde vais?
Está em brasileiro, mas também já se pode ler em português...

Vieram as telenovelas e os conceitos...


Arvore Genealógica

- Mãe, vou casar!
-Jura, meu filho?! Estou tão feliz! Quem é a moça?
-Não é moça. Vou casar com um moço. O nome dele é Murilo.
-Você falou Murilo... Ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico?
-Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa?
-Nada, não.. Só minha visão que está um pouco turva.

-E meu coração, que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo.
-Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo...
-Problema ? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora... Ou isso.
-Você vai ter uma nora. Só que uma nora... Meio macho. Ou um genro meio fêmea.

- Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea...
-E quando eu vou conhecer o meu. A minha... O Murilo ?
- Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido.
-Tá ! Biscoito... Já gostei dele... Alguém com esse apelido só pode ser uma pessoa bacana. –

- Quando o Biscoito vem aqui?

- Por quê?
-Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.
-Você acha que o Papai não vai aceitar?
-Claro que vai aceitar! Lógico que vai. Só não sei se ele vai sobreviver...
-Mas isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você achou sua cara-metade...

-E olha que espectáculo: as duas metade com bigode.
-Mãe, que besteira ... Hoje em dia ... Praticamente todos os meus amigos são gays.
- Só espero que tenha sobrado algum que não seja... Pra poder apresentar pra tua irmã.·
-A Bel já tá namorando.
-A Bel? Namorando ?! Ela não me falou nada... Quem é?
-Uma tal de Veruska.
-Como ?
-Veruska...
-Ah !, bom! Que susto! Pensei que você tivesse falado Veruska.
-Mãe !!!...
-Tá..., tá..., tudo bem... Se vocês são felizes. Só fico triste porque não vou ter um neto...
- Por que não ? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os espermatozóides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos.
- Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada?
-Quando ele era hétero... A Veruska.
-Que Veruska ?
-Namorada da Bel...
- "Peraí". A ex-namorada do teu atual namorado... E a atual namorada da tua irmã. Que é minha filha também... Que se chama Bel. É isso? Porque eu me perdi um pouco...
- É isso. Pois é... A Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um útero.
-De quem ?
-Da Bel.
-Mas . Logo da Bel ?! Quer dizer então... Que a Bel vai gerar um filho teu e do Biscoito. –

-Com o teu espermatozóide e com o óvulo da namorada dela, que é a Veruska...
-Isso.
-Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.
-Em termos...
-A criança vai ter duas mães : você e o Biscoito. E dois pais: a Veruska e a Bel.
- Por aí...
-Por outro lado, a Bel...,além de mãe, é tia... Ou tio.... Porque é tua irmã.
-Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que entra com o espermatozóide. Que dessa vez vai ser gerado no ventre da Veruska...
-Com o óvulo da Bel. A gente só vai trocar.
- Só trocar, né ? Agora o óvulo vai ser da Bel. E o ventre da Veruska.
- Exato!
-Agora eu entendi! Agora eu realmente entendi...
-Entendeu o quê?
-Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!
-Que swing, mãe?!!....
-É swing, sim! Uma troca de casais... Com os óvulos e os espermatozóides, uma
hora no útero de uma, outra hora no útero de outra...
-Mas..
-Mas uns tomates! Isso é um bacanal de última geração! E pior... Com incesto no meio...
-A Bel e a Veruska só vão ajudar na concepção do nosso filho, só isso...
-Sei!!!... E quando elas quiserem ter filhos...
-Nós ajudamos.
-Quer saber? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero, o espermatozóide... A única coisa que eu entendi é que...
-Que.. ?
-Fazer árvore genealógica daqui pra frente... vai ser f...

(Luiz Fernando Veríssimo) »»»»".


Um abraço.
Pedro França

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#247441 | cacalmei | 10 janv. 2010 01:09 | In reply to: #247439

Olá Pedro!

