Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Caros primos (e mais confrades)
Penso que o tópico anterior em que os nossos antepassados Silva Miguéis (acho que tenho escrito sempre, erradamente, o apelido Miguéis sem o assento agudo) e Ferreira de Carvalho eram tratados, ou seja o da "Família Águas, de Tavarede", está a ficar um pouco cheio, tornando-se um pouco fastidioso procurar no meio de tantos conteúdos, aqueles que respeitam directamente a eles.
Assim, decidi criar este novo tópico, destinado, tanto quanto possível, às referências, questões e observações sobre os seus registos fundamentais e outros documentos em que eles nos apareçam - nas buscas que todos prosseguimos de um e do outro lado do Atlântico.
Espero que concordem com esta minha ideia, destinada a agilizar a procura de dados correlativos a eles e respectivas ascendências e descendências, para lá dos meus Águas. Claro que nos vão surgir outras dúvidas com pessoas de apelidos iguais, das mesmas freguesias, mas que ainda não temos a certeza de serem, ou não, familiares destes nossos antepassados. Na dúvida, passaremos a colocar também essas questões por este nosso tópico.
Como disse num dos últimos posts dos "Águas...", parece que todos temos procurado enriquecer a BD do Geneall com os dados destes nossos maiores. Mas, por vezes não sai exactamente aquilo que deixamos nos registos deles - falo por mim.
Por outro lado, para lá do compasso de espera entre aquilo que enviamos e que há de aparecer nos registos da BD e os outros muitos dados que temos, mas que ainda não enviamos, cabe uma explicação adicional. Trata-se de procurar os registos, de forma quase exaustiva, dos vários filhos de cada casal ascendente, de modo a que não os registemos fora de sequência na ordem de nascimento. Claro que se pode sempre remediar, pedindo uma correcção nessa sequência, para não ficarem desordenados.
Tem sido esta "tarefa" que tenho prosseguido ultimamente, compulsando os registos paroquiais, sobretudo de Tavarede. E para que possamos confrontar as nossas pesquisas, passarei de futuro a deixá-los aqui, antes de os enviar para a BD.
Para terminar, direi, para não pensarem que digo uma coisa e faço outra, que estão para sair (já lá vão quase 3 meses, uma vez que enviei em 29-10-2010) os registos com os nomes de todos os irmãos (que consegui descobrir) do nosso avô Tomé Gomes de Carvalho. Ou seja:
Maria * 1714
Tomé *1716 (que já consta)
Josefa * 1719
Helena * 1729
Vicência * 1729 (são gémeas uma com a outra)
Escolástica * 1732
Constantino José * 1736
José * 1738
Admito que haja mais algum irmão no intervalo compreendido entre os anos de 1719 e 1729, mas ainda não procurei.
Entretanto já apareceram os filhos do nosso António da Silva Miguéis, que aqui havia deixado em 4-08-2010 e rectificado em 23-11-2010.
Abraços e até breve,
Zé Filipe
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RE: Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Priminho:
Tenho a enorme satisfação em te responder em primeiro lugar; concordo com a inauguração deste novo tópico.
Quanto a enviar informação para ser introduzida aqui, desisti. Só para exemplo, ando cansado de dizer que há uma duplicação da mesma pessoa em António Brandão Castelo Branco, ambos com datas de baptismo erradas, e não vejo jeitos de rectificação. Aquilo faz-me lembrar duas linhas férreas que não se comunicam, mas em que, para se chegar ao destino, é preciso fazer o transbordo: uma cessa para dar lugar a outra. Não sei como foram lá parar aquelas datas que não batem certo com as fontes. Aquilo lá foi, com certeza, achega de alguém menos informado, do género agora diz um e depois diz outro e as coisas ficaram assim: tenho aqui dois antepassados do mesmo nome, que são uma e a mesma pessoa, mas que não são o meu 11º avô porque as datas não batem certo com as fontes -repito - com as fontes. As asneiras ficam com quem as comete. Mas esta situação dá azo a vários equívocos, é pena, e para quem não está informado deixa-se induzir em erro...
Manda coisas. O Tomé Gomes de Carvalho é teu ascendente mas não é meu; no entanto, se precisares de alguma coisa, diz.
Um abraço e tudo de bom para ti e para os teus (lembranças à Fernanda).
Pedro
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Alguns erros na BD e ... muita paciência.
Olá Pedrito
Tudo bem aí por casa?
Bem, sobre o assunto que focas, o dos erros alheios nos registos que por aqui aparecem na BD, creio não se poder imputar as culpas ao Geneall. Já o mesmo não digo em relação à sua - demorada - correcção. Mas é preciso ter um pouco de paciência. Afinal a investigação histórico-genealógica é (ou deve ser) uma distracção lúdico-cultural e não uma fonte de stress para nós.
Quanto aos erros repara. Na filiação do meu primo Joaquim Maia Águas, uma das duas únicas entradas que aqui existiam, antes de eu começar a descarregar as dezenas de nomes de outros familiares, quem a escreveu resolveu que o pai dele era o Joaquim Alves Fernandes Águas, seu tio paterno e não o pai. Lá tive eu que dizer, por várias vezes, que a filiação estava errada, puxando dos galões de ter, não só investigado os respectivos paroquiais, como ser possuidor de vários diários e esquemas familiares (cópias deles) antigos. Agora já está corrigido!
Outro caso:
Na filiação de uma das tias da Fernanda - Maria Natércia Hubert Dias de Sousa - apareceram uns pais que não introduzi, nem nada têm a ver com ela. Lá vou ter de enviar outros dados para a devida correcção, mas não creio que a culpa se possa atribuir ao Geneall.
Deve antes ter sido o caso de um "artista" achar que só por ter o mesmo apelido e naturalidade aqueles tinham de ser os progenitores dela. Devem ser parentes, mas nunca os pais da tia Mimi.
Outro caso, ainda, foi logo no início da minha colaboração aqui. Com as muitas correcções que tive que pedir nos assentos dos Fonseca Cabral de Mesquita e nos seus descendentes Coutinho Garrido, que alguém menos informado resolveu "baralhar".
E por aqui me fico, prometendo voltar com alguns assuntos já deixados no outro tópico, mas sem resposta ou comentário teus.
Um apertado abraço e lembranças à Mena e à Bea,
Zé Filipe
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RE: Alguns erros na BD e ... muita paciência.
Olá Zé Filipe
Como estás? e a Fernanda? Espero que estejam bem.
Como tenho pouco tempo para escrever, vou tentar ser o masis sucinto possível.
Tiveste uma óptima ideia ao criar este tópico e através dele reunir os dados relativos a um casal e inseri-los todos de uma vez, em vez de ir actualizando a pouco e pouco, com todos os problemas e morosidades associados.
Quanto aos irmãos do teu avô Tomé Gomes de Carvalho, tenhoa acrescentar que já surge na base de dados do Genea, a minha avó Josefa Ferreira de Carvalho e tenho ainda nos meus apontamentos os irmãos que nasceram no período compreendido entre 1719 e 1729, são eles:
Im. 204 - b. 19/1/1723 - Antónia (não consigo descortinar a data de nascimento)
Im. 213 - b. 23/2/1726 - Domingos (n. 15/2/1726)
Grande abraço, beijo à Fernanda
João
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Irmãos Ferreira de Carvalho
Olá João
Como estás?
Teus pais como vão de saúde? Faço votos que, a depeito da avançada idade, o primo António vá andando sem problemas maiores que a falta de memória e as confusões subsequentes. Saudades para ele e para a tua mãe.
Tu com muito trabalho aí por essas bandas alcochetanas, não é? Como dizia um antigo primeiro-ministro, "é a vida".
Bom, quanto aos irmãos dos nossos avós Tomé e Josefa, que fizeste o favor de indicar, creio que nunca os tinha topado, nem nos seus assentos, nem através de possíveis filhos que tenham tido, noutras pesquisas de paroquiais mais recentes daqueles que estou pacientemente a ler registo a registo - o lv. 2 dos Mistos.
As datas dos assentos destes Antónia (1723) e Domingos (1726), assentam como uma luva no intervalo de tempo a que aludi acima, entre os nascimentos da tua avó Josefa e os das gémeas Helena e Vivência, ou seja entre 1719 e 1729.
Quando os outros nomes que enviei aparecerem na BD, procederei à inclusão de mais estes dois, na ordem correcta de nascimento.
Abraços,
Zé Filipe
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Raízes dos Miguéis
Caros Primos
Tinha deixado o conteúdo a seguir, num post dos "Águas..", no passado dia 10. Mas, à excepção do Lourval, nenhum de vocês teceu qualquer comentário.
Bem sei que tu, João, não descendes dos Miguéis, mas de um dos irmãos Silva que deu origem aos Silva Miguéis, por isso é natural que não te prenda tanto a investigação das gerações mais remotas.
Mas já o Pedro descende deles como eu (eu, em duplicado como sabem), começou mesmo a investigá-los antes de mim e é um especialista com largas provas - provadas. Daí pedir-te, Pedrito, para dares uma vista de olhos e dizeres se tinhas alguma ideia, ou outro qualquer conhecimento adicional sobre o mesmo assunto.
Segue-se o conteúdo desse post:
"Em 9 de Abril do ano passado deixei aqui um primeiro conteúdo, com este mesmo título, sobre a origem dos Silva Migueis e da sua íntima relação com os Migueis Rosano seus parentes próximos."
"Como tivemos, então, ocasião de dizer o apelido Rosano foi adoptado por Silvestre Migueis do seu padrinho e anterior juiz da alfandega da vila da Figueira, Francisco Antonio Rosani (este último apelido foi depois aporteguesado como Rosano) sargento-mór de Montemor-o-Velho, que foi casado com D. Catarina Migueis, filha de Manuel Gomes (ou Gonçalves) e de sua mulher Leonor Migueis. É muito provável que houvesse um parentesco próximo entre esta D. Catarina e o Silvestre, mas não o de irmãos, como sempre correu na história dessa família."
"Comparando as respectivas filiações deste Silvestre Migueis e do nosso 9.º avô Manuel Migueis, chegámos à conclusão que os seus pais eram uma e a mesma pessoas, estabelecendo logicamente que aqueles dois seriam irmãos. Descobrimos ainda referências a mais dois irmãos de ambos, um Francisco, nascido em 1649 e uma Catarina em 1654. Haverá ainda provavelmente mais algum que nos tenha escapado, mas não é esse quadro genealógico que agora nos interessa precisar."
"Não sei se, tu Pedro, descobriste alguma referência à actividade deste nosso antepassado Manuel MIgueis? Lembro que ele será, certamente, o pai do Bento Migueis baptizado em 26-IV-1687, a despeito do desfasamento entre a data do casamento daquele com Teresa Nogueira ocorrido cerca de 20 anos antes, a 4-II-1667. Como terá havido outros filhos de permeio, além do Manuel Migueis, o moço, não será de estranhar o nascimento algo tardio do nosso avô Bento."
"O que agora trago à colação diz respeito a dois documentos, sobre os manos Migueis, constantes das chancelarias de D. Afonso VI e D. Pedro II, que o Capitão João Pereira Mano deu a conhecer há quase 28 anos nas páginas do "Mar Alto". Não tive ocasião de os confirmar na TT, mas creio que o distinto investigador que tanto estudou e divulgou a história local não se terá enganado, nem omitido dados, no traslado que deles fez. O doc. mais antigo está datado de 6 de Outubro de 1678 e é uma carta de mercê da propriedade do "officio de Pilloto Mor da Barra da Villa da Figueira" a Manuel Migueis, por morte do anterior piloto-mor António Fernandes - Chanc. de D Afonso VI, L.º 47, fl. 164.
Por morte do dito Manuel Migueis (sem o apelido Rosano) em 1690, sucede-lhe interinamente o irmão mais novo Francisco Migueis Rosano, reconhecido regiamente por carta de mercê da propriedade do mesmo ofício, datada de 4 de Abril de 1697 - Chanc. de D. Pedro II, L.º 60, fl 179."
"Não há margem para dúvidas quanto ao parentesco entre estes Manuel, Francisco e Silvestre. Trata-se dos três irmãos Migueis, filhos de João Francisco Fernão Pires e de sua mulher Maria Antónia. O Manuel, que devia ser o mais velho, vem referido naquele documento apenas com o apelido Migueis. O Silvestre Migueis adoptou o apelido Rosano para mais se identificar com o padrinho, a quem sucedeu como juiz da alfândega da Figueira. O Francisco, mais novo que os outros, resolveu também adoptar e acrescentar o apelido Rosano do seu irmão Silvestre, para melhor se identificar com o seu irmão, o influente juiz da Alfândega da Figueira."
"Será que estou enganado, ou, como tudo parece indicar, aquele Manuel Migueis, que teve o "officio de Pilloto Mor da Barra da Villa da Figueira", é o mesmo Manuel Migueis nosso 9.º avô, pai do Bento Migueis, avô da Maria Netta Migueis e bisavô dos nossos António e Manuel da Silva Migueis?"
"Penso que é a mesma pessoa e terá sido por essa razão de tão próximo parentesco que as primas "Alfandegas" foram uma e outra vez madrinhas de vários Migueis, como foi precisamente o caso do nosso 6.º avô Manuel da Silva Migueis, bisneto do outro Manuel Migueis, o piloto-mor, que foi apadrinhado por Manuel José Soares e D. Maria de Salazar Vasconcellos e Crato, bisneta do Silvestre Migueis Rosano irmão do bisavô do neófito."
Agora sem aspas, embora o texto seja igual ao outro:
Aguardo os V/comentários e a opinião esclarecida do Pedro, que é o mais familiarizado com os paroquiais de São Martinho de Tavarede.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Miguéis
Zezito:
Eu já sabia dessas linhas de Miguéis e Miguéis Rosano e que de certa forma, por via dos apadrinhamentos, a família se reconhecia nos descendentes paralelamente.
Quanto aos cargos de piloto-mor da barra e de juiz da alfândega da Figueira, não tinha aprofundado muito os ofícios feitos propriedade na família nem dos assentos das chancelarias, mas sei da obra/publicação das "Senhoras Alfândegas" de que existe até um exemplar, creio, aqui na BGUC.
O tempo não dá para tudo e os ramos da parte de meu pai são mais que muitos, invadindo as freguesias do concelho da Figueira e a sua perseguição era por vezes morosa. Agora, o que estranhei foi o nome de João Francisco Fernão Pires quando nos paroquiais o que encontro é tão-só o "Fernão Pires"...; conheces a fonte onde essa extensão vem referida?
Fico à espera do teu "sky news".
Abraços.
Pedro
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Raízes dos Miguéis - III
Pedrito
Espero que o tempo por aí esteja um pouco melhor. Aqui parece que estou no meio de um furacão com o vento a uivar lá fora, as portadas a bater contra os batentes e o mar, lá ao fundo, todo encapelado - mesmo tempo de Inverno.
Pois foi precisamente em "As Alfandegas - Fidalgas Figueirenses d'Outr'ora", que tem o subtítulo "Notas d'um figueirense" do José Jardim (Dr. José dos Santos Pereira Jardim) de que possuo um original autografado pelo autor e datado de 26-08-1918, que encontrei referência ao Fernão Pires, com o nome completo de João Francisco Fernampires.
Como segue a pp 20 e 21 da obra referida:
«Aos trinta de junho de 1648 recebi, em face da egreja, a Francisco Antonio Rosano, sargento-mór da villa de Montemór, natural do reino de Napoles, com D. Catharina Migueis, natural d'este logar da Figueira, por mandado do governador dr. Antonio Figueiredo de Carvalho, conego prebendado da sé de Coimbra, visitador geral e provisor em o dito bispado, sem embargo de lhes não serem corridos os banhos e os recebi conforme as constituições do bispado e concilio tridentino, estando presentes as testemunhas Gonçalo da Costa, capitão-mór em a dita villa, António da Costa, Gregorio Bacellar, João Francisco Fernampires, Domingos Thomaz e outras muitas pessoas que se achavam presentes, de que fiz este assento dia, mez e anno ut supra. - Manuel Salvado».
Das tetemunhas referidas, especifica depois José Jardim, destaca-se Gonçalo da Costa, de seu nome completo Gonçalo da Costa Coutinho que era "o governador da praça de Buarcos, capitão-mór de Montemór-o-Velho, que não era natural da Figueira; o ajudante Antonio da Costa, que julgo ser filho do antecedente, e que aqui estava casado com uma sr.ª D. Maria (tambem tem dom no assento do baptismo do filho Manuel, em 1645) e o outro ajudante Gregorio Bacellar, casado com Maria Bacellar, mas esta sem dom." E continua dizendo "os Fernampires, avós de futuras grandezas, eram d'aqui, parentes ou muito afins de D. Catharina Migueis. Este [o nosso João Francisco Fernampires] que foi testemunha do casamento baptisou os filhos, n'esses annos, com os nomes d'esta senhora e de seu marido e até d'elles lhes deu os appelidos." E continua precisando ser "Domingos Thomaz o quinto avô de Manuel Fernandes Thomaz".
Que os irmãos Manuel, Silvestre, Francisco e Catarina (e possivelmente outros mais) eram filhos do João Francisco Fernampires e de sua mulher Maria Antónia, parece não haver dúvidas. Quanto à relação de parentesco com D. Catarina Miguéis já não é tão certo, mas, como acrescenta José Jardim, "é de suppôr que fossem parentes de D. Catharina: n'essa epocha isto era tão pequeno que todos os habitantes seriam aparentados. Mas não encontrei o assento do recebimento d'esse casal que andou a dar filhos desde 1631 até 1654. Ainda em 1649, depois da morte de Rosano, tiveram um menino a quem chamaram Francisco em memoria do fallecido sargento-mór, e em 1654 uma Catharina - uma das trinta e tantas Catharinas que na Figueira houve n'aquelle tempo, em honra de D. Catharina (Miguéis) Rosana."
Espero ter esclarecido esta tua dúvida quanto aos outros dois nomes do nosso "avô", prática pouco frequente para essa época, entre gente que não fosse da nobreza e ele de modo algum lhe pertencia.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Miguéis - III - ao Primo Zé Filipe
Priminho:
Esse Fernão Pires está envolto numa aura de mistério...se é de alguma franja da pequena nobreza ou não - mistério; mas isso até me aguça o apetite em procurar alguma coisa mais.
Já o Gonçalo da Costa Coutinho, ele e eu descendemos do abade de Rendufe Simão Fernandes da Costa, aqui na Geneall, dos Costas do cardeal de Alpedrinha. Esse Gonçalo aparentemente não é pai do António. Mas é, sim, bisavô do 1º Marquês de Pombal.
Abraços
Pedro
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A minha afirmação ... era de negação
Pedrito
Só para clarificar a afirmação com que termino, no último parágrafo, o post anterior.
Ao dizer:
"Espero ter esclarecido esta tua dúvida quanto aos outros dois nomes do nosso "avô", prática pouco frequente para essa época, entre gente que não fosse da nobreza e ele de modo algum lhe pertencia."
O "de modo algum lhe pertencia" é uma negação, o contrário de que se eu tivesse dito - ... da nobreza, a que ele de algum modo pertencia.
Isto, porque nada nos paroquiais deixa antever uma ligação à nobreza, mesmo que se tratasse da pequena nobreza local, se é ela que existia entre as gentes do pequeno povoado seiscentista da Figueira, foz do Mondego?
Nem mesmo se devia tratar daqueles casos de aspirantes à pequena nobreza provincial, de gente a viver "à lei da nobreza".
Quanto à outra informação, sobre os Costas de Alpedrinha, muito interessante, pois desconhecia-a. Tenho mexido esporadicamente nos Costas, armeiros-mór, progenitores dos condes de Soure, por se ligarem várias vezes aos Miranda Henriques. Mas se me dei ao trabalho de ver as raízes deles no Gayo, e penso que o fiz, confesso que não as fixei.
Abraços e ... boa votação.
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Miguéis
Zé Filipe
Embora não descenda dos Migueis, não deixo de estar atento ao desenrolar das vossas investigações.
Um grande abraço, beijo à Fernanda
João
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RE: A minha afirmação ... era de negação... deixa ser.
Zé Filipe:
Eu percebi a intenção do teu discurso, aí não h´´a dúvidas. Na verdade, em relação ao Fernão Pires, não posso adiantar muito nessa matéria nem tão-pouco ando a ver sinais exteriores de nobreza em tudo e todos. Por vezes encontram-se pessoas que aparentemente não revelam sinais alguns exteriores de nobreza e parecem um tanto anmorfos e às tantas damos com a sua ascendência até bem remota. É difícil dizer, baseei-me mais nas linhas descendentes, suas ligações e ofícios. Ora, a propriedade de um ofício obrigava a certas condições de ordem social, estatutária, o que implica que não poderia ser um zé-ninguém, um pé rapado, um filho das tristes ervas, ou um desgraçado qualquer que não tivesse onde cair morto.
Eu ainda hei-de tirar isso a limpo já que foi uma figura que sempre me intrigou. Há um processo de ordenação de um Paulo Rosano, logo nos primórdios dessa gente na F. Foz, que poderei averiguar, no AUC.
Abraços.
Pedro França
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Raízes dos Miguéis - Paulo Miguéis Rosano
Meus caros primos
A ti, João, para te agradecer a atenção e "devolver" um abraço, extensivo aos teus pais.
Quanto a nós Pedrito, obrigado pela tua achega.
Tens toda a razão quanto a essa premissa de cariz social, para uma pessoa alcançar a propriedade de um ofício público, para mais registado nas chancelarias régias. Esses nossos antepassados certamente estariam entre as pessoas mais destacadas dos povoados de Tavarede e da Figueira, daí figurarem como testemunhas daquele enlace matrimonial. Mas quanto a nobreza, daquela decorrente de cargos locais da Res publica, como seja o do exercício de vereador, de capitão de ordenanças, de monteiro-mór, não creio que a tivessem, pelo menos por essaa vias, até porque a Figueira não tinha vereação nesses tempos mais recuados. Quanto a Tavarede, Buarcos e Redondo, como eram senhorios de poderosos contentores - os Quadros, o Cabido da Sé e os Crúzios - penso que também não tinham vereadores, mas tão só juízes pedâneos e almotacés. Mas estou a falar sem conhecimento profundo dessa realidade de antanho.
Fico na expectativa de, com tempo, poder investigar esses tempos mais remotos da história local. Não tanto pelos paroquiais, mas tentando nas chancelarias, mercês e em muito prováveis habilitações De genere - à carreira eclesiástica, às ordens militares e, claro, a familiares do Santo Ofício, que sempre trazem uma série de testemunhas arroladas, entre os habitantes locais, vizinhos dos habilitandos - encontrar algo mais substancial sobre as actividades de cada um desses nossos antepassados.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Miguéis - Paulo Miguéis Rosano
Pedro
Desculpa lá.
Intitulei o post anterior com o nome do Padre Paulo Miguéis Rosano, e depois esqueci-me de o concretizar.
Era só para dizer que o mesmo nasceu em 1675, sendo o segundo filho em ordem de nascimento (parece-me) do Silvestre Miguéis Rosano e de D. Antónia Baptista. Mas não sei mais nada sobre ele, nem se as suas habilitações De genere nos podem revelar algo mais substancial para trás...?
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Miguéis - Paulo Miguéis Rosano
Zezito:
Pois, eu estive hoje mesmo com o processo de ordenação do Paulo Miguéis Rosano (1695) e encontrei coisas muito interessantes.
Primeiro que tudo, ele era filho dos ditos, sendo moradores na F. Foz. Aparecem os avós paternos - Fernão Pires e Maria Antónia - naturais e moradores na F. Foz, e os avós maternos - Pedro Francisco e Isabel Baptista - ele de Recardães (concº de Águeda) e ela da fregª de S. Tiago/Coimbra, tal como a filha Antónia Baptista.
O nosso avô (n) aparece constantemente nas inquirições De Genere como capitão de navios. O avô materno saiu de Recardães para aprender o ofício de tanoeiro em Coimbra, fregª de S. Tiago (rua das Solas ao Paço do Conde) tendo chegado a oficial. Os pais deste eram outro Pedro Francisco e Catarina Gonçalves, tudo "gente muito boa", os quais serviram os cargos honrosos quer da Igreja quer da República.
Agora, outra coisa: Silvestre Miguéis aparece na continuidade do ofício do pai sendo, a dada altura, referido como juiz da Alfândega da F. Foz. E, além disso, aparece como sendo Cavaleiro da Ordem de Cristo, isto talvez porque uma sua irmã D. Catarina Miguéis, que fora casada com Francisco António Rosano que foi Sargento-Mor na F. foz onde foram moradores. Ora, como estes não tiveram filhos é bem possível que a mercê do hábito de XPTº tivesse recaído na pessoa do Silvestre.
Como se isto não bastasse, na patrimonialização do Paulo Miguéis para efeitos de se ordenar, recorre-se à herança deixada pela dita Catarina Miguéis, a qual vinculou, hipotecou determinados bens em capela de missas, em número de trinta anuais, e mais três declaradas no testamento, missas essas por alma dela e de seu marido. O rendimento deste vínculo excedia o necessário para as tais missas de modo que o Paulo Miguéis poderia usufruir de rendimento bastante para se sustentar. Como o Silvestre Miguéis era o herdeiro e sucessor no vínculo por disposição testamentária de sua irmã, e porque o testamento previa a sucessão no vínculo em filho varão ou na falta dele em fêmea, e, na falta destes noutros herdeiros previstos no mesmo acto notarial, o Silvestre Miguéis - dizia eu - por acto de renunciação, dá posse dos bens de património vinculados a seu "único filho varão" Paulo Miguéis para poder ordenar-se, cumprindo-se com todas as disposições testamentárias.
Só o núcleo principal desse património era uma marinha de 31 talhos a acompanhar o rio Mondego ao Vale das Lamas (noutra parte aparece com outro nome que não consegui transcrever por força da macha escrita); erssa marinha dava de renda anual mais de 150.000 réis tendo chegado a mais de duzentos mil réis ano. Outras propriedades eram uma corte(lha) de terra no couto de Maiorca, que rendia um moio de milho/ano, mais umas terras no couto de Verride por baixo da quinta de Almiara, que rendia 105.000 réis/ano, uma vinha no couto de Tavarede que rendia uma pipa de vinho, e umas casas arrendadas na F. Foz de que se pagava 9.000 réis/ano.
Não pude saber o nome do tabelião ou notário onde foi lavrado o tal testamento.
Aí na TT é que poderá vir alguma coisa sobre a mercê do hábito de XPTº...
E como vês, não é asssim um núcleo familiar tão desprovido como se poderia pensar.
Diz coisas.
Abraços.
Pedro
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RE: Raízes dos Miguéis - Paulo Miguéis Rosano
Zezinho:
Copiei este § do texto acima porque às pressas o meu excurso tornou-se defeituoso. Explico porquê: eu perdi toda a mensagem (estava quase no fim), porque houve uma falha na corrente eléctrica, tão de pouca dura que o computador foi abaixo e reiniciou por si, sozinho, mas o tempo bastante para que a mensagem deixada se volatilizasse.
Queria eu dizer então:
Agora, outra coisa: Silvestre Miguéis aparece na continuidade do ofício do pai sendo, a dada altura, referido como juiz da Alfândega da F. Foz. E, além disso, aparece como sendo Cavaleiro da Ordem de Cristo, isto talvez porque uma sua irmã D. Catarina Miguéis, que fora casada com Francisco António Rosano que foi Sargento-Mor na F. Foz onde foram moradores, lhe tivesse transmitido em herança a mercê desse hábito, com o aval régio, em virtude de serviços prestados pelo cunhado (a menos que o cargo de juiz da Alfândega desse para isso). Ora, como estes não tiveram filhos é bem possível que a mercê do hábito de XPTº tivesse assim recaído na pessoa do Silvestre.
Abraços.
Pedro
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RE: Raízes dos Miguéis - Paulo Miguéis Rosano
Pedrito
Muito, muito interessante o que atrás deixaste.
Eu já sabia que o Silvestre tinha sido cavaleiro da OC, embora ainda não tenha explorado essa informação na TT. Agora o que estranho e, quase me atrevo a negar, é essa probabilidade de o ter sido em sucessão ao Francisco António Rosano. Como sabes, a mercê dos hábitos das ordens não era transmissível. O que sucedia, por vezes, era atribuir-se a sua concessão a outrem como reconhecimento pelos serviços prestados por um familiar.
Mas aqui há outra confusão. A D. Catarina, irmã do nosso avô Manuel, do Silvestre e do Francisco Miguéis, não é a mulher do Rosano. A nossa "tia" Catarina nasceu (a fazer fé no José Jardim) em 1654 e a outra D. Catarina Miguéis casou pela 2.ª vez, com o Francisco António Rosano, aos trinta de Junho de 1648.
Para melhor elucidação transcrevo o parágrafo que escrevi lá atrás:
«Aos trinta de junho de 1648 recebi, em face da egreja, a Francisco Antonio Rosano, sargento-mór da villa de Montemór, natural do reino de Napoles, com D. Catharina Migueis, natural d'este logar da Figueira, por mandado do governador dr. Antonio Figueiredo de Carvalho, conego prebendado da sé de Coimbra, visitador geral e provisor em o dito bispado, sem embargo de lhes não serem corridos os banhos e os recebi conforme as constituições do bispado e concilio tridentino, estando presentes as testemunhas Gonçalo da Costa, capitão-mór em a dita villa, António da Costa, Gregorio Bacellar, João Francisco Fernampires, Domingos Thomaz e outras muitas pessoas que se achavam presentes, de que fiz este assento dia, mez e anno ut supra. - Manuel Salvado».
O parentesco existente entre esta D. Catarina e a outra e seus irmãos Manuel, Silvestre e Francisco Miguéis é que não sabemos qual era. Sabemos, isso sim, que o Silvestre foi criado pela D. Catarina como filho, depois da morte da sua filha Esperança, havida (foi b. em 1625) do seu 1.º matrimónio com Domingos António. Foi em memória dela que foi erigido o convento da Esperança, em terras de Taverede, entre o palácio dos Quadros e o Convento de Santo António - precisamente naquela zona que, séculos mais tarde, veio a ser designada como Quinta da Esperança do meu tio trisavô José Joaquim Alves Fernandes (e tardiamente) Águas, descendente dos mesmos Miguéis.
Foi em homenagem à sua, precocemente desaparecida, filha, à sua memória materializada no convento da Esperança (de que possuo um azuleijo, como recordação - depois direi como o obtive), que tantas crianças do sexo femenino foram baptizadas com esse mesmo nome de Esperança, como o foi a nossa tia-avó Esperança Netta, ou Esperança da Silva Miguéis, irmã dos nossos avós António e Manuel da Silva Miguéis.
Uma última questão, apenas. O ofício com que aparece designado o Fernão Pires, pai do Silvestre (e dos outros irmãos) era o de capitão de navios, ou também como juiz da alfândega? Não percebi lá muito bem o que deixaste atrás?
Voltarei a este assunto, bastante importante para a clarificação das actividades destes nossos avoengos.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Miguéis - Paulo Miguéis Rosano
Zezinho:
Na verdade, o texto não clarifica o parentesco entre o Silvestre Miguéis e a D. Catarina Miguéis...eu é que deduzi em função do apelido e da formalidade do texto. De toda a maneira convém verificar as datas de casamento dessa D. Catarina e do Francisco Antº Rosano. Eu vou ver isso logo que possa pois agora estou na escola a fazer tempo para entrar ao 2º tempo de Estudo Acompanhado (neste momento está a decorer o Plano da Matemática para 45 minutos).
O nosso avô Fernão Pires, é que erea capitão de navios mas nada deixa supor que o Silvestre Miguéis não o tivesse sido antes de ser juiz da Alfândega, só isso.
Quanto à O.Xº, era costume haver lembrança da mercê do hábito de XPTº por serviços praticados por um parente próximo. No caso vertente, não tendo o Francisco Antº Rosano sido contemplado com a mercê do hábito, essa mercê poderia ter recaído na pessoa do Silvestre Miguéis como parente próximo e talvez por intercessão da tal D. Catarina Miguéis. Eu sei de casos semelhantes pois trabalhei isso há anos largos tanto numa equiparação a bolseiro como no mestrado. Não sei se o Silvestre Miguéis, só pelo facto de ter sido juiz da Alfândega era motivo suficiente para alcançar essa mercê... Há-de ter esfolado por outra via.
Então, será que esta Catarina Miguéis era tia do Silvestre? Para ser tão recuada como dizes...; amanhã volto a pegar no processo do Paulo Miguéis para ver se consigo descortinar a data do tal testamento. Ora, se tu dizes que o Paulo foi bapº em 1675 e o processo é de 1695, esta D. Catarina viveu bastante tempo; será que ainda viu o nascimento do Paulo? Acho que vou explorar essa D. Catarina e talvez consiga recuar mais uma geração. É uma família importante mas mal estudada na F. Foz. Também, verdade se diga, que houve preocupação maior com as famílias de Tavarede, de onde também temos raízes, por sinal...
Diz coisas.
Abraço.
Pedro França
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Raízes dos Miguéis, o Recolhimento de N. S. da Esperança e a "adopção" do Silvestre Miguéis
Pedrito
Não deixes de ler o post anterior.
Continuando, na mesma linha, precisarei o que os Drs. Santos Rocha e José Jardim escreveram sobre o recolhimento de Nossa Senhora da Esperança.
Diz António dos Santos Rocha:
«A um quiilómetro aproximadamente para o norte do convento de Santo António, no alto de S. João, pelo nascente da estrada de Tavarede à Figueira e dentro da propriedade que hoje pertence a José Joaquim Alves Fernandes existia, no século XVIII outro edifício religioso: era o recolhimento de N. S. da Esperança.»
«A sua fundação datava do século anterior [XVII]. No testamento de Fernão Gomes de Quadros, já citado, feito em 1665, foi deixada a esmola de 2$000 réis a N. S. da Esperança, para as suas obras; o que indica que o edifício do recolhimento estaria então a construir-se. Mas a obra foi lenta: a construção do muro que o cercava só foi contratada por escritura pública de 15 de Outubro de 1746, com o mestre pedreiro António Martins, do arcebispado de Braga.»
Compunha-se o edifício de casa em que habitavam as recolhidas e de uma capela. A julgar pelo númerode mulheres que lá viviam, pelos recursos de que dispunham, pelo preço que foi vendido o prédio, e pelos restos que dele conhecemos, não tinha luxos de arquitectura. Os azuleijos que forravam a capela, e que hoje guarnecem a frontaria da casa que foi do Dr. João Pedro Fernandes Tomás, na Rua de Santo António, são os seus mais ricos despojos.»
In "Materiais para a História da Figueira - nos séculos XVII e XVIII", Figueira da Foz, 1954, 2.ª edição, pp. 117 e 118.
