famílias motta em Madalena -Tomar

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famílias motta em Madalena -Tomar

#249520 | mgracinha | 08 févr. 2010 17:33

Gostaria de conhecer factos sobre a existência da família Motta, na freguesia da Madalena, sobretudo no lugar de Paço da Comenda.

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RE: famílias motta em Madalena -Tomar

#268671 | fantoniosj | 15 janv. 2011 22:59 | In reply to: #249520

Cara mgracinha,

O seu tópico deu-me uma certa esperança…
Há uns tempos também eu lancei um tópico parecido com o seu, que é o seguinte:
Mottas da freguesia da Madalena – Tomar

Sempre me interessei pelos Mottas da região de Tomar (e especificamente de Olalhas) por eu próprio descender dos Mottas por uma trisavó, Joaquina da Motta, de seu nome. Ainda hoje em Olalhas (Tomar) o apelido permanece.
Os Mottas de Olalhas ligaram-se com outras famílias da região. Por causa de uma ligação matrimonial com a família Mattos e Silva, aparecem referenciados no Anuário da Nobreza de Portugal, tomo III, p.486. A mesma informação pode ser encontrada neste sitio Web, a propósito da ascendência de Francisco da Silva Mouga (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=549743) que casou com Maria do Carmo Rodrigues de Mattos e Silva (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=549742).

Nas minhas investigações acabei por encontrar um assento de baptismo com informações inéditas. Afinal todos os Mottas de Olalhas (obviamente os que se puderem ser entrocados...) descendem de dois casais do séc.XVIII que tiveram cada um um casal, e que se casaram entre si… e só um dos progenitores é de facto de Olalhas:
Manuel dos Santos (*Barreira, Serra, Tomar) casou com Josefa da Motta (*Paço, Madalena, Tomar) viveram em Alqueidão, Olalhas , Tomar, e tiveram 2 filhos: José dos Santos da Motta e Joaquim da Motta. Estes casaram-se com as filhas de Bernardo Correia Gonçalves (*Carvalhais, Ferreira do Zêzere) e Maria Josefa Ribeira (*Alqueidão, Olalhas, Tomar), respectivamente Felícia Maria Joaquina (ou Felícia Bernarda) e Maria Joaquina Bernarda.
Assim, é de Josefa da Motta que vem o apelido que em vários ramos durou até hoje. Sublinho que o apelido passou mais que uma vez por via feminina.

Nos registos que encontrei, a Josefa da Motta aparece sempre como sendo da freguesia de Santa Maria Madalena de Tomar. Num dos registos aparece como sendo natural do lugar do Paço, desta mesma freguesia. Penso que este Paço corresponda à terra que tem actualmente o nome de Paço da Comenda da freguesia da Madalena de Tomar.
Infelizmente até agora não consegui encontrar mais elementos sobre a ascendência de Josefa da Motta, do Paço, freguesia da Madalena de Tomar.

Talvez me possa dar alguma indicação.

Com os melhores cumprimentos

Fernando António

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Motas, de Tomar

#268684 | evieira | 16 janv. 2011 02:27 | In reply to: #268671

Caro Fernando António,

Embora não tendo informações sobre a sua Josefa da Mota em particular, como refere que se interessa pelos Motas desta região (da qual também tenho interesse, particularmente da parte ocidental do concelho), estes dados poderão ser úteis:


António da Mota, n. Ponte, fregª da Beselga (ou S.Silvestre); filho de João da Mota, do mesmo lugar, e de Natália Nunes, do Paço da Comenda (fregª Madalena), casou em 1735 em Assentiz.

Pe.Jerónimo da Mota, cura da Madalena, em 1640.

Cmpts
E.Simões

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RE: famílias motta em Madalena -Tomar

#268795 | mariamotta | 17 janv. 2011 20:02 | In reply to: #268671

Sr. Fernando António

Obrigada pela sua resposta, afinal deu-me mais informação do que aquela que eu lhe posso retribuir.

Pois, em 1815, uma Josefa Maria de Sousa, natural do Passo (Paço da Comenda) casa na Igreja de Sta Maria Madalena com Joaquim da Motta natural de Alqueidão, Olalhas, filho de José da Motta e de Felicia Maria. ambos moradores em Alqueidão, Olalhas. Têm, pelo menos, uma filha também Josefa, nascida em 1818 mas o marido já estará morto em 1823 (?), pois no ano seguinte Josefa Maria volta a casar com um António Pereira. Curioso que os filhos deste casal passam a chamar-se Pereira da Motta! Manteve ela o apelido do 1.º marido? É este ramo da familia que deu origem aos inúmeros Motta existentes a partir de meados de XIX, com o advento dos caminhos de ferros, na localidade de Porto da Lage (onde fica a estação da CP de Paialvo).
Voltando ao Joaquim da Motta, sobre ele só consegui encontrar o assento de casamento nos RP da Torre do Tombo, quer em Olalhas quer na Madalena, pela sua informação vejo que entronca na descendencia da Josefa da Motta de que fala. Sendo ela do Paço, o neto Joaquim (filho de José) vai casar à terra da avó, segundo parece. Será que me poderia fornecer mais pormenores desta família?
Por outro lado encontrei o seguinte assento de baptismo, de q infelismente só tirei apontamentos e está incompleto, que talvez interesse:

Na Igreja de Sta Maria Madalena ..... " a dez de Setembro de 1727 baptizei e pus os Santos óleos a Joseph, filho de Josefa Maria Motta, solteira, natural e moradora no lugar do Passo, filha de João Jorge e de sua mulher Joanna da Silva
ele natural do Passo e ela de Thomar,.... foram padrinhos António da Motta ......" Resulta daqui incontestavelmente que no inicio de XVIII havia Mottas no Paço, mas serão ascendentes directos de Josefa?

Vou continuar a investigar, mas, como novata nestas andanças, agradeço toda a ajuda que me puder prestar. Por mim, se encontrar algo de novo far-lhe-ei saber.

Os meus cumprimentos

M.G.Motta

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RE: famílias motta em Madalena -Tomar

#268832 | fantoniosj | 18 janv. 2011 15:13 | In reply to: #268795

Caros E.Simões e Maria Motta,

Muito obrigado pelas vossas indicações.
Parece que as nossas investigações sobre os Mottas estão finalmente a progredir!

Aqui vão as informações que tenho sobre os meus antepassados Motta de Olalhas / Madalena em linha ascendente (sempre pelos Mottas).