Nem quero imaginar a confusão que isto vai dar!

Um abraço.

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RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247445 | Pedro França | 10 janv. 2010 02:22 | In reply to: #247441

Oi, Francisco:

Ainda está por aí? Tive de me afastar um tempinho do computador mas já aqui estou...por instantes.
Pois é. Isto de sociedade está um nó..., autêntico! Não sei onde é que este mundo dito moderno vai parar...vai ser para o abismo porque isto, pelos vistos não tem volta a dar. Faz-me espécie como é que um mesmo instituto jurídico chamado casamento pode ser aplicado em simultâneo a uma união hetero e a uma união homo. É que não tem nada a ver uma coisa com a outra. Não sei quem é que numa unidade dita familiar, constituída por dois "cônjuges" à partida, assume o papel de marido e quem assume o de mulher, e já não entro na matéria da adopção! Isso então!...Mas, quanto a fazer genealogia é assunto que vai dar pano para mangas...
Abraço.
Pedro França

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RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247454 | chartri | 10 janv. 2010 11:52 | In reply to: #247445

Caro Pedro

A questão colocada, ou melhor dizendo, o problema colocado, é relevante. Mas os software genealógicos já se estão a adaptar, pois o tema já há uns anos surgiu em outros países.
Lembro que já hoje tínhamos problemas com filhos de pais incógnitos que depois eram atribuídos a padres, ou filhos de pais que eram irmãos, ou ainda, filhos de mãe incógnita (existem tres filhos de mãe incognita registados por um homem no Algarve - o marido da senhora deveria estar fora...).
Mas, já temos casos simples de indivíduos que foram criados por outros indivíduos, de que não são nada biologicamente, mas que lhe chamam pais. Indivíduos que mais tarde souberam quem era a mãe, como o Eça de Queiroz. Etc.

Assim nada disto é estranho ou espúrio e enquadra-se nos problemas que já hoje temos de resolver.

Pelo menos, a Holanda, a África do Sul, o Canadá, a Noruega, a Bélgica, a Espanha e a Suécia, estados federados (o Massachusetts, o Connecticut, o Iowa, o Vermont e o Maine) e confissões religiosas (protestantes), é plenamente reconhecido o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo.

è a vida... e é considerando-a que os genealogistas devemos trabalhar...

Assim, por exemplo, o software que uso considera filhos biológicos, ou adoptados, etc. Permite ainda considerar as datas de adopção ou ainda a indicação da confiança que damos à informação recebida. Explico-me: já me deram informação, por parte de um pai, que determinado indivíduo era seu filho; anos mais tarde verifica-se que tal não é verdade. Tudo isto o meu software permite registar. Permitiu-me ainda concluir que muita da informação que nos é transmitida (ou que até encontramos nos registos paroquiais e em outros documentos) não é de confiança.

Claro que fazer uma "árvore" genealógica torna-se mais complicado, mas se seguirmos a linha natural e não as adopções, as coisas ficam um bocadinho mais fáceis.

Ainda agora descobri que um filho natural de um antepassado meu, passou a ser filho legitimo (ou a tal equiparado) por "despacho" de Bispo. Tudo isto no sec XVII e por causa de um morgadio que não permitia ser herdado por filhos naturais.

Enfim, não me parece que os problemas aumentem para alem do que hoje já temos de enfrentar. E deixemos de coisas... teremos muito poucos casos destes, como se verificou em Espanha: Por exemplo, onde depois da aprovação da lei houve poucos casamentos de pessoas do mesmo sexo e menos ainda adopções.

Lembro que já existem adopções registadas por parte de um (a) indivíduo (a). Ao genealogista ha que o registar, como regista filhos de pessoas não casadas (não deixam de ser filhos deles..)