Tinha-te dito, no post anterior, que possuo um velho azuleijo do recolhimento da Esperança, recolhido precisamente na antiga rua de Santo António (hoje do Dr. António dos Santos Rocha, cuja casa era fronteira aquela do Dr. João Pedro Fernandes Tomás), nas ruínas daquela casa térrea, da qual salvei o pobre azuleijo em vésperas da sua demolição. Esses azuleijos tinham vindo daquele recolhimento, aquando da sua demolição, e tinham sido aplicados na frontaria da casa citada.
José Jardim deixou-nos algo mais sobre a fundação do Recolhimento de N. S. da Esperança, atribuindo a sua fundação e a da capela (instituição) anexa, a D. Catarina Miguéis Rosano. Diz ele, referindo-se à descrição do recolhimento e da capela por Santos Rocha:
«Isto quadra bem na historia que estou contando. As obras de N. S. da Esperança, em 1665, são precisamente dos ultimos annos de vida de D. Catharina Rosana. Era uma casa pobre e modesta, como se vê do citado livro: pobre e modesto era tudo n'este logar. Todavia esse albergue, construido á custa de esmolas, foi, durante muitos annos, a moradia de senhoras tão distinctas como as sucessivas gerações das Alfandegas.»
Mais à frente, José Jardim, explica-nos a razão pela qual D. Catarina e o seu 2.º marido adoptaram Silvestre Miguéis e o fizeram seu herdeiro, na ausência de filhos daquele ou do anterior casamento.
Mas as várias descendentes do juiz da alfândega, Silvestre Miguéis Rosano, querendo fazer gala de um parentesco mais próximo e firme com D. Catarina Miguéis, pretenderam que o seu pai, avô e bisavô Silvestre fosse irmão daquela. O que de modo algum os paroquiais demonstram. Foi através dos assentos dos seus primos e primas descendentes do Francisco Miguéis Rosano (apelido que também usou, quanto a nós indevidamente, a reboque do irmão Silvestre - mas que foi avalizado pelas chancelarias régias), nascidos em Buarcos, que José Jardim reconstituiu a linha genealógica materna das "nobres Alfandegas".
E por aqui me fico, aguardando novas daí de Coimbra, enquanto não investigo o que há na TT, sobre estes nossos antepassados Miguéis.
Abraços,
Zé Filipe
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D. Catarina Miguéis
Olá Pedrito
Desculpa, mas só agora li o teu último conteúdo, depois de ter enviado o anterior.
A fazer fé no José Jardim, D. Catarina Miguéis Rosano, faleceu em 1677. Como ele diz:
«Muitos annos sobreviveu esta [D. Catarina] ao marido, pois só em 1677 lhe foi fazer companhia sob a pedra sepulchral, na egreja de Santo António. Durante a sua longa viuvez esta piedosa figueirense não cuidou só dos bens terrenos. A paz do espirito e a esperança na vida futura embalavam-lhe a alma. Por isso fundou o recolhimento da Esperança - sempre a filha que perdera! - e instituiu uma capella.»
Acresentei este parágrafo por se relacionar, estreitamente, com o que deixei no conteúdo anterior.
Obrigado pela clarificação solicitada sobre a ocupação do Fernão Pires. Com ou sem o Miguéis no apelido, não deixa de ser o nosso mais remoto ascendente pelo costado dos Miguéis.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: D. Catarina Miguéis
Caro Confrade
José Filipe
Reconheço que não vou abordar o tema em questão, mas não posso perder esta ocasião, de lhe perguntar com o devido respeito, se nada lhe liga à EDP.
Com os meus cumprimentos
Adolfo Conceição
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Ainda o Silvestre Miguéis e a Universidade de Coimbra
Pedrito
No meio disto tudo, esquecia-me de te dizer que o Silvestre frequentou a UC, para lá mandado estudar pela D. Catarina Miguéis.
Diz ainda o José Jardim:
«(...) D. Catharina, já durazia, sem filhos do segundo matrimonio, tomou conta do pequeno [Silvestre] para d'elle fazer o seu herdeiro. Comprehende-se bem que o rapaz, por estas razões, se chamasse Silvestre Migueis Rosano, em vez de Silvestre Fernampires, demasiadamente plebeu.»
E continuando diz assim:
«(...) mandou o Silvestre para Coimbra logo que elle teve edade para cursar os estudos, mostrando assim o cuidado especial, que lhe merecia a sua instrução.» (...) «N'esses velhos e preciosos livros [de matriculas e de provas de curso] é sempre designado por Silvestre Migueis, da Figueira. Em 29 d'outubro de 1666 matriculou-se em Instituta de que provou, depois, ter cursado quatro cadeiras até ao fim de maio de 1667. Em 17 d'outubro de 1667 matriculou-se em leis de que provou haver cursado seis cadeiras até ao fim de maio de 1668. Em 1 de'outubro de 1668 matriculou-se em leis de que provou ter cursado seis cadeiras até ao fim de maio de 1669. Matriculou-se em outubro de 1669, mas parece que não frequentou durante esse anno. Em 17 d'outubro de 1670 matriculou-se e frequentou até ao fim de'abril de 1671, mas não sei que cadeiras. Matriculou-se ainda em 3 de novembro de 1671. Parece que só veio a frequentar quatro cadeiras de leis no anno de 1672 até fim de maio de 1673. Todavia, no anno de 1674 a 1675, é que mostra ter apresentado a prova de frequencia n'ellas. Quanto a haver tomado grau de bacharel ou de licenciado, não se encontra nos livros da Universidade noticia alguma a tal respeito. É porém certo que, n'uma minuta de aggravo que em 1681 apresentou na alfandega, em nome do senado da camara de Coimbra, de que era procurador Silvestre Migueis Rosano, é designado por licenceado.»
»Vê-se pois que andou por Coimbra desde 1666, ou antes, até 1674. Foi alli que elle se matrimoniou e que lhe nasceu o seu primeiro filho?».
Quanto a este último considerando/interrogação deixamo-lo para mais tarde o abordarmos. Tem algo de picaresco no dizer de José Jardim.
Abraços,
Zé Filipe
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EDP?
Com o pedido de desculpa para os meus interlocutores priveligiados neste tópico.
Caro Adolfo
Penso estar a "falar" com o Adolfo da Conceição Dias, da antiga informática da DODT?
Se sim (no caso negativo tb será, invariavelmente, sim) estou efectivamente ligado à EDP como, aliás, se pode ver na minha entrada pessoal:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=1068451
Mas já estou na "prateleira" há algum tempo. Saí no ano anterior à minha provável passagem" na horizontal" a especialista generalista, porque lhes sai muito mais barato terem-me em casa até à idade da reforma efectiva.
Se és mesmo tu, diz coisas.
Um abraço,
Zé Filipe
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RE: EDP?
Zé
Sou eu mesmo, com a diferença que não tenho Dias.
Gostava de falar contigo e para tal, envio-te, embora contra as normas deste Fórum o meu Email:
adolfoconceicao1946arrobagmail.com
Um abraço e até breve
Adolfo
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Para grandes males, grandea remédios...
Caro Adolfo
Acabei ainda há pouco de tentar (pela 3.ª vez) enviar-te mais um mail. O resultado foi o mesmo - failure notice.
Possivelmente é da ligação do meu ambiente, que é da Sapo.
Não faz mal. Para grandes males (que não é o caso) grandes remédios.
Assim, deixo-te o meu e-mail:
filipe.menendez@sapo.pt
Pode ser que consiga recepcionar o teu mail.
E deixo ainda o teor do penúltimo mail, que não tem nada de secreto, ainda que pouco de Genealogia, com as minhas desculpas aos meus primos e demais confrades do Geneall.
"Olá Adolfo
Como estás?
Então ainda andas pela EDP, ou já estás "emprateleirado" como eu?
Já saí há mais de 4 anos e não estou mesmo nada arrependido. Tenho imenso que fazer e com que me entreter no dia-a-dia.
Então também navegas pelo Geneall? Não sabia que te interessavas por Genealogia. Aliás, só me lembro de entre os nossos antigos colegas, de ser o Furtado com interesse nesta área, até por razões de família. Eu desde miúdo que gosto, tenho interesse e mexo nesta área.
Nunca mais topei, nos últimos anos, nenhum dos nossos antigos colegas da Informática.
Na Malhoa, cruzava-me diariamente com o Carlos Palma Neves e o Zé Alves, mas depois saí de lá, novamente, para o Marquês de Pombal e só de passagem, quando ia ao refeitório, encontrava alguns antigos colegas da Informática.
Encontrei uma vez o Teixeira Lopes, que foi viver para a Beira Alta e encontro aqui pela Ericeira, sobretudo de Verão, o Manuel Teixeira, que trabalhava com o Carlos Monteiro.
Bem, diz coisas, que eu estou por aqui.
Abraços,
Zé Filipe"
Foi este mail que te deixei. Se por acaso, ao tentares contactar-me para o endereço acima, te der erro no "sent", deixa aqui uma pequena observação que eu peço ao meu filho para me emprestar o mail dele, ou, em alternativa deixo-te o meu contacto móvel.
Zé Filipe
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RE: Para grandes males, grandea remédios...
Zé
Já te mandei um correio electrónico.
Adolfo
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RE: Raízes dos Miguéis, o Recolhimento de N. S. da Esperança e a
Zezito:
Vou dividir a minha mensagem em duas partes por falta de tempo para debater contigo alguns aspectos relacionados com D. Catarina Miguéis ou as várias Catarinas Miguéis.
Estive ontem a ler novamente o processo de Paulo Miguéis Rosano e, no auto de renunciação ao vínculo de capela por parte de Silvestre Miguéis, D. Catarina Miguéis vem referida pelo menos duas vezes, expressamente, como sua tia (dele, Silvestre).
Por outro lado, estive a verificar as datas que me indicaste a partir da obra de José Pereira Jardim e conferem até certo ponto que depois explicarei em pormenor.
Acerca do Francisco Miguéis Rosano, encontrei o casamento dele em Buarcos a 14.12.1688 (fol. 100) com Ambrósia Marques. Neste assento, a mãe dele vem referida como Maria Antónia Marquesa; o pai é sempre Fernão Pires e, a propósito disso, estive a ler o assento de casamento de D. Catarina Miguéis com o "Rosano" e há uma má interpretação do nome dele porque o composto "João Francisco" separa-se do composto "Fernão Pires" na mudança de linha sendo portanto duas pessoas distintas. Aliás, encontro nos anos 40 do séc. XVII o Fernão Pires com e sem a Maria Antónia como padrinhos de baptismo de vários neófitos. Nunca ele aparece com aqueles quatro nomes juntos.
Fico por aqui por agora.
Abraços.
Pedro
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Raízes dos Miguéis - D. Catarina Miguéis e Fernão Pires
Olá Pedrito
O que tu escreveste esclarece algo, de muito importante, sobre o nosso Fernão Pires e faz todo o sentido. Como eu deixei lá para trás, estranhava aqueles três nomes próprios num indivíduo que não me parece que pertencesse claramente à nobreza. Até podia tratar-se de uma das mais importantes famílias locais, com pretensões a viver "à lei da nobreza", mas sem outros foros que não fossem os de nature
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RE: Raízes dos Miguéis - D. Catarina Miguéis e Fernão Pires (completo)
Olá Pedrito
O que tu escreveste esclarece algo, de muito importante, sobre o nosso Fernão Pires e faz todo o sentido. Como eu deixei lá para trás, estranhava aqueles três nomes próprios num indivíduo que não me parece que pertencesse claramente à nobreza. Até podia tratar-se de uma das mais importantes famílias locais, com pretensões a viver "à lei da nobreza", mas sem outros foros que não fossem os de natureza económica.
Como explicas, o José Jardim terá confundido os nomes dessas duas pessoas. Uma de apelido Francisco, filho certamente de outro Fulano Francisco e o nosso Fernão (Fernando) Pires.
Quanto à outra probabilidade dele ser irmão, ou cunhado, de D. Catarina Miguéis, acho-a muito mais verosímil.
José Jardim, na obra cit., com base nos paroquiais que poude consultar (penso que só podem ser os mesmos que aí estão no AUC) diz que D. Catarina deve ter nascido ainda em 1605, ano do casamento de seus pais Manuel Gomes ou Gonçalves, com Leonor Miguéis. Como antes referi, D. Catarina Miguéis casou, pela 1.ª vez em S. Julião, com um Domingos António e tiveram a referida menina, chamada Esperança, em 1625 - a mesma que viria a dar o nome ao Recolhimento da N. Sr.ª da Esperança. Casou 2.ª vez, em 1648, com o Francisco António Rosano.
Fico a aguardar os teus esclarecidos comentários, neste aclarar das nossas raízes (e de outros muitos figueirenses) dos (Silva) Miguéis.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Miguéis - D. Catarina Miguéis e Fernão Pires (completo)
Zezito:
O ofício de capitão de navios não era derrogatório nem impeditivo de estatuto de nobreza e a prova está que no Silvestre Miguéis recaiu a mercê do hábito de Cristo e em sua descendência aparecem as chamadas senhoras alfândegas reputadas senhoras da nobreza local, descendentes também dos "Kraft Salazar e Vasconcelos". Ora, se não houvesse compatibilidade, e ainda mais no séc. XVII (mais fácil seria para a época pombalina em que se privilegia e de grande o grande comércio), essas senhoras não teriam existido. E depois, aquele vínculo de capela com opulenta fortuna e o facto de Catarina Miguéis se guindar ao tratamento de "dona" também é muito significativo. Note-se que em ambos os casamentos que ela contrai ela não aparece com o "dona" na constância do primeiro casamento, em particular no baptismo da filha Esperança [23] em 28.05.1625; isto acontece sim, no casamento com o Rosanoem que este vem na qualidade de Sarg:to-Mor de M:or-o-Velho [244], em 30.06.1648.
Tenho dúvidas se se trata de uma e mesma pessoa: o 2º casamento não traz filiação, apenas o 1º e aí [233], a 30.11.1623, é que vem uma filiação de Catarina Miguéis como sendo filha de um Manuel Gonçalves e de Leonor Miguéis.
No entanto, nos óbitos, encontro no [23] o falecimento de uma Leonor Miguéis a 31.01.1664 (sepultada em S.to António junto do púlpito) e uma D. Catarina a 15.02.1664 também sepultada em S.to António e junto ao púlpito também; deixou testamento, mas não traz apelido. Em 18.01.1677 está o assento de óbito de D. Catarina Miguéis [35] viúva, com testamento, sepultada em S.to António. Queres dizer alguma coisa a respeito?
Não sei se o Francisco Miguéis Rosano, que herdou o "ofício" do irmão na Alfândega da F. Foz deixou descendência, só tenho o casamento e mais nada e essa foi uma descoberta ocasional.
Vou continuar a sondar esta gente mas para ver se alargo o âmbito desta família. Na 2ª feira vou ver se no AUC tenho alguma pista mais.
Agora fico por aqui. Outro ramo a explorar e interessante seria o dos Jácomes de Tavarede...
Abraços.
Pedro
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Raízes dos Miguéis - as primeiras senhoras Miguéis
Olá Pedro
Tudo bem aí por casa?
Vamos por partes.
Temos duas Catarinas Miguéis, uma delas, por duas vezes sem o qualificativo de Dona:
1º - A Catarina Miguéis que aparece no assento de casamento com Domingos António em 1623. Esta mesma Catarina tem uma filha a que puseram o nome de Esperança, b. em 1625. Pelo que dizes, em ambos os assentos ela aparece sem aquele qualificativo.
2.º - A Dona Catarina Miguéis que nos aparece no assento de casamento com o sargento-mor Francisco António Rosano, em 1648.
Mas há mais dados a complicar este tratamento de "dona".
Josê Jardim diz-nos, a pp 16 e 17 da obra cit. que «A familia Migueis era abastada, n'essa epocha. Em 1640 «Leanor Migeis dona viuva, moradora no logar da fig.ra foz do mondego», como em seu nome se escreveu n'um requerimento dirigido ao mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, comprou ao licenciado Manuel Antonio de Figueiredo, da bemposta, por cincoenta e oito mil reis, a sua marinha situada no esteiro da Varzea. Esta confrontava do norte com a marinha da Vassala, do nascente com matos e do poente com a valla do esteiro. era foreira a esse mosteiro.»
Continuando a descrição, precisa qual era essa marinha:
«Quatro eram os predios de marinhas existentes então n'aquelle valle: a d'El-Rei, provavelmente situada junto da actual fonte da Varzea, que era a fonte d'El-Rei; a Lapa, junto da fonte do mesmo nome; a Vassala, a seguir; e por ultimo, junto do rio, a Licenceada. Foi esta que Leonor Migueis comprou ao licenceado Figueiredo, de quem lhe vinha, certamente, o nome.»
E precisa mais um interessante pormenor:
«Ê notavel que no livro das cizas do couto de Tavarede, descreveu Leonor Migueis esta marinha com o nome - Esperança - que assim parece ser como que uma palavra symbolica n'esta familia: a avô chamou Esperança â propriedade que adquiriu; a mãe deu o nome de Esperança ao recolhimento que fundou. A saudade da neta e da filha fallecida, pairava sempre no espirito d'essas duas mulheres...?.
Esta dupla designação de "Esperança" não pode ser uma mera coincidência. As duas mulheres "Miguéis", são mãe e filha e a filha é a mesma Dona Catarina que erigiu o Recolhimento da Esperança e casou com o Rosano.
Aliás, José Jardim esclarece ainda:
«A phrase "dona viuva" pode ter varias interpretações: proprietaria viuva, dama nobre, respeitavel mãe de familia ... Mas denota sempre superioridade de posição social de Leonor Migueis, relativamente ao seu meios.»
Parece-me que perante isto tudo, andarás perto do verdadeiro estatuto social que essa gente ocupou, logo na 1.ª metade do séc. XVII.
Ainda voltarei aqui hoje com mais alguma coisa sobre o tio Francisco Miguéis Rosano, irmão do nosso avô (meu 9.º avô) Manuel Miguéis.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Miguéis - as primeiras senhoras Miguéis
Zezito:
Pois é, muito me contas, mas, de acordo com a matriz social da época, há famílias de tipo nobiliárquico que andam pela F. Foz logo no início do séc. XVII que é quando começam os paroquiais e é natural que haja informações anteriores noutra documentação. Olha, temos logo os Castanhos e os Reimondes, os Bacelares, os Homem Frade (do juiz da alfândega de 1600 e poucos), os Lira de Figueiredo (escrivão da alfândega) e para não falar nos Quadros de Tavarede.
Olha, sabias que a nossa Leonor Miguéis casou na F. Foz com o Manuel Gonçalves em 20.09.1605 [229]? Pois é, encontrei esse assento hoje; ele é filho de outro do mesmo nome, de Buarcos, e ela é filha de uma Catarina Migéis, da F. Foz, mas não vem o nome do pai.
Agora vou à janta e já volto aqui.
Abraços.
Pedro
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Raízes dos Ferreira Jácome
Caros Primos
Cá estou eu novamente, desta vez para falar noutro costado, mas com o qual estou menos familiarizado.
Como fui eu que deixei na BD as referências da nossa avó Florência Luis Ferreira, devo acrescentar que deixei nas Notas Biográficas, que é como está intitulado o campo mais adequado para esse efeito, a seguinte observação:
"Aparece também nomeada como Florência Luis Ferreira Jácome."
Como a enviei a 29-12-2010, ainda não aparece no registo actual. Quando voltar aos dados do seu pai Manuel Ferreira Coimbra, "o moço", deixarei igual observação quanto à sua igual nomeação como Manuel Ferreira Jácome.
Como antes disse, não sou especialista neste nosso costado. Tenho andado um pouco mais a reboque do João, do Lourval e do Pedro. Ainda assim tenho encontrado alguma coisa, mas que, provavelmente, não será novidade para vocês.
Por acaso já encontraram um Mateus Ferreira Jácome c.c. uma Antónia de Campos, pais de uma Bernarda de Campos que a 23-08-1756 casou em Tavarede com um Francisco Rodrigues Seco (SMT=2-M-126) a que corresponde a exposição 397 TIF?
A leitura do registo on-line deixa muito a desejar, mas ainda assim consegui ler (penso ter lido) o nome dos pais do Mateus Ferreira Jácome, como sendo um Manuel Barbosa (qualquer coisa) e uma Maria Francisca.
Será que estes Manuel e Maria serão os mesmos Manuel Barbosa e Maria Ferreira Jácome que, tu Pedro, me deixaste no outro tópico, como avós do Dr. Teodoro Ferreira Jácome?
É que nos meus apontamentos não tenho os pais do Dr. Teodoro Ferreira Jácome, tão só os avós referidos no parágrafo anterior.
Já agora, para completar os costados daquela Bernarda de Campos, deixo como segue:
1 - Bernarda de Campos
2 - Mateus Ferreira Jácome
3 - Antónia de Campos
4 - Manuel Barbosa (qualquer coisa que me pareceu Ferreira ou Ferram)
5 - Maria Francisca
6 - Manuel ? Ferreira
7 - Isabel de Sampaio
Tenho outros nomes mais para colocar aqui, como o de um homónimo do nosso avô Manuel Ferreira Jácome, mas provavelmente seu neto, ou bisneto. Fica para depois.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Miguéis - as primeiras senhoras Miguéis
Olá Pedrito
Desculpa lá, mas a tua mensagem cruzou-se com o meu último conteúdo sobre os Ferreira Jácome.
Como deixei lá mais atrás, sabia qual o ano do enlace dos pais da D. Catarina, ou seja, da Leonor Miguéis (ou dona Leonor Miguéis, como depois aparece mencionada) com o Manuel Gonçalves, mas não o dia e mês. Desconhecia era o nome da mãe, mais uma Catarina.
Quanto aos outros nomes, sonantes, não os fixei, excepção feita aos Quadros.
Agora sou eu que vou jantar. Ainda cá volto depois.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Miguéis - as primeiras senhoras Miguéis
Zezito:
Eu vou responder, no link próprio, à tua mensagem sobre os Ferreiras Jácome.
Sobre a F. Foz e os Miguéis, devo dizer que não tropecei em nenhum assento de baptismo de filhos da Leonor Miguéis e ainda avançando sobre 1620-21. É certo que estes primeiros assentos, na primeira meia dúzia, para aí, estão danificados, apresentam-se pela metade e torna-se complicado perceber os nomes dos pais, mas, lá se vai dando o jeito. Tentei ver em Buarcos e passa-se a mesmíssima coisa.
Olha, quanto àquelas famílias dominantes, faltou-me o Baltasar Rebelo, por exemplo, casado, com filhos, que foi Cavalº Fid. da C. Real.
Fico por aqui nesta.
Abraços.
Pedro
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RE: Raízes dos Ferreira Jácome
Zezito:
Eu tenho o levantamento do procº de ordenação do Pe. Teodoro Ferreira Jácome - Tavarede, 1736, cxª 1674.
O Mateus Ferreira Jácome, baptº a 22.10.1691 em Tavarede, era filho de Manuel Barbosa "o Ferrão" e de Maria Ferreira (Jácome), recebidos estes a 26.12.1690 em Tavarede. Sei que não se localizaram as certidões dos baptismos destes dois. A Maria Fereira Jácome era filha dos nossos Manuel Ferreira Coimbra e de Apolónia Jácome; o Manuel Barbosa era filho de António Cassão/Cação e de Luísa Barbosa.
A Antónia de Campos (ou Fernandes), baptª a 23.06.1702 em Tavarede [166], era filha de Manuel Fernandes e de Isabel S. Paio, sendo solteiros (tenho mais dados desta senhora mas não seiu se te interessam porque não são meus ascendentes. São teus?
Mateus Ferreira Jácome e Antónia de Campos receberam-se a 12.08.1714, em Tavarede.
Estive a fazer, em tempos, uma simulação geracional ascendente para o Manuel Ferreira Coimbra e a Apolónia Jácome; percorrendo os paroquiais de Tavarede, localizei um Manuel baptº a 24.07.1641 filho de Manuel Pestana e de Guiomar Ferreira. Encontrei uma Apolónia baptª a 14.02.1632, filha de Manuel Ribeiro e de Maria Jácome, sendo este Manuel Ribeiro irmão do Pe. Francisco Ribeiro.
Por ora é tudo.
Abraços.
Pedro
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Raízes dos Miguéis - Francisco Miguéis Rosano
Olá Pedrito
Deixei-me levar, de tal modo, na onda do You Tube, a ouvir algumas árias e coros de zarzuelas (apesar de as ter em vídeo, compradas há 5 anos em Madrid), mais umas tantas canções dos meus cantores italianos e franceses preferidos, que não genealogei - não será um neologismo, mas serve-nos como genealogismo.
Bem, dado o adiantado da hora não me vou eu adiantar em grandes considerações. É só para te dizer que o Francisco Miguéis Rosano, o mais novo dos irmãos (dos rapazes), que sucedeu ao nosso avô Manuel Miguéis como piloto-mor da barra do Mondego, casou e teve larga descendência pelas bandas de Buarcos e Redondos. Foi precisamente através desses "plebeus" que o José Jardim desmontou muita da prosápia das suas (e nossas) nobres primas Alfândegas. Podiam ter esse estatuto social, mas eram tão primas dos pescadores de Buarcos, como dos lavradores de Tavarede.
Lá chegaremos a seu tempo.
Sabias que ainda há primos Silva Miguéis (com este mesmíssimo apelido) pelas terras da Figueira?
Temos, pelo menos, um parente João José da Silva Miguéis e a filha deste, Dr.ª Maria de Fátima Alves Miguéis, que creio viver para os lados de Miranda do Corvo.
Deve haver muitos mais parentes (para além dos Águas), não só descendentes dos Miguéis, como também dos Silva, Carvalho, Ferreira e Ribeiro pela região da Figueira.
A seu tempo havemos de descobrir mais alguns.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Ferreira Jácome
Pedro
Lá se cruzaram outra vez os nossos posts.
Bem me parecia que o Manuel Barbosa tinha algo parecido com Ferram ou Ferreira, no tal assento de casamento da neta. Mas acabaste por não me dizer se Mateus é o pai do Dr. Teodoro Ferreira Jácome, ou um tio. Com aquele apelido, e atendendo às datas, só pode ser uma coisa ou outra, dado que era muito velho para ser irmão.
Não! Não descendo deste matrimónio do Francisco Roiz Seco e Bernarda de Campos, casados lá em S. Martinho de Tavarede a 23-08-1756. Descendo, isso sim (tal como o João e os tios do Lourval) do irmão da avó da Bernarda de Campos, isto é, do Manuel Ferreira Coimbra, o moço, que era avô do meu 7.º avô Tomé Gomes de Carvalho, e irmão da tal Maria Ferreira Jácome.
Chega! Estou com sono.
Até amanhã
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Ferreira Jácome
Zezito:
O Mateus é pai do Pe. Teodoro F. J., assim como doutro padre - Manuel F. J. baptº a 26.10.1732 - processo de 1754, cxª 1284. O Teodoro nasceu a 8 de Outº e este Manuel, a 12 de Outubro.
Pois eu descendo de irmão da Maria Ferreira Jácome , mãe do Mateus.
Por ora é tudo.
Abraços.
Pedro
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RE: Raízes dos Ferreira Jácome - Já entrei no séc. XVI
Zezito:
Estou no AUC. Pelos Jácomes já entrei no séc. XVI. Está esse ramo reconstituído. Felizmente que os paroquiais de Tavarede vão até meados desse século. Também localizei uma ordenação sacerdotal de 1620 importante para o nosso ramo.
Eu trabalho com o site do AUC, e tu? É com o e-Tombo?
Até logo.
Abraços.
Pedro
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RE: Raízes dos Ferreira Jácome e Ferreira de Carvalho
Olá Pedrito
Estou pela UNL, a Fernanda está num grupo de trabalho e tem depois uma reunião com uma aluna de mestrado, de maneira que eu fico por aqui a consultar os paroquiais pelo acesso do AUC. Já é tarde para ir à TT, talvez na 4.ª feira lá consiga ir, para ver se tiro a limpo aquela questão dos ofícios dos manos Miguéis e procurar mais qualquer coisa nas HOC.
Tenho-me entretido nos últimos dias com o SMT=2-M. Já tinha uma série de referências de baptizados e de casamentos, mas não o tinha ainda compulsado de forma sistematica - registo a registo - como agora.
Obrigado pela confirmação da paternidade do Dr. Teodoro.
Afinal de que irmão Ferreira Jácome é que descendes?
Eu (como todos os Águas), o João e os tios do Lourval descendemos todos do Manuel Ferreira Coimbra, "o moço", ou, se preferires Manuel Ferreira Jácome e de sua mulher Maria da Esperança Luís, através da filha Florência Luís Ferreira Jácome c.c. José de Carvalho.
É na geração seguinte que se repartem os ramos. O meu é o do Tomé Gomes de Carvalho, e o do João da Josefa Ferreira de Carvalho. Os tios do Lourval descendem por dois ramos. Um é o do Tomé, através da filha Apolónia de Carvalho (tal como eu) e o outro é o da irmã daquele, a Escolástica Ferreira de Carvalho c. c. Diogo Dias Barraxo.
Os nomes dos vários irmãos desta geração, estão logo no 1.º conteúdo deste tópico, acrescentado pelo João com o nome de mais dois irmãos - a Antónia e o Domingos, cujos nascimentos correspondem ao intervalo que eu assinalava estar muito provavelmente incompleto, dada a cadência reprodutora daquela nossa antepassada.
Se não tinha encontrado o assento de b. deste Domingos, já o tinha encontrado várias vezes como pai, com a curiosidade de se ter casado com uma Isabel Netta, dos Netos de Tavarede, os mesmos ligados várias vezes aos Miguéis - Há aqui, certamente, muito para explorar, até porque um tio avô da mãe dos nossos avós António e Manuel da Silva Miguéis, ou seja da Maria Neta Miguéis, "a moça", era o Padre José Neto Coelho, que a baptizou em 24-02-1711.
Penso que a habilitação deste P.e José Neto Coelho nos pode trazer mais alguma coisa para as raízes dos Silva Miguéis. Até porque a Maria Neta Migueis e o marido José da Silva eram parentes em 4.º grau, de que foram dispensados por uma sentença do bispo de Leiria.
Mas dizia eu que já tinha encontrado antes o Domingos de Carvalho, casado a 6-06-1747 com a tal Isabel Neta, f.ª de Francisco Ramos e de Maria Neta (que também aparece como Maria Guerra). Tiveram, entre outros filhos:
- António, que n. a 29-03-1749 e foi b. a 9 de Abril seguinte, sendo pad. Pedro, um dos filhos do senhor de Tavarede Fernando Gomes de Quadros (SMT=1-M-72).
- Joana, gémea com a anteriror, que teve como pad. António, outro dos filhos o Fernando Gomes de Quadros (SMT=1-M-72v.º).
- Catarina, que n. a 9-01-1757 e foi b. a 17 de Janeiro, sendo pads. João Borges, de Vila Nova de Anços e Catarina, f.ª Rosa Maria e António Tomás, naturais de Aveiro (SMT=2-M-19).
- Maria, que n. a 21-05-1761 e foi b. a 9 de Junho seguinte, sendo pads. António Ramos e Joana Ferreira (SMT=2-M-43).
Como já vai largo este post é melhor ficar por aqui.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Silva Miguéis - os Neto de Tavarede
Olá Pedrito
Como deixei um pouco "no ar" aquela referência ao P.e José Neto Coelho, o tal tio-avô da Maria Neta Miguéis, "a moça", baptizada por ele em 24-02-1711, como antes disse, retomo aqui o assunto para acrescentar só mais uns poucos dados.
Desconheço os avós maternos dela, ou seja os pais da Maria Neta, "a velha". Aliás, porque nunca os procurei propositadamente e, tão pouco me apareceram, por mero acaso, no decurso de outras pesquisas.
Por mero acaso apareceram-me foi um João Neto Coelho e a sua mulher isabel Rodrigues, que eram pais de uma Isabel (cujo apelido não consegui ler) casada a 21 de Outubro de 1678 com Manuel Dias Ramalho (SMT=1-M-44v.º).
Penso que aquele João Neto Coelho, pelos uso dos mesmos apelidos, seria irmão do P.e José Neto Coelho, que creio nascidos pelos primeiros anos do séc. XVII.
Tenho muitos outros registos sobre "Netos", mas bem mais recentes. Trata-se dos Neto Brás e dos Neto Laracho que não sei aonde se ligam com os nossos Neto - Silva Miguéis, mas que devem ter uma ascendência comum lá mais para trás.
E era só isto que queria acrescentar.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Silva Miguéis - os Neto de Tavarede
Zezito:
Estive a ler a tua mensagem acima e posso dizer-te que descendo do casal Manuel Ferreira Jácome/Ferreira Coimbra e de Maria Esperança Luís por via do seu filho Baltasar Ferreira, baptº em Tavarede a 01.03.1704 [167]. Este casou a 26.02.1730 com Cipriana Rodrigues da Cruz de Sousa (é por esta que entram os Sousas que numa bisneta se vai cruzar com o José da Silva Miguéis).
Acerca do assento que tu localizaste, a Isabel Neta, filha dos ditos, casou em 21.10.1678 [340] com Manuel Dias Barraixo (corruptela de Barracho). Há descendência deste casal.
Os pais dela, João Neto Coelho e Isabel Rodrigues tiiveram vários filhos, para aí uns dez (contando com o Pe. José Neto Coelho cujo assento de baptismo não tenho localizado, mas tenho o de todos os outros).
O processo do padre José Neto Coelho encontra-se fora de lugar: na caixa onde deveria estar, ele não se encontra. Já há anos que estou à espera de algum episódio fortuito que o faça voltar "à vida". O verbete dele existe e lá continua mas sem resultado prático. A nossa Maria Neta é sobrinha dele mas filha de qual irmão ou irmã? Ainda tentei ver as certidões dos assentos dos ascendentes do padre Bernardo da Silva - Tavarede, ano de 1792, cxª 326 - cuja mãe é Esperança Miguéis, filha de José da Silva e de Maria Miguéis (filha esta de Bento Miguéis e de Maria Neta), mas as certidões não vão além do baptismo da Maria Miguéis..., já nem apanham o casamento dos pais desta. O Pe. Bernardo da Silva foi baptº a 24.08.1773... trata-se de um caso de ordenação tardio em relação ao ascendente a procurar. Talvez se tropece com a notícia de padrinhos ou assim.
Vou dar-te a ascendência do qiue tenho até ao séc. XVI:
- Sabes, a Apolónia Jácome baptª a 14.02.1632/f. 46v. [62] é filha de Manuel Ribeiro e de Maria Jácome cujo casamento se deu a 05.08.1615 [309]. Neste assento vem o nome dos pais de ambos - os dele: Diogo Simões e Maria Jorge, e os dela: Pedro Jácome e Antónia Jorge.