- Joaquina da Motta (minha trisavó duas vezes) (*09.05.1828, Alqueidão, Olalhas, Tomar, Casou na Igreja Paroquial de Olalhas, Tomar, com João Alberto (*17.04.1824, Olalhas, Tomar / † 10.09.1890, Olalhas, Tomar), Proprietário. Deste casal ainda se conservam muitas recordações e histórias. Viveram na Casa da Mouca em Olalhas, uma antiga casa com oratório que já não existe. Viviam dos rendimentos de 83 grandes propriedades. O marido dedicava-se à caça e tinha cavalos.

Joaquina da Motta era filha de
- Josefa da Motta († 04.05.1831, de parto, com 30 anos, no lugar do Alqueidão, Olalhas, Tomar) e de José Pedro (* Alqueidão Olalhas, filho de Pedro Manuel Rodrigues e de Maria Joaquina Francisca, ambos do Alqueidão, Olalhas).

Josefa da Motta era filha de
- Joaquim da Motta (* Alqueidão, Olalhas, Tomar - † 16.01.1836, viúvo, lugar de Alqueidão, Olalhas e fez testamento aberto nas Notas. O seu testamento encontra-se no Arquivo Distrital de Santarém) e de Maria Joaquina Bernarda.

Joaquim da Motta era filho de
- Josefa da Motta (*Paço, Madalena, Tomar) e de Manuel dos Santos (*Barreira, Serra, Tomar).

Josefa da Motta (*Paço, Madalena, Tomar) e Manuel dos Santos (*Barreira, Serra, Tomar) são também os pais de
José da Motta casado com Felícia Maria.

José da Motta e Felícia Maria são pais de
Joaquim da Motta (*25.03.1786) que casa em 1815 com Josefa Maria de Sousa, do Passo, Madalena, e também de
Josefa (*09.08.1789 que terá morrido criança),
Josefa (*07.11.1791) e de
Maria da Motta cujo neto, Francisco da Silva Mouga (Tomar, Olalhas, Sombreireiros 20.04.1851 + Abrantes, Souto, Casa Grande 1900) casará com Maria do Carmo Rodrigues de Mattos e Silva.
Francisco da Silva Mouga e Maria do Carmo Rodrigues de Mattos e Silva são pais de Beatriz de Mattos e Silva que casou com José Augusto Simões Baião (* Ferreira do Zêzere, Beco, Alqueidão de Santo Amaro 29.09.1875 + Ferreira do Zêzere, Pias, Ponte de Tabuado 09.03.1954), Engenheiro Agrónomo, Político, Autarca, irmão do Dr.António Baião, que foi Director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo e autor da conhecida monografia de Ferreira do Zêzere e o seu Concelho.

Por enquanto não tenho mais informações.
Pode ser que o testamento de Joaquim da Motta, filho de Josefa da Motta (*Paço, Madalena, Tomar) e de Manuel dos Santos (*Barreira, Serra, Tomar) possa ter elementos interessantes.

Para além disso, parece-me que a única hipótese de colher mais elementos é através dos registos paroquiais da Madalena (Tomar) e fazer um levantamento de todos os Mottas que, tal como diz, no início do séc. XVIII já viviam no Paço.

Vamos continuar as nossas investigações
Cumprimentos
Fernando António

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RE: famílias motta em Madalena -Tomar

#269293 | fantoniosj | 25 janv. 2011 22:01 | In reply to: #268832

Cara Maria Motta,

Já tenho uma cópia do testamento de Joaquim da Motta, filho de Josefa da Motta (*Paço, Madalena, Tomar) e de Manuel dos Santos (*Barreira, Serra, Tomar). Foi feito no Alqueidão “em casas de morada de Joaquim da Motta viúvo de Maria Bernarda” a 30.10.1835. Infelizmente não nos traz mais nenhuma informação para clarificar a origem desta família no Paço (Madalena). Vou tentar alguma coisa noutras fontes.

A Maria Motta descende dos Mottas da Madalena?

Cumprimentos

Fernando António

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RE: famílias motta em Madalena -Tomar

#269332 | mgracinha | 26 janv. 2011 17:57 | In reply to: #269293

Descendo de Josefa Maria de Sousa, que foi casada com Joaquim da Motta - era minha tetravó. Descendo de um dos filhos dela,n.1824 no Paço da Comenda, Madalena - António Pereira da Motta.
Mas há, ou pelo menos houve, outra linha de Mottas que, inclusivamente se cruzou novamente com a minha em principios do sec XX, um irmão do meu avô casou com uma senhora de nome Lúcia Motta, filha de Francisco da Motta, penso que de Além da Ribeira, tb na Madalena ou de S.Silvestre na Beselga, não havendo antepassados próximos comuns.
Em Tomar, os antigos donos, desconheço se serão ascendentes dos actuais, do famoso café Paraíso eram Motta, lembro-me de em criança nos referirmos a eles como primos, embora não soubessemos explicar a razão do parentesco. O actor João Mota, da Comuna, creio que é desta família, de Tomar é de certeza.
Descobri agora, o que faz a gente pôr-se a pensar em velharias!, que conheço vagamente uma nora da Lúcia Motta. Vou tentar entrar em contacto, já é uma senhora de muita idade, e procurar saber "o que ela sabe" sobre estas miudezas.
Agradeço-lhe muito as informações prestadas e, se não é abuso, a aguardar as próximas, eu farei o mesmo.

Cumprimentos
M.G.Motta

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RE: famílias motta em Madalena -Tomar

#269400 | fantoniosj | 28 janv. 2011 10:49 | In reply to: #269332

Caros Confrades,

Aqui vão mais elementos sobre os nossos Mottas, elementos estes que, junto com as indicações de E.Simões e Maria Motta podem ajudar a fazer uma teoria ainda a confirmar.

No século XVIII aparece um casal no Paço, que parece ser o casal que dá origem aos nossos Mottas da Madalena e de Olalhas:

Manuel Gonçalves (natural e morador no Paço, Madalena, faleceu no Paço a 22.08.1757) casado com
Josepha da Motta (natural do lugar da Ponte, São Silvestre da Beselga, faleceu no Paço a 15.06.1765, viúva).

Este casal tem vários filhos no Paço:

Isabel (11.12.1729). Padrinhos: João Escudeiro e sua mulher Isabel Maria moradores no Casal de São Silvestre.
Mariana (02.06.1732). Padrinhos: José da Motta filho de João da Motta da Ponte e Mariana filha de Maria Dias de Cem Soldos.
Ritta (04.10.1734). Padrinhos: Rev. Padre João Rodrigues de Tomar e Mariana Abreu mulher de Manuel Nunes de Tomar.
Quitéria (27.06.1738). Padrinhos: Dr. Francisco Gomes de Tomar e Joana Teresa Xavier, por procuração de António Azevedo da Fonseca de Tomar.
Francisco (13.06.1741). Padrinhos: Rodrigo Homem Coelho da Silva Castelo de Payalvo e Isabel Teresa de São Francisco, de A-Dos-Rodrigos de Torres Novas, por procuração a seu marido Manuel Rodrigues Carneiro Bradilanças (?).