Cumprimentos amigos
Ricardo Charters d'Azevedo

PS: escrevi este texto ao correr da pena e não ficou muito organizado, pelo que peço desculpa. Ja agora o meu software é o" The Master Genealogist" e tenho duas páginas www.chartri.tribalpages.com e www.chartersdeazevedo.no.sapo.pt

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RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247455 | chartri | 10 janv. 2010 12:30 | In reply to: #247439

Caro Pedro
Ja tinha colocado há um ano esse mesmo texto aqui.
Ver : http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=219576#lista
vamos ver se a discussão agora "pega"...
Cumprimentos amigos
Ricardo Charters d'Azevedo

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RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247457 | Mavasc | 10 janv. 2010 12:42 | In reply to: #247454

Caro Ricardo Charters

Levantou-me uma dúvida com essa do registo das adopções. O problema foi-me já por duas vezes colocado e a minha opinião foi no sentido que, nos casos de adopção plena, o registo devia ser feito como se de filhos naturais se tratasse, sem qualquer menção da adopção. Isto porque o artigo 1986º e segs. do C. C. prescrevem a plena integração do adoptado na família do adoptante. Contrariamente, em caso de adopção restrita, o adoptado deverá ser registado como filho dos pais naturais dado o teor da revogabilidade da adopção restrita e a conservação,pelo adoptado, dos seus direitos e deveres em relação á família natural ( artº1994º do C. C.) . É este o seu entendimento?

Com amizade

Maria Benedita

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RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247458 | chartri | 10 janv. 2010 13:05 | In reply to: #247457

Cara Maria Benedita

O meus registos (usando o software TMG) permitem registar a situação de filhos naturais, filhos adoptados (e neste caso em todas as suas valências), etc., para pais casados, não casados, etc.

Assim não faço qq julgamento da situação. Registo-a como me é indicada e quando se altera, registo-a igualmente, colocando sempre a data e a confiança que me merece o que me indicaram (claro que aqui ha uma subjectividade).

Assim se se filhos forem adoptados em caso de adopção plena, tal o menciono, como o menciono se forem de adopção restrita. Claro que o caso muda de figura se eu quiser escrever um livro, ou comunicação sobre o assunto.

Cumprimentos amigos
Ricardo Charters d'Azevedo

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RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247460 | joaoggralves2 | 10 janv. 2010 13:35 | In reply to: #247439

Caros,

Há coincidências inexplicáveis. Ainda ontem encontrei esta mesma anedota e pensei em criar um tópico aqui, o que não chegou a acontecer pois vi que o confrade Charters d'Azevedo já a tinha colocado no fórum no ano passado.

Mas está de facto muito bem pensada e vai mesmo ao fundo da questão. Esta frase diz tudo: "-Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.".

Há uns tempos tentei criar uma discussão à volta deste tema: http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=243883&fview=e. Sempre achei que, de maneira geral, não fazia sentido registar os filhos adoptivos de um casal, já que estes não partilham ligação nenhuma de "sangue" com os pais. Não consigo ver a Genealogia como ciência de cariz exclusivamente social. Extrapolando para os casos de casais, homossexuais ou não, que recorrem a bancos de esperma/barrigas de aluguer, a opinião mantem-se. Imagine-se até que se conhecem os pais adoptivos, mas também se sabe quem são os biológicos. Por quais optar quando se estuda uma ascendência? É complicado... Talvez dependa também do caso...

Pessoalmente vou ter muita dificuldade daqui para a frente a decidir como tratar, genealogicamente, estas situações.