Ora, no baptismo de Apolónia o padre baptizante foi Francisco Ribeiro, irmão do pai da criança. Existe processo de ordenação desse padre - Tavarede, 1620, cxª 513. Os pais são exactamente os mesmos mas traz também os avós: os paternos - outro Diogo Simões e Antónia Fernandes, e os maternos - Jorge Gonçalves e Ana Vaz. Não localizei o assento de casamento destes, começam a faltar anos. O Pe. Francisco Ribeiro foi baptº a 27.10.1591 [18].
Pedro Jácome casou a 02.01.1594 [302] com Antónia Jorge e no assento não vem o nome dos pais.
Eu creio saber quem foram os avós maternos de Teresa Nogueira que casou com o Manuel Miguéis a 04.02.1667 [332], mas isso é um estudo que comecei mas não terminei. Depois, digo-te.
Por ora é tudo.
Abraços.
Pedro França
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RE: Raízes dos Silva Miguéis - os Neto de Tavarede
Caros Primos
Em particular a ti Pedrito, que és, entre todos nós, o "expert" destas raízes genealógicas ribeirinhas da foz do Mondego.
Na verdade, eu já tinha (dados por ti, pelo João, ou pelo Lourval - não me lembro) esses dados mais antigos, relativos à a ascendência da Apolónia Jácome e à sua filiação, isto é à geração anterior, com o Manuel Ribeiro e de Maria Jácome.
Não tinha era esse novo dado com a data do seu casamento, que indicaste ser 05-08-1615. E mais importante, ainda, a referência aos pais de ambos, os tais Diogo Simões e Maria Jorge, bem como os Pedro Jácome e Antónia Jorge e, ainda, uma geração mais para trás, aos avós do Manuel Ribeiro, que conseguiste no processo de ordenação do P.e Francisco Ribeiro - boa!
Dada a pequenez do local, escassamente povoado por esses finais do séc. XVI, princípios do XVII, aquelas Maria Jorge e Antónia Jorge deviam ser parentes próximas (com tanta endogamia, não sei como é que saímos com os 5 alqueires bem medidos...!), ou, pode também dar-se o caso de, aquele Jorge, da Maria Jorge, ser o patronímico paterno.
O que já tinha registado nos meus apontamentos, são os filhos (alguns deles) do casal Manuel Ribeiro e Maria Jácome, que me foram simpaticamente disponibilizados pelo Lourval, a saber:
- Pedro, b. a 26-02-1627.
- Catarina, b. a 18-06-1629.
- a nossa Apolónia, b. a 14-02-1632.
- Leonor, b. a 5-03-1634.
- Bárbara, b. a 7-01-1637.
- Damiana, nascida já com a Restauração do Reino e b. a 10-01-1641.
- Francisca, b. 7-06-1643.
E para o casal Manuel Ferreira Coimbra, o moço (f.º da Apolónia Jácome) e Maria da Esperança Luís, casados a 8-11-1686, achei (aqui fui eu a encontrá-los) os seguintes:
- Helena, b. a 25-11-1690, sendo pads. o P.e Manuel Pinto da Rocha e D. Joana de Morais, freira em Leça no mosteiro de Santa Ana (SMT=1-M-148v.º) (150.Tif).
- Florentina, b. a 13-12-1693, sendo pads. o P.e Gabriel Luís (muito provavelmente um familiar materno) e Bárbara Jácome (do lado paterno) (SMT=1-M-154). Ainda não consegui perceber se esta Florentina é a nossa Florência Luís Ferreia Jácome.
- João de São Simão, b. a 8-11-1695, sendo pads. João Monteiro, n. de Aveiro e Jacinta Pereira, f.ª Francisco Pereira e de sua mulher Maria Francisca Rosa, n. da Figueira (SMT=1-M-158) (159 Tif).
- José, b. a 19-02-1701, sendo pad. Pedro Leite de Quadros (SMT=1-M-?) (164 Tif).
- Baltazar, b. a 1-03-1704 (foste tu quem me indicou a data de b.) mas a que eu já tinha chegado, não através do seu assento de b., mas do de sua f.ª Rosa, b. a 15-09-1753, sendo pads. Francisco Cardoso de Barros e Rita, f.ª de Mateus Ferreira (SMT=2-M-8v.º).
Azar o nosso com o desaparecimento (dentro do AUC) desse processo de ordenação do P.e José Neto Coelho. Muito provavelmente nos daria mais alguns dados.
E é tudo por agora.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Silva Miguéis - os Neto de Tavarede e uma rectificação
Meus Caros
Só para ressalvar um erro que deixei no post anterior.
Ao enumerar os filhos de Manuel Ferreira Coimbra e de Maria da Esperança Luís, deixei escrito, sobre o penúltimo:
- José, b. a 19-02-1701, sendo pad. Pedro Leite de Quadros (SMT=1-M-?) (164 Tif).
E queria antes dizer;
- José, b. a 19-02-1701, sendo pad. Pedro Lopes de Quadros (SMT=1-M-?) (164 Tif).
Este Pedro Lopes de Quadros e Sousa, f.º de Fernão Gomes de Quadros, ambos sucessivamente senhores de Tavarede, casou com D. Madalena Maria Henriques e teve, pelo menos, uma Maria, b. a 9-10-1707, e um Amaro, b. a 2-02-1715.
Zé Filipe
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Raízes dos Miguéis
Caro Zé Filipe,
Já se sabe quem são os pais de Maria Neta casada com Bento Miguéis e sobrinha do Padre José Neto Coelho?
Abraços
Lourval
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RE: Raízes dos Netos e Miguéis
Caro Lourval
Com a devida vénia transcrevo o que disse o Pedro, num dos últimos posts:
«O processo do padre José Neto Coelho encontra-se fora de lugar: na caixa onde deveria estar, ele não se encontra. Já há anos que estou à espera de algum episódio fortuito que o faça voltar "à vida". O verbete dele existe e lá continua mas sem resultado prático. A nossa Maria Neta [“a velha”] é sobrinha dele mas filha de qual irmão ou irmã? Ainda tentei ver as certidões dos assentos dos ascendentes do padre Bernardo da Silva - Tavarede, ano de 1792, cxª 326 - cuja mãe é Esperança Miguéis, filha de José da Silva e de Maria Miguéis (filha esta de Bento Miguéis e de Maria Neta), mas as certidões não vão além do baptismo da Maria Miguéis..., já nem apanham o casamento dos pais desta.»
Assim, estamos por agora, ainda, neste impasse, quanto aos país da Maria Neta, “a velha”.
Mas, em contrapartida, temos o registo dos nomes de uns dos avós, que me atrevo a supôr serem os paternos - João Neto Coelho e Isabel Rodrigues. É o que se deduz pela afirmação do Pedro, por serem os país do P.e José Neto Coelho (eu pensei, erradamente, que ele fosse irmão do João) comprovadamente tio daquela.
Eu tenho andado a compulsar, de um modo sistemático, os registos do livro 2 de Mistos de São Martinho de Tavarede (SMT=2-M), de modo que ainda não regressei ao 1-M, para proceder a uma investigação com igual cuidado.
Quem sabe? Pode, eventualmente, ter escapado uma qualquer informação ao Pedro. Sei que é pouco provável, para mais ele tem ainda a vantagem de poder tirar a prova dos nove, para leituras on-line mais díficeis, através da leitura do original.
Tenho é algumas novidades nas raízes dos Migueís, que oportunamente deixarei aqui.
Abraços,
Zé Filipe
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HOC de Silvestre Miguéis Rosano - 1
Caro Pedro
Tinhas toda a razão na leitura que fizeste do nome do nosso avô Fernão Pires, corrigindo a leitura do nome das testemunhas, feita pelo Dr. José Jardim, no assento do 2.º casamento de D. Catarina Miguéis.
Embora não tenha ainda lido esse famoso e antigo assento, não deixei de estranhar os três nomes próprios, muito pouco próprios - diga-se, entre um qualquer indivíduo que não da nobreza.
É o que se pode comprovar (entre outras coisas) da leitura do processo de HOC do "tio" Silvestre, cuja transcrição da 1.ª folha deixo aqui, para que tu e os mais confrades (e primos) possam ler:
HOC – Maço 6 – n.º 73
«P. ordem de S. Mg.de de 19 de Mayo de 1694 El Rey nosso Sr. Tendo resp.to aos serv.cos de Silvestre Migueis Rozano f.º de Fernaõ Pir’ e n.al do Lugar da Figueira foz do Mondego, obrados per espaço de trece annos seis meses e oito dias no posto de Alferes de sua comp.ª do Terço aux.ar da Com.ca de Coimbra desde 7 de Setr.º de 679 até 16 de M.co de 694, e no dito posto acudir prontam.te a suas obrigac.es asy nas mostras como nas reconduçoes dos soldados governando a sua comp.ª por auzencia do seu Capp.m indo c’ella a cidade de Coimbra na ocaziaõ em que por ella passou a Sr.ª Raynha da Gram Bretanha em que se ouve com Luzim.to de sua pessoa, e havendo servido juntam.te de perto de dez annos a esta p.te o off.º de Juis da Alfandega de Buarcos de q he proprietr.º em que se tem havido com m.ta satisfacaõ assim no desp.º das partes como na descarga das Fazendas de que rezultaraõ grandes crescimentos a faz.ª Real, e a lhe pertencer por sen.ca do juízo das justificaçoes a acçaõ dos servicos de Joaõ Blau f.º de outro, e n.al desta cidade feitas a principio desde o anno de 643 ate o de 646 achandosce o anno de 643 em tudo o que o nosso ex.to fes nas terras de Castella cõ hŭ criado a sua custa, e vir do Porto o anno de 645 por Capp.am do Galeaõ Sacram.to e sendo reformado daq.e posto, em Jan.º de 646 passar ao Alentejo, e acompanhar o ex.to emq.to andou em Campanha, achandosce na tomada do castelo da Codiseira e no mais q se offereçeo e ultimam.te sendo provido em Capp.ao mor da Cappitania da Conseiçaõ de Olinda em o Rio de Janr.º de que tomou Posse o anno de 662. Servir por espaço de quatro annos com zello desintereçe e sem queixa algŭa, na administraçaõ da Justiça em satisfaçaõ de tudo e do mais que por p.te do mesmo Silvestre Migueis Rozano se lhe reprezentou, Há por bem fazer lhe m.ce de vinte mil rs effectivos em hu dos Almox.os do Rei.º em que couber sem prejuízo de 3.os e naõ ouver prohibiçoes c’ o vencim.to na forma da ordem de S. M.de de que seraõ a titulo do Habito da ordem de Christo q lhe tem mandado Lançar.»
«Lx.ª 22 de Mayo de 694»
Assinam os drs.
P.ro Sanches Farinha e Fulano (não consegui ler o 1.º nome) de Mello Pereira
Lá temos nomeado o pai dele como Fernão Pires, natural "do Lugar da Figueira foz do Mondego".
Veremos depois os doutos pareceres dos senhores juízes da Meza da Consciência e Ordens, face às provanças do estilo
Abraços,
Zé Filipe
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RE: HOC de Silvestre Miguéis Rosano - 1
Priminho:
E afinal, tudo se deve ao desempenho deste nosso tio, pois nada é referido quanto aos serviços do tio dele - Francisco António Rosano.
Não sabia que este nosso tio também tinha andado pelos Brasis...
Quanto aos que assinam esse documento de atestação, o primeiro é o Pedro Sanches Farinha cuja descendência depois dá nos Sanches de Baena.
Será que pela Mesa da Consciência e Ordens há alguma coisa sobre os avós dele? E esse Fernão Pires nosso ancestral não aparece com nada nas Chancelarias?
Abraços. Bom trabalho.
Pedro
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RE: HOC de Silvestre Miguéis Rosano - 2
Olá Pedrito
O Silvestre não andou pelos Brasis, como tu dizes. Leste mal, porque te escapou a referência aos "serviços de João Blau", no conteúdo que me permito destacar:
«(...) e a lhe pertencer por sen.ca do juízo das justificaçoes a acçaõ dos servicos de Joaõ Blau f.º de outro, e n.al desta cidade [Lisboa] feitas a principio desde o anno de 643 ate o de 646 achandosce [o som deste "sc" deve ser antepassado do "x"] o anno de 643 em tudo o que o nosso ex.to [exército] fes nas terras de Castella cõ hŭ criado a sua custa, e vir do Porto o anno de 645 por Capp.am do Galeaõ Sacram.to e sendo reformado daq.e posto, em Jan.º de 646 passar ao Alentejo, e acompanhar o ex.to emq.to andou em Campanha, achandosce na tomada do castelo da Codiseira e no mais q se offereçeo e ultimam.te sendo provido em Capp.ao mor da Cappitania da Conseiçaõ de Olinda em o Rio de Janr.º de que tomou Posse o anno de 662. Servir por espaço de quatro annos com zello desintereçe e sem queixa algŭa, na administraçaõ da Justiça em satisfaçaõ de tudo e do mais que por p.te do mesmo Silvestre Migueis Rozano se lhe reprezentou, (...)».
Confesso que nunca percebi muito bem a natureza destes serviços de terceiros (que não são parentes), em proveito próprio de um determinado comtemplado com uma mercê. Não é o 1.º, nem o 2.º caso em que me aparecem indivíduos que não têm qualquer parentesco com os recebedores da mercê régia.
Qual seria o nexo entre uns e outros? Come é que se processava essa atribuição dos serviços de fulano a cicrano?
Aqui está uma falha que nem a licenciatura em CH, nem as muitas leituras posteriores me responderam e aclaram a dúvida.
Será que era por compra dos serviços de alguém, assim aleatoriamente?
Confesso que - estupidamente - também nunca coloquei esta dúvida aos meus pares das Secções de História ou de Genealogia e Heráldica da SGL, ou da própria APG.
Será que tu sabes a resposta?
Mas vamos à 2.ª parte da HOC do Silvestre.
No original, esta folha constitui a capa do processo de habilitação, mas pela sequência lógica e temporal é a que resultou das provanças feitas ao candidato à mercê.
«Da Meza da Consciencia e Ordens
Sobre as provanças de Silvestre Migueis Rozano»
«A Silvestre Migueis Rozano foy V. Mag.ed Servido fazer m.ce do habito da ordem de nosso Senhor Jezu Christo, para o que se lhe mandaraõ fazer as provanças de sua habilitaçaõ, e dellas constou que em Sua pessoa concorrem as partes pessoais e limpeza neçes.ª, porem que lhe falta a qualidade por seus Avós paterno e materno averem sido homens do mar; e por este impedim.to se julgou que naõ estava capaz de entrar na ordem, do que se dá conta a V. Mag.de como Gov.or e perpetuo Admenistrador d’ella, na forma que o dispõem os Diffinitorios.
Lix.ª 3 de Novr.º de 1694»
Assinam os doutores:
Martim Mello Paym Joseph de Bastos P.ª
Fran.co da Sylva e Sousa Nuno da Silva Telles
Destaco o que nos interessa a nós seus descendentes:
« porem que lhe falta a qualidade por seus Avós paterno e materno averem sido homens do mar»
Homens do mar!?
Não eram barqueiros, porque então seriam do rio. Pescadores? Também são homens do mar, mas geralmente designavam-se por essa mesma actividade. Será que eram navegantes, embarcadiços da marinha mercante?
É bem verdade que os dois irmãos do sr. juiz da alfandega de Buarcos, o nosso antepassado Manuel e o mano Francisco, foram pilotos-mor da barra do Mondego.
Mas até parece que os doutos juízes se esqueceram que somos, em grande parte, descendentes de um país de marinheiros. Também é verdade que os capitães das armadas eram muito pouco marinheiros e muito mais guerreiros, originários na sua maioria de terras bem interiores (Gama, Cabral e Magalhães, para não ir mais longe).
Mas tem mais ... que a seu tempo veremos.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: HOC de Silvestre Miguéis Rosano - 2
Zezito:
Então ainda tem mais? Óptimo.
À minha cona devo dizer-te que tenho tido conhecimento de mercês régias que acabam por ter efeito em parentes até da nomeação do interessado porque entretanto morreu e não recebeu a tempo essa mercê. Agora, mercês com base em alguém que não é parente nem chegado nem afastado é que eu não esperava. Só se é porque não teve efeito a mercê no J. Blau, esta voltou para a coroa e o rei dispôs dela como melhor entendeu...só se é essa a explicação, não vejo outra.
Agora, um aspecto de notar é a falta de qualidade nos avós paternos e maternos do tio Silvestre. Mas, o avô Fernão Pires também era homem do mar e não o tenho por pescador e sim mais para piloto da barra ou capitão de navios como vem na IG do Paulo Rosano...; esse nosso avô não vem referido na habilitação da OXº do filho como n~«ao tendo a qualidade requerida?
De facto, os capitães de navios das armadas das descobertas eram homens da "nobreza de terra", de formação guerreira e não foram forjados nas lides do mar, mas, de qualquer modo, acabaram por fazer carreira e ganhar notoriedade precisamente no mar...
Diz coisas.
Abraços.
Pedro França
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RE: HOC de Silvestre Miguéis Rosano - 3
Olá Priminho
Pois é!
Tens toda a razão quanto ao nosso avô Fernão Pires, mas o mesmo só vem referido, no processo de HOC, como pai do tio Silvestre. A tal falta de qualidade reporta-se apenas ao seu pai e ao seu sogro, os tais - homens do mar.
Homens do mar que fizeram a Figueira, na pesca, nas barcas de passagem, no comércio flúvio-marítimo, no comércio de cabotagem e no de longa distância com os Açores, as Áfricas (Ocidental e Oriental, como então se dizia) e, principalmente, com o Brasil.
Muito me honra de ter por esses costados résteas do sangue de pescadores, marinheiros, pilotos-mor, capitães e armadores de Buarcos, da Figueira e de Tavarede.
Mas vejamos oque consta da 3.ª folha do processo de HOC do tio Silvestre Miguéis.
«Da Meza da Consciencia e Ordens Sobre a dispensaçaõ que pede Silvestre Migueis Rozano, para receber o habito de christo, e vai a consulta e portaria q se acuza»
«Snr.
Pella consulta inclusa, se deu conta a V. Mg.de que das provanças que se mandaraõ fazer a Silvestre Migueis Rozano, para o habito da ordem de christo, constara que seus Avós paterno, e materno, foraõ homens do mar, e V. Mag.e mandou responder que estava bem.»
«Recorreo o Supp.te a V. Mag.de cõ hua peticaõ em que pede Suprimento da dita falta de qualidade, alegando naõ ser esta em tal forma que a piedade de V. Mag.de se naõ mova a fazer lhe esta graça, como o costuma fazer em semelhantes cazos, e offereceo a copia da Portaria incluza em q se relataõ os Serviços p’los quais foy despachado. E por V. Mag.de mandar que a dita petiçaõ se veja e consulte neste Tribunal, sem embargo das ordens em contrario.
Pareceo ao D.or Joseph de Bastos Pereyra e ao Prezidente, que por hora naõ deva V. Mag.de dispensar com o Supp.te por naõ seremcapazes os seus serviços desta graça, e que tendo os a poderá requerer.»
«E os Dout.es Fran.co da Silva e Sousa, e Lour.co Pires Carvalho, saõ de parecer, que dando o Supp.te dous Marinheyros p.ª a Armada poderá V. Mag.de dispensar com elle sendo servido.
Lix.ª 19 de Abril de 1695»
Assinaram os doutores
Diogo de M.ça Furtado Fran.co da Sylva e Sousa Joseph de Bastos P.ª
E ... o processo continuou a arrastar-se, senão pela barra do tribunal, pela mesa da "Meza da Consciência e Ordens".
Abraços,
Zé Filipe
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RE: HOC de Silvestre Miguéis Rosano - 3
Priminho:
Será que a mercê do Hábito de Xptº teve efeito nesse nosso tio? Será que esses dois marinheiros para a Armada Real foram encontrados? Cuido que a dita mercê terá perdido força pelas dependências dos tribunais.
Abraços.
Pedro
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RE: HOC de Silvestre Miguéis Rosano - 3
Caros Zé Filipe e Pedro
Por absoluta falta de tempo, tenho visitado muito pouco o fórum, no entanto o interesse neste tópico é imenso (como é obvio!!).
Pelo que vi, em versão rápida, estão encontradas mais umas gerações dos Ferreira Jácomes, o que é fantastico.
Um grande abraço aos dois
João
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RE: HOC de Silvestre Miguéis Rosano - 4
Olá Primos
Não é propriamente um folhetim, mas não resisti a dar conta deste processo, de HOC, que não fosse desta forma paulatina e cadenciada, com algum "suspance" à mistura.
Vamos de seguida ver como reagiu o tio Silvestre Miguéis a esse parecer, da Mesa da Consciência e Ordens, que lhe pedia o encargo na manutenção de dois marinheiros para a Armada, de modo a suprir a falta de qualidade de terem sido homens do mar os seus avós.
Alguma coisa lhe aproveitou a sua estada por Coimbra e o andar pelas aulas da sua vetusta universidade. Mesmo que não tenha sido ele a escrever sózinho o requerimento, ganhou experiência em coisas de leis e como melhor esgrimir argumentos que lhe fossem favoráveis.
Vejamos:
« 6 de Outr.º de 1695»
«Da Meza da Cons.a e Ordens
Sobre o requerim.to de Silvestre Migueis Rozano, para ser aliviado dos dous Marinheyros com q. foi dispençado para receber o habit, e vay a Cons.ta q se acuza»
« Snr.
Fazendosse a V. Mag.de a Consulta incluza sobre a dispensaçaõ q. pedio Silvestre Migueis Rozano de seos Avos Paterno, e Materno averem sido homens do Már para poder receber o habito da Ordem de Christo, Foy V. Mag.de servido rezolver, q. dispensava com elle dando dous marinheiros para a Armada.»
« E declarandosse este desp.º ao Supp.te recorreo a V. Mag.de com huma petiçaõ em q. refere acharse com m.tas obrigações e naõ poder fazer a despeza dos Marinheiros, alem da q. lhe tem custado este requerimento, E a mecânica de seos Avós naõ tem vileza alguma, termos em q. deve esperar da Real grandeza de V. Mag.de lhe queira concedr a dispença sem aquella obrigaçaõ Livrando o do encargo de dar os Marinheyros, m.ce que V. Mag.de já fez a algumas peSsoas, q naõ aviaõ sido despachadas por serviços proprios como elle Supp.te, e se achavaõ com algumas mecânicas de seos Avós q. continhaõ vileza, o que naõ há nelle supp.te, q. para a conseguir alem das rezoes sobreditas movido do empenho em q. se acha para naõ poder satisfazer â obrigaçaõ de dar os dous marinheyros, offerece a V. Mag.de o tempo q. mais tem servido aSsim na ocupaçaõ de Juiz da Alfandega de Buarcos, como de Alferes de Auxiliar do terço da Comarca de Coimbra, desde o tempo q. se despachou athe o prezente como mostra pellas certidoes q. offereceo, para q. em consideraçaõ de tudo seja V. Mag.de servido suprir lhe a ditta falta de qualidade sem a pençaõ de dar os dous Marinheyros.»
« P. a V. Mag.de q. em consideraçaõ do recebido, e da falta de cabedaes em q. se acha, obrigaçaõde m.tos filhos depois q. foi despachado, lhe faça m.e de o livrar do dito encargo dos dous marinheiros. E por V. Mag.de mandar q. a dita petiçaõ se veja e consulte neste Tribunal.»
« Pareçeo â Meza q. V. Mag.de deve ser servido relevar ao supp.te a condiçaõ dos dous Marinheyros, em satisfaçaõ dos servissos q. tem feito despoes de despachado athe o prez.te de Juiz da Alf.ª de Buarcos de cujo officio he proprietário; E de Alferes do terço Auxiliar da Comarca de Coimbra.»
«E os Doutores Antonio da Maya Aranha e Fran.co da Silva e Souza saõ de parecer q. V. Mag.de naõ deve diferir ao Supp.te, por os serviços q. tem feito despoes de despachados naõ serem capazes da graça q. pertende. Lx.ª 6 de Outr.º de 1695.»
Assinaram os doutores:
Diogo de M.ça Furtado Martim Velho da Maya Fran.co da Sylva e Sousa
Nuno da Silva Telles Ant.º da Maya Ar.ª
Foi assim, desta maneira teimosa, que o Silvestre Miguéis Rosano deve ter conseguido que a maioria dos juízes lhe fossem favoráveis no parecer das provanças da habilitação, relevando aquela condição do encargo dos dois marinheiros, e suprindo aquela falta de qualidade dos avós.
Parece que muitos casos, com impedimentos desta natureza, se resumiam à capacidade económica dos habilitandos para os poderem ultrapa$$ar.
Foi assim que as primas "alfandegas" começaram a ganhar estatuto de nobreza, a partir do hábito de Cristo do pai, ou do constar, entre a gente da Figueira, que o mesmo fora atribuído ao seu juíz da alfândega - mas de cujo lançamento eu não encontrei a habitual referência.
Mas apesar da ausência dessa referência, não quer dizer que ela não exista e, muito menos, que o Silvestre não tenha efectivamente recebido o hábito de Cristo.
A finalizar, transcrevo o que sobre ele ainda escreveu o Dr. José Jardim:
« Pessoa principal na Figueira e proprietário em Buarcos [Quinta da Nora], Silvestre Migueis foi ali provedor e, em seguida, escrivão da Misericordia nos annos de 1689-1690 e 1690-1691, confrade do Duque de Cadaval e do Morgado de Tavarede, Fernão Gomes de Quadros e Souza que exerceram essa provedoria nos annos de 1695-1696 e 1691-1692, respectivamente.»
Abraços,
Zé Filipe
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RE: HOC de Silvestre Miguéis Rosano - 4a)
Desculpem,
Esqueci-me que os espaços no word, entre os nomes, são eliminados ao fazer a cópia para aqui.
Para não ficar aquela salganhada de nomes corridos, dou os nomes dos signatários divididos por linha.
Assinaram os doutores:
Diogo de M.ça Furtado
Martim Velho da Maya
Fran.co da Sylva e Sousa
Nuno da Silva Telles
Ant.º da Maya Ar.ª
Zé Filipe
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RE: HOC de Silvestre Miguéis Rosano - 4a)
Priminho:
O último é António da Maia Aranha e foi lente da UC seguramente. Eu trabalhei este pessoal dos lentes da UC entre 1580-1750 numa equiparação a bolseiro e muitos davam "o salto" para singrar depois na magistratura, no Desemb:go do Paço e/ou na Casa da Suplicação.
Abraços.
Pedro
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RE: HOC de Silvestre Miguéis Rosano - 4
Zezinho:
Esse tio Silvestre era de força e faz questão de mostrar que não havia vileza no ofício dos avós (que não do pai Fernão Pires).
Infelizmente continuamos sem saber quem eram os avós deste tio e do nosso avô Manuel Miguéis.
Abraços.
Pedro
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Assento paroquial
Olá Pedrito
Tudo bem aí por casa?
Será que me podes confirmar a leitura do 3.º assento da fl. 115 do livro 1.º de Mistos de Tavarede (SMT=1-M-115) que vem na exposição 116 tif.
A leitura está péssima mas, ainda assim, penso ler a data de baptismo de 30 de Outubro de 1673. A data do assento anterior, não tenho qualquer dúvida, é 23 de Outubro de 1673, pois vê-se bem o "8 bro".
Quanto ao nome da criança, o que vem na margem parece ser algo como Simeão, mas no texto não consigo perceber o nome que o padre escreveu, e que nos permitisse confirmar esse nome.
Quanto ao nome dos pais é um verdadeiro exercício de advinhação. Parece-me estar escrito: (...) f. de M.el Fe.ra e de sua mulher Pelonia Jacome, ou seja, seriam os nossos avós Manuel Ferreira Coimbra, o velho, e a sua mulher Apolónia Jácome.
Sem pressa alguma, só quando puderes, em casa ou no próprio AUC, vê lá o que é que consegues ler.
Tenho muita coisa para aqui deixar e compartilhar convosco, mas fica para mais logo.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Assento paroquial
Zezito:
Estive a ler o assento, e confirmo a data para trinta de 8.bro (Outubro) [1]673. O nome da criança é Simão. O nome dos pais - não consigo confirmar se o Manuel vem abreviado ou por extenso, confundindo-se com os restantes nomes; distingo, ainda na 2ª linha "m.er" (mulher) "Pelonia" e na 3ª linha, indiscutivelmente "Jacome".
Amanhã vou ao AUC e posso requisitar o paroquial para vir à sala de leitura. Logo mais, confirmo-te estes dados.
Abraços para todos.
Pedro
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RE: Assento paroquial
Olá Pedro
Já agora, aproveitando a boleia para a confirmação do assento acima referido, o do Simão - exposição 116 tif, pedia-te também para veres no mesmo livro o 2.º assento da fl 137 v.º (SMT=1-M-137 v.º) - exposição 139 tif.
Não consigo ler o nome da criança. Parece ser Mariana, mas não tenho a certeza. Trata-se da oitava filha dos nossos avós Manuel Miguéis e Teresa Nogueira, que foi baptizada a 24 de Abril de 1684.
Tá bem?
A seguir, se ainda tiver tempo vou deixar alguma coisa do que tenho pesquisado.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Assento paroquial
Zezito:
Reparei agora na tua mensagem. Pois, estive a ver o tal assento, de 24 de Abril de 1684 e confirmo, é a criança filha dos ditos e a criança não é Damiana é Mariana. Comparei com o "de minha licença" no assento acima e o "M" aparenta ter o mesmo enovelamento.
Abraços.
Pedro
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Alguns apelidos de tavaredenses
Caros Primos (e mais confrades)
Entre os primeiros assentos de casamento da freguesia de S. Martinho de Tavarede, dos finais do séc. XVI e princípios do XVII, aparecem-nos mencionados/as umas tantas pessoas cujos nomes/apelidos apontam para uma presumível relação de parentesco (posterior a essas gerações), com familiares constantes dos nossos costados locais.
É o caso dos Neto Coelho, por via feminina dos Silva Miguéis e dos Ferreira Jácome, por via dos Ferreira de Carvalho.
Ainda não tive ocasião de os confrontar e, possivelmente, completar satisfatoriamente com outras informações contidas nos assentos de baptismo desse mesmo período. Mas, até como exercício de sistematização, deixo aqui aqueles nomes que me pareceram dignos de referência pelas razões apontadas.
Embora tenha recolhido assentos de mais uns tantos nomes, cinjo-me aqui aos apelidos Coelho, Jácome e Neto.
É de notar que neste final do séc. XVI, ainda se mantêm certas características tardias da formação medieval dos apelidos, como a da alternância entre os nomes próprios feitos apelido na geração seguinte, para se perderem de novo, até à sua sedimentação definitiva, com ou sem patronímico.
Os poucos que aqui trato, mantiveram-se naquela forma, enquanto outros que igualmente nos interessam, como os apelidos Miguéis, Pires e Rodrigues, se fixaram na forma patronímica saída dos nomes próprios Miguel, Pero ou Pedro e Rui ou Rodrigo.
Mas vejamos, então, aquilo que pesquisei e reuni, entre os mais antigos assentos de casamento, ordenados alfabetica e cronologicamente e respeitando a substantivação:
COELHO
Maria COELHA c. 26-IX-1568 c. Marques Vaz, sendo tt. Diogo Piz, Francisco Frs e Gaspar Alvares (SMT=1-M-1).
Jerónima COELHA c. 9-XI-1568 c. Domingos António, sendo tt. P.º Lopes, P.º Piz e António Coelho (SMT=1-M-1).
Antónia COELHA c. 20-IX-1576 c. Domingos Dias. Este assento é um pouco esquisito pois aparece repetido em 22-VI-1577. Devem ser os mesmos nubentes, pois não creio numa coincidência tão grande dos mesmos nomes e apelidos. Por vezes, uma dada cerimónia religiosa ficava sem efeito e tinha de ser repetida. Pode ser essa situação a verificada aqui.
Francisco COELHO c. em Maio de 1594 c. Catarina Pais?, sendo tt. Baltazar Ferreira e Manuel Francisco (SMT=1-M-7).
JÁCOME
JACOME Afonso c. 17-IV-1569 c. Catarina Antónia, sendo tt Fernão Roiz, João Duarte e Diogo Lopes (SMT=1-M-1 v.º).
Pero JACOME c. 2-I-1594 c. Antónia Jorge, sendo tt António Marques e Manuel Dias (SMT=1-M-6 v.º).
Maria JACOME c. 17-VI-1630 c. Domingos de Cea (SMT=1-M-11 v.º).
Manuel JACOME c. 3-VII-1630 c. Maria Neta (SMT=1-M-19).
Maria JACOME c. 20-X-1638 c. Manuel Nogueira, sendo tt o L.do João Ferreira e sua mulher Domingas Antónia.
NETO
Isabel NETA c. 15-VII-1575 c . Manuel Glz, sendo tt António Mateus e António Neto (SMT=1-M-3).
Catarina NETA c. 20-X-1582 c. António Frs (SMT=1-M-4).
Margarida NETA c. 15-I-1583 c. Francisco Dias, sendo tt. Jerónimo Frs, António Roiz e Gaspar Piz (SMT=1-M-4 v.º). Filho destes dois, foi uma Francisca Lopes c. 6-VII-1615 c. António Marques.
Catarina NETA (f.ª de Gaspar Afonso e de sua mulher Ana Vaz) c. 7-II-1612 c. Afonso de Freitas.
(SMT=1-M-11) e vem repetido adiante em (SMT=1-M-13 v.º).
Maria NETA c. 3-VII-1630 c. Manuel Jacome (cf. Acima).
Domingos NETO c. 17-IX-1637 c. Antónia Francisca
E quanto a isto é tudo por agora.
Amanhã deixo os nomes e datas de b. dos 9 filhos dos nossos avós Manuel Miguéis e Teresa Nogueira e talvez mais uns tantos outros dados.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Alguns apelidos de tavaredenses
Priminho:
Estive a consultar os paroquiais de Tavarede, em livro, conforme prometido e:
- Confirmo o nome Mariana. Os pais: Manuel Miguéis e Teresa Nogueira.
- Confirmo o nome Simão, sendo que o pai vem só como M.el (Manuel) f.ra (Ferreira). A mãe é Pe/olonia (não se distingue bem se é um "e", se um "o"; a tinta está um tanto esbatida e absorvida pelo papel) Jacome.
Abraços.
Pedro
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RE: Alguns apelidos de tavaredenses
Olá Pedrito
Muito obrigado pela consulta e pela confirmação da leitura que fiz.
Ah! Lá atrás, eu escrevi Mariana e não Damiana, como podes verificar.
Que me lembre, há uma Damiana mas é na descendência do Manuel Ribeiro e da Maria Jácome.