Em todos os registos de baptismo dos filhos deste casal aparece uma indicação mais ou menos assim, “os nomes e naturalidade dos pais e avós seguem no livro antecedente f.91”. O livro correspondente não vem à leitura, pelo que espero a fotocópia deste fólio para obter mais informações. Neste livro encontram-se certamente os registos de baptismo dos restantes filhos deste casal.

Aparecem também dois casamentos de filhas deste casal:

a 29.06.1744 na Madalena (Tomar) casa
Josepha Maria da Motta, com
João Nunes Ribeiro Manano (?), do Alqueidão de Olalhas, viúvo que ficou de Francisca Gomes Ribeira (ou Ribeiro?). Filho de Manuel Nunes Manano e Isabel Ribeira do Alqueidão da Palma (Olalhas).
Testemunhas: P.João Ribeiro de Olalhas, António Nunes do Alqueidão de Olalhas e Cristóvão da Motta da Madalena.

A 28-01-1762 na Ermida de Santa Margarida na Madalena (Tomar) casa
Joana Maria da Motta, com
Pedro Jorge, filho de Pedro Jorge e Ana Lopes, já defuntos e moradores no Casal dos Galegos.
Testemunhas: o Capitão Cristóvão da Motta tio da dita noiva, da Ponte (São Silvestre da Beselga), José Coelho do Lugar do Paço e Manuel Nunes da vila de Tomar.

Recordo a intervenção do E.Simões na qual aparece já uma ligação curiosa entre a Ponte e o Paço: “António da Mota, n. Ponte, fregª da Beselga (ou S.Silvestre); filho de João da Mota, do mesmo lugar, e de Natália Nunes, do Paço da Comenda (fregª Madalena), casou em 1735 em Assentiz”.

Recordo que o padrinho de baptismo de Mariana é um José da Motta filho de João da Motta da Ponte. Aparece um João da Motta da Ponte, testemunha em 1713 na Madalena.

Outra pessoa que aparece repetidamente nos registos desta família é o Capitão Cristóvão da Motta “tio da dita noiva”, da Ponte (São Silvestre da Beselga), que é irmão Josepha da Motta (natural do lugar da Ponte, São Silvestre da Beselga), e que é padrinho de casamento das duas sobrinhas nascidas no Paço, Josepha Maria da Motta e Joana Maria da Motta.

De facto, no livro de Nuno Gonçalo Pereira Borrego, As Ordenanças e Milícias em Portugal, aparecem as seguintes informações:

Cristóvão da Mota, Capitão de Ordenanças das freguesias de São Miguel e São Silvestre. Em 17.VII.1758.(p.416)

Feliciano António de Góis Neves, Capitão de Ordenanças da freguesia de São Miguel de Carregueiros, anexa à vila de Tomar, que vagou por morte de Cristóvão da Mota. Em 17-VII-1789. (p.415).

Recordo também que, como já escreveu a Maria G. Motta, a 05.09.1815, Josepha Maria de Sousa, de Além da Ribeira (Madalena) casa na Igreja de Sta Maria Madalena com Joaquim da Motta natural de Alqueidão, Olalhas, filho de José da Motta e de Felicia Maria. ambos moradores em Alqueidão, Olalhas. Este Joaquim da Motta, (filho de José da Motta) é neto de Josefa da Motta (*Paço, Madalena, Tomar) casada no Alqueidão com Manuel dos Santos (*Barreira, Serra, Tomar). Portanto Joaquim da Motta do Alqueidão (Olalhas) vai casar para a terra da sua avó Josefa da Motta.
Josepha Maria de Sousa era filha de Rodrigo António do Paço e de Maria Joaquina de Sousa de Além da Ribeira (Madalena). No registo do casamento aparece a seguinte informação: “ficaram a morar no lugar do Paço”. Este casal tem uma filha, Josepha, baptizada a 23.09.1718. Entretanto, tal como escreveu M.G. Motta, “o marido já estará morto em 1823 (?), pois no ano seguinte Josefa Maria volta a casar com um António Pereira”.

Vamos à teoria a confirmar com o cruzamento de dados:

Josepha Maria da Motta, filha de Josepha da Motta e de Manuel Gonçalves, casa com João Nunes Ribeiro Manano do Alqueidão (Olalhas), viúvo, a 29.06.1744 na Madalena.

Este casal não aparece mais nos registos da Madalena. Como João Nunes Ribeiro Manano era do Alqueidão (Olalhas), este casal terá vivido ali mesmo.

À morte de João Nunes Ribeiro Manano (que era viúvo quando casou com Josepha Maria da Motta, e por isso certamente mais velho) a viúva que vivia no Alqueidão (terra do marido) terá permanecido ali, e terá casado uma segunda vez em Olalhas com Manuel dos Santos (* Barreira, Serra, Tomar) continuando a morar no Alqueidão (Olalhas), terra do primeiro marido. Isto explicaria o estranho facto de Manuel dos Santos (possivelmente o segundo marido) e de Josepha da Motta viverem no Alqueidão de Olalhas, quando nenhum dos dois era dali natural.

Ali nasceram pelo menos dois filhos deste casal, (José e Joaquim), e um neto volta a casar para o Paço, terra da avó.

Provavelmente esta linha que usa o apelido Motta começa com:

I João da Motta da Ponte, freguesia de São Silvestre da Beselga (Tomar) (testemunha em 1713 na Madalena), casado com Natália Nunes, do Paço (Madalena).
Deste casal do lugar da Ponte (São Silvestre da Beselga) terão nascido os seguintes filhos (a ordem do nascimento dos filhos é desconhecida):
-(II) António da Motta (que casou em 1735 em Assentiz),
-(II) José da Motta (padrinho de baptismo de Mariana a 02.06.1732),
-(II) Capitão Cristóvão da Motta (padrinho de casamento das sobrinhas a 29.06.1744 (ainda não era capitão) e 28-01-1762 (já era capitão)),
-(II) Josepha da Motta, que segue.