Cumpts
João G. Rodrigues Alves

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RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247483 | Pedro França | 10 janv. 2010 23:52 | In reply to: #247454

Caro Ricardo:

De facto, o texto para o qual me chamou à atenção na hiperligação indicada sugere em muito o reaproveitamento da mesma questão em idêntico contexto. Peço desculpas mas não havia reparado antes nesse seu tópico.
Apesar da intenção subjacente à inauguração do seu tópico, lamento muito se o desaponto mas, por mais que se queira, o étimo não deixa mentir nem dá lugar a falsas questões: genealogia é e há-de ser sempre o seguimento da linha biológica. Podem arranjar-se outras expressões para a integração de filhos adoptivos numa dada família mas nunca jamais no plano genealógico. Eu aceito e tenho de aceitar sempre filhos bastardos, ilegítimos, naturais e mesmo espúrios até por incesto porque aí estão sempre presentes as células que vão originar a geração seguinte. Filhos de pai incógnito? Indeterminado, como soi dizer-se agora? Que o seja, mas fica uma árvore genealógica por continuar na linha desse pai incógnito como sempre foi por força da razão. Mas nada há-de inferir-se no plano de uniões do mesmo sexo ou de sexos diferentes se aí entra a adopção; aqui funcionará outro termo que os linguistas ou juristas procurarão "inventar" ou propor.
Os exemplos que refere, quanto a legitimações, não alteram em nada o que já existe no plano biológico, apenas previnem situações na ordem do direito familiar, das sucessões...
Lamento, mas as coisas são como são e eu não gosto de tratar as coisas reais com subterfúgios a meu contento. Eu trato "os bois pelos nomes" e não há cá diversões quanto a isso, quer se goste quer não. O que hoje se verifica é tudo muito consequência de um certo eduquês e sociologuês que não resolvem nada do que a sociedade apresenta de mau, de errado, de aberrativo; apenas ajuda a encobrir, a mistificar, a justificar o que está mal e tudo à luz dos ditos Direitos Humanos que mais me parece uma carta ampliada de inspiração setecentista, fruto da deusa razão como se esta fosse o ser absoluto que nos anima. E lá porque o país A e o país B fazem ou praticam isso não quer dizer que esteja correcto. O mesmo aconteceu com certas atitudes e criações no passado que à luz do presente se consideram erradas ou perversas e algumas suscitaram demonstrações públicas de grande arrependimento.
As gerações futuras julgarão, mas desde já digo que as simpatias criadas para com estas alterações de fundo da ordem social não ajudam em nada - note-se, em nada - o desenvolvimento e assunção da genealogia enquanto ciência ou disciplina ou arte.
Pessoalmente, ainda não tropecei (por se tratar de produção jurídica recente) em nenhum caso de adopção quer no plano pleno quer no plano restrito. Nestes casos, se porventura viesse a detectar algum que fosse, faria logo menção do corte no elo biológico com as gerações anteriores, faria denúncia dessa anomalia na sequência genética sabendo eu dela. Isto para mim não tem margem para dúvidas ou hesitações.
Eu só gostava de poder assistir à inclusão e salvaguarda dos casamentos poligâmicos no nosso Direito, para já, uma vez que há várias sociedades que o praticam e como não podem ser permitidas discriminações sociais por serem atentatórias dos tão recorrentes Direitos Humanos... (aceitava mais depressa este caso porque não altera em nada o que se verifica nas comunidades islâmicas já de há séculos, e aqui também a genealogia não sai prejudicada na sua essência nem tão-pouco a perspectiva patrilinear)...
...Até parece que já estou a ver aqui a produção de algo do género de um hipertexto com agregação de links personalizados contendo as vozes discordantes...

Abraço.
Pedro França

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RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247485 | chartri | 11 janv. 2010 00:38 | In reply to: #247483

Caro Pedro
Tem toda a razão... como sempre e concordo consigo : "faria denúncia dessa anomalia na sequência genética sabendo eu dela"
Eu igualmente registo e noto o que encontro (ou o que me dizem). Mas é o ADN que marca a sequência.
Mas muitas vezes somos enganados pois quem "segue" nada tem a ver com quem consideramos o progenitor. Ainda veremos como se fará quando pela analise do ADN descobrirmos que aquele filho que sempre consideramos o sucessor... não era filho dele. Mas issi já não será no meu tempo. Safo-me...