Ainda hoje deixo aqui a descendência do Manuel Miguéis e da sua mulher Teresa Nogueira, a qual penso não constituir grande novidade para ti. Se houver algum filho que não tivesses já encontrado, acrescentas aos teus registos.
Até logo e obrigado,
Zé Filipe
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Os filhos de Manuel Miguéis e Teresa Nogueira
Caros Primos e Confrades
Como antes tinha prometido, trago aqui os registos dos assentos de baptismo (tirados a ferros, acrescente-se) dos filhos dos nossos avós Manuel Miguéis e Teresa Nogueira, e publicito-os como forma de ultrapassar a ainda inexistência (e demora) deles na BD do Geneall.
Penso que não vos sejam, de todo, estranhos. Nas vossas deambulações por entre esses registos dos primeiros livros de paroquiais de S. Martinho de Tavarede, certamente já se depararam com alguns deles. De qualquer modo, aqui ficam registados, como resultado de uma pesquisa sistemática (virtual) que prossigo por entre esses paroquiais.
Posso, ainda, adiantar-lhes mais qualquer coisa sobre o Manuel Miguéis. Infelizmente, não encontrei o rasto do seu assento de baptismo, ou do casamento dos seus pais - Fernão Pires e da senhora Maria Antónia - por entre os paroquiais de Tavarede e de Buarcos. Mas ainda não procedi a igual investigação por entre os assentos de S. Julião.
Pois o nosso avô Manuel Miguéis (duas vezes meu 9.º avô) foi piloto das carreiras do Brasil e de Angola, como vem referido na chancelaria de D. Afonso VI. Ainda aqui não deixei a transcrição desse documento que, desde já fica prometida. Mas, dizia eu, que ele foi piloto das carreiras do Brasil e de Angola, antes de ser nomeado piloto-mor da barra da Figueira, foz do Mondego e teve ainda uma mercê que a seu tempo deixarei, quando fizer a tal transcrição. Não encontrei em SMT o seu assento de óbito, que ocorreu antes do fim de 1696, como vem referido na chancelaria de D. Pedro II.
Do seu casamento com Teresa Nogueira, a 4 de Fevereiro de 1667, nasceram:
1 – Esperança, b. a 25-VIII-1668, sendo pp. Pedro Ribeiro e sua irmã Damiana Jácome (SMT=1-M-106), exposição 107 tif.
2 – Manuel Miguéis, “o moço”, b. 19-IV-1670, sendo pad. O Licenciado Manuel Mesquita (SMT=1-M-109), exp. 110 tif.
3 – Fernando, b. a 29-IX-1672, sendo pad. seu tio Silvestre Miguéis (SMT=1-M-?), exp. 114 tif.
4 – Mariana, b. 6-IV-1674, sendo pp. Cosme Velho (avô materno do José de Carvalho, pai do Tomé Gomes de Carvalho) e Manuel Travassos (SMT=1-M-115 v.º), exp. 117 tif.
5 – Teresa, b. a 2-V-1676, sendo pp. o capitão Manuel Dias de Paiva e (nossa avó) Francisca Nunes, mulher de Cosmo Velho (SMT=1-M-120), exp. 121 tif.
6 – Miguel, b. a 3-XI-1679, sendo pad. seu tio Silvestre Miguéis (SMT=1-M-128 v.º), exp. 130 tif.
7 – José, b. a 8-VIII-1682, sendo pad. Luis de Faria e Vasconcelos (SMT=1-M-134), exp. 135 tif.
8 – Mariana, 2.ª do mesmo nome, b. a 24-IV-1684, sendo pad. Francisco de Sousa (SMT=1-M-137 v.º), exp. 139 tif.
9 – Bento Miguéis (meu 8.º avô), b. a 26-IV-1687, sendo pp. Manuel de Paiva Coelho e Joana (qualquer coisa como Purqueria, que, a ser o caso, será hoje Pulquéria – só o Pedro o poderá confirmar com leitura directa, que penso já ter feito como descendente deste mesmo Bento Miguéis) (SMT=1-M-14), exp. 144 tif.
10 – Antónia, b. a 11-IV-1690, sendo pad. Manuel Marques “criado de hu inglês” (SMT=1-M-148), exp. 149 tif.
E é tudo por agora.
Zé Filipe
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Ligações anteriores entre os Miguéis e os Jácome
Boa madrugada Pedrito
Não sei se alguma vez consultaste a HSO do nosso parente Dr. Teodoro Ferreira Jácome?
Foste tu quem primeiro me falou dele e alertou para a sua condição eclesiástica no Brasil. Assim, como ele foi:
"Comissário e Vigário-Geral (...), habilitado no Santo Ofício em 1758. Apesar de Jacome ser Comissário em Mariana desde 1758, só em 1761, passava a operar na articulação entre Justiça Eclesiástica e Santo
Ofício. Portanto, sua atuação neste caso foi influenciada pela posição de Vigário-Geral que ele ocupava. Embora fosse agente de uma esfera independente da Episcopal – ou seja, ele era um agente do Santo Ofício"
Lembrei-me de que teria de existir um processo de HSO em nome dele na TT. Foi por isso que requisitei a semana passada o processo respectivo, que só hoje pude compulsar e de tal forma me embrenhei nele, que passei mais de três horas entretido a percorrer outros caminhos das gentes de Tavarede, que não aqueles a que nos habituamos a ver e a ler nos paroquiais.
Não me me vou agora alongar porque estou cansado e a ficar com sono, mas, deixo-te a transcrição da resposta à 7.ª questão dos Comissários do SO Felisberto da Silva Pimentel e Manuel da Cruz Salgueiro, feita pela 4.ª testemunha de entre as "pessoas das mais antigas christans velhas, e noticiosas", que era Tan! Tan! Tan! - Bento Miguens, o nosso avô Bento Miguéis na escrita do senhor padre que fez de escrivão.
Disse ele em resposta à 7.ª questão:
«Ao sétimo diSse elle testemunha que he parente em terceyro grau de Matheus Ferreira Jacome pela razam de sua avó Maria Jacome ser Irmaã da avó do dito Matheus Ferreira, e depois de lhe ser lido o seu depoimento o assinou com o Reverendo CommiSsario e eu o Padre Joaõ Christovam escrivam, que o escrevy.»
Havia mais questões mas, como sabes, quando nesta situação de parentesco da testemunha com o habilitando, o comissário do SO encarregue das inquirições terminava nessa mesma questão o interrogatório à testemunha.
Quem seria esta avó do Bento Miguéis (e dos seus 9 irmãos que aqui deixei ontem) que ele diz ter-se chamado Maria Jácome, e era irmã da Apolónia Jácome (que ele erradamente chama Maria Jácome) avó materna do Mateus Ferreira Jácome e bisavó do habilitando Dr. Teodoro Ferreira Jácome?
Seria a mãe da Teresa Nogueira (cujos pais eu ainda não encontrei, nem procurei), ou seria a Maria Antónia (Jácome?), mulher do Fernão Pires?
Amanhã há mais, e já tenho também à espera a HSO do capitão Manuel Dias de Paiva, e a HOC do Fernão Gomes de Quadros e Sousa ... qualquer uma das três um manancial de informações sobre as gentes de Tavarede e não só.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Ligações anteriores entre os Miguéis e os Jácome
Oi, priminho:
Eh!, pá! Essa é que foi, mesmo certeira!
Mais um avanço científico nos nossos ascendentes tavaredenses. Temos de descobrir ese elo dos "Jácomes", vai em força e em frente. Eu vou ver esse parenteso logo à noite quando estiver em casa mais tranquilo. Agora estou na escola.
Mas tenho deveras curiosidade em saber isso. Acho que esse fregª - Tavarede - tem potencialidades genealógicas interessantes, articuladas com a Figª da Foz.
Falta o lado Miguéis que é outro interessante e estou a ver que os cargos de capitão de navios e de pilotos da barra do porto da Figª da Foz andavam nas mãos desa primeira geração de Miguéis...
Boa sorte; diz coisas. Vou ver fazer a leitura aquele digitalizado que pediste.
Abraços.
Pedro França
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RE: Ligações anteriores entre os Miguéis e os Jácome
Oi, priminho:
Cá estou eu outra vez.
Desculpa as gralhas contidas na mensagem anterior: um ou outro pc na escola não anda lá aquela coisa e a pressa em terminbar condicionou o resultado ortográfico de que só agora me dei conta. Creio que no essencial e não só, me fiz entender.
Agora, outra coisa: o nosso parente Teodoro Ferreira Jácome teve um irmão inteiro que também seguiu a vida sacerdotal, baptº em Tavarede a 26.10.1732, nascido a 12; tem processo de ordenação de 1754. Por outro lado, um sobrinho neto destes, Jacinto Ferreira Jácome, com processo de 1815, baptº a 24.04.1796, em Quiaios, era filho de António Cardoso Neto e de Antónia Luísa Jácome, de Quiaios, baptª esta a 20.02.1772 em Quiaios, filha de António Ferreira Jácome, "armador de igrejas", baptº em Tavarede a 07.12.1722 e de Antónia Luísa de Almeida, de Quiaios, baptª a 05.02.1733 (nascida a 27.01).
Este António Ferreira Jácome era irmão dos ditos padres e ainda do Pe. Mestre Fr. Jacinto de Santa Rita, todos filhos dos mesmos pais - Mateus Ferreira Jácome e Antónia de Campos.
Sei ainda que a Antónia Luísa de Almeida era irmã dos padres Luís Pereira e Manuel Pereira (minorista e sacristão em Quiaios), filhos de Simão Pereira e Josefa Fernandes.
Será que isto ajuda em alguma coisa? Precisas de mais datas, referências? Será que há por aí outra habilitação a FSO?
Diz coisas.
Abraços.
Pedro
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Os Padres Ferreira Jácome
Oi Pedrito
Ainda bem que não trocamos padres, como quem troca cromos, embora este "jogo" tenha algo de - diz tu, direi eu!
Ainda assim, tenho a dizer que tens mais uns tantos padres que eu.
Descobri hoje esse irmão do Teodoro Ferreira Jácome, ainda que no processo de HSO não conste o seu nome:
Na folha 44 do processo de habilitação a comissário, no relatório final datado de 18-I-1758, o Comissário do S.to Of.º Manuel da Cruz Salgueiro, ao confirmar a pureza de sangue e do apuramento da sua geração e mais questões colocadas pelos "Muito Ill.es Senhores Inquizidores Apostolicos da Inquiziçaõ da Cid.e de Coimbra", «(...) mas tambem pello dos Religiosos de S. Fran.co q ha poucos dias tiraram as InquiriSsoens a hum Irmaõ do habilitando, pra o admitirem a Sua Regra e finalm.te por este Sancto Tribunal cuja diligencia eu fiz (...)».
Quer dizer que fiquei com essa pista em aberto, a mesma que tu agora vens confirmar, embora não tenhas escrito o seu nome.
Os outros padres, sobrinhos netos, vou ter que os "encaixar" nos meus esquemas genealógicos, de que tanto gosto, que são o ponto de partida para a criação do discurso genealógico.
Acabei hoje de transcrever o que mais me interessou desta HSO, um processo de 57 folhas (contando com as capas), e de que depois te deixarei o mais interessante para as ocupações e actividades - simples e iguais às da maioria dos habitantes locais - de alguns dos nossos antepassados e mais parentes. Mas tenho que as passar primeiro para o portátil, porque nunca o levo para a TT.
Ainda hoje comecei a ver o outro processo de habilitação, este a FSO, do Capitão Manuel Dias de Paiva, cerca de 50 anos anterior ao do P.e Teodoro. Vamos lá ver quem por lá apareceu como testemunha. A leitura dele é mais difícil de fazer, porque a tinta é muito ferrosa e queimou um pouco o papel.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Os Padres Ferreira Jácome
Oi, priminho:
Pegando na tua frase - "Quer dizer que fiquei com essa pista em aberto, a mesma que tu agora vens confirmar, embora não tenhas escrito o seu nome." - fiquei sem saber o que queres dizer, porque EU ESCREVI OS NOMES DELES, em número de dois irmãos do Pe. Teodoro Ferreira Jácome. O religioso a que te referes deve ser o Fr. Jacinto de Santa Rita..., é o que cabe no teu texto.
Quero ver se volto aqui ainda hoje mas tenho um teste a acabar de fazer..., hum!, talvez, talvez...
Diz coisas.
Abraços.
Pedro França
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RE: Os Padres Ferreira Jácome
Olá Primo
Desculpa lá, que eu fiz confusão.
Com aquela explicação do sobrinho neto pelo meio, não reparei que o António Ferreira Jácome era o pai da mãe (e avô) do P.e Jacinto Ferreira Jácome.
Daí ter feito confusão, pensando que Frei Jacinto de Santa Rita era sobrinho e não irmão do Doutor Teodoro Ferreira Jácome.
Hoje terminei o outro processo de HSO, o do Capitão Manuel Dias de Paiva, o moço. Não traz nada quanto aos nossos maiores, mas tem dados interessantes para se determinarem as ocupações dos habitantes de Tavarede e de Buarcos/Redondos.
Ainda não consegui arranjar tempo para transcrever os dados recolhidos. Espero fazê-lo amanhã ou no sábado, para compartilhar convosco o que tiver maior interesse para os nossos estudos genealógicos Mundanenses. Gostas da designação?
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Os Padres Ferreira Jácome
Priminho:
Até não está mal, tendo em conta que se trata um pouco da área abrangida pelo curso inferior do rio Mondego que vai até à foz.
Pois, cá fico à espera das tuas descobertas, agora mais tu do que eu, porque, HSO, Chancelarias e Registos de Mercês está tudo aí em baixo na TT.
Vou acabar o tal teste para deixá-lo na escola, amanhã, a imprimir.
Boas noite a todos vocês.
Abraços.
Pedro
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HSO - Testemunho de Bento Miguéis
Caros Primos e Confrades
Especialmente para ti Pedrito
Pois bem, cá vamos então ao encontro dos nossos avós, tios e primos, bem como dos seus vizinhos, conhecidos, amigos ou não, colegas de actividade, que nesses tempos recuados e naquelas terras ribeirinhas do Mondego, não deviam diferir muito – o amanho da terra, a pesca no rio ou no mar e a exploração do sal nas marinhas adjacentes do estuário e na própria ilha da Morraceira. Terra e marinhas que, as mais das vezes, eram de outros proprietários com mais posses que a grande maioria, pobre e com pouco dinheiro.
Se nos lembrar-nos que até os próprios frades do Convento de Santo António viviam em extrema pobreza, que só a generosidade amiga dos morgados de Tavarede minorava, não é difícil imaginar que, a despeito do trabalho diário árduo, essa gente ganhava para comer e só muito dificilmente conseguia amealhar alguns cruzados. Famílias muito numerosas, a despeito das doenças que, na primeira infância, matava parte da sua prole, com muitas bocas para alimentar e vestir – muitas vezes de farrapos – filhos que não ajudavam muito, nem mesmo como braços suplementares nas tarefas agrícolas ou de exploração do sal.
Talvez por todas estas razões vamos encontrar, entre as mais testemunhas, o nosso avô Bento Miguéis, o nono entre os dez filhos dos nossos avós Manuel Miguéis e Teresa Nogueira, como mais um dos trabalhadores que da agricultura e do amanho das marinhas de sal tirava o seu magro sustento.
Mas vejamos nas suas próprias palavras, ao “Lecenciado Manoel da Cruz Salgueiro, Comissario do Santo Officio, e Vigario da Igreja de Revelles” o que era a vida dos seus parentes e vizinhos, neste caso particular pais e avós do Dr. Teodoro Ferreira Jácome:
IV – Bento Miguens trabalhador de enxada morador nesta freguezia de Sam Martinho de Tavarede testemunha / testemunha notificada por mim escrivam da parte do Santo Officio para dar seu depoiamento a quem o Reverendo ComiSsario deo o juramento dos Santos Evangelhos, em que poz ambas as maõs, sob cargo do qual prometeo dizer verdade do que soubeSse e se lhe perguntaSse, e guardar segredo do Santo Officio e de sua idade disse ser de setenta e sinco annos”.
À 3.ª questão “diSse que conhece a Matheus Ferreira Jacome, e a sua mulher Antonia de Campos naturaes e moradores nesta dita Freguezia de S. Martinho de Tavarede pays do habilitando e sabe que desta Freguezia sam naturaes e moradores pela razam de serem todos elles da mesma freguezia e ser creado com elles desde a idade de menino, e que Matheus Ferreira Jacome se occupou sempre em marnotar, cavar e podar, occupações quazi de todos desta terra, e Antonia de Campos sua mulher se occupava em fiar e padejar para vender ao publico, e que estes eram os officios e ocupações de que viviam, se bem que no dia de hoje vivem com alguma abstençam nestes officios pella razam de terem com que paSsar”. – fl. 25.
À 4.ª questão “diSse que conheceo e teve noticia de Manoel Barboza, o Ferram 25 / 25 v.º o Ferram de alcunha, e bem assim a sua mulher Maria Ferreira (…) pela razam de sempre aqui os ver e sempre assim ouvio dizer, e delles teve conhecimento desde tenra idade e que o dito Manoel Barboza o Ferram de alcunha fora official de sapateiro officio de que vivia, e que sua mulher Maria Ferreira antes que com elle cazada se portava com alguman gravidade e aceyo, porem depois de cazada cahira em pobreza, por cuja cauza trabalhava de portas a fora acarretando sal, e indo aonde a mandavam por estipêndio, e que outro sim ouvira dizer que a may de Maria Ferreira Bisavó do habilitando se chamava Maria Jacome; porem nam sabe como se chamava o pay de Maria Ferreira, e muito menos os pays de Manoel Barboza o Ferram de alcunha, só sabe pelo ouvir dizer que desta freguezia e lugar de Tavarede eram moradores”.
À 5.ª questão “diSse que conheceo e teve noticia de Manoel Fernandes pay de Antonia de Campos e avó materno do habilitando, e sabe que desta Freguezia e lugar de Tavarede era natural e morador, donde se auzentou sendo ainda moço, com Simam de Carvalho para militar nas Guerras que entam havia entre Portugal e Castella, donde nunca mais veyo, nem delle se teve mais noticia alguma nesta terra, e bem assim conhece a Izabel de Sam Payo que ainda hoje vive neste lugar de Tavarede, donde he natural e moradora, e may da dita Antonia de Campos e pelo conseguinte hum e outro avós maternos do habilitando e que esta na sua primeyra idade vivia de padejar e vender azeite porem que hoje por ser muito caduca vive na companhia de sua Filha Antonia de Campos, que a sustenta, e este conhecimento que dos sobreditos tem he pelos conhecer elle testemunha desde pequeno, por ser seu patrício e vizinho, e outro sy conheceo, e teve noticia de Joze Fernandes pay de Manoel Fernandes, e que este vivia de suas fazendas e de algum contrato, como tambem conheceo a Maria Luiza sua mulher may do dito Manoel Fernandes, e que esta por morte do dito seu maridofora viver para a Figueira, aonde comprara huma lancha e rede para mandar lançar 26/
/ 26 v.º Lançar ao mar e della perceber peixe para vender, e que supposto ouvira falar nos pais de Izabel de Sam Payo Bisavós do habilitando, contudo naõ sabe como se chamavam, só sim saber pelo ouvir dizere ser publico que huns e outros eram naturaes e moradores nesta dita freguezia e lugar de Tavarede”.
7.ª questão “Ao sétimo diSse elle testemunha que he parente em terceyro grau de Matheus Ferreira Jacome pela razam de sua avó Maria Jacome ser Irmaã da avó do dito Matheus Ferreira, e depois de lhe ser lido o seu depoimento o assinou com o Reverendo CommiSsario e eu o Padre Joaõ Christovam escrivam, que o escrevy”. – fl. 27.
Por esta razão de parentesco com a família do habilitando não foi questionado quanto às últimas, como sempre se fazia em casos semelhantes.
Abraços,
Zé Filipe
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Ascendentes de Manuel Ferreira Coimbra, o velho
Olá Pedrito
Este post não tem directamemnte a ver com o anterior, sobre a habilitação do Dr. Teodoro Ferreira Jácome, mas tem - isso sim - com a determinação e confirmação dos avós maternos do seu pai Mateus Ferreira Jácome.
Estava a (re)ler alguns conteúdos lá mais para trás, quando reparei com mais atenção num que enviaste a 30 de Janeiro passado (o das 2 h. 55 m.), em que referes:
"Estive a fazer, em tempos, uma simulação geracional ascendente para o Manuel Ferreira Coimbra e a Apolónia Jácome; percorrendo os paroquiais de Tavarede, localizei um Manuel baptº a 24.07.1641 filho de Manuel Pestana e de Guiomar Ferreira. Encontrei uma Apolónia baptª a 14.02.1632, filha de Manuel Ribeiro e de Maria Jácome, sendo este Manuel Ribeiro irmão do Pe. Francisco Ribeiro."
Não sei se este Manuel, referido no assento de b., será mesmo o nosso avô ou um seu irmão. Mas o Manuel Pestana, melhor dizendo, o Manuel Pestana Coimbra e a sua mulher Guiomar Ferreira são, com a maior certeza, os pais do nosso avô Manuel Ferreira Coimbra e de um seu irmão Domindos Ferreira.
Tenho há já uns dias para aqui deixar a descendência (os 9 filhos) deste Domingos Ferreira e de sua mulher Maria de Almeida, casados a 8-I-1659 (SMT=1-M-35), exp. 326 tif. Ela era f.ª de um Pedro Francisco e de sua mulher Domingas de Almeida, em homenagem da qual foi dado o nome de Domingos a este seu neto.
Se quiseres o nome e datas de b. dos seus 9 filhos diz depois alguma coisa.
Aliás, eu tenho uma dúvida na leitura do assento de b. da última filha ou filho - baptizada (ou baptizado) a 19 de Outubro de 1680 (SMT=1-M-131), exp. 132 tif. Não consigo perceber com clareza se é uma Antónia ou um António, embora me incline mais para a 1.ª possibilidade.
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Ascendentes de Manuel Ferreira Coimbra, o velho
Caros Primos Zé Filipe e Pedro França
Espero que estejam todos bem. Infelizmente não tenho acompanhado em tempo real as vossas intervenções, no entanto, mesmo com atraso, cá vou acompanhando.
Grandes avanços. Para mim, que estou numa fase de escassez de tempo, é fantástico poder contar com estes dados.
Continuarei atento
Um grande abraço (também para o Lorval)
João
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Miguéis e Jácomes
Olá Primos
Tudo bem João?
Neste meio tempo cá vamos desbravando as nossas raízes "Mundanenses", como lhes chamei numa das últimas intervenções, aproveitando-me do nome romano do Mondego - Munda (Munda flavia). Hoje já não empregamos flavia como rio, mas dizemos fluvial para tudo o que lhes (aos rios) diz respeito.
Mas deixemos a História da Língua e passemos à História da Família.
Pois é Pedrito, achei...
Lembra-te da 7.ª questão do testemunho do nosso avô Bento Miguéis:
“Ao sétimo diSse elle testemunha que he parente em terceyro grau de Matheus Ferreira Jacome pela razam de sua avó Maria Jacome ser Irmaã da avó do dito Matheus Ferreira, e depois de lhe ser lido o seu depoimento o assinou com o Reverendo CommiSsario e eu o Padre Joaõ Christovam escrivam, que o escrevy”. – fl. 27.
Pois, efectivamente, como eu supunha em face desta afirmação, só podia ser pela Maria Antónia (mulher do Fernão Pires), ou pela mãe da Teresa Nogueira que viria o parentesco referido com os Jácome.
Assim, temos que na paroquial de S. Martinho de Tavarede, aos 20 de Maio de 1638, o pároco casou a Manuel Nogueira com Maria Jácome (SMT=1-M-22 v.º) exposição 318 tif.
Aqui temos as duas irmãs, a Maria e a Apolónia Jácome, filhas dos nossos avós Manuel Ribeiro e Maria Jácome, casados na mesma igreja a 5 de Agosto de 1615.
Por aqui fico agora, que vou jantar.
Abraços,
Zé Filipe
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Ainda Miguéis e Jácomes
Olá Primos (e mais Confrades)
Embora sem eco aos últimos conteúdos aqui deixados, certamente devido à vossa vida profissional muito ocupada, volto com mais alguns dados relativos a estes nossos avós.
Depois da determinação do parentesco, mais antigo, entre os Miguéis e os Jácomes, trago mais uns tantos dados relativos aos nossos Jácomes de Tavarede, designadamente aos avós maternos daquelas duas irmãs Maria e Apolónia Jácome, filhas de Manuel Ribeiro e de sua mulher Maria Jácome.
Antes, porém, só uma rápida referência aos seus irmãos, filhos deste último casal.
Como os dados escasseiam, à medida que recuamos no tempo, somos confrontados a pesquisar, nas outras fontes disponíveis - inquirições de genere para tomar ordens sacras, para as habilitações às ordens militares e para familiares do SO (não me estou a lembrar de outras para este caso local de Tavarede, sem senado da câmara, nem fidalgos além dos Quadros ) - informações complementares que permitam apurar algo mais. Foi assim que cheguei a esta relação mais antiga (a mais recente é a do casamento dos meus 6.os avós Manuel Miguéis e Apolónia de Carvalho (uma Jácome) entre as duas famílias referidas, alertado pelo testemunho do nosso avô Bento Miguéis.
Apesar deste e de outros avanços, infelizmente, não consegui descobrir o assento de b. da Maria Jácome casada com o Manuel Nogueira a 4-II-1667. Os pais, os nossos avós Manuel Ribeiro e Maria Jácome, casaram a 5-VIII-1615, mas o primeiro assento de b. que encontrei é 12 anos posterior, de 1627. Assim, há um largo período em que certamente nasceram vários filhos, cujos assentos de b. não nos aparecem por se terem extraviado.
Entre esses filhos que teriam nascido nesse íntervalo de 12 anos, ou melhor considerando, de 11 anos temos duas irmãs:
- A tal Maria Jácome c.c. Manuel Nogueira a 4-II-1667(cf. exp. 332 tif).
- Inês Jácome c.c. Sebastião de Barros a 2-II-1669 (cf. exp. 332 tif).
Depois aparecem-nos os outros irmãos, já com assentos de b.:
- Pedro, b. 26-II-1627, tendo por pads. seu tio o P.e Francisco Ribeiro e Violante ... (exp. 46 tif).
- Catarina b. 18-VI-1629, tendo por pads. António Marques e Isabel de Cea (exp. 54 tif).
- Apolónia b. 14-II-1632 por seu tio o P.e Francisco Ribeiro, tendo por pad. Francisco Monteiro (exp. 62 tif).
- Leonor b. 5-III-1634 pelo P.e Bento Vaz, tendo por pads. Simão Pires e Maria, f.ª de António Vinagre (exp. 66 tif).
- Bárbora b. 7-I-1637 por seu tio o P.e Francisco Ribeiro, tendo por pads. José de Mendanha e Catarina Dias (exp. 71 tif).
- Damiana b. 10-I-1641, tendo por pads. Francisco de Paiva e Doroteia Negroa (exp. 78 tif).
- Francisca b. 7-VI-1643, tendo por pads. Belchior Monteiro e Joana Fernandes (exp. 82 tif).
Mas aonde eu queria chegar era a Pedro Jácome e Antónia Jorge, meus décimos segundos avós, e por três vezes o são (duas pelos seus 5.os netos António e Manuel da Silva Miguéis e mais uma pela sua 5.ª neta Apolónia de Carvalho), casados ali em S. Martinho de Tavarede a 2-I-1594. Foste tu, Pedro, o primeiro a chegar a eles e a dar-me essa respectiva data.
Continuamos aqui com os mesmos problemas da falta de dados, pela inexistência ou desaparecimento dos respectivos assentos de b. dos filhos. Ainda assim, penso que temos, pelo menos, três filhos desse casal:
- Maria Jácome c.c. Manuel Ribeiro a 5-VIII-1615 (exp. 309 tif).
- Manuel Jácome c.c. Maria Neta a 3-VII-1630 (exp. 314 tif).
- Antónia Jorge Jácome b. a 6-IV-1606, tendo por pads. Manuel da Silva (tb. nosso antepassado) e Leonor Dias. C.c. Manuel Neto da Rocha a 2-II-1679 (exp. 340 tif).
E é tudo por agora.
Abraços,
Zé Filipe
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Ainda Miguéis e Jácomes - rectificação
Uma rectificação mesmo no final deste conteúdo que, ainda assim, repito.
Olá Primos (e mais Confrades)
Embora sem eco aos últimos conteúdos aqui deixados, certamente devido à vossa vida profissional muito ocupada, volto com mais alguns dados relativos a estes nossos avós.
Depois da determinação do parentesco, mais antigo, entre os Miguéis e os Jácomes, trago mais uns tantos dados relativos aos nossos Jácomes de Tavarede, designadamente aos avós maternos daquelas duas irmãs Maria e Apolónia Jácome, filhas de Manuel Ribeiro e de sua mulher Maria Jácome.
Antes, porém, só uma rápida referência aos seus irmãos, filhos deste último casal.
Como os dados escasseiam, à medida que recuamos no tempo, somos confrontados a pesquisar, nas outras fontes disponíveis - inquirições de genere para tomar ordens sacras, para as habilitações às ordens militares e para familiares do SO (não me estou a lembrar de outras para este caso local de Tavarede, sem senado da câmara, nem fidalgos além dos Quadros ) - informações complementares que permitam apurar algo mais. Foi assim que cheguei a esta relação mais antiga (a mais recente é a do casamento dos meus 6.os avós Manuel Miguéis e Apolónia de Carvalho (uma Jácome) entre as duas famílias referidas, alertado pelo testemunho do nosso avô Bento Miguéis.
Apesar deste e de outros avanços, infelizmente, não consegui descobrir o assento de b. da Maria Jácome casada com o Manuel Nogueira a 4-II-1667. Os pais, os nossos avós Manuel Ribeiro e Maria Jácome, casaram a 5-VIII-1615, mas o primeiro assento de b. que encontrei é 12 anos posterior, de 1627. Assim, há um largo período em que certamente nasceram vários filhos, cujos assentos de b. não nos aparecem por se terem extraviado.
Entre esses filhos que teriam nascido nesse íntervalo de 12 anos, ou melhor considerando, de 11 anos temos duas irmãs:
- A tal Maria Jácome c.c. Manuel Nogueira a 4-II-1667(cf. exp. 332 tif).
- Inês Jácome c.c. Sebastião de Barros a 2-II-1669 (cf. exp. 332 tif).
Depois aparecem-nos os outros irmãos, já com assentos de b.:
- Pedro, b. 26-II-1627, tendo por pads. seu tio o P.e Francisco Ribeiro e Violante ... (exp. 46 tif).
- Catarina b. 18-VI-1629, tendo por pads. António Marques e Isabel de Cea (exp. 54 tif).
- Apolónia b. 14-II-1632 por seu tio o P.e Francisco Ribeiro, tendo por pad. Francisco Monteiro (exp. 62 tif).
- Leonor b. 5-III-1634 pelo P.e Bento Vaz, tendo por pads. Simão Pires e Maria, f.ª de António Vinagre (exp. 66 tif).
- Bárbora b. 7-I-1637 por seu tio o P.e Francisco Ribeiro, tendo por pads. José de Mendanha e Catarina Dias (exp. 71 tif).
- Damiana b. 10-I-1641, tendo por pads. Francisco de Paiva e Doroteia Negroa (exp. 78 tif).
- Francisca b. 7-VI-1643, tendo por pads. Belchior Monteiro e Joana Fernandes (exp. 82 tif).
Mas aonde eu queria chegar era a Pedro Jácome e Antónia Jorge, meus décimos segundos avós, e por três vezes o são (duas pelos seus 5.os netos António e Manuel da Silva Miguéis e mais uma pela sua 5.ª neta Apolónia de Carvalho), casados ali em S. Martinho de Tavarede a 2-I-1594. Foste tu, Pedro, o primeiro a chegar a eles e a dar-me essa respectiva data.
Continuamos aqui com os mesmos problemas da falta de dados, pela inexistência ou desaparecimento dos respectivos assentos de b. dos filhos. Ainda assim, penso que temos, pelo menos, três filhos desse casal:
- Maria Jácome c.c. Manuel Ribeiro a 5-VIII-1615 (exp. 309 tif).
- Manuel Jácome c.c. Maria Neta a 3-VII-1630 (exp. 314 tif).
Agora a rectificação, em vez de:
- Antónia Jorge Jácome b. a 6-IV-1606, tendo por pads. Manuel da Silva (tb. nosso antepassado) e Leonor Dias. C.c. Manuel Neto da Rocha a 2-II-1679 (exp. 340 tif).
em que me enganei na data de casamento, que não é o dela mas o da sua filha de igual nome,e 30 anos posterior. Então, deve ler-se:
- Antónia Jorge Jácome b. 6-IV-1606, tendo por pads. Manuel da Silva (tb. nosso antepassado) e Leonor Dias. C.c. Lourenço de Almeida a 3-II-1649 (exp. 323 tif).
O outro assento, dado por engano, está correcto mas apenas para o casamento daquela sua filha, cujo assento de b. ainda não decobri. Encontrei apenas o de uma sua irmã, de nome Luísa b. a 2-I-1658.
Com as minhas desculpas, é tudo por agora,
Abraços,
Zé Filipe
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RE: Ainda Miguéis e Jácomes - rectificação
Zezito:
Tropecei neste teu post e decidi entrar nele.
Uma rectificação mesmo: a Maria Jácome e o Manuel Nogueira receberam-se a 20.10.1638 em Tavarede. A data de 04.02.1667 [332] refere-se ao casamento da filha Teresa Nogueira com Manuel Miguéis.
Olha, hoje faço anos mas não estou de festas. A minha mãe deu entrada no Hospital da Gala Sábado de madrugada com princípio de AVC e ainda está internada mas já nas especialidades médicas (neurologia). Estive lá na F.Foz no Domingo, acompanhei o meu pai que também já começa a andar meio desorientado. Este Domingo devo lá ir outra vez porque tenho de ver a questão dos apoios a casa enquanto a minha mãe não se restabelece (ficou apanhada do braço esquerdo). De resto, lá está, fala, percebe-se bem, está consciente, come por ela própria, mas, enfim, não poderá fazer certas coisas sozinha em casa. Tem de fazer fisioterapia, isso é mais que certo.
É uma vida triste e uma tristeza de vida e está tudo a cair-me em cima sozinho. Não posso contar com os meus irmãos.
Até logo.
Abraço.
Pedro
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Um abraço
Pedrito
Primeiro que tudo a minha solidariedade contigo e os teus pais.