II. Josepha da Motta (natural do lugar da Ponte, São Silvestre da Beselga, faleceu no Paço a 15.06.1765, viúva), casa com Manuel Gonçalves (natural e morador no Paço, Madalena, faleceu no Paço a 22.08.1757).
São pais de: (a ordem dos filhos é ainda hipótese)
1 (III) Josepha Maria da Motta (cujo baptismo não encontrei), que segue,
2 (III) Joana Maria da Motta (não encontrei o baptismo mas o registo do casamento como já transcrevi),
3 (III) Isabel (11.12.1729),
4 (III) Mariana (02.06.1732),
5 (III) Ritta (04.10.1734),
6 (III) Quitéria (27.06.1738),
7 (III) Francisco (13.06.1741),

III Josepha Maria da Motta casa uma primeira vez na Madalena (Tomar) a 29.06.1744 com: João Nunes Ribeiro Manano, do Alqueidão de Olalhas, viúvo, e provavelmente uma segunda vez, com Manuel dos Santos (* Barreira, Serra, Tomar). Com o segundo marido tem pelo menos dois filhos no Alqueidão (Olalhas)(a ordem do nascimento dos filhos é desconhecida):

- (IV) José dos Santos da Motta, (* Alqueidão, Olalhas, Tomar. Casou com Felícia Maria Joaquina ou Felícia Bernarda, irmã da cunhada. O filho Joaquim volta a casar para o Paço (Madalena). C.G.

- (IV) Joaquim da Motta, (* Alqueidão, Olalhas, Tomar - † 16.01.1836, v., lugar de Alqueidão, Olalhas e fez testamento aberto nas Notas). Casou com Maria Joaquina Bernarda, irmã da cunhada. C.G.

Etc.

Cumprimentos
Fernando

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#269498 | mariamotta | 30 janv. 2011 11:50 | In reply to: #269400

Excelente trabalho. Muito obrigada.
Curioso que Cristovão da Motta foi padrinho de baptismo, a 26 de Março de 1748, de Maria Joaquina de Sousa (filha de José António Nunes e de Maria de Sousa e que casou com Rodrigo António) a qual será mãe de Josefa Maria de Sousa que, como já foi dito, casou com Joaquim da Motta em 1815.
Cumprimentos,

M.G.Motta

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#269541 | fantoniosj | 30 janv. 2011 21:27 | In reply to: #269498

Muito bem! Assim vão-se cruzando os dados e clarificando a história desta gente.

Já tenho mais dados que confirmam uma das teorias que nos guiou até agora.

Trata-se do registo de baptismo de Joana, filha (em princípio a primogénita) de Manuel Gonçalves e de Josefa da Motta (Madalena, 30.03.1719).

Os pais de Joana, Manuel Gonçalves e de Josefa da Motta são moradores no Paço (Madalena).

Avós paternos: Domingos Gonçalves, Paço (Madalena) e Isabel Rodrigues Outeiro Paqueno (Assentiz, Torres Novas).

Avós maternos: João da Motta, Ponte (S.Silvestre da Beselga) e Natália Nunes, Paço (Madalena).

Padrinhos: Padre Silvestre Vaz, morador no lugar da Ponte (S.Silvestre da Beselga), e Margarida Nunes, mulher de António Nunes do mesmo lugar do Paço.

Desta forma confirma-se a suposição inicial

I João da Motta, da Ponte, freguesia de São Silvestre da Beselga (Tomar) (testemunha em 1713 na Madalena), casado com Natália Nunes, do Paço (Madalena).
Deste casal do lugar da Ponte (São Silvestre da Beselga) terão nascido os seguintes filhos (a ordem do nascimento dos filhos é desconhecida):

-(II) António da Motta (que casou em 1735 em Assentiz),
-(II) José da Motta (padrinho de baptismo de Mariana a 02.06.1732),
-(II) Capitão Cristóvão da Motta (padrinho de casamento das sobrinhas a 29.06.1744 (ainda não era capitão) e 28-01-1762 (já era capitão)),
-(II) Josepha da Motta.

Portanto, neste momento os nossos Mottas vêm da Ponte (S.Silvestre da Beselga). Do ponto de vista das fontes isto é um problema porque os registos paroquiais desta freguesia quase não existem. Os baptismos mais antigos são de 1843-1857 e os casamentos de 1876-1877!

Se alguém tiver ideias… tenha a bondade de ajudar.

Cumprimentos
Fernando António

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RE: famílias motta em Madalena -Tomar

#269569 | mgracinha | 31 janv. 2011 11:07 | In reply to: #269541

A propósito (ou não) da freguesia de S.Silvestre da Beselga, já vi a seguinte referência à mesma num RP da seguinte forma" ....f... natural da freguesia de S.Silvestre da Beselga, desta prelazia [Madalena].....", faço as seguinte perguntas, de completa ignorante:
1- estava a dita freguesia subordinada à prelazia da Madalena e (por isso?) não teria livros próprios de assentos de baptismo e casamento antes de determinadas datas ?
2- estarão as tais datas relacionadas com a nova divisão administrativa do país, após o liberalismo, que terão influenciado a divisão eclesiástica?
3- actualmente as localidades de Beselga de Cima e Beselga de Baixo fazem parte da freguesia de Assentiz, concelho de Torres Novas, será que a famigerada Ponte, que nos interessa, se é que ainda existe, também fará e, de alguma forma (não vejo como devido ao constatado em 1 mas é uma hipótese) será por esta via que se encontram os assentos mais antigos?
O que acabei de dizer poderão ser completas alarvidades produto da minha ignorância, mas enfim, foi com boa vontade ...
Cumprimentos
M.G.Motta

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#269576 | evieira | 31 janv. 2011 14:36 | In reply to: #269569

Cara M.G.Motta

Em tempos já vi exaustivamente os RP mais antigos das freguesias de Assentiz e da Madalena; os assentos da freguesia de Beselga (S.Silvestre) Não estão contidos nestes. Por outro lado, vi alguns processos de hab. de génere referente a pessoas dessa freguesia (séc. xviii)- estes processos contem transcrições de assentos dos livros da Beselga, pelo que se conclui que em tempos existiam RP para essa freguesia, estando organizada da mesma maneira que as freguesias vizinhas.
É bem possível que se tenha dado qualquer tipo de desastre, como um incêndio, na igreja de s.silvestre, em meados de séc XIX, o que explicaria o desaparecimento dos livros.

O lugar da Ponte ainda se situa na freguesia da Beselga. Como referiu, e bem, na vizinha freguesia de Assentiz existem também os lugares de Beselga de Cima e Beselga de Baixo - todos estes lugares retiram o seu nome da ribeira da Beselga, que separava o termo de Torres Novas do de Tomar.