Sobre o "inclusão e salvaguarda dos casamentos poligâmicos no nosso Direito", ai não estou interessado. Até porque a linha genealógica não tera problemas em ser representada. Já pelo contrario encontrar um individuo que casa (ou tem filhos) de uma cunhada e depois a filha se casa e tem filhos de um tio... aí sim a arvorezinha fica cheia de "nódulos"...

Agora cuidado, pois aparecerão neste forum vozes conservadoras que querem simplesmente que a Genealogia condene os casamentos entre indivíduos do mesmo sexo e adopções. Mas a Genealogia não tem que se pronunciar... só tem de registar. Como também nada disse quando encontrou os tais "nódulos" criados por indivíduos de sangue real, ou nobres (também os havia na plebe, estou certo, mas não se registaram para a posteridade). "Nódulos" as vezes tão complicados que nem a árvore se pode desenhar.. e só podemos escrever um texto (basta consultar, por exemplo o "nosso amigo" Felgueiras Gaio.
Em termos provocatórios poderia dizer que a sociedade era mais promiscua na Monarquia que na República... e esta?
Um abraço amigo
Ricardo Charters d'Azevedo

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RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247501 | arturcs | 11 janv. 2010 14:04 | In reply to: #247485

Caro Ricardo,


Boa tarde.

Desculpe-me a intromissão, mas "esta" não percebi:

«Agora cuidado, pois aparecerão neste forum vozes conservadoras que querem simplesmente que a Genealogia condene os casamentos entre indivíduos do mesmo sexo e adopções.»

A Genealogia não condena. A condenação parte de "pessoas" e/ou "grupos" que querem que as "tradições" se preservem(não sendo, necessáriamente, "conservadores).
De qualquer das formas: o "casamento gay, lésbico, transsexual" não se confunde, formalmente e materialmente, com a adopção(plena ou restrita).

Quanto a "nódulos": as coisas são como são, e não como gostaríamos, bastas vezes, que fossem...


Meus melhores cumprimentos,

Artur João

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RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247504 | cyrne | 11 janv. 2010 14:16 | In reply to: #247485

Caro Ricardo Charters d'Azevedo,

Eu não sou conservador nem quero que a genealogia condene o que quer que seja, até porque não tem como. As fontes primárias é que mandam!

Agora a genealogia trata exactamento do que a palavra indica, do gene. Entre dois homens isso vai ser impossivel, não tenha dúvidas. Quanto ás senhoras já é diferente mas também a coisa não fica lá muito bem resolvida.

Um abraço,

Vasco Cyrne

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RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247507 | chartri | 11 janv. 2010 15:35 | In reply to: #247504

Caro Vasco Cyrne
Claro que trata do "gene". Registamos quem é "filho" de quem, como até agora fazemos. Se houver adoptivos, como hoje os há, registamos que foram reconhecidos como adoptivos.

Para mim não ha nenhuma trapalhada
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo

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RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247508 | chartri | 11 janv. 2010 15:40 | In reply to: #247501

Caro Artur João

Claro que "as coisas são como são, e não como gostaríamos, bastas vezes, que fossem..."

Eu continuarei a registar como filhos, aqueles, quem tem o mesmo gene dos seus progenitores,s e registarei os adoptivos (como hoje já o faço), mas como adoptados. Se souber quem são os reais pais dos adoptivos, registo, como hoje ja o faço.

Pois as "as coisas são como são, e não como gostaríamos, bastas vezes, que fossem..." As vezes tornam-se especialmente complicadas para o "pobre" genealogista...

Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo

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Poligamia RE: Genealogia: para uma profunda reflexão.

#247553 | kolon | 12 janv. 2010 02:50 | In reply to: #247445

Já agora quando se vai legalizar a Poligamia em Portugal?
É que quem se queira casar não deve de ter impedimentos porque o Amor não tem fronteiras.
Cumprimentos,
Manuel Rosa

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