Estando a pesquisar actualmente os registos de baptismos na freguesia da Sé, Porto, fins século XVIII, inicio do século XIX, encontro um elevado número de registos de filhos de pais incógnitos e até um de um filho legitimo mas de pais ocultos, o que me parece configurar uma situação diferente da das outras freguesias que já pesquisei, e da situação de pai incógnito. Não se trata de crianças abandonadas ( há referência a um livro próprio para registo de baptismos de expostos). Que realidade sociológica está por detrás desta situação que me parece tão invulgar pela sua "vulgaridade" ?
Grata desde já por qualquer informação.
Manuela
Minha Senhora,
Exactamente na Sé e nesse período encontrei uma jóvem que declara no casamento,nascimento dos filhos etc : "filha de pais incógnitos" e aparece de menina com muito dinheiro e quando casa surge já com apelido sonante nessa freguesia. Ainda não consegui ligação alguma à familia desse apelido.
Julgo que neste caso era uma questão inicial de pai casado com outra mulher e posteriormente por questão de direitos paroquiais . Não consegui ainda provar isto.
Um segundo caso apresenta-se um noivo a casar em 1910 e diz ser neto de avós incógnitos. A declaração era destituida de veracidade porque ele já era bacharel com IG já tirada e na qual se declara os avós todos legítimos.
Neste caso julgo que foi devido à situação de guerra ( Iª Invasão francesa ) que devia dificultar a obtenção de documentos fora do Porto.
Cumprimentos,
Vasco Briteiros