Cmpts
E.Simões

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#269584 | JCALD | 31 janv. 2011 16:51 | In reply to: #269569

Cara M. G. Motta e restantes Confrades:

Em tempos pesquisei nos livros dessa região para estudar a genealogia dos meus sobrinhos e verifiquei que muitas freguesias apresentam falta de livros anteriores ao século XIX. Fiquei na altura com a ideia que isso se ficou a dever à devastação que os Franceses fizeram na região numa das sua invasões. Provavelmente terá sido o que aconteceu na freguesia de Beselga, onde terá ocorrido mais algum sinistro, pois a maioria das freguesias começa os registos em 1811 e esta inicia-se algumas décadas mais tarde.
No vizinho concelho de (Vila Nova de) Ourém, todas as freguesias, algumas antiquíssimas, só apresentam livros posteriores a 1811, à excepção de Fátima. Neste caso, tenho ideia de ter lido em qualquer lado que os livros findos estavam já guardados no Paço Episcopal de Leiria e aí tinham sido destruídos no incêndio ateado pelos mesmos invasores.

Este tópico também me interessa na medida que os meus sobrinhos descendem de uma família Pereira da Mota originária de Ourém e cujas raízes se perdem precisamente no «vácuo» deixado pela ausência de livros paroquiais.
Consegui chegar a um Luís Pereira da Mota, nascido na freguesia do Olival, concelho de Ourém, em meados do século dezóito. E consegui chegar tão atrás, porque este Luís Pereira da Mota, casou com Teresa dos Reis, natural da Charneca (hoje Vilar dos Prazeres), outra freguesia do mesmo concelho, e tiveram vários filhos, entre os quais o antepassado dos meus sobrinhos, Jacinto José Pereira da Mota, que teve a feliz ideia de ir casar ao Reguengo do Fetal a 26-5-1806 com Joaquina Rosa, aí residente. A descendência deste casal já possui registos nos livros das freguesia de Ourém.

A proximidade dos concelhos de Vila Nova de Ourém e Tomar leva-me a supor que podem ser dois ramos de uma mesma família.

Cumprimentos,
José Caldeira

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#269598 | fantoniosj | 31 janv. 2011 22:44 | In reply to: #269584

Caros Confrades,

Que excelente nível de participação neste debate! Vamos continuar a investigar e a partilhar os dados obtidos. Assim vamos chegar a resultados positivos.

O livro Diocese de Santarém 25 anos. Memória, vida e projecto, (edição Diocese de Santarém 2001) tem um capítulo dedicado à paróquia da Beselga com algumas informações interessantes:

“É paróquia com cerca de 300 anos, desmembrada de S. Miguel de Porrais (Carregueiros)”. Continua o livro: “A primeira referência histórica a esta freguesia que conhecemos, data de 1701. Consta da lista das 12 que então havia no concelho de Tomar e diz o seguinte: ‘S.Silvestre, 80 habitantes. A matriz (1701) está na estrada que vai de Coimbra para Lisboa’”. Etc. p.239.

Se esta informação está correcta, não podem existir livros anteriores a 1700, quando terá sido fundada a paróquia de S.Silvestre da Beselga. Deste modo os registos mais antigos referentes a estes lugares estarão incluídos nos registos paroquiais da paróquia de Carregueiros. Neste momento estou em Tomar, por isso não tenho a possibilidade de saber qual é a situação destes registos paroquiais: espero que tenhamos finalmente sorte…

De qualquer forma o hiato é muito grande. Não sei o que é que existe no cartório destas paróquias. Por vezes podemos ter surpresas muito positivas. Já tive essa experiência com Olalhas (Tomar), a paróquia na qual fui baptizado, e onde se encontram vários escritos com óbvio interesse histórico e genealógico (cadernos com extractos de baptismo e um livro de registo de baptismo, todos anteriores aos que se conhecem e que se encontram na Torre do Tombo). Aliás, só consegui saber que os Mottas de Olalhas eram na verdade da Madalena, graças a esses registos desconhecidos.

Vou tentar saber alguma coisa através do pároco da Madalena e Beselga.

Todas estas paróquias pertenceram até ao final do século XIX à antiga Prelazia de Tomar.

De qualquer forma, estando em Tomar, vou aproveitar para dar uma olhadela às obras de Amorim Rosa. Pode ser que encontre alguma pista.

Aproveito também para perguntar ao Confrade E.Simões que tipo de processos de hab. de génere referentes à Beselga ou à Madalena conhece. Algum pode ter elementos que nos ajudem nesta investigação?

Muitos cumprimentos para os Confrades

Fernando António

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famílias das freguesias de Beselga e Madalena

#269609 | evieira | 01 févr. 2011 00:35 | In reply to: #269598

Caro Fernando António

Em primeiro lugar informo que a informação que consta do livro que citou está em incorrecta, já que são abundantes as referencias à freguesia de S.Silvestre, nos livros das paróquias vizinhas, desde o final do séc. XVI. Esta freguesia terá portanto sido criada muito antes a 1700 (tenho aqui à mão uma referência já de 1594, e provavelmente existem mais antigas).

Em relação à sua pergunta sobre as hab. de génere, informo que estão na TT os processos de habilitandos pertencentes à câmara eclesiástica de lisboa. Não me lembro de ter visto algum processo referente a alguem natural da freguesia de Beselga ou da Madalena em particular (aparentemente os processos de hab. de génere para tomar ordens dos naturais do termo de tomar não foram parar à C.E.Lisboa - (porquê? onde eram feitos? onde estão?)), mas já vi todos ou quase todos das freguesias vizinhas do concelho de Torres Novas, sendo que nos casos em que a pessoa era filha ou neta de alguem da fregª da Beselga, temos acesso à inquirição que aí foi feita, contendo muitas vezes transcrições de assentos cujos livros originais desapareceram.

Devido ao desaparecimento ou destruição dos livros, fazer genealogia na fregª de S.Silvestre é tarefa imensamente problemática. Toda a informação que temos, ou provem de referências nos livros das freguesias vizinhas (especialmente Madalena, em menor grau Assentiz), ou de processos de génere como os que referi acima, se tivermos a sorte de os encontrar.

Com alguma sorte, talvez o casamento de João da Mota e de Natália Nunes se tenha realizado na freguesia da Madalena. Se assim for, talvez consiga recuar mais uma geração nestes Motas. Há tempos pedi para serem digitalizados os livros de casamentos 1 e 2 desta freguesia que estão na TT, pelo que se lá for pode vê-los num dos computadores da sala de referência (é possível que já estejam online, também).

Vá colocando o que encontrar no forum- Tenho algumas dezenas de naturais das freguesias da Beselga e da Madalena na minha base de dados, ou meus antepassados directos ou gente que se ligou a famílias de Assentiz, para o séc. XVII- embora, de Motas, só tenha o que lhe transmiti..