Infelizmente sei o que isso tudo acarreta, pois passei por tudo isso desde 1993 a 2000. Primeiro com o meu pai, falecido no final desse ano, depois de um sofrimento atroz de 3 meses, e depois, prolongadamente, com a minha querida mãe imoboilizada, desde que fracturou o colo do fémur, em 1994, até ao seu falecimento em 2000. Mas já desde 1986 que só andava com o auxílio de canadianas depois de uma longa operação à coluna vertebral, mal sucedida. O Fernando Carlos nunca viu a avó a andar sózinha, sem o auxílio das canadianas. E então a minha mãe se andava a pé e de bicicleta, lá pelas ruas da velha Figueira, até Buarcos, até ao Cabo Mondego, naquela cidade de que tanto gostava, apesar de lá não ter nascido (nem ela, nem a Fernanda, nem o Fernando Carlos, mas todos lá baptizados em São Julião).
Enfim, é a vida, mas lá que nos custa, custa e muito.
Ainda eu, como sou filho único, sempre soube que recairia sobre os meus ombros todo essa carga de trabalhos. Mas tal não devia suceder contigo, quando há mais dois irmãos, tão filhos e tão obrigados a ajudar, como depois o são tão naturalmente herdeiros, em pé de igualdade. É verdade que o teu irmão mais novo ainda está em Inglaterra. Mas o mais velho não...
No meio de tudo até parece mal desejar-te um feliz aniversário. Ainda assim desejo que o passes o melhor possível, esperançado em que melhores dias virão, com muita saúde para ti, Mena e Bea.
Quanto à correcção tens toda a razão. Enganei-me a transcrever esses dados. Aquele assento de casamento dos nossos avós Manuel Nogueira e Maria Jácome, a 20.10.1638 está na folha 22 v.º (SMT=1-M-22v.º) a que corresponde a exp. 318 tif.
E por aqui fico.
Um grande abraço do primo,
Zé Filipe
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Raízes dos Ferreira Jácome - Já entrei no séc. XVI
Oi, Zezito:
Cá vamos andando, meio esperançados. As coisas estão a evoluir, lentamente como seria de esperar nestas idades (80 e...). Domingo que vem deverei ir à F. Foz outra vez, e estar um pouco com o meu pai e visitar a minha mãe; ainda não sei quando lhe darão alta do hospital para ir para casa. Aproveito entretanto e vou tratar de outros assuntos relativos à situação.
Enfim, cada um com a sua cruz como se diz em linguagem popular.
Olha, quanto às nossas raízes comuns, quero ver se exploro mais aqueles nossos "Nogueiras" e talvez os "Ferreiras/Coimbras" e os "Netos Coelhos"; estes são um tanto complicados por causa da relação tio-sobrinha (Maria Neta) por mãe ou por pai. Vou explorar o caso dos padrinhos nos baptismos.
Tudo bem contigo, a Nanda e o Nando? Eu sei que seria um tanto ingénuo da minha parte pensar que a Nanda estivesse a 100%, mas, ao menos que não esteja a passar por nenhuma fase crítica ou em maior sofrimento. O tempo também não ajuda, arrefeceu de novo, e estas oscilações de temperatura também afectam a Mena.
Bom, vamos mantendo o contacto. Precisas de alguma pesquisa em concreto sobre as nossas raízes?
Diz coisas.
O primo,
Pedro
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Netos, de Neto Coelho e Dias Baracho
Olá Pedrito
Também estou no Geneall, ao mesmo tempo que vou explorando os paroquiais on-line do AUC, para "queimar" o tempo aqui na UNL, enquanto a Nanda dá aulas.
Tu deves ter os assentos todos dos filhos do João Neto Coelho e da Isabel Rodrigues mas, ainda assim, deixo-os aqui para con frontarmos os nossos respectivos apontamentos e alguma imprecisão que possa ter ocorrido na trancrição.
Assim, temos:
João Neto Coelho, casado com Isabel Rodrigues, a qual penso ser a mesma que faleceu a 3 de Janeiro de 1679 (SMT=1-M-81), exp. 484 tif.
Ainda não consegui estabelecer qualquer ligação com os outros Neto anteriores, que tenho encontrado pelos paroquiais de SMT, ou com os Rodrigues Guerra, da nossa outra avó Isabel Rodrigues Guerra, avó materna dos nosso António e Manuel da Silva Miguéis).
I - Bem, deste casal, João e Isabel, nasceram pelo menos 10 crianças:
1- Manuel que foi b. 12-II-1654, tendo por pad. Bento Nogueira, almoxarife de Buarcos (SMT=1-M-91), exp. 92 tif.
2 - José (ou Jorge) que foi b. 21-III-1656, tendo por pads. Manuel Dias de Paiva e Ana, f.ª de Domingos Reis, exp. 94 tif. Se for José, como creio, deve ser o nosso tio padre José Neto Coelho).
3 - Margarida que foi b. 4-I-1658 (nascida portanto em finais de 1657), tendo por pads. Manuel Francisco (...) e sua mulher Maria Antónia (SMT=1-M-94 vº), exp. 96 tif.
4 - Isabel que foi b. a 16-II-1659, tendo por pads. o capitão Maurício de Paiva e António dos Santos (SMT=1-M-95 v.º), exp. 97 tif, que segue.
5 - Teresa que foi b. a 6-X-1660, tendo por pads. Manuel Dias de Paiva e sua mulher Antónia Mascarenhas (SMT=1-M-96 v.º), exp. 98 tif.
6 - João que foi b. a 14-X-1662, tendo por pad. Estevão Pires Faleiro (que deve ser dos Faleiro de Buarcos) (SMT=1-M-98), exp. 99 tif.
7 - Francisco que foi b. a 8-III-1664, tendo por pad. João de Brito (SMT=1-M-99 v.º), exp. 101 tif.
8 - Lourenço que foi b. a 17-VIII-1665, tendo por pads. Manuel de Paiva e Maria Roiz mulher de Manuel (...) (SMT=1-M-100 v.º), exp. 102 tif.
9 - Catarina que foi b. 13-X-1666, tendo por pads. Domingos (...) e sua f.ª Catarina (SMT=1-M-103), exp. 104 tif.
10 - Teresa, segunda do mesmo nome, que foi b. a 30-VIII-1669, tendo por pad. o capitão Manuel Dias de Paiva (SMT=1-M-107), exp. 108 tif.
II - Isabel Neta (ou Rodrigues, como tb aparece) b. como vimos a 16 de Fevereiro de 1659. Casou a 21 de Outubro de 1678 com Manuel Dias Baracho e tiveram os seguintes filhos:
1 - Teodósia que foi b. a 7-IX-1679, tendo por pad. Manuel Ferreira Coimbra (como não diz mais nada no ass. não sei se é o pai ou o filho) (SMT=1-M-128 v.º), exp. 130 tif.
2 - Teodósia, segunda do mesmo nome, que foi b. a 14-VIII-1682, tendo por pads. Manuel Ferreira, f.º de Pedro Ferreira e Luísa, f.ª de Manuel G.ar Ribeiro (SMT=1-M-133), exp. 134 tif.
3 - Maria, que foi b. a 12-IX-1684, tendo por pad. seu avô João Neto Coelho. É esta que pode muito bem ser a nossa avó Maria Neta, casada a 18 de Maio de 1709 com Bento Miguéis. A idade de ambos é quase a mesma, sendo ele 2 anos e tal mais novo, dado que foi b. a 26-IV-1687.
4 - José que foi b. a 23-I-1687 pelo seu tio o P.e José Neto Coelho, que tb foi o pad. juntamente com a tia Maria, certamente irmã do Manuel DB. (SMT=1-M-142), exp. 143 tif.
5 -Bartolomeu que foi b. a 30-VIII-1689, tendo por pads. Bartolomeu de S. Miguel Coelho e sua tia Catarina (Neta) (SMT=1-M-147), exp. 18 tif.
6 - João que foi b. 11-XII-1692, tendo por pads. Manuel Neto da Rocha e sua tia Teresa (Neta) (SMT=1-M-149 v.º), exp. 151 tif.
7 - Filipa que foi b. a 15-V-1649, tendo por pads. João G.ar Ribeiro e sua tia Teresa (Neta) (SMT=1-M-154), exp. 155 tif.
E por agora é tudo o que tenho sobre os nossos avós Neto Coelho.
Ainda não encontrei outra Maria Neta que se encaixasse melhor naquele casamento com o Bento Miguéis.
Confirma-me só o ass. do José, exp 94 tif. É que ao mesmo tempo não me parece bem ser Jozeph o que lá está escrito?
Termino desejando boas melhoras para a tua mãe e um abraço para o teu pai. Já não se deve lembrar de mim, quando nos conhecemos, uma vez que lá foi à casa da Lomba ter contigo.
Abraços do primo,
Zé Filipe
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RE: Netos, de Neto Coelho e Dias Baracho
Zezito:
Estive a ler o assento e verifico que o cura Ferreira tem problemas na escrita, talvez alguma dislexia: assim como escreve "Josphe" em vez de Joseph, nesse mesmo assento (de 21 de Março de 1656) escreve Isal em vez de Isabel (o nome da mãe do neófito).
Alguma espécie de abreviatura ou espécie de hipocorístico? Talvez, não descarto essa hipótese para lá daquela minha presunção inicial.
Quanto aos filhos de João Neto Coelho, vou verificar o que tenho e já volto aqui, tá?
Até já.
O primo,
Pedro
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RE: Nogueira
Pedrito
Só para deixar aqui a referência de um Manuel b. a 31-I-1589, filho de Miguel Nogueira e de Catarina Dias e que teve por pads. o Padre Manuel Neto, da Figueira e Catarina Gaspar, moradora em Lavos (SMT=1-M-12 v.º), exp. 13 tif.
Será que é mesmo o nosso avô Manuel Nogueira, c.c. a Maria Jácome a 20-X-1638, pais da Teresa Nogueira (Jácome) que casou com o Manuel Miguéis a 4-II-1667?
Penso que há uma grande probabilidade de ser o mesmo, ou um irmão mais velho do mesmo nome.
Abraços,
Zé Filipe
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Os Ferreira Coimbra e os Ferreira Jácome
Caros Primos e mais Confrades
Já aqui me referi, no dia 19 do passado mês de Fevereiro, a estes nossos antepassados Ferreira Jácome, descendentes dos Ferreira Coimbra e dos Ribeiro Jácome, respectivamente pelos lados paterno e materno.
Dos Jácome, já aqui o deixei, descendem os Águas por várias vezes, duas pelos Silva Miguéis e mais uma pelos Carvalho (Ferreira Jácome).
O Pedro já aqui tinha evidenciado que o nosso avô Manuel Ferreira Coimbra, o velho, o que casou com Apolónia Jácome, deve ser o mesmo filho do casal Manuel Pestana Coimbra e Guiomar Ferreira, que foi b. a 24 de Julho de 1641. Na altura, eu retorqui que não sabia "se este Manuel, referido no assento de b., será mesmo o nosso avô ou um seu irmão", supondo eu que aquela criança podia ser um seu irmão mais velho que tivesse entretanto falecido. Essa era apenas a razão da minha observação, daí ter logo acrescentado que "o Manuel Pestana, melhor dizendo, o Manuel Pestana Coimbra e a sua mulher Guiomar Ferreira são, com a maior certeza, os pais do nosso avô Manuel Ferreira Coimbra e de um seu irmão Domingos Ferreira".
Continuando as minhas pesquisas nos paroquiais online de S. Martinho de Tavarede, não encontrei até ao presente outro filho daquele casal, com o mesmo nome de Manuel. Daí que o Pedro deve ter mesmo acertado, ao dizer que esse Manuel era - efectivamente - o nosso antepassado e, no meu caso particular, meu 10º avô.
Referi ainda, nesse mesmo post, que tinha encontrado um outro filho do mesmo casal e que tinha determinado a maior parte da sua descendência. Referia-me concretamente a Domingos Ferreira Coimbra, tendo então escrito:
"Tenho há já uns dias para aqui deixar a descendência (os 9 filhos) deste Domingos Ferreira e de sua mulher Maria de Almeida, casados a 8-I-1659 (SMT=1-M-35), exp. 326 tif". Entretanto, descobri mais dois filhos do mesmo casal Manuel e Guiomar, e outros mais certamente haverá, mas que não encontrei ou não constam dos paroquiais muito mutilados. De qualquer modo, deixo seguidamente todos os que encontrei.
I - O casal MANUEL PESTANA COIMBRA e GUIOMAR FERREIRA casaram em São Martinho de Tavarede a 4 de Setembro de 1634 e tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:
1 - Domingos Ferreira Coimbra, que segue.
2 - João, que foi b. a 13-X-1636, tendo por padrinhos Belchior de Quadros (f.º de Pedro Lopes de Quadros 3.º senhor de Tavarede) e a mulher de Pedro Francisco, o velho (SMT=1-M-69), exp. 70 tif.
3 - Isabel Ferreira, que foi b. a 9-VII-1639, tendo por pads. Manuel Pinto e Paula Ferreira (SMT=1-M-74), exp. 75 tif. Casou em Tavarede, na ermida de Nossa Senhora da Esperança, a 27-I-1659 com António da Cruz, f.º de Francisco Pereira e de sua mulher Catarina Antunes (SMT=1-M-35 v.º), exp. 327 tif.
4 - Manuel Ferreira Coimbra, "o velho", o nosso avô, que foi b. a 24-VII-1641, tendo por pads. Pedro Lopes de Quadros e Ana Carmella (SMT=1-M-77 v.º), exp. 79 tif.
II - DOMINGOS FERREIRA COIMBRA, que foi b. em São Martinho de Tavarede a 19 de Maio de 1635, tendo por pad. Domingos Gonçalves morador em Lavos (SMT=1-M-66 v.º), exp. 68 tif. Casou a 8 de Janeiro de 1659 com Maria de Almeida, f.ª de Pedro Francisco e de sua mulher Domingas de Almeida, sendo testemunha o capitão Maurício de Paiva (SMT=1-M-35), exp. 326 tif.
Tiveram os seguintes filhos:
1 (III) - João, que foi b. a 4-X-1659, tendo por pads. João de Abreu e sua mulher Antónia da Cruz, exp. 97 tif.
2 (III) - Mariana, que foi b. a 2-V-1661, tendo por pad. Manuel de Quadros e Sousa, exp. 98 tif.
3 (III) - João de Almeida Coimbra, que segue
4 (III) - Francisco, que foi b. a 16-III-1665, tendo por pad. Manuel Arnaut, exp. 109 tif.
5 (III) - Manuel, que foi b. a 15-VI-1667, tendo por pads. Cosme Velho e Inês Jácome (cunhada de Manuel Ferreira Coimbra), f.ª de Manuel Ribeiro e de sua mulher Maria Jácome, exp. 109 tif.
6 (III) - Alexandre, que foi b. a 21-IX-1669, tendo por pads. Pedro de Melo de Quadros e Maria Cardosa, de Montemor-o-Velho, exp. 110 tif.
7 (III) - Mariana, que foi b. a 19-VII-1673, tendo por pad. Paulo, f.º de João Cardoso, exp. 114 tif.
8 (III) - Paulo, que foi b. a 29-II-1676, tendo por pad. Francisco Roiz, f.º do Licenciado Simão Rodrigues Portugal, 120 tif.
9 (III) - António (ou Antónia), que foi b. 19-X-1680, tendo por pads. Fernão Gomes de Quadros e o Dr. Manuel Ferreira de Almeida, por seu procurador o Padre Manuel Gomes, 132 tif.
III - JOÃO DE ALMEIDA COIMBRA que foi b. a 15-X-1662, tendo por pads. o escrivão Manuel Pinto e Teresa Jácome. "Serviu nas costas de África como capitam mor da praça de Bissau governou algum tempo a praça de Cacheu com o mesmo posto, e na dita praça foi elleito Sargento mór para o dia da acclamaçam delrey D. Joam 5.º donde chegou a governar tres praças naquella costa sendo as Capitanias mores da África por regimentos particulares delrey, os maiores governos, que lá há porque o Capitam mór he Provedor da Fazenda real, ouvidor e Juiz dos Orphãos (...)" in "Collecção de Elementos para a historia do Concelho da Figueira", Figueira da Foz, Imprensa Lusitana, 1899, coligidos por Pedro Fernandes Tomás, neste particular sobre um excerto da "Historia Manleanense" de Antonio Correia da Fonseca e Andrade. Penso que este João de Almeida Coimbra foi também capitão da Companhia de Infantaria da Ordenança da Ilha ? de Cabo Verde, por carta datada de 18-X-1692.
Não tive ainda ocasião de pesquisar nos índices da TT o que por lá haverá sobre este nosso parente.
E aqui ficam mais uns dados sobre a genealogia destes nossos antepassados.
Um abraço,
Zé Filipe
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RE: Os Ferreira Coimbra e os Ferreira Jácome
Priminho:
Estes Jácome/Ferreira Coimbra não deixam de me surpreender.
Estou na escola.
Abraço.
Pedro
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RE: Os Ferreira Coimbra e os Ferreira Jácome
Bom dia Zé Filipe, Pedro, Lourval e demais confrades
Reitero as palavras do Pedro, estes Ferreira Jácome/Coimbra, não deixam de surpreender. Julgo até que esta família começa a merecer uma atenção ainda mais cuidada.
Ao reler alguns apontamentos mais antigos, descobri como madrinha do meu 5º avô Francisco de Carvalho, n. Tavarede em 21/1/1766, Helena José, mulher de Teodoro Ferreira Jácome. Curioso o facto de este Teodoro ser homónimo e contemporâneo do religioso referido nas mensagens anteriores (e num tópico específico), será concerteza um primo.
Um grande abraço
João
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RE: Raízes dos Miguéis
Olá Zé Filipe, Olá Pedro
Espero que estejam todos bem!
Escrevo-vos porque encontrei um Miguéis nas Alhadas, que deve ser um colateral dos vossos Miguéis de Tavarede.
Assim, no 2º livro de baptismos das Alhadas (1723-1755) surge:
Imagem 282: bp. de Maria, filha de António Miguéis, de Tavarede, e de Isabel de Oliveira, n. de Vila Verde (partilhada pelas freguesias das Alhadas e S. Julião); neta paterna de José Miguéis, de Tavarede, e de Josefa Luís, da Figueira, onde foram recebidos; neta materna de António Portulez e Cristina de Oliveira, de Vila Verde.
Espero que seja útil
Um grande abraço para vocês, um beijo para a Fernanda e os votos de uma boa Páscoa,
Do vosso primo
João
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RE: Raízes dos Miguéis
Olá João:
Pois, esse deve ser mais um colateral dos Miguéis. Embora a minha preocupação neste momento seja recuar o mais que se puder e não desbravar para o lado, fica o registo, obrigado.
Aproveito para te desejar Boas Páscoas.
Abraço.
O primo Pedro
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Raízes dos Miguéis, Monteiro do Amaral e Mascarenhas
Olá João
Já estava anteriormente em falta contigo, mas, o facto, é que temos tido alguns problemas de saúde, pelo meio, que me têm afastado um pouco do Geneall e da investigação genealógica.
Contactei o Pedro pelo mail, mas não tenho deixado nada por aqui.
Como vão os teus pais?
E tu, cheio de trabalho aí pelos lados de Alcochete, não é?
No princípio do mês estive dois dias na Figueira, mas foi para pôr um pouco de ordem no jardim da casa, que estava a "fugir" por cima do muro exterior. O Fernando Carlos é que por lá ficou uma semana, tal como eu dantes (há vinte e tal anos) fazia.
Obrigado por estes dados que nos deixaste. Como diz o Pedrito, também penso que sejam de um colateral. Possivelmente, aquele José que indicas como avô paterno da neófita, será o mesmo José b. a 8 de Agosto de 1682, irmão do meu 8.º avô Bento Miguéis.
Já agora, a propósito, os meus parabéns pelas tuas persistentes pesquisas.
Reparei que desenvolveste - bastante - os teus costados maternos, com a ligação já aqui bem definida com os Monteiro do Amaral, de Carregal do Sal - o que aparenta a tua mãe com todos os Miranda Monteiro e, pelo menos, um dos ramos dos Bernardes de Miranda, o da tia Fina, que casou com o Jerónimo Emílio Miranda Monteiro do Amaral. Isto, sem esquecer toda a investigação que fizeste sobre os Mascarenhas e as suas ligações aos Cunha Figueiredo.
Continua assim que vais bem. Pena tenho eu de não conseguir encontrar no meu filho, ou sobrinhos, um bocadinho de interesse pela genealogia familiar.
Esta Páscoa ficamos por aqui. Se quiseres vir até ao Oeste (não é o far west) teremos muito prazer em te receber por esta banda atlântica.
Abraços e votos de uma santa Páscoa (extensivos aos nossos interlocutores privilegiados - com o Pedro à frente),
O primo amigo
Zé Filipe
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RE: Raízes dos Miguéis
Boa tarde Pedro
Obrigado pela resposta,
Um grande abraço
João
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RE: Raízes dos Miguéis, Monteiro do Amaral e Mascarenhas
Boa tarde Zé Filipe
Nunca estás em falta!!, obrigado pela tua resposta.
Também eu estive uns dias na Figueira a passar a Páscoa, no entanto tive que dividir o tempo de estadia com Coimbra, terra da minha mulher.
Os meus pais estão bem, e a Fernanda como está? como vai de saúde? espero que esteja o melhor possível.
Quanto ao José Miguéis, também julgo que seja o que tu referes, conforme pude verificar na base de dados do Genea.
Obrigado pelo convite para visitar a zona Oeste, terei todo o gosto, assim haja possibilidade. Aproveito também para te deixar o convite para passarem por Alcochete, terra dos antepassados da Fernanda, e almoçarmos todos um bom peixinho, ou pelo menos tomarmos café.
As minhas pesquisas têm decorrido conforme as disponibilidades, quanto aos Monteiro do Amaral, tenho-me "aproveitado" das novidades da página do Miguel (Q.S.), já que não tenho possibilidade de ir á Beira Alta como gostaria. Os Mascarenhas e os Cunhas Figueiredos têm estado em stand-by.
Um grande abraço do primo amigo
João
p.s. - Conto ir na próxima semana à T. Tombo, mas ainda não sei o dia, se tiveres possibilidade de lá ir, teria imenso prazer em te encontrar por lá, diz qualquer coisa. Um abraço para ti e um beijo para a Fernanda.
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Torre do Tombo?
Olá João
Obrigado pelos teus votos de boas melhoras para a Fernanda.
Hoje (ontem dia 26) lá fomos a Lx, ao Santa Maria, com o chip da máquina com que a Fernanda está outra vez a fazer os tratamentos, para a médica ver os dados respectivos. Isto porque, como alguns dos valores das últimas análises estavam muito maus, a médica entendeu que ela devia deixar os tratamentos de diálise peritoneal manual e voltar para os de diálise peritoneal com a cicladora, a tal máquina a que me refiro. Agora só com as próximas análises é que se pode ver se estes tratamentos estão a dar o resultado esperado, baixando os significativamente os valores da creatinina e da ureia. - Desculpa lá este parenteses.
Quando estás a falar de ir à TT referes-te à próxima semana de 2 a 6 de Maio?
Ainda não sei ao certo em que dias irei a Lisboa, para lá da 3.ª e 5.ª feira.
Terça dia 3 de Maio, como é o dia de anos da Fernanda, vou almoçar com ela e com as colegas mais chegadas do grupo de investigação (da U. Nova, da U. Aberta, da U. de Coimbra e da U. do Algarve - tirando as colegas da Nova, é uma colega por cada uma das outras universidades, pelo que não é assim tanta gente.
Se me despachar antes das 16h ainda irei à TT nesse dia 3, porque ela dá aulas até bastante tarde.
Se não conseguir ir no dia 3 vou na 5.ª feira depois das 14h.
Mas diz-me quando é que estavas a pensar lá ir, caso não seja no dia 3, nem no dia 5. Pode ser que eu tenha de ir a Lisboa outro dia dessa semana.
Abraços do primo amigo
Zé Filipe
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RE: Torre do Tombo?
Boa noite Zé Filipe
Antes de mais peço-te que me perdoes por só agora te responder. Por diversos factores, e embora tenha lido a mensagem no dia seguinte, não me foi possível responder antes.
Esperemos que o novo tratamento da Fernanda resulte (tem sido um calvário bem difícil!), espero que mantenham a muita coragem que têm tido. Dá-lhe por favor um grande beijo meu e transmite-lhe da minha parte a maior força para as adversidades que teimam em continuar.
A minha ida à TT será na próxima semana, ou seria, porque entretanto surgiram acontecimentos que mudaram a minha agenda, pelo que não sei se terei tempo de lá ir. No entanto é certo que 5ª feira não vou poder ir, tentar-te-ei avisar com antecedência quando for.
Já agora, e porque falaste numa mensagem anterior nos Cunhas, lembro-me que citaste, numa mensagem antiga, uma família Rodrigues, da Sobreira (freguesia de S. Martinho da Cortiça ou Paradela). Tens alguma novidade sobre esta família? diz-me por favor o que tens, já que eu tenho na minha ascendência muitos Rodrigues nesta região e na mesma época.
Um grande abraço,
Do teu primo amigo
João
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RE: Torre do Tombo?
Caro João
Muito obrigado (dos dois) pelas tuas palavras de encorajamento e de apoio, na força diária que ela arranja para vencer e sobreviver à doença.
Mudando de assunto, relativamente ao assunto em epígrafe.
Afinal também não poderei ir à TT, porque vou ter de acompanhar uma colega e amiga, de Albufeira, que foi recentemente operada e vai almoçar comigo na 5.ª feira. Fica para outra altura que te (nos) seja mais oportuna.
Relativamente aos Rodrigues, penso que sejam uns dos ascendentes do Francisco José de Miranda Duarte, um dos 5.ºs avós da Fernanda, que deram origem aos Rodrigues de Miranda e Carvalho, do avô materno dele, o Manuel Rodrigues de Miranda e Carvalho, b. em 1694, mas em Ázere, não em S. Martinho da Cortiça. Essa referência a que aludes, não me lembro aonde a recolhi. Possivelmente é relativa a um ascendente deste último, que seria, esse sim, natural dessa freguesia. Na verdade não voltei a compulsar esses registos, uma vez que tenho andado - maioritariamente - nas "águas" dos Águas de Tavarede (Silva Miguéis, Ferreira Jácome, etc, etc.).
Mas quando voltar a esse assentos dir-te-ei o que encontrar de interesse.
Aliás, há muito tempo que não volto a mexer nesses assentos - de Ázere (Rodrigues de Miranda e Carvalho), de Cabanas (Bernardes), do Vimieiro (Loureiro) e de S. João de Areias (Correia de Almeida Duarte).
Abraços do primo amigo,
Zé Filipe
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Manuel Miguéis e a Figueira, foz do Mondego e Tavarede
Caros Primos
Não sei se algum de vocês já tinham encontrado o assento de bap. deste nosso avô. Mas como não tenho essa informação, deixo agora aqui o respectivo assento, cujo teor acabei de enviar para a BD do Geneall, a rectificar aquela que lá tinha anteriormente deixado.
Assim, emendei a sua naturalidade que não foi S. Matinho de Tavarede, mas sim S. Julião da Figueira, como todos os seus posteriores irmãos. Como ele me aparece sempre posteriormente a viver em S. Martinho, aonde lhe nasceram os dez filhos que eu encontrei, pensei que também lá tivesse nascido. Enganei-me! O Fernam Pires vivia mesmo à beira mar, ou melhor dizendo, na borda do rio Mondego. Um Mondego muito mais largo, com um enorme estuário (ou seria antes um delta?) muitas vezes assoreado pelas areias carreadas de norte pelas correntes e ventos dominantes.
A minha reflexão anterior tem muito mais acerto do que à primeira vista pode parecer.
As areias da Gala e da Cova não existiam como hoje as conhecemos. A foz era muito mais ampla, e a ilha da Morraceira (a antiga Ovoa) estava acompanhada de outras ilhotas fluviais que apareciam e desapareciam ao sabor das grandes cheias carregadas dos detritos da erosão hidráulica produzida para montante.
Toda a actual zona das ruas Saraiva de Carvalho, Fernandes Tomás e República eram rio, que chegava bem às Lamas e à várzea de Tavarede. Não esquecendo, ainda, as praias fluviais aonde se viriam a erguer, séculos depois, as praças Velha, Nova e o Jardim Municipal, este último aterrado há pouco mais de cem anos, sobre a praia da Fonte.
Mas regressemos ao nosso avô (meu duas vezes 9.º avô) Manuel Miguéis, o tal que foi piloto das carreiras do Brasil e de África, na sua juventude. Mais tarde ocuparia o lugar de piloto-mor da barra da Figueira.
Depois de umas semanas afastado da pesquisa genealógica, retomei esta actividade "terapêutica", com tanta precisão que em pouco tempo lá descobri o seu assento de b. no 1.º liv. de baptismos de São Julião. Embora não tenha investigado mais para trás, penso que ela seja o filho primogénito dos seus pais, o Fernam Pires e a Maria Antónia já sobejamente referidos neste tópico. Foi b. a 10 de Setembro de 1631 (SJFF=1-B-27 v.º, exp. 28 tif), ainda sob o domínio castelhano (que por ali não se devia sentir de mareira especial gravosa), tendo por padrinhos Gregório Bacelar e Maria, filha solteira de Leonor Miguéis - a tal D. Leonor Miguéis referida pelo Dr. José Jardim como compradora (anos mais tarde) da marinha da Licenciada e mãe de D. Catarina Miguéis, que 17 anos depoisde viria a casar com o famoso sargento-mor Francisco Antonio Rosano.
Sistematizando um pouco melhor este b. e o dos irmãos subsequentes, temos que do casamento do Fernam Pires com a Maria Antónia nasceram, pelo menos, os seguintes filhos:
1 - Manuel Miguéis, b. 10-IX-1631
2 - Fernando, b. 19-III-1643
3 - Silvestre Miguéis Rosano, b. 5-I-1648
4 - Francisco Miguéis Rosano, b. 18-VIII-1649
5 - Catarina, b. 1654
Podem, eventualmente, ter nascido mais alguns filhos nos hiatos entre estes que indiquei, mas não os encontro referidos nos assentos mais antigos. Tenho ainda de ver de 1649 para cá.
É uma geração interessantíssima (a destes irmãos ligados à pesca, à navegação flúvio-marítima e ao comércio marítimo), para o estudo da história demográfica, social e económica da incipiente povoação da foz do Mondego, que mercê das actividades marítimas (mercantis e piscatórias) e de toda a indústria subjacente, em pouco mais de 150 anos (de 1650 a 1800) conseguiu emergir de entre os outros mais antigos e importantes núcleos populacionais da foz do Mondego, ultrapassando-os em termos populacionais, económicos e político-institucionais.
Abraços do primo,
Zé Filipe
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RE: Pedro - Preciso de um Favor no AUC
Olá Pedro
Venho pedir um favor, fora do âmbito das nossas gentes de Tavarede. Dificilmente irei a Coimbra (em dias da semana)nos próximos tempos, no entanto preciso de saber informações de um DOMINGOS DIAS PEDROSA (de Figueiró do Campo) que foi padre por volta de 1700, ele é irmão de um avoengo meu. Existem na zona algumas referências a um padre Domingos Rolim Pedrosa, mas não sei se será o mesmo.
Um grande abraço
Do primo
João
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RE: Pedro - Preciso de um Favor no AUC
Olá, primo João:
Tomei nota do seu pedido. Na 2ª feira vejo-lhe isso, pode ser?
Abraço.
Do primo
Pedro
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RE: Pedro - Preciso de um Favor no AUC
Boa noite Pedro
Muito obrigado
Já agora, não me leve a mal, mas prefiro que me trate por tu! De certeza que o Pedro me conheceu de pequeno na Biblioteca da Figueira, e por isso achei natural que me começasse a tratar por tu, peço-lhe então que mantenha o tratamento, que, pelo enorme respeito e admiração que tenho por si, me enche de orgulho.
Um grande abraço
Do seu primo
João
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RE: Pedro - Preciso de um Favor no AUC - para o primo João Reis
Oi, primo:
Então tudo bem. Eu hesitei, um pouco, não quis precipitar nada pois não sabia qual seria a tua reacção.
Assim, vieste facilitar a opção quanto ao tipo de tratamento a adoptar.
Um abraço e bom fim-de-semana.
Do primo
Pedro
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RE: Manuel Miguéis e a Figueira, foz do Mondego e Tavarede
Oi, priminho:
Desculpa a minha ausência desta página mas tenho andado a ver se consigo dar um norte à minha existência.
Agora, desde 30 do mês passado para ser mais exacto, já tenho a minha mãe em casa como convém. Ontem dei-lhe os parabéns por telefone pois fazia 82 anos e já fala com mais vivacidade e de forma mais perceptível.
Em relação à tua mensagem, até é provável que o Prof. Dr. Rui Cascão possua dados mais exaustivos sobre este pessoal.
Aproveitando a deixa, localizei uma ordenação sacerdotal do Pe. Pascoal Ferreira Pinto, de 1721, baptº em Tavarede a 25.04.1702, e baptizado pelo Pe. José Neto Coelho.
Ele era filho de Manuel Botelho Pinto e de Teresa Neta.
Neto patº de Manuel Botelho Rosa e de Maria Pinta(o).
Neto matº de João Neto Coelho e de Isabel Rodrigues.
Pois, esta é gente dos Netos Coelhos. Mas, a minha ideia ao dar-te a conhecer este caso era a de saber se por acaso não haveria um processo de FSO na TT em nome de Pascoal Ferreira (Pinto) e/ou de Manuel Botelho Pinto (através deste tem-se o da mulher).
O processo de ordenação não refere se há algum FSO nesta família, mas, eventualmente, e posto que era gente abastada, que vivia de suas fazendas, de seu trabalho e ligados às marinhas, talvez houvesse alguma coisa. Aliás, a habilitação a FSO até poderia ter surgido após conclusão do processo de ordenação do Pascoal.
Como vais tu e a Fernanda? Olha, eu cá vou em "modo de compatibilidade"...depois explico. Vou tomar um café, aqui à Vasco da Gama e depois vou para o gym. Estou quase a terminar a correcção de testes da 1ª leva deste período...falta uma turma. Fica para logo à noite.
Abraço do primo,
Pedro
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RE: Manuel Miguéis e a Figueira, foz do Mondego e Tavarede
Olá Pedrito
Estimo que a tua mãe esteja a experimentar melhoras sensíveis e que o teu pai vá aguentando a "barca".
Por aqui as coisas não vão melhores, porque o valor da creatinina da Fernanda não para de aumentar. Está 3 pontos superior ao de quando foi internada. Felizmente que os outros valores estão, mais ou menos, dentro do quadro típico da insuficiência renal. Ainda assim arrisca-se, se não melhorar a abandonar a diálise peritoneal e a voltar à hemodiálise, com todos os problemas físicos e de disponibilidade que isso acarreta. Esperemos e tenhamos um pouco de seperança que as coisas melhorem.