Espero ter ajudado,
Cmpts
E.Simões

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RE: famílias das freguesias de Madalena e Assentiz

#269631 | mgracinha | 01 févr. 2011 15:34 | In reply to: #269609

Caro E.Simões

Como vejo que tem conhecimento da história de famílias em Assentiz, atrevo-me a abusar e pedir-lhe ajuda para o seguinte:

Sabe alguma coisa sobre os antepassados de Manuel de Sousa Rosa, nascido em Assentiz em 1827 e falecido na Quinta da Bellida na Madalena, de que era proprietário, em 1905? Sei que era filho de João de Sousa e de Maria Rosa (n.1793), ambos de Assentiz e neto paterno de José de Sousa e Rosa Maria, moradores em Casal da Penna, Freguesia de Sta. Eufémia.
Já agora, a Quinta da Bellida nos ínicios do sec. XVIII pertencia (?) a um Manuel Pereira de Sousa, seria antepassado de Manuel?
Muito obrigada pela ajuda que me puder prestar,
Cmpts
M.G.Motta

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RE: famílias das freguesias de Madalena e Assentiz

#269928 | fantoniosj | 04 févr. 2011 22:26 | In reply to: #269631

Caro Edmundo Simões, e Maria da Motta.

Muito obrigado pelas suas indicações. Vou tentar encontrar o casamento de João da Mota e de Natália Nunes na Madalena, o que é improvável mas não impossível. O desaparecimento dos registos paroquiais é uma verdadeira tragédia.

Penso que os processos de ordenação de clérigos da Prelazia de Tomar estarão nas dioceses vizinhas, já que o Prelado de Tomar, não sendo bispo, não podia ordenar o seu clero.

Nos Anais do Município de Tomar, de Amorim Rosa, encontram-se diversas informações sobre estes Mottas, em particular, e sobre outros Mottas cujas possíveis ligações ainda desconheço. Curiosamente no séc. XIX usam este apelido em Tomar nobres e “mecânicos ”.

Quanto aos nossos Mottas, as referências são quase sempre em relação ao Capitão Cristóvão da Motta. Infelizmente ainda não encontrei a sua eleição.

Uma referência curiosa encontra-se nas páginas 137 e 138 do volume dedicado aos anos 1771-1800.
Trata-se da eleição de capitães das Ordenanças de S. Silvestre e de Santa Maria Madalena, “ambas das Ordenanças deste Termo, por falecimento, a primeira, de Cristóvão da Motta; e a segunda de António Miguel Bayma de Barros; em 6 pessoas nobres, ricas e moradoras nesta mesma Vila, ou no distrito das referidas freguesias”.

Entre estas 6 pessoas “nobres, ricas e moradoras nesta mesma Vila, ou no distrito das referidas freguesias” encontra-se “Em 2º lugar, Joaquim José da Motta, natural do lugar da Ponte, da mesma freguesia, pessoa com merecimentos, por ser Filho do Capitão defunto”. A sessão ocorreu a 23 de Novembro de 1782.

Provavelmente é este “Joaquim José da Mota, da Ponte” que aparece como Recebedor da Décima de S. Silvestre em 1797 ou 1796.

Também nos Anais do Município de Tomar, de Amorim Rosa, várias vezes encontramos Mottas como Recebedores da Décima do Paço (Madalena) e em Olalhas.

1796-José da Mota, do Alqueidão (Olalhas). (um dos dois filhos da primeira senhora Motta do Paço, Madalena, que vais para o Alqueidão, Olalhas).
1799- Francisco António da Mota, do Paço (Madalena). (Quem será?)
1811-Joaquim da Mota, Juiz da Vintena do Paço (Madalena).
1813- Joaquim da Mota, Juiz da Vintena do Paço (Madalena).
1815- Joaquim da Mota, Juiz da Vintena do Paço (Madalena).
A 7 de Junho de 1815 é nomeado Joaquim António da Mota, do Paço, Recebedor da Madalena).

É interessante que Joaquim António da Mota aparece no Paço como Juiz da Vintena do Paço (Madalena) desde 1811. A sua avó do Paço faleceu a 15.06.1765. Ele há-de casar na Madalena 05.09.1815 com Josepha Maria de Sousa, de Além da Ribeira (Madalena), e “ficaram a morar no lugar do Paço”, onde afinal já vivia o noivo, a pesar de ter nascido no Alqueidão (Olalhas).

Outras coisas interessantes.

Neste ano de 2011 cumpre 100 o conhecido “Café Paraízo” de Tomar.

Deste café foi fundador e proprietário Manuel Cândido da Motta, que nasceu no Alqueidão, Olalhas, Tomar, em 1863. O café ainda hoje pertence a esta família (falei hoje mesmo com as senhoras) e desta família é também o actor João Mota.
Com toda a probabilidade Manuel Cândido da Motta é descendente destes Mottas que estamos a tratar. Tenho que descobrir o registo de baptismo para poder confirmar esta possibilidade.

E por hoje é tudo

Cumprimentos
Fernando António

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RE: famílias das freguesias de Madalena e Assentiz

#270029 | mariamotta | 06 févr. 2011 15:08 | In reply to: #269928

Caro Fernando António
Eis o que descobri, que não sei se já tem conhecimento:
1-Em 21 de Abril de 1703, João Nunes e Isabel Godinho, moradores no Paço, baptizam o seu filho João cujo padrinho é João da Motta, do lugar da Ponte.
2-Em 3 de Março de 1707 o mesmo casal baptiza uma filha, Josepha, tendo sido padrinhos Manuel Pereira de Sousa da Quinta da Bellida e Josepha da Motta filha de João da Motta do lugar da Ponte, Freguesia de S. Silvestre.
3-A dez de Junho de 1725 casam na Madalena, Pedro Jorge do Lugar de Além da Ribeira e Francisca da Motta, filha legitima de Francisco da Motta, natural do lugar de Vale Florido, fregusia de ..... (S.Pedro?).... da Beberriqueira e de sua mulher Maria de Almeida natural de Cem Soldos, moradores todos em Cem Soldos.
O que quer dizer que já em 1703, João da Motta se relacionava com pessoas do Paço e que quatro anos depois a sua filha era madrinha, qual a idade minima para se ser madrinha, se é que havia, ?

Por outro lado, este Francisco da Motta morador em Cem Soldos terá alguma coisa a ver com João? Se sim, a resposta, por agora está na Beberriqueira.

Cumprimentos

M.G. Motta

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RE: famílias das freguesias de Madalena e Assentiz

#270055 | fantoniosj | 06 févr. 2011 20:58 | In reply to: #270029

Olá Maria da Motta,

Muito obrigado por estes elementos. Vou observar tudo com atenção.

Por outro lado sublinho um facto que pode dar alguma pista. No registo de baptismo de Joana, filha (em princípio a primogénita) de Manuel Gonçalves e de Josefa da Motta (Madalena, 30.03.1719), os padrinhos são o Padre Silvestre Vaz, morador no lugar da Ponte (S.Silvestre da Beselga), e Margarida Nunes, mulher de António Nunes do mesmo lugar do Paço. Lembrei-me agora que nas genealogias os Mottas e os Vazes aparecem relacionados por casamento, especificamente em S.Silvestre da Beselga. Este padrinho, o Padre Silvestre Vaz, pode ser um familiar. Espero ainda a fotocópia do outro registo de baptismo dos filhos deste casal. Pode ser que encontremos pistas interessantes.

Muito obrigado

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RE: famílias das freguesias de Madalena e Assentiz

#270065 | evieira | 06 févr. 2011 22:18 | In reply to: #269631

Cara M.Mota

Não tenho esses indíviduos na minha BD. No entanto, na terça feira vou estar com estes casamentos nas mãos, e vejo se encontro alguma coisa.

No entanto, muito provavelmente Manuel de Sousa Rosa não é descendente de Manuel Pereira de Sousa, da Quinta da Beselga ou Belida. Penso que a descendência dele (pela sua filha Ana Maria Teresa de Sousa) está na base de dados deste site. ver: http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1073991

Cmpts
E.Simões

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RE: famílias das freguesias de Madalena

#270088 | mgracinha | 07 févr. 2011 11:18 | In reply to: #270055

Caríssimos confrades que tanto me têm ajudado,
Uma pequena nota, esta do presente:
O novo Hospital Pediátrico de Coimbra vai ter o nome de Henrique Carmona da Mota, professor catedrático jubilado da UC que muito fez na progresso da pediatria em Portugal, especialmente em Coimbra.
Trata-se de um Mota da Madalena, natural de Porto da Lage, meu primo, afilhado dilecto do meu avô. Também ele está interessado em saber a história destes avoengos e tenho-lhe dado conta do que vou sabendo.
É uma nota pessoal mas que não pude deixar de compartilhar convosco, pois todos nós descendemos de raízes que deram troncos destes.
Cumprimentos,

M.G.Motta

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RE: famílias das freguesias de Madalena e Assentiz

#270202 | evieira | 08 févr. 2011 19:35 | In reply to: #269631

Cara M.G.Mota

Já tenho completos os costados de Manuel de Sousa Rosa. Se pedir o meu email ao moderador, envio-lhe isso.

Cmpts
E.Simões

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RE: famílias das freguesias de Madalena e Assentiz

#270218 | mariamotta | 08 févr. 2011 23:06 | In reply to: #270202

Caro E.Simões

Acabei de fazer o que me sugeriu, fico a aguardar.

Desde já, fico muito reconhecida, bem haja.
Cumprimentos
M.G.Motta

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RE: famílias das freguesias de Madalena e Assentiz

#270220 | mariamotta | 08 févr. 2011 23:14 | In reply to: #270218

Olá outra vez E. Simões

Como é a primeira vez que recorro ao moderador e não sei como se processa, pelo menos em termos de tempo, aqui vai o meu email:

mariagmotta[arroba]hotmail.com
Obrigada mais uma vez,

M.G.Motta

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RE: famílias das freguesias de Madalena e Assentiz

#270237 | mgracinha | 09 févr. 2011 10:27 | In reply to: #270220

Caro E.Simões

Bem haja pela fantástica informação que me enviou. É extraordinária a cooperação que tenho encontrado neste fórum. Obrigada por existirem. No que eu poder ajudar, apesar de novata, contem comigo.
Cumprimentos
M.G.Motta

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RE: famílias das freguesias de Madalena e Assentiz

#270330 | fantoniosj | 10 févr. 2011 01:02 | In reply to: #270202

Caros Confrades,

As nossas investigações prosseguem a bom ritmo.

Já tenho alguns dados sobre fundador e proprietário do “Café Paraízo” de Tomar Manuel Cândido da Motta, familiar do actor e encenador João Mota.

Manuel Cândido da Motta nasceu no Alqueidão, Olalhas, Tomar, às 11 da noite do dia 28 de Julho de 1863, e foi baptizado na Igreja de Olalhas a 21 de Setembro do mesmo ano. Filho legítimo (e segundo do nome) de Cândido da Motta, trabalhador, natural do Alqueidão, e de Emília Maria, doméstica, da Junceira, Tomar (recebidos em Olalhas e moradores no Alqueidão).

Era neto paterno de Manuel da Motta e de Maria Joaquina (também aparece como Maria Leonor).
Era neto materno de José Gaspar e de Maria Joana, da Fonte de Dom João, Junceira, Tomar.

Continuando com os Mottas…

Manuel da Motta era Filho de Joaquim da Motta e de Teresa Ribeira, do Pinheiro, Freguesia de Ourém, Diocese de Coimbra, e de Maria Leonor, filha de José Correia, e de Leonor Maria, ambos do Alqueidão de Olalhas.

Manuel da Motta e Maria Leonor casaram-se na Igreja de Olalhas a 20 de Fevereiro de 1821.
Portanto estes Mottas são originários do Pinheiro, Freguesia de Ourém, e não são dos Mottas que estamos a tratar. E mais não sei.

É curioso que vamos encontrar na mesma terra e mesma freguesia duas famílias Motta sem relação aparente.
Talvez estes elementos tenham interesse para o Confrade Manuel Caldeira, já que se referem a uma família oriunda de Ourém.

Dos nossos Mottas encontrei hoje por acaso mais um casamento nos registos paroquiais de Olalhas que se encontram na Torre do Tombo.

Trata-se do casamento na Igreja de Olalhas a 23 de Fevereiro de 1890 de Adelino Henriques de Mello (Proprietário da Quinta do Pinheiro na freguesia de Olalhas), com Florência da Motta (Alqueidão de Olalhas). Adelino Henriques de Mello era filho de Francisco Henriques e de D.Maria Florência Henriques de Mello, dos Carvalhais, Ferreira do Zêzere. Florência da Motta era filha de José da Motta e de Maria Joaquina.

A propósito dos nossos Mottas fiz ontem e hoje umas buscas na Leitura dos Bachareis e nos Familiares do Santo Ofício, mas até agora não encontrei nada.

Caro Confrade Edmundo Simões, se me puder facultar os Costados de Manuel de Sousa Rosa agradeço-lhe imenso. Andei a vasculhar nos registos paroquiais mais antigo de Carregueiros e, tem razão, não aparecem as terras que constituem a freguesia da Beselga. A informação do livro só pode estar (infelizmente) errada.

fantoniosj(arroba)gmail.com

Cumprimentos
Fernando António

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RE: famílias das freguesias de Madalena e Assentiz

#270983 | fantoniosj | 20 févr. 2011 10:54 | In reply to: #270237

Caros Confrades,

Está clarificado o caso do estranho apelido de João Nunes Ribeiro Manano, do Alqueidão de Olalhas que casa com Josepha Maria da Motta a 29.06.1744 na Madalena (Tomar), Filho de Manuel Nunes Manano e Isabel Ribeira do Alqueidão da Palma (Olalhas).