Só hoje reparei nas vossas mensagens (tuas e do João), mas como não me diziam directamente respeito fiquei em silêncio. Já há muitas semanas que não vou à TT, mas numa 1.ª oportunidade vou espreitar se há alguma coisa sobre estes Manuel Botelho Pinto e Pascoal Ferreira (Pinto) - pai e filho.
Desconhecia este ramo. Digo ramo, porque possivelmente haverá mais filhos (irmãos do Pascoal) do casal Manuel Botelho Pinto e de sua mulhar Teresa Neta. Esta última, deve ser a mesma Teresa bap. a 6 de Outubro de 1660, que teve por pad. Manuel Dias de Paiva e sua mulher Antónia de Mascarenhas (SMT - exp. 98 tif).
Ultimamente tenho andado a compulsar (tentado ler) alguns dos livros de assentos de S. Julião, com uma letra muito fina e de difícil leitura online. Entre outros assentos que me aparecem ao acaso, ando à procura de um de casamento, o da minha tia (irmã do meu trisavô Abílio) Maria Ribeira Águas com o açoreano capitão José Ferreira da Cunha. Ele consta aqui da BD do Geneall, e a 1.ª mulher Maria Águas é, certamente, a minha tia Maria Ribeira, cuja entrada já corrigi para Maria Ribeira Águas, com a respectiva fotografia (obtida graças ao excelente trabalho do Vitor Medina, no seu site sobre "Tavarede -Terra de meus avós".
Como vão a Mena e Bea?
A Bea continua entusiasmada com o curso? Isso é o principal para já, independentemente das saídas profissionais futuras.
Um apertado abraço do primo,
Zé Filipe
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RE: Pedro - Preciso de um Favor no AUC - para o primo João Reis
Primo João:
Para já, para já, ficas a saber que o processo do Pe. Domingos Dias Pedrosa existe. Localizei-o nos verbetes. Não tive foi tempo de o consultar, coisa que quero ver se faço hoje à tarde. Vamos ver.
Abraço.
Do primo
Pedro
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RE: Pedro - Preciso de um Favor no AUC - para o primo João Reis
Caro primo:
Então é assim:
- Domingos Dias Pedrosa - processo de ordenação sacerdotal, Figueiró do Campo, 1694-1702, cxª 382.
Foi baptº em Figueiró do Campo a 08.04.1669 (não fui ver o digitalizado on-line). Foram padrinhos, o Pe. Domingos Lopes, do Sebal Grande, e Maria Tomás, de Belide.
Era filho legítimo de Brás Mateus e de Mariana Pedrosa, moradores em Figueiró do Campo.
Era neto patº Simão Mateus, de Sebal Grande, e de Maria Tomé, do Rabaçal, moradores no Sebal Grande (eram gente lavradora que vivia honradamente).
Era neto matº de Domingos Dias, natural de Campises, vila da Ega, e de Maria Gonçalves, naural da Ega, moradores num casal entre Belide e Figueiró do Campo que cabia mais na jurisdição deste último lugar (Figueiró do Campo).
E é isto o que se pode dizer a respeito.
Abraço,
o primo Pedro
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Os Botelho Pinto e Neto Coelho
Olá Pedrito
Já deve ser mal da idade o não conseguir memorizar as coisas como dantes...
Vem isto a propósito do que deixei escrito no último post que aqui deixei, dizia eu:
"Desconhecia este ramo. Digo ramo, porque possivelmente haverá mais filhos (irmãos do Pascoal) do casal Manuel Botelho Pinto e de sua mulhar Teresa Neta. Esta última, deve ser a mesma Teresa bap. a 6 de Outubro de 1660, que teve por pad. Manuel Dias de Paiva e sua mulher Antónia de Mascarenhas (SMT - exp. 98 tif)."
Mas não é bem assim. Apesar de ainda não ter podido ir à TT (nem sei quando é que irei) tenho mais alguma coisa a acrescentar.
Então é assim.
Além do P.e Pascoal Ferreira Coelho, o casal Manuel Botelho Pinto e Teresa Neta (casados pelo P.e José Neto Coelho, irmão da noiva, a 8-I-1698 e que aparecem como testemunhas no casamento da sobrinha Maria Neta com o Bento Miguéis, celebrado pelo mesmo padre a 18-V-1709) tiveram (outros mais filhos haverá):
- José, que foi b. a 27-III-1706 pelo seu tio materno o P.e José Neto Coelho, sendo pad. José Dias, tanoeiro, morador na Figueira (SMT=1-M-169 v.º).
- António, que foi b. a 8-VI-1711 por Frei Carlos da Cunha, religioso do Convento de S. Domingos, em Leiria, sendo pad. o "Rev. P.e Paulo Migueis Rosano", da Figueira e Maria da Conceição, solteira, f.ª de Bartolomeu de S. Miguel (SMT=1-M-176 v.º).
- Maria Neta do Espírito Santo (ainda não encontrei o assento de *), casada a 8 de Junho de 1733 com Timóteo Dias Luis, da Figueira, f.º de Alexandre Dias e de sua mulher Isabel Luis.
Este Timóteo era ainda irmão de Florencia Dias Luis e do P.e Manuel Dias Luis.
Do casamento do Timóteo com a Maria Neta nasceram, pelo menos:
- Manuel, que nasceu a 30-III-1736 e foi b. a 9 de Abril , tendo como pad.s seu tio o P.e Manuel Dias Luis e o Lic. Melchior Monteiro dos Reis, por seu procurador a dita Florencia Dias Luis (SMT=1-M-233).
- Mariana, , que nasceu a 1-IV-1738 e foi b. a 18 de Abril pelo seu tio materno o P.e Pascoal Ferreira Coelho , tendo como pad. seu tio paterno o P.e Manuel Dias Luis (SMT=1-M-238 v.º).
- Isabel, que nasceu a 19-IV-1740 e foi b. a 30 de Abril , tendo como pad. seu tio paterno o P.e Manuel Dias Luis (SMT=1-M-?).
E é tudo o que te posso acrescentar sobre este ramo (Neto Coelho) dos nossos Silva Miguéis.
Abraços do teu primo e amigo,
Zé Filipe
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RE: Pedro - Preciso de um Favor no AUC - para o primo João Reis
Caro primo Pedro
O meu muito obrigado. Uma vez mais foste fantastico para quem te pede ajuda.
Mais uma geração que acrescentei na minha base, pois nos registos paroquiais não surgem o nome dos pais do padre, irmão de um avoengo meu.
Se precisares de alguma coisa aqui para baixo (TTombo) diz qualquer coisa, de vez em quando tenho alguma disponibilidade para lá ir, embora nos últimos tempos me tenha sido impossível (tenho até um encontro "em suspenso" com o nosso primo e amigo Zé Filipe).
Um grande abraço
Do primo
João
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RE: Os Botelho Pinto e Neto Coelho
Caros Primos
Lá me enganei eu outra vez!
Nas duas últimas intervençoes que fiz, a Teresa Neta,´de que indico a data de b. e os respectivos padrinhos, é a irmã mais velha (5.ª em ordem de nascimento) e do mesmo nome da outra Teresa, posteriormente nascida. Certamente que esta recebeu o mesmo nome, como em tantos outros casos semelhantes, daquela irmã entretanto falecida.
Esta Teresa Neta, por sinal a última dos 10 filhos de João Neto Coelho e Isabel Rodrigues, cujo assento encontrei, foi b. a 30 de Agosto de 1669. Curiosamente o padrinho de baptismo é o mesmo capitão Manuel Dias de Paiva (SMT=1-M-107) a que corresponde a exp. 108 tif.
Os restantes dados apresentados no post anterior estão correctos, ainda que incompletos, sobre a descendência do casal Manuel Botelho Pinto e Teresa Neta. Cujo matrimónio foi celebrado, como disse, pelo P.e José Neto Coelho, irmão da noiva, a 8-I-1698. Ela teria, portanto, 28 anos e meio à data daquele enlace (e não os 38 correspondentes à irmã homónima, se esta fosse viva em 1698.
Era só esta rectificação que queria deixar. Ao passar para aqui os dados, tinha-me ficado nos da 1.ª Teresa que me surgiu, sem reparar, nesse momento, que havia mais uma irmã do mesmo nome.
Abraços,
Zé Filipe
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Maria Neta Miguéis
Pedrito
Quem será esta Maria Neta Miguéis, cujo óbito nos aparece nos ass. respectivos do 1.º livro de Mistos de SMT?
É o 1.º ass. da fl. 96 (exp. 491 tif) e a data, se não me enganei, é + 27-IX-1688.
Vê lá se a tua leitura coincide com a minha, quanto ao nome do falecido marido, já que diz " viuva q ficou do L.do Simão ..."
Não consigo perceber na leitura online, se é Brás ou Roiz? Inclino-me mais para Brás, por causa do assento, mas este pode ser tinta que tenha passado do verso da fl.
E a seguir a este apelido qual é a outra palavra? Embora escrita com minúsculas, não é Portugal?
Nestes casos, é extremamente difícil ler os registos online, mesmo ampliando-os.
Não sei se te estás a dar conta, mas a dasta do falecimento desta Maria Neta Miguéis é 21 anos anterior ao casamento do Bento Miguéis com a Maria Neta (18-V-1709). Esta era a data que eu tinha para o 1.º enlace entre Miguéis e Netos. Pelos vistos há outro (ou outros) anterior.
Depois há mais. Se não me enganei na leitura do que penso ser L.do (licenciado) Simão ... podemos ver o que haverá (pouco que seja, atendendo à data) na sua passagem pela UC.
Fiquei bastante curioso desta possível ligação, bem mais antiga, entre Miguéis e Netos.
Sobre estes últimos, estou a pesquisar e a recolher tudo o que encontro em SMT sobre eles.
Diz-me depois qualquer coisa.
Beijos à Mena e à Bea e um apertado abraço para ti,
Zé Filipe
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RE: Maria Neta Miguéis - II
Pedrito
Quem será esta Maria Neta Miguéis, cujo óbito nos aparece nos ass. respectivos do 1.º livro de Mistos de SMT?
É o 1.º ass. da fl. 96 (exp. 491 tif) e a data, se não me enganei, é + 27-IX-1688.
Vê lá se a tua leitura coincide com a minha, quanto ao nome do falecido marido, já que diz " viuva q ficou do L.do Simão ..."
Não consigo perceber na leitura online, se é Brás ou Roiz? Inclino-me mais para Brás, por causa do assento, mas este pode ser tinta que tenha passado do verso da fl.
E a seguir a este apelido qual é a outra palavra? Embora escrita com minúsculas, não é Portugal?
Nestes casos, é extremamente difícil ler os registos online, mesmo ampliando-os.
Não sei se te estás a dar conta, mas a data do falecimento desta Maria Neta Miguéis é 21 anos anterior ao casamento do Bento Miguéis com a Maria Neta (18-V-1709). Esta era a data que eu tinha para o 1.º enlace entre Miguéis e Netos. Pelos vistos há outro (ou outros) anterior. Aliás, a nossa avó Maria Neta Miguéis, a moça, era (até agora) a 1.ª que eu tinha encontrado com esse nome e apelidos.
Depois há mais. Se não me enganei na leitura do que penso ser L.do (licenciado) Simão ... podemos ver o que haverá (pouco que seja, atendendo à data) na sua passagem pela UC. Quanto a testamentos, não sei se ainda existem registos notariais de Tavarede? Mas o ass. diz ainda que foi sepultada na Capela de N. Senhora da Esperança (fundada pela nossa parenta Catarina Miguéis) e que fez testamento.
Fiquei bastante curioso desta possível ligação, bem mais antiga, entre Miguéis e Netos.
Sobre estes últimos, estou a pesquisar e a recolher tudo o que encontro em SMT sobre eles.
Diz-me depois qualquer coisa.
Beijos à Mena e à Bea e um apertado abraço para ti,
Zé Filipe
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RE: Maria Neta Miguéis - II
Oi, priminho:
Então, como tens passado? E a Fernanda e o Nando?
Por cá vamos "sobrevivendo", o ano lectivo está quase a terminar (falta o quase), depois vêm os exames...; mas isso é outra história.
Em relação ao que me perguntas confirmo a data de óbito de Maria Neta Miguéis, viúva que ficou do L.do Simão Rodrigues Portugal, cuja união, em Tavarede, já tinha localizado - 01.11.1670 [333].
Ela é filha de um Francisco Brás, de Buarcos.
Quando andara a levantar os "Miguéis" nas ordenações, detectei um Pe. Manuel Neto Miguéis, de Redondos, para 1655 (cxª 1425), baptizado a 28.08.1637. Era irmão inteiro do Pe. Mateus/Matias Neto, capelão da Sé de Coimbra.
Eram filhos de Pedro Brás e de Maria Neta.
Netos patºs de Estêvão Fernandes e de Inês Brás. Netos matºs de Pedro Neto e de Maria Álvares.
É possível que haja parentesco próximo entre este ordinanmdo e a Maria Neta Miguéis, eventualmente primos direitos filhos de irmãos casados com irmãs. Há apenas um intervalo de 5 anos entre o início do processo de ordenação (ele com 18 anos) e a data do casamento dela.
À parte este aspecto por força da questão que me colocaste, tenho andado com os Jácomes, os Nogueiras e os Dinises mas ainda não tenho assim nada de especial. Localizei mais uma ordenação - a de Manuel de Almeida Jácome - processo de 1690 , cxª 1156, Tavarede.
Ele foi baptº a 29.04.1660.
Era filho de Lourenço de Almeida e de Antónia Jorge, recebidos em Tavarede a 03.02.1649. Esta Antónia Jorge era filha de Manuel Ribeiro e de Maria Jácome, dos Jácomes que já conhecemos. Falta o lado "Jácome" da Maria Jácome, mulher de Manuel Nogueira, recebidos a 20.10.1638 [318] em Tavarede.
Bom, por ora fico por aqui. Tenciono passar pelo AUC 5ª feira: é feriado municipal em Ansião, não tenho escola e assim aproveito.
Tudo de bom para ti e os teus.
Abraço,
o primo Pedro
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RE: Maria Neta Miguéis - II. Jácomes, Miguéis e Netos...
Olá Primo
Muito obrigado pela rapidez na resposta.
À excepção do Brás, que dizes ser Roiz, no nome do L.do Simão Rodrigues Portugal, parece que, não obstante a difícil leitura, não andei muito longe do que me dizes.
Pois é! Os Neto de Buarcos, de Redondos e de São Julião. Ainda não explorei sistematicamente esses registos. Só os aflorei pontualmente, mas já deu para ver que temos de ter esses assentos em linha de conta. Aparecem também Jácomes em S. Pedro de Buarcos.
Para o apelido Miguéis desta Maria Neta não sabes mais nada?
É verdade que se trata de um patronímico, podendo dar-se o caso de, mesmo em localidades pequenas como a Figueira, Buarcos ou Tavarede, se tratarem de meros homónimos sem relação próxima de parentesco.
Quanto ao casal Lourenço de Almeida e Antónia Jorge Jácome, casados como dizes a 3-II-1649 (SMT=1-M-22 v.º) exp. 323 tif, ela foi b. a 6 de Abril de 1606, tendo por pad.s Manuel da Silva (não é o nosso avô do mesmo nome, mas cerca de 70 anos posterior) e Leonor Dinis (SMT=1-M-35) exp. 35 tif.
Foi a 2.ª do mesmo nome, dado que a irmã mais velha nasceu em 1594, tendo sido b. a 13 de Outubro e sendo pad.s João Homem Frade e uma f.ª de Manuel Gomes (SMT=1-M-19 v.º) exp. 20 tif. A atribuição do nome das duas irmãs explica-se facilmente por ser, no mínimo (podia haver lá mais para trás outra Antónia) o nome da mãe, a mulher do Pedro Jácome. Estes Pedro Jácome e Antónia Jorge são - por três vezes - meus 12.os avós (bem, do meu tio José Joaquim eram 11.os avós por 6 vezes, porque o pai e a mãe dele eram ambos Águas - O José Joaquim era meio-irmão e primo da minha mãe). Um verdadeiro quebra-cabeças estes parentescos, daí que os Águas tivessem um pouco a fama de amalucados por força da consanguinidade ...
Ainda sobre o Lourenço de Almeida, acrescento que faleceu a 12-XII-1662. A sua mulher Antónia Jorge Jácome, a tal que nasceu a 6-IV-1606, faleceu bem velhinha, para aqueles tempos, a 13-X-1692 (exp. 494 tif.)
Dos filhos deles só conhecia a Antónia Jorge Jácome (geralmente apenas referida como Antónia Jorge, o apelido Jácome aparece apenas no ass. da sua 5.ª filha (5.ª das que eu encontrei) Esperança, b. a 31-V-1695, exp 157 tif) e uma Luísa b. a 2-I-1658 (95 tif). Esta última Antónia Jorge casou, em SMT, a 2-II-1679 com Manuel Neto Rocha, b. a 10-VIII-1658 (exp. 96 tif), f.º de Pedro da Rocha e Catarina Neta, estes últimos casados a 4-X-1644 (SMT=1-M-25 v.º), exp. 321 tif. Ainda não consegui filiar esta Catarina Neta.
Para a acabar, acrescento que a nossa avó Maria Jácome, mulher do Manuel Nogueira, só pode ser a f.ª mais velha do Manuel Ribeiro e da sua mulher Maria Jácome, esta última irmã das duas Antónias acima mencionadas.
Não encontras essa prova, do que afirmo, nos ass. de b. porque há um salto de + ou - cerca de 15 anos no liv. 1-M de SMT. Entre 1610 e 1625 não nos aparecem registos dos ass. de b. Assim, como os pais, Manuel Ribeiro e Maria Jácome, casaram a 5 de Agosto de 1615 quer a Maria, quer a irmã Inês (Inês Jácome casada com Sebastião de Barros a 2-II-1669) dever ter nascido por esses anos. Bem, quanto à Inês ponho algumas reservas porque teria já uma idade pouco núbil para ter os filhos que teve.
Do mesmo modo, penso que o Manuel Jácome casado com a Maria Neta (ainda não sei quem são os pais dela) a 3 de Julho de 1630 (SMT=1-M-19), exp. 314 tif. será um dos últimos filhos dos nossos Pedro Jácome e Antónia Jorge e, por conseguinte, irmão da Antónia n. em 1594, do Pedro n. em 1598, da nossa avó Maria n. 1600 e da Antónia n. em 1606. Este Manoel Jácome, que foi tanoeiro, teve pelo menos 8 filhos, faleceu a 10 de Janeiro de 1688 (exp. 490 tif).
E é tudo o que te posso dizer e, que certamente, tu já conheces em boa medida.
PS - Esqueci-me há pouco de perguntar pela tua mãe. Vai melhor?
Abraços,
Zé Filipe
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Sobre Pestanas Coimbras, Paivas, e Jácomes, de Tavarede
Olá priminho:
Férias terminadas? Tudo bem contigo e a família?
Estou a escrever-te da escola, enquanto der para a escola ser uma via aberta a um espaço de incentivo à cultura e à troca de informação. Muitos colegas meus não alinham nesta forma de estar e deixam-se vitimizar pela burocracia da escola - verdadeira roda trituradora dos livres pensadores e formadora de padrões estereotipados.
Como o tempo não é muito, queria perguntar-te se tens alguma disponibilidade para averiguar na TT se há processos de FSO de alguns Ferreira Coimbra, a partir do casamento de Manuel Pestana Coimbra com Guiomar Ferreira (+1646), recebidos em 1634 em Tavarede. Tenho filhas que casaram em Tavarede: através dos maridos poderás chegar à ascendência delas. Logo mais dou-te a lista, não são muitas, aí umas quatro. Desa união há o Manuel Ferreira Coimbra que casa com Apolónia Jácome. Era bom saber quem eram estes Ferreiras - há lá uma linha, do Diogo de Lira, que me coloca algumas questões. A Guiomar Ferreira poderá ter sido irmã de um João Ferreira, licenciado médico, que era casado com uma Doroteia Negroa (Negrão)..., topaste-os? Eles cruzam-se nos apadrinhamentos mas não dei conta de que o L.do João Ferreira tivesse filhos.
Da linha dos Pestanas Coimbra creio que consegui avançar mais até ao séc. XVI, graças a um processo de ordenação de António Pestana Coimbra, para Buarcos (a família é a mesma). Depois digo-te como foi que fiz para lá chegar.
Soube que dos Paivas de Tavarede, o capitão Maurício de Paiva tem por mãe uma Maria Pestana (vem expresso nos óbitos de quem ela é mãe). Agora estou a falar de memória e por isso não te dou a datas certas com dia e mês. Estes Pestanas e Paivas terão sido parentes.
Olha, sobre o Lourenço de Almeida e a Antónia Jorge, eles tiveram um filho - Manuel de Almeida Jácome - que tem processo de ordenação. Precisas de saber algum dado em concreto? O casamento deles vem nos paroquiais que eu sei.
Sobre a Inês Jácome e o Sebastião de Barros, o casamento vem nos paroquiais, ela é a 2ª mulher dele, e os pais dela são os que constam do assento de casamento. Ela deverá ter sido um dos últimos filhos dos pais. A mãe deve ter casado cedo e a Inês deverá ter nascido quando a mãe teria os seus 40 e (...). Pode ter sido assim um filho já desgarrado.
Pronto, por ora fico por aqui. Depois, lá mais para a tarde, descarrego-te aqueles dados.
Tudo de bom para ti a Fernanda e o Nando,
o teu primo Pedro
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RE: Sobre Pestanas Coimbras, Paivas, e Jácomes, de Tavarede
Priminho Pedro
Como estás? Desde a ultima vez que falámos, sobre os Paivas da Figueira.
A minha resposta à tua mensagem foi muito breve e acabei por não te pergun tar de que filho(a) do Pedro Paiva tu descendes.
Este assunto (dos Ferreira Jácome), como sabes é também do meu total interesse, infelizmente, neste momento não tenho disponibilidade para passar pela TT, esperemos que o Zé Filipe possa passar.
Por curiosidade tenho também um ramo Paiva em Tavarede, que começa com José de Carvalho de Paiva, bp. em Tavarede em 3/11/1709; filho de Manuel de Carvalho, de Ceira (Coimbra) e Ana Maria da Silva, n. de Alenquer; n. pat. de Fernando Carvalho e Margarida Francisco da Silva, de Ceira?; n. mat. de Manuel de paiva e Mª da Silva, de Alenquer?.
Este José Carvalho de Paiva, casou duas vezes, 1º co Conceição de PAIVA, em Tavarede a ?/8/1728, a segunda vez já muito tarde com Esperança Maria, das Alhadas (de cujo casamento eu descendo).
Espero que este ano profissional te corra bem,
Um grande abraço
Do teu primo João
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RE: Sobre Pestanas Coimbras, Paivas, e Jácomes, de Tavarede
Olá, João:
Olha, eu descendo de Mariana de Paiva filha de Pedro de Paiva e de Brísida (Brígida) Neta. Ela casou a 26.04.1733 na F. Foz com Manuel Ferreira Cristóvão, natural de S. Vicente de Sangalhos/Avelãs de Caminho, da linha dos Seabras-Ferreiras Madeiras que eu já abordei aqui num tópico a respeito.
Desse casamento nasceu Caetano Ferreira, batº a 14.10.1746 que foi pai de João Ferreira dos Santos, batº a 07.10.1788, na F. da Foz, meu 4º avô (pai de Maria da Guia que casou com meu trisavô Gaspar da Costa Pinto, aqui no Geneall).
Agora eu não estou a ver é a ligação destes Paivas aos teus, já que os meus se projetam pelo séc. XVII na F. Foz. Os que tu referes vêm de Alenquer (?). Esclarece isso p.f.. Os meus Paivas apenas variam entre F. Foz e Tavarede - é uma constante local.
Vou ver se dou então a lista dos Ferreiras Jácomes e Paivas ao nosso primo Zé Filipe.
Tudo de bom. Diz coisas.
O primo Pedro
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RE: Sobre Pestanas Coimbras, Paivas, e Jácomes, de Tavarede
Olá Pedro
Eu descendo do mesmo casal Pedro de Paiva e Brigida Neta, através do filho Francisco de Paiva que casa em Lavos com Francisca da Conceição Marques, filha de Manuel Gaspar Salvado e Luzia Marques, da mesma freguesia. Foram moradores na Figueira (S. Julião) e tiveram a filha Caetana de Paiva, minha 6ª avó.
O ramo de Paivas de que te falei, nada tem a ver com o da Figueira, está localizado em Tavarede e, como falaste em Tavarede falei-te neles porque acho estranho gentes de Alenquer virem parar a Tavarede. É claro que podem haver imensas possibilidades de resposta (o pai Manuel de Paiva, ser de Tavarede e ter ido casar a Alenquer, por motivos de "tropa" por exemplo, ter casado lá e depois regressar à terra de origem com a mulher e filhos; outra hipótese é a de Ana Maria da Silva (a filha de Manuel de Paiva) ter vindo ao serviço da mulher de um dos Quadros de Tavarede que casou com uma senhora de Alenquer), etc. etc.
Um grande abraço
Do teu primo João
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RE: Sobre Pestanas Coimbras, Paivas, e Jácomes, de Tavarede
Oi, João:
Já sei qual é esse Francisco de Paiva - ele foi batº a 20.05.1714 na F. Foz. Teve entre outros a um Teodósio (15.01.1743) e a uma Silvéria (24.02.1745), na F. Foz também.
Está visto qual é o tronco comum e é destes que eu te dei aquelas ascendência mais remota e que está relacionada com Tavarede também mas com o ramo de Maurício de Paiva ainda não consegui ligação.
Vamos ver se consigo alguma coisa nesse campo..., tenho de fazer espremer os livros e possíveis ordenações.
Abraço, do teu primo
Pedro
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RE: Sobre Pestanas Coimbras, Paivas, e Jácomes, de Tavarede - Para o primo Zé Filipe Menendez
Caro priminho Zé Filipe:
Tudo bem contigo? Afiinal já te havia respondido sobre o Pe. Manuel de Almeida Jácome em mensagem anterior, faz tempo.
Agora escrevo-te para dar seguimento ao título desta intervenção:
- Há um António Pestana Coimbra, batº na F. Foz a 15.03.1684, que teve processo de ordenação em 1702 (cxª 219). Ele era filho de António Pestana Coimbra e de Maria de Barros, recebidos na F. Foz a 24.08.1683 (ela já iria grávida). Esta era meia irmã de Sebastião de Barros Jácome que teve processo de ordenação em 1699, sendo filho de Sebastião de Barros e de sua 2ª mulher a nossa Inês Jácome (recebidos em Tavarede a 02.02.1669).
Voltando ao nosso ramo dos Pestanas Coimbras, o último António Pestana Coimbra no assento de casamento com a Maria de Barros revela o nome dos pais: António Pestana Coimbra (mais um) e Margarida Franca, ele de Tavarede e ela da F. Foz onde se receberam a 13.01.1647. Neste outro assento ele vem como filho de João Rodrigues e de Isabel Pestana. Em Tavarede vem o assento de casamento destes a 02.12.1600 (há logo filhos em 1601), sendo ele filho de um António Fernandes Bicudo e ela filha de Gaspar Pires e de Catarina Pestana, recebidos a 24.09.1570.
Mas, há no mesmo ano o casamento de Gaspir Pires (03.08.1600), filho daquele do mesmo nome com a filha mais velha do Bicudo - Antónia Rodrigues (vim a saber depois nos batismos dos filhos). Portanto, casam dois irmãos (irmão/irmã) com dois irmãos (irmã/irmão). Ora, será que António e Manuel Pestana Coimbra são irmãos, ou primos germanos?
O João Rodrigues é que vai a Coimbra (João Rodrigues Coimbra)...isso vê-se no seu assento de óbito a 28.11.1645. Vi nos óbitos o de uma Maria Pestana (25.10.1663) viúva de um João Rodrigues; talvez seja esta a Isabel e o nome viesse trocado.
Agora, do casamento de Manuel Pestana Coimbra com Guiomar Ferreira há os seguintes:
- Um Domingos Ferreira Coimbra (batº a 19.05.1635) que casa a 08.01.1659 com Maria de Almeida;
- O nosso Manuel Ferreira Coimbra (batº a 24.07.1641) que casa com Apolónia Jácome;
- Uma Isabel Ferreira batª a 09.07.1639 e que casa a 27.01.1659 em Tav:de com António da Cruz, oriundo de Coimbrões (distº de Leiria);
- Um João Ferreira Coimbra, batº a 13.10.1636 que sei que atinge a vida adulta mas agora não tenho mais elementos a respeito.
Agora, do casamento dos nossos Manuel Ferreira Coimbra com Apolónia Jácome, temos:
- Uma Maria Ferreira Jácome (não se encontra o batº) que casou a 26.12.1690 em Tav:de com Manuel Barbosa Ferrão e foi avó paterna daquele Pe. Teodoro Ferreira Jácome que foiFSO e vigário-geral da diocese de Mariana no Brasil (nascido em 1717, com processo de ordenação de 1736). Este padre tem um irmão odenado também - Manuel Ferreira Jácome - com processo de 1754.
- O nosso Manuel Ferreira Coimbra/Jácome (batº a ) que casou a 08.11.1686 em Tav:de com Maria Esperança Luís (esta é uma Botelho, dos de Tav:de) e teve, entre outros a:
- - Uma Florentina ou Florencia Ferreira Jácome (batª a 13.12.1693) e que casa a 01.10.1713 com José Carvalho, da fregª de S.ta Justa/Coimbra;
- - Um João Ferreira (Coimbra ou Jácome) batº a 08.11.1697 em Tav:de que pode bem ser o João de S. Simão; este casa a 04.06.1719 com uma Isabel Rodrigues.
- - O meu Baltasar Ferreira (batº a 01.03.1704) que casa a 26.02.1730 com Cipriana Rodrigues de Sousa/da Cruz. Nunca descobri que fosse FSO mas é uma hipótese.
Resta dizer que do casamento de Domingos Ferreira Coimbra houve entre outros a um Paulo Almeida (Almeida da parte materna) que casou a 22.09.1714 com Esperança Miguéis, filha dos nossos Manuel Miguéis e Teresa Nogueira. Talvez FSO? Parece um casal interessante.
Passando aos Paivas:
- Há um Maurício de Paiva (+24.08.1662) que chegou a capitão em Tav:de e casou com Joana Marques Coelho (+01.05.1660). Ele é filho de uma Maria Pestana (+21.07.1640) e de Fernando Fernandes, barbeiro (?) ou de um Gaspar Dias? Só encontrei um Maurício nos batismos em Tav:de a 20.09.1610; a tinta está um tanto sumida e a folha estragada mas parece ser esse o nome do pai.
Agora, esse cap:tão Maurício de Paiva e de sua mulher foram pais de:
- Um Manuel de Paiva batº a 23.03.1635, que casa a 22.04.1665 com uma Maria de Azambuja (ou Almeida, também);
- Um Maurício de Paiva batº a 06.12.1649;
- Um Francisco de Paiva batº a 04.06.1636; um João de Paiva batº a 30.01.1638; um Paulo de Paiva batº a 04.07.1642;
- Uma Mariana de Paiva Coelha(o) que casa a 11.02.1664 com Manuel Fernandes Pedrosa que também foi capitão.
Este ramo dos Paivas teve projeção local e até se relacionou com Curados e Faleiros de Buarcos/Redondos.
Pronto, não te incomodo mais com esta lista. Farás como puderes e entenderes. O trabalho letivo recomeçou e não tenho aquela disponibilidade para me deslocar até aí. Enfim. O interesse é de todos os que somos deste núcleo duro e aqui incluo o primo João.
Tudo de bom para ti, para a Fernanda e o Nando. Vai dando notícias, não sei nada de ti, faz tempo. Eu é que tenho andado aqui a largar bites (risos).
Abraço, o teu primo
Pedro
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RE: Sobre Pestanas Coimbras, Paivas, e Jácomes, de Tavarede - Para o primo Zé Filipe Menendez
Caros confrades
Peço desculpa pela minha intromissão num assunto a que sou alheia mas, o apelido Jacome despertou-me a atenção. Investigo no Almoxarifado de Eixo do senhorio da Casa de Bragança. O responsável peo respectivo Tombo e, também, pelo Livro das Demarcações, entre 1727 e 1737, foi o juíz dr. Francisco de Castro Jacome. Segundo o Livro de assentos da paróquia de Requeixo, em 1731, ali lhes nasceu a filha Maria do Rosário, baptizada com o mesmo nome da mãe e de sua madrinha, Nossa Senhora do Rosário. Os pais eram, então, assistentes em Requeixo mas, naturais ou, pelo menos, habitualmente residentes em Celas, Coimbra. O juíz, mais tarde desembargador, foi pai de pelo menos outra filha, dona Maria Inês de Castro Jacome, a qual foi mãe de dona Joana Eufrásia de Moura Coutinho de Castro Figueiredo que, em 1765, casou com o morgado de Vilarinho (Aveiro), Francisco Manuel Couceiro da Costa Coelho.
Aqui deixo a informação, para o caso de estarem interessados.
Maria Ribeiro
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RE: Dr. Francisco de Castro Jacome
Prezada Confreira
Agradeço-lhe, penhorado, a sua intervenção com a notícia substancial sobre o magistrado em epígrafe.
Para já o seu nome nada me diz. Sobretudo com aquele apelido Castro a marcar uma outra família que não nos aparece nos paroquiais locais (Tavarede) tratados.
Dada a proximidade geográfica pode, eventualmente, haver qualquer relação de parentesco com os nossos (meus e dos meus primos Pedro França e João Reis Caldeira) Jácome Ferreira, mas que de momento não sei precisar e tão pouco averiguar.
De qualquer modo, renovo os meus agradecimentos,
Com atenção,
Filipe Menéndez
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RE: Sobre Pestanas Coimbras, Paivas, e Jácomes, de Tavarede - Para o primo Zé Filipe Menendez
Queridos Primos
Só umas breves palavras para vos dizer que vou ter de ler os últimos conteúdos que aqui deixaram, para depois os poder comentar.
Regressei há poucos dias de Tavira e ainda não tive oportunidade de (re)pegar em tudo.
Bem! Foram férias na praia, é verdade, mas não deixei de trabalhar num outro trabalho que tenho para publicar nas "Raízes e Memórias", relacionado com a comunicação que fiz em Fevereiro na Biblioteca D. Dinis, em Odivelas, naquela que foi a Casa - e capela - de Gil Vaz Lobo.
É sobre a sua família (alguns ramos dela) que incidiu a comunicação, cujo texto estou agora a rever para adaptação à R&M. Estou neste momento às voltas com a varonia paterna da sua mãe, D. Luísa de Moura, ou seja com os Gomes Leitão, família muito ligada à magistratura, mas com uma "aborrecida" recorrência do mesmo nome do avô materno de Gil Vaz, João Gomes Leitão. Para mais, quase todos, magistrados.