No processo de habilitação para familiar do Santo Ofício de Sebastião Freire da Silva (1697/1698) algumas testemunhas insinuam que a família do pretendente a familiar se encontra infamada. E quem é a origem do perigoso boato? Uma rapaziada do Alqueidão de Olalhas, conhecidos como os “mananos, gente mossa (sic) e de muito má língua”!

Por causa disto faz-se uma inquirição na ermida de S.António do Alqueidão, à qual são chamados:

Isabel Ribeiro, viúva de Manuel Nunes manano de alcunha, 65 anos, Alqueidão da Palma,
A filha desta…
e finalmente João Nunes Ribeiro, o manano de alcunha (que teve umas bulhas com o inquirido) e que foi a origem dos boatos, e que uns bons anos depois, já viúvo casará com a nossa avó Josepha Maria da Motta na Madalena.

Podemos dizer que é este “manano” o responsável da vinda deste ramo dos Mottas para Olalhas, a pesar de, há primeira vista, parecer que morre pouco depois sem filhos. De facto, a nossa avó nos registos que sobreviveram em Olalhas aparece sempre como sendo natural do Paço (Madalena), mas casada e com filhos de Manuel dos Santos, da Barreira (Serra de Tomar).

Curiosamente um dos inquiridos será o P. Frei. João Ribeiro, coadjutor na Serra, nat. do Alqueidão e primo do nosso "manano", e que anos depois será um dos padrinhos de casamento do primo na Madalena.

São curiosas estas coincidências.

Atenção: Alqueidão (da freguesia de Olalhas), Alqueidão da Palma e Alqueidão de Olalhas referem-se sempre à mesma antiga terra da freguesia de Olalhas. Desta terra são os “mananos, gente mossa (sic) e de muito má língua”… e uma grande parte dos meus antepassados :-)

Muitos cumprimentos

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famílias motta em Madalena -Tomar

#352975 | MiguelDrummond | 17 déc. 2014 10:38 | In reply to: #269928

Olá a todos, apesar da informação que vos deixo não ter em mãos uma base de informação sólida, estou a pedir a um primo que já fez a arvore geneologica, para ver o que consigo vos prestar com mais "credibilidade".

Em relação a "1799- Francisco António da Mota, do Paço (Madalena). (Quem será?)"

Não tenho bem a certeza, mas... pode se tratar do pai do meu avô.

A família Motta teve grande influência na própria cidade de Tomar, do pouco que me recordo de ouvir da palavra de avós, tias avós e familiares de Tomar segue uma breve partilha de informações.

Francisco Motta (Não sei se será o mesmo que acima indicado ou não mas o nome é comum) casado com Adelaide ou Maria Adelaide (Mais conhecida por Laidita junto dos familiares e por Condita pela burguesia) Adelaide era Condessa e Francisco Motta Duque. Tiveram vários filhos que grande parte deles faleceram solteiros e em acidentes estranhos ficando a dor de uma mãe que perdeu filhos muito cedo, ficando a dor marcada não só em Adelaide como restante família.
Eram proprietários do Casal de São Miguel e Santa Cita, tinham também residência em Tomar no Centro da Cidade.
Tinham grandes terrenos que a cavalo levava dias a percorrer o Pinhal, a Charneca entre outros nome que não recordo. Ficou na historia da família a queda de cavalo de Francisco Motta que lhe fez partir a coluna, ficando de cadeira de rodas até morrer. Após o seu trágico acidente foi Adelaide a Condita que ficou à frente da exploração agrícola e restantes negócios até ao fim dos seus dias.
Tinham grande exploração de gado e de vacas leiteiras, sendo ainda hoje pertença de familiares, sendo passada para a filha Lúcia Motta (Minha Tia Avó), onde é possível ver ainda o que existe da exploração leiteira, grandes colunas de armazenamento ou de leite ou das rações para o gado perto de São Miguel.

Entre os filhos de Francisco Motta e Adelaide, tiveram um filho de Nome Manuel Motta casado com Maria Pereira (meus avós), viveram em vários locais como Santa Madalena, viveram em Tomar na Rua Serpa Pinto. Tiveram vários negócios como vários Talhos de Vaca, Cavalos, Carneiros e aves. Tinham também grande exploração de ovos no qual faziam a venda dos ovos para os pasteis de belém em Lisboa. Tiveram um grupo de mercearias que penso que ainda hoje funciona no centro da cidade. Tinham barbearia e cabeleireiros onde se aprumavam os cabelos para os casamentos e festividades das senhoras.
Tiveram vários filhos e filhas, alguns estão fora de Portugal, outros residem na periferia de Lisboa entre Mafra, Sintra, Amadora e Lisboa.
Este casal mais tarde muda-se para Lisboa em Alhandra e posteriormente Amadora onde posteriormente acabam por se divorciar. A expressão de galo de campo não pretende capoeira era comum por parte de Manuel Motta meu avô, ele não era grande apreciador da Cidade.
Manuel Motta regressa depois às origens onde viveu com uma nova esposa em Santa Madalena durante mais de 15 anos, o nome da senhora era Raquel. Desta nova união não surgiram filhos.

Da ultima vez que estive em Tomar a minha Tia avó Lucia Motta era ainda viva, herdou ela o mesmo problema que Adelaide sua mãe, uma visão "dura" usando óculos de elevada graduação, foi com grande calor humano que nos recebeu, reconhecendo quase de forma imediata o tipo olhar e forma física da família.
Diz-se que a família Motta era de origem de Macau, sendo Francisco Motta um homem baixo, cabelos negros e aspeto tipicamente oriental no que se refere os olhos e rosto. Já Adelaide, diz-se que ela era de origem Irlandesa, de cabelo Ruivo, magrinha, alta e esguia. Diz-se que apesar de sempre se vestir como uma verdadeira senhora, que foi das poucas que na época, face à condição de saúde de Francisco, ter sido mulher de "armas" montando muitas vezes a cavalo de lado, para percorrer as imensas terras, a fim de controlar o desenrolar da ordem de trabalhos. De tudo o que o campo produzia, até do estrume se fazia dinheiro e nada se desperdiçava. Outros tempos...

Espero que de alguma forma esta informação possa ajudar algo.
Quando tiver mais dados irei certamente partilhar.

Um bem haja a todos

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