Abraços para os dois.
O primo e colega amigo,
Zé Filipe
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RE: Sobre Pestanas Coimbras, Paivas, e Jácomes, de Tavarede - Para o primo Zé Filipe Menendez
Caríssimos primos e mais confrades:
Pois, os Castro Jácome da zona do Eixo (Aveiro) estarão longe de estar ligados aos nossos Jácomes, muito firmados nesta região que abrange a foz do Mondego.
Os Jácomes de Tavarede andarão cruzados com os da F. Foz, com os Ceas e Ceas Curados, os Faleiros, os Netos, os Miguéis e Nogueiras, os Paivas e os Ferreiras, e Botelhos das vilas de F. Foz, Buarcos, e Redondos, para já não entrar em Quiaios que fica do outro lado dos contrafortes da Serra da Boa Viagem, a norte de Buarcos-Redondos-Tavarede.
Priminho Zé Filipe, cá espero pela tua leitura atenta à minha mensagem do dia 9. Sei que estiveste em Tavira...; passei por lá há uns três anos quando andámos a mostrar à minha filha uma parte do litoral algarvio, sobretudo a faixa de sotavento.
Tudo de bom,
o primo Pedro
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RE: Sobre Pestanas Coimbras, Paivas, e Jácomes, de Tavarede
Olá Pedrito
Desculpa não ter perguntado pelos teus.
A Mena e a Bea estão bem? E os teus pais, a tua mãe recuperou alguma coisa?
Nós estamos razoavelmente - bem. A Fernanda deu aulas ainda em Julho, dois cursos de Verão que correrão bem, mas a cansaram um pouco. Felizmente que o Agosto deu para descansar, ainda na Ericeira e depois em Pedras d'el Rei.
O meu Fernando Carlos está na Figueira, desde o início de Agosto, a passar as férias e a orientar os trabalhos habituais de conservação da Casa da Lomba.
Sabes que não tenho mexido nos antepassados de Tavarede desde meados do ano passado.
Os últimos meses de 2011 andei às voltas com o final do Visconde de Sousel (não me chegaste a dizer o que achaste do trabalho) e depois virei-me para o Family Search, embrenhando-me na ascendência da minha avó paterna, em terras de Villa Vieja (de Yeltes) e de Olmedo (de Camaces), ambas "en el Abadengo, región del obispado de Ciudad Rodrigo". Consegui remontar até ao séc XVI, e tenho posteriormente estado a alargar os parentescos resultantes da descendência dos meus X e XI avós, naturais de Olmedo e a escrever directamente em castelhano o discurso genealógico.
Bem, quanto aos Pestana Coimbra, aos Ferreira Coimbra e aos Ferreira Jácome ... vamos falar amanhã, porque já estou cheio de sono (para não falar de impostos e mais impostos, com Troikas e Baldrocas à mistura - o Diabo que os carregue a todos).
Abraços (extensivos ao Joãozinho - beijinhos às meninas (e mãe) que espero que estejam de perfeita saúde,
Zé Filipe
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RE: Sobre Pestanas Coimbras, Paivas, e Jácomes, de Tavarede - II
Caros primos Pedro e João
Vamos então ver o que tenho sobre estes nossos costados.
Creio que sobre Paivas não possuo mesmo nada.
Quanto às descendências provenientes do matrimónio dos meus 11.os avós Manuel Pestana Coimbra e Guiomar Ferreira, casados em Tavarede a 4-IX-1634 (SMT=1-M-20, 315 tif) tenho os seguintes filhos:
1 - Domingos Ferreira, b. a 19-V-1635, sendo pad. Domingos Gonçalves, de Lavos.
2 - João Ferreira, b. 13-X-1636, sendo pad. Belchior de Quadros e a mulher de Pedro Francisco, o velho.
3 - Isabel Ferreira, b. 9-VII-1639, sendo pads. Manuel Pinto e Paula Ferreira.
4 - Manuel Ferreira Coimbra, b. a 24-VII-1641, sendo pads. Pedro Lopes de Quadros e Ana Carmela.
Aquele Domingos Ferreira casou a 8-I-1659, em SMT, com Maria de Almeida, f.ª de Pedro Francisco e Domingas de Almeida, esta última + a 9-III-1666. Tiveram, pelo menos:
1 - João, b. a 4-X-1659, sendo pads. João de Abreu e sua mulher Antónia da Cruz.
2 - Mariana, b. a 2-V-1661, sendo pad. Manuel de Quadros e Sousa.
3 - João de Almeida Coimbra, b. a 15-X-1662, sendo pads. o escrivão Manuel Pinto e Teresa Jácome. Este foi o que serviu nas costas de África, chegando a capitão-mor da praça de Bissau. Governou a praça de Cacheu, na qual foi eleito sargento-mor. No RGM de D. Pedro II(Lv. 4, fl. 470 v.º) encontrei a carta de capitão da Companhia de Infantaria de Ordenanças das ilhas de Cabo Verde, datada de 18-X-1692, smn.
4 - Francisco, b. a 16-III-1665, sendo pad. Manuel Arnaut (não sei se será dos Arnaut de Penenla?).
5 - Manuel, b. 15-VI-1667, sendo pads. Cosme Velho e Inês Jácome.
6 - Alexandre, b. a 21-IX-1669, sendo pads. Pedro de Melo de Quadros e Maria Cardosa.
7 - Mariana, b. a 19-VII-1673, sendo pad. Paulo, f,º de João Cardoso.
8 - Paulo, b. a 29-II-1676, sendo pad. Francisco Roiz, f.º do lic. Simão Roiz Portugal
9 - Antóni? (não consigo perceber se é ele ou ela), b. 19-X-1680, sendo pads. o nosso fidalgo de Tavarede Fernão Gomes de Quadros e o Dr. Manuel Ferreira de Almeida, psp o P.e Manuel Gomes. Sabes quem seja este Dr. Manuel Ferreira de Almeida? Os apelidos são os mesmos do casal Domingos Ferreira e Maria de Almeida, mas como não pode ser o irmão Manuel, então com 13 anos, deve tratar-se de algum parente.
Do João Ferreira, n. em 1636, não tenho mais nada.
A Isabel Ferreira, n. em 1639, casou na ermida de N. Sr.ª da Esperança (nas terras que depois vieram a ser do meu tio trisavô José Joaquim Alves Fernandes Águas) a 27-I-1659 com António da Cruz, f.º de Francisco Pereira e Catarina Antunes. Não prossegui deois esta linha.
Do nosso "avô" Manuel Ferreira Coimbra e de sua mulher Apolónia Jácome têm vocês. ou pelo menos o Pedro, mais informações que eu. Só de referir que descendo (descendemos os três) por duas vezes (pelo menos) do casal Pedro Jácome e Antónia Jorge (meus 12.os avós) casados a 2-I-1594. Não sei se vocês têm mais descendência deste matrimónio que eu? Eu tenho 4 filhos e penso que o Manuel Jácome casado a 3-VII-1630 com a Maria Neta, o seja também com muita probabilidade.
Assim, do matrimónio Pedro Jácome e Antónia Jorge temos os seguintes filhos:
1 - Antónia, b. a 13-X-1594, sendo pads. João Homem Frade e uma filha de Manuel Gomes. Esta Antónia deve ter morrido criança.
2 - Pedro, b. a 20-I-1598, sendo pads. Marcos Vaz e Maria Luis.
3 - Maria Jácome, b. 13-X-1600, sendo pads. Diogo de Lira e Catarina Dias, mulher de António Marques.Esta Maria Jácome, casada a 5-VIII-1615 com Manuel Ribeiro, é a avó materna da Teresa Nogueira casada a 4-II-1667 com o Manuel Miguéis, piloto das carreira do Brasil e de África e depois piloto-mor da barra da "Figueira foz do Mondego", meus 9.os avós. É também a avó materna de Manuel Ferreira Coimbra, o moço, casado a 8-XI-1686 com Maria da Esperança Luis, também meus 9.os avós. A Teresa Nogueira´era filha de Maria Jácome (de quem não encontrei o assento de b.) mas de quem não subsiste qualquer dúvida quanto à filiação. Casou a 20-X-1638 com Manuel Nogueira. O Manuel Ferreira Coimbra era filho da outra irmã Apolónia Jácome, b. a 14-II-1632 e casada com Manuel Ferreira Coimbra.
4 - Antónia Jorge Jácome, b. a 6-IV-1606, sendo pads. Manuel da Silva (outro nosso avô) e Leonor Dias. Antónia casou a 3-II-1649 com Lourenço de Almeida e tiveram, entre outros, a Antónia Jorge Jácome casada a 2-II-1679, com Manuel Neto Rocha, b. a 10-VIII1668, f.º de Pedro Rocha e de Catarina Neta (casados a 4-X-1644).
? - Como não tenho a sua filiação e a data de b. indico assim ao Manuel Jácome, que penso ser também f.º do casal Pedro e Antónia.
Este Manuel Jácome casou em SMT, a 3-VII-1630 com Maria Neta e tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:
1 - Maria, b. 20-X-1630.
2 - Maria, b. 12-VI-1632, + a 28-V-1662.
3 - Manuel, b. 20-II-1635.
4 - Diogo, b. 6-III-1638 e + 15-IX-1661.
5 - Miguel, b. 5-X-1641.
6 - João, b. 24-IV-1645 e + 16-VII-1669.
E também, embora eu não tenha encontrado a data de b., Isabel Neta, casada a 24-III-1678 com João Neto Gil.
Muito mais haverá para dizer, mas fico-me agora por aqui.
Quando reatar as visitas à TT, verei o que por lá existe em hab. para o SO. Este ano contam-se pelos dedos as - poucas - vezes que lá fui.
Abraços do primo,
Zé Filipe
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RE: Sobre Pestanas Coimbras, Paivas, e Jácomes, de Tavarede - III
Meus caros Pedro e João
Parece que me repeti nalguns dos dados que deixei atrás.
Estive a dar uma vista de olhos pelos conteúdos anteriores e verifiquei que alguns desses dados me foram dados pelo Pedro. Outros fui eu próprio que os coligi, mas já os tinha aqui anteriormente deixado.
Depois esqueci-me que tu, João, não descendes dos Silva Miguéis, embora tenhas lá mais para trás os mesmos antepassados, comuns aos Miguéis e aos Ribeiro Jácome, de quem descendem os Ferreira Jácome, os Ferreira Coimbra Jácome (embora não apareçam assim com todos estes apelidos)e depois os Ferreira de Carvalho - a cujo apelido conjunto escapou o nosso 8.º avô Tomé Gomes de Carvalho (creio que para vocês tem uma geração diferente).
Como vos disse antes, quando for a Lisboa e tenha disponibilidade vou até à TT procurar o que possa haver por lá relativo aos nossos parentes padres.
Já agora Pedro, por falar em padres, sabes dizer-me qualquer coisa sobre o Padre Gabriel Luis Barbosa Jácome, que aparece como padrinho da Florentina, b. a 13-XII-1693. Deve ser um parente muito próximo do Manuel Ferreira Coimbra (o pai) e da Apolónia Jácome. Por outro lado, aquele Barbosa é o mesmo de Luísa Barbosa, mãe do Manuel Barbosa, "o ferram e alcunha, casado com a Maria Ferreira Jácome.
Outra questão que há muito se me põe. Esta Florentina será a mesma Florência Luis Ferreira, ou Florência Ferreira Jácome (como também aparece) mãe do Tomé Gomes de Carvalho?
Mudando de assunto, ainda que relativo às actividades Genealógicas.
Pedro, quando quiseres vir a um dos jantares da APG, às terceiras 6.as feiras de cada mês, a minha casa (e o meu carro) estão à tua disposição para nos dares a grande satisfação de apareceres numa das nossas tertúlias. Penso que na próxima vamos ter 2 confrades brasileiros, um deles o Marcelo Meira do Amaral Bogaciovas, nosso consócio na APG e no Colégio Brasileiro de Genealogia, além de director da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia.
Geralmente apareço com a Fernanda nesses jantares e depois dele costumo levar o Zé Caldeira (creio que primo de vocês os dois) a casa, a São Joao das Lampas, de modo que aqueles 30 minutos são a continuação da cavaqueira genealógica...
Tenho (teremos todos) muito prazer em que possas vir a um destes jantares, até porque são pegados ao fim de semana e ... já não tens meninas pequenas como o João, a pedir assistência paterna.
Abraços do primo amigo,
Zé Filipe
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Boas Festas
Caros Amigos, Parentes e Consócios
A todos em geral, mas em particular ao Carlos Machado, Castro Martins, Ernesto Jordão (e Madalena), Fernando Correia da Silva, Filipe Reis, Francisca Martín, Gonçalo Nemésio, João Pessoa de Amorim, João Caldeira, João Metello de Nápoles, João do Amaral de Miranda, João Portugal, José Caldeira, José Colaço, José Liberato, Lourenço Correia de Matos, Lourval, Maria Benedita, Maria Pia, Miguel Miranda Monteiro, Nuno Figueira, Paulo Brehm, Pedro França, Ricardo Charters, Rui Amaral, Segismundo Pinto, Vítor Escudero e tantos outros, que agora não me ocorre referir, meus interlocutores priveligiados neste e noutros tópicos do nosso Geneall, meus confrades na Academia Portuguesa de Ex-Libris, na Associação Portuguesa de Genealogia e na Secção de Genealogia, Heráldica e Falerística da Sociedade de Geografia de Lisboa, A TODOS, desejo a continuação de um SANTO NATAL e faço votos de um FELIZ ANO NOVO DE 2013.
José Filipe Menéndez
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RE: Boas Festas
Priminho:
Já estivemos ao telefone mas, aproveitando a tua mensagem personalizada, venho publicamente agradecer e retribuir os teus votos de Boas Festas.
Tudo de bom para ti, para a Nanda e o Nando.
Abr.,
do primo Pedro, de Coimbra
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Costado Silva, dos Silva Miguéis
Caros primos Pedro e João (e mais confrades interessados no tópico)
Bom dia e boa semana de trabalho.
Só um breve apontamento para dizer que depois de meses e meses de afastamento destas minhas (nossas) raízes tavaredenses e figueirenses, me deixei levar pelo entusiasmo do João e, também, do compulsar de velhos apontamentos que lhe levei, umn pouco como aperitivo, ao jantar da APG.
Provavelmente o que aqui trago não será novidade para ti, Pedro, que de nós os três és, geralmente, o mais bem informado.
De qualquer modo eu não tinha as datas do matrimónio dos meus (e do João)10.os avós Manuel Pires e Luísa Gonçalves Ordem, pais do Manuel Pires, casado a 9-IV-1679 com a nossa 9.ª avó Isabel Rodrigues Guerra (b. 16-I-1661) e avós da nossa 8.ª avó Mariana Pires ou Mariana Rodrigues Guerra (b. 31-V-1683) que casou a 15-XI-1701 com o nosso avô Manuel da Silva.
Estas datas já as tinha todas anteriormente. Umas encontradas por mim e outras dadas pelo Pedrito. A data que não tinha ainda era a do matrimónio do casal Manuel Pires e Luísa Gonçalves Ordem, casados a 7-I-1654.
Já agora, pela próxima relação de parentesco, deixo tb a data do consórcio do Manuel Luís Ordem, irmão ou sobrinho da Luísa (pois é f.º de outro Manuel Luís Ordem e de Maria Gonçalves) com Maria Botelha, a 12-III-1677 (340 tif), esta f.ª de Manuel Vaz Cham ? e de Bernarda Botelha.
Assim, entre os bisavós do José da Silva (meu 7.º avô) e do António da Silva (7.º avô do João) só me falta a data de casamento do casal Sebastião Lopes e Domingas Jorge, pais da Maria Lopes casada a 11-III-1677 com o nosso 9.º avô João da Silva, que não encontrei entre os paroquiais de Tavarede por ter, possivelmente, ocorrido numa das paróquias vizinhas.
PS - Gostei muito, muito mesmo, de te poder reencontrar e abraçar João (Beijos à Fátima e às meninas).
Abraços para os dois e respectivas famílias.
Zé Filipe
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RE: Costado Silva, dos Silva Miguéis
Caro Zé Filipe.
Obrigado por partilhar estas informações. Como sabe, Manuel Pires e Luísa Gonçalves Ordem são os décimos avós de meu Tio Miguel (meio-irmão de minha mãe). Por isso acompanho de perto o tópico.
Você saberia quem são os pais de Manuel Pires e Luísa Gonçalves Ordem? Localizei o casamento deles a partir da data que indica e somente é declarado o pai dela: Manuel Luís.
Também gostaria de saber quem são os pais de João Rodrigues Guerra e Maria Francisca Miranda, se por acaso conheça.
Este meu tio, como você, descende de José da Silva e Maria Neta Miguéis.
Abraços
Lourval
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RE: Costado Silva, dos Silva Miguéis
Olá Lourval
Como está o meu Amigo e todos os seus?
Peço-lhe imensa desculpa pela minha omissão e falta no meu último post, pois também os irmãos da sua mãe descendem destes Silva Miguéis, que também o Lourval muito tem investigado e acompanhado neste e noutros tópicos.
Sabe que não tenho mexido nestes antepassados de Tavarede desde meados de 2011.
Nos últimos meses de 2011 andei às voltas com o final de um trabalho sobre o Visconde de Sousel para a revista da Associação Portuguesa de Genealogia (APG) e depois virei-me para o Family Search, embrenhando-me na ascendência da minha avó paterna, em terras de Villa Vieja (de Yeltes) e de Olmedo (de Camaces), ambas "en el Abadengo, región del obispado de Ciudad Rodrigo", província de Salamanca. Consegui remontar até ao séc XVI, e tenho posteriormente estado a alargar os parentescos resultantes da descendência dos meus X e XI avós, naturais de Olmedo e a escrever directamente em castelhano o discurso genealógico.
Já depois disso andei às voltas com um trabalho sobre Gil Vaz Lobo, um dos heróis da Restauração, sobre quem a Direcção da APG me convidou a fazer uma palestra na Biblioteca D. Dinis, em Odivelas, em fevereiro do ano passado. Já no final de 2012 fiz mais duas comunicações na SGL e na APG sobre os Sousa Prego de Colares e Sintra. Ao mesmo tempo andava já a rever a comunicação sobre o Gil Vaz Lobo, para publicar nas "Raízes e Memórias" das APG que, finalmente, acabei em Janeiro. Desde aí tenho andado "Às voltas" com um outro trabalho, agora de História Medieval, para apresentar em maio na SGL, intitulado "O Baixo Mondego no Quadro da Reconquista". A região do Mondego continua a estar no centro daa minhas investigações, só que não são de Genealogia.
Foi por causa do reencontro com o nosso primo João Reis Caldeira, no jantar da APG, na passada 6.ª, que resolvi mexer e levar alguns dos meus apontamentos sobre estes nossos ramos ascendentes, fazendo um pequeno interregno nas cruzadas do Ocidente, nos fossados e nas algaras da Reconquista.
Pois quanto às suas justas questões sobre os avós paternos e maternos da nossa antepassada Mariana Rodrigues Guerra também eu gostaria de saber o mesmo, mas não tenho por agora mais dados para acrescentar. Não sei se o Pedro França saberá mais alguma coisa através das habilitações dos padres que nos aparecem pelo meio dos seus descendentes. Eu mesmo tenho de ver se procuro na TT qualquer pista por entre - possíveis - habilitações de genere que hajam no arq. do Santo Ofício ou de alguma das ordens militares. Só que não tenho possibilidade nos tempos mais próximos.
Tenho referência a um outro? João Roiz Guerra casado a 4-XI-1637 (318 tif) com uma Leonor Francisca, de um Manuel Francisco Guerra, por sua vez casado a 13-IX-1658 (327 tif) com Violante Gaspar.
Dos filhos do casal João Roiz Guerra = Maria Francisca Miranda, meus (e do João) 10.os avós, casados a 7-I-1649, só tenho 4, havendo certamente mais alguns:
- João b. 15-II-1655 (93 tif) e falecido a 23-XII-1677 (479 tif).
- Isabel Francisca Rodrigues Guerra b. 16-I-1661. Casada a 9-IV-1679 com o nosso 9.º avô Manuel Pires.
- Melchior b. 22-V-1667
- Leonor, cujo b. ainda não encontrei, falecida a 30-XI-1677 (478 tif).
E por agora é tudo, pois já me excedi no muito que escrevi.
Um abraço,
Zé Filipe
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Olá Pedro
Caríssimo Primo
É só para te dar um abraço (atrasado) de parabéns pelo teu aniversário.
Quanto ao dia de hoje, certamente que a Bea já tos deu.
Um grande abraço (beijos à Mena e à Bea e as melhoras dos teus pais) do teu primo
Zé Filipe
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Manuel e Fernam Pires
Queridos Primos Pedro e João
Estimado Lourval
As voltas que a vida dá, e nos faz dar, fizeram que (pelas infelizes razões que os dois primeiro sabem) estivesse ausente por tanto tempo (mais de três anos) deste nosso tópico.
Ausente do tópico, também um pouco do Geneall, mas não da Genealogia, nem destes nossos antepassados figueirenses.
Como te disse pelo telefone, Pedrito, o próximo número da nossa Raízes & Memórias vai trazer um artigo meu sobre um nosso familiar, não ascendente mas colateral dos nossos antepassados directos de Tavarede, dos Ferreira Jácome.
Também esta última terça-feira, na Secção de Genealogia, Heráldica e Falerística, da Sociedade de Geografia de Lisboa, tive ocasião de falar dos "Antepassados Tavaredenses e Figueirense dos Águas".
Uma pequena tentativa de recuperar algum tempo, não direi perdido porque os dois últimos anos foram dedicados aos livros de homenagem à Fernanda Vitória.
A edição especial lançada no dia 6 de junho de 2014, um ano sobre o seu último dia de aulas, por ocasião do Colóquio de Homenagem que a FCSH da Universidade Nova de Lisboa lhe prestou, com a participação de colegas de universidades portuguesas, espanholas e brasileiras.
E depois, em outubro de 2015, com o lançamento da 1.ª edição de "COM UM SORRISO NA VIDA - HOMENAGEM A FERNANDA MIRANDA MENÉNDEZ" a que tu, João, estiveste presente no lançamento presidido por S.A.R. o Senhor Dom Miguel Duque de Viseu, que honrosamente acedeu ao meu convite.
Nunca, jamais, o tempo é e será perdido para honrar e dignificar a memória da minha Nanda.
Mas, cingindo-me agora ao título deste conteúdo, é para te dizer (e perguntar) Pedrito, se já tinhas atentado no parentesco destes nossos dois antepassados?
Penso que também será teu antepassado João?
Não pelos Miguéis, mas pelos Manuel da Silva e sua mulher Mariana Rodrigues Guerra ou Pires.
Estou perfeita e completamente convencido de que o Manuel e o Fernam (ou Fernão) são (eram) irmãos, senão atentemos na referência que fez o P.e José Neto Coelho no assento do casamento da sua sobrinha Maria Neta Miguéis com José da Silva, ocorrido a 4 de maio de 1732, em que fala da dispensa de parentesco em 4.º.
Ora, subindo por ambos os nubentes (duas vezes meus sétimos avós), de acordo com o código canónico, o 4.º grau corresponde ao pai do Manuel Pires (bisavô materno do José) e ao do Fernão Pires (bisavô paterno da Maria).
Infelizmente, o nome deste meu 11.º avô, nem eu, nem tu, nem o João, nem o Lourval conseguimos até agora descobrir. Penso que só pelo cruzamento com habilitações de genere, para padres, para familiares ou outro cargo do SO, talvez se consiga completar este nosso desiderato.
Com esta nota e o desejo de continuação de uma Santa Páscoa me despeço ... até breve.
Zé Filipe
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Caro Zé Filipe,
Espero que esteja tudo bem com você. Eu também ando afastado do fórum. Com relação à sua informação, penso que faz muita falta o acesso às dispensas matrimoniais. Em São Paulo (Brasil), na Arquidiocese de São Paulo, está grande parte delas e estão disponíveis online. Eu não sei bem onde elas estão em Portugal mas fico torcendo que sejam disponibilizadas. O avanço das pesquisas será significativo.
Abraço
Lourval
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Boa noite, priminho.
Tenho estado, vai não vai, para te responder. Não vou fazê-lo agora dado o adiantado da hora. Mantenhamos esta linha aberta porque de certeza que vou adir alguma coisa de proveitoso a este tópico.
Sim, já me havia questionado sobre essa questão do parentesco e estou a trabalhar nisso. Para já, vamo-nos mantendo em contacto. Vou aproveitar o resto da semana e carregar a fundo nas idas ao AUC. Voltarei aqui.
Continuação de Boa Páscoa para ti também, Zé Filipe.
Aquele abraço.
Pedro
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Catarina Pestana - Tavarede
Caros colegas,
Descobri agora mesmo que meu antepassado Sebastião da Fonseca Pinto nasceu em São Julião da Figueira da Foz em 19.01.1636. Filho de Manuel Martins e Maria da Fonseca. Neto paterno de Francisco Martins e Isabel Luís. Neto materno de Diogo da Fonseca e Catarina Pestana. Sebastião da Fonseca Pinto imigrou para o Brasil e faleceu em Mogi das Cruzes em 25.10.1719.
A surpresa é que Diogo da Fonseca e Catarina Pestana casaram-se em Tavarede em julho de 1595!
Gostaria de saber se conhecem este casal de Tavarede.
Abraços
Lourval
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Meu querido Zé Filipe
É com muito agrado que te leio novamente neste fórum, embora nós falemos com alguma regularidade, esta partilha de informação por mais gente é sempre melhor.
Com o Pedro também estou de vez em quando no AUC. Já agora Pedro o meu agradecimento pela ajuda que deste ao meu cunhado (e teu parente) António, no AUC.
O assunto de que falas é de todo o meu interesse, ou não fosse o José da Silva irmão inteiro do meu 6º avô António da Silva que casa em Quiaios. Será que não estará o processo de casamento no AUC?
Infelizmente não pude estar presente na tua apresentação que muito me interessa sobre a ascendência dos Águas Figueirenses e por isso estou ansioso pelo próximo Raízes e Memórias.
Um grande abraço aos meus primos Zé Filipe e Pedro, extensivo ao Lourval.
João
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Oi João,
Tudo bem? Você leu minha mensagem sobre Diogo da Fonseca e Catarina Pestana? É um casal bem antigo de Tavarede. Descobri há poucos dias que descendo deles.
Venho estudando os paroquiais de Tavarede pois é onde estão os antepassados da segunda esposa de meu avô materno, portanto antepassados de meus tios maternos.
Mas agora descubro que eu próprio tenho antepassados em Tavarede. Diogo da Fonseca e Catarina Pestana casaram-se em Tavarede em julho de 1595.
Abraços
Lourval
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Diogo da Fonseca e Catarina Pestana
Acabo de ler os batismos em Tavarede na década de 1570 e 1580. Tudo sugere que Catarina Pestana cc Diogo da Fonseca seja filha de Gaspar Pires e Catarina Pestana.
Catarina casou-se com Diogo em 1595 levando o nascimento de Catarina a cerca de 1577. Gaspar e Catarina casaram-se em 1570.
O único outro casal que encontrei em que um dos dois é Pestana é Diogo Fernandes e Branca Pestana que se casaram em 1581.
Eu não posso bater o martelo com estas informações somente mas a chance é boa!
Lourval
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Olá, Lourval. Boa tarde.
Tudo bem consigo?
Então, se a sua dedução genealógica estiver certa, temos tronco comum porque os Pestanas Coimbras, depois Pestanas Ferreiras são ascendentes meus, e dos primos Zé Filipe e João Reis Caldeira. Estes Pestanas já os tinha identificado faz tempo e entram pelo séc. XVI com localização cronológica comprovada.
Tudo de bom.
Abraço,
Pedro França
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Caro Pedro França,
Tudo bem? Por aqui tudo bem. Obrigado pelos comentários.
Diga-me: o grupo tem alguma conclusão a respeito de quem seriam os pais de Manuel Pestana Coimbra e Guiomar Ferreira? Os meus tios maternos (meios irmãos de minha mãe) descendem deste casal.
Abraço
Lourval
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Caros Primos e Amigos
Pedro, João e Lourval
Desculpem o meu "silêncio", a minha ausência de resposta, embora não tenha deixado de acompanhar as vossas doutas observações.
Sobre a Catarina Pestana de que fala o Lourval, não tenho nenhum apontamento.
Porque, geralmente, não procuro entre os muitos "Pestanas" que aparecem por SMT (São Martinho de Tavarede) e SJFF (São Julião (ou Gião, na forma antiga) da Figueira da Foz).
Nos últimos dias tenho andado embrenhado nos paroquiais do 1.º lv. de Mistos, de SJFF.
À procura de "Pires", "Netos", "Miguéis" e "Coelhos" que abundam por entre os matagais de registos do séc. XVII e a tentar entroncá-los com os familiares de Tavarede e até de SPB (São Pedro de Buarcos).
É um trabalho insano, como bem sabem, pois os párocos de SJFF eram parcos de informações e detalhes, raramente escrevendo (nos assentos de óbito) de quem eram os defuntos filhos, ou maridos, ou mulheres.
Por exemplo, para determinar a data do falecimento de Maria Antónia, mulher do Fernão Pires, meus 10.os avós, pais dos nossos bem conhecidos Manuel, Silvestre e Francisco Miguéis, encontrei 3 registos:
Maria Antónia, moradora nas Lamas (Bairro da estação), + 12-XI-1678.
Maria Antónia, viúva, + 19-V-1681.
Maria Antónia Botija?, + 6-VII-1688.
Tenho a presunção que esta Maria Antónia, a mulher do Fernão Pires, é o elo de ligação com os Miguéis e não o seu marido, que no meu último conteúdo disse ser irmão do Manuel Pires, avô materno de Mariana Rodrigues Guerra, ou Pires, (casada com Manuel da Silva), antepassados de nós os quatro. Creio que é antepassada dos tios do Lourval e não dele.
Bem, quanto ao casal Manuel Pestana Coimbra e Guiomar Ferreira, casados em SMT a 4-IX-1634 não tenho, por agora, nada a acrescentar sobre os seus ascendentes, por não os conhecer. Penso que são ambos naturais de Tavarede, mas as raízes do Manuel devem vir de Coimbra, cuja naturalidade lá ficou sedimentada no apelido.
Aliás, os registos paroquiais de SMT estão muito incompletos para os últimos anos do séc. XVI e princípios do XVII. Ainda assim são muito mais abrangentes que os da Figueira, que escaparam milagrosamente aos assaltos dos corsários ingleses e holandeses.
As hipóteses de mais dados por estes nossos costados, podem vir nas habilitações de genere para padres, que o Pedro descubra lá pelo AUC, ou para o SO, que eu venha a encontrar na TT, quando eu lá voltar.
Como antes disse, no conteúdo anterior, escrevi um pequeno texto sobre o Dr. Teodoro Ferreira Jácome, bem conhecido do Pedro. Pelo menos relativamente aos seus anos passados a estudar em Coimbra. Mas foi no Brasil que ele alcançou alguma notoriedade, quando ocupou o colégio catedralício de Mariana e governou o bispado em sede vacante.
Foi uma comunicação que eu apresentei há dois anos na FCSH da ULCT e agora desenvolvi e me serviu, não só para o artigo referido, como para a comunicação do passado mês na SGL, sobre as Raízes Tavaredenses dos Águas.
Agora tenho que voltar a atenção para a pequena comunicação que farei no próximo dia 19, na SGL, integrada no Seminário Internacional de Falerística da nossa Secção de Genealogia, Heráldica e Falerística.
A mesma terá como título:
Alguns apontamentos genealógicos e falerísticos de uma visita cultural ao Brasil
E terá por base meia dúzia de fotografias que seleccionei, entre as 2200 que fiz ao longo de janeiro no Brasil.
Abraços,
Zé Filipe
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António Gomes, boticário, e Maria de Mascarenhas
Colegas,
Alguém conhece este casal? Tiveram filho António em 18.06.1665 em Tavarede. Mas António Gomes, boticário, também teve filho André em 30.11.1672 com Madalena Rodrigues, solteira. Interessante é que muito provavelmente esta mesma Madalena Rodrigues também teve uma filha Maria em 1659 com Pedro Lopes de Quadros cc Maria de Mascarenhas.
André Gomes, filho de António Gomes, boticário, casou-se em Alhadas em 31.10.1700, com Mariana da Costa. São antepassados de meus tios maternos.
Lourval
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Boa tarde, primo Zé Filipe.
Logo mais já estarei em condições de te responder. Agora estou na escola e daqui a poucos minutos vou dar aula.
Até logo.
Abr.,
o primo Pedro
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Caros colegas,
Aparentemente o Padre Manuel Velho é filho de Cosme Velho e Francisca Nunes. Talvez seja um caminho para sabermos quem são os pais de Cosme Velho e Francisca Nunes. O Padre Manuel Velho foi padrinho em 10.04.1667 (imagem 106 - Tavarede)
Lourval
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Caríssimos primos, confrades amigos.
Posso verificar isso na próxima 4ª feira. Como tenciono passar pelo AUC, logfo vejo se há algum processo de ordenação a respeito de um Pe. Manuel Velho, de Tavarede.
Abraço,
Pedro França
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Carissimos Lourval e Pedro
Eu tenho a informação dos pais do Cosme Velho e de sua mulher, obtida numa habilitação de génere que consultei à alguns anos no AUC (que se calhar até é do Pe. Manuel Velho). No entanto só vou ter acesso aos meus "papeis" no final da semana. Se entretanto o pedro não consultar o processo...
Um abraço
João
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P.e Gabriel Neto
Pedrito
Desculpa está a incomodar.
Não sei se ainda estarás a trabalhar?
Já alguma vez procuraste as habilitações de genere do P.e Gabriel Neto, que foi prior de Vinha da Rainha?
Era cunhado de Vasco Fernandes Salvado e tio de Ana Fernandes, c.c. Luis de Abreu em maio de 1619.
Tio, também, de Maria Neta, c.c. Jerónimo de Sea (Seia ou Cea) a 15 de setembro de 1621.
Mais curioso, ainda, era pai de Mariana Nogueira, c.c. João Coelho a 20 de julho de 1644.
Estes registo respeitam todos a SJFF.
Não sei se é dos nossos Neto Coelho?
Será que consegues adiantar algo ?
Abraços (extensivos ao João e ao Lourval),
Zé Filipe
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Padre Gabriel Neto
Pedrito
Esqueci-me de dizer que aquele João Coelho, casado com a Mariana Nogueira, não é da Figueira.
Era filho de Francisco de Faria, natural de Tentúgal e de Maria Roiz, natural de Ançã.
Obrigado,
Zé Filipe
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Caríssimos primos Pedro e Zé Filipe, (quase de certeza primo) Lourval
Não encontrei os meus apontamentos originais, porém pude verificar que o processo de ordenação que consultei foi mesmo o de Manuel Velho e traços gerais o que obtive foi:
filho de Cosme Velho e Francisca Nunes, naturais ambos de Tavarede e aí recebidos em 9.1.1644
Neto paterno de: Manuel Velho e Domingas Fernandes
Neto materno de: António Francisco Pratas e Marta Nunes
Todos de Tavarede.
Apenas uma dúvida, o Lourval descende do casal Cosme Velho e Francisca Nunes? se Sim, por quem?
Um abraço a todos,
João
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Caro Lourval
Já verifiquei que são os seus tios maternos que descendem do referido casal.
Tinha a ideia na cabeça que os seus tios bem como os meus primos e nossos confrades Pedro e Zé Filipe descendiam de um irmão da Florência Ferreira Jácome e não dela própria.
Já agora, e porque não sei se já terá esta informação, julgo que o Matias de Carvalho (que casa com a Ana Velho, filha do Cosme Velho) deverá ser o que é batizado em Santa Justa de Coimbra, a 2.2.1652, filho de Manuel de Carvalho e Maria Gomes. Esta quase certeza surge porque sabemos que ele é originário dessa freguesia, bem com corridos os assentos dessa altura, dos pouquíssimos Matias encontrados é o único filho de um Carvalho, para além de ter o Gomes, que justifica que o seu neto se assuma com Tomé Gomes de Carvalho.
Um abraço
João
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Cosme Velho e Francisca Nunes
Olá João (Pedro e Lourval)
Como é que estás tu, a Fátima e as meninas?
Os teus pais?
Pois, eu (e todos os Águas) descendo/descendemos do Cosme Velho e da Francisca Nunes pela minha 6.ª avó Apolónia de Carvalho, mulher do Manuel da Silva Miguéis e neta paterna de José de Carvalho e de sua mulher Florência Luís Ferreira Jácome.
O José de Carvalho era neto materno do Cosme Velho e da Francisca Nunes.
Os tios do Lourval descendem duas vezes, pelo menos, do mesmo casal Cosme e Francisca. Uma vez pela Apolónia de Carvalho e outra pela Escolástica Ferreira, tia paterna daquela, ambas trisavós de Agostinho Pereira Dias.
Tu, João, descendes pelo menos uma vez do Cosme e da Francisca. Tal como eu pelo casal José de Carvalho e Florência Luís Ferreira Jácome, pais da Josefa Ferreira de Carvalho, irmã do meu 7.º avô Tomé Gomes de Carvalho.
Pela Florência eu descendo uma vez do casal Manuel Ribeiro e Maria Jácome, seus bisavós.
Mas descendo mais duas vezes pelos Silva Miguéis (pelos irmãos António e Manuel, ambos meus 6.os avós), bisnetos de Manuel Miguéis (o que foi piloto-mor da barra do Mondego) e de sua mulher Teresa Nogueira. Esta última neta materna dos mesmos Manuel Ribeiro e Maria Jácome.
Assim, comprovadamente, descendo pelo menos três vezes deles e dos mais antigos Pedro Jácome e Antónia Jorge (casados a 2-I-1594), pais da Maria e sogros do Manuel Ribeiro.
Muito obrigado pelos dados que deixaste, relativamente aos pais do Cosme Velho, que eu não possuía.
Abraços,
Zé Filipe
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João
Não ligues ao último parágrafo, que me enganei.
Fiz confusão com os pais do Matias, pensando que te estavas a referir ao Cosme Velho.
Penso que o Matias de Carvalho era, efectivamente, natural de Coimbra, mas a dada altura da sua vida morador em Soure.
Desconhecia era a data do seu nascimento e o nome dos pais.
Abraços,
Zé Filipe
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- Caros primos Zé Filipe e João.
Localizei o processo de ordenação de Manuel Velho, de 1664, Tavarede (cxª 397).
Foi batizado a 13.11.1644 (f. 94).
Era fº legítº de Cosme Velho e de Francisca Nunes.
Era neto patº de Manuel Velho e de Domingas Fernandes.
Era neto matº de António Francisco Pratas e de Marta Nunes.
Eram todos de Tavarede, dos principais da terra. Viveram sempre à lei da nobreza, servindo os cargos honrosos assim da igreja como da república.
E é isto o que se me oferece dizer a respeito.
Abraços a todos,
o primo Pedro
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Boa noite Pedrito
Muito obrigado por mais estes dados que nos permitem subir mais uma geração neste nosso costado.
No meu caso concreto, estes Manuel Velho e Domingas Fernandes são meus 11.os avós.
O Pedro Jácome e a Antónia Jorge ainda estão a "ganhar" na ascendência, porque são meus 12.os avós.
Quando tiveres oportunidade, vê se encontras o processo de ordenação do P.e Gabriel Neto, de que eu tinha falado num dos últimos conteúdos.
Estive ainda agora a escrever para o nosso confrade carioca Carlos Paiva, do CBG, com quem jantei na Tijuca, em janeiro passado. Com ele e mais dezena e meia de confrades.
Na próxima terça-feira participo no V Seminário Internacional de Falerística, promovido pela nossa Secção de Genealogia, Heráldica e Falerística da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Embora fale, também, de Genealogia vou estrear-me na área da Falerística, muito mais do domínio dos meus Amigos Vítor Escudero e Segismundo Pinto. Mas que muito me atrai, embora eu não passe de um curioso na matéria.
Beijos à Mena e à Bea e um apertado abraço para ti.
O primo e amigo,
Zé Filipe
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Olá João
Devo estar a ficar velho e confuso. Ou então é do adiantado da hora.
Agora, ao retroceder e reler os teus conteúdos anteriores é que me dei conta de que, efectivamente, já tu tinhas referido os nomes do pais e sogros do Cosme Velho. Que o Pedro agora confirmou.
Afinal, aquele meu último parágrafo não estava de todo errado. Eu é que só li, então, o teu último conteúdo, relativo aos "Carvalhos". Quando os "Velhos" estavam no penúltimo conteúdo.
Daí eu ter pensado que me enganara ao referir a ascendência do Cosme, que não constava do último post.
Está desfeito o equívoco e, no meu caso, enriquecida a ascendência com mais uma geração para os "Velhos" e os "Carvalhos".
Agora estou a acabar uma comunicação para a próxima terça-feira, mas depois vou voltar à leitura dos paroquiais de S. Julião e de S. Martinho, que estou a ler registo a registo.
E depois tenho que quebrar o "enguiço" de mais de um ano sem ir à TT.
Tenho que recomeçar lá as investigações das habilitações para o SO.
Apertado abraço,
Zé Filipe
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Caro Pedro França,
Obrigado. São antepassados de meus tios maternos.
Lourval
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Olá, priminho. Boa tarde.
Estou no AUC e fui ver do processo do padre Gabriel Neto mas, não há entrada por Neto para Gabriel. Deve ter outro nome. Mesmo assim, vou pedir uma caixa que comporte esse nome tal como mo deste. Pode ser que eu tenha sorte. Depois digo alguma coisa.
Até já ou mais logo.
Aquele abraço.
Pedro
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Priminho.
Há é um Gabriel Luís, de Tavarede, para 1687 mas, este nem a "Netos" vai. Queres ser mais específico? Já vi os pais e os avós dele...
Abr.,
Pedro
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Olá Pedro
Obrigado pela diligência que fizeste.
Eu seu que entre os dez filhos que encontrei do João Neto Coelho e da Isabel Rodrigues não figura nenhum Gabriel, mas também não me aparece nenhum José e nós sabemos que o P.e José Neto Coelho deve ser filho deste casal, pelas inúmeras referências em que aparece como padrinho ou celebrante nos baptizados e casamentos das e dos sobrinhos.
Como continua sem aparecer a sua ordenação, pensei que o P.e Gabriel Neto pudesse ser um parente dos Neto Coelho, que nos desse alguns dados e esclarecesse a muitas dúvidas que temos sobre os pais das várias Marias Neta que aparecem ligadas aos Miguéis e aos Jácomes.
O Bento Miguéis casa com uma Maria Neta, a velha. A filha deste casal, a minha 7.ª avó Maria Neta Miguéis, ou Maria Neta, a moça ao casar com o meu 7.º avô José da Silva, aparece dispensada do tal parentesco em 4.º grau com o marido pela referência que faz o celebrante e tio P.e José Neto Coelho.
Eu presumo que o José Neto Coelho seja tio e não tio-avô da Maria Neta Miguéis, mas a verdade é que, também, não encontrei nenhuma Maria entre os filhos do João Neto Coelho. Tenho:
- O Manuel, b. a 12-II-1654.
- O Jorge, b. a 21-III-1656.
- A Margarida, b. a 4-I-1658.
- A Isabel, b. 16-II-1659.
- A Teresa, b. a 6-X-1660.
- O João, b. a 14-X-1662.
- O Francisco, b. a 8-III-1664.
- O Lourenço, b. a 17-VIII-1665.
- A Catarina, b. a 13-X-1666.
- A Teresa (segunda do mesmo nome), b. a 30-VIII-1669.
Nem nenhum José, nem nenhuma Maria.
Será que mudaram de nome pelo Crisma?
Lá mais para trás, temos outra Maria Neta, casada com o nosso "tio" Manuel Jácome, irmão da nossa avó Maria Jácome, a que casou com o Manuel Ribeiro.
Também ignoro a filiação desta Maria Neta, mulher do Manuel Jácome.
Entre os padrinhos dos oito filhos que encontrei deste casal, aparece, efectivamente um Gabriel Luís, que foi padrinho de uma Maria, b. a 12-VI-1632. Ele e a sua irmã Maria Mascarenhas.
No casamento de Isabel Neta, f.ª do Manuel Jácome, com João Neto Gil, a 24-III-1678, aparece como testemunha o nosso João Neto Coelho.
No baptizado de António, a 1-XI-1698, f.º de Manuel Botelho Pinto e Teresa Neta (irmã do P.e José Neto Coelho) aparecem como padrinhos os tios Manuel Neto Coelho e Catarina Neta, acima referidos.
No baptizado de José, a 27-III-1706, irmão do anterior, o celebrante é o P.e José Neto Coelho que também é o padrinho de Maria, irmã dos anteriores, a 21-VIII-1708. Aqui não especifica que é tio.
No casamento da irmã Teresa Neta (a que foi b. a 30-VIII-1669) com Manuel Botelho Pinto, a 8-I-1698, também é o P.e José Neto Coelho o celebrante, mas aqui não vem nenhuma referência ao parentesco.
Mas o f.º mais velho deste casal é outro padre. Pascoal Ferreira Pinto, b. a 25-IV-1702.
Será que tens dados, ou se encontram dados sobre este P.e Pascoal Ferreira Pinto, para lá dos respectivos pais e avós? Do Manuel Botelho Rosa e da Paria Pinta e do João Neto Coelho e da Isabel Rodrigues?
Sobre o Gabriel Neto, não te consigo agora dizer mais nada.
Abraço Amigo,
Zé Filipe
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Priminho Zé Filipe, boa noite.
Ora, ora, o Pe. José Neto Coelho é tio da Maria Neta que casa com o Bento Miguéis a 18.05.1709. Isso está no próprio assento.
O Pe. José Neto Coelho é batizado a 21.03.1656, f. 92v.. A minha dedução para a Maria Neta "a moça" é ela ser filha da Isabel Neta casada a 21.10.1678, f. 78v. com o Manuel Dias Barraixo. Daqui há uma Maria batizada a 12.09.1684, perfeitamente calhada para casar com o Bento Miguéis. O padrinho desta Maria é o próprio avô materno João Neto Coelho. Não há mais ninguém ajustado em idade a casar com o Bento Miguéis saído de outros irmãos/irmãs. A Isabel Neta era dos mais velhos, batizada logo a 16.02.1659, f. 95v..
Queres conferir? Estás à vontade.
Agora vou jantar (?) mas já volto aqui com uma teoria fiel para a nossa Bernarda Botelho - não falha, de certeza. Tenho andado a cruzar dados com batismos e apadrinhamentos, quem é quem. É "a varrer", literalmente falando. Entra no século XVI que é um mimo.
Até já.
Pedro
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Olá, priminho. Boa noite.
Então, tudo bem desde o meu último post?
Ora bem. Estou aqui para dar seguimento a essa mensagem e a propósito da Bernarda Botelho. Passei em revista o M1 de Tavarede e pude constatar o seguinte: a "nossa" Bernarda Botelho é aquela que vem batizada a 26.07.1626 [tif 45], filha de Sebastião Botelho. Este Sebastião Botelho é o que aparece batizado a 29.01.1600 [tif. 26], filho de Cristóvão Botelho e de Antónia Botelha, ele por sua vez irmão de uma outra Bernarda que é batizada a 19.06.1594 [tif 19] e que morre a 17.09.1622 sendo dada como irmã de João Botelho [tif 428].
Continuo amanhã com mais dados.
Abr.,
Pedro
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Oi Pedrito
Bom dia.
Bolas!
Fui abrir o familysearch, e conferir o baptismo do José, que eu li Jorge.
José, como bem, sabes escrevia-se JOSEPH.
E o que lá está é, na melhor das hipóteses, JOSPHE. Como o s parece mais um i, ou um r, eu depreendi que fosse um r e o padre, com o ph quisesse escrever g.
Bem, grato pela tua leitura e correcção da minha.
Quanto á provável identificação da nossa avó Maria Neta, a velha, mulher do Bento Miguéis, ser a terceira filha do Manuel Dias Barracho (ou Barraixo) e da Isabel Neta (Roiz) não me tinha ocorrido.
E enquadra muito bem. Ele foi b. a 26-IV-1687.
Eu tinha estes dados, bem como dos restantes oito irmãos, filhos do Manuel e da Isabel. Mas não me tinha ocorrido que fosse esta neta do João Neto Coelho. Andava, erradamente, à procura de outra Maria, quando tinha esta "de baixo" dos olhos.
Obrigado,
Zé Filipe
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Bolas!
Tinha uma página quase cheia, que foi ao ar. Vou tentar reconstituí-la.
Olha lá Pedrito
Não estou a ver quem é a Bernarda Botelho.
Sobre os Botelhos, só me ocorre o nome do meu 10.º avô Manuel Botelho, avô materno da Florência Luís Ferreira Jácome.
Além dele, apenas me lembro do Manuel Botelho Pinto, casado em SMT a 8-I-1698 com a Teresa Neta, irmã do Padre José Neto Coelho, e da (agora para mim) nossa avó Isabel Neta, como bem alvitras.
Este Manuel era filho de Manuel Botelho Rosa e de Maria Pinta.
Deste casal (do Manuel e de Teresa) foi filho o tal Padre Pascoal Ferreira Pinto, b. a 25-IV-1702, de que falei noutro conteúdo deste mesmo tópico.
Além do Padre Pascoal, foi também filho do Manuel e da Teresa Neta:
- José Pinto, b. a 27-III-1706, casado com Brites Gomes Vieira, cg.
- Maria Neta do Espírito Santo, b. a 21_VIII-1708, casada a 8-VI-1733 com Timóteo Dias Luís, cg. Este último era irmão do Padre Manoel Dias Luís.
Não sei se este apelido Luís, de Isabel Luís, mulher de Alexandre Dias e mãe dos anteriores, terá alguma coisa a ver com a Maria Luís, mulher do Manuel Botelho e avó da Florência Luís Ferreira Jácome?
E é tudo o que me ocorre,
Abraço do primo amigo e grato,
Zé Filipe
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Manuel Dias Barraixo
Caros Pedro França e Zé Filipe,
Madalena Pinto, filha de Pedro Ferreira, e casada com Manuel Dias Barraixo, faleceu em Tavarede em 21.04.1678. Manuel Dias Barraixo e Madalena Pinto haviam se casado em 26.11.1672 e Manuel Dias Barraixo é filho de João Dias e Ana Fernandes.
No mesmo ano de 1678, em 21 de outubro, Manuel Dias Barraixo casa-se com Isabel Neto.
Embora o casamento não o declare viúvo de Madalena Pinto, creio que é o próprio.
Manuel Dias Barraixo nasceu em 14.06.1649 e creio que Ana Fernandes Barraixo falecida em 03.02.1678 seja a mãe dele.
Madalena Pinto era filha de Pedro Ferreira e Madalena Pinto.
Abraço
Lourval
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Caro Lourval
Como tem passado aí por essas terras quentes (meteorológica e politicamente) do Brasil?
Obrigado pela achega.
Eu sabia desse primeiro casamento do Manuel Dias Barracho (ou Barraixo, não sei qual será a forma mais correcta), embora ignorasse a data do mesmo.
Já agora, não sei se li mal (o que não seria a primeira vez) o falecimento da Madalena Pinta. Eu tenho-a como falecida a 22-II-1678. Também não fui espreitar ao Familysearch. Sei que ela foi sepultada em Santo Aleixo, Tavarede.
Um filho deste primeiro casamento, Manuel Dias Pinto, b. 29-I-1675, casou com uma sobrinha da madrasta a 6-IX-1701, chamada Francisca Neta, b. 19-XII-1672, filha de Manuel Neto Coelho e de Maria Roiz, cg.
Obrigado, também, pela referência ao baptizado e aos pais do Manuel Dias Barracho, que eu não tinha.
Abraço,
Zé Filipe
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Manuel Dias Barraixo
Caros Zé Filipe e Pedro França,
Acabo de localizar o casamento de João Dias Claro e Ana Fernandes Barraixo em 25.05.1648. Os pais não são declarados.
Lourval
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Madalena Pinto
Oi Zé Filipe. Tens razão. Ela faleceu em 21.02.1678. Talvez tenha sido dia 22 mas eu li 21.
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Oi João Reis,
Eu não descendo de Cosme Velho e Francisca Nunes, mas meus tios maternos, meio irmãos de minha mãe, descendem. Duas vezes, ambas pela filha Ana Velho. Por esta duas vezes por José de Carvalho e por este uma vez por Tomé Gomes de Carvalho e uma vez por Escolástica Ferreira.
Lourval
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De Tavarede para Buarcos
Oi, Zezito.
Já faz algum tempo que não nos cruzamos. Encontrei acidentalmente o primo João Caldeira esta 6ª feira, à tarde, no AUC. O tempo é sempre contado e não se podem fazer grandes planos para divagarmos um pouco (pôr a escrita em dia).
Olha, por falar em divagar, para esta Taça Europa, os nossos egrégios avós devem ter tido a sua parte. Mas, também há sempre uma Senhora de Fátima. Vamos mostrando a esses "cambron(n)es" que somos pequenos mas fazemos ver aos grandes que também somos gente! Como é possível que num contexto de campeonato de futebol falte tanto fair play e para mais da parte de nações que integram a U.E., que de união só têm o nome e a hipocrisia de sobra. Olha, eu, com os "cambron(n)es"!? Só de pensar que o meu 4º avô Costa Pinto veio despencado de Santiago de Besteiros em direção à Figueira da Foz em tempo de invasões francesas! Santiago de Besteiros cujos assentos de óbito traziam a marca da culpa assassina, um após outro, como uma marcha fúnebre - morto pelos franceses, morto pelos franceses,... Quando estive na "casa amarela" ou ADViseu faz já umas três décadas e tropecei nesses assentos, queres crer que eu fiquei com um nó no estômago tal que tive de sair do edifício e vir respirar um pouco de ar fresco?... Enfim, voltando ao versículo hínico dos "egrégios avós" e ao de "sobre a terra sobre o mar", estive a percorrer os óbitos de Buarcos e constatei que este lugar, ao contrário do que é agora, não era nos séculos XVII-XVIII um simples porto piscatório nem nada que se pareça. É porto de mar mas intimamente ligado com as rotas que nos punham em contacto com os outros continentes. Eu encontro notícia de gente que ficou pelas ilhas atlânticas, incluindo Cabo Verde, por Angola, pelas Índias portuguesas, pelo Brasil e até pelas Índias de Castela .
À conta disso tenho alguns avós (em n grau) que morreram lá por fora, nesta demanda:
- Domingos Rodrigues Curado, ele e seu filho António - nova de seu falecimento vindos do Brasil, em 22.10.1611/Buarcos. A filha Domingas Rodrigues Curada(o), ao casar em 1622, revela no assento de casamento que o pai é já falecido. Esta é minha antepassada.
- André Neto - veio nova em 11.03.1644/Buarcos, que faleceu cativo em Salé (Marrocos).
- Manuel Neto Mondego - desapareceu entre 1642 e 1643, fugido de Salé onde estava cativo; dizem que faleceu no hospital de (?).
- António de Cea, filho de António Jorge "Brunheiro", de alcunha - vieram novas em 19.05.1674 (Redondos) que faleceu solteiro (deixou uma filha natural, Maria de Cea que casou com Pascoal Cardoso), ausente nas partes da Índia e sem notícias dele já para doze anos. [Em 03.09.1667, fizeram-se ofícios por um irmão deste António de Cea - Manuel de Cea, ausente no Brasil].
- Manuel Fernandes Seirão - faleceu a 07.10.1726/Buarcos; vieram novas "nesta frota do Brasil" que falecera no Rio de Janeiro em uma lancha que se virou indo do navio para a terra (...). Deixou viúva minha n (avó) Ambrósia Duarte que veio a falecer a 15.09.1731/Buarcos.
Todos estes com que se dá entrada, são meus antepassados diretos.
Dado o adiantado da hora, termino por aqui.
Fica bem, um abraço apertado do primo
Pedro
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Oi Pedrito
Tudo bem por aí?
Mesmo que o AÍ, em agosto, não seja a Lusa Atenas mas sim a ainda mais velha Liberitas Iulia.
Isto pensando que sejas fiel à tua velha tradição de quase esturricares pela capital do Alto Alentejo.
Perdoa-me este atraso de um mês na resposta à tua anterior missiva aqui no Geneall. Mas em julho tive comigo o Fernando Carlos, emigrado na Alemanha há quase um ano.
Pois!
Foi, É!, mais um dos milhares de licenciados que tiveram que procurar trabalho por essa Europa fora.
.
Como é bilingue e se expressa fluentemente na língua de Shakespeare e domina já muito bem a de Goethe, não tem barreiras linguísticas. Fala castelhano (a língua espanhola não existe) e entende bem o francês (sem o dominar, aliás nenhum de nós o consegue, com a suprema fluência e encanto com que a Nanda o fazia) e até algo de italiano (o ano passado tivemos os dois aulas de italiano na UNL).
O Nando tem a proverbial facilidade dos Bernardes de Miranda (de alguns) para as línguas.
Já o meu sogro Fernando dominava o francês e o italiano, com várias obras da Colecção Coimbra Editora (fundada por ele) traduzidas para português dos originais franceses e italianos.
Quanto à nossa "menina", a GENEALOGIA.
Pois, tenho a dizer-te que o mês passado saiu mais um número da "Raízes & Memórias", enorme na quantidade de páginas, mas não menor na qualidade dos artigos publicados, passem certas bicadas subterrâneas e insidiosas, mais próprias do esgoto onde pululam alguns vermes.
Entre os muitos e interessantes artigos dos nossos pares, vem um meu, quase que diria nosso, pelas tantas ajudas e muitas dicas que tu me tens dado ao longo da nossa velha Amizade. A elas faço uma justa e devida referência e por entre as páginas desse artigo "Padre Teodoro Ferreira Jácome - Percursos de uma vida - Deste o Baixo Mondego a Terras de Vera Cruz" exarei o meu público agradecimento à tua sempre louvável, prestável e esclarecida ajuda.
Penso que irás gostar de ler essas linhas sobre alguns dos nossos maiores.
Ultimamente não tenho "mexido" nos paroquiais de São Martinho de Tavarede, São Julião da Figueira, ou de São Pedro de Buarcos.
Tenho andado um pouco mais a sul, além Mondego, mas ainda em território da sua vasta bacia hidrográfica. Ali pelas margens do Arunca e do Anços, o seu pequeno afluente que se juntam frente à velha Saurium, terra do meu bisavô José Dias da Costa e dos seus costados.
É precisamente a busca familiar de um desses costados que me tem ocupado as últimas semanas, entre o café, a jardinagem e a praia (mas já não como antes a frequentava e fruía).
Tenho andado a pesquisar pelas freguesias de Soure e mesmo as mais setentrionais de Pombal, os meus antepassados Cardosos. Da mãe desse meu bisavô, que habitaram ali pela região de Tapéus.
À procura, claro está, das gerações ascendentes, mas também dos colaterais que sempre me interessam, na perspectiva de um estudo familiar descendente e mais abrangente.
Mas na última semana PAREI.
Tenho andado a "devorar" as "Memórias do Professor Tomaz de Mello Breyner" 4.º Conde de Mafra, generosamente emprestadas pelo nosso confrade e meu estimado e querido Amigo José Caldeira.
Já antes começara a reler os livros que tenho sobre a região da Ericeira e Mafra, para ver se me ocorre alguma ideia - com interesse - para apresentar no IX Seminário Ibérico de Heráldica e Ciências da História que decorrerá entre Lisboa e Mafra nos próximos dias 30 de setembro e 1 de outubro.
A realização do encerramento do SIHCH aqui em Mafra foi uma sugestão minha aos meus Amigos José Colaço e Vítor Escudero e Segismundo Pinto, da Delegação de Portugal da Academia Internacional de Heráldica. Sugestão bem recebida e prontamente aceite pelos meus Amigos.
É esse desiderato que ultimamente me tem ocupado, quer para a realização do evento, quer na matéria que irei apresentar numa das comunicações, No meu caso preferentemente sobre a região.
E por aqui me fico, neste já longo correio,
Beijos à Mena e Bea.
Um apertado abraço para ti do primo e Amigo
Zé Filipe
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Boa tarde Pedro
Estive a consultar mensagens antigas e deparei-me com esta que escreveste em 2016 e que me terá passado ao lado, mas que é do meu maior interesse.
Esta Bernarda Botelho é minha antepassada, por um ramo que, julgo que não é comum connosco ou com o Zé Filipe, daí este nome soar estranho ao Zé Filipe.
Ora bem, eu também a tinha associado ao Sebastião Botelho, porém nada sabia deste e graças a ti tenho os pais. Por outros assentos retiro também o nome da mulher Antónia de Abreu.
Porém o que te quero perguntar é se tens alguns dados sobre o marido da Bernarda Botelho. Nos dois casamentos da filha Maria Botelho, surgem com nomes diferentes: Quando em 12.3.1677 casa com Manuel Luís Ordem, o pai é referido como Manuel Vaz Chão(?), mas no segundo casamento com o meu antepassado João Velho, em 15.11.1682 é referido como Silvestre da Fonseca. Como ficamos??
Encontraste nas tuas consultas algum registo que esclareça isto??
Um grande abraço
Do teu primo
João
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Caro primo João.
A resposta é esta:
- A Bernarda Botelha(o) foi casada com Manuel Vaz Cham ou Chão e desse casamento houve a Maria Botelha que casou várias vezes: a 1ª foi com António Luis Ordem a 12.03.1678 (tif 339) e a 2ª com João Velho a 15.11.1682 (tif 341). Deste último casamento sei que houve filhos logo no ano seguinte.
Agora: a Bernarda Botelha faleceu a 23.04.1666 (tif 470) e o Manuel Vaz com quem ela foi casada contraiu novo casamento a 96.02.1667 (tif 332) com Maria de Almeida e de quem teve filhos..
O que se passa é alguma confusão no assento no § acima porquanto tudo indica que a Bernarda Botelha fosse filha de Silvestre da Fonseca e de Maria (Rodrigues) Botelha. O Silvestre morre a 08.02.1659 (tif 462) e a Maria Rodrigues Botelha morre a 01.10.1672 (tif 473). Sei que estes têm vários filhos mas há espaçamentos que sugerem ter havido outros mas que nos aparecem omissos.
Assim, com toda a lógica é como fica dito. Qualquer dúvida, dispõe.
Abraço,
primo Pedro, de Coimbra
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Boa noite primo Pedro
Obrigado pela tua resposta, que a vi logo que a publicaste mas que não tive possibilidade de a comentar.
Apenas tenho uma questão sobre a Bernarda Botelho. Tu indicas a possibilidade de ser filha de Silvestre da Fonseca e de Maria (Rodrigues) Botelha, o que é possível, porém existe um baptismo de uma Bernarda em 26/7/1626, filha de Sebastião Botelho, que pode também ser ela.
Este Sebastião Botelho era casado com uma Antónia Abreu e tenho-o como filho de Cristóvão Botelho e Antónia Botelho. Tudo, obviamente gente de Tavarede.
Um forte abraço
do teu primo João
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Caríssimos primos Pedro, João e Lourval
Quebrando um silêncio de cerca de 3 anos e meio, volto a este nosso tópico, para esclarecer alguns dados à volta dos últimos Botelho e como se prendem, remotamente, com a ascendência dos Águas e logicamente a de minha Mãe.
Embora não tenha ainda o discurso genealógico adiantado para estes títulos, consigo em poucas linhas estabelecer a relação que me leva aos Botelho, através dos Neto Coelho.
Chego a estes últimos pelos Jácome, mais precisamente pelo casamento de Antónia Jorge Jácome, b. a 6-IV-1606 e casada (já relativamente tarde, aos 43 anos) com Lourenço de Almeida a 3-II-1649. Destes últimos foi filha (além de uma Luísa e do Padre Manuel de Almeida Jácome, que foi procurador da Coroa na Casa de Aveiro, em Montemor) Antónia Jorge de Almeida, casada com Manuel Neto da Rocha a 2-II-1679. Este último, b. a 10-VIII-1658, era filho de Pedro da Rocha e Catarina Neto, casados em Tavarede a 4-X-1644. Não consigo entroncar esta Catarina, mas certamente que será parente dos Neto Coelho.
De Manuel Neto da Rocha e de sua mulher Antónia Jorge de Almeida foi filho José Neto de Almeida, b. a 6-IV-1692, o qual casou em Tavarede a 13-XI-1713 com Filipa Neto, b. a 15-V-1694, num casamento celebrado pelo nosso bem conhecido P.e José Neto Coelho, irmão da mãe da Filipa, a nossa avó (minha 9.ª avó) Isabel Neto, b. a 16-II-1659, segunda mulher do nosso avô Manuel Dias Barracho (casados a 21-X-1678). Passando quase em claro sobre os (pelo menos) oito filhos do casal José Neto = Filipe Neto, cunhados de meu oitavo avô Bento Miguéis, referindo apenas o casamento da quinta filha, Maria Neto (por acaso gémea com um José) ambos nascidos a 2-III-1725 e casada com Salvador Luís Ordem, vamos deter-nos na outra irmã do Padre José Neto Coelho e da nossa avó Isabel, a Teresa Neto, b. a 30-VIII-1669 e casada a 8-I-1698 com Manuel Botelho Pinto, f.º de Manuel Botelho Rosa e de sua 1.ª mulher Maria Pinto.
Creio que foste tu, Pedrito, quem me deu parte destes dados através da habilitação de genere de um dos filhos do casal anterior, o Padre Pascoal Ferreira Pinto, b. a 25-IV-1702, segundo filho em ordem de nascimento, depois de um António, b. a 1-XI-1698, e seguido por um Manuel, b. a 29-VIII-1704, um José Pinto, b. a 27-III-1706 e de uma Maria Neto do Espírito Santo, b. a 21-VIII-1708. Esta última casou a 8-VI-1733 com Timóteo Dias Luís, da Figueira e tiveram uns poucos de filhos.
Creio que tenho ainda uma outra ligação colateral, não me lembro em que ramo, com os Botelho, mas certamente que vocês têm muito mais dados que eu.
Embora acessório à nossa linha, descobri a filiação da Madalena Pinto, a primeira mulher do nosso avô Manuel Dias Barracho. Era filha de Pedro Ferreira e de sua mulher Madalena Pinto, casados em Tavarede a 10-VII-1634.
Agora uma questão sobre o Padre Doutor Manuel de Almeida Jácome, Pedrito, penso que deves ter na habilitação de genere dele o nome dos avós paternos, pais do Lourenço de Almeida, + em 12-XII-1662, que eu não tenho?
Agradeço o que me puderes adiantar sobre eles.
Tenho andado ultimamente à procura dos Biscaias, descendentes dos meus 5.os avós José Francisco dos Santos Biscaia e Isabel Francisca, ambos de Ílhavo, mas que passaram à Figueira ainda em finais do séc. XVIII, ou princípios do XIX. Tem sido uma dificuldade encontrar os assentos de baptismo de todos os filhos que conheço pelas respectivas descendências.
Encontrei apenas os assentos:
- Do meu tetravô Álvaro Francisco Biscaia n/b 15-IV-1806-IV-24.
- Do seu irmão Jerónimo Francisco dos Santos Biscaia n/b 19-III-1811-III-25 e casado com Maria de Jesus Rocha e com larga descendência.
- Da sua irmã Maria Clara Biscaia n/b 26-X-1812-XI-2, c. c. Manuel Luís da Rocha Malhão.
Faltam-me encontrar os assentos dos outros irmãos:
- António Biscaia c.c. Maria José Rodrigues.
- Paulo Biscaia.
- Ana Francisca Biscaia c. c. Manuel Rodrigues Leitão.
- Maria Francisca Biscaia c.c. Joaquim de Oliveira Perpétuo.
E é tudo!
Bem, ainda uma última questão. Quando é que vocês fazem o teste genético para podermos comparar os resultados?
Eu fiz o Family Tree DNA e deu-me uma porrada de mil e tal primos em 4.º /5.º grau quase todos do lado de lá do Atlântico, sobretudo do Brasil e dos States.
Mas quanto às origens sou 90% Ibérico, 6% da Europa Ocidental, só 2% do Norte de África, 1% do Médio Oriente e outro 1% da Ásia Menor.
Eu a pensar que os meus olhos azuis e o meu cabelo outrora louro me iam remeter para a Escandinávia, descendente de algum bárbaro viking e afinal sou bem, bem peninsular – IBÉRICO!!!
Apertado abraço.
Zé Filipe
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Silva Miguéis e Ferreira de Carvalho - Tavarede
Oi, Zezito.
Já reparei na tua mensagem no Messenger.
Dá-me algum tempo só para ver na segunda-feira essa habilitação do Pe. Almeida Jácome, ok? De caminho vejo também se há alguma coisa do Pe. Melo e Sá.
Os Botelhos de que falas já tratei noutro post. São os Botelhos Rosa que se distanciam do Sebastião e Cristóvão Botelho, sear
Abraço e vai mandando. Gostei do texto do parentesco. Sabias que os Silva Biscaia também são nossos primos? Eles são-no a ti duplamente: Silva Miguéis + Biscaia.
o primo Pedro